idade média

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GERMÂNICOS E IMPÉRIO CAROLÍNGIO HISTÓRIA 1º ANO CAP.14 PÁG. 174

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Page 1: Idade Média

GERMÂNICOS E IMPÉRIO CAROLÍNGIO

HISTÓRIA 1º ANO

CAP.14PÁG. 174

Page 2: Idade Média

IDADE MÉDIA CAP.14PÁG. 174

֍ A Idade Média é o período histórico compreendido entre os anos de 476 ( queda de Roma ) ao ano de 1453 ( a queda de Constantinopla). Este período apresenta uma divisão, a saber:

.ALTA IDADE MÉDIA( do século V ao século IX )• fase marcada pelo processo de formação do feudalismo

BAIXA IDADE MÉDIA( do século XII ao século XIV ) • fase caracterizada pela crise do feudalismo

Page 3: Idade Média

ALTA IDADE MÉDIA֍ Período do século V ao século IX é caracterizado pela formação do

Sistema Feudal. ֍Neste período observa-se os seguintes processos históricos:

֍ A Alta Idade Média representa o processo de ruralização da economia e sociedade da Europa.

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A formação dos Reinos Bárbaros (destaque: Reino Franco).

O Império Bizantino (parte oriental do Império Romano).

A expansão do Mundo Árabe.

Page 4: Idade Média

Processo de ruralização da sociedade

• A partir do século III com dificuldades para proteger as fronteiras, o Império Romano passou a ser invadido por diversos povos, sobretudo os de origem germânica (anglos, saxões, lombardos entre outros).

• No século IV, os hunos, que habitavam a Ásia central, invadiram a Europa e tornaram essa situação mais grave. Esses guerreiros passaram a percorrer os territórios ocupados pelos povos germânicos, obrigando-os a procurar refúgio dentro das fronteiras romanas.

• As invasões e os saques a cidades tornaram-se então constantes. Muitas famílias passaram a procurar o campo, considerando mais seguro. Com isso teve início um processo de ruralização em toda a Europa ocidental.

• Com o passar dos anos, as propriedades rurais tornaram-se mais protegidas. Transformadas em núcleos fortificados, elas estavam sob a administração de um proprietário com poderes quase absolutos sobre as terras e seus habitantes.

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Page 5: Idade Média

OS REINOS BÁRBAROS

֍Para os romanos, "bárbaro" era todo aquele povo que não possuía uma cultura greco-romana e que, portanto, não vivia sob o domínio de sua civilização.

֍Os bárbaros que invadiram e conquistaram a parte ocidental do Império Romano eram os Germânicos, que viviam em um estágio de civilização bem inferior, em relação aos romanos.

֍Eles não conheciam o Estado e estavam organizados em tribos.

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Page 6: Idade Média

- Os Anglo-Saxões, que se estabeleceram na Grã-Bretanha;

- Os Visigodos estabeleceram-se na Espanha;

- Os Vândalos fixaram-se na África do Norte; -

- Os Ostrogodos que se instalaram na Itália;

- Os Suevos constituíram-se em Portugal; - Os Lombardos no norte da Itália; - Os Francos que construíram seu reino na

França.

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As principais tribos germânicas que se instalaram na parte ocidental de Roma foram:

Page 7: Idade Média

֍Os Germânicos não conheciam o Estado, vivendo em comunidades tribais - cuja principal unidade era a Família.

֍ A reunião de famílias constituía um Clã e o agrupamento de clãs formava a Tribo.

֍ A instituição política mais importante dos povos germânicos era a Assembleia de Guerreiros, responsável por todas as decisões importantes e chefiada por um rei ( rei que era indicado pela Assembleia e que, por isto mesmo, controlava o seu poder ).

֍ Os jovens guerreiros se uniam - em tempos de guerra - a um chefe militar por laços de fidelidade, o chamado Comitatus.

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OS GERMÂNICOS

Page 8: Idade Média

֍ A sociedade germânica era assim composta:

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OS GERMÂNICOS

Nobreza: formada pelos líderes políticos e grandes proprietários de terras.

Homens-livres: pequenos proprietários e guerreiros que participavam da Assembleia;

Homens não-livres: os vencidos em guerras que viviam sob o regime de servidão e presos à terra e os escravos - grupo formado pelos prisioneiros de guerra.

Page 9: Idade Média

֍ Economicamente, os germânicos viviam da agricultura e do pastoreio.

֍O sistema de produção estava dividido nas propriedades privadas e nas chamadas propriedades coletivas ( florestas e pastos ).

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OS GERMÂNICOS

Page 10: Idade Média

֍ A religião era politeísta e seus deuses representavam as forças da natureza.֍ O contato entre Roma e os bárbaros, a princípio, ocorreu de forma pacífica até

meados do século IV. ֍À partir daí, a penetração germânica deu-se de forma violenta, em virtude da

pressão dos hunos. ֍Também contribuíram para a radicalização do contato:- crescimento demográfico entre os germanos, - a busca por terras férteis, - a atração exercida pelas riquezas de Roma e a fraqueza militar do Império

Romano.֍Entre os povos germânicos, os Francos são aqueles que irão constituir o mais

importante reino bárbaro e que mais influenciarão o posterior desenvolvimento europeu.

CAP.14PÁG. 174

OS GERMÂNICOS

Page 11: Idade Média

ATIVIDADE Nº 4: GERMÂNICOS E IMPÉRIO CAROLÍNGIO

CAP.14PÁG.174

SOMENTE RESPOSTAS

1.COMPREENDENDO: PÁG. 176 (1);2. COMPREENDENDO: PÁG. 178 (1 AO 4).

4º BIMESTRE

Page 12: Idade Média

֍ A história do Reino Franco desenvolve-se sob duas dinastias:

- Dinastia dos Merovíngios ( século V ao século VIII ) e

- Dinastia dos Carolíngios ( século VIII ao século IX ).

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O REINO FRANCO

Page 13: Idade Média

֍ O unificador das tribos francas foi Clóvis ( neto de Meroveu, um rei lendário que dá nome a dinastia).

֍ Em seu reinado houve uma expansão territorial e a conversão dos Francos ao cristianismo.

֍ A conversão ao cristianismo foi de extrema importância aos Francos que passam a receber apoio da Igreja Católica; e para a Igreja Católica que terá seu número de adeptos aumentado, e contará com o apoio militar dos Francos.

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O REINO FRANCO : OS MEROVÍNGIOS

Page 14: Idade Média

֍ Com a morte de Clóvis, inicia-se um período de enfraquecimento do poder real, o chamado Período dos reis indolentes.

֍ Neste período, ao lado do enfraquecimento do poder real haverá o fortalecimento dos ministros do rei, o chamado Mordomo do Paço (Major Domus). Entre os Mordomos do Paço, merecem destaque:

- Pepino d'Herstal, que tornou a função hereditária; - Carlos Martel, que venceu os árabes na batalha

de Poitiers, em 732;- Pepino, o Breve, o criador da dinastia Carolíngia.

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O REINO FRANCO : OS MEROVÍNGIOS

Pepino d'Herstal

Carlos Martel Pepino, o Breve

Page 15: Idade Média

֍ A Batalha de Poitiers representa a vitória cristã sobre o avanço muçulmano na Europa. Após esta batalha, Carlos Martel ficou conhecido como "o salvador da cristandade ocidental".

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O REINO FRANCO : OS MEROVÍNGIOS

Page 16: Idade Média

֍ Dinastia iniciada por Pepino, o Breve.

֍O poder real de Pepino foi legitimado pela Igreja, iniciando-se assim uma aliança entre o Estado e a Igreja - muito comum na Idade Média, bem como o início de uma interferência da Igreja em assuntos políticos.

CAP.14PÁG. 174

O REINO FRANCO : OS CAROLÍNGIOS

Page 17: Idade Média

֍ Após a legitimação de seu poder, Pepino vai auxiliar a Igreja na luta contra os Lombardos.

֍As terras conquistadas dos Lombardos foram entregues à Igreja, constituindo o chamado Patrimônio de São Pedro.

֍ A prática de doações de terras à Igreja irá transformá-la na maior proprietária de terras da Idade Média.

֍ Com a morte de Pepino, o Breve e de seu filho mais velho Carlomano, o poder fica centrado nas mãos de Carlos Magno.

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O REINO FRANCO : OS CAROLÍNGIOS

Page 18: Idade Média

ATIVIDADE Nº 5: GERMÂNICOS E IMPÉRIO CAROLÍNGIO

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SOMENTE RESPOSTAS

1. COMPREENDENDO: PÁG. 180 ( 1 AO 4).

4º BIMESTRE

Page 19: Idade Média

֍ Carlos Magno ampliou o Reino Franco por meio de uma política expansionista.

֍O Império Carolíngio vai compreender os atuais países da França, Holanda, Bélgica, Suíça, Alemanha, República Tcheca, Eslovênia, parte da Espanha, da Áustria e Itália.

֍A Igreja Católica, representada pelo Papa Leão III, vai coroá-lo imperador do Sacro Império Romano, no Natal do ano 800.

CAP.14PÁG. 174

O IMPÉRIO CAROLÍNGIO

Page 20: Idade Média

֍ O vasto Império Carolíngio será administrado através das Capitulares, um conjunto de leis imposto a todo o Império.

֍ O Império será dividido em províncias: os Condados, administrados pelos condes; os Ducados, administrados pelos duques e as Marcas, sob a tutela dos marqueses.

֍ Condes, Duques e Marqueses estavam sob a vigilância dos Missi Dominici - funcionários que em nome do rei inspecionavam as províncias e controlavam seus administradores.

֍ Os Missi Dominici atuavam em dupla: um leigo e um clérigo.

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O IMPÉRIO CAROLÍNGIO

Page 21: Idade Média

֍ Na época de Carlos Magno houve um certo desenvolvimento cultural, o chamado Renascimento Carolíngio, caracterizado pela promoção das atividades culturais, através da criação de escolas e pela vinda de sábios de várias partes da Europa.

֍Este "renascimento" contribuiu para a preservação e a transmissão de valores da cultura clássica ( greco-romana ).

֍Destaque para a ação dos mosteiros, responsáveis pela tradução e cópia de manuscritos antigos.

CAP.14PÁG. 174

RENASCIMENTO CAROLÍNGIO

Page 22: Idade Média

CAP.14PÁG. 174

DECADÊNCIA DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO

֍ Com a morte de Carlos Magno, em 814, o poder vai para seu filho Luís, o Piedoso, o qual conseguiu manter a unidade do Império.

֍ Com a morte de Luís, o Piedoso, em 841, o Império foi dividido entre os seus filhos.

֍ A divisão do Império ocorreu em 843, com a assinatura do Tratado de Verdun estabelecendo que:

- Carlos, o Calvo ficasse com a parte ocidental ( a França atual); - Lotário ficasse com a parte central ( da Itália ao mar do Norte)- Luís, o Germânico ficasse com a parte oriental do Império.

Page 23: Idade Média

CAP.14PÁG. 174

DECADÊNCIA DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO

֍ Após esta divisão, outras mais ocorrerão dentro do que antes fora o Império Carolíngio.

֍ Estas divisões fortalecem os senhores locais, contribuindo para a descentralização política que, somada a uma onda de invasões sobre a Europa, à partir do século IX ( normandos, magiares (húngaros) e muçulmanos ) contribuem para a cristalização do feudalismo.

Page 24: Idade Média

ATIVIDADE Nº 6: GERMÂNICOS E IMPÉRIO CAROLÍNGIO

CAP.14PÁG.174

SOMENTE RESPOSTAS

2. COMPREENDENDO: PÁG. 182 (1 AO 4).3. COMPREENDENDO: PÁG. 183 (1)4. DE OLHO NA UNIVERSIDADE: PÁG. 185 (1 e 2)

4º BIMESTRE

Page 25: Idade Média

HISTÓRIA 1º ANO

CAP.15PÁG. 186

FEUDALISMO

Page 26: Idade Média
Page 27: Idade Média

O FEUDALISMO O feudalismo europeu é resultado da síntese entre a

sociedade romana em decadência e a sociedade bárbara em evolução.

Esta síntese resulta nos chamados fatores estruturais para a formação do feudalismo.

Roma contribui para a formação do feudalismo através dos seguintes elementos:

- a "villa", ou o latifúndio autossuficiente; - o desenvolvimento do colonato, segundo o qual o trabalhador ficava preso à terra;

- a Igreja Cristã, que se tornará na principal instituição medieval. A crise romana reforça seu poder político local e consolida o processo de ruralização da economia.

CAP.15PÁG. 186

Page 28: Idade Média

O FEUDALISMO Os Bárbaros contribuem com os seguintes

elementos:- uma economia centrada nas trocas naturais; - o comitatus, instituição que estabelecia uma relação de fidelidade e reciprocidade entre os guerreiros e seus chefes; - a prática do chamado benefício ( beneficium

), dando imunidade ao proprietário deste; - - o direito consuetudinário, isto é, os

costumes herdados dos antepassados possuem força de lei.

CAP.15PÁG. 186

Page 29: Idade Média

O FEUDALISMO Além destes elementos estruturais

( internos ), contribuíram também os chamados elementos conjunturais ( externos ) , que foram as Invasões Bárbaras dos séculos VIII ao IX - os normandos e os muçulmanos.

Os normandos efetuam um bloqueio do mar Báltico e do mar do Norte e os muçulmanos realizam o bloqueio do mar Mediterrâneo. Estas invasões aceleram o processo de ruralização europeia - em curso desde o século III - acentuando a economia agrária e autossuficiente.

CAP.15PÁG. 186

Page 30: Idade Média

CARACTERÍSTICAS GERAIS

O poder político era descentralizado, ou seja, distribuído entre os grandes proprietários de terra ( os SENHORES FEUDAIS).

Apesar da fragmentação do poder político, havia os laços de fidelidade pessoal ( a vassalagem).

Por esta relação estabelecia-se o contrato feudo-vassálico, assim caracterizado:- Homenagem: juramento de fidelidade do vassalo para com o seu suserano; - Investidura: entrega do feudo do vassalo para o suserano.O suserano ( aquele que concede o feudo ) deveria auxiliar militarmente seu vassalo

e também prestar assistência jurídica. O vassalo ( aquele que recebe o feudo e promete fidelidade) deve prestar o serviço

militar para o suserano e comparecer ao tribunal por ele presidido.

CAP.15PÁG. 186

ESTRUTURA POLÍTICA

Page 31: Idade Média
Page 32: Idade Média

CARACTERÍSTICAS GERAIS

A sociedade feudal era do tipo estamental, onde as funções sociais eram transmitidas de forma hereditária.

As relações sociais eram marcadas pelos laços de dependência e de dominação. Os estamentos sociais eram três:

CLERO: constituído pelos membros da Igreja Católica. Dedicavam-se ao ofício religioso e apresentavam uma subdivisão: - Alto clero- formado por membros da nobreza feudal (papa, bispo, abade) - Baixo clero- composto por membros não ligados à nobreza ( padre, vigário ).

NOBREZA: formada pelos grandes proprietários de terra e que se dedicavam à atividade militar e administrativa.

TRABALHADORES: simplesmente a maioria da população. Os camponeses estavam ligados à terra ( servos da gleba ) sendo obrigados a sustentarem os senhores feudais.

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ESTRUTURA SOCIAL

Page 33: Idade Média

SOCIEDADE FEUDAL

1º ESTADO2º ESTADO

3º ESTADO

Page 34: Idade Média

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Assim, o clero formava o 1º Estado, a nobreza o 2º Estado e os trabalhadores o 3º Estado.

O Sistema feudal também apresentava as chamadas obrigações feudais, uma conjunto de relações sociais onde os servos eram explorados pelos senhores feudais.

As principais obrigações feudais eram:- CORVÉIA: obrigação do servo de trabalhar nas terras do senhor(manso senhorial).

Toda produção de seu trabalho era do proprietário.- TALHA: obrigação do servo de entregar parte de sua produção na gleba para o

senhor feudal.- BANALIDADES: pagamento feito pelo servo pelo uso de instrumentos e instalações

do feudo ( celeiro, forno, estrada...).

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ESTRUTURA SOCIAL

Page 35: Idade Média

CARACTERÍSTICAS GERAIS

A economia era basicamente agropastoril, de caráter autossuficiente e com trocas naturais.

O comércio, embora existisse, não foi a atividade predominante. As terras dos feudos eram divididas em três partes: - terras coletivas ou campos abertos: de uso comum, onde se recolhiam madeira, frutos e efetuava-se a caça. Neste caso, temos uma posse coletiva da terra.- reserva senhorial - de uso exclusivo do senhor feudal - é era a propriedade privada do senhor.- Manso servil ou tenência: terras utilizadas pelos servos. Serviam para manter o sustento destes e para cumprimento das obrigações feudais.

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ESTRUTURA ECONÔMICA

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CASTELO

IGREJA Campos

abertos

MOINHO

O ferreiro da aldeia fez ferramentas de

ferro para a agricultura.

MANSO SENHORIALMANSO

SERVIL

Page 37: Idade Média

CARACTERÍSTICAS GERAIS

O caráter autossuficiente da economia feudal dava-se em virtude da baixa produtividade agrícola.

O comércio, embora não fosse a atividade predominante, existia sob duas formas:

- o comércio local - onde realizava-se as trocas naturais;

- o comércio a longa distância - responsável pelo abastecimento de determinados produtos, tais como o sal, pimenta, cravo, etc...

- O comércio a longa distância funcionava com trocas monetárias e, à partir do século XII terá um papel fundamental na economia europeia.

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ESTRUTURA ECONÔMICA

Page 38: Idade Média

ATIVIDADE Nº 7: FEUDALISMOCAP.15PÁG.186

SOMENTE RESPOSTAS

1. COMPREENDENDO: PÁG. 187 ( 1 AO 3);

2. COMPREENDENDO: PÁG. 191 (1 AO 4);3. DE OLHO NA UNIVERSIDADE: PÁG. 193 (1 e 3)

4º BIMESTRE