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    COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS

    INTERPRETAO TCNICA ICPC 03

    Aspectos Complementares das Operaes de Arrendamento Mercantil

    Correlao s Normas Internacionais de Contabilidade IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27

    Esta Interpretao integra o Pronunciamento Tcnico CPC 06Operaes de

    Arrendamento Mercantil

    PARTE ADeterminao se um Acordo contm Arrendamento

    Esta Parte A corresponde ao IFRIC 4 do IASB.

    ndice Item

    REFERNCIAS

    CONTEXTO 13

    ALCANCE 4

    QUESTES 5

    CONSENSO 616

    Determinao sobre se um acordo , ou contm, arrendamento mercantil 6Cumprimento do acordo depende do uso de ativo especfico 78

    Acordo transfere o direito de usar o ativo 9

    Avaliando ou reavaliando se um acordo , ou contm, arrendamentomercantil

    1011

    Separao de pagamento de arrendamento de outros pagamentos 1216

    TRANSIO 17

    EXEMPLOS ILUSTRATIVOS

    Exemplo de acordo que contm arrendamento EI1

    EI2Exemplo de acordo que no contm arrendamento EI3 - EI4PARTE BArrendamento operacionalIncentivoPARTE CAvaliao da essncia de transao envolvendo a forma legal dearrendamento

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    Referncias

    Pronunciamento Tcnico CPC 23Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e

    Retificao de ErroPronunciamento Tcnico CPC 27Ativo Imobilizado

    Pronunciamento Tcnico CPC 06Operaes de Arrendamento Mercantil

    Pronunciamento Tcnico CPC 04Ativo Intangvel

    Interpretao Tcnica ICPC 01 Contratos de Concesso

    Contexto

    1. A entidade pode celebrar um acordo, incluindo uma transao ou uma srie detransaes relacionadas, que no tenha a forma legal de arrendamento mastransfere o direito de usar um ativo (por exemplo, item do imobilizado) em trocade um pagamento ou de uma srie de pagamentos. Os exemplos de acordos em quea entidade (fornecedor) pode transferir tal direito de usar um ativo outra entidade(comprador), frequentemente em conjunto com servios relacionados, incluem:

    acordos de terceirizao (por exemplo, terceirizao das funes deprocessamento de dados da entidade);

    acordos na indstria de telecomunicaes, em que fornecedores de capacidade derede celebram contratos para fornecer direitos de capacidade aos compradores;

    contratos take-or-pay e similares, em que os compradores devem fazerpagamentos especificados, independentemente de receberem ou no os produtosou servios contratados (por exemplo, contrato take-or-pay para adquirirsubstancialmente toda a produo do gerador de energia de fornecedor).

    2. Esta Interpretao fornece orientao para determinar se tais acordos so, oucontm, arrendamentos que devam ser contabilizados de acordo com oPronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil. Elano fornece orientao para determinar como o arrendamento deve ser classificadode acordo com esse Pronunciamento.

    3. Em alguns acordos, o ativo subjacente que o objeto do arrendamento parte deativo maior. Esta Interpretao no trata sobre como determinar quando parte deativo maior propriamente o ativo subjacente para os fins da aplicao doPronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil.Todavia, acordos em que o ativo subjacente representaria uma unidade de conta,seja pelo Pronunciamento Tcnico CPC 27 Ativo Imobilizado, seja peloPronunciamento Tcnico CPC 04 Ativo Intangvel, esto dentro do alcance destaInterpretao.

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    Alcance

    4. Esta Interpretao no se aplica a acordos que:

    (a)so, ou contm, arrendamentos excludos do alcance do PronunciamentoTcnico CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil; ou

    (b)so acordos de concesso de servio pblico para privado dentro do alcanceda Interpretao ICPC 01Contratos de Concesso.

    Questes

    5. As questes tratadas nesta Interpretao so:

    (a)como determinar se um acordo , ou contm, arrendamento, conformedefinido no Pronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de ArrendamentoMercantil;

    (b)quando deve ser feita a avaliao ou a reavaliao sobre se um acordo , oucontm, arrendamento mercantil; e

    (c)se um acordo , ou contm, arrendamento mercantil, como os pagamentos doarrendamento devem ser separados dos pagamentos de quaisquer outroselementos do acordo.

    Consenso

    Determinao sobre se um acordo , ou contm, arrendamento mercantil

    6. A determinao sobre se um acordo , ou contm, arrendamento mercantil deveestar baseada na essncia do acordo e exige uma avaliao sobre se:

    (a)o cumprimento do acordo depende do uso de ativo ou ativos especficos (oativo); e

    (b)o acordo transfere o direito de usar o ativo.

    Cumprimento do acordo depende do uso de ativo especfico

    7. Embora um ativo especfico possa ser explicitamente identificado no acordo, eleno o objeto do arrendamento se o cumprimento do acordo no depender do usodo ativo especfico. Por exemplo, se o fornecedor for obrigado a entregar umaquantidade especificada de bens ou servios e tiver o direito e a capacidade defornecer esses bens ou servios usando outros ativos no especificados no acordo,

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    ento o cumprimento do acordo no depende do ativo especificado e o acordo nocontm arrendamento. A obrigao de garantia que permite ou exige a substituiodos mesmos ativos ou ativos similares, quando o ativo especificado no funcionar

    de forma apropriada, no impede o tratamento de arrendamento. Alm disso, adisposio contratual (contingente ou outra) que permite ou exige que o fornecedorsubstitua outros ativos, por qualquer razo, a partir de uma data especificada, noimpede o tratamento de arrendamento antes da data da substituio.

    8. Um ativo foi implicitamente especificado se, por exemplo, o fornecedor possuir ouarrendar somente um ativo com o qual cumpra a obrigao e no foreconomicamente exequvel ou praticvel para o fornecedor cumprir sua obrigaopor meio do uso de ativos alternativos.

    Acordo transfere o direito de usar o ativo

    9. O acordo transfere o direito de usar o ativo se o acordo transferir ao comprador(arrendatrio) o direito de controlar o uso do ativo subjacente. O direito decontrolar o uso do ativo subjacente transferido se for atendida qualquer uma dasseguintes condies:

    (a)o comprador tem a capacidade ou o direito de operar o ativo ou de comandaroutros a operar o ativo da forma que determinar, ao mesmo tempo em queobtm ou controla mais do que um valor insignificante da produo ou deoutra utilidade do ativo;

    (b)o comprador tem a capacidade ou o direito de controlar o acesso fsico aoativo subjacente, ao mesmo tempo em que obtm ou controla mais do que umvalor insignificante da produo ou outra utilidade do ativo; ou

    (c) fatos e circunstncias indicam que raro que uma ou mais partes, exceto ocomprador, venham a obter mais do que um valor insignificante da produoou de outra utilidade que ser produzida ou gerada pelo ativo durante o prazodo acordo, e o preo que o comprador paga pela produo no contratualmente fixo por unidade de produo nem equivalente ao preo demercado atual por unidade de produo na poca de entrega da produo.

    Avaliando ou reavaliando se um acordo , ou contm, arrendamento mercantil

    10. A avaliao sobre se um acordo contm arrendamento feita na celebrao doacordo, sendo a data mais antiga entre a data do acordo e a data do compromissoentre as partes, em relao aos termos principais do acordo, com base em todos osfatos e circunstncias. A reavaliao sobre se o acordo contm arrendamento apsa celebrao do acordo feita somente se qualquer uma das condies seguintesfor atendida:

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    (a)h mudana nos termos do contrato, exceto se a mudana somente renovar ouprorrogar o acordo;

    (b)a opo de renovao exercida ou a prorrogao pactuada pelas partes doacordo, exceto se os termos da renovao ou prorrogao tiverem sidoinicialmente includos no prazo do arrendamento de acordo com o item 4 doPronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil. Arenovao ou prorrogao do acordo que no inclui modificao de nenhumdos termos no acordo original antes do final do prazo do acordo original avaliada de acordo com os itens 6 a 9 da Parte A desta Interpretao somentecom relao ao perodo de renovao ou prorrogao;

    (c)h mudana na determinao sobre se o cumprimento depende de ativoespecificado; ou

    (d)h mudana substancial do ativo, por exemplo, mudana fsica substancial doimobilizado.

    11. A reavaliao de um acordo est baseada nos fatos e circunstncias na data dereavaliao, incluindo o prazo remanescente do acordo. Mudanas na estimativa(por exemplo, o valor estimado de produo a ser entregue ao comprador ou aoutros compradores potenciais) no acionariam a reavaliao. Se um acordo forreavaliado e for determinado como contendo arrendamento (ou no contendoarrendamento), a contabilizao do arrendamento aplicada (ou deixa de seraplicada) a partir:

    (a)no caso de (a), (c) ou (d) no item 10 da parte A desta Interpretao, dequando ocorrer uma mudana nas circunstncias que originam a reavaliao;

    (b)no caso de (b) no item 10, da celebrao do perodo de renovao ou deprorrogao.

    Separao de pagamento de arrendamento de outros pagamentos

    12. Se um acordo contiver arrendamento mercantil, as partes do acordo aplicam osrequisitos do Pronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de ArrendamentoMercantil ao elemento arrendamento do acordo, exceto se estiverem isentas dessesrequisitos de acordo com o item 2 do Pronunciamento Tcnico CPC 06.Consequentemente, se um acordo contiver arrendamento, esse arrendamento classificado como arrendamento financeiro ou arrendamento operacional, deacordo com os itens 7 a 19 do Pronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes deArrendamento Mercantil. Outros elementos do acordo que estiverem fora doalcance do Pronunciamento Tcnico CPC sero contabilizados de acordo comoutros Pronunciamentos, Interpretaes e Orientaes deste CPC.

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    13. Para a finalidade de aplicao dos requisitos do Pronunciamento Tcnico CPC 06Operaes de Arrendamento Mercantil, os pagamentos e outras contraprestaesexigidas pelo acordo so separados, na celebrao do acordo ou na poca da

    reavaliao do acordo, em pagamentos do arrendamento e aqueles pagamentos deoutros elementos, com base em seus respectivos valores justos. Os pagamentosmnimos do arrendamento, como definido no item 4 do Pronunciamento TcnicoCPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil, incluem somente os pagamentosdo arrendamento (ou seja, o direito de usar o ativo) e exclui os pagamentosreferentes a outros elementos no acordo (por exemplo, referentes a servios e custode insumos).

    14. Em alguns casos, separar os pagamentos do arrendamento dos pagamentos dosdemais elementos no acordo exige que o comprador use uma tcnica de estimativa.Por exemplo, o comprador pode estimar os pagamentos de arrendamento porreferncia a um acordo de arrendamento de ativo comparvel, que no contmoutros elementos, ou estimando os pagamentos de outros elementos no acordo porreferncia a acordos comparveis e, ento, deduzindo esses pagamentos dospagamentos totais previstos no acordo.

    15. Se o comprador concluir que impraticvel separar os pagamentos de formaconfivel, ele:

    (a)no caso de arrendamento financeiro, reconhece um ativo e um passivo aovalor equivalente ao valor justo do ativo subjacente, que foi identificado nositens 7 e 8 como o objeto do arrendamento. Subsequentemente, o passivo reduzido medida que os pagamentos forem feitos e uma taxa financeiraimputada sobre o passivo reconhecido, utilizando a taxa de juros adicional doarrendatrio.1

    (b)no caso de arrendamento operacional, trata todos os pagamentos previstos noacordo como pagamentos de arrendamento, para as finalidades decumprimento dos requisitos de divulgao do Pronunciamento Tcnico, mas

    (i) divulga esses pagamentos separadamente dos pagamentosmnimos do arrendamento de outros acordos que no incluampagamentos referentes aos elementos que no so dearrendamento; e

    (ii) declara que os pagamentos divulgados tambm incluempagamentos referentes a elementos que no so de arrendamentono acordo.

    1 ou seja, a taxa de juros adicional sobre emprstimo do arrendatrio conforme definida no item 4 doPronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil.

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    16. (Eliminado)

    16A. (Eliminado)

    Transio

    17. O Pronunciamento Tcnico CPC 23 Polticas Contbeis, Mudana de Estimativae Retificao de Erro especifica como a entidade aplica uma mudana na polticacontbil resultante da aplicao inicial de uma Interpretao. A entidade no obrigada a cumprir esses requisitos ao aplicar esta Interpretao pela primeira vez.Se a entidade usar essa iseno, ela aplica os itens 6 a 9 desta parte A daInterpretao aos acordos existentes no incio do perodo mais antigo em relaoao qual so apresentadas as informaes comparativas de acordo com os

    Pronunciamentos, Interpretaes e Orientaes com base nos fatos e circunstnciasexistentes no incio desse perodo.

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    Exemplos ilustrativos

    Estes exemplos acompanham, porm no integram a Interpretao ICPC 03.

    Exemplo de acordo que contm arrendamento

    Fatos

    EI1 Uma companhia industrial (comprador) celebra um acordo com terceiro(fornecedor) para receber uma quantidade mnima de gs necessria em seuprocesso de produo, por um perodo de tempo especificado. O fornecedor projetae constri uma instalao adjacente fbrica do comprador para produzir o gsnecessrio e mantm a titularidade e o controle sobre todos os aspectossignificativos da operao da instalao. O acordo dispe o seguinte:

    a instalao est explicitamente identificada no acordo e o fornecedor temo direito contratual de fornecer gs a partir de outras fontes. Entretanto,fornecer gs de outras fontes no economicamente vivel ou praticvel;

    o fornecedor tem o direito de fornecer gs a outros clientes e de remover esubstituir os equipamentos da instalao e modificar ou expandir ainstalao para permitir isso. Entretanto, na celebrao do acordo, ofornecedor no tem planos de modificar ou expandir a instalao. Ainstalao projetada para atender somente s necessidades docomprador;

    o fornecedor responsvel por reparos, manuteno e investimentoscapitalizveis;

    o fornecedor deve estar preparado para entregar uma quantidade mnimade gs a cada ms;

    a cada ms, o comprador pagar uma taxa fixa de capacidade e uma taxavarivel com base na produo real obtida. O comprador deve pagar ataxa fixa de capacidade, independentemente de obter ou no alguma parteda produo da instalao. A taxa varivel inclui os custos reais de

    energia da instalao, que totalizam aproximadamente 90 por cento doscustos variveis totais da instalao. O fornecedor est sujeito a custosmaiores resultantes de operaes ineficientes da instalao; e

    se a instalao no produzir a quantidade mnima estipulada, o fornecedordeve devolver a totalidade ou parte da taxa fixa de capacidade.

    Avaliao

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    EI2 A avaliao contm um arrendamento dentro do alcance do PronunciamentoTcnico CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil. O ativo (a instalao)

    est explicitamente identificado no acordo e o cumprimento do acordo depende dainstalao. Embora o fornecedor tenha o direito de fornecer gs de outras fontes,sua capacidade de faz-lo no substancial. O comprador obteve o direito de usara instalao, pois, de acordo com os fatos apresentados em particular, que ainstalao est projetada para atender somente s necessidades do comprador e ofornecedor no tem planos de expandir ou modificar a instalao raro que umaou mais partes, exceto o comprador, obtenha mais do que um valor insignificanteda produo da instalao e o preo que o comprador pagar no contratualmentefixado por unidade de produo nem equivalente ao preo de mercado atual, porunidade de produo, na ocasio de entrega da produo.

    Exemplo de acordo que no contm arrendamento

    Fatos

    EI3 Uma empresa manufatureira (comprador) celebra um acordo com terceiro(fornecedor) para fornecer um componente de seu produto fabricado, por umperodo especfico de tempo. O fornecedor projeta e constri uma fbrica adjacente fbrica do comprador para produzir o componente. A capacidade projetada dafbrica excede as necessidades atuais do comprador e o fornecedor mantm atitularidade e o controle sobre todos os aspectos significativos de operao dafbrica. O acordo dispe o seguinte:

    a fbrica do fornecedor est explicitamente identificada no acordo, mas ofornecedor tem o direito de cumprir o acordo embarcando oscomponentes de outra fbrica pertencente ao fornecedor. Entretanto, faz-lo durante um perodo prolongado de tempo no seria econmico;

    o fornecedor responsvel por reparos, manuteno e investimentoscapitalizveis da fbrica;

    o fornecedor deve estar preparado para entregar uma quantidade mnima.O comprador obrigado a pagar um preo fixo por unidade pelaquantidade real obtida. Mesmo que as necessidades do comprador sejam

    tais que no precise da quantidade mnima estipulada, ainda assim elepagar somente pela quantidade real obtida; e

    o fornecedor tem o direito de vender os componentes a outros clientes etem histrico de assim faz-lo (vendendo no mercado de peas dereposio), de modo que esperado que as partes, exceto o comprador,obtero mais do que um valor insignificante de componentes produzidosna fbrica do fornecedor.

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    Avaliao

    EI4 O acordo no contm arrendamento dentro do alcance do Pronunciamento TcnicoCPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil. O ativo (a fbrica) estexplicitamente identificado no acordo e o cumprimento do acordo depende dainstalao. Embora o fornecedor tenha o direito de fornecer componentes de outrasfontes, o fornecedor no teria a capacidade de faz-lo, pois isso no seriaeconmico. Entretanto, o comprador no obteve o direito de usar a fbrica, pois ocomprador no tem a capacidade ou o direito de operar ou comandar outros paraoperar a fbrica ou controlar o acesso fsico a ela e a probabilidade de que aspartes, exceto o comprador, obtero mais do que um valor insignificante doscomponentes produzidos na fbrica mais do que remota, com base nos fatosapresentados. Alm disso, o preo que o comprador paga fixado por unidade deproduo obtida.

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    PARTE BArrendamento operacionalIncentivo

    Esta Parte B corresponde SIC 15 do IASB.

    Referncias

    Pronunciamento Tcnico CPC 26 - Apresentao das Demonstraes ContbeisPronunciamento Tcnico CPC 23 - Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa eRetificao de Erro

    Pronunciamento Tcnico CPC 06Operaes de Arrendamento MercantilQuesto1. Ao negociar um arrendamento operacional novo ou renegociado, o arrendador

    pode conceder incentivos para o arrendatrio celebrar o contrato. Exemplo desseincentivo o pagamento antecipado em dinheiro ao arrendatrio ou o reembolso ou

    a assuno, pelo arrendador, de custos do arrendatrio (tal como custos derealocao, melhorias no bem arrendado e custos associados ao compromisso dearrendamento preexistente do arrendatrio). Alternativamente, perodos iniciais doprazo do arrendamento podem ser pactuados como sendo isentos de aluguel oucom aluguel reduzido.

    2. A questo como os incentivos no arrendamento operacional devem serreconhecidos nas demonstraes contbeis, tanto do arrendatrio como doarrendador.

    Consenso3. Todos os incentivos para o contrato de arrendamento operacional novo ou

    renegociado so reconhecidos como parte integrante da contrapartida lquidapactuada pelo uso do ativo arrendado, independentemente da natureza ou forma doincentivo ou poca dos pagamentos.

    4. O arrendador reconhece o custo agregado de incentivos como reduo da receitado aluguel ao longo do prazo do arrendamento, pelo mtodo linear, exceto se outromtodo sistemtico for representativo do padro de tempo ao longo do qual obenefcio do ativo arrendado diminudo.

    5. O arrendatrio reconhece o benefcio agregado de incentivos como reduo dadespesa de aluguel ao longo do prazo do arrendamento, pelo mtodo linear, exceto

    se outro mtodo sistemtico for representativo do padro de tempo do benefcio doarrendatrio proveniente do uso de ativo arrendado.

    6. Os custos incorridos pelo arrendatrio, incluindo os custos relativos aoarrendamento preexistente (por exemplo, custos de resciso, realocao oumelhorias em propriedades arrendadas) so contabilizados pelo arrendatrio emconformidade com os Pronunciamentos, Interpretaes ou Orientaes aplicveis aesses custos, incluindo custos que sejam efetivamente reembolsados por meio de

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    acordo de incentivo.

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    Exemplos ilustrativos

    Estes exemplos acompanham, porm no integram a Interpretao ICPC 03.

    Exemplo 1

    Uma entidade concorda em celebrar novo acordo de arrendamento com novoarrendador. O arrendador concorda em pagar os custos de realocao doarrendatrio como incentivo ao arrendatrio pela celebrao do novoarrendamento. Os custos de mudana do arrendatrio so de $ 1.000. O novoarrendamento tem prazo de 10 anos, a uma taxa fixa de $ 2.000 por ano.

    Contabilizao

    O arrendatrio reconhece os custos de realocao de $ 1.000 como despesa no Ano 1. Acontrapartida lquida de $ 19.000 consiste em $ 2.000 para cada um dos 10 anos noprazo do arrendamento, menos o incentivo de $ 1.000 para custos de realocao. Tanto oarrendador quanto o arrendatrio reconhecem a contrapartida do aluguel lquido de $19.000 ao longo do prazo do arrendamento de 10 anos usando um nico mtodo deamortizao, em conformidade com os itens 4 e 5 da Parte B desta Interpretao.

    Exemplo 2

    Uma entidade concorda em celebrar novo acordo de arrendamento com novo

    arrendador. O arrendador concorda em conceder um perodo de iseno dealuguel pelos primeiros trs anos como incentivo para o arrendatrio por celebraro novo arrendamento. O novo arrendamento tem prazo de 20 anos, a uma taxa fixade $ 5.000 por ano para os anos 4 a 20.

    Contabilizao

    A contrapartida lquida de $ 85.000 consiste em $ 5.000 para cada um dos 17 anos noprazo do arrendamento. Tanto o arrendador quanto o arrendatrio reconhecem acontrapartida lquida de $ 85.000 ao longo do prazo do arrendamento de 20 anos usandoum nico mtodo de amortizao, de acordo com os itens 4 e 5 desta parte B daInterpretao.

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    PARTE C Avaliao da essncia de transao envolvendo a forma legal dearrendamento

    Esta Parte C corresponde SIC 27 do IASB.

    RefernciasPronunciamento Tcnico CPC 23 - Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa eRetificao de Erro

    Pronunciamento Tcnico CPC 17 - Contratos de Construo

    Pronunciamento Tcnico CPC 06Operaes de Arrendamento Mercantil

    Pronunciamento Tcnico CPC 30 - Receitas

    Pronunciamento Tcnico CPC 25 - Provises, Passivos Contingentes e AtivosContingentes

    Pronunciamento Tcnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento eMensurao

    Pronunciamento Tcnico CPC 11 - Contratos de Seguro

    Questo

    1. Uma entidade pode celebrar uma transao ou uma srie de transaes estruturadas(acordo) com uma parte ou partes no-relacionadas (investidor) que envolva aforma legal de arrendamento. Por exemplo, a entidade pode arrendar ativos a uminvestidor e arrendar os mesmos ativos de volta ou, alternativamente, venderlegalmente os ativos e arrendar os mesmos ativos de volta. A forma de cada acordo

    e seus termos e condies podem variar significativamente. No exemplo dearrendamento e retroarrendamento, pode ser que o acordo esteja destinado a obtervantagem fiscal para o investidor que seja compartilhada com a entidade na formade honorrio, e no para transmitir o direito de usar o ativo.

    2. Quando um acordo com o investidor envolver a forma legal de arrendamento, asquestes so:

    (a)como determinar se uma srie de transaes est vinculada e deve sercontabilizada como uma transao;

    (b)se o acordo atende definio de arrendamento de acordo com oPronunciamento Tcnico CPC 06Operaes de Arrendamento Mercantil; e

    (i) caso contrrio, se a conta de investimento separada e obrigaesde pagamento de arrendamento que possam existir representamativos e passivos da entidade (por exemplo, considere o exemplodescrito no item A2(a) do Apndice A da Parte desta Instruo);

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    (ii) como a entidade deve contabilizar outras obrigaes resultantesdo acordo; e

    (iii) como a entidade deve contabilizar o honorrio que pode serrecebido do investidor.

    Consenso

    3. Uma srie de transaes que envolvam a forma legal de arrendamento estvinculada e ser contabilizada como transao quando o efeito econmico total nopuder ser entendido sem referncia srie de transaes como um todo. Isso ocaso, por exemplo, quando a srie de transaes estiver estreitamenteinterrelacionada, negociada como uma nica transao, e ocorrer simultaneamenteou em sequncia contnua (o apndice A a esta parte C da Interpretao forneceilustraes de aplicao desta Interpretao).

    4. A contabilizao reflete a essncia do acordo. Todos os aspectos e implicaes doacordo so avaliados para determinar sua essncia, com peso dado aos aspectos es implicaes que tiverem efeito econmico.

    5. O Pronunciamento Tcnico CPC 06 se aplica quando a essncia do acordo incluir atransmisso do direito de usar um ativo por um perodo de tempo pactuado. Osindicadores que demonstram individualmente que o acordo no pode, em essncia,envolver arrendamento de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 06 incluem(o Apndice B desta parte C fornece ilustraes de aplicaes desta Interpretao):

    (a)a entidade que retm todos os riscos e retornos incidentes propriedade deativo subjacente e desfruta substancialmente dos mesmos direitos em relaoao seu uso que antes do acordo;

    (b)o motivo principal para o acordo obter um resultado fiscal especfico, e notransmitir o direito de usar o ativo; e

    (c)a opo includa em termos que tornam o seu exerccio quase certo (porexemplo, a opo de venda que exercvel a um preo suficientemente maisalto do que o valor justo esperado quando se torna exercvel).

    6. As definies e orientaes nos itens 49 a 64 do Pronunciamento ConceitualBsico Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das DemonstraesContbeis so aplicadas ao determinar se, em essncia, a conta de investimentoseparada e obrigaes de pagamento de arrendamento representam ativos epassivos da entidade. Os indicadores que demonstram coletivamente que, emessncia, uma conta de investimento separada e obrigaes de pagamento dearrendamento no atendem s definies de ativo e passivo e no so reconhecidospela entidade incluem:

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    (a)a entidade no capaz de controlar a conta de investimento na busca de seusprprios objetivos e no est obrigada a pagar as prestaes do arrendamento.

    Isso ocorre quando, por exemplo, um valor pago antecipadamente colocadona conta de investimento separada para proteger o investidor e somente podeser usado para pagar o investidor, o investidor concorda que as obrigaes depagamento do arrendamento devem ser pagas a partir dos recursos na contado investimento e a entidade no tem capacidade de reter os pagamentos aoinvestidor provenientes da conta de investimento;

    (b)a entidade tem apenas um risco remoto de reembolsar o valor total dequalquer honorrio recebido do investidor e possivelmente de pagar algumvalor adicional ou, quando um honorrio no tiver sido recebido, somente umrisco remoto de pagar o valor previsto em outras obrigaes (por exemplo,garantia). Somente existe risco remoto de pagamento quando, por exemplo,os termos do acordo exigem que o valor pago antecipadamente seja investidoem ativos livres de risco que se espera que gerem fluxos de caixa suficientespara cumprir as obrigaes de pagamento do arrendamento; e

    (c)exceto os fluxos de caixa iniciais na celebrao do acordo, os nicos fluxosde caixa esperados no acordo so as prestaes do arrendamento que sopagas exclusivamente a partir dos fundos sacados da conta de investimentoseparada, estabelecida com os fluxos de caixa iniciais.

    7. Outras obrigaes de um acordo, incluindo quaisquer garantias fornecidas eobrigaes incorridas na resciso antecipada, sero contabilizadas de acordo comos Pronunciamentos Tcnicos CPC 26

    Provises, Passivos Contingentes e Ativos

    Contingentes, CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuraoou CPC 11 Contratos de Seguro, dependendo de seus termos.

    8. Os critrios no item 20 do Pronunciamento Tcnico 30 - Receitas so aplicados aosfatos e circunstncias de cada acordo para determinar quando reconhecer ohonorrio como receita que a entidade poderia receber. So considerados fatorestais como se h envolvimento contnuo na forma de obrigaes significativas dedesempenho futuro necessrias para receber o honorrio, se h riscos retidos, ostermos de quaisquer acordos de garantia e o risco de restituio do honorrio. Osindicadores que demonstram individualmente que inadequado o reconhecimentode todo o honorrio como receita quando recebido, se recebido no incio doacordo, incluem:

    (a)obrigaes para realizar ou se abster de determinadas atividades significativasso condies para receber o honorrio e, portanto, a execuo de acordolegalmente vinculatrio no o ato mais significativo exigido pelo acordo;

    (b)so colocadas limitaes sobre o uso do ativo subjacente que tem o efeito

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    prtico de restringir e alterar significativamente a capacidade da entidade deusar (por exemplo, exaurir, vender ou dar como garantia) o ativo;

    (c)a possibilidade de reembolsar qualquer valor do honorrio e possivelmentepagar alguma quantia adicional no remota. Isso ocorre quando, porexemplo:

    (i) o ativo subjacente no for um ativo especializado que sejarequerido pela entidade para conduzir seus negcios e, portanto,h uma possibilidade de que a entidade possa pagar um valorpara rescindir o acordo antecipadamente; ou

    (ii) a entidade for obrigada pelos termos do acordo, ou tiver algumaou total liberdade de investir o valor pago antecipadamente emativos que tenham valor de risco acima do nvel insignificante(por exemplo, moeda, taxa de juros ou risco de crdito). Nessacircunstncia, o risco do valor do investimento ser insuficientepara cumprir as obrigaes de pagamento do arrendamento no remoto e, portanto, h a possibilidade de que a entidade sejaobrigada a pagar algum valor.

    9. O honorrio apresentado na demonstrao do resultado abrangente com base emsua essncia econmica e natureza.

    Divulgao

    10. Todos os aspectos de acordo que, em essncia, no envolvam arrendamento deacordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de ArrendamentoMercantil so considerados para determinar as divulgaes apropriadas que sejamnecessrias para compreender o acordo e o tratamento contbil adotado. Em cadaperodo contbil em que existir um acordo, a entidade divulga o seguinte:

    (a)descrio do acordo, incluindo:

    (i) o ativo subjacente e quaisquer restries sobre o seu uso;

    (ii) a durao e outros termos significativos do acordo;

    (iii) as transaes que estiverem vinculadas, incluindo quaisqueropes; e

    (b)o tratamento contbil aplicado a qualquer honorrio recebido, o valorreconhecido como receita no perodo e a rubrica da demonstrao doresultado em que ele est includo.

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    11. As divulgaes exigidas de acordo com o item 10 da parte C desta Interpretaoso fornecidas individualmente para cada acordo ou em agregado para cada classede acordo. Uma classe um agrupamento de acordos com ativos subjacentes de

    natureza similar (por exemplo, usinas de energia).

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    Apndice A - Transao vinculada

    Este Apndice acompanha, porm no parte integrante da Parte C da Interpretao.

    A1. A Interpretao exige considerao sobre se uma srie de transaes que envolvama forma legal de arrendamento est vinculada para determinar se as transaes socontabilizadas como transao.

    A2. Exemplos extremos de transaes que so visualizadas como um todo econtabilizadas como transaes nicas incluem:

    (a)A entidade arrenda um ativo a um investidor (arrendamento principal) earrenda o mesmo ativo de volta por perodo de tempo mais curto

    (subarrendamento). No final do perodo de subarrendamento, a entidade temo direito de comprar de volta os direitos do investidor previstos na opo decompra. Se a entidade no exercer sua opo de compra, o investidor temopes disponveis nas quais recebe um retorno mnimo sobre o seuinvestimento no arrendamento principal o investidor pode vender o ativosubjacente de volta entidade ou exigir que a entidade fornea um retornosobre o investimento do investidor no arrendamento principal.

    A finalidade predominante do acordo obter vantagem fiscal para oinvestidor, que seja compartilhada com a entidade na forma de honorrio, eno transferir o direito de usar o ativo. O investidor paga o honorrio e paga

    antecipadamente as obrigaes de pagamento do arrendamento previstos noarrendamento principal. O contrato exige que o valor pago antecipadamenteseja investido em ativos livres de risco e, como requisito para a execuo doacordo legalmente vinculatrio, colocado em conta de investimento separadamantida por depositrio (trustee) fora do controle da entidade. O honorrio retido pela entidade.

    Ao longo do prazo do subarrendamento, as obrigaes de pagamento dosubarrendamento so cumpridas com recursos de valor equivalente sacadosda conta de investimentos separada. A entidade garante as obrigaes depagamento do subarrendamento e obrigada a cumprir a garantia caso aconta de investimento separada no tenha recursos suficientes. A entidade,mas no o investidor, tem o direito de rescindir o subarrendamentoantecipadamente sob determinadas circunstncias (por exemplo, mudana nalei fiscal local ou internacional que faa com que o investidor perca parte outodos os benefcios fiscais, ou a entidade decida alienar (por exemplo,substituir, vender ou exaurir) o ativo subjacente, e mediante pagamento devalor de resciso para o investidor. Se a entidade escolher a rescisoantecipada, ento ele pagaria o valor de resciso a partir dos recursos sacados

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    da conta de investimento separada, e se o valor remanescente na conta deinvestimento separada for insuficiente, a diferena seria paga pela entidade. Oativo subjacente um ativo especializado que a entidade exige para conduzir

    seus negcios.

    (b)A entidade arrenda um ativo outra entidade por toda a sua vida econmica earrenda o mesmo ativo de volta sob os mesmos termos e condies que oarrendamento original. As duas entidades possuem o direito por fora de leide compensar os valores devidos uma outra, e a inteno de liquidar essesvalores em base lquida.

    (c)A entidade (entidade A) arrenda um ativo outra entidade (entidade B) eobtm um emprstimo non-recourse do financiador (usando prestaes doarrendamento e o ativo como garantia). A entidade A vende o ativo objetodo arrendamento e o emprstimo aodepositrio (trustee), e arrenda o mesmoativo de volta. A entidade A tambm concorda simultaneamente emrecomprar o ativo no final do arrendamento por valor equivalente ao preo devenda. O financiador libera legalmente a entidade A da responsabilidadeprincipal pelo emprstimo, e a entidade A garante a restituio doemprstimo non-recourse se a entidade B entrar em inadimplemento emrelao aos pagamentos no arrendamento original. A classificao de crditoda entidade B avaliada como AAA e os valores dos pagamentos previstosem cada um dos arrendamentos so equivalentes. A entidade A tem direitopor fora de lei de compensar os valores devidos em cada um dosarrendamentos, e a inteno de liquidar os direitos e obrigaes previstos nosarrendamentos em base lquida.

    (d)A entidade (entidade A) vende legalmente um ativo outra entidade(entidade B) e arrenda o mesmo ativo de volta. A entidade B obrigada avender o ativo de volta entidade A no final do perodo de arrendamento aum valor que tenha como efeito prtico, quando considerados os pagamentosde arrendamento a serem recebidos, fornecer entidade B o rendimento daLIBOR mais 2 % ao ano sobre o preo de compra.

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    Apndice B - Essncia de um acordo

    Este Apndice acompanha, porm no parte integrante da Parte C da Interpretao.

    B1. A Interpretao exige a considerao da essncia do acordo para determinar se elainclui a transmisso do direito de usar um ativo por perodo de tempo pactuado.

    B2. Em cada um dos exemplos descritos no Apndice A, o acordo, em essncia, noenvolve arrendamento de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil pelos seguintes motivos:

    (a)no exemplo descrito no item A2(a), o acordo destina-se predominantemente agerar benefcios fiscais que sejam compartilhados entre as duas entidades.Ainda que os perodos do arrendamento principal e do subarrendamento

    sejam diferentes, as opes disponveis para cada uma das entidades no finaldo perodo de subarrendamento so estruturadas de modo que o investidorassuma apenas um valor insignificante do valor do risco do ativo durante operodo do arrendamento principal. A essncia do acordo que a entidadereceba honorrio pela execuo dos contratos, e retenha os riscos e retornosincidentes propriedade do ativo subjacente;

    (b)no exemplo descrito no item A2(b), os termos e as condies e o perodo decada um dos arrendamentos so os mesmos. Portanto, os riscos e retornosincidentes propriedade do ativo subjacente so os mesmos que antes doacordo. Alm disso, os valores devidos so compensados entre si e, desse

    modo, no h nenhum risco de crdito retido. A essncia do acordo quenenhuma transao ocorreu;

    (c)no exemplo descrito no item A2(c), a entidade A retm todos os riscos eretornos incidentes propriedade do ativo subjacente, e o risco de pagamentoprevisto na garantia somente remoto (devido classificao de crditoAAA). A essncia do acordo que a entidade A empresta dinheiro, garantidopelo ativo subjacente;

    (d) no exemplo descrito no item A2(d), os riscos e retornos da entidade Aincidentes posse do ativo subjacente no mudam substancialmente. Aessncia do acordo que a entidade A empresta dinheiro, garantido pelo ativosubjacente e restituvel em parcelas ao longo do perodo de arrendamento eem um valor final no trmino do perodo de arrendamento. Os termos daopo impedem o reconhecimento da venda. Normalmente, na transao devenda e de retroarrendamento os riscos e os retornos incidentes posse doativo subjacente vendido so retidos pelo vendedor apenas durante o perododo arrendamento.