icpc 06

Upload: roberto-pose

Post on 10-Apr-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/8/2019 ICPC 06

    1/13

    ICPC_06

    AudPub_33/2009

    COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS

    INTERPRETAO TCNICA ICPC 06

    Hedge de Investimento Lquido em Operao no Exterior

    Correlao s Normas Internacionais de Contabilidade IFRIC 16

    ndice Item

    REFERNCIAS

    ANTECEDENTES 16ALCANCE 78

    QUESTES 9

    CONSENSO 1018

    Natureza do risco protegido e montante do item protegido para o qual umarelao de hedge pode ser designada

    1013

    Onde o instrumento de hedge pode ser mantido 1415

    Baixa de hedge de operao no exterior 1618

    TRANSIO 19APNDICEGUIA DE APLICAO

  • 8/8/2019 ICPC 06

    2/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20092

    Referncias

    Pronunciamento Tcnico CPC 23Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e

    Retificao de ErroPronunciamento Tcnico CPC 02Efeitos das Mudanas nas Taxas de Cmbio eConverso das Demonstraes Contbeis

    Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento eMensurao

    Antecedentes

    1. Muitas entidades contbeis possuem investimentos em operaes internacionais(como definido no Pronunciamento Tcnico CPC 02, item 8). Essas operaes noexterior podem ser controladas, coligadas, joint ventures ou filiais. OPronunciamento Tcnico CPC 02 requer que a entidade determine a moedafuncional de cada uma de suas operaes no exterior como a moeda do ambienteeconmico principal dessa operao. Ao traduzir os resultados e o balanopatrimonial de operao no exterior para a moeda de apresentao, a entidade devereconhecer as diferenas de moeda estrangeira em outros resultados abrangentescomo ajustes de converso acumulados at a alienao da operao no exterior.

    2. A contabilidade de hedge do risco de moeda estrangeira oriundo do investimentoem operao no exterior somente ser aplicada quando os ativos lquidos dessaoperao forem includos nas demonstraes contbeis. O item sendo protegido dorisco de variao cambial oriundo do investimento em operao no exterior pode

    ser um montante de ativos lquidos igual ou inferior ao montante avaliado pelocusto histrico dos ativos lquidos dessa operao no exterior

    3. O Pronunciamento Tcnico CPC 38 requer a designao do objeto de hedge e docorrespondente instrumento de hedge na relao de contabilidade de hedge. Seexistir uma relao de hedge designada, no caso de hedge de investimento lquido,a perda ou o ganho no instrumento de hedge que determinado como hedgeefetivo do investimento lquido reconhecido em outros resultados abrangentescomo ajustes de converso acumulados e so includos juntamente com asdiferenas cambiais oriundas da converso dos resultados e da posio patrimonialda operao no exterior.

    4. A entidade com muitas operaes no exterior pode estar exposta a um nmero deriscos de variao cambial diferentes. Esta Interpretao fornece orientao para aidentificao de riscos de variao cambial que se qualificam como riscos objetode hedge de investimento lquido em operao no exterior.

    5. O Pronunciamento Tcnico CPC 38 permite que a entidade designe um

  • 8/8/2019 ICPC 06

    3/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20093

    instrumento financeiro derivativo ou no derivativo (ou uma combinao de uminstrumento financeiro derivativo e no derivativo) como instrumento de hedgepara risco de moeda estrangeira. Esse o caso para as demonstraes contbeis

    consolidadas, demonstraes contbeis nas quais os investimentos socontabilizados usando o mtodo da equivalncia patrimonial, demonstraescontbeis nas quais as participaes dos investidores em joint ventures soconsolidadas proporcionalmente e demonstraes contbeis que incluem umafilial. Esta Interpretao fornece orientao a respeito de onde, dentro de grupo desociedades, instrumentos de hedge que so hedges de investimentos lquidos noexterior devem ser mantidos para qualificarem-se como contabilidade de hedge.

    6. Os Pronunciamentos Tcnicos CPC 02 e CPC 38 requerem que os montantesacumulados reconhecidos em outros resultados abrangentes como ajustes deconverso acumulados relacionados com as diferenas de variao cambialoriundos da converso do resultado e do balano patrimonial da operao noexterior e o ganho ou perda no instrumento de hedge que determinado comosendo hedge efetivo de investimento lquido em operao no exterior sejamreclassificados do patrimnio para o resultado como ajuste de reclassificaoquando a controladora baixa a operao no exterior. Esta Interpretao forneceorientao a respeito de como a entidade deve determinar os montantes a seremreclassificados do patrimnio para o resultado tanto para o instrumento de hedgecomo para o objeto de hedge.

    Alcance

    7. Esta Interpretao aplica-se entidade que protege o risco de moeda estrangeiraoriundo de seu investimento lquido em operaes no exterior e deseja qualificar aoperao para a contabilidade de hedge de acordo com o Pronunciamento TcnicoCPC 38. Por convenincia, esta Interpretao refere-se a essa entidade comocontroladora e as demonstraes contbeis nas quais os ativos lquidos dasoperaes no exterior esto includos como demonstraes contbeis consolidadas.Todas as referncias controladora aplicam-se igualmente entidade que possuiinvestimento lquido em operao no exterior que uma joint venture, umacoligada ou uma filial.

    8. Esta Interpretao aplica-se somente aos hedges de investimento lquido emoperaes no exterior e no deve ser aplicado por analogia a outros tipos decontabilidade de hedge

    Questes

    9. Investimentos em operaes no exterior podem ser mantidos diretamente pelacontroladora ou indiretamente por sua controlada ou controladas. As questestratadas nesta Interpretao so:

  • 8/8/2019 ICPC 06

    4/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20094

    (a)a natureza do risco protegido e o montante do item protegido para o qual arelao de hedge pode ser designada:

    (i) se a controladora pode designar como risco protegido somente asdiferenas de variao cambial entre as moedas funcionais dacontroladora e de suas operaes no exterior, ou se ela devetambm designar como risco protegido as diferenas de variaocambial oriundas da diferena entre a moeda de apresentao dademonstrao consolidada da controladora e a moeda funcional daoperao no exterior;

    (ii) se a controladora mantm a operao no exterior indiretamente, seo item protegido pode incluir somente as diferenas de variaocambial oriundas de diferenas das moedas funcionais entre aoperao no exterior e sua controladora imediata, ou se o itemprotegido pode tambm incluir quaisquer diferenas de variaocambial entre a moeda funcional da operao no exterior equalquer sociedade controladora intermediria ou definitiva (se ofato de que o investimento lquido no exterior mantido porintermdio da controladora intermediria afeta o risco econmicoda controladora final).

    (b)onde no grupo de sociedades o instrumento de hedge pode ser mantido:

    (i) se uma relao de contabilidade de hedge qualificada pode serestabelecida somente se a entidade protegendo seu investimentolquido parte do instrumento de hedge ou se qualquer entidade nogrupo, independentemente de sua moeda funcional, pode deter oinstrumento de hedge;

    (ii) se a natureza do instrumento de hedge (derivativo ou no derivativo)ou o mtodo de consolidao afeta a verificao da eficcia dohedge;

    (c)que montantes devem ser reclassificados do patrimnio lquido para oresultado como ajuste de reclassificao na baixa da operao no exterior:

    (i) quando uma operao no exterior que foi protegida baixada, quemontantes dos ajustes de converso acumulados da sociedadecontroladora que se referem ao instrumento de hedge e a essaoperao no exterior devem ser reclassificados do patrimnio para oresultado nas demonstraes contbeis consolidadas da sociedadecontroladora;

  • 8/8/2019 ICPC 06

    5/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20095

    (ii) se o mtodo de consolidao afeta a determinao dos montantes aserem reclassificados do patrimnio para o resultado.

    Consenso

    Natureza do risco protegido e montante do item protegido para o qual uma relaode hedge pode ser designada

    10. A contabilidade de hedge pode ser aplicada somente para as diferenas de variaocambial entre a moeda funcional da operao no exterior e a moeda funcional dasociedade controladora.

    11. No hedge de riscos de variao cambial oriundos de investimento lquido em

    operao no exterior, o item sendo protegido pode ser um montante de ativoslquidos igual ou menor que o montante de custo dos ativos lquidos da operaono exterior apresentados nas demonstraes contbeis consolidadas da sociedadecontroladora. O valor contbil dos ativos lquidos da operao no exterior quepodem ser designados como item protegido nas demonstraes contbeisconsolidadas da controladora depende se qualquer outra sociedade controladoraintermediria da operao no exterior aplicou contabilidade de hedge para todo ouparte dos ativos lquidos daquela operao no exterior e se essa contabilizaotenha sido mantida nas demonstraes consolidadas da sociedade controladorafinal.

    12. O risco protegido pode ser designado como a exposio em moeda estrangeiraoriunda da moeda funcional da operao no exterior e a moeda funcional dequalquer sociedade controladora do grupo (a imediata, intermediria oucontroladora final) da operao no exterior. O fato de que o investimento lquido mantido por intermdio da controladora intermediria no afeta a natureza do riscoeconmico oriundo da exposio cambial da controladora final.

    13. A exposio ao risco de moeda estrangeira oriunda de investimento lquido emoperao no exterior pode qualificar-se como contabilidade de hedge somente umavez nas demonstraes contbeis consolidadas. Dessa forma, se os mesmos ativoslquidos de operao no exterior so protegidos por mais de uma sociedade

    controladora dentro do grupo (por exemplo, simultaneamente pela sociedadecontroladora direta e indireta) para o mesmo risco, somente uma relao de hedgeir qualificar-se para contabilidade de hedge nas demonstraes contbeisconsolidadas da controladora final. A relao de hedge designada por uma empresacontroladora do grupo em suas demonstraes contbeis consolidadas no precisaser mantida por outra sociedade controladora em um nvel acima. No entanto, seela no mantida por uma sociedade controladora em um nvel acima, a

  • 8/8/2019 ICPC 06

    6/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20096

    contabilidade de hedge aplicada pela sociedade controladora intermediria deve serrevertida antes de a contabilidade de hedge ser reconhecida pela sociedadecontroladora em um nvel acima.

    Onde o instrumento de hedge pode ser mantido

    14. Um derivativo ou um instrumento no derivativo (ou uma combinao deinstrumentos derivativos e no derivativo) pode ser designado como instrumentode hedge em hedge de investimento lquido em operao no exterior. Osinstrumentos de hedge podem ser mantidos por qualquer entidade ou entidadesdentro do grupo (exceto na operao no exterior que est sendo protegida)enquanto os requisitos de designao, documentao e eficcia do PronunciamentoTcnico CPC 38, item 88, que se relacionam com o hedge de investimento lquidoforem satisfeitos. Em particular, a estratgia de hedge do grupo deve ser

    claramente documentada por causa da possibilidade de diferentes designaes emnveis diferentes do grupo.

    15. Para o propsito de verificar a eficcia da contabilidade de hedge, a mudana novalor do instrumento de hedge, relativa ao risco de variao cambial computadacom referncia moeda funcional da sociedade controladora contra a moedafuncional cujo risco sendo protegido mensurado, de acordo com a documentaoda contabilidade de hedge. Dependendo de onde o instrumento de hedge mantido, na ausncia de contabilidade de hedge a mudana total no valor pode serreconhecida em resultado, em outros resultados abrangentes como ajustes deconverso acumulados, ou em ambos. No entanto, a verificao da eficcia no

    afetada se o reconhecimento da mudana do valor do instrumento de hedge feitoem resultado ou em outros resultados abrangentes como ajustes de conversoacumulados. Como parte da aplicao da contabilidade de hedge, a parcela eficazdo hedge includa em ajustes de converso acumulados. A verificao da eficciano afetada pelo fato de o instrumento de hedge ser ou no derivativo ou pelomtodo de consolidao.

    Baixa de hedge de operao no exterior

    16. Quando a operao no exterior que foi protegida baixada, o montantereclassificado para o resultado nas demonstraes contbeis consolidadas da

    sociedade controladora como ajuste de reclassificao dos ajustes de conversoacumulados, no que se refere ao instrumento de hedge, o montante que oPronunciamento Tcnico CPC 38, item 102, requer que seja identificado. Essemontante o ganho ou a perda cumulativo no instrumento de hedge que foidesignado para ser hedge efetivo.

    17. O montante dos ajustes de converso acumulados reclassificados para o resultado

  • 8/8/2019 ICPC 06

    7/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20097

    nas demonstraes contbeis consolidadas da sociedade controladora no que serefere ao investimento lquido naquela operao no exterior de acordo com oPronunciamento Tcnico CPC 02, item 48, o montante includo nos ajustes de

    converso acumulados daquela entidade. Nas demonstraes contbeisconsolidadas da controladora final, o montante lquido agregado reconhecido comoajustes de converso acumulados, com relao a todas as operaes no exterior,no afetado pelo mtodo de consolidao. No entanto, se a controladora finalusar o mtodo direto ou o mtodo passo a passo de consolidao isso pode afetar omontante includo em seus ajustes de converso acumulados no que tange a umaoperao individual no exterior. O uso do mtodo passo a passo de consolidaopode resultar na reclassificao para o resultado de montante diferente daqueleusado para determinar a eficcia do hedge. Essa diferena pode ser eliminada peladeterminao do montante relacionado com essa operao no exterior que teriasurgido se o mtodo de consolidao direta tivesse sido usado. Esse ajuste no requerido pelo Pronunciamento Tcnico CPC 02. No entanto, uma escolha depoltica contbil da entidade que deve ser seguida consistentemente para todos osinvestimentos lquidos.

    18. (Eliminado).

    Transio

    19. O Pronunciamento Tcnico CPC 23 especifica como a entidade aplica umamudana de poltica contbil oriunda da aplicao inicial de uma Interpretao. Aentidade no precisa atender a esses requisitos na aplicao inicial desta

    Interpretao. Se a entidade designou um instrumento de hedge como hedge deinvestimento lquido, mas o hedge no atende aos requisitos da contabilidade dehedge desta Interpretao, a entidade deve aplicar o Pronunciamento Tcnico CPC38 para descontinuar essa relao de hedge prospectivamente.

    (O mtodo direto de consolidao o mtodo atravs do qual as demonstraes contbeis daoperao no exterior so traduzidas diretamente para a moeda funcional da controladora final. Omtodo passo a passo o mtodo de consolidao por meio do qual as demonstraes contbeis daoperao no exterior so inicialmente traduzidas para a moeda funcional de qualquer uma dasempresas investidoras do grupo e ento traduzidas para a moeda funcional da controladora final -ou a moeda de apresentao se for diferente.)

  • 8/8/2019 ICPC 06

    8/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20098

    ApndiceGuia de aplicao

    Este Apndice parte integral desta Interpretao.

    AG1. Este apndice ilustra a aplicao da Interpretao usando a estrutura corporativailustrada abaixo. Em todos os casos as relaes de hedge descritas fariam testede eficcia de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 38, apesar de esseteste no ser discutido neste apndice. A sociedade controladora, consideradacomo controladora final, apresenta suas demonstraes contbeis consolidadasem sua moeda funcional que o Euro (EUR). Cada controlada subsidiriaintegral. O investimento lquido da controladora de 500 milhes na controladaB (cuja moeda funcional a libra esterlina (GBP)) inclui 159 milhes

    equivalentes ao investimento lquido da controlada B de US$ 300 milhes nacontrolada C (moeda funcional dlar norte-americano, USD)). Em outraspalavras, os ativos lquidos da subsidiria B que no representam investimentosna subsidiria C so de 341 milhes.

    Natureza do risco sendo protegido para o qual uma relao de hedge pode serdesignada (itens 10 a 13)

    AG2. A controladora pode proteger seu investimento lquido em cada uma dascontroladas A, B e C para o risco de variao cambial entre suas respectivasmoedas funcionais (Yen japons, libra esterlina e dlar norte-americano) e euro.

    Em adio, a controladora pode proteger o risco de variao cambial entre odlar e a libra (USD/GBP) de suas controladas B e C. Em suas demonstraesconsolidadas, a controlada B pode proteger seu investimento lquido nacontrolada C contra o risco de variao cambial entre a moeda funcional dlar elibra esterlina. Nos exemplos seguintes o risco sendo protegido o riscocambial no mercado vista porque os instrumentos de hedge no soderivativos. Se os instrumentos de hedge fossem contratos a termo, acontroladora poderia designar o risco cambial a termo.

    Montante do item sendo protegido para o qual uma relao de hedge pode serdesignada (itens 10 a 13)

    AG3. A controladora deseja proteger o risco de variao cambial de seu investimentona controlada C. Assuma que a controlada A tem um emprstimo externo deUSD 300 milhes. Os ativos lquidos da controlada A no incio do perodo sode 400,000 milhes incluindo os recursos do emprstimo externo de US$ 300milhes.

  • 8/8/2019 ICPC 06

    9/13

    ICPC_06

    AudPub_33/20099

    AG4. O item sendo protegido pode ser um montante dos ativos lquidos igual oumenor do que o valor de custo do investimento lquido da controladora nacontrolada C (US$ 300 milhes) contido nas suas demonstraes contbeis

    consolidadas. Nas suas demonstraes contbeis consolidadas a controladorapode designar o emprstimo externo de US$ 300 milhes na controlada A comohedge da variao da taxa de cmbio vista EUR/USD associado com seuinvestimento lquido de US$ 300 milhes nos ativos lquidos da controlada C.Nesse caso, a diferena EUR/USD nos 300 milhes do emprstimo externo dacontrolada A e a diferena EUR/USD nos US$ 300 milhes de investimento nacontrolada C so includos nos ajustes de converso acumulados nasdemonstraes contbeis consolidadas da controladora aps a aplicao dacontabilidade de hedge.

    AG5. Na ausncia de contabilidade de hedge, a diferena total USD/EUR nos US$300 milhes de emprstimo externo na controlada A poderia ser reconhecidanas demonstraes contbeis consolidadas da controladora da seguinte forma:

    variao na taxa de cmbio USD/JPY, traduzida para o Euro, no resultado; e

    variao na taxa de cmbio JPY/EUR em ajustes de converso acumulados.

    Ao invs da designao no item AG4, em suas demonstraes contbeis consolidadas acontroladora pode designar os US$ 300 milhes de emprstimo externo na controlada Acomo hedge do risco de variao cambial vista GBP/USD entre a controlada C e acontrolada B. Nesse caso, a diferena total USD/EUR nos US$ 300 milhes de

    financiamentos externos na controlada A seria reconhecida nas demonstraes contbeisconsolidadas da seguinte forma:

    a variao da taxa de cmbio GBP/USD vista nos ajustes de conversoacumulados relacionada com a controlada C;

    a variao na taxa de cmbio GBP/JPY vista, traduzida para o euro noresultado; e

    a variao da taxa de cmbio JPY/EUR em ajustes de converso acumulados.

    AG6. A controladora no pode designar os US$ 300 milhes de emprstimosexternos na controlada A como hedge do risco de variao cambial EUR/USD vista do risco de variao cambial vista GBP/USD nas suas demonstraescontbeis consolidadas. Um nico instrumento de hedge somente pode protegero mesmo risco designado uma nica vez.

    A controlada B no pode aplicar a contabilidade de hedge em suas demonstraes

  • 8/8/2019 ICPC 06

    10/13

    ICPC_06

    AudPub_33/200910

    consolidadas por que o instrumento de hedge mantido fora do grupo que contm ascontroladas B e C.

    Onde no grupo o instrumento de hedge pode ser mantido (itens 14 e 15)?AG7. Conforme mencionado no item AG5, a variao total em valor relativa ao risco

    cambial dos US$ 300 milhes de emprstimos externos na controlada A seriacontabilizada em resultado (USD/JPY) e em ajustes de converso acumulados(EUR/JPY) nas demonstraes contbeis consolidadas da controladora naausncia de contabilidade de hedge. Ambos os montantes so includos com ointuito de se auferir a eficcia do hedge designado no item AG4 porque asmudanas de valor do instrumento de hedge e do objeto de hedge so calculadasem referncia a moeda funcional Euro da controladora contra a moeda funcionaldlar da controlada C, de acordo com a documentao de hedge. O mtodo deconsolidao (mtodo direto ou mtodo passo a passo) no afeta a verificaoda eficcia do hedge.

    Montantes reclassificados para o resultado quando da baixa de operao noexterior (itens 16 e 17)

    AG8. Quando a controlada C baixada, os montantes reclassificados para o resultadonas demonstraes contbeis consolidadas da controladora de seus ajustes deconverso acumulados so:

    (a)no que diz respeito aos U$ 300 milhes de emprstimos externos dacontrolada A, o montante que o CPC 38 requer que seja identificado, que amudana total de valor relativo ao risco cambial que foi reconhecido emajustes de converso acumulados como a parte eficaz do hedge; e

    (b)no que diz respeito aos US$ 300 milhes de investimentos lquidos nacontrolada C, o montante determinado pelo mtodo de consolidao daentidade. Se a controladora usa o mtodo direto, seus ajustes de conversoacumulados, no que tange controlada C, sero determinados diretamentepela taxa de cmbio EUR/USD. Se a controladora usa o mtodo passo apasso, seus ajustes de converso acumulados, no que tange controlada C,sero determinados pelos ajustes de converso acumulados reconhecidos nacontrolada B refletindo a taxa de cmbio GBP/USD traduzida para a moedafuncional da matriz usando a taxa de cmbio EUR/GBP. O uso pelacontroladora do mtodo de consolidao passo a passo nos perodosanteriores no impede a entidade de determinar o montante dos ajustes deconverso acumulados que ser reclassificado quando ela baixar a controladaC como o montante que seria reconhecido se ela sempre tivesse usado omtodo direto, dependendo de sua poltica contbil.

  • 8/8/2019 ICPC 06

    11/13

    ICPC_06

    AudPub_33/200911

    Hedge de mais de uma operao no exterior (itens 11, 13 e 15)

    AG9. Os exemplos seguintes orientam que nas demonstraes contbeis consolidadas

    da controladora o risco que pode ser protegido sempre o risco entre sua moedafuncional (euro) e a moeda funcional das controladas B e C. No importa comoos hedges so designados, os montantes mximos que podem ser hedgeseficazes para serem includos nos ajustes de converso acumulados nasdemonstraes consolidadas da controladora quando ambas as operaes soprotegidas so US$ 300 milhes para o risco EUR/USD e 341 milhes para orisco EUR/GBP. Outras mudanas de valor devido a mudanas nas taxas decmbio so includas no resultado consolidado da controladora. Obviamente, possvel para a controladora designar US$ 300 milhes somente para mudanasna taxa de cmbio vista USD/GBP ou 500 milhes somente para mudanasna taxa de cmbio vista GBP/EUR.

    Controladora possui instrumentos de hedge em USD e GBP

    AG10. A controladora pode desejar proteger o risco de variao cambial em relao aoseu investimento lquido na controlada B bem como aquele relacionado com acontrolada C. Assuma-se que a controladora mantm instrumentos de hedgeadequados denominados em dlares norte-americanos e libras esterlinas quepoderiam ser designados como hedges dos seus investimentos lquidos nascontroladas B e C. As designaes que a controladora pode fazer nas suasdemonstraes contbeis consolidadas incluem, por exemplo:

    (a)instrumento de hedge de US$ 300 milhes designado como hedge doinvestimento lquido de US$ 300 milhes na controlada C com o risco sendoa exposio ao risco cambial vista (EUR/USD) entre a controladora e acontrolada C e at 341 milhes do investimento lquido na controlada Bcom o risco sendo a exposio ao risco cambial vista (EUR/GBP) entre acontroladora e a controlada B;

    (b)instrumento de hedge de US$ 300 milhes designado como hedge doinvestimento lquido de US$ 300 milhes na controlada C com o risco sendoa exposio cambial vista (GBP/USD) entre a controlada B e a controlada Ce at 500 milhes do investimento na controlada B com risco sendo aexposio cambial vista entre a controladora e a controlada B.

    AG11. O risco EUR/USD do investimento lquido da controladora na controlada C um risco diferente do risco EUR/GBP do investimento lquido da controladorana controlada B. No entanto, no caso descrito no item AG10(a), pela suadesignao do instrumento de hedge em USD que possui, a controladora jprotegeu integralmente o risco EUR/USD de seu investimento lquido nacontrolada C. Se a controladora tambm designou um instrumento em GBP que

  • 8/8/2019 ICPC 06

    12/13

    ICPC_06

    AudPub_33/200912

    ela possui como hedge de seu investimento lquido de 500 milhes nacontrolada B, os 159 milhes desse investimento, representando o equivalenteem GBP de seu investimento em USD na controlada C, seria protegido duas

    vezes para o risco GBP/EUR nas demonstraes contbeis consolidadas dacontroladora.

    AG12. No caso descrito no item AG10(b) se a controladora designa o risco sendoprotegido como a exposio cambial vista (GBP/USD) entre a controlada B ea controlada C, somente parte da variao GBP/USD no valor de seuinstrumento de hedge de US$ 300 milhes includo nos ajustes de conversoacumulados da controladora relacionada controlada C. O restante da variao(equivalente mudana GBP/EUR sobre os 159 milhes) includo noresultado consolidado da controladora, como no item AG5. Como a designaodo risco USD/GBP entre as controladas B e C no inclui o risco GBP/EUR, acontroladora capaz de designar at 500 milhes se seu investimento lquidona controlada B com o risco sendo a exposio cambial vista (GBP/EUR)entre a controladora e a controlada B.

    Controlada B possui instrumento de hedge em USD

    AG13. Assuma-se que a controlada B possua US$ 300 milhes de dvida com terceiros,cujos recursos obtidos foram transferidos para a controladora por intermdio deemprstimo de mtuo denominado em libras esterlinas. Uma vez que seusativos e passivos aumentaram em 159 milhes, os ativos lquidos dacontrolada B no mudaram. A controlada B poderia designar sua captaoexterna como hedge do risco GBP/USD de seu investimento lquido nacontrolada C em suas demonstraes contbeis consolidadas. A controladorapoderia manter a designao feita pela controlada B desse instrumento de hedgecomo hedge de US$ 300 milhes de investimento lquido na controlada C parao risco GBP/USD (ver item 13) e a controladora poderia designar o instrumentode hedge em GBP que ela possui como hedge do investimento total de 500milhes na controlada B. O primeiro hedge designado pela controlada B poderiaser verificado com referncia moeda funcional da controlada B (librasesterlinas) e o segundo hedge, designado pela controladora poderia serverificado com referncia moeda funcional da controladora (euro). Nessecaso, somente o risco GBP/USD do investimento lquido da controladora nacontrolada C foi protegido nas demonstraes contbeis consolidadas peloinstrumento de hedge em USD e no o risco EUR/USD total. Dessa forma, orisco total EUR/GBP do investimento lquido de 500 milhes da controladorana controlada B pode ser protegido nas demonstraes contbeis consolidadasda controladora.

    AG14. No entanto, a contabilidade do emprstimo de 159 milhes da controladoracom a controlada B tambm deve ser considerado. Se o emprstimo no for

  • 8/8/2019 ICPC 06

    13/13

    ICPC_06

    AudPub_33/200913

    considerado como parte de seu investimento lquido na controlada B porque eleno satisfaz as condies no Pronunciamento Tcnico CPC 2, item 15, adiferena cambial GBP/EUR oriunda da sua traduo seria includa no resultado

    consolidado da controladora. Se os 159 milhes de emprstimo dacontroladora com a controlada B for considerado como parte do investimentolquido da controladora, esse investimento lquido seria somente 341 milhese o montante que a controladora poderia designar como item protegido para orisco GBP/EUR seria reduzido de 500 milhes para 341 milhesconsequentemente.

    AG15. Se a controladora revertesse a relao de hedge designada pela controlada B, acontroladora poderia designar a captao externa de US$ 300 milhes mantidana controlada B como hedge de seu investimento lquido de US$ 300 milhesna controlada C para o risco EUR/USD e designar o instrumento de hedge emGBP que ela possui somente como hedge de at 341 milhes do investimentolquido na controlada B. Nesse caso, a eficcia de ambos os hedges poderia sercalculada em referncia moeda funcional da controladora (Euro).Consequentemente, a mudana de valor relativa variao USD/GBP dacaptao externa mantida pela controlada B e a mudana de valor (GBP/EUR)do emprstimo da controladora com a controlada B (equivalente a USD/EUR nototal) seria includa nos ajustes de converso acumulados nas demonstraescontbeis consolidadas da controladora. Uma vez que a controladora j protegeuintegralmente o risco EUR/USD de seu investimento lquido na controlada C,ela pode proteger somente at 341 milhes do risco EUR/GBP de seuinvestimento na controlada B.