idealismo, fuga, representação e realidade social

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Seminário II – Idealismo, fuga, representação e realidade social Alessandra Brusantin Ana Carolina Figueiredo Caroline Christini Milena Sartori Tálita Nogueira Thaís Martins Tiffany Liu MAIO 2011

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Page 1: Idealismo, fuga, representação e realidade social

Seminário II – Idealismo, fuga, representação e realidade social

Alessandra BrusantinAna Carolina Figueiredo

Caroline ChristiniMilena Sartori

Tálita NogueiraThaís Martins

Tiffany Liu

MAIO2011

Page 2: Idealismo, fuga, representação e realidade social

Romantismo

IntroduçãoLiteratura

MúsicaPintura

Page 3: Idealismo, fuga, representação e realidade social

*Transição século XVIII/ XIX*Transformações constantes*Revoluções*Correntes ideológicas: nacionalismo, iluminismo, liberalismo*Ruptura na tradição*Substituição do mimetismo pelo expressionismo*Respostas individuais*Diversidade de características*Romantismo francês x romantismo inglês *Sturm und Drang (Alemanha, 1760-80): - Culto ao gênio - Exigências de liberdade de sentimentos e intuições - Auto-afirmação violenta dos compositores - Revolta contra as regras e ditames da razão - Busca da espontaneidade e simplicidade - Busca das raízes históricas nacionais

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Romantismo

IntroduçãoLiteratura

MúsicaPintura

Page 5: Idealismo, fuga, representação e realidade social

Emoção e Poesia lírica

*Aprofundamento das questões da intuição, instintos e sentimentos. arte não como um reflexo do mundo exterior, mas uma fonte de iluminação do mundo pelo interior.*O sentimento mais valorizado era o amor. Independente de julgamento, essa noção foi uma das mais influenciadoras da história.

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Contrastes com o Neoclassicismo

*Liberdade das regras mecânicas*Substituição da razão pela imaginação*Mudança do mimético para o poético*Ênfase nas características do comportamento humano

Individualismo

*Descobrimento das identidades individuais*O capitalismo mudou a idéia de posição social se equivaler à identidade*Permitia a artistas, pintores e escritores a comercialização do seu trabalho

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Medievalismo e Herói Romântico

*A influência medieval se espalhou não somente no ramo da literatura, mas passando por todas as formas de arte do período;*Inspiração do cavaleiro medieval no herói romântico.

Imaginação

*Poder da criação que ajuda os seres humanos a constituírem a realidade*Responsável pela capacidade de sintetizar e de enxergar a natureza como um sistema de símbolos

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Cotidiano e o Exótico

*Ocasional utilização de regionalismos levou a uma linguagem mais simplificada*Cotidiano e o exótico apareciam juntos em combinações paradóxicas. Podendo ser vistas em obras como O Corcunda de Notre Dame e Frankeinstein.*Imagens de locais exóticos como a Espanha, norte da África e o Oriente Médio, mas retratadas de maneira preconceituosa.*Byron foi o escritor de maior renome no exoticismo, tanto nacional como internacionalmente.*Análise do poema “O corsário”

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Religião

*Transformação da religião em um assunto para uso artístico *Fausto pode ser utilizado como exemplo de obra que utiliza o cristianismo mas não é uma peça cristã*Não era mais uma questão de dualidade entre o antropocentrismo com e teocentrismo e sim uma forma de utilização de um assunto, moldá-lo da maneira mais adequada de acordo com a obra

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Mephistopheles in Flight, 1828Eugène Delacroix (França, 1798–1863)De Fausto, Goethe (Paris, C. Motte, 1828)

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Natureza

*Podia ter vários significados na época*Por exemplo, durante o poema Song of Myself, Whitman faz uma prática de apresentar itens comuns presentes na natureza, que ele dizia conter elementos divinos*Relação com a Revolução Industrial

Folclore e Arte Popular

*Interesse pelo folclore teve início na Alemanha e Inglaterra*Valorização da tradição popular incomum até aquela época*Favorecimento da simplicidade e naturalidade*Criação de tipos literários*Rejeição de sistemas absolutos

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Rousseau e o Romantismo

*Questionamento sobre a essência humana*Revalorização do amor e da amizade que o filósofo acreditava que estavam presentes em todo o ser humano*Paisagem transfigura o mundo exterior no reflexo da subjetividade e da individualidade do próprio eu que a contempla*Contribui para o desenvolvimento da ficção narrativa do séc. XVIII com o livro Pamela, que traz também os questionamentos rousseaunianos*É precursor do movimento Sturm und Drang

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Romantismo

IntroduçãoLiteratura

MúsicaPintura

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Richard Wagner Franz Hanfstaengl, 1871

Barroco: concepção estática dos sentimentos. Há poucas variações de intensidade e não se mistura m em uma mesma música mais de um sentimento.Rococó: movimento das paixões mostrado pelos contrastes na música. Há maior variedade de tons, mais nuanças e gradações. Traz, portanto, maior refinamento musical em todos os aspectos.

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Romantismo: tensões violentas entre sentimentos opostos. Há a criação de um jogo combinatório dos elementos que compõem as melodias.As músicas renascentista e barroca não são carentes de afeto; pelo contrário, os sentimentos do homem são apenas expressados diferentemente da música romântica.

"O Romantismo não produziu, propriamente, nenhum estilo, mas somente inúmeros estilos individuais e nacionais isolados."

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Ludwig van Beethoven Joseph Karl Stieler, 1820

"O Romantismo, por sua valorização do que é único, excepcional, original, por seu culto ao gênio, liberta o individualismo de suas últimas barreiras."

"A música de Beethoven move alavancas do estremecimento, do temor, do horror, da dor, e desperta aquela nostalgia infinita que é a essência do Romantismo."

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Romantismo

IntroduçãoLiteratura

MúsicaPintura

Page 18: Idealismo, fuga, representação e realidade social

A Liberdade guia o povo. Eugéne Delacroix, 1831. Óleo sobre tela, 325 x 260 cm. Museu do Louvre, Paris.

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Morte de Sardanapalo . Eugene Delacroix, 1827. Óleo sobre tela, 392 x 496 cm. Museu do Louvre, Paris.

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Page 22: Idealismo, fuga, representação e realidade social

A Jangada da Medusa. Théodore Gericault, 1818-19. Óleo sobre Tela, 491x716 cm. Museu do Louvre, Paris.

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Page 24: Idealismo, fuga, representação e realidade social

A Família Real de Carlos IV. Francisco Goya, 1800.Óleo sobre tela, 2,79 m x 3,35 m. Museu do Prado, Madri.

Page 25: Idealismo, fuga, representação e realidade social

As Meninas. Diego Velázques, 1656-57. Óleo sobre tela, 318x276cm, Museu do Prado.

Page 26: Idealismo, fuga, representação e realidade social

A Família Real de Carlos IV. Francisco Goya, 1800.Óleo sobre tela, 2,79 m x 3,35 m. Museu do Prado, Madri.

Page 27: Idealismo, fuga, representação e realidade social

O Gigante. Francisco Goya, 1818. Aquatinta, 28,5x21cm. Museum of Modern Art, Nova Iorque

Page 28: Idealismo, fuga, representação e realidade social

Fuzilamento (1808). Francisco Goya, 1814. Óleo sobre tela, 268x347 cm. Museu do Prado, Madri.

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Page 30: Idealismo, fuga, representação e realidade social

O Juramento dos Horácios. Jacques-Louis David, 1784. Óleo sobre tela, 330 × 425 cm, Museu do Louvre, Paris.

Page 31: Idealismo, fuga, representação e realidade social

O Temerário. WillianTurner, 1838. Óleo sobre Tela, 91x122 cm. National Gallery, Londres.

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Page 33: Idealismo, fuga, representação e realidade social

O Navio Negreiro. Willian Turner,1840. Óleo sobre tela, 90,8x122,6 cm. Museum of Fine Arts, Boston.

Page 34: Idealismo, fuga, representação e realidade social

Realismo

IntroduçãoLiteratura

Pintura

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*Século XIX*2ª fase da Revolução industrial*Correntes ideológicas: positivismo, cientificismo, socialismo*“Revolução permanente”*Questionamento da arte como ofício*Artistas bem sucedidos x inconformistas*Contraposição ao sentimentalismo*Inquietar a burguesia*Crítica social*Representação fiel do cotidiano

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Realismo

IntroduçãoLiteratura

Pintura

Page 37: Idealismo, fuga, representação e realidade social

"O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para condenar o que houver de mau na nossa sociedade". (Eça de Queirós)

*Honoré de Balzac foi o grande precursor do realismo literário. Tentativa de criar um retrato da sociedade francesa (La Comédie humaine - 1834-1837)*A primeira proposta realista surgiu na década de 1850, inspirada pela pintura de Courbet. jornalista francês Jules-François-Félix-Husson Champfleury divulga o trabalho do pintor e lanças seus conceitos na literatura em Le Réalisme (1857).

Page 38: Idealismo, fuga, representação e realidade social

*No mesmo ano, Gustave Flaubert publica o romance responsável pela sedimentação do realismo na Europa: Madame Bovary. A obra causa impacto na Europa e é oficialmente censurada. Flaubert sofre acusação pública de incentivo à imoralidade.

“Quando madame Bovary apareceu, foi uma completa revolução literária. Teve-se a impressão de que a fórmula romance moderno, esparsa pela obra colossal de Balzac, fora reduzida e claramente enunciada em quatrocentas páginas de um único livro.” (Zola)

Filme: Madame Bovary

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Características *Descrição busca objetividade e profunda análise das personagens;*Ação e enredo perdem a importância para a caracterização das personagens;

“A voracidade de madame Bovary acompanhava-se de permanente insatisfação: ela não era feliz, nunca o fora [...] cada sorriso escondia um bocejo de tédio, cada alegria uma maldição, qualquer prazer um desgosto e os melhores beijos deixavam nos lábios apenas um irrealizável desejo de uma maior volúpia” (Madame Bovary)

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*Narrador se coloca como observador neutro;

“O romance que se narra a si mesmo." (Flaubert)

“ Madame Bovary não tem nada de real. É uma história totalmente inventada. Eu não coloquei nada dos meus sentimentos, nem da minha existência. A ilusão (se existe uma) vem, ao contrário, da impessoalidade da obra. É um dos meus princípios não me inscrever nela. O artista deve ser na sua obra como Deus na sua criação, invisível, porém poderoso; nós o sentimos por todo lado, mas não o vemos.” (Flaubert)

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*Descreve costumes e acontecimentos contemporâneos aos mínimos detalhes ;

*Busca de explicação lógica e científica aceitável para os fatos;

“A experiência torna-se o único critério válido para a busca da verdade, devendo o cientista abster-se de qualquer capricho pessoal ou crenças, sejam religiosas, filosóficas ou mesmo científicas. Prevalece apenas a autoridade dos fatos observados” (ZOLA)

*Narrativa lenta, clara, concisa, com predomínio da denota-ção, a metáfora cede lugar à metonímia;

*Apresenta localização precisa do ambiente, densidade psico-lógica e personagens complexas, temas contemporâneos;

“Na planície rasa, sob a noite sem estrelas, de uma escuridão e espessura de tinta, um homem caminhava sozinho pela estrada real que vai de Marchiennes a Montsou, dez Quilômetros retos de calçamento cortando os campos de beterraba. ” (Germinal)

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*Realiza críticas sociais à burguesia, ao clero, ao obscurantismo provinciano, ao capitalismo selvagem, ao preconceito racial.

“Era meio-dia, a fome de seis semanas de greve despertava nos estômagos vazios, aguilhoada por essa marcha em campo aberto”(Germinal)

“Homens brotavam, um exército negro, vingador, que germinava lentamente nos sulcos da terra, crescendo para as colheitas do século futuro, e cuja germinaçãonão tardaria em fazer rebentar a terra” (Germinal)

Cena do filme Germinal

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*Gustave Flaubert (Madame Bovary)*Os irmãos Jules e Edmond Goncourt (Germinie Lacerteux )*Charles Dickens (Oliver Twist ), e George Eliot (Middlemarch) na Inglaterra*Lev Tolstoi (Guerra e Paz) e Fiodor Dostoievski (Crime e Castigo) na Rússia*Eça de Queiroz (O Primo Bazílio)*Charles Baudelaire (Flores do Mal)*Émile Zola (Germinal)

Trailer Germinal: http://www.youtube.com/watch?v=chCnbs7UMSkTrailer Madame Bovary: http://www.youtube.com/watch?v=kZcrUWCy8T0

Principais Autores

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Realismo

LiteraturaPintura

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Os quebradores de pedra. Gustave Courbet, 1849. Óleo sobre tela, 159x259 cm. Galeria Neue Meister, Dresden, Alemanha.

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O estúdio do artista (L'Atelier du peintre): Uma Alegoria Real de sete anos da fase em minha vida artística e Moral. Gustave Courbet, 1855. Óleo sobre tela, 359 × 598 cm.

Musée d'Orsay, Paris.

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As respigadeiras. Jean- François Millet, 1857. Óleo sobre Tela, 83,8x111 cm. Museu d’Orsay, Paris.

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Almoço na Relva. Édouard Manet, 1863. Óleo sobre tela, 214x270 cm. Museu do Louvre, Paris, França.

Page 52: Idealismo, fuga, representação e realidade social

O julgamento de Páris. Marcantonio Raimondi.,1515. Gravura

O concerto campestre . Ticiano, 1511.

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Um Bar no Folies Bergère, Édouard Manet, 1881-82. Óleo sobre tela, 96x130cm. Courtauld Institute Galleries, London.

Page 54: Idealismo, fuga, representação e realidade social

A execução do imperador Maximiliano. Edouard Manet, 1867. Óleo sobre tela.

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Referências Bibliográficas

ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo - Companhia das Letras, 1992.GOMBRICH, E. H.; tradução Álvaro Cabral. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2008.GUINSBURG, J. O Romantismo. São Paulo: Perspectiva, 1978.HONOUR, Hugh. El Romanticismo. Editora Alianza Forma, Madrid, 1986.JANSON, H. W. e JANSON, Anthony F. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.