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Idea Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte Antiguidade, Idade Média, Renascimento Erwin Panofsky Acadêmicas: Cristiana Trichez e Vanessa Casarin 1

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Page 1: Idea Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte Antiguidade, Idade Média, Renascimento Erwin Panofsky Acadêmicas: Cristiana Trichez e

IdeaContribuição à história do conceito da antiga

teoria da arte

Antiguidade, Idade Média, Renascimento

Erwin Panofsky

Acadêmicas: Cristiana Trichez e Vanessa Casarin

1

Page 2: Idea Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte Antiguidade, Idade Média, Renascimento Erwin Panofsky Acadêmicas: Cristiana Trichez e

Platão 428 a.C. – 348 d.C.

Filósofo gregoRecebeu influência de Aristófanes, Sócrates, Pitagoras entre outros.

Sócrates 469 a.C. – 399 d.C.

Filósofo gregoRecebeu influência de

Parmênides.Influenciou Platão e

Aristóteles

Aristóteles 384 a.C. – 322 d.C.

Filósofo e professor grego

Recebeu influência de Parmênides, Sócrates,

Platão.

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Ordem cronológica de influência dos pensadores citados ao longo da apresentação:

Cícero 103 a.C. – 46d.C.

Filósofo orador, escritor e político romano.

Recebeu influência de Platão e influenciou,

Tácito.

Page 3: Idea Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte Antiguidade, Idade Média, Renascimento Erwin Panofsky Acadêmicas: Cristiana Trichez e

Antiguidade”o artista era valorizado e protegido dos Deuses”

A teoria das artes se empenhará cada vez mais em anexar a doutrina das Idéias.Cícero

...o objeto da representação artística, da mesma forma que a idéia, não pode ser apreendido pelo olhar em sua total

perfeição, existindo antes como simples imagem mental na interioridade do artista.Platão (arte mimética x poética)

que alia a potência do pensamento à da expressão, designa as formas das coisas sob o termo idéias; afirma que têm uma existência eterna (não perecível) e se acham contidas apenas na razão e

no pensamento.

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Antiguidade

O pensamento da antiguidade havia justaposto dois temas:

Obra de arte inferior a natureza pois não fazia mais do que imitá-la

XObra de arte superior a natureza corrigindo* as falhas

das produções naturais* Lhe opunha com independência uma imagem renovada de beleza

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Antiguidade

SócratesA pintura* era obrigada e capaz, na ausência de um

homem cujo físico fosse irrepreensível, de representar um corpo de aparência bela a partir do que mais belo houvesse em uma multiplicidade de

corpos.

* Embora cópia de coisas visíveis

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Antiguidade

Platãoinimigo da arte, chegou a comparar, o modelo de sua

cidade perfeita com a obra de um pintor que propusesse em sua tela um paradigma* do homem

canonicamente belo, que passaria por um pintor realizado por mostrar-se incapaz de indicar as

condições em que se apresentara a ele empiricamente beleza tão perfeita.

(impossibilidade de cópia fiel)*modelo, é a representação de um padrão a ser seguido

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Antiguidade

A despeito do seu apego à noção de mimese, o pensamento da antiguidade grega não permaneceu

alheio a concepção que considera o artista não somente o humilde copista da natureza, mas também seu êmulo*, corrigindo com plena

independência, por seu poder livremente criador, as inevitáveis imperfeições dela.

*pessoa que tenta superar

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Antiguidade

E ao mesmo tempo em que se opera a transformação da intuição em conceito*, difunde-se a convicção de

que uma arte, quando culmina, pode subtrair-se completamente ao modelo sensível e libertar-se por

completo da impressão deixada pela realidade percebida.

* Que caracteriza o desenvolvimento da filosofia na época helenística

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Antiguidade

Sobre os deuses gregos e FídiasDión CrisóstomoApolônio de Tiana

Fig 1: Estátua de Zeus em Olímpia, do ateniense FídiasFonte: História da Arte 2009.blogspot

“Foi a imaginação que criou esses deuses, e ela é mais artista do que a imitação, pois a imitação representa o que vê, e a

imaginação o que não vê.”9/35

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Antiguidade

CíceroIdéia platônica x representação artística*

Se a critica da arte havia conseguido elevar o objeto da produção artística à condição de uma representação

interior e mental, por outro lado, a filosofia mostrava-se igualmente disposta a reconduzir o princípio do

conhecimento, a Idéia, de essência a um simples conceito.Assim ambos poderiam fundir-se e unificar-se na consciência

do homem.* Interior ao espírito do artista

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Antiguidade

AristótelesSubstituiu o dualismo

(mundo inteligível x mundo sensível)pela síntese:universalidade singularidade

(do conceito) (da representação individual)

forma matériaTudo é produto do suporte e da forma.*

* O produto da natureza ou da mão do homem não provem de que uma idéia seja imitada, mas que uma forma penetre em uma matéria.

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Antiguidade

AristótelesA única diferença entre as obras de arte e as produções

da natureza é que sua forma, antes de penetrar na matéria, reside na alma humana.

É sob influencia dessa definição aristotélica que se operou livremente a identificação da representação artística e da Idéia.

Cícero representa uma conciliação entre Aristóteles e Platão.

A formula de conciliação coloca na verdade um problema que exige uma solução:

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Antiguidade

Se essa imagem interior, que representa o objeto próprio da obra de arte, não é nada mais que uma representação vigorosa no espírito do artista, uma “representação pensada”, o que é que lhe garante essa perfeição pela qual deve prevalecer sobre os fenômenos da realidade? E, inversamente , se ela possui de fato essa perfeição, não seria então algo

bem diferente do que uma simples “representação pensada” ?

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Antiguidade

A solução no entanto está tanto em Sêneca, quanto no Neoplatonismo.

Sênecareconhece inteiramente ao artista a possibilidade de reproduzir, em vez de um objeto tomado na natureza visível, uma representação produzida no interior dele

mesmo; mas não vê, entre o objeto e sua representação, nenhuma diferença axiológica*, e mais ainda: nenhuma

diferença ontológica**.*ramo da filosofia que estuda os valores

** parte da filosofia que trata da natureza do ser, trata do ser enquanto ser

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AntiguidadeOutra solução:

A filosofia de Plotino,ao contrario, procura conquistar para a “forma interior” um

direito metafísico* que mereça a categoria de um “modelo perfeito e supremo”.

Levanta-se contra os ataques de Platão à arte mimética;...remonta a origem...ao princípio

Fídias criou Zeus sem imitar nada visível..A idéia transformada numa visão viva por parte do artista**

* Ramos da filosofia que estuda a essência do mundo

**Despojada da imobilidade que parecia inerente a idéia platônica

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Antiguidade

Plotino,opôs-se à definição da beleza em que o classicismo da

antiguidade e o do renascimento associavam “equilíbrio das proporções” e “beleza do colorido”, isto é, “simetria das partes entre si e com o todo,

unida a um colorido agradável”.

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AntiguidadeConcluindo:

Se a crítica platônica censura as artes por fixarem continuamente o olhar interior do homem nas imagens sensíveis*, a defesa que lhes consagra

Plotino condena as artes a um trágico destino: dirigir o olhar interior do homem sempre para além das

imagens sensíveis, ou seja, abrir-lhe uma perspectiva para o mundo das Idéias, mas ao mesmo tempo velá-

la. * isto é , por lhe impedirem a contemplação do mundo das Idéias

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Antiguidade

Enquanto imitações do mundo sensível, as obras de arte são desprovidas de uma significação mais

elevada; mas, enquanto manifestações da Idéia, elas são então privadas de sua finalidade e de sua

autonomia próprias; e tudo se passa como se a teoria das Idéias se visse obrigada em ambos os

casos a contestar a obra de arte.

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Idade MédiaAs Idéias, que segundo a concepção platônica possuíam uma existência absoluta sob todos os

aspectos, transformam-se no curso de uma evolução que culmina em Agostinho....a significação das idéias

adquiriu uma inversão...um sentido cosmológico e depois um sentido teológico.

A teoria das Idéias, que se apresentava originalmente como uma filosofia da razão humana, converte-se de certa forma numa espécie de lógica do pensamento

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Idade MédiaComo o mundo não é produto do acaso, foi criado por

Deus e pela ação do seu espírito, é necessário que haja uma forma no espírito divino sobre cujo modelo

o mundo foi criado. Nisso consiste a essência conceitual da Idéia.

Para o pensamento medieval, o artista criava formas inspirando-se, se não numa idéia no sentido

metafísico, numa representação da forma interior ao próprio artista e preexistente* à obra, ou uma “quase

idéia”.* A casa preexiste no espírito do arquiteto e pode ser definida como idéia da

casa 20/35

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Idade MédiaPara a Idade média a obra de arte não resulta de uma

explicação entre o homem e a natureza, mas da projeção na matéria de uma imagem interior.

Essa imagem interior não tem mais a significação da Idéia, que tornou-se um termo técnico da teologia,

mas pode ser comparada ao conteúdo desse conceito.

Dante evitando utilizar o termo Idéia resumiu:

A arte encontra-se em três níveis: no espírito do artista, no instrumento que ele utiliza e na matéria que

recebe sua forma da arte.21/35

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Renascimento

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As publicações do Renascimento italiano sobre teoria e história da arte, insistiam no fato de que a arte tem

por missão ser uma imitação direta da realidade.Cenino Cenini em seu tratado dá conselhos sobre pintura.

Marco de uma nova época cultural:O pintor é aconselhado a se colocar em frente a um

modelo*.*Que é curiosamente escolhido.

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Renascimento

A literatura do Renascimento coloca como mérito revolucionário, trazer de volta a semelhança com a

naturezaContra uma arte antiquada e infantilmente retirada da verdade da natureza.

Princípio de Leonardo da Vinci:

A pintura mais digna de elogio é a que apresenta maior semelhança com a coisa que quer pintar.

Rejeitando os pintores que queriam corrigir as coisas da natureza.

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RenascimentoOutra idéia aparece na literatura do início do Renascimento: triunfo da arte sobre a natureza.

Graças a imaginação, cuja liberdade criadora permite alterar as aparências*.Centauros e quimeras.

Ordena-se que o artista escolha o que há de mais belo.Evite toda deformidade sobretudo quanto a proporção.

O pintor não deve apenas obter uma semelhança total; deve ainda acrescentar-lhe a beleza; pois

em pintura a beleza é tão agradável quanto indispensável.

Alberti sobre o pintor.

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Renascimento

Exigia de suas obras de arte, ao mesmo tempo, fidelidade à natureza e à beleza.

Sem perceber a menor contradição nisso.

Colocou-se contra a imitação dos mestres:Porque a natureza é infinitamente mais rica que as obras dos pintores.

O artista que imitasse as obras, em vez de imitar a natureza, se rebaixaria a ser apenas neto de uma natureza da qual no entanto podia ser

filho.

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Renascimento

Neste momento surge o costuma-se chamar de teoria da arte.

Embora apoiada em antigos fundamentos, constitui uma disciplina especificamente moderna.

Não responde mais a questão: como se faz?E sim:

O que se pode fazer e, sobretudo, o que se deve saber para ser capaz, dada a circunstância, de

enfrentar a natureza com armas iguais?

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Renascimento

Em oposição a Idade Média traz como característica, o fato de retirar o objeto do

mundo interior da representação subjetiva e colocá-lo num mundo exterior solidamente

estabelecido. E também dispõe uma distância* entre sujeito e objeto – na prática seria a noção

de perspectiva.Concretiza o objeto e personifica o sujeito.

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Além das exigências de exatidão e beleza, também acreditava poder indicar o caminho para isso:

Exatidão da forma e do conteúdo;Respeito as leis da percepção;

a teoria da anatomia;a teoria psicológica e fisiológica do movimento;

e as leis da fisiognomonia.

Harmonia racionalmente determinada das cores, das qualidades e da relação entre os volumes.

Teoria das proporções: como determinar a harmonia, o prazer que dela resulta e qual o fundamento deste prazer.

Renascimento

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Renascimento

A apreciação puramente subjetiva e individual do artista não deveria servir de critério para uma

justa proporção.Deveriam se apoiar nas leis fundamentais da matemática e da música ou pelo

menos nas declarações de veneráveis autoridades.

No pensamento do Renascimento o ser e o comportamento do sujeito e do objeto eram

regidos por regras que tinham ou uma validade a priori, ou um fundamento empírico.

Fazendo da arte uma concepção ao mesmo tempo prática e racional.

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RenascimentoAlberti sobre a essência da beleza:

A beleza consiste numa harmonia e num acordo das partes com o todo, segundo determinações de número, de proporcionalidade e de ordem, tais como o exige a harmonia, isto é, a lei absoluta e

soberana da natureza.Conferiam a esfera da estética uma autonomia que só receberia seus fundamentos

teóricos mais de três séculos depois.

Destaque para a Divina proporzione de Luca Pacioli em 1509, obra de um matemático e cosmólogo e não um teórico da

arte.

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RenascimentoAlberti :

A faculdade de perceber em espírito a beleza só podia ser adquirida pela experiência e pelo exercício.

Rafael em 1516:

menciona a noção de Idéia, mas não explica como deve-se conceber as relações da Idéia com a

Experiência.Ela lhe vem espontaneamente ao espírito, mas não sabe nem quer saber se

ela contém algum valor e alguma verdade.

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Vasari sobre o desenho :

nada mais é do que a criação de uma forma intuitivamente clara e correspondente ao conceito que o espírito contém e se representa, e do qual a

idéia é de certo modo produto .Inversão do conceito de Idéia = um produto da experiência.

A partir de agora a Idéia não reside mais na alma do artista ela vêm ao espírito, nasce, é o produto ou

uma aquisição da realidade, sendo realmente modelada e esculpida.

Metade do século XVI, Idea – faculdade da representação.

Renascimento

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RenascimentoSobre Idea:

o artista produz em seu espírito e manifesta por seu desenho, não provém dele, mas sim da natureza por

intermédio de um julgamento universal.Se acha prefigurada nos objetos e é conhecida e realizada em ato somente

pelo sujeito.

O Renascimento transforma o conceito de Idéia no conceito de Ideal e identifica o mundo das Idéias

com um mundo de realidades superiores.Idéia é produto do espírito humano e se afasta da subjetividade e do

arbitrário.

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Renascimento

Idea no século XVI, pode possuir dois significados essencialmente diferentes:

- é a representação que se tem de uma beleza que supera a natureza;

- é a representação que se tem de uma imagem independente da natureza e possui o mesmo

significado de pensamento ou conceito.

Toda representação artística que, inicialmente projetada no espírito do artista, preexiste à sua representação exterior, o que podemos chamar de

tema ou projeto .

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Renascimento

A teoria da arte do Renascimento vinculando a produção da Idéia à visão da natureza*, dá o

primeiro passo em direção ao reconhecimento daquilo que irá se chamar de Gênio.

Colocando numa área que ainda não seria a da psicologia individualista, mas também não mais da metafísica.

O espírito do artista tinha o direito e o dever de atingir com suas próprias forças esse conhecimento perfeito do objeto inteligível que Idea passará a designar na linguagem dos

séculos XVI e XVII.

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Renascimento

O Renascimento propriamente dito foi tão incapaz de sublinhar de maneira explícita, ou

mesmo polêmica, o papel da genialidade artística quanto de formular, também

explicitamente, a existência do conceito de Ideal .

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Bibliografia

PANOFSKY, Erwin. Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte. Ed. Martins Fontes. São Paulo, 1994.

BLOG HISTÓRIA DA ARTE 2009. Disponível em: www.históriadaarte2009.blogspot.com. Acesso em: 10/10/2010.