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Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos
Área de Integração
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Ano Lectivo de 2010/2011
Autor(es): Luís Carlos, N.º 12 Professor(es): Ana Catarina Santos
Pedro Silva, N.º 17
Bruno Fernandes, N.º 26
Escola Técnica e Profissional de Mafra, 20 de Janeiro de 2011
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Índice de Figuras
Ilustração 1 - Localização Geográfica da Freguesia ............................................. 5
Ilustração 2 - Símbolo da Empresa Galucho ...................................................... 6
Ilustração 3 - Figos Lampos ......................................................................... 7
Ilustração 4 - Moinho de S. João ................................................................... 7
Ilustração 5 - Praia da Samarra .................................................................... 9
Ilustração 6 - Praia das Azenhas do Mar .......................................................... 9
Ilustração 7 - Praia das Maças ...................................................................... 9
Ilustração 8 - Praia de Magoito .................................................................... 9
Ilustração 9 - Praia da Aguda ..................................................................... 10
Ilustração 10 - Relógio de Sol ..................................................................... 10
Ilustração 11 - Igreja Matriz ....................................................................... 11
Ilustração 12 - Doces Típicos ...................................................................... 12
Ilustração 13 - Escola EB1 de Montelavar ....................................................... 15
Ilustração 14 - Escola EB23 Dr. Rui Grácio de Montelavar .................................... 16
Ilustração 15 - Instalações dos Bombeiros Voluntários de Montelavar ...................... 16
Ilustração 16 - Igreja Matriz de Montelavar ..................................................... 17
Ilustração 17 - Interior da Igreja Matriz ......................................................... 17
Ilustração 18- Bandeira para astear em edifícios (2x3) ....................................... 26
Ilustração 19 - Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1) ................................. 27
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Índice Índice ................................................................................................. 3
Capítulo 1 - Introdução ............................................................................ 4
1.1 - Organização do relatório ............................................................... 4
Capítulo 2 - São João das Lampas ............................................................. 5
2.1 - Localização Geográfica ................................................................ 5
2.2 - Brasão de Armas ........................................................................ 6
2.3 - História da Freguesia .................................................................. 6
2.4 - Monumentos / Pontos de Interesse .................................................. 8
2.5 - Religião ................................................................................. 11
2.6 - Festas e Feiras ......................................................................... 12
2.7 - Gastronomia ............................................................................ 12
Capítulo 3 - Montelavar .......................................................................... 13
3.1 - Localização Geográfica ............................................................... 13
3.2 - História ................................................................................. 13
3.3 - Actividades Económicas / Equipamentos colectivos ............................. 14
3.3.1 - Actividades Económicas ................................................................ 14
3.3.2 - Equipamentos colectivos .............................................................. 15
3.4 - Tradições ............................................................................... 16
3.5 - Património cultural e locais de interesse .......................................... 17
Capítulo 4 - Azueira .............................................................................. 19
4.1 - Localização Geográfica ............................................................... 19
4.2 - História ................................................................................. 20
4.3 - Personalidades ......................................................................... 23
4.4 - Economia ............................................................................... 25
4.5 - Escudo de Armas ....................................................................... 25
Capítulo 5 - Conclusões .......................................................................... 28
Capítulo 6 - Bibliografia ......................................................................... 29
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Capítulo 1 - Introdução
Este trabalho foi proposto no âmbito da disciplina de Área de Integração, com o objectivo
de dar a conhecer as localidades ou freguesias onde os alunos residem, um pouco da
sua história, locais de interesse, monumentos entre outros detalhes.
1.1 - Organização do relatório
Uma vez que este trabalho é realizado por alunos de diferentes freguesias, será dividido
em três capítulos sendo que cada um corresponde a uma freguesia sendo elas: São João
das Lampas, Montelavar e Caneira Velha.
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Capítulo 2 - São João das Lampas
2.1 - Localização Geográfica
Pertencente ao parque natural de Sintra-Cascais e situada a 8 km da Vila de Sintra,
podemos encontrar a pacata aldeia de São João das Lampas, aldeia esta também sede
de freguesia. A freguesia apresenta uma área de 57,29 km2 , segundo os sensos de 2001,
possui uma população de 9653 habitantes dos quais 6799 são maiores de idade e uma
densidade populacional de aproximadamente 169 habitantes por km2. Pertencente ao
concelho de Sintra, é a maior das 20 freguesias que a compõem
A freguesia de São João das
Lampas é delimitada a Sul pelas
freguesias de Colares e de São
Martinho, a Norte pelo concelho
de Mafra, a Este pela freguesia da
Terrugem e a Oeste pelo Oceano
Atlântico.
Ilustração 1 - Localização Geográfica da Freguesia
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2.2 - Brasão de Armas
Apresentado á esquerda, podemos ver brasão de armas da freguesia de
São João das Lampas.
As três torres no topo do brasão, simbolizam o forte da praia de Magoito
que servia de vigia da costa portuguesa na zona de Sintra. A roda
dentada simboliza o trabalho desenvolvido na freguesia, nomeadamente
a indústria mecânica bem com um símbolo da empresa Galucho, produtora de grande
parte dos camiões e alfaias agrícolas de Portugal e a maior empregadora do concelho de
sintra. Á direita a espiga de trigo, que representa a exploração agrícola desenvolvida na
freguesia ao longo dos tempos. Ao centro o carneiro
simboliza a forte ligação com a religião e representa o
santo da freguesia que é o São João Batista, o verde por
São João das Lampas estar maioritariamente inserida no
parque Natural de Sintra – Cascais e por fim a faixa azul
que representa a extensa faixa costeira que a freguesia
possui.
2.3 - História da Freguesia
A freguesia de São João das Lampas apresenta traços de uma forte romanização sendo
que é possível encontrar pontes romanas em alguns locais da freguesia. Existe também a
possibilidade de visitar o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas onde podemos
ver durante todo o ano, vestígios de habitações romanas do século XI, monólitos e
inscrições romanas e visigóticas.
Até ao século XVI, o território da freguesia de São João das Lampas, fazia parte da
freguesia de São Martinho de Sintra. Devido á distancia que separava a população da
igreja matriz, o Infante D. Afonso fez publicar em 1539, o alvará que autorizava os
fregueses a nomear o pároco sendo que este possuía uma residência fixa em São João
dos Porqueiros – antiga designação da povoação, sendo que a igreja da mesma já havia
sido reconstruída á medida das novas aspirações de autonomia. Dessa campanha de
obras deve ser destacado o portal manuelino classificado como Imóvel de Interesse
Publico desde 1959.
Ilustração 2 - Símbolo da
Empresa Galucho
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No início do século, mais concretamente em 1600, o nome da povoação – São João dos
Porqueiros é substituído pela actual designação – São João das Lampas. Segundo a
lenda que a população conta (não foi possível confirmar a sua
veracidade), esta realça a cultura em larga escala de um tipo de
figo denominado de “Figo Lampo”. Reza essa lenda que, em
temos que não conseguimos apurar, uma rainha terá passado por
esta localidade, devido ao aspecto e sabor característico destes
figos, terá mudado o nome da localidade para São João das
Lampas.
Segundo as memórias paroquiais de 1758, São João das Lampas já surge como uma
das freguesias constituintes do concelho
de Sintra.
A agricultura dominou até há pouco tempo
as atenções da população, sendo que os
terrenos do planalto de São João das
Lampas são especialmente aptos para a
produção de cereais.
Muitas são as recordações desses tempos
que ainda perduram na freguesia: moinhos
de vento, azenhas movidas com as águas
dos ribeiros, entre outros.
Nos nossos dias, a exploração agrícola
coexiste com o desenvolvimento da indústria
e das actividades ligadas ao turismo. A
grande extensão de costa e a subsistência
de núcleos relativamente reservados de
arquitectura tradicional fomentam a afluência
de um grande número de visitantes á
freguesia.
Ilustração 3 - Figos
Lampos
Ilustração 4 - Moinho de S. João
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A proximidade do Oceano marcou, desde sempre o quotidiano da região. Durante o
século XVIII os fregueses de São João das Lampas estavam dispensados de enviar
soldados ao exército dado que a vigia da costa ocupava toda a população. Na localidade
de Magoito existem ainda vestígios de uma fortaleza – o Forte de Santa Maria –
parcialmente destruído pelo terramoto de 1755. Esta referencia ás necessidades de
defesa costeira relacionam-se com os constantes ataques pelos piratas “mouros”, prática
esta que se encontra documentada para toda a zona a norte do Cabo da Roca,
especialmente pela área da Ericeira.
A freguesia de São João das Lampas apresenta um vasto e importante património
histórico-cultural, sendo que o principal destaque será para o Museu Arqueológico de S.
Miguel de Odrinhas, já referido acima, para o Museu de Miniaturas em Stª Susana e para
o Ponte Romana de Catribana.
2.4 - Monumentos / Pontos de Interesse
A Ponte Romana
Um dos principais vestígios da época romana é a Ponte Romana localizada na aldeia de
Catribana, actualmente é usada por muitos agricultores como meio de acesso às suas
propriedades, apesar da sua
“idade” apresenta bom estado de
conservação, não constituído
assim um perigo para a
população ao atravessa-la.
Museu de Miniaturas
Em Santa Susana, Eduardo Azenha passou a sua vida rodeado de moinhos de vento. A
sua história foi também documentada pela RTP e como tal não poderia ser deixado
passar ao lado este marco da freguesia.
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Projecto este começado por capricho seu, Eduardo Azenha viu como as pessoas se
interessavam pelo seu pequeno moinho de vento junto á porta da sua casa, resolveu
expandir o seu projecto até se tornar na conhecida aldeia que é hoje e que representa a
freguesia de S. João bem como as actividades nelas exercidas. E lá podemos encontrar
o museu cujas peças são
conhecidas por toda a
Europa.
Praias
Graças a sua extensa faixa costeira, São João das Lampas também se desenvolveu
graças ao investimento no turismo
Ilustração 5 - Praia da Samarra Ilustração 6 - Praia das Azenhas do
Mar
Ilustração 8 - Praia de Magoito Ilustração 7 - Praia das Maças
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Igreja Matriz de São João das Lampas
Igreja Mãe da freguesia de São João foi toda ela edificada com temas
manuelinos, bem como decorada com azulejos típicos do século XVIII, no
seu interior podemos observar o tecto decorado com elementos de
carácter religioso que são os anjos. No exterior podemos também observar
um relógio de sol dedicado á Virgem Maria. O portal manuelino foi
classificado por decreto de lei como Imóvel de Interesse Publico em 1959.
M.T.B.A.
Magoito, Tojeira, Bolembre e Arneiro dos Marinheiros, o clube de futebol residente da
freguesia de S. João, organiza com alguma frequência eventos desportivos, bailes, entre
outras actividades para a população.
Ilustração 9 - Praia da Aguda
Ilustração 10 - Relógio
de Sol
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Por toda a freguesia podem ser encontrados
também diversos fontanários e fontes
edificados tanto pela junta de freguesia como
por comissões de moradores. Podem ser
distinguidos da seguinte forma, os edificados
pela junta de freguesia apresentam uma
pintura branca acompanhada de uma faixa
azul, cores típicas da zona de Sintra. Por
outro lado os edificados por comissões
apresentam cores similares ao amarelo
pastel, tom este que estava na “moda” nos
finais do século passado.
2.5 - Religião
A freguesia de São João das Lampas é uma freguesia maioritariamente cristã sendo o
padroeiro da paróquia o São João Batista, no entanto podemos encontrar no interior da
igreja matriz os seguintes santos e imagens:
Nª Srª de Fátima
S. Sebastião
S. António
Nª Srª da Saúde
Sagrado Coração de Jesus
Senhor dos Passos
Nª Srª do Ó
Ilustração 11 - Igreja Matriz
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A freguesia possui um total de 12 pontos religiosos, sendo que a Igreja Matriz é a
única a possuir o estatuto de igreja enquanto as restantes são classificadas como
capelas.
2.6 - Festas e Feiras
Feira de São João das Lampas – 1º Domingo de
cada mês
Baile – Todos os Domingos na sociedade de S.
João.
Festa de São João Batista – 24 de Junho
Festa de Nossa Senhora da Saúde – 1º Domingo de
Setembro
Cirio de Nossa Senhora da Nazaré – De 17 em 17
anos
Círio de Nossa Senhora do Cabo Espichel – De 25
em 25 anos
2.7 - Gastronomia
Por ser uma pequena povoação, São João das Lampas não possui um grande leque
de variedades gastronómicas, mas deve ser destacado que a filhós e o arroz doce
são dois doces que se podem encontrar facilmente.
Ilustração 12 - Doces Típicos
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Capítulo 3 - Montelavar
3.1 - Localização Geográfica
Montelavar e arredores localizam-se a norte do concelho de Sintra e a leste da Serra de
Sintra. É delimitada a noroeste pela freguesia de Cheleiros (concelho de Mafra) e pela freguesia
de Igreja Nova (concelho de Mafra), a nascente pela freguesia de Pêro Pinheiro (concelho de
Sintra), a Sul e Poente pela freguesia de Terrugem (concelho de Sintra), Ocupando uma área de
9,40 Km², apesar de ser considerada uma freguesia rural, Montelavar é, fundamentalmente, uma
região industrial.
A freguesia conta, actualmente, com mais de cem empresas activas e que empregam cerca de mil
pessoas. Trata-se, sobretudo, de pequenas e médias empresas, embora existam, também,
algumas de maior dimensão. A população de Montelavar ronda, actualmente, os três mil
habitantes, embora este número possa apresentar-se substancialmente aumentado nos próximos
censos, já que são várias as famílias que, nos últimos anos, se têm fixado na região.
3.2 - História
Na pré-história, mais propriamente no neolítico verifica-se a fixação de povoados provisórios em
seu redor, por motivos geográficos (os solos, o clima, a água …), também por causa da sua
magnetização e aos astros.
As primeiras actividades, podendo-se concluir pela observação de materiais
arqueológicos, que estes primeiros habitantes de Montelavar tinham como base de sobrevivência
a caça e a criação de animais, a agricultura nesta altura não parecia actividade principal, devido a
fraca produção dos solos.
No século I a.C. verifica-se a ocupação de uma tribo por toda a região, os romanos.
Segundo a tradição popular o primitivo local do “habitat” em estudo erguia-se no Outeiro.
Segundo a tradição popular, o primitivo local do "habitat" em estudo erguia-se no
Outeiro. Porém, são já da época romana os vestígios arqueológicos seguros e abundantes que
conhecemos em Montelavar, vestígios que surgem fora do Outeiro. Foram os romanos que
implementaram a exploração dos jazigos (túmulos) da região.
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Nos fins do século XV, a povoação é elevada a freguesia. Após esta data ressurge muito
lentamente a exploração do mármore, até que no século XVIII, nomeadamente com a construção
do convento de Mafra e a recuperação da cidade de Lisboa após o terramoto, a extracção do
mármore torna-se a principal actividade.
No século XIX aparecem as chamadas serrações que não eram mais do que um aproveitamento
das azenhas de moer trigo, localizadas à beira dos ribeiros. O papel principal destas serrações era
facilitar o corte da pedra, por meio de lâminas de ferro.
Embora o corte da pedra fosse facilitado e mais rápido, havia um problema, só trabalhavam
durante o Inverno porque no Verão, período seco, eram obrigadas a parar. Mais tarde, este
problema foi solucionado com a adopção das serrações a energia pobre resultante da queima de
carvão.
Dentro da arquitectura salientamos as casas com traços tipicamente saloios. A maior parte das
casas de primeiro andar foram construídas nos finais do século XIX, mostrando assim as condições
financeiras dos seus habitantes, no auge da época próspera da transformação do mármore.
3.3 - Actividades Económicas / Equipamentos colectivos
3.3.1 - Actividades Económicas
Apesar de ser considerada uma freguesia rural, Montelavar é, fundamentalmente, uma
região industrial. A exploração, o corte, a cantaria e o trabalho artístico das rochas ornamentais,
com particular destaque para o mármore, fizeram de Montelavar um dos grandes centros desta
indústria, tanto no plano nacional como internacional.
Para além disso, Montelavar conta também com diversas empresas de construção civil e
obras públicas, da fabricação de móveis para cozinha e casa de banho e de outros equipamentos
para a construção civil. Quanto ao sector do comércio, manutenção e reparação de veículos
automóveis e motociclos, estão instalados, em Montelavar, dois stands de venda multimarcas e
um concessionário auto da Mitsubishi.
No sector do comércio a retalho, estão instalados dois supermercados, diversos
minimercados e mercearias, padarias, peixarias, lojas de produtos congelados, de material
informático e eléctrico, de materiais de construção, de têxteis e vestuário, de artigos de desporto,
de rações e alimentos para animais, uma ourivesaria/joalharia/ relojoaria, papelarias e tabacarias,
floristas e diversos estabelecimentos do tipo “bazar”. Na área da restauração e similares,
Montelavar possui diversos restaurantes, cafés, lojas pronto-a-comer e diversas pastelarias,
incluindo duas com fabrico próprio.
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Na área dos serviços, existem na localidade diversas agências imobiliárias, agências de
seguros, agências de documentação e contabilidade, serviços de informática, diversos salões de
cabeleireiro e estética, barbearias, oficinas de reparação de calçado, uma tipografia, agências de
lotaria e outros jogos de aposta e uma agência funerária. Existe, ainda, clínica dentária,
laboratório de análises clínicas, um gabinete de acupunctura e um centro de formação em artes
manuais.
3.3.2 - Equipamentos colectivos
A povoação de Montelavar cumpre-os integralmente, porquanto, na área dos
equipamentos colectivos, conta com uma farmácia, um centro sociocultural, um auditório, com
capacidade para 330 pessoas, um Pavilhão gimnodesportivo municipal, um centro desportivo
multiusos, transportes públicos, posto de correios, estabelecimentos comerciais, uma escola do
2º e 3º ciclos do ensino básico, uma escola do 1º ciclo do ensino básico, agência bancária e
quartel de Bombeiros Voluntários. Possui, ainda, um jardim-de-infância da rede pública, um
Centro Paroquial, um Centro de Convívio para Idosos, um parque infantil, bem como um mercado
municipal e um cemitério. Ainda em construção, está também um Centro Comunitário, com as
valências de Lar, Centro de Dia e Apoio Domiciliário.
Escola EB1 de Montelavar
A escola é antiga, de plano centenário ficando mesmo juntinho aos Bombeiros e à Junta
de Freguesia.
A escola tem 90 alunos, 6 professores e 2 auxiliares.
Ilustração 13 - Escola EB1 de Montelavar
Escola EB23 Dr. Rui Grácio de Montelavar
A Escola EB 2,3 Dr. Rui Grácio, encontra-se situada na freguesia de Montelavar, junto ao
lidl e modelo. A escola vai fazer 28º ano agora em 2011, foi criada em 1983.
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A escola tem mais de 350 alunos e mais de 35 professores.
Ilustração 14 - Escola EB23 Dr. Rui Grácio de Montelavar
Bombeiros de Montelavar
O quartel tem 17 anos e os bombeiros 26 anos, fazem dia 30 de Março 27 anos. O quartel
tem 41 Bombeiros activos e 20 bombeiros de reserva ou licenças.
O quartel tem 21 carros, mas só 20 em funcionamento, dos quais são, duas ambulâncias
de socorro, três ambulâncias de transporte de maca, quatro de transporte só sentados, um carro
de desencarceramento, um carro para fogos urbanos, três carros para fogos florestais, três auto
tanques, um carro para o comandante, um carro para transporte de bombeiros, um carro para
fazer trabalhos distintos e um carro de museu.
Ilustração 15 - Instalações dos Bombeiros Voluntários de Montelavar
3.4 - Tradições
São as seguintes as festividades e tradições religiosas que se realizam, anualmente, na
povoação de Montelavar:
• Festa de Nossa Senhora da Purificação – 2 de Fevereiro;
• Comemorações da Semana Santa em abril
• Procissão do Senhor dos Passos e Celebração da Páscoa;
• Festas do Divino Espírito Santo – Junho;
• Festa de São Mateus – terceira semana de Setembro.
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3.5 - Património cultural e locais de interesse
Em Montelavar, por entre o branco das casas e a magia da região de Sintra, esboça-se o
cenário perfeito para realizar um casamento. A igreja matriz de Montelavar é uma característica
edificação religiosa do termo de Lisboa e um dos muitos exemplos que provam o dinamismo da
imensa região rural em torno da capital pelas primeiras décadas do século XVI.
Ilustração 16 - Igreja Matriz de Montelavar
Ilustração 17 - Interior da Igreja Matriz
Cruzeiro de Montelavar – Data do início do século XVIII o Cruzeiro de Montelavar que,
ainda hoje, pode ser admirado no largo da sede de freguesia, datado de 1714.
Cruz da Moça – Sobre a Cruz da Moça, a lenda e a história confundem-se entre a verdade
e a tradição popular. Diz o povo que ali terá sido assaltada, violada e morta uma moça nos tempos
da Guerra Civil entre liberais e absolutistas, muito embora a data do monumento seja posterior a
esse período. O modesto monumento, em pedra da região, tem 95 cm de altura por 46 de
largura. Em relevo, uma cruz sobre peanha. A cruz, com 53 cm de altura, tem arredondado
complexamente os ângulos da sua parte mais alta e extremidades dos braços. Na peanha, que tal
como os braços da cruz e o seu topo, atinge os limites da pedra e tem 42 cm de altura, estão
gravadas as letras P.N.A.M. (Padre Nosso Avé Maria) e a data de 1845.
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Fonte da Sigueteira – Esta singela fonte, de águas límpidas que correm ininterruptamente,
a fazer lembrar o derrame de lágrimas ou a passagem irreversível do tempo, está situada junto
aos lapiás da Maceira e ostenta a data de 1788. Bem recuperada, forma com o conjunto de
afloramentos rochosos e o bosque típico da região, um recanto aprazível que importa visitar.
Pedra da Figueira – Na típica aldeia de Maceira, bem no meio de um largo, ergue-se um
curioso afloramento rochoso, a que o povo deu o nome de Pedra da Figueira, já que, do cimo da
rocha, nasceu uma ancestral figueira.
Lapiás da Granja dos Serrões – É um dos campos de lapiás mais importantes do país e uma
das mais importantes estações arqueológicas do concelho de Sintra, que levantou materiais desde
o século I d.C. até ao século XI, num singular registo da permanência humana na região.
Lapiás de Maceira – De dimensão mais reduzida que o seu congénere da Granja dos
Serrões, o campo de lapiás de Maceira situa-se junto à Fonte da Sigueteira.
Moinho da Costa – É um dos muitos edifícios que simbolizam a arquitectura popular
saloia da região, situando-se próximo da aldeia de Anços. A comprovar a sua ancestralidade, lá
está a data de 1821.
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Capítulo 4 - Azueira
4.1 - Localização Geográfica
Azueira, freguesia situada no extremo norte do concelho de Mafra, na margem esquerda
de um afluente do rio Sizandro.
A acolhedora e abastada freguesia de Azueira, localizada a 16 quilómetros da sede
concelhia e a cerca de 40 da Capital, estende-se por "vinhedos aveludados e pomares
coloridos" entre as freguesias de Turcifal e Freiria, do vizinho município de Torres
Vedras, a norte; do Gradil e Vila Franca do Rosário a sul; a nascente, novamente
Turcifal e Enxara do Bispo; e, a poente, a freguesia de Sobral da Abelheira.
Ocupando uma área de aproximadamente 1505,761 hectares, Azueira é composta pelos
lugares de Aboboreira, Almeirinho Clemente, Antas, Azueira de Baixo, Azueira do Meio,
Bandalhoeira, Barras, Caneira Nova, Caneira Velha, Carrascal, Casas Novas, Casal da
Cerca, Casal Pão Coito, Casal Pinheiro, Casais de Santa Cristina, Fornea, Livramento,
Roxa, Sevilheira, Tourinha e Vermoeira.
Com base em estudos e nos censos, Azueira tem registado ligeiros progressos na
densidade populacional. Em 1930, o número de habitantes era de 2473 e existiam 603
fogos. Em 1991, registavam-se 2476 habitantes, 863 famílias, 992 edifícios e 1065
alojamentos
Em 2001, o número de famílias subiu para 1042, o de edifícios para 1188 e o de
alojamentos para 1310. Divisão Etária (2002): Crianças: 8 % Adolescentes: 13 % Adultos:
60 % Idosos: 19 % Número de Residentes: Cerca de 2.878 habitantes. Número de
Eleitores Recenseados: Cerca de 2.257 eleitores. Área: 1505,761 ha. Situação: Entre as
Freguesias do Turcifal e Freiria (Torres Vedras), a Norte; Gradil e Vila Franca do Rosário
a Sul; Turcifal e Enxara do Bispo a nascente e Sobral da Abelheira a poente.
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4.2 - História
Povoada desde épocas pré-romanas, documentos arqueológicos atestam a sua
ancestralidade. O topónimo Antas, por exemplo, indicia a presença de monumentos
dolménicos, actualmente inexistentes. Contudo, sabe-se que, no local, foram recolhidos
machados de pedra polida, vulgarmente denominados por "pedras de raio".
A Quinta do Castelo, por outro lado, poderá ter sido o local escolhido pelos lusitanos
para construir o seu castro, antes mesmo da chegada dos romanos à Península.
Etimologicamente, Azueira provém do vocábulo arcaico "azevo", que se refere,
provavelmente, à vegetação encontrada na região aquando da instituição da Freguesia,
depois do Movimento de Reconquista Nacional.
Azueira é também uma palavra latina, atestada pela lápide sepulcral encontrada na
Albergaria do Espírito Santo ou de Nossa Senhora da Luz, que pertenceu à tribo Galéria
(importante circunscrição administrativa do Império Romano), conforme se depreende
da inscrição: "M IVLIVS MF / CAL CALLVS / H S E / QVINTVS TONGIVS" (Quinto Júlio
Tongio a mandou fazer à memória de Marco Júlio Galo, da tribo Galéria, filho doutro).
Talvez, este Júlio Tongio fosse parente da Júlia Tongeta, cujo nome se inscreve na
lápide encontrada na Quinta de São Gião (Torres Vedras). Do espólio do Museu do
Carmo, faz também parte um cipo cupiforne (arca cinerária) de calcário, achado no
lugar do Livramento, com a seguinte inscrição romana: "C[aio] IVLIO C[aii] F[ilio]
CAL[eria tribu] MAXSVMO" (A Gaio Júlio Máximo, filho de Gaio, da tribo Galéria). Datável
do século I d.C.. Pela quantidade de vestígios romanos encontrados na região, presume-
se que a via romana de Mafra a Torres Vedras terá passado por aqui.
Outros topónimos, como Almeirinho e Sevilheira têm origem mourisca e germânica,
facto que comprova a passagem de outros povos por esta região úbere e
verdadeiramente encantadora. Dominada durante vários anos pela força mourisca,
Azueira foi reconquistada definitivamente em 1147, após a tomada de Torres Vedras, a
cujo termo passou a pertencer. Ao longo dos séculos seguintes, integrou os bens da
coroa que a privilegiou de diversas maneiras.
A rainha Santa Isabel, por exemplo, dotou-a de uma Albergaria destinada a recolher os
pobres viandantes. Facto curioso relacionado com esta Freguesia ocorreu no dia 15 de
Fevereiro de 1368. Nesta data, Frei Gonçalves Soutinho, celeireiro e procurador do
Mosteiro de Óia, no bispado de Lisboa, denunciava, em audiência pública realizada nos
paços do concelho de Torres Vedras e presidida por Paio Correia, almoxarife geral desta
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vila, os enfiteutas do Casal da Azueira por não cumprirem as cláusulas contratuais,
nomeadamente, quanto à ocupação, cultivo e pagamento das prestações acordadas.
[AHNMadrid: Clero, carpeta, 1835, n. 16] Firmada a paz com Castela e consolidada a
independência Nacional, o domínio do Mosteiro de Óia sobre os bens possuídos em
Torres Vedras e Lisboa, rapidamente encontraram o seu termo. Em 2 de Novembro de
1423, D. João I, acedendo à súplica do Dom Abade, ordenava a Fernão Lopes que lhe
passasse pública-forma de toda a documentação relativa aos bens possuídos em Torres
Vedras.
[AHNMadrid: Clero, carpeta, 1843, n. 1] Porém, estas precauções de pouco lhe valeram,
porquanto, em 19 de Novembro de 1434, se viu obrigado a ceder, a D. Duarte, todos os
bens do Mosteiro, sito em Torres Vedras, Atouguia, e outras localidades do arcebispado
de Lisboa, pela quantia de 500 coroas de ouro.
[AHNMadrid: Clero, carpeta, 1844, n. 17] Referida como aldeia em 1527, na quinta da
Azueira vivia, nesse ano, Estêvão de Castro, sogro de D. Rodrigo de Castro, comendador
de Seia. Em termos eclesiásticos, de acordo com as informações constantes nas
Memórias Paroquiais de 1758, Azueira foi um curato da apresentação dos fregueses,
tendo a sua paróquia (instituída provavelmente entre os séculos XIII e XIV) sido anexa à
de Santa Maria do Castelo, de Torres Vedras. Inicialmente na Igreja de São Pedro dos
Grilhões, a sede da Paróquia passou para a Igreja de Nossa Senhora do Livramento,
facto que se deveu ao desenvolvimento do culto à Virgem, sentido desde o século XVII
(centúria em que se construiu a primitiva Ermida).
Apesar de nunca lhe ter sido concedida Carta de Foral, Azueira ascendeu à categoria
de Vila em 1820, chegando mesmo a constituir Concelho. De acordo com os estudos
levados a cabo por Mário Guedes Real, o concelho de Azueira "não vem citado nos
mapas da reforma de 1836, pelo que se depreende que foi então suprimido; mas, no
decreto de 24 de Outubro de 1855, está mencionado como sendo então extinto, entre os
da Comarca de Torres Vedras, o que nos leva a supor que teria sido restaurado em
qualquer altura do período que decorreu entre essas duas reformas".
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Alguns documentos referem que o referido Município fora instituído em 1837. Apesar da
sua vida efémera, o concelho de Azueira chegou a constituir um dos maiores da
Estremadura integrando as freguesias de Azueira, Turcifal, Sobral da Abelheira, Freiria e
Enxara do Bispo. A participação dos Azueirenses na revolta liberal da Maria da Fonte
(1846), foi um dos marcos históricos que marcaram para sempre o sentido de justiça e
de independência característico dos fidalgos moradores do antigo Concelho. "[...] 26 de
Maio de 1846. Compareceu o administrador interino de Torres Vedras, Maurício José da
Silva, acompanhado de uma guarda a cavalo e a pé.
Reuniu-se clero, nobresa e povo das freguesias do Concelho, todos fizeram público e
manifesto de aderir aos princípios do grito nacional, principiado na província do Minho,
contra o sistema governativo do Ministério Cabral, protestando não mais obedecer às
suas ordens, tendo o dito Administrador proposto ao povo se queria nomear
Administrador e Junta Governativa, o povo foi unânime em declarar que de hora em
diante obedeceria à Junta Governativa de Torres Vedras e seu Administrador onde
outr’ora pertencia a maioria deste Concelho, e em seguida, o povo nomeou para
regedor da Freguesia de S. Pedro dos Grilhões de Azueira, Boaventura Rodrigues Tornixa
e, para seu escrivão, António Pedro Baptista da Silva Avelino.
Seguiu-se a nomeação dos regedores para as outras freguesias. [...]" (extracto do auto
da Câmara lavrado em Maio de 1846) Região bastante rica e terra pródiga, a mais
produtiva em vinho, frutas e trigo, Azueira é hoje, pelo desenvolvimento que lhe é
reconhecido, o exemplo da vontade de quem quer encarar o futuro com um sorriso
tranquilo e repleto de esperança. Azueira voltou a ser elevada a Vila em Abril de 2001.
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4.3 - Personalidades
Vale sempre a pena recordar as personalidades que, tendo vivido, ou apenas nascido na
freguesia de Azueira, contribuíram para o engrandecimento da sua Terra. São disso
exemplo:
Dr. Carlos de Lima Galrão
(Livramento, 21/Out./1857 — Mafra, 3/Ago./1953)
"Descendendo de ilustres famílias da nossa terra, nasceu o Doutor Carlos de Lima
Galrão, no lugar do Livramento, em vinte e um de Outubro de mil oitocentos e
cinquenta e sete, onde exerceu clínica seu pai, o Doutor Sabino José Maltez dos Anjos
Galrão.
Educado, primeiro, num são ambiente familiar, e depois, no Colégio Militar, cedo
adquiriu uma sólida formação moral e uma rectidão de carácter, que timbraram todos
os actos da sua longa vida. Dotado de um espírito brilhante e de uma invulgar
inteligência, depois de cursar preparatórios na Academia Politécnica do Porto, formou-
se em medicina na Escola Médica-Cirúrgica de Lisboa, apresentando uma notável tese, a
que foi atribuída a mais alta classificação.
A sua carreira profissional iniciou-se em Sintra como médico municipal, onde pouco
tempo permaneceu. Chamava-o a sua terra, à qual dedicou toda a sua vida, como
médico e como cidadão. Assim, por deliberação desta Câmara de sete de Novembro de
mil oitocentos e oitenta e oito foi nomeado Facultativo Municipal das freguesias de
Mafra, Alcainça, Igreja Nova e Cheleiros.
Em três de Dezembro do mesmo ano foi nomeado médico do Hospital de Nossa Senhora
das Dores, eleito Procurador à Junta Geral do Distrito em Novembro do ano seguinte e,
em vinte e um de Maio de mil oitocentos e noventa, nomeado inspector de saúde, cargo
que exerceu durante mais de sessenta anos. Em dezanove de Maio de mil novecentos e
vinte e oito, foi eleito sócio correspondente da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
Prestou serviços clínicos na Escola Prática de Infantaria, no Corpo de Salvação Pública
— Bombeiros Voluntários de Mafra, no Terço de Infantaria Legionária número três, desta
vila e na Casa do Povo. Ao ser atingido pelo limite de idade que o compeliu ao abandono
das suas funções oficiais, cheio de vigor e ainda no pleno uso de toda a sua inteligência
e grande saber, não abandonou porém o cargo de Director Clínico do Hospital de Nossa
Senhora das Dores, que exerceu até trinta e um de Dezembro de mil novecentos e
cinquenta e um.
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A sua vida profissional exercida num tão vasto campo e que encarou como um
verdadeiro sacerdócio caracterizou-se por uma bondade sem limites e por uma
inigualável dedicação. Os pobres de que era incomparável protector e o melhor amigo
mereceram o seu especial carinho.
Por isso, Carlos Galrão não granjeou fortuna, mas adquiriu uma maior riqueza, a
gratidão e as bênçãos do povo a que deu tanto da sua vida e da sua ciência. E se na sua
vida profissional e caritativa, o Doutor Carlos Galrão deixou bem vincada a sua
personalidade, não podemos esquecer a vida política, em que a inteireza do seu
carácter se evidenciou igualmente. Fiel às suas convicções, só em mil novecentos e
vinte e seis, após o advento da actual situação, voltou à actividade política, tendo
presidido à primeira Comissão Concelhia da União Nacional, cargo que exerceu no
momento em que vacilava a existência do Estado Novo, muito tendo contribuído as
campanhas doutrinárias que sustentou na imprensa para que, entre a população deste
Concelho se criasse um quase unânime ambiente de simpatia e aplauso à política de
Salazar.
A sua opinião autorizada, a auréola de prestígio que sempre o rodeou aliada a uma
excepcional integridade de carácter, muito contribuíram para a indicação dos
presidentes deste município, entre os quais me coube essa honra e ainda o da minha
dupla recondução.
O apoio e os louvores que dispensou sempre à acção camarária, através da imprensa e
dos discursos em que a sua palavra experiente e cheia de interesse era para nós um
imperativo, proferidos com elegância e vivo entusiasmo, fizeram com que por vezes
este Município se abalançasse a iniciativas um tanto arrojadas, na sua ânsia de fazer
sempre mais e melhor. Tão altos foram os serviços prestados pelo Doutor Carlos Galrão
no exercício da sua profissão que o Governo do País o condecorou com a Comenda da
Ordem de Benemerência e, no último ano da sua existência, a Legião Portuguesa o
distinguiu com a Medalha de Dedicação.
Considerando que, quer como cidadão, quer como político, quer como médico, a vida
do Doutor Carlos Galrão deve ser apontada como um exemplo raro de bondade, de
aprumo moral e de integridade de carácter impõe-se a esta Câmara o dever e a honra
de consagrar o seu nome". (Proposta do presidente da Câmara Municipal de Mafra, de 30
de Abril de 1954, para a erecção de um busto, em homenagem ao Dr. Carlos Galrão).
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4.4 - Economia
A manifestação artesanal dá continuidade aos costumes de um povo, projectando-o
num conjunto de tradições que nos permitem ter um conhecimento mais vasto da
região.
Outrora, a Cestaria era uma arte desenvolvida, na freguesia de Azueira, no entanto,
acabou por desaparecer. Actualmente, podem-se apreciar trabalhos em madeira,
produzidos nas Marcenarias e nas Carpintarias.
As peças de artesanato, cada vez mais apreciadas por naturais e estrangeiros,
funcionam como um bom cartão de visita de cada região, uma marca presente de um
passado que tende a ser esquecido.
Neste sentido, em Azueira, permanece ainda viva a antiga arte de marcenaria.
4.5 - Escudo de Armas
Armas - Escudo de vermelho, duas correntes passadas em aspa, tendo nas quatro
extremidades grilhetas partidas, tudo de ouro, entre uma águia em voo abatido, de
prata e três cachos de uvas de púrpura, folhados de prata. Coroa mural de prata de
quatro torres. Listel branco com a legenda a negro: "AZUEIRA".
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Símbologia
As correntes com grilhetas partidas - Símbolo do orago da freguesia - São Pedro dos
Grilhões, as grilhetas estão partidas por este santo libertar os condenados e os
prisioneiros.
A águia - Evoca a origem romana da freguesia e os vestígios arqueológicos existentes na
mesma, atestam essa mesma origem.
Os cachos de uvas - A evocarem a produção de vinho que constitui uma das principais
fontes de riqueza da freguesia.
Bandeira - Esquartelada de branco e vermelho, cordões e borlas de prata e vermelho.
Haste e lança de ouro.
Ilustração 18- Bandeira para hastear em edifícios (2x3)
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Ilustração 19 - Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1)
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Capítulo 5 - Conclusões
Através deste trabalho foi possível ficar a conhecer mais sobre as freguesias onde os
alunos habitam, é incrível ver como uma pequena localidade possui tanta história e
memórias. Uma pequena terra com tanto para descobrir. Infelizmente não foi possível
incluir mais informação neste relatório, incluímos apenas os factos mais importantes
bem como os pontos mais marcantes na história da freguesia.
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Capítulo 6 - Bibliografia
A Hora da Despedida, Paróquia de São João das Lampas, 2004