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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI – Embalagem de apresentação e de transporte a ICMS - Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) a ICMS - Escrituração Fiscal Digital (EFD) ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 19/2014 São Paulo / a Federal IPI Consignação industrial 01 / a Estadual ICMS Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) 09 / a IOB Setorial Federal Automotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provisória nº 638/2014 22 / a IOB Comenta Estadual Inaplicabilidade da substituição tributária do ICMS nas saídas de merca- dorias destinadas à distribuição como brinde ou à degustação 23 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Alíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal 25 Importação por conta e ordem - Procedimento 25 IOF Operações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota 26 ICMS/SP Alíquota interestadual - Bens e mercadorias importados 26 Base de cálculo - Inclusão do ICMS “por dentro” 26 Base de cálculo - Inclusão do valor do IPI 26 Diferimento - Garrafas PET usadas 26 EFD - Prazo de entrega 26

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI – Embalagem de apresentação e de transporte

a ICMS - Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)

a ICMS - Escrituração Fiscal Digital (EFD)

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 19/2014

São Paulo

/a FederalIPIConsignação industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSNota Fiscal Eletrônica (NF-e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB SetorialFederalAutomotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provisória nº 638/2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

/a IOB ComentaEstadualInaplicabilidade da substituição tributária do ICMS nas saídas de merca-dorias destinadas à distribuição como brinde ou à degustação . . . . . . . 23

/a IOB Perguntas e RespostasIPIAlíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal . . . . . . 25Importação por conta e ordem - Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

IOFOperações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota . . . . . . . . . . . . 26

ICMS/SPAlíquota interestadual - Bens e mercadorias importados . . . . . . . . . . . . 26Base de cálculo - Inclusão do ICMS “por dentro” . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Base de cálculo - Inclusão do valor do IPI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Diferimento - Garrafas PET usadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26EFD - Prazo de entrega . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : consignação industrial.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2147-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-03569 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

19-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

IPI

Consignação industrial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Consignação industrial 3. Venda do produto 4. Devolução 5. Exemplos 6. Consideração quanto ao ICMS

1. IntrOduçãO

A operação de consignação industrial é caracte-rizada pela remessa de produtos com a finalidade de integração ou consumo em processo indus-trial, cujo faturamento é processado por ocasião da utilização desses produ-tos pelo estabelecimento industrial destinatário.

A legislação do IPI não prevê de forma expressa os procedimen-tos a serem adotados nas opera-ções de consignação industrial nem concede nenhum tratamento fiscal diferenciado para essas operações.

Com base nas regras comuns previstas no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e por analogia às disposições das ope-rações de consignação mercantil, previstas nos arts. 501 a 504, do referido Regulamento, examinaremos, neste texto, o tratamento fiscal aplicável às operações de consignação industrial.

(RIPI/2010, arts. 501 a 504)

2. COnSIgnaçãO InduStrIal

2.1 remetente

Na saída de produtos de estabelecimento indus-trial, ou a ele equiparado, a título de consignação

industrial, o consignante deverá emitir nota fiscal com destaque do IPI, se devido, indicando como natureza da operação “Remessa em consignação” e Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) 5.917 ou 6.917 (ver exemplo no subitem 5.1).

(RIPI/2010, arts. 35, II, e 501, I)

2.2 destinatário

O estabelecimento consignatário deverá regis- trar a nota fiscal emitida pelo fornecedor no livro

Registro de Entradas com utilização do CFOP 1.917 ou 2.917.

A escrituração será feita com direito ao crédito do IPI des-tacado no documento fiscal, caso a mercadoria recebida em consignação industrial seja insumo (matéria-prima, produto

intermediário ou material de embalagem) a ser utilizado na

industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo

imposto ou ainda beneficiado com isenção, tributado à alíquota de 0% ou amparado por imuni-dade (exportação).

(RIPI/2010, arts. 456 e 501, II; Lei nº 9.779/1999, art. 11; Instrução Normativa SRF nº 33/1999; Ato Declaratório Interpre-tativo SRF nº 5/2006)

2.3 reajuste de preço

Na hipótese de reajuste do preço contratado por ocasião da saída da mercadoria a título de consigna-ção industrial, deverão ser adotados os procedimen-tos descritos nos subitens seguintes.

a Federal

A operação de consignação industrial

é caracterizada pela remessa de produtos com a finalidade de integração ou consumo em

processo industrial, cujo faturamento é processado por ocasião da

utilização desses produtos pelo estabelecimento industrial

destinatário

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19-02 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.3.1 remetente

O estabelecimento consignante emitirá nota fiscal complementar, com destaque do IPI, se devido, com utilização do CFOP 5.917 ou 6.917 e com as seguintes indicações (ver exemplo no subitem 5.2):

a) a natureza da operação: “Reajuste de pre-ço de produto em consignação - Nota Fiscal nº_______, de____/____/_____”; e

b) o valor do reajuste.

(RIPI/2010, arts. 407, XIII, e 502, I)

2.3.2 destinatário

O estabelecimento consignatário deverá regis-trar a nota fiscal complementar no livro Registro de Entradas, observando o disposto no subitem 2.2.

(RIPI/2010, arts. 456 e 502, II)

3. VEnda dO PrOdutO

Por ocasião da venda (faturamento) do produto remetido em consignação industrial (no período con-tratado pelos estabelecimentos consignante e consig-natário), o consignante deverá emitir nota fiscal sem o destaque do IPI (uma vez que esse já foi destacado na nota fiscal de remessa - conforme visto no subitem 2.1), com as seguintes indicações (veja exemplo no subitem 5.3):

a) a natureza da operação: “Venda”;

b) o valor da operação, que será aquele corres-pondente ao preço do produto efetivamente vendido, incluído o valor do reajuste de preço (subitem 2.3.1), se houver; e

c) a expressão “Simples faturamento de mer-cadoria em consignação - Nota fiscal nº __________, de ___.___/____ e (se for o caso) Reajuste de preço - Nota fiscal nº ________, de ___/___/______”.

Essa nota fiscal será escriturada no livro Registro de Saídas do emitente com utilização apenas das colunas “Documento Fiscal” e “Observações”, indi-cando nessa a expressão “Venda em consignação - Nota fiscal nº _______, de ___/___/_____”.

(RIPI/2010, arts. 459 e 503, I, parágrafo único)

4. dEVOluçãO

Na devolução do produto recebido a título de consignação industrial e não utilizado no referido pro-cesso pelo consignatário (estabelecimento industrial), deverão ser adotados os procedimentos descritos nos subitens seguintes.

4.1 remetente

O estabelecimento industrial (consignatário) emi-tirá nota fiscal com utilização do CFOP 5.918 ou 6.918, indicando (ver exemplo no subitem 5.4):

a) a natureza da operação: “Devolução de pro-duto recebido em consignação”;

b) o valor do produto efetivamente devolvido, so-bre o qual foi pago o IPI;

c) o valor do imposto, destacado na nota fiscal por ocasião da remessa em consignação; e

d) a expressão “Devolução (parcial ou total, con-forme o caso) de produto recebido em consig-nação - Nota fiscal nº ______, de ___/___/_____”.

Notas

(1) O valor do IPI será apenas indicado no campo “Informações Com-plementares” do quadro “Dados Adicionais” da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, e não destacado no campo próprio do documento.

(2) Na hipótese de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), como o sistema não permite a inclusão do valor do IPI, no campo próprio, e até que seja disponibilizada a versão 3.10 do leiaute desse documento fiscal, o re-curso a ser utilizado é, a nosso ver, a indicação do respectivo valor no campo “Outras Despesas Acessórias”, para que os valores das parcelas correspon-dam ao total do documento fiscal.

(RIPI/2010, arts. 231, caput, I, 416, XIV e 504, caput, I; Ma-nual de Orientação do Contribuinte - NF-e, versão 5.0, Anexo I, item 246; Nota Técnica 2013/005, versão 1.03, itens 3.5 e 3.16, “B”)

4.1.1 Solução de Consulta - receita Federal

A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da Solução de Consulta, a seguir transcrita, entende que a operação de devolução acobertada por NF-e deva ser emitida em conformidade com os arts. 231, I, e 416, XIV do RIPI/2010, ou seja, com indicação do valor do IPI no campo “Informações Complementares” do documento fiscal:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5 de 21 de Janeiro de 2011

------------------------------------------------------------------------------

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19-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS. EMISSÃO DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA. A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital e que contém os mesmos dados da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emitida em papel e a qual substitui. Assim sendo, na operação de devolução de produtos que for acobertada por NF-e e seu documento auxiliar DANFE -o qual acompanha os produtos devolvidos -, o estabelecimento que fizer a devolução deverá emitir tais documentos em conformidade com o disposto no art. 231, inciso I, c/c art. 416, inciso XIV, do Ripi/2010.

Embora a Receita Federal tenha se pronunciado na forma ora descrita, em face da validação de regras de negócios da NF-e, constante do item 4.1.9.4 do Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, se o total do documento apresentar valor diverso da soma dos valores que o compõe, o sistema informa o status de rejeição por meio da mensagem 610, conforme segue:

# Campo Regra de Validação Aplic. Msg. Efeito Descrição Erro

GW16 Se NF-e de Saída (tpNF=1): -Total do vNF (id:W16) difere do somatório de: (+) vProd (id:W07) (-) vDesc (id:W10) (+) vST (id:W06) (+) vFrete (id:W08) (+) vSeg (id:W09) (+) vOutro (id:W15) (+) vII (id:W11) (+) vIPI (id:W12) (+) vServ (id:W18) (*3)

Facult. 610 Rej. Rejeição: Total da NF difere do somatório dos va-lores compõe o valor Total da NF (NT 2011/005)

Desse modo, para evitar o impasse existente entre as disposições do RIPI/2010 e as do Manual de Orientação da NF-e, versão 5.0, entendemos que o valor do IPI nas operações de devolução poderá ser lançado no campo “Outras Despesas Acessórias” desse documento fiscal, conforme mencionado na nota 2, do subitem 4.1.

(RIPI/2010, arts. 231, I, e 416, XIV; Solução de Consulta RFB nº 5/2011)

4.1.2 devolução simbólica

O consignatário deverá emitir nota fiscal indi-cando, além dos demais requisitos, como natureza da operação, a expressão “Devolução simbólica de mer-cadoria recebida em consignação” - CFOP 5.919 ou 6.919 - e no campo “Informações Complementares”, a expressão “Nota fiscal emitida em função de venda de mercadoria recebida em consignação industrial, pela nota fiscal nº_______, de___/___/____”.

No que se refere à emissão de NF-e, convém examinar os subitens 4.1 e 4.1.1 anteriores.

(RIPI/2010, art. 503, II, “b”)

4.2 destinatário

O estabelecimento destinatário da devolução (consignante) deverá escriturar a nota fiscal de devo-lução no livro Registro de Entradas, utilizando o CFOP 1.918 ou 2.918, creditando-se do valor do IPI indicado na nota fiscal emitida pelo consignatário.

(RIPI/2010, arts. 229, 231, caput, II, 456 e 504, caput, II)

4.2.1 devolução simbólica

O estabelecimento destinatário da devolução (con-signante) deverá escriturar a nota fiscal de devolução simbólica, no livro Registro de Entradas, utilizando o CFOP 1.919 ou 2.919, e creditando-se do valor do IPI indicado na nota fiscal emitida pelo consignatário.

(RIPI/2010, arts. 229, 231, caput, II, 456 e 504, caput, II)

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19-04 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. ExEMPlOS

5.1 remessa em consignação industrial

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19-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.2 reajuste de preço

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19-06 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5.3 Venda

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19-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.4 devolução

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19-08 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

6. COnSIdEraçõES quantO aO ICMS

Os contribuintes deverão observar a legislação do ICMS vigente no Estado onde se realizar a ope-ração, em especial quanto à emissão de nota fiscal de devolução simbólica, no último dia de cada mês, das mercadorias efetivamente utilizadas ou consumi-

das no processo industrial, além da possibilidade de aplicação dos procedimentos previstos no Protocolo ICMS nº 52/2000 nas operações interestaduais, pelas Unidades da Federação signatárias.

(Protocolo ICMS nº 52/2000)

N

5.5 devolução simbólica

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19-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a Estadual

ICMS

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) SUMÁRIO 1. Introdução 2. Definição 3. Autenticidade, integridade e autoria 4. Obrigatoriedade 5. Dispensa 6. Credenciamento 7. Descredenciamento 8. Emissão 9. Papel destinado à impressão de livro, jornal ou

periódico 10. Cupom Fiscal 11. Inutilização de formulários 12. Transferência de crédito fiscal 13. Possibilidade de utilização por contribuintes que

também estejam sujeitos ao ISS 14. Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2 15. Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) 16. Carta de Correção Eletrônica (CC-e) 17. Cancelamento e inutilização 18. Obrigações do emitente e do destinatário 19. Livros Registro de Entradas e Registro de Saídas 20. Regimes especiais

1. IntrOduçãO

Com o objetivo de implantar um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que substitua a sis-temática atual de emissão de documento fiscal em papel, com validade jurídica garantida pela assina-tura digital do remetente, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das opera-ções comerciais pelo Fisco, foi instituída a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), por meio do Ajuste Sinief nº 7/2005, o qual foi aprovado no Estado de São Paulo por meio do Decreto nº 50.110/2005.

Neste texto, examinaremos as principais dispo-sições sobre a NF-e nos termos da Portaria CAT nº 162/2008 e com base em outros dispositivos que serão indicados no transcorrer do texto.

2. dEFInIçãO

Considera-se NF-e o documento emitido e arma-zenado eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar operações e prestações, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e Autorização de Uso pela admi-

nistração tributária da Unidade da Federação do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador.

(Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusula primeira, § 1º; RICMS--SP/2000, art. 212-O, item I, § 3º, itens 1 a 4)

3. autEntICIdadE, IntEgrIdadE E autOrIa

A sua autenticidade, integridade e autoria são garantidas pela assinatura digital do seu respectivo arquivo, gerada com base em certificado digital expe-dido em nome do contribuinte emitente.

(RICMS-SP/2000, art. 212-O, § 3º, item 2)

4. OBrIgatOrIEdadE

Diversos contribuintes estabelecidos no Estado de São Paulo estão obrigados a emissão da NF-e, modelo 55, em substituição à emissão dos seguintes documentos fiscais:

a) Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A;b) Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e), quando o Sis-

tema de Autenticação e de Transmissão de Cupom Fiscal Eletrônico (SAT-CF-e) ficar ino-perante em razão das situações de contingên-cia previstas na disciplina a ser estabelecida pela Secretaria da Fazenda;

c) Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, quando o contribuinte estiver inscrito no Cadastro Nacio-nal de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Observa-se que foram estabelecidos prazos variados para a mencionada obrigatoriedade que se iniciou em 1º.04.2008 e, posteriormente a essa data, muitos outros contribuintes já tiveram sua obrigatorie-dade estabelecida. Nesse sentido, estão obrigados à referida emissão os contribuintes que:

a) exerçam as atividades relacionadas no Anexo I da Portaria CAT nº 162/2008;

b) estiverem enquadrados nos códigos da Clas-sificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) relacionados no Anexo II da Portaria CAT nº 162/2008, bem como em outras CNAE que vierem a ser criadas para identificar as ati-vidades relacionadas nesse Anexo;

Nota

De acordo com entendimento firmado pela Decisão Normativa CAT nº 5/2010, no caso de um estabelecimento se enquadrar em qualquer uma das hipóteses descritas nas letras “a” (relação de atividades) ou “b” (Classifica-ção Nacional de Atividades Econômicas - CNAE), todos os outros estabele-cimentos do mesmo titular também estarão obrigados à emissão da NF-e.

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19-10 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

c) independentemente da atividade econômica exercida, desde 1º.12.2010, realizarem opera-ções:c.1) destinadas a administração pública dire-

ta ou indireta, inclusive empresa pública e sociedade de economia mista, de qual-quer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

c.2) cujo destinatário localizado em outra Uni-dade da Federação; e

c.3) de comércio exterior.

Quando a obrigatoriedade de emissão da NF-e for prevista expressamente para importador, que não se enquadre em outra hipótese de obrigatoriedade, ficará ela restrita à operação de importação.

Nota

A Decisão Normativa CAT nº 17/2009 aprova entendimento no sentido de que compete ao contribuinte verificar se as atividades que desenvolve estão ou não relacionadas nos Anexos I e II da Portaria CAT nº 162/2008.

(RICMS-SP/2000, art. 212-O, § 3º, 3; Portaria CAT nº 162/2008, art. 7º, caput e § 3º, 2; Decisão Normativa CAT nº 17/2009; Decisão Normativa CAT nº 5/2010)

4.1 desde 1º.01.2014

Conforme anteriormente mencionado, com exce-ção das hipóteses de inaplicabilidade de emissão da NF-e, as quais serão vistas no item 5, estão obrigados à referida emissão, desde 1º.01.2014, relativamente ao descrito na letra “c” do item 4, os contribuintes que tenham sua atividade principal enquadrada em um dos códigos da CNAE indicados a seguir:

a) 4618-4/03 - Representantes comerciais e agentes do comércio de jornais, revistas e ou-tras publicações;

c) 4618-4/99 - Outros representantes comerciais e agentes do comércio especializado em pro-dutos não especificados anteriormente; e

d) 4647-8/02 - Comércio atacadista de livros, jor-nais e outras publicações.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 35, IX e Anexo II)

4.2 Esclarecimentos

O Comunicado CAT nº 34/2009 esclarece sobre o cronograma de obrigatoriedade de emissão de NF-e, no sentido de que os critérios para o estabelecimento da obrigatoriedade, instituídos pelo Protocolo ICMS nº 10/2007 e pelo Protocolo ICMS nº 42/2009, são distintos.

O Protocolo ICMS nº 10/2007 leva em considera-ção a atividade exercida pelo contribuinte em cada estabelecimento, independentemente da CNAE e

do percentual que essa atividade representa em seu faturamento.

O fato de exercer atividade relacionada no Pro-tocolo ICMS nº 10/2007 obriga o estabelecimento à emissão de NF-e a partir das datas previstas neste protocolo e, como regra geral, veda a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em papel.

O Protocolo ICMS nº 42/2009, por sua vez, consi-dera a CNAE principal ou secundária de qualquer esta-belecimento do contribuinte, aplicando-se àqueles que não foram abrangidos pelo Protocolo ICMS nº 10/2007.

Em resumo, caso o contribuinte exerça alguma atividade relacionada no Protocolo ICMS nº 10/2007, ainda que sua CNAE esteja relacionada no Protocolo ICMS nº 42/2009, estará obrigado à emissão de NF-e conforme as datas estabelecidas no Protocolo ICMS nº 10/2007 e implementadas pela Portaria CAT nº 162/2008 em seus Anexos I e II.

(Protocolo ICMS nº 10/2007; Protocolo ICMS nº 42/2009; Portaria CAT nº 162/2008, Anexos I e II; Comunicado CAT nº 34/2009)

5. dISPEnSa

Foram vistas no item 4 as hipóteses de obrigato-riedade de emissão da NF-e.

Entretanto, essa obrigatoriedade não se aplica:

a) ao estabelecimento onde não se pratique, nem se tenha praticado nos últimos 12 meses, as atividades previstas no Anexo I da Portaria CAT nº 162/2008, ainda que a atividade seja realizada em outro estabelecimento do mes-mo titular, desde que o contribuinte não esteja obrigado conforme descrito no item 4;

b) à saída de mercadoria remetida sem destinatá-rio certo, por meio de veículo ou qualquer ou-tro meio de transporte, para a realização de operação fora do estabelecimento (art. 434 do RICMS-SP/2000), desde que, cumulativamente:b.1) seja lavrado termo no livro Registro de

Utilização de Documentos Fiscais e Ter-mos de Ocorrência, modelo 6, informan-do que as operações praticadas enqua-dram-se nesta hipótese de dispensa de emissão de NF-e e indicando a série ou as séries que serão utilizadas para as no-tas fiscais, emitidas por ocasião das en-tregas efetuadas;

b.2) sejam emitidas NF-e por ocasião da re-messa da mercadoria para venda fora do estabelecimento e por ocasião do retor-

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19-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

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no do veículo, relativamente às mercado-rias não entregues;

b.3) quando emitida, no ato da entrega de mercadoria objeto de operação realizada fora do estabelecimento, Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, conste, entre os demais requisitos legais, no campo “Informações Complementares”, a série e o número da NF-e emitida conforme a letra “b.2”;

c) ao fabricante de aguardente (cachaça) ou de vinho, enquadrado nos códigos das CNAE 1111-9/01,1111-9/02 ou 1112-7/00, que tenha auferido receita bruta, no exercício anterior, in-ferior a R$ 360.000,00;

d) na entrada de sucata de metal, com peso in-ferior a 200 kg, adquirida de particulares, in-clusive catadores, desde que, ao final do dia, seja emitida NF-e englobando o total das en-tradas ocorridas;

e) ao microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar fe-deral nº 123/2006;

f) nas operações realizadas por estabelecimen-to de contribuinte exclusivamente varejista com destinatário localizado em outra Unidade da Federação, abrangidas pelos CFOP 6.201, 6.202, 6.208, 6.209, 6.210, 6.410, 6.411, 6.412, 6.413, 6.503, 6.553, 6.555, 6.556, 6.661, 6.903, 6.910, 6.911, 6.912, 6.913, 6.914, 6.915, 6.916, 6.918, 6.920, 6.921;

g) na operação interna, para acobertar o trânsito de mercadoria remetida por pessoa não obri-gada à emissão de documento fiscal, situação em que a NF-e deverá ser emitida no momento da real entrada da mercadoria no estabeleci-mento destinatário;

h) na operação de saída destinada à administra-ção pública, desde que, cumulativamente:

h.1) o destinatário esteja localizado neste Es-tado;

h.2) a operação seja realizada fora do esta-belecimento; e

h.3) sejam adotados os procedimentos des-critos na letra “b”.

Nas hipóteses de dispensa da emissão da NF-e, o contribuinte deverá consignar no corpo da nota fiscal, no campo “Informações Complementares”, a expres-são “Dispensado de emissão de NF-e - Portaria CAT 162/2008 - artigo 7º - Hipótese ‘-’”.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 7º, § 4º)

6. CrEdEnCIaMEntO

Para a emissão de NF-e, os contribuintes deverão solicitar credenciamento de seus estabelecimentos.

O credenciamento poderá ser voluntário, quando solicitado pelo contribuinte, ou de ofício, quando efetuado pela Secretaria da Fazenda.

O estabelecimento será considerado credenciado a partir da primeira das seguintes datas:

a) de produção de efeitos do ato de credencia-mento, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo;

b) de habilitação do estabelecimento no ambien-te de produção da NF-e; e

c) de concessão de Autorização de Uso da NF-e pela Secretaria da Fazenda.

O credenciamento poderá ser alterado, cassado ou revogado, a qualquer tempo, no interesse da administração tributária, mediante publicação de ato no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

O contribuinte credenciado deverá observar, no que couberem, as disposições relativas à emissão de documentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados, nos termos da Portaria CAT nº 32/1996.

(Portaria CAT nº 162/2008, arts. 2º e 7º, § 1º)

6.1 Credenciamento voluntário

Na hipótese de credenciamento voluntário, o contribuinte deverá:

a) ter acesso ao ambiente de testes da NF-e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo:a.1) acessar o sistema de credenciamento dis-

ponível na Internet, no site www.fazenda.sp.gov.br/nfe/ - opção “Credenciamento”;

a.2) preencher, para cada estabelecimento, os dados solicitados no formulário eletrô-nico, indicando endereço de correio ele-trônico para receber mensagens sobre seu pedido de credenciamento;

b) solicitar o credenciamento como emissor de NF-e:b.1) ter completado as etapas descritas na le-

tra “a”;b.2) acessar o sistema de credenciamento

disponível na Internet, no site www.fa-zenda.sp.gov.br/nfe/ - opção “Creden-ciamento”, e acionar a funcionalidade

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19-12 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

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“Credenciamento para emitir NF-e em produção’”.

O contribuinte credenciado poderá, a qualquer tempo, solicitar o credenciamento de outros estabele-cimentos de sua titularidade, localizados em território paulista, mediante o procedimento exigido para esta finalidade, descritos nas letras “a” e “b” anteriores.

O contribuinte, em relação ao estabelecimento credenciado à emissão da NF-e, deverá emitir esse documento em substituição a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em todas as situações, observadas as exceções previstas nos itens 4 e 5, ficando vedada a emissão da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, a partir da ocorrência da primeira das seguintes datas:

a) 1º dia do 3º mês subsequente ao mês de seu credenciamento;

b) início da obrigatoriedade de emissão de NF-e.

Tratando-se de estabelecimento de produtor rural, a NF-e deverá ser emitida em substituição à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, nas operações em que o destinatário esteja localizado em outra Unidade da Federação, ficando vedada a emissão da Nota Fiscal de Produtor nessa hipótese, a partir do 1º dia do 3º mês subsequente ao mês de seu credenciamento.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 3º)

6.2 Credenciamento de ofício

Na hipótese do credenciamento de ofício, a Se-cretaria da Fazenda:

a) expedirá o Ato de Credenciamento e Obriga-toriedade de Emissão de NF-e, que conterá:a.1) a relação dos estabelecimentos creden-

ciados a emitir NF-e;a.2) a data a partir da qual deverão ser emiti-

das NF-e;a.3) o critério utilizado para a determinação

da obrigatoriedade de emissão da NF-e; b) efetuará o credenciamento do contribuinte no

momento em que constatar que pelo menos um de seus estabelecimentos localizados nes-te Estado está sujeito à obrigatoriedade, tendo em vista as informações constantes no Cadas-tro de Contribuintes do ICMS, mediante a ha-bilitação no ambiente de produção da NF-e, independentemente de publicação do ato no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Observa-se que o fato de a Secretaria da Fazenda não efetuar o credenciamento de ofício não

elide a obrigação do contribuinte de providenciar seu credenciamento conforme descrito no subitem 6.1, quando a legislação lhe impuser a obrigatoriedade de emissão de NF-e em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 4º)

7. dESCrEdEnCIaMEntO

O contribuinte credenciado poderá solicitar o descredenciamento, desde que o respectivo estabe-lecimento não se encontra sujeito à emissão obriga-tória da NF-e, mediante utilização da funcionalidade de solicitação de descredenciamento disponível no sistema da NF-e.

A solicitação de descredenciamento será consi-derada deferida com a exclusão do estabelecimento da relação de estabelecimentos credenciados, a qual poderá ser consultada por meio da Internet, no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br/nfe. O deferimento do pedido será informado ao requerente por meio eletrônico.

Entretanto, o contribuinte que solicitou o descre-denciamento não poderá solicitar novo credencia-mento antes de decorrido o prazo de 180 dias, con-tados da data do deferimento do descredenciamento, salvo se estiver sujeito à obrigatoriedade de emissão da NF-e, hipótese em que deverá providenciar o seu credenciamento voluntário se ainda não tiver sido credenciado de ofício.

(Portaria CAT nº 162/2008, arts. 5º e 6º)

8. EMISSãO

8.1 Forma de emissão

A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012, o qual aprova o Manual de Orientação do Contribuinte da NF-e, versão 5.0.

O Manual de Integração está disponível na página do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) na Internet, no endereço eletrônico www.fazenda.gov.br/confaz, identificado como Manual de Orientação do Contribuinte.

A NF-e deverá ser emitida conforme o referido leiaute, observadas as seguintes formalidades:

a) o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language);

b) a numeração será sequencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série,

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19-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

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devendo ser reiniciada quando atingido esse limite;

c) conterá um código numérico gerado pelo emi-tente, que comporá a chave de acesso de sua identificação;

d) será assinada pelo emitente, com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasi-leira (ICP-Brasil), contendo o CNPJ de qual-quer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital;

e) a identificação das mercadorias comercializa-das com o correspondente código da Nomen-clatura Comum do Mercosul (NCM), nas ope-rações realizadas por estabelecimento indus-trial ou equiparado a industrial e de comércio exterior, devendo nas demais operações ser indicado o respectivo capítulo da NCM; a par-tir de 1º.07.2014, a obrigação da indicação do código da NCM completo (8 dígitos) se aplica-rá a todos os contribuintes emitentes da NF-e.

Para a emissão da NF-e, o contribuinte poderá utilizar software desenvolvido ou adquirido por ele ou, ainda, utilizar o software disponibilizado pela Secretaria da Fazenda, no site www.fazenda.sp.gov.br/nfe, bem como adotar séries distintas, observado o disposto no art. 196 do RICMS-SP/2000, mediante lavratura de termo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6.

As séries serão designadas por algarismos ará-bicos, em ordem crescente, vedada a utilização de subsérie.

Antes de conceder a Autorização de Uso, a Se-cretaria da Fazenda analisará, no mínimo, o seguinte:

a) a situação cadastral do emitente e do destina-tário;

b) o credenciamento do emitente para emissão do documento fiscal;

c) a autoria da assinatura do arquivo digital;d) a integridade do arquivo digital;e) a observância do leiaute do arquivo digital na

forma do Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012;f) a numeração da NF-e.

Após análise, a Secretaria da Fazenda comuni-cará ao emitente, alternativamente:

a) a concessão da Autorização de Uso da NF-e;b) a denegação da Autorização de Uso da NF-e

devido à irregularidade cadastral do emitente ou do destinatário;

Nota

O Comunicado CAT nº 6/2012 esclarece que, para que não ocorra a denegação, o destinatário paulista deverá se enquadrar em alguma das se-guintes situações no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CADESP):

a) “ativa”;

b) outra situação cadastral que seja compatível com a realização de operações de aquisição de mercadorias, tais como:

b.1) “suspensa” em razão de existir processo em tramitação para baixa da inscrição estadual; em razão de inatividade presumi-da passível de cassação; ou em razão de se estar aguardando registro junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP) ou Departa-mento Nacional de Produção Mineral (DNPM);

b.2) “baixada” por ter havido encerramento da inscrição cadastral neste Estado em razão de enquadramento do contribuinte em regime especial de inscrição única.

Não haverá denegação se o destinatário estiver desobrigado de ins-crição no CADESP.

c) a rejeição do arquivo digital da NF-e devido a:c.1) falha na recepção ou no processamento

do arquivo; c.2) falha no reconhecimento da autoria ou da

integridade do arquivo digital; c.3) não credenciamento do emitente para

emissão de NF-e; c.4) duplicidade do número da NF-e; c.5) falha na leitura do número da NF-e; c.6) outras falhas no preenchimento ou no

leiaute do arquivo digital da NF-e.

Após a concessão da Autorização de Uso, a NF-e não poderá ser alterada, devendo eventuais erros ser sanados por meio de Carta de Correção Eletrônica (CC-e).

Na hipótese de denegação da Autorização de Uso, o arquivo digital transmitido ficará arquivado na Secretaria da Fazenda para consulta, identificado como “Denegada a Autorização de Uso”, e não será possível a correção da irregularidade e a solicitação de nova Autorização de Uso para NF-e de mesmo número.

No caso de rejeição, o arquivo digital rejeitado não será arquivado na Secretaria da Fazenda para consulta, e o emitente poderá transmitir, novamente, o arquivo digital da NF-e nos casos descritos nas letras “c.1”, “c.2” e “c.5”.

A comunicação da Secretaria da Fazenda será efetuada pela Internet, mediante protocolo disponi-bilizado ao emitente ou a terceiro por ele autorizado, contendo, conforme o caso, o número do protocolo, a chave de acesso, o número da NF-e ou a data e a hora do recebimento da solicitação de Autorização de Uso da NF-e.

Nas hipóteses das letras “b” e “c”, o protocolo conterá também informações sobre o motivo pelo qual a Autorização de Uso não foi concedida.

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19-14 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

Considera-se emitida a NF-e no momento em que for concedida a respectiva Autorização de Uso, a qual não implica validação das informações conti-das nesse documento fiscal e a identifica de forma única por meio do CNPJ do emitente, número, série e ambiente de autorização.

Ainda que formalmente regular, não será con-siderado documento fiscal idôneo a NF-e que tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro que implique, mesmo que a terceiro, o não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.

A transmissão do arquivo digital da NF-e deverá ser efetuada pela Internet, com protocolo de segu-rança ou criptografia, mediante utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou do software disponibilizado pela Secretaria da Fazenda. Com a transmissão do arquivo digital, fica solicitada a Autorização de Uso.

O emitente da NF-e deverá encaminhar ou dispo-nibilizar download do arquivo da NF-e e seu respec-tivo protocolo de Autorização de Uso ao destinatário e ao transportador contratado, imediatamente após o recebimento desta autorização conforme padrão estabelecido em Ato Cotepe/ICMS.

(RICMS-SP/2000, art. 196; Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusu-las terceira, quinta e sexta; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012; Porta-ria CAT nº 162/2008, arts. 9º a 13)

9. PaPEl dEStInadO à IMPrESSãO dE lIVrO, jOrnal Ou PErIódICO

A Portaria CAT nº 14/2010 disciplina o reconheci-mento da não incidência do imposto nas operações com papel destinado à impressão de livro, jornal ou periódico e institui o Sistema de Reconhecimento e Controle das Operações com o Papel Imune (Recopi).

Na hipótese em que a operação seja acober-tada por NF-e, modelo 55, sem prejuízo dos demais requisitos previstos na legislação, em se tratando de contribuinte que emita esse documento por meio de:

a) “Emissor Gratuito de NF-e”, disponível para download no site http://www.emissornfe.fazen-da.sp.gov.br/, observar o seguinte:

a.1) no campo “Nome do Campo” da subpas-ta “Observações do Contribuinte” da pasta “Informações Adicionais”, a ex-pressão “RECOPI”;

a.2) no campo “Observação” da subpasta “Observações do Contribuinte” da pasta “Informações Adicionais”, o número de

registro de controle da operação gerado pelo Sistema Recopi;

a.3) no campo “Código” da subpasta “Da-dos” da pasta “Produtos e Serviços”, o código do correspondente tipo de papel informado, nos termos do Anexo I da Por-taria CAT nº 14/2010;

b) software próprio, a emissão será efetuada da seguinte forma:

b.1) no campo Z05 (xCampo) do subgrupo Z04 (obsCont) do grupo Z (Informações Adicionais da NF-e), com a expressão “RECOPI”;

b.2) no campo Z06 (xTexto) do subgrupo Z04 (obsCont) do grupo Z (Informações Adi-cionais da NF-e), com o número de regis-tro de controle da operação gerado pelo Sistema Recopi;

b.3) no campo I05 (NCM), do subgrupo I04 (xProd), do grupo I (Produtos e Serviços da NF-e), o código da NCM com 8 po-sições, do correspondente tipo de papel informado, nos termos do Anexo I da Por-taria CAT nº 14/2010.

(Portaria CAT nº 14/2010, art. 11, parágrafo único, e art. 16)

10. CuPOM FISCal

É vedada a emissão de Cupom Fiscal por meio de equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) nas ope-rações com valores superiores a R$ 10.000,00, caso em que deverá ser emitida a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.

Também nas seguintes operações fica dispensada a emissão de Cupom Fiscal, devendo, em substituição, ser emitida a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou a NF-e:

a) operações com veículos sujeitos a licencia-mento por órgão oficial;

b) operações realizadas fora do estabelecimento; e

c) operações com mercadorias e prestações de serviços em que o destinatário ou o tomador do serviço seja órgão da administração pública.

(RICMS-SP/2000, art. 135, §§ 7º e 8º)

11. InutIlIzaçãO dE FOrMulárIOS

Até o 15º dia após o início da obrigatoriedade de emissão de NF-e, o contribuinte deverá:

a) inutilizar os formulários fiscais de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, não utilizados;

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19-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

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b) elaborar, em 2 vias, comunicação ao posto fis-cal de sua vinculação, contendo:

b.1) o nome e os números de inscrição, esta-dual e no CNPJ;

b.2) a seguinte declaração: “Declaro que fo-ram inutilizados os impressos de nota fiscal relacionados, conforme a Portaria CAT nº 162/2008, estando ciente de que, na eventual utilização indevida desses impressos, poderei ser responsabilizado solidariamente nos termos do art. 9º da Lei nº 6.374/1989”;

b.3) as séries dos impressos de documentos fiscais inutilizados;

b.4) o primeiro e o último número dos impres-sos de cada série;

b.5) a data, o nome e a qualificação do signa-tário; e

c) apresentar a comunicação ao posto fiscal, que deverá estar acompanhada do documento que confira poderes ao signatário.

O posto fiscal, após a conferência formal da comu-nicação a que se refere a letra “b”, providenciará:

a) o protocolo nas 2 vias e a devolução da 2ª via ao contribuinte, devendo, na hipótese de irre-gularidade, descrevê-la no verso das 2 vias;

b) o arquivamento da 1ª via na pasta prontuário junto com a procuração, se houver.

Em caso de constatação de irregularidade pelo posto fiscal, o contribuinte deverá saná-la no prazo de 7 dias contados da ciência do fato.

Nota

O procedimento descrito neste item não se aplica às hipóteses de dis-pensa da obrigatoriedade de emissão de NF-e previstas nos itens 2 e 3 do § 3º e no § 4º do art. 7º da Portaria CAT nº 162/2008 (ver item 5).

(Portaria CAT nº 162/2008, arts. 7º e 8º)

12. tranSFErênCIa dE CrédItO FISCal

A Portaria CAT nº 82/2008 dispõe sobre os pro-cedimentos para transferência de crédito do ICMS, mediante utilização de NF-e.

A transferência de crédito do ICMS prevista por uma das hipóteses do art. 70 do RICMS-SP/2000, quando realizada pelo contribuinte obrigado à emis-são de NF-e, será efetuada na forma da mencionada Portaria, utilizando-se a expressão “Transferência de Crédito do ICMS - Art. 70, inciso...”.

A indicação do número do processo que autorize a transferência deverá constar no campo “Informações Complementares de Interesse do Contribuinte” da NF-e e ser impressa em “Dados Adicionais” do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) correspondente.

O contribuinte que não esteja sujeito à obrigato-riedade da emissão da NF-e poderá optar por esta para transferência de crédito de ICMS, nos termos da Portaria CAT nº 82/2008, observada a legislação perti-nente à transferência de crédito do ICMS, prevista no art. 70 do RICMS-SP/2000.

(Portaria CAT nº 82/2008)

13. POSSIBIlIdadE dE utIlIzaçãO POr COntrIBuIntES quE taMBéM EStEjaM SujEItOS aO ISS

O Comunicado CAT nº 56/2008 esclarece sobre a possibilidade de utilização da NF-e nas hipóteses em que a atividade exercida pelo contribuinte do ICMS também esteja sujeita à incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS).

Nesse sentido, o art. 41 da Portaria CAT nº 162/2008 estabelece que na hipótese em que o con-tribuinte credenciado a emitir NF-e exerça atividade sujeita à incidência do ISS poderá utilizar os campos da NF-e relativos ao imposto, desde que a legislação municipal assim lhe permita.

O emitente deverá disponibilizar o arquivo digital da NF-e ou o respectivo Danfe à administração tribu-tária municipal, conforme o disposto na respectiva legislação.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 41; Comunicado CAT nº 56/2008)

14. nOta FISCal dE VEnda a COnSuMIdOr, MOdElO 2

O art. 132-A do RICMS-SP/2000 estabelece que, ressalvada a hipótese do art. 132 (emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, por meio de ECF), nas demais hipóteses previstas na legislação tais como não obrigatoriedade de uso de ECF ou na impossibilidade de seu uso, poderá ser emitida nas vendas à vista a pessoa natural ou jurídica não contribuinte do imposto, em que a mercadoria seja retirada pelo comprador ou por este consumida no próprio estabelecimento, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2:

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19-16 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

a) mediante utilização de impressos fiscais na forma de talonário, formulário contínuo ou jo-gos soltos, observado o disposto no art. 212-P do RICMS-SP/2000, que trata do registro ele-trônico desse documento fiscal;

b) por meio eletrônico, na forma prevista no § 4º do art. 212-O do RICMS-SP/2000.

Saliente-se que é vedada a emissão da nota fiscal de venda a consumidor nas operações com valores acima de R$ 10.000,00, hipótese em que deverá ser emitida a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou a NF-e, modelo 55 e também em estabelecimento ao qual não se aplica a obrigatoriedade de uso de equipamento ECF.

(RICMS-SP/2000, art. 132-A)

15. dOCuMEntO auxIlIar da nOta FISCal ElEtrônICa (danFE)

Para acompanhar a mercadoria no seu transporte, o contribuinte credenciado deverá emitir o Danfe, que:

a) deverá observar o leiaute estabelecido pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012;

b) deverá ser impresso de modo que não pre-judique a leitura das informações nele conti-das, em papel comum, exceto papel jornal, de tamanho mínimo A4 (210 x 297 mm) e máxi-mo ofício (230 x 330 mm), podendo ser utili-zadas folhas soltas, Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Do-cumento Fiscal Eletrônico (FS-DA), formulário contínuo, ou formulário pré-impresso;

c) deverá conter código de barras, conforme padrão definido pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012;

d) poderá conter outros elementos gráficos, desde que não prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico; e

e) deverá refletir o conteúdo dos campos do ar-quivo da NF-e; e

f) deverá conter o número de protocolo emitido pela Secretaria da Fazenda por ocasião da concessão da Autorização de Uso da NF-e, ressalvadas as hipóteses de emissão em con-tingência previstas nos incisos II e III do art. 20 da Portaria CAT nº 162/2008.

Quando a impressão do Danfe for feita em Formu-lário de Segurança para Impressão de FS-DA, deverá ser observado o disposto em disciplina específica.

O Danfe somente poderá ser utilizado para acom-panhar a mercadoria em trânsito após a concessão

da Autorização de Uso da NF-e, ou, quando em decorrência de problemas técnicos, para transmitir Declaração Prévia de Emissão em Contingência (DPEC) (NF-e), ou para a sua impressão em FS-DA.

Este documento poderá ser utilizado, ainda, para consulta relativa à NF-e e deverá conter a expressão “Danfe”, sendo vedada a utilização da expressão “Nota Fiscal”.

O Danfe poderá ser impresso em uma única cópia para acompanhar o trânsito de mercadorias.

Ainda que formalmente regular, não será conside-rado idôneo o Danfe se for emitido ou utilizado com dolo, fraude, simulação ou erro que implique, mesmo que a terceiro, o não pagamento do imposto ou qual-quer outra vantagem indevida.

A aposição de carimbos no Danfe, quando do trânsito da mercadoria, deverá ser feita em seu verso.

Poderão ser impressas, no verso do Danfe, infor-mações complementares de interesse do emitente, hipótese em que deverá ser reservado espaço de, no mínimo, 10 x 15 cm, em qualquer sentido, para a aposição de carimbos.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 14)

15.1 Formulário de segurança

Nota

A Portaria CAT nº 183/2010 dispõe sobre o Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA).

É permitida, ao contribuinte que possua mais de um estabelecimento neste Estado, a utilização de Formulários de Segurança (FS), com numeração tipo-gráfica única nesses estabelecimentos, desde que:

a) o estabelecimento adquirente do FS relacione no verso do Pedido de Aquisição de Formulá-rio de Segurança (PAFS), por ocasião da aqui-sição, os estabelecimentos e a quantidade de formulários de segurança que cada um deles receberá e, previamente à sua distribuição, lavre termo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6, com as seguintes informações:

a.1) o CNPJ, a inscrição estadual e o ende-reço do estabelecimento recebedor dos formulários de segurança;

a.2) a numeração e a série dos formulários de segurança distribuídos;

a.3) a numeração e a série dos formulários de segurança para uso próprio; e

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19-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a.4) o número do PAFS correspondente;b) o estabelecimento recebedor do FS lavre ter-

mo no livro modelo 6, com as seguintes infor-mações:b.1) o CNPJ, a inscrição estadual e o endereço

do estabelecimento adquirente dos formu-lários de segurança junto ao fabricante;

b.2) a numeração e a série dos formulários de segurança recebidos; e

b.3) o número do PAFS correspondente.

Os formulários de segurança poderão ser redis-tribuídos entre os estabelecimentos do mesmo titular neste Estado, de forma diversa daquela indicada no verso do PAFS correspondente, desde que:

a) seja comunicado o posto fiscal que deferiu o PAFS;

b) todos os estabelecimentos envolvidos, ou seja, adquirente do formulário de segurança junto ao fabricante, redistribuídos e recebedor lavrem termo no livro modelo 6, com as se-guintes informações:b.1) o CNPJ, a inscrição estadual e o endere-

ço dos estabelecimentos envolvidos;b.2) a série e a numeração dos formulários de

segurança redistribuídos; eb.3) o número do PAFS correspondente.

O contribuinte credenciado à emissão de do-cumento fiscal eletrônico poderá imprimir o respectivo documento auxiliar em impresso fiscal denominado Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), obser-vadas as disposições da Portaria CAT nº 183/2010.

Para fins de utilização do formulário de segurança, são documentos fiscais eletrônicos:

a) Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55; eb) Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),

modelo 57.

O FS-DA deverá ser utilizado exclusivamente para a impressão dos documentos auxiliares relacionados aos referidos documentos fiscais eletrônicos.

Observe-se que o estabelecimento gráfico locali-zado neste Estado, credenciado a fabricar impressos destinados à emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em formulário contínuo, fica credenciado como distribuidor de FS-DA.

Para aquisição de FS-DA, o adquirente (contri-buinte credenciado a emitir documento fiscal eletrô-nico) e o estabelecimento gráfico distribuidor deverão:

a) acessar o Sistema de Pedido para Aquisição de Formulário de Segurança - Sistema PAFS, por meio da opção “FS-DA”, disponível na In-ternet, no site www.fazenda.sp.gov.br/nfe;

b) informar o fornecedor e a quantidade de FS--DA que pretende adquirir; e

c) fazer o pedido de aquisição do FS-DA.

Antes do fornecimento de FS-DA, o fabricante e o distribuidor de FS-DA deverão, por meio do Sistema PAFS:

a) verificar a existência de solicitação de FS-DA com situação “Autorizada” pela Secretaria da fazenda, sem o que o FS-DA não poderá ser fornecido;

b) verificar a identificação do adquirente;

c) inserir a quantidade, série e numeração inicial e final dos FS-DA a serem fornecidos; e

d) inserir os dados referentes à documentação fiscal que acobertar a operação.

Será considerada concluída a aquisição do formulário quando o fornecedor informar, no Sistema PAFS, a numeração dos FS-DA que serão entregues.

Após o fornecimento de FS-DA, o fabricante e o distribuidor deverão, por meio do Sistema PAFS, confirmar a entrega dos referidos formulários.

Presume-se adquirido o FS-DA cuja informação de entrega constar no Sistema PAFS.

Havendo divergência de dados relativamente à efetiva aquisição do FS-DA, no prazo de 10 dias con-tados da data que o fornecedor informar, no Sistema PAFS, a numeração dos FS-DA que serão entregues, deverá:

a) o adquirente devolver todos os FS-DA adquiri-dos pelo Pedido para Aquisição de Formulário de Segurança (PAFS) cujos dados estejam di-vergentes das informações prestadas pelo for-necedor, acompanhados de carta que escla-reça a divergência e que indique o documento fiscal referente à aquisição;

b) o fornecedor protocolar, junto ao posto fiscal de vinculação, pedido para anulação do res-pectivo pedido no Sistema PAFS, acompanha-do de:

b.1) cópia da carta do adquirente referida na letra “a”;

b.2) indicação das chaves de acesso da NF-e ou cópias das Notas Fiscais, modelo 1 ou

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19-18 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

1-A, emitidas por ocasião da saída e da devolução dos formulários; e

b.3) declaração, assinada por seu represen-tante legal, de que todos os formulários correspondentes ao PAFS já se encon-tram em sua posse.

O estabelecimento de contribuinte credenciado a emitir documento fiscal eletrônico que optar pela utilização de FS-DA deverá:

a) antes de cada aquisição, informar, por meio do Sistema PAFS, a faixa de numeração de FS--DA que foi utilizada mensalmente; e

b) adquiri-lo junto a fabricante ou distribuidor cre-denciado pela Secretaria da Fazenda.

O contribuinte credenciado a emitir documento fiscal eletrônico poderá utilizar FS-DA em todos os seus estabelecimentos localizados no Estado de São Paulo, desde que, previamente à transferência dos formulários, por meio do Sistema PAFS, indique:

a) os estabelecimentos envolvidos na transferên-cia de FS-DA; e

b) a numeração e série dos FS-DA transferidos.

Na hipótese de fusão ou incorporação, o novo titular do estabelecimento poderá utilizar os FS-DA adquiridos desde que comunique o posto fiscal de sua vinculação.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 38; Portaria CAT nº 183/2010)

15.1.1 utilização de FS em substituição ao FS-da

O Formulário de Segurança (FS) adquirido con-forme o disposto na Portaria CAT nº 32/1996, na Por-taria CAT nº 104/2007 ou na forma do art. 37 da Portaria CAT nº 162/2008, poderá ser utilizado em substituição ao Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), para impressão do Danfe, desde que:

Notas

(1) A Portaria CAT nº 104/2007 foi revogada pela Portaria CAT nº 162/2008, com efeitos desde 1º.01.2009.

(2) A Portaria CAT nº 32/1996 dispõe sobre a emissão de documentos fiscais e a escrituração de livros fiscais por contribuinte usuário de sistema eletrônico de processamento de dados.

a) atenda ao disposto no art. 15 da Portaria CAT nº 32/1996, o qual dispõe sobre a impressão e emissão simultânea de documentos fiscais por contribuinte usuário de sistema eletrônico de processamento de dados, mediante regime especial, hipótese em que será denominado impressor autônomo;

b) atenda ao leiaute previsto em Ato Cotepe que discipline FS;

c) seja de tamanho mínimo A4 (210 x 297 mm);d) o documento fiscal emitido contenha a expres-

são “Danfe”, sendo vedada a utilização da ex-pressão “Nota Fiscal”;

e) seja lavrado, previamente, termo no livro mo-delo 6, contendo as informações de numera-ção e série dos formulários e, quando se tratar de formulários de segurança obtidos por regi-me especial, na condição de impressor autô-nomo, a data da opção pela nova finalidade; e

f) sejam observadas, no que couber, as demais disposições relativas ao FS-DA.

A opção pela utilização dos formulários de segu-rança na forma anteriormente descrita é irretratável.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 36)

15.2 Venda fora do estabelecimento - danfe Simplificado

Nas operações de saída de mercadorias reme-tidas sem destinatário certo para a realização de operações fora do estabelecimento, de que trata o art. 434 do RICMS-SP/2000, quando o contribuinte optar por emitir NF-e em cada venda ocorrida fora do estabelecimento, o Danfe poderá ser impresso em tamanho igual ou inferior ao A4 (210 x 297 mm), em qualquer tipo de papel, exceto papel jornal, caso em que será denominado “Danfe Simplificado”, devendo ser observado leiaute definido em Ato Cotepe.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 16)

15.3 Problemas técnicos

Quando em decorrência de problemas técnicos não for possível transmitir o arquivo digital da NF-e à Secretaria da Fazenda ou obter resposta à solicitação de Autorização de Uso da NF-e, o contribuinte poderá operar em contingência, hipótese em que deverá ser gerado outro arquivo digital, conforme definido em Ato Cotepe, e adotada uma das seguintes providências:

a) transmitir o arquivo digital da NF-e para o Sis-tema de Contingência do Ambiente Nacional (Scan) ou para o Sistema da Sefaz Virtual de Contingência (SVC), ambos da Receita Fede-ral do Brasil (RFB), hipótese em que esta po-derá, em nome da Secretaria da Fazenda, al-ternativamente:a.1) conceder a Autorização de Uso da NF-e;a.2) denegar a Autorização de Uso da NF-e; e

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19-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

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Manual de Procedimentos

a.3) rejeitar o arquivo digital da NF-e;b) transmitir Declaração Prévia de Emissão em

Contingência - DPEC (NF-e), com base em leiaute estabelecido em Ato Cotepe, para a RFB, observado o disposto em Ajuste Sinief, e, após a ciência da regular recepção do arquivo pela RFB, imprimir o Danfe, o qual deverá ser impresso em no mínimo 2 vias, constando no corpo a expressão “Danfe impresso em con-tingência - DPEC regularmente recebido pela Receita Federal do Brasil”, tendo as vias a se-guinte destinação:b.1) uma das vias acompanhará o trânsito da

mercadoria, devendo ser conservada em arquivo pelo destinatário, pelo prazo mí-nimo de 5 anos;

b.2) a outra via deverá ser conservada em ar-quivo pelo emitente, pelo prazo mínimo mencionado na letra “b.1”;

Notas(1) O Danfe impresso na forma da letra “b” será considerado documento

inábil quando não tiver ocorrido a regular recepção da DPEC pela RFB.

(2) O contribuinte emitente deverá transmitir à Secretaria da Fazenda os arquivos digitais gerados em situação de contingência imediatamente após a ces-sação dos problemas técnicos que impediram a transmissão ou a recepção do retorno da autorização da NF-e, no prazo de 7 dias contados da emissão da NF-e.

(3) O Danfe deverá ser impresso com informações sobre o motivo da en-trada em contingência, a data e a hora, com minutos e segundos do seu início.

c) imprimir o Danfe em FS-DA, em no mínimo 2 vias, constando no corpo a expressão “Dan-fe em contingência - Impresso em decorrência de problemas técnicos”, tendo as vias a se-guinte destinação:c.1) uma das vias acompanhará o trânsito da

mercadoria, devendo ser conservada em arquivo pelo destinatário, pelo prazo mí-nimo de 5 anos;

c.2) a outra via deverá ser conservada em ar-quivo pelo emitente, pelo prazo mínimo mencionado na letra “c.1”.

Fica dispensada a utilização de FS-DA para a impressão de cópias adicionais a que se refere o § 3º do art. 14 da Portaria CAT nº 162/2008, o qual dispõe que quando a legislação tributária exigir a utilização específica de vias adicionais da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, o contribuinte credenciado à emissão da NF-e deverá imprimir tantas cópias do Danfe quantas forem necessárias para atender à exigência, sendo todas elas consideradas originais.

Nota

O Danfe deverá ser impresso com informações sobre o motivo da entra-da em contingência, a data e a hora, com minutos e segundos do seu início.

O arquivo digital gerado em situação de contin-gência deverá conter informações sobre o motivo da entrada em contingência, a data e a hora com minutos e segundos do seu início.

Quando da ocorrência de problemas técnicos, considera-se emitida a NF-e quando adotada a pro-vidência descrita:

a) na letra “a”, no momento em que for concedi-da a respectiva Autorização de Uso da NF-e;

b) na letra “b”, no momento da regular recepção da DPEC pela RFB, condicionada à respectiva Autorização de Uso no prazo de 7 dias;

c) na letra “c”, no momento da impressão do respec-tivo Danfe em contingência, condicionada à res-pectiva Autorização de Uso no prazo de 7 dias.

Na hipótese de rejeição dos arquivos digitais transmitidos na forma do art. 26 da Portaria CAT nº 162/2008 (letras “b” e “c” do início deste subitem), o contribuinte emitente deverá gerar novamente o arquivo digital da NF-e, com o mesmo número e série, sanando a irregularidade, e transmiti-lo à Secretaria da Fazenda, solicitando, com isso, nova Autorização de Uso da NF-e, sendo vedada a alteração:

a) das variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto, tais como: valor da operação ou da prestação, base de cálculo e alíquota;

b) dos dados cadastrais que impliquem altera-ção na identidade ou no endereço do reme-tente ou do destinatário;

c) à data de emissão da NF-e ou à data de saída da mercadoria.

Depois de concedida a Autorização de Uso da NF-e, o emitente deverá:

a) comunicar o fato ao destinatário, relacionando as alterações efetuadas no arquivo da NF-e;

b) enviar o arquivo digital da NF-e autorizada ao destinatário;

c) imprimir o Danfe correspondente à NF-e auto-rizada, no mesmo tipo de papel utilizado para imprimir o Danfe original, em 2 vias, devendo:c.1) enviar uma via ao destinatário, que de-

verá conservá-la pelo prazo mínimo de 5 anos, junto com a via do Danfe original-mente recebida;

c.2) conservar a outra via, em arquivo, pelo prazo mínimo mencionado na letra “c.1”.

No que se refere ao arquivo digital da NF-e trans-mitido antes da ocorrência de problemas técnicos e pendente de retorno quanto à Autorização de Uso da

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19-20 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

NF-e, o contribuinte emitente, depois de sanados os problemas técnicos, deverá consultar se a respectiva Autorização de Uso da NF-e foi concedida.

No caso de ter sido concedida a Autorização de Uso da NF-e, o emitente deverá solicitar o cancela-mento da NF-e, se a operação tiver sido acobertada por outra NF-e, cujo arquivo digital tenha sido gerado em situação de contingência.

Na hipótese de rejeição do arquivo digital da NF-e ou de pendência de retorno da solicitação de Autori-zação de Uso da NF-e, o emitente deverá solicitar a inutilização do número da NF-e.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 14, § 3º, e arts. 20 a 28)

15.4 retorno de mercadoria não entregue ao destinatário

Relativamente à mercadoria que retorna ao esta-belecimento remetente por não ter sido entregue ao destinatário, o emitente da NF-e deverá guardar, pelo prazo de 5 anos, o Danfe que serviu para acompanhar a mercadoria, cujo verso deverá conter indicação do motivo da não entrega.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 33-A)

15.5 alteração do leiaute

A Secretaria da Fazenda poderá, por regime espe-cial, autorizar o contribuinte a alterar o leiaute do Danfe previsto em Ato Cotepe/ICMS, para adequá-lo às operações por ele praticadas, desde que mantidos os campos obrigatórios da NF-e que constem no Danfe.

Ficam autorizadas as seguintes alterações no leiaute de impressão do Danfe, a partir da data da lavratura de termo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6:

a) exclusão de campos do Danfe, desde que não sejam obrigatórios no leiaute da NF-e, exce-to os constantes nos quadros “Transportador / Volumes transportados”, “Dados do produto / Serviços” e aos campos “Data de entrada” e “Data de saída”;

b) inclusão de campos no Danfe, desde que o campo exista no leiaute da NF-e;

c) utilização de código de barras em tama-nho maior que o do padrão definido em Ato Cotepe, até o limite de 13 cm de comprimento, desde que utilizado papel de tamanho maior do que o A4 (210 x 297 mm) e igual ou inferior do que o ofício 2 (230 x 330 mm);

d) exclusão das colunas referentes ao valor do IPI e alíquota do IPI no quadro “Dados do Produto/Serviço”, desde que a atividade do contribuinte não esteja sujeita à incidência desse imposto.

Na hipótese de operação interestadual, só será aplicado este procedimento se o Estado de destino autorizar as alterações no leiaute.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 15)

16. Carta dE COrrEçãO ElEtrônICa (CC-e)

Após a concessão da Autorização de Uso, durante o prazo estabelecido em Ato Cotepe, o emitente poderá sanar erros em campos específicos da NF-e, por meio de CC-e transmitida à Secretaria da Fazenda.

No entanto, não poderão ser sanados erros rela-cionados:

a) às variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto: tais como valor da operação ou da prestação, base de cálculo e alíquota;

b) a dados cadastrais que impliquem alteração na identidade ou no endereço do remetente ou do destinatário;

c) à data de emissão ou à data de saída da mer-cadoria; e

d) ao número e à série da NF-e.

A CC-e deverá observar o leiaute estabelecido em Ato Cotepe, conter assinatura digital do emitente, certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o número de inscrição no CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital e ser transmitido pela Internet com protocolo de segurança ou criptografia.

A comunicação da recepção da CC-e pela Secre-taria da Fazenda:

a) será efetuada pela Internet, mediante protoco-lo disponibilizado ao emitente ou a terceiro por ele autorizado, contendo, conforme o caso, o número do protocolo, a chave de acesso, o nú-mero da NF-e, a data e a hora do recebimento;

b) não implica validação das informações conti-das na CC-e ou a admissibilidade da respecti-va hipótese de emissão.

Quando houver mais de uma CC-e para uma mesma NF-e, deverão ser consolidadas na última CC-e todas as informações retificadas anteriormente.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 19)

17. CanCElaMEntO E InutIlIzaçãO

O contribuinte emitente poderá solicitar o cance-lamento da NF-e, mediante Pedido de Cancelamento de NF-e, transmitido à Secretaria da Fazenda, quando, cumulativamente e observadas as demais disposições da legislação pertinente:

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19-21Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

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a) não tenha ocorrido a circulação da mercadoria ou a prestação do serviço; e

b) tenha decorrido período de tempo de no máxi-mo 24 horas desde a concessão da Autoriza-ção de Uso da NF-e.

Na hipótese de quebra de sequência da numera-ção, deverá ser solicitada a inutilização do número da NF-e, mediante Pedido de Inutilização de Número de NF-e, até o 10º dia do mês subsequente àquele em que ocorrer a quebra de sequência da numeração.

O Pedido de Cancelamento de NF-e e o Pedido de Inutilização de Número de NF-e deverão:

a) observar o leiaute estabelecido no Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012;

b) conter assinatura digital do emitente, certifica-da por entidade credenciada pela ICP-Brasil, com o número de inscrição no CNPJ de qual-quer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital;

c) ser transmitidos pela Internet, com protocolo de segurança ou criptografia, podendo a trans-missão ser realizada por meio de software de-senvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou do software disponibilizado pela Secretaria da Fazenda no site www.fazenda.sp.gov.br/nfe;

d) ter o seu deferimento ou indeferimento comu-nicados pela Internet, mediante protocolo dis-ponibilizado ao solicitante ou a terceiro por ele autorizado, contendo, conforme o caso, o nú-mero do protocolo, a chave de acesso, o nú-mero da NF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela Secretaria da Fazenda.

O Pedido de Inutilização de Número de NF-e e o Pedido de Cancelamento de NF-e transmitidos à Secretaria da Fazenda serão recebidos fora do prazo regulamentar, sendo o Pedido de Cancelamento de NF-e recebido até 480 horas do momento da conces-são da Autorização de Uso da NF-e.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 18)

18. OBrIgaçõES dO EMItEntE E dO dEStInatárIO

O emitente e o destinatário da NF-e deverão:

a) conservar a NF-e em arquivo digital, sob sua guarda e responsabilidade, pelo prazo mínimo de 5 anos, mesmo que fora da empresa, para apresentação ao Fisco, quando solicitado;

b) utilizar o código “55” na escrituração da NF-e, para identificar o modelo.

NotaSe o destinatário não for contribuinte credenciado à emissão de NF-e, alter-

nativamente ao arquivo digital, poderá ser conservado o Danfe relativo à NF-e, e a escrituração poderá ser efetuada com base nas informações contidas no Danfe.

O destinatário deverá verificar a validade da assina-tura digital e a autenticidade do arquivo digital da NF-e, bem como a concessão da Autorização de Uso da NF-e, mediante consulta eletrônica à Secretaria da Fazenda.

Nas hipóteses em que for obrigatória a emissão de NF-e em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, o destinatário deverá verificar o correto cumprimento da obrigação, sendo vedado o recebimento de mercadoria acobertada por outro tipo de documento fiscal, exceto nas hipóteses de problemas técnicos previstas nos incisos II e III do art. 20 da Portaria CAT nº 162/2008 (ver subitem 15.3), tal como aquela em que o destinatário, recebedor do Danfe, não puder, após 7 dias contados do seu recebimento, confirmar por meio de consulta a regu-lar concessão da Autorização de Uso da NF-e, deverá comunicar o fato ao posto fiscal de sua vinculação.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 20, II e III, e arts. 30 a 33)

18.1 Manifestação do destinatário sobre a sua participação na operação

O destinatário deverá manifestar-se sobre sua participação na operação acobertada pela NF-e emitida para o seu CNPJ, mediante comunicação das seguintes informações à Secretaria da Fazenda, conforme o caso:

a) “Confirmação da Operação”, operação descri-ta na NF-e ocorrida;

b) “Operação não Realizada”, operação descrita na NF-e solicitada pelo destinatário, mas não realizada; ou

c) “Desconhecimento da Operação”, operação des- crita da NF-e não solicitada pelo destinatário.

A comunicação deverá:

a) ser efetuada por meio do aplicativo de mani-festação do destinatário, disponibilizado no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br/nfe, ou de qualquer outro que atenda os mes-mos padrões;

b) conter assinatura digital, certificada por enti-dade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o número de inscrição no CNPJ de qualquer dos seus estabelecimentos; e

c) ser transmitida via Internet, com protocolo de segurança ou criptografia.

A manifestação do destinatário deve observar o seguinte cronograma:

a) desde 1º.03.2013, pelos estabelecimentos dis-tribuidores de combustíveis, em relação às NF-e que acobertarem operações com combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo;

b) desde 1º.07.2013, pelos postos de combus-tíveis e transportadores revendedores reta-lhistas, em relação às NF-e que acobertarem

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19-22 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

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operações com combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo; e

c) a partir de 1º.07.2014, pelos estabelecimentos adquirentes de álcool para fins não combus-tíveis, em relação às NF-e que acobertarem operações com essa mercadoria.

A manifestação do destinatário deverá ser rea-lizada nos seguintes prazos, contados da data de Autorização de Uso da NF-e:

Operações internas:“Manifestação do Destinatário” Prazo

(dias)Confirmação da Operação 20Operação não Realizada 20Desconhecimento da Operação 10

Operações interestaduais:“Manifestação do Destinatário” Prazo

(dias)Confirmação da Operação 35Operação não Realizada 35Desconhecimento da Operação 15

Operações interestaduais destinadas às áreas incentivadas:

“Manifestação do Destinatário” Prazo (dias)

Confirmação da Operação 70Operação não Realizada 70Desconhecimento da Operação 15

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 30, II e § 1º e Anexos III e IV)

19. lIVrOS rEgIStrO dE EntradaS E rEgIStrO dE SaídaSDeverão ser escrituradas no livro Registro de

Entradas ou no livro Registro de Saídas, sem valores

monetários e de acordo com a legislação pertinente, as informações relativas:

a) aos números de NF-e que tiverem sido inutilizados;b) aos números de NF-e utilizados em arquivos

digitais que tiveram a Autorização de Uso de NF-e denegada;

c) às NF-e emitidas e posteriormente canceladas.

(Portaria CAT nº 162/2008, art. 39)

20. rEgIMES ESPECIaIS

Os regimes especiais em vigor concedidos nos termos do art. 479-A do RICMS-SP/2000, relativos a emissão, dispensa de emissão ou alteração de leiaute de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, bem como à sua subs-tituição por qualquer outro documento, não se aplicam à NF-e e ao Danfe, exceto na hipótese de disposição expressa em contrário constante no próprio regime es-pecial, conforme disposto na Portaria CAT nº 79/2008.

No entanto, de acordo com o Comunicado CAT nº 42/2008, o contribuinte detentor do referido regime espe-cial poderá requerer, mediante pedido de alteração, na forma e nas condições estabelecidas pela Portaria CAT nº 43/2007, a extensão de suas disposições para a NF-e, podendo o pedido ser aprovado ou não. Caso o contri-buinte tenha procedido de maneira equivocada, poderá, a fim de regularizar sua situação, apresentar denúncia espontânea ao posto fiscal a que estiver vinculada a sua inscrição, nos termos do art. 529 do RICMS-SP/2000.

(Portaria CAT nº 79/2008; Comunicado CAT nº 42/2008)

N

a IOB SetorialFEdERal

Automotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provisória nº 638/2014

A Medida Provisória nº 638/2014 alterou diversos dispositivos da Lei nº 12.715/2012, a qual instituiu o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), relativamente a habilitação ao regime, multa sobre o descumprimento de obriga-ções acessórias e consumo energético e informações, pelos fornecedores, dos valores e demais característi-cas dos produtos fornecidos aos adquirentes.

O Inovar-Auto será aplicado até 31.12.2017, data em que todas as habilitações vigentes serão consideradas canceladas e cessarão seus efeitos, exceto quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos.

Poderão habilitar-se ao Inovar-Auto:a) as empresas que produzam, no País, os pro-

dutos classificados nas posições 87.01 a 87.06 da Tabela de Incidência do Imposto so-bre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011;

b) as empresas que comercializem, no País, os produtos referidos na letra “a” anterior; ou

c) as empresas que tenham projeto aprovado para instalação, no País, de fábrica ou, no caso das empresas já instaladas, de novas

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19-23Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

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EStadual

Inaplicabilidade da substituição tributária do ICMS nas saídas de mercadorias destinadas à distribuição como brinde ou à degustação

No regime da substituição tributária em relação às operações subsequentes, a legislação atribui a deter-minados contribuintes (denominados de contribuintes substitutos), normalmente os primeiros na cadeia de comercialização da mercadoria (industrial, importador etc.), a responsabilidade pela retenção do ICMS inci-dente nas saídas subsequentes, até o consumidor final.

Assim, um estabelecimento industrial, quando comercializa dentro do Estado mercadoria que industrializou, no momento da saída destinada a

comerciante, já recolhe antecipadamente o imposto devido por todos os demais comerciantes da cadeia.

Uma questão que tem suscitado dúvidas é quanto à aplicação ou não do regime da substituição tribu-tária nas saídas, promovidas pelo sujeito passivo por substituição, de mercadorias que serão distribuídas como brindes pelo adquirente ou destinadas à degus-tação em ação de marketing.

Considera-se brinde a mercadoria que, não cons-tituindo objeto normal da atividade do contribuinte, tiver sido adquirida para distribuição gratuita a con-sumidor ou usuário final, portanto, sem a finalidade de comercialização subsequente.

Prevalece o entendimento no sentido de que não deve ser aplicada a substituição tributária nessas saídas, uma vez que não serão objeto de comercia-lização subsequente pelo destinatário, hipótese em que se sujeitarão ao regime comum de tributação.

plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos.

Somente poderá habilitar-se ao regime a empresa que:

a) estiver regular em relação aos tributos federais; eb) assumir o compromisso de atingir níveis míni-

mos de eficiência energética, conforme regu-lamento.

Para a realização das atividades de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, direta-mente ou por terceiros, e de dispêndio em engenha-ria, tecnologia industrial básica e de capacitação de fornecedores, diretamente ou por terceiros, serão considerados realizados no País os dispêndios com a importação, para utilização em laboratórios, de:

a) softwares sem similares nacionais; eb) equipamentos e suas peças de reposição,

sem similares nacionais.

As peças de reposição são as adquiridas junta-mente com o equipamento, cujo valor seja igual ou inferior a 10% do valor do equipamento.

A verificação da similaridade será realizada nos termos estabelecidos em ato do Poder Executivo.

Com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável da indústria, os fornecedores de insumos estratégicos e de ferramentaria para as empresas habilitadas ao Inovar-Auto e seus fornecedores dire-tos ficam obrigados a informar aos adquirentes, nas

operações de venda, os valores e as demais carac-terísticas dos produtos fornecidos, nos termos, limites e condições definidos pelo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior.

O desenvolvimento sustentável da indústria refere-se ao aumento do padrão tecnológico dos veículos, especialmente, quanto à segurança veicular e a emissões veiculares.

A omissão na prestação das informações solici-tadas ensejará a aplicação de multa no valor de 2% sobre o valor das operações de vendas.

A prestação de informações incorretas no cumpri-mento da obrigação ensejará a aplicação de multa 1% sobre a diferença entre o valor informado e o valor devido.

A aplicação das multas, ora referidas, abrangerá as operações de venda realizadas a partir do 7º mês subsequente à definição dos termos, limites e condi-ções definidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Vale observar, ainda, que os valores das multas relacionadas ao consumo energético de que tratam os incisos II a V do caput do art. 43 da Lei nº 12.715/2012 deverão ser depositados no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), em conta específica.

(Lei nº 12.715/2012, arts. 40, §§ 1º, 2º, 4º e 5º-A a 5º-C, 41-A, e 43, caput, II a V; Medida Provisória nº 638/2014; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

a IOB Comenta

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19-24 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Nesse sentido se manifestou a Consultoria Tribu-tária da Secretaria da Fazenda, por meio da Resposta à Consulta nº 42/2013, a seguir reproduzida.

Resposta à Consulta nº 42/2013

ICMS - Substituição tributária - Artigo 313-W do RICMS/2000 - Venda de produtos para distribuição a título de brinde pelo destinatário - Venda de produtos para degustação

I. Aplicabilidade do tratamento tributário específico para distribuição de brindes por conta própria, constante dos artigos 455 a 457 do RICMS/2000, no primeiro caso.

II. Inaplicabilidade da substituição tributária prevista no artigo 313-W do RICMS/2000 em ambos os casos.

1. A Consulente, tendo por atividade única, conforme CNAE, o ““comércio atacadista de chocolates, confeitos, balas, bombons e semelhantes”“ e esclarecendo, preliminarmente, que ““a presente consulta, por tratar de substituição tribu-tária, tratará apenas das operações praticadas dentro do Estado de São Paulo (operações internas)”“, informa que:

(i) ““as operações realizadas pela consulente estão sujei-tas a sistemática da substituição tributária nos termos do art. 313-W do RICMS/SP, uma vez que a maioria dos pro-dutos fabricados estão relacionados no § 1º do respectivo artigo”“ de maneira que ““nas saídas destas mercadorias com destino a estabelecimento localizado em território paulista, a Consulente fica obrigada a reter e recolher o imposto incidente nas saídas subsequentes (ICMS-ST);

(ii) ““também promove saídas internas de mercadorias pra clientes que não irão comercializar os produtos adquiridos e os adquirem basicamente para: (i) oferecer como cortesia para os seus clientes e (ii) degustação em ações de marketing”“;(iii) ““mesmo com o entendimento de que nestas operações não há a aplicação da sistemática da substituição tribu-tária, visto que as saídas das mercadorias são destinadas a consumo final, a Consulente retém e recolhe o ICMS das operações subsequentes”“ (g.n.).2. A Consulente apresenta os seguintes exemplos da si-tuação exposta no item 1, ““ii”“:(i) ““tem como cliente uma empresa de aviação que adquire balas que são oferecidas aos passageiros”“;

(ii) ““vende produtos, normalmente balas, para lojas que comer-cializam os mais diversos produtos, que não do ramo alimentí-cio, para igualmente oferecerem como cortesia aos clientes”“;(iii) ““a empresa remete, por exemplo, uma caixa de produ-tos pra determinado cliente (hipermercados, por exemplo) que irá colocá-los em seu estabelecimento para degusta-ção, em ações de marketing. Nestes casos, a mercadoria sai do estabelecimento da Consulente com o devido destaque do ICMS devido, porém, como essa caixa não será objeto de comercialização, dúvidas persistem sobre a aplicabilidade da substituição tributária neste caso”“.3. Aduz, finalmente, que “é a presente para:“(i) confirmar o seu entendimento no sentido de que não se aplica o regime de substituição tributária nas saídas inter-nas destinadas a consumo final, nos casos de: cortesia aos seus clientes e (ii) degustação em ações de marketing;(ii) questionar sobre qual o procedimento deverá ser adotado pela Consulente (remetente das mercadorias), visando se resguardar de eventual contingência futura por não aplicar a substituição tributária em tais saídas. Uma declaração da adquirente informando a destinação do produto é suficiente para eximir a consulente de eventuais responsabilidades futuras, caso a adquirente dê destina-ção diversa da declarada?

(iii) caso a declaração não seja considerada pelo fisco como documento hábil para eximir a Consulente de eventuais con-tingências por conta do recolhimento do ICMS-ST, qual seria o documento ou procedimento legalmente válido para res-paldar a não aplicação da substituição tributária, em virtude do destinatário da mercadoria ser consumidor final desta?”

4. Ressaltamos, inicialmente, que a Consulente não informa o motivo de se revestir da condição de substituta tributária, tendo em vista que a atividade única do estabelecimento Consulente, conforme CNAE, de “comércio atacadista de chocolates, confeitos, balas, bombons e semelhantes” normalmente não é a de substituto tributário.

4.1 Assim, a presente resposta parte do pressuposto de que o estabelecimento Consulente recebe mercadorias sujeitas à substituição tributária do artigo 313-W do RICMS/2000 em transferência de estabelecimento substituto tributário, ao abrigo do artigo 264, inciso III, do RICMS/2000 para posterior revenda, na condição de substituto tributário, a teor do § 1º desse artigo.

5. Isso posto, segundo o artigo 455 do RICMS/2000, “con-sidera-se brinde a mercadoria que, não constituindo objeto normal da atividade do contribuinte, tiver sido adquirida para distribuição gratuita a consumidor ou usuário final.”

6. A sistemática da substituição tributária prevista no artigo 313-W do RICMS/2000 consiste na retenção e pagamento antecipado do imposto incidente nas saídas subsequentes envolvendo a mercadoria sujeita a essa sistemática de tributação, pressupondo, portanto:

6.1. que haja nova ou novas etapas de comercialização da mercadoria, conforme se depreende do disposto no artigo 272 do RICMS/2000;

6.2. que as saídas subsequentes envolvendo a mercadoria sejam tributadas;

6.3. que seja estimado o valor final de venda a varejo da mercadoria (o que inclui a margem das diferentes etapas de comercialização) por um dos métodos previstos na legislação do imposto para definição da base de cálculo do imposto devido por substituição tributária.

7. Por sua vez, do conceito de brinde transcrito verifica-se:

7.1. a inexistência de nova etapa de comercialização da mercadoria caracterizada como brinde, o que por si só já impossibilitaria a aplicação da substituição tributária para essas mercadorias (a emissão de Nota Fiscal de saída quando da entrada da mercadoria no estabelecimento adquirente do brinde, o destaque do imposto, a respectiva base de cálculo definida no dispositivo e o seu registro no livro Registro de Saídas, previstos no artigo 456, incisos II e III, do RICMS/2000 não caracterizam nova etapa de comercialização da mercadoria);

7.2. a inexistência de valor final de venda a varejo dessa mercadoria em razão da sua distribuição a título gratuito, o que tornaria incompatível, para essa situação, a definição da base de cálculo do imposto devido por substituição tri-butária pelos métodos previstos na legislação do imposto;

7.3. que a mercadoria caracterizada como brinde não constitui objeto normal da atividade do contribuinte, ou seja, pelos critérios estabelecidos pelo artigo 9º do RICMS/2000 para caracterização do contribuinte do imposto, a empresa não seria caracterizada como contribuinte apenas por fazer a distribuição de brindes (é o caso, por exemplo, de um banco que adquire de fabricante, brindes para distribuição a seus clientes ou funcionários).

8. Do cotejo entre o exposto nos itens 6 e 7, conclui-se pela incompatibilidade de aplicação da sistemática da substi-tuição tributária às mercadorias caracterizadas como brindes.

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19-25Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IPI

Alíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal

1) A lei que institui ou majora alíquotas do IPI pode ser aplicada no mesmo exercício de sua publicação?

A legislação que institui ou majora o IPI pode ser aplicada no mesmo exercício de sua publicação no Diário Oficial da União, não se aplicando o princípio da anterioridade (anual).

Contudo, deverá ser observada a aplicação da anterioridade nonagesimal (noventena), onde a legis-

lação somente produzirá efeitos após o prazo de 90 dias da data de sua publicação.

(Constituição Federal/1988, arts. 150, III, “b” e “c”, § 1º, e 153, IV)

Importação por conta e ordem - Procedimento

2) Qual é o procedimento a ser adotado por empre-sa que contratar pessoa jurídica para realizar importa-ção por sua conta e ordem, perante a Receita Federal?

A pessoa jurídica que contratar empresa importa-dora para operar por sua conta e ordem deverá apre-sentar cópia do contrato firmado entre as partes para

9. Dessa forma, com base no exposto nos itens 6 a 8, precedentes, conclui-se que, às empresas que adquirem mercadorias caracterizadas como brindes, nos termos do artigo 455 do RICMS/2000, para distribuição por conta própria, como é o caso das situações expostas pela Con-sulente, transcritas nos itens 2, “i” e “ii”, aplica-se o tra-tamento tributário específico para distribuição de brindes por conta própria, constante dos artigos 455 a 457 desse regulamento, não sendo cabível a aplicação da substi-tuição tributária prevista no artigo 313-W do RICMS/2000.10. A fim de assegurar a regularidade do tratamento tributário adotado nas operações com os referidos produtos, é neces-sário que o cliente da Consulente lhe forneça, para cada compra realizada, declaração firmada em que conste expres-samente que o produto adquirido não constitui objeto normal da sua atividade e que tem por destinação a distribuição gratuita, a título de brinde, para consumidor final. Eventual falsidade na declaração prestada acarretará ao declarante, observado o disposto no artigo 267, inciso II, alínea “a”, do RICMS/2000 e sem prejuízo das sanções previstas nas normas do direito aplicável, a atribuição da responsabilidade referida no artigo 11, incisos XI e XII, do RICMS/2000:“Art. 11 - São responsáveis pelo pagamento do imposto devido (Lei 6.374/89, arts. 8º, inciso XXV e § 14, e 9º, os dois primeiros na redação da Lei 10.619/00, art. 2º, I, e o último com alteração da Lei 10.619/00, art. 1º, VI):(...)XI - solidariamente, as pessoas que tiverem interesse comum na situação que tiver dado origem à obrigação principal;XII - solidariamente, todo aquele que efetivamente concor-rer para a sonegação do imposto”.11. Convém enfatizar os seguintes pontos: 11.1 se eventualmente o cliente da Consulente promover a comercialização de qualquer das mercadorias adquiridas para distribuição como brinde, deverá efetuar o pagamento do imposto relativo à substituição tributária, não recolhido pelo substituto tributário (artigo 11, XI e XII, do RICMS/2000); 11.2 a nota fiscal de venda emitida pela Consulente a seu cliente deverá consignar, no campo “Informações Comple-mentares”, a seguinte observação ou semelhante:“Não aplicada a substituição tributária prevista no artigo 313-W do RICMS/2000 em virtude da caracterização dos produtos ora comercializados como brinde, nos termos do

artigo 455 desse regulamento, devendo os produtos cons-tantes nesta nota fiscal ser obrigatoriamente distribuídos gratuitamente a título de brindes a consumidor final”;11.3 a validade da presente resposta apenas para as mercadorias efetivamente caracterizadas como brinde, nos termos do artigo 455 do RICMS/2000, as quais devem obedecer cumulativamente às seguintes condições:11.3.1 não constituir objeto normal da atividade do contribuinte;11.3.2 ser adquirida para distribuição gratuita a consumi-dor ou usuário final;12. Quanto à situação exposta pela Consulente no item 2, “iii”, como inexiste operação subsequente com a mer-cadoria, não há que se falar na aplicação da substituição tributária prevista no artigo 313-W do RICMS/2000.12.1 A fim de assegurar a regularidade do tratamento tri-butário adotado nas operações com os referidos produtos é necessário que o cliente da Consulente lhe forneça, para cada compra realizada, declaração firmada em que conste expressamente que o produto adquirido tem por destinação a distribuição gratuita, para consumidor final. Eventual fal-sidade na declaração prestada acarretará ao declarante, observado o disposto no artigo 267, inciso II, alínea “a”, do RICMS/2000 e sem prejuízo das sanções previstas nas nor-mas do direito aplicável, a atribuição da responsabilidade referida no artigo 11, incisos XI e XII, do RICMS/2000.12.2. Também nesta hipótese, convém enfatizar os seguin-tes pontos: 12.2.1 se eventualmente o cliente da Consulente promover a comercialização de qualquer das mercadorias adquiridas para distribuição gratuita, deverá efetuar o pagamento do imposto relativo à substituição tributária, não recolhido pelo substituto tributário (artigo 11, XI e XII, do RICMS/2000); 12.2.2 a nota fiscal de venda emitida pela Consulente a seu cliente deverá consignar, no campo “Informações Comple-mentares”, a seguinte observação ou semelhante:“Não aplicada a substituição tributária prevista no artigo 313-W do RICMS/2000 em razão da inexistência de ope-ração subsequente com os produtos ora comercializados, devendo os produtos constantes nesta nota fiscal ser obri-gatoriamente distribuídos gratuitamente a consumidor final”.

(RICMS-SP/2000, arts. 455 a 458; Resposta à Consulta nº 42/2013)

N

a IOB Perguntas e Respostas

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19-26 SP Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a prestação dos serviços, caracterizando a natureza de sua vinculação, à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de fiscalização aduaneira com jurisdição sobre o seu estabelecimento matriz.

(Instrução Normativa SRF nº 225/2002, art. 2º)

IOFOperações de crédito - Prazo indeterminado -

Alíquota

3) Nas operações de crédito sem data de venci-mento certa ou fixa, qual é alíquota do IOF que deverá ser considerada?

As operações sem data de vencimento certa ou fixa, ou seja, com prazo indeterminado, serão consideradas como de prazo até 365 dias.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 1º)

ICMS/SPAlíquota interestadual - Bens e mercadorias importados

4) Quando deve ser aplicada a alíquota interesta-dual de 4% para bens e mercadorias importados?

A alíquota interestadual de 4% do ICMS será apli-cada nas operações destinadas a contribuintes do imposto, nas operações com bens e mercadorias impor-tados do exterior que, após o desembaraço aduaneiro:

a) não tenham sido submetidos a processo de in-dustrialização; ou

b) ainda que submetidos a processo de transfor-mação, beneficiamento, montagem, acondi-cionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercado-rias ou bens com conteúdo de importação su-perior a 40%.

A alíquota de 4% não será aplicada nas opera-ções com os seguintes bens e mercadorias:

a) os importados do exterior que não tenham si-milar nacional, assim considerados aqueles previstos em lista publicada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) para os fins da Resolução do Senado Federal nº 13/2012;

b) os produzidos em conformidade com os pro-cessos produtivos básicos de que tratam o De-creto-lei nº 288/1967 e as Leis nºs 8.248/1991, 8.387/1991, 10.176/2001 e 11.484/2007; e

c) gás natural importado do exterior.

(RICMS-SP/2000, art. 52, § 2º)

Base de cálculo - Inclusão do ICMS “por dentro”

5) O valor do ICMS da operação deve ser somado ao valor total do documento fiscal?

Não. O valor do imposto, inclusive o devido no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior, integra sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle.

(RICMS-SP/2000, art. 49)

Base de cálculo - Inclusão do valor do IPI

6) Quando valor do IPI deverá ser incluído na base de cálculo do ICMS?

Como regra, o valor do IPI deverá ser incluído na base de cálculo do ICMS, exceto quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.

Assim, o valor do IPI deve ser incluído na base de cálculo do ICMS nas saídas a não contribuintes e nas operações com mercadorias destinadas a uso e con-sumo ou Ativo Imobilizado pelo contribuinte adquirente.

(RICMS-SP/2000, art. 37, § 1º, item 3)

Diferimento - Garrafas PET usadas

7) Qual o tratamento fiscal nas saídas de garrafas PET usadas?

A legislação prevê o diferimento do ICMS nas saídas de garrafas PET usadas e do produto resul-tante de sua moagem ou trituração.

Nos momentos a seguir descritos, o diferimento será interrompido, sendo devido o imposto:

a) na saída para outro Estado;b) na saída para o exterior; ec) na saída do produto resultante de sua indus-

trialização.

(RICMS-SP/2000, art. 394-A)

EFD - Prazo de entrega

8) Qual é o prazo de entrega do arquivo digital da Escrituração Fiscal Digital (EFD)?

O arquivo digital da EFD deverá ser enviado até o dia 25 do mês subsequente ao período a que se refere.

(Portaria CAT nº 147/2009, art. 10)