ict and innovation

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Tema Traços da integração das TIC’s ao processo de inovação no Brasil Alessandro Maia Pinheiro Doutorando IE/UFRJ Economista/IBGE Atenção! Tráfego precário na estrada digital!

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Presentation at Public Statistics Laboratory-LEP_IBGE_2007 (in portuguese)

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Page 1: ICT and Innovation

Tema

Traços da integração das TIC’s ao processo de inovação no Brasil

Alessandro Maia PinheiroDoutorando IE/UFRJEconomista/IBGE

Atenção!Tráfego precário

naestrada digital!

Page 2: ICT and Innovation

Estrutura da apresentação

1. Introdução

2. Aspectos conceituais e teóricos

3. Método

4. Análise de indicadores

5. Considerações finais

6. Referências

Page 3: ICT and Innovation

1. Introdução

Algumas marcas fundamentais (e interligadas) que consubstanciam a “Nova Era”, do ponto de vista

econômico:

•intensificação do uso de informação e conhecimento nos processos produtivos (a partir dos anos 70 e 80);

•a inovação adquire centralidade na dinâmica capitalista; e

•as TIC’s imprimem velocidade brutal aos processos de codificação do conhecimento e circulação da informação, permitem a fusão de diferentes tecnologias e guardam relação cada vez mais estreita com a inovação.

Page 4: ICT and Innovation

Leitura da atual dinâmica

As TIC’s têm grande potencial de intensificar o processo de inovação, todavia há fortes assimetrias entre países no que tange aos resultados alcançados.

No Brasil, as estatísticas permitem observar que o uso das TIC’s tem se ampliado consideravelmente (temporal e espacialmente), tanto no âmbito das empresas, quanto dos domicílios, mas, por outro lado, as taxas de inovação não têm seguido a mesma tendência.

Com base nisso, pergunta-se:

Page 5: ICT and Innovation

Problema

•Quais as principais características que permeiam a integração das TIC’s ao processo de inovação no Brasil?

•Os indicadores atuais permitem uma identificação acurada dos entraves para a materialização do potencial das TIC’s?

•Quais são seriam as melhores diretrizes de política, para o enfrentamento das dificuldades?

Page 6: ICT and Innovation

Objetivos

GeralInvestigar alguns aspectos-chave subjacentes à modalidade de integração das TIC’s ao processo de inovação no Brasil

Específicos•Mostrar a relação das TIC’s com o processo de inovação;•Identificar elementos que possam estar obstaculizando as TIC’s no seu potencial de intensificar a inovação;•Verificar se os referenciais teórico-analíticos usuais e a produção de estatísticas deles derivadas permitem apreender o problema com acuidade; e•Apontar direções para a produção e uso de estatísticas, e propor políticas julgadas mais eficazes para o enfrentamento da questão em tela.

Page 7: ICT and Innovation

Motivação

Atualmente, é lugar comum colocar as TIC’s e a inovação no âmago das discussões sobre desenvolvimento, sobretudo por serem consideradas fios condutores para a apropriação/internalização de excedentes econômicos.Entretanto, as leituras mais influentes sobre o fenômeno, em particular no escopo da Ciência Econômica, têm sido condicionadas por modelos teóricos anacrônicos e descontextualizados.Desse razoado, argumenta-se pelo imperativo de se refletir para além das tradicionais leis de mercado, as quais regem a produção das estatísticas econômicas oficiais, e buscar compreender melhor a chamada “Economia Invisível”, onde lugar de destaque é reservado às TIC’s .

Page 8: ICT and Innovation

Hipóteses centrais

•Apenas o acesso ao conhecimento codificado não é condição suficiente para intensificar o processo de inovação, a partir da introdução das TIC’s. Deve-se remeter a investigação à questão do aprendizado;

•Os indicadores da “Sociedade da Informação e do Conhecimento”, não obstante os avanços conquistados, não dão conta de capturar com acuidade o processo de aprendizado, mobilização e uso de capacitações produtivas e inovativas e de construção de capital social entre os atores econômicos, políticos e sociais (importante limitação: ausência de visão sistêmica).

•Estatísticas educacionais podem fornecer indícios de que há no Brasil escassez de capacidade de seleção, uso, acumulação, difusão e geração de conhecimentos. Esse pode ser o calcanhar-de-aquiles da integração TIC-INOVAÇÃO no Brasil;

Page 9: ICT and Innovation

2. Aspectos conceituais e teóricos

P a ra d ig m a in d u stria l se rve co m o re fe rê nc ia p a ra :c la ss if icaçã o d a s a tiv id a d es (C N A E )d e fin içã o de in d ica d ore s da E con o m ia d a In fo rm a ção

S E T O R T ICT e c id o P ro d u tivo

E s tra té g ica :p a rce ria s e m re d e d e p esq u isa e p rod u ção

F u sã o d e d ife ren te s te cn o lo g ias N e w E le tro n ic T o o llk itp a ra au x ilia r o

p ro ce sso d e IN O V A Ç Ã O

T e cn o ló g ica - D u as fo rm as

M o d e lo d e R o thw e ll (5 G M o d e l)C re sce n te d im e nsã o da in te g ra ção

P a p e l da s T IC 'se n q ua n to te cn o lo g ias d ig ita is,in te n sif ica do ra s da in ova ção

T IC - D u a s Im po rta n tes D im e nsõ e s d e A n á lise

TIC’s

facilitam a integração estratégica e

tecnológica da inovação

Fonte: elaboração própria, com base em DODGSON, GANN & SALTER, 2001; e LASTRES, LEGEY & ALBAGLI, 2003.

Page 10: ICT and Innovation

As TIC’S e a intensificação da inovação

(papel potencial)

TIC’s INOVAÇÃO

Principais canais

Redução de custos de desenvolvimento

Redução de lead-times

Aumento da previsibilidade de resultados

Melhor integração organizacional

TIC’s permitem – automação de: desenho; manufatura e coordenação (DOGSON, GANN & SALTER, 2001; TIGRE, 2006)

Steinmuller (2000): as TIC’s alteraram tanto a natureza quanto a extensão da “eletronificação” da inovação aos mudar características de performance em termos de velocidade, transmissão e troca, controle e visualização de informação.

Page 11: ICT and Innovation

Informação conhecimento

CONHECIMENTO (mais fundamental): todo

conhecimento tem origem no conhecimento tácito,

na prática

INFORMAÇÃO (conhecimento explícito):

parca representação do conhecimento

incorporado pelas pessoas

A distinção se faz mister ao entendimento do novo padrão de tecno-econômico, baseado no conhecimento. Este é um recurso com raízes tácitas. O uso das TIC’s, para a intensificação do processo de inovação, pressupõe capacidade de uso, difusão e criação de conhecimento. A construção de capacitações, para isso, pressupõe o processo de aprendizado.

Um item de informação é uma mensagem contendo dados estruturados. O recebimento desta provoca alguma ação por parte do agente recebedor, sem implicar que a natureza dessa ação seja determinada apenas e unicamente pela mensagem per se. Em vez disso, é o contexto cognitivo fornecido pelo recebedor que dá significado à mensagem informacional, e, deste significado, segue a natureza específica da ação induzida. O termo conhecimento é simplesmente um rótulo afixado ao contexto geral cognitivo do agente (COWAN, DAVID & FORAY, 2000, p. 6)*.

* Tradução do autor

Page 12: ICT and Innovation

Desafios do novo padrão– centralidade do aprendizado para a inovação (processo interativo) (approach neo-schumpeteriano)

Âmbito da firma (micro)Estratégias precisam encampar :•as respostas às mudanças no ambiente competitivo, tal como novas tecnologias e novos competidores (e a forma como as firmas influenciam seus ambientes);

•construção produtiva de capacitações internas e combinações de recursos, e os fatores que as encorajam e restringem (integração organizacional interna);

•capacidade de operar em redes (fornecedores, clientes, instituições e outras redes) (integração organizacional externa).(TEECE & PISANO, 1994 – Dynamic Capability Theory)

Page 13: ICT and Innovation

Desafios do novo padrão– centralidade do aprendizado para a inovação (cont.)

Âmbito macroEstratégias precisam encampar a consolidação de um Sistema Nacional de Inovação (SNI) – abordagem envolve:•interesse em trajetórias históricas e nacionais e na mudança técnica;

•produção baseada na criatividade humana;

•inovação e aprendizado como processos interativos;

•empresa como organização inserida em ambientes sócio-econômicos e políticos;

•complementariedade entre inovações radicais e incrementais;

•caráter localizado e nacional da geração, assimilação e difusão da inovação;

•natureza sistêmica da inovação;(LASTRES, CASSIOLATO & ARROIO, 2005; FREEMAN, 2005)

Page 14: ICT and Innovation

3. Material e método

Levantamento: secundário

Foco das delimitações:•temporal: 1990-2006•espacial: Brasil

Método: compilação e análise de indicadores da “Sociedade da Informação e do Conhecimento” e indicadores educacionais

Principais fontes de dados: IBGE, CGI e INEP

Page 15: ICT and Innovation

4. Análise de indicadores

Indicadores daSociedade da Informação

foco: produção e difusão

Infra-estrutura de telecom e

conectividade à internet

Infra-estrutura de informática

Outros: gov., saúde, transp.,

educ., emprego, cidadania, contas

nac., bal. comercial, etc.

Indicadores de internet e comércio eletrônico

Lógica das leis

de oferta,

demanda e

equilíbrio

S = DFonte: elaboração própria, com base em LASTRES, LEGEY & ALBAGLI, 2003;PORCARO, 2003 e 2006; e TIGRE, 2002.

Page 16: ICT and Innovation

4. Análise de indicadores (cont.)

Indicadores daEconomia e

Sociedade do Conhecimento

(CT&I)

Gastos em educação e P&D

Publicações Patentes

INPUT OUTPUT

Lógica de

uma função

de produção

Y =

f(x,z,...,n)

Fonte: elaboração própria, com base em LASTRES, LEGEY & ALBAGLI, 2003.

Page 17: ICT and Innovation

TIC domicílio

2,510,1

22,6

42,8

76,2

11,8

26,9

43,6

62,5

82,9

0102030405060708090

Pessoas queutilizaram internet

Pessoas quetinham telefonemóvel para uso

pessoal

Sem instrução e menos dequatro anos4 a 7

8 a 10

11 a 14

15 ou mais

Percentual de pessoas que utilizaram internet nos últimos três meses, e de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade, por grupos de anos de estudo – Brasil, 2005

Fonte: PNAD – Suplemento TIC/IBGE.

Page 18: ICT and Innovation

TIC domicílio

Percentual de pessoas que utilizaram internet nos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de idade – Brasil e Grandes Regiões, 2005

Fonte: PNAD – Suplemento TIC/IBGE.(1) Exclusive os domicílios da área rural de Rondônia, Acre, Roraima, Pará e Amapá.

Page 19: ICT and Innovation

TIC domicílio

Percentual de domicílios dotados de microcomputador no total de domicílios particulares permanentes – Brasil e Grandes Regiões, 2005

Fonte: PNAD/IBGE.(1) Exclusive os domicílios da área rural de Rondônia, Acre, Roraima, Pará e Amapá.

Page 20: ICT and Innovation

TIC domicílio

Percentual de domicílios dotados de microcomputador com acesso à internet no total de domicílios particulares permanentes – Brasil e Grandes Regiões

Fonte: PNAD/IBGE.(1) Exclusive os domicílios da área rural de Rondônia, Acre, Roraima, Pará e Amapá.

Page 21: ICT and Innovation

Proporção de domicílios que usam equipamentos de TIC – Brasil, 2006

Fonte: CGI, 2007

TIC domicílio

Page 22: ICT and Innovation

TIC domicílio

Propósito das atividades realizadas na internet por Grandes Regiões, 2006

Fonte: CGI, 2007

Page 23: ICT and Innovation

TIC domicílio

Habilidades relacionadas ao uso do computador por Grande Região, 2006

Fonte: CGI, 2007

Page 24: ICT and Innovation

Habilidades com computador suficientes para o mercado de trabalho por Grande Região, 2006

Fonte: CGI, 2007

TIC domicílio

Page 25: ICT and Innovation

TIC empresa

Proporção de empresas com redes de computador – Brasil, 2006

Fonte: CGI, 2007

Page 26: ICT and Innovation

Conexão automática dos sistemas de TI para gerenciamento de pedidos

Fonte: CGI, 2007

TIC empresa

Page 27: ICT and Innovation

Proporção de empresas que usam a internet - Brasil e Grandes Regiões, 2006

Fonte: CGI, 2007

TIC empresa

Page 28: ICT and Innovation

TIC empresa

Proporção de empresas usando internet segundo o tipo de atividade – Brasil, 2006

Fonte: CGI, 2007

Page 29: ICT and Innovation

Proporção de empresas fazendo e recebendo pedidos pela internet – Brasil, 2006

Fonte: CGI, 2007

TIC empresa

Page 30: ICT and Innovation

TIC empresa

Dificuldades encontradas para contratação de especialistas em TI – Brasil, 2006

Fonte: CGI, 2007

Page 31: ICT and Innovation

Inovação tecnológica

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica

31,5

33,313,9

12,9

6,3

6,4

11,3

14,0

0 5 10 15 20 25 30 35

Que implementaraminovações

Só processo

Só produto

Produto e processo

1998-2000 2001-2003

Participação percentual do número de empresas que implementaram inovações – Brasil, 2001-2003

Page 32: ICT and Innovation

Inovação tecnológica: comparação internacional

Proporção de inovadoras e não-inovadoras entre as empresas industriais – Brasil e Países Europeus Selecionados, 1998-2000

Fonte: EUROSTAT, 2004 e IBGE, 2004 apud. Viotti e Baessa (2005)

Page 33: ICT and Innovation

12,0

32,5

32,8

33,0

62,3

15,3

22,1

33,9

39,3

41,0

67,8

24,2

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Mudanças na estratégiacorporativa

Implementação de técnicasavançadas de gestão

Na estrutura organizacional

Mudanças signif icativas nosconceitos/estratégias de

marketing

Na estética ou desenho doproduto e outras subjetivas

Implementação de novosmétodos, visando a atender

normas de certif icação

2003 2000

Inovação estratégica e organizacional

Fonte: PINTEC/IBGE, 2000 e 2003

Page 34: ICT and Innovation

Inovação: fontes de informação

Fonte: PINTEC/IBGE

3,5

4,7

4,8

8,4

11,0

12,1

12,9

32,5

41,8

44,4

52,6

56,6

57,8

59,7

5,2

10,3

7,6

8,7

16,2

11,7

12,0

35,8

33,6

45,6

57,4

71,5

60,1

65,8

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Outra empresa do grupo

Dep. de P&D

Aquis. de licenças, patentes e know how

Universidades e institutos de pesquisa

Centros de capacitação profissional

Instit. de testes, ensaios e certificações

Empresas de consultoria

Conferências e public. especializadas

Redes de informações informatizadas

Concorrentes

Clientes ou consumidores

Fornecedores

Feiras e exposições

Outras áreas da empresa

2001 - 2003 1998 - 2000

Page 35: ICT and Innovation

21,2

25,6

28,2

32,2

33,9

25,1

62,1

82,8

17,9

32,9

35,8

47,5

76,4

45,6

36,6

24,0

25,5

29,6

79,7

74,5

56,6

30,5

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0

Rigidez organizacional

Fraca respostas dos consumidores

Escassez de serviços técnicos

Escassas possibilidades de cooperação

Falta de informação sobre mercado

Dif iculdade para se adequar a padrões

Falta de informação sobre tecnologia

Falta de pessoal qualif icado

Escassez de fontes de f inanciamento

Riscos econômicos excessivos

Elevados custos da inovação

1998-2000 2001-2003

Problemas e obstáculos apontados pelas empresas que implementaram inovações – Brasil

Fonte: PINTEC/IBGE

Inovação: problemas e obstáculos

Page 36: ICT and Innovation

TIC - Inovação

FOCONO

APRENDIZADO

INADEQUAÇÃODOS

INDICADORES

TIC INOVAÇÃO

Eletronification of

O aprendizado é um processo interativo e dinâmico, que leva ao acúmulo de competências (substantivo candidato a sinônimo de

conhecimento) (SVEIBY, 1998).

Fonte: elaboração própria

Page 37: ICT and Innovation

Os indicadores da Sociedade da Informação e do Conhecimento não dão subsídios para uma avaliação da relação TIC-INOVAÇÃO, nas suas múltiplas dimensões (como a política, a social, a territorial e a institucional); uma análise dos indicadores educacionais pode permitir avanços, sobretudo no âmbito desta última.

TIC - Inovação

Page 38: ICT and Innovation

Indicadores educacionais – dimensão quantitativa

Fonte: PNAD/IBGE, 1981-2003 apud. INEP/CEDEPLAR, 2005

Taxa de analfabetismo para a população de 15 anos ou mais – Brasil, 1981-2003

Page 39: ICT and Innovation

Indicadores educacionais – dimensão quantitativa

Taxa de analfabetismo para a população de 15 anos ou mais – diferentes países, 2000

Fonte: PNUD e UNESCO apud INEP/CEDEPLAR, 2005

Page 40: ICT and Innovation

Indicadores educacionais – dimensão quantitativa

Taxa de analfabetismo para a população de 15 anos ou mais – UF’s, 2000

Fonte: PNUD e UNESCO apud INEP/CEDEPLAR, 2005

Page 41: ICT and Innovation

Taxa de atendimento no Ensino Fundamental e Médio - Brasil, 1981-2003

Fonte: PNAD/IBGE apud INEP/CEDEPLAR, 2005

Indicadores educacionais – dimensão quantitativa

Page 42: ICT and Innovation

Anos médios de estudo da população de 15 anos ou mais – Brasil, 1981-2000

Fonte: CENSOS DEMOGRÁFICOS/IBGE apud INEP/CEDEPLAR, 2005

Indicadores educacionais – dimensão quantitativa

Page 43: ICT and Innovation

Porcentagem das pessoas entre 25 e 64 anos de idade com educação superior completa – Brasil e Países da OCDE, 2000

Fonte: CARVALHO & NUNES, 2006

Indicadores educacionais – dimensão quantitativa

Page 44: ICT and Innovation

Evolução do número de IES por dependência administrativa

Fonte: MEC/INEP

Indicadores educacionais – dimensão quantitativa

0

500

1000

1500

2000

2500

1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Anos

Total Públicas Privadas

Page 45: ICT and Innovation

Indicadores educacionais – dimensão qualitativa

ENADE 2006 – Avaliação dos cursos e alunos

Fonte: INEP/MEC

Conceito % Cursos % Alunos

1 2,4 4,8

2 25,5 23,8

3 49,2 40,4

4 17,9 24,6

5 5,0 6,4

Total 100,0 100,0

Page 46: ICT and Innovation

 Anos Iniciais do Ensino Fundamental Anos Finais do Ensino Fundamental Ensino Médio

2005 2021 2005 2021 2005 2021

TOTAL 3,8 6,0 3,5 5,5 3,4 5,2

Localização

Urbana 4,0 6,2 - - - -

Rural 2,7 4,9 - - - -

Dependência Administrativa

Pública 3,6 5,8 3,2 5,2 3,1 4,9

Federal 6,4 7,8 6,3 7,6 5,6 7,0

Estadual 3,9 6,1 3,3 5,3 3,0 4,9

Municipal 3,4 5,7 3,1 5,1 2,9 4,8

Privada 5,9 7,5 5,8 7,3 5,6 7,0

Indicadores educacionais – dimensão qualitativa

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2005 e projeções para o Brasil

Fonte: Saeb 2005 e Censo Escolar 2005 e 2006.

Page 47: ICT and Innovation

Indicadores educacionais – incongruência entre profissão e ocupação

Pessoas com 23 anos ou mais de idade com graduação como nível mais elevado concluído e a taxa de correspondência entre diploma e ocupação, segundo o curso de graduação concluído – Brasil, 2000

Fonte: Censo 2000/IBGE apud. Nunes e Carvalho, 2006.

Page 48: ICT and Innovation

5. Considerações finais

Algumas premissas fundamentais para as políticas de integração TIC-INOVAÇÃO:•o processo de inovação é interativo e cumulativo, depende de capacidades endógenas e se baseia em conhecimentos tácitos;•a capacidade inovativa deriva do capital social, refletindo condições culturais e institucionais historicamente definidas;•a geração de conhecimentos e tecnologias é fundamentalmente localizada;•o sistema TIC dá à economia baseada no conhecimento uma base tecnológica diferente, a qual radicalmente muda as condições para a produção e distribuição do conhecimento, assim como se integra ao sistema de produção. É, entretanto, necessário diferenciar os impactos de médio e longo prazos da difusão de TIC.

•Longo prazo: novo potencial de ganhos de produtividade.•Médio prazo: problemas de adaptação, relacionados principalmente à ausência de capacitação;

•os indicadores disponíveis não capturam a essência do novo padrão: aprendizado – conhecimento. Informação é importante, mas não suficiente; e•o sistema educacional brasileiro está evoluindo apenas em termos quantitativos. A dimensão qualitativa está sendo ignorada;

Page 49: ICT and Innovation

Algumas diretrizes para a produção de estatísticas:

•ponderação das especificidades locais e nacionais (países em desenvolvimento precisam superar a barreira do aprendizado para, então, tornarem-se inovadores incrementais e radicais);

• a observação do acervo de tecnologias (de design, manufatura e coordenação), dos canais TIC-INOVAÇÃO, dos processos de aprendizado e da maneira como se estabelecem os fluxos de conhecimento entre os diversos atores (visão sistêmica e contextualizada) podem fornecer importantes subsídios para a produção de estatísticas, que permitam avaliar o potencial das TIC’s para a inovação;

•o enfrentamento das limitações, no âmbito da produção de estatísticas, para o entendimento da chamada “Economia Invisível”, e em particular, da relação TIC-INOVAÇÃO, requer um enfoque multidisciplinar. É importante conjugar esforços de especialistas em áreas como Educação, TIC, Economia da Tecnologia, Sociologia, etc. (ex: interação IBGE-INEP nessa matéria).

Page 50: ICT and Innovation

Primeiras idéias para um survey

•Observar o esforço para inovar: pesquisa satélite consideraria tecnologias de design, manufatura e coordenação. Isso poderia informar sobre as principais áreas de penetração das TIC’s, objetivando a inovação (importante registrar o avanço da PINTEC 2005, quando cria uma questão sobre software).

Fonte: DOGSON, GANN & SALTER (2001)

Page 51: ICT and Innovation

Primeiras idéias/ilações para um survey (cont.)

•Investigar impactos das TIC’s, com vistas à inovação: reduziram custos de desenvolvimento, lead-time; permitiram maior integração organizacional, etc.;

•Aprendizado: uma boa orientação para a formatação de um quesito poderia ser dada a partir da observação da tipologia de aprendizados: learning-by-doing; learning-by-interacting; learning-by-using, etc.;

•Conhecimento: da mesma forma, considerar a tipologia de conhecimentos que estão fluindo:

Know-what e know-why: vem da informação;Know-how: vem tipicamente da prática;Know-who: vem das interações (prática social e

ambientes especializados de educação).

•O mote é capturar algo da dimensão tácita dentro do processo de integração TIC-INOVAÇÃO

Page 52: ICT and Innovation

Principais insights

O trabalho mostrou que o provável calcanhar-de-aquiles da integração TIC-INOVAÇÃO no Brasil é a questão do aprendizado-capacitação. Quando estes componentes passaram a constituir o foco de análise, um aspecto veio à tona:•a inadequação dos indicadores disponíveis, os quais procuram atualmente refletir sobre a Sociedade da Informação e do Conhecimento;

A necessidade de se buscar proxies mais aderentes à realidade subjacente ao novo padrão conduziu a análise aos indicadores educacionais, a partir do que três constatações foram extraídas:•não obstante à evolução dos indicadores educacionais, ainda nos encontramos muito distantes do patamar atingido por vários países;•há grande negligência com a dimensão qualitativa do ensino no Brasil; e•os indicadores educacionais fornecem importantes subsídios para as políticas, todavia há que se avançar bastante no provimento de informações, em especial no contexto que vincula TIC-INOVAÇÃO. Essas lacunas, per se, constituem elementos de precariedade do tráfego na estrada digital.

Para uma reflexão prospectiva sobre TIC-INOVAÇÃO:[...] a simulação de produtos tem sido focalizada em áreas relativamente simples de melhoria de performance. Quando as tentativas envolverem o uso de ferramentas em áreas mais complicadas, tácitas e criativas do processo de inovação, qualquer benefício potencial se tornará mais difícil de se concretizar. Os processos de inovação continuarão a se basear em imaginações não estruturadas de tecnologistas treinados, onde não há solução mágica a ser alcançada através da automação (DODGSON, GANN & SALTER, 2001, p. 13)*.

*Tradução do autor

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6. Principais referências

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