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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Transferência - Tratamento fiscal a ICMS - Consignação mercantil a ICMS - Produtor rural ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 33/2014 Rio de Janeiro / a Federal IPI Revenda de embalagens usadas 01 / a Estadual ICMS Regime especial 04 / a IOB Setorial Federal Tecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero 08 / a IOB Comenta Estadual Implantação da NFC-e por contribuinte do ICMS 09 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Incentivos fiscais - Renuclear - Habilitação 10 ICMS/RJ Embalagem vazia de agrotóxico - Devolução 10

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Transferência - Tratamento fiscal

a ICMS - Consignação mercantil

a ICMS - Produtor rural

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 33/2014

Rio de Janeiro

/a Federal

IPIRevenda de embalagens usadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSRegime especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB Setorial

FederalTecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero . . . . . . 08

/a IOB Comenta

EstadualImplantação da NFC-e por contribuinte do ICMS . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Perguntas e Respostas

IPIIncentivos fiscais - Renuclear - Habilitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

ICMS/RJEmbalagem vazia de agrotóxico - Devolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : revenda de embalagens usadas.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2220-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-07833 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

32-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 RJ

IPI

Revenda de embalagens usadas SUMÁRIO 1. Introdução 2. Não incidência 3. Hipótese de incidência 4. Produtos adquiridos para uso, consumo ou integração

ao ativo imobilizado 5. Nota fiscal 6. Modelo

1. IntRoduçãoExaminaremos, neste texto, o tratamento fiscal pre-

visto na legislação do IPI para a revenda de embalagens usadas, assim entendidas aquelas que acondicionaram produtos (insumos) adquiridos pelo estabeleci-mento industrial, tais como barris, tambo-res, caixas de madeira, de papelão e outras, com base no Regulamento do Imposto sobre Produtos Indus-trializados (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e em outros atos legais que serão citados no transcorrer da matéria.

(RIPI/2010)

2. não InCIdênCIaNão constitui hipótese de incidência do

IPI a revenda de embalagens usadas que acon-dicionaram matérias-primas ou produtos intermediários empregados pelo contribuinte no processo industrial e que se tornaram impróprias para reutilização como embalagens.

Esse foi o entendimento firmado pela Coordenação do Sistema de Tributação divulgado por meio do Pare cer Normativo CST nº 311/1971 (item 11).

(Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 11)

2.1 Manutenção do crédito fiscalO crédito do IPI relativo à entrada dos produtos

será mantido integralmente, não sendo exigido o seu estorno (proporcional ao valor das embalagens usadas vendidas).

O item 11 do Parecer Normativo CST nº 311/1971 esclarece ainda que, nos termos do § 2º do art. 33 do Regulamento do IPI de 1967 (aparas, resíduos etc.), serve como indicador da impropriedade dos materiais de embalagem o ínfimo valor que lhes seja atribuído na venda, em relação ao preço pelo qual normalmente são comercializados os produtos na condição de novos, da mesma natureza e finalidade.

(RIPI/2010, art. 255; Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 11)

2.2 Revenda a não contribuinteTambém não incide o IPI na venda de embalagens

usadas quando destinadas a não contribuintes, sendo obrigatório, nesse caso, o estorno proporcional do crédito

lançado na entrada de matérias-primas e produ-tos intermediários no estabelecimento.

O valor do IPI a ser estornado será determinado por meio de aplicação da alíquota desse imposto relativo a matérias--primas e produtos intermediários adquiridos sobre o valor das embalagens usadas vendidas

(item 12 do Parecer Normativo CST nº 311/1971).(Parecer Normativo CST nº 311/1971, item

12)

3. HIPótESE dE InCIdênCIaO item 12 do Parecer Normativo CST nº 311/1971

esclarece ainda que, se as embalagens não tiverem se tornado impróprias à utilização normal, sendo vendidas para esse fim a industriais ou revendedores (para serem utilizadas como material de embalagem), a sua saída será tributada, e o cálculo será feito com aplicação da alíquota correspondente ao código da Tabela de Incidência do IPI (TIPI) sob o qual se classificam as embalagens vendidas.

Nesse mesmo sentido decidiu o Conselho de Con-tribuintes do Ministério da Fazenda, por meio do recurso a seguir mencionado:

a Federal

Não constitui hipótese de incidência do IPI a revenda de embalagens usadas que

acondicionaram matérias-primas ou produtos intermediários empregados

pelo contribuinte no processo industrial e que se tornaram impróprias para

reutilização como embalagens

32-02 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Número do Recurso: 110218

Câmara: PRIMEIRA CÂMARA

Número do Processo: 10380.000990/95-10

Tipo do Recurso: VOLUNTÁRIO

Matéria: IPI

Recorrente: - [...]

Recorrida/Interessado: DRJ-FORTALEZA/CE

Data da Sessão: 06/12/2000 - 10:00:00

Relator: Sérgio Gomes Velloso

Decisão: ACÓRDÃO 201-74145

Resultado: PPU - DADO PROVIMENTO PARCIAL POR UNANIMIDADE

Texto da Decisão: Por unanimidade de votos, deu-se pro-vimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator.

Ementa: - [...] SUCATA - NÃO CARACTERIZAÇÃO - FALTA DE LANÇAMENTO - Não podem ser consideradas sucata as embalagens que não se tornaram impróprias à utiliza-ção normal, sendo vendidas para esse fim a industriais ou revendedores. Tais saídas serão tributadas pelo imposto, cujo cálculo far-se-á com aplicação da alíquota correspon-dente ao código da Tabela de Incidência de IPI, sob o qual se classificam as embalagens usadas. - [...]

[…]

NotaO Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-

nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado “Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)”, com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de 1ª instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

(Lei nº 11.941/2009, art. 49; Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 12)

3.1 decisão do Segundo Conselho de Contribuintes

A Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, ao julgar recurso interposto por contribuinte, decidiu, por unanimidade de votos, que o IPI incide na saída de bombonas usadas e próprias para uso normal, bem como na saída de refugo plástico resultante do processo produtivo.

Para conhecimento, reproduzimos, a seguir, a ínte-gra da referida decisão (cuja ementa foi publicada no DOU de 08.06.1995):

Ministério da Fazenda

Segundo Conselho de Contribuintes

Processo nº: 10711.015166/91-23

Sessão de: 21 de setembro de 1994

Acórdão nº: 203-01.706

Recurso nº: 90.129

Recorrente: [...]

Recorrida: DRF no Rio de Janeiro - RJ

IPI - Bombonas usadas e próprias para uso normal e refugo plástico proveniente do processo produtivo ao serem ven-didos devem ser tributados.

Recurso negado.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por […]

Acordam os Membros da Terceira Câmara do Segundo Con-selho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Ausentes os Conselheiros Tiberany Fer-raz dos Santos (justificadamente) e Sebastião Borges Taquary.

Sala das Sessões, em 21 de setembro de 1994.

Osvaldo José de SouzaPresidente

Ricardo Leite RodriguesRelator

Maria Vanda Diniz BarreiraProcuradora-Representante da Fazenda Nacional

Vista em Sessão de 26 de janeiro de 1995.Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conse-lheiros Maria Thereza Vasconcellos de Almeida, Sérgio Afanasieff, Mauro Wasilewski e Celso Angelo Lisboa Gallucci.

RelatórioO presente processo já foi apreciado por esta Câmara, em Sessão de 08 de julho de 1993, ocasião em que, por una-nimidade de votos, foi o julgamento do recurso voluntário convertido em diligência à repartição de origem para que fossem tomadas as seguintes providências:

a) anexar aos autos xerox das notas fiscais emitidas nas vendas dos refugos plásticos;

b) se tais refugos fazem parte do processo produtivo da empresa. Se não, onde a empresa consegue tais refugos?; e

c) anexar aos autos xerox das notas fiscais emitidas nas vendas das bombonas.

Em atendimento à solicitação feita, foi juntada a documen-tação de fls. 47 a 84.

É o relatório.

Voto do Conselheiro-Relator Ricardo Leite Rodrigues

A documentação, juntada quando da diligência, em nada favoreceu a Recorrente.

As notas fiscais anexadas têm numeração e data diferentes das relacionadas nos Demonstrativos de fls. 08/10 e 13/14, não sendo possível qualquer análise para comprovar os argumentos da defesa.

Por outro lado, quando foi solicitada uma explicação a respeito da origem dos “refugos plásticos” vendidos pela Recorrente, queríamos algo mais consistente do que a argumentação expendida na petição inicial, pois aquela não convencera, já que, pela descrição usada nas notas fiscais citadas nos autos, entende-se que tais refugos são conseqüentes do processo industrial existente na empresa autuada.

Finalmente, cabe ressaltar que a legislação aplicada pela fiscalização para cálculo dos juros e correção monetária encontra-se legalmente amparada e, por conseguinte, não foi de encontro ao disposto no art. 144 do CTN.

Pelo acima exposto, nego provimento ao recurso.

32-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Sala das Sessões, 21 de setembro de 1994.

Ricardo Leite Rodrigues

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado “Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)”, com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de 1ª instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela RFB (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

(Lei nº 11.941/2009, art. 49)

4. PRodutoS adquIRIdoS PaRa uSo, ConSuMo ou IntEgRação ao atIvo IMoBIlIzado

A revenda, por estabelecimento industrial, de emba-lagens que acondicionaram produtos adquiridos para emprego em suas próprias instalações (uso ou consumo ou ativo imobilizado) não está sujeita à incidência do IPI, uma vez que essa operação não configura fato gerador do imposto.

Esse foi o entendimento divulgado por meio do Parecer Normativo CST nº 154/1973, cujos principais itens são transcritos a seguir:

Parecer Normativo CST nº 154/1973

01 - IPI

01.04 - Fato gerador

Revenda, por estabelecimento industrial, de embalagens que acondicionaram produtos adquiridos para emprego em suas próprias instalações: a saída não é tributada, pois não ocorre o fato gerador.

Para emprego nas instalações de seu próprio estabeleci-mento, empresa industrial adquire - conforme eventuais necessidades - cabos condutores elétricos que lhe são fornecidos em grandes bobinas. Esporadicamente, revende essas bobinas às próprias indústrias fornecedo-ras, as quais estipulam o preço da operação e refugam as unidades que não estejam em condições de reutilização. Indaga-se se essa revenda está sujeita à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, devendo ser esse tributo destacado na nota fiscal que acompanhar a saída, e se pode a empresa revendedora creditar-se do IPI pago na aquisição, crédito que não escritura na entrada dessas mercadorias por não se destinarem as mesmas a consumo no processo produtivo.

2 - [...]

3 - A consulente não consome os condutores elétricos como produtos intermediários de seu processo industrial, mas simplesmente na reposição ou melhoria de suas ins-talações, e não é fabricante das bobinas em que esses mesmos condutores são acondicionados, não tendo, por-tanto, relativamente às mesmas, a condição de produtor. Também não se equipara a estabelecimento industrial (na verdade, ela o é, mas com referência a outros produtos), como comerciante de bens de produção, tendo em vista o caráter facultativo dessa equiparação (art. 3º, § 6º, do RIPI). Assim, […]

4 - No caso, inocorre o fato gerador e, em conseqüência, as saídas dessas embalagens, revendidas aos fornecedores dos materiais de que foram continentes, como a outrem, não estão sujeitos ao IPI não havendo, pois, imposto a des-tacar na nota fiscal, nem razão para cogitar-se do tributo pago na aquisição.

5 - [...]

(Parecer Normativo CST nº 154/1973)

5. nota FISCal

Nas saídas de embalagens usadas, o estabeleci-mento industrial deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se for o caso, com todos os requisitos normalmente exigidos (inclusive com lançamento do IPI, caso a operação se enquadre na hipótese descrita no item 3), indicando um dos seguintes Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP):

a) nas operações internas: “5.102 - Vendas de mercadorias adquiridas e/ou recebidas de ter-ceiros”;

b) nas operações interestaduais:b.1) destinadas a contribuintes: “6.102 - Vendas

de mercadorias adquiridas e/ou recebidas de terceiros”;

b.2) destinadas a não contribuintes: “6.108 - Vendas de mercadorias adquiridas e/ou recebidas de terceiros, destinadas a não contribuintes”.

O contribuinte obrigado à emissão de NF-e deve observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 7/2005 e no Manual de Orientação do Contribuinte, ver-são 5.0, aprovado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012, em especial as orientações expressas em seu Anexo I, que trata do leiaute do referido documento fiscal.

Notas(1) O Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade

da utilização da NF-e em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatários que especifica, teve sua vigência adiada pelo Protocolo ICMS nº 173/2012, com efeitos desde 1º.01.2014.

(2) O disposto no referido Protocolo não se aplica (Protocolo ICMS nº 42/2009, cláusula quarta):

a) ao microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006;

b) às operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

(Ajuste Sinief nº 7/2005; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012; Convê-nio s/nº de 15.12.1970, art. 5º; Manual de Orientação do Contri-buinte, versão 5.0, Anexo I)

6. ModEloA seguir, reproduzimos modelo de Documento Auxiliar

da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) relativo à revenda interna de embalagens usadas, tributada pelo IPI.

32-04 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a Estadual

DANFE

N

ICMS

Regime especial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Concessão do regime especial 3. Competência 4. Pedido e encaminhamento 5. Exame e acolhimento 6. Prazo e pedido de prorrogação 7. Averbação e extensão 8. Alteração 9. Renúncia

10. Alteração de ofício, revogação e cassação 11. Publicação 12. Ciência do contribuinte 13. Recurso 14. Infrações e penalidades relativas a regimes especiais

de tributação

1. IntRoduçãoToda pessoa física ou jurídica com inscrição no

Cadastro de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro (CAD-ICMS), em atendimento às disposições previstas no RICMS-RJ/2000, para as operações e as prestações que realizar, deve emitir nota fiscal, escriturar os livros fiscais

32-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

e cumprir outras obrigações acessórias, bem como o consequente pagamento do imposto nos casos devidos.

Entretanto, algumas dessas obrigações tributárias, em face das peculiaridades das operações realizadas pelos contribuintes, tornam-se complexas, e o seu cumprimento demanda tempo e custos desnecessários.

Nesses casos, a critério do Fisco, poderá ser conce-dido regime especial para o cumprimento de obrigações acessórias pelo contribuinte, atendendo aos princípios de maior simplicidade, racionalidade e adequação em face da natureza das operações realizadas pelo requerente.

Neste texto, abordaremos os procedimentos para a formalização do pedido de regime especial e seus respectivos desdobramentos, com base no Livro VI do Regulamento do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, aprovado pelo Decreto nº 27.427/2000, com a redação dada através do Decreto nº 44.584/2014.

2. ConCESSão do REgIME ESPECIalPara obter a concessão de regime especial, o con-

tribuinte deverá cumprir as formalidades descritas neste procedimento.

Observa-se que a concessão de regime especial não dispensa o contribuinte do cumprimento das demais obri-gações, principal e acessórias, previstas na legislação.

Quando o regime especial envolver trânsito de mer-cadorias, os veículos da beneficiária ou aqueles por ela contratados deverão portar cópia do regime especial, para apresentação ao Fisco quando solicitado.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 54)

2.1 Hipóteses de não concessão do regime especialNão será concedido regime especial ao contribuinte que:a) possuir débito para com a Fazenda Estadual; oub) esteja inadimplente com as obrigações relativas

à entrega:b.1) do arquivo da EFD ICMS/IPI;b.2) da Declam-IPM;b.3) da GIA-ICMS.

Observa-se que é considerado em situação regular o contribuinte que tenha débito:

a) objeto de parcelamento que esteja sendo cum-prido regularmente;

b) inscrito na Dívida Ativa, se suspensa sua exigibi-lidade na forma do art. 151 do Código Tributário Nacional (CTN);

NotaConforme o citado art. 151 do CTN, suspendem a exigibilidade do cré-

dito tributário:a) a moratória;b) o depósito do seu montante integral;c) as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do

processo tributário administrativo;d) a concessão de medida liminar em mandado de segurança;e) a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras

espécies de ação judicial;

f) o parcelamento.

c) reclamado, por meio de auto de infração, não jul-gado definitivamente na esfera administrativa, des-de que não relacionado, direta ou indiretamente, com a matéria objeto do regime especial.

A verificação da regularidade fiscal será feita em relação a todos os estabelecimentos do contribuinte que pretendam usufruir do regime especial.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 53)

3. CoMPEtênCIaA decisão sobre pedido de concessão de regime

especial compete à Coordenação de Consultas Jurídico--Tributárias da Superintendência de Tributação.

Na hipótese de o regime especial tratar de matéria atinente ao cadastro de contribuintes, o pedido deve ser analisado, preliminarmente, pela Superintendência de Arrecadação, Cadastro e Informações Econômico--Fiscais que emitirá parecer conclusivo sobre o pedido, sem prejuízo do disposto no item 5.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 55)

4. PEdIdo E EnCaMInHaMEntoO pedido de concessão de regime especial para cum-

primento de obrigações acessórias deverá ser apresentado pelo estabelecimento-matriz do interessado à repartição fiscal a qual estiver vinculado, devendo conter, no mínimo:

a) nome empresarial, o endereço, os números de ins-crição, federal e estadual, e o código da atividade econômica segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do estabelecimento matriz e dos demais estabelecimentos filiais do inte-ressado que pretendam adotar o regime especial;

b) descrição minuciosa do regime especial pretendido;c) citação dos dispositivos da legislação que fun-

damentam o regime especial pleiteado;d) cópia dos modelos de documentos que serão

implementados, quando for caso;e) descrição pormenorizada das causas que difi-

cultam o cumprimento de obrigação regulamen-tar específica;

f) descrição dos benefícios que serão obtidos com a adoção do regime especial pretendido, fundamen-tados em aspectos qualitativos e quantitativos;

g) declaração de que o interessado, tanto pela ma-triz como por qualquer um dos seus estabeleci-mentos filiais, ainda não é beneficiário do regime especial pretendido;

h) certidão de Dívida Ativa;i) declaração de que o interessado é ou não contri-

buinte do IPI;j) original ou cópia reprográfica autenticada do ins-

trumento de mandato (procuração), se for o caso;k) comprovante do pagamento da taxa de serviços

estaduais;

32-06 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

l) e-mail e telefone do responsável pelo pedido;m) cópia do regime pretendido em mídia eletrônica.O pedido deve estar devidamente assinando pelo

interessado, devendo constar, abaixo da assinatura, o nome completo do signatário, o número e o órgão expe-didor do documento de identidade.

Para fins de facilitar a análise do pedido, o Fisco poderá exigir que o interessado apresente descrição do regime especial pretendido, estruturado em artigos, incisos, parágrafos, itens e alíneas.

Tratando-se de ato concessivo de regime especial oriundo de Fisco de outra Unidade da Federação para ser homologado no Estado do Rio de Janeiro, o requeri-mento deverá ser instruído também com:

a) cópia reprográfica do ato concessivo, na qual deverá estar disposta a validade do regime;

b) cópias reprográficas de modelos de impressos, documentos etc., relativos ao sistema aprovado, se for o caso.

Situando-se o estabelecimento-matriz em outra Unidade da Federação e ocorrendo a hipótese de serem os estabelecimentos filiais localizados no Estado do Rio de Janeiro os únicos interessados na adoção de regime especial, o pedido será formulado pelo estabelecimento principal localizado neste Estado, assim entendido aquele eleito pelo contribuinte como tal, e deverá ser apresentado à repartição fiscal a que estiver vinculado.

Inexistindo estabelecimento do interessado no Estado do Rio de Janeiro, o pedido de anuência de regime especial será apresentado a qualquer repartição fiscal localizada neste Estado, vedada a apresentação a órgãos centrais.

Não serão analisados pedidos de regimes especiais enviados pelos correios ou por qualquer outro meio que não seja os previstos neste item.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 56)

5. ExaME E aColHIMEntoO acolhimento do pedido pela repartição fiscal será

precedido de sua análise formal, bem como dos docu-mentos a ele anexados.

Se o pedido estiver regular, será protocolizado e analisado pela repartição fiscal, que deverá:

a) declarar se há ou não procedimento fiscal contra o interessado;

b) verificar se o contribuinte possui débitos penden-tes e, caso haja, informar se estão relacionados, di-reta ou indiretamente, à matéria objeto do pedido;

c) verificar a existência ou não de parcelamento de-ferido e o estágio em que se encontra;

d) elaborar parecer conclusivo e circunstanciado quan-to à segurança oferecida pelo regime pretendido.

Em caso de irregularidade, o pedido será devolvido sumariamente ao contribuinte, com orientação escrita sobre as correções necessárias.

Será indeferido de plano pela repartição fiscal o pedido de regime especial que verse sobre cumprimento de obrigação principal.

Para manifestação sobre a conveniência do pedido, deverá ser analisado o comportamento fiscal do inte-ressado, bem como se foram preenchidos os requisitos previstos no subitem 2.1 e no item 4 deste texto.

Uma vez constatada qualquer irregularidade na instrução do pedido ou pendência fiscal, o interessado deverá ser notificado a proceder ao devido saneamento, no prazo de até 30 dias contados da data da notificação.

A análise poderá ser efetuada após a realização de diligência fiscal com o fito de comprovar a procedência das informações e declarações prestadas no pedido de concessão de regime especial.

Tratando-se de pedido de prorrogação de regime especial, deverá ser verificada ainda a regularidade do contribuinte quanto ao cumprimento do regime anterior-mente concedido.

Após a apreciação e manifestação sobre a conveni-ência do pedido pela repartição fiscal, o processo deve ser encaminhado à Superintendência de Tributação.

Quando o regime pleiteado abranger estabelecimento contribuinte do IPI, a Superintendência de Tributação, se favorável à sua concessão, encaminhará o pedido à Receita Federal do Brasil, no Estado do Rio de Janeiro.

Quando o pedido se referir a matéria não sujeita à legislação do IPI, o Fisco estadual decidirá autonoma-mente, ainda que, em razão de outras operações, o requerente seja contribuinte do tributo federal.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, arts. 57 a 59)

6. PRazo E PEdIdo dE PRoRRogaçãoOs regimes especiais serão concedidos por prazo

determinado de, no máximo, 5 anos.O contribuinte poderá pedir prorrogação do regime

especial, desde que protocolize o pedido até 60 dias antes do termo final da vigência do ato concessivo, observadas as formalidades previstas no item 4.

Salvo disposição em contrário constante do ato con-cessório, o regime especial cujo pedido de prorrogação seja protocolado com antecedência mínima de 60 dias em relação à data de término de seus efeitos, terá sua vigência automaticamente prorrogada até a data em que for cientificado o interessado da decisão da autoridade competente quanto ao pleito formulado.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 60)

7. avERBação E ExtEnSãoA utilização do regime especial por demais esta-

belecimentos do requerente incluídos no pedido fica condicionada à averbação, devendo o contribuinte apre-sentar à repartição fiscal de vinculação de cada um deles e ao Fisco federal, se for o caso, cópia do instrumento concessivo e dos modelos aprovados, além do livro

32-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO) para lavratura de termo, sendo dispensada a formação de processo para este fim.

A averbação consiste em despacho do titular da repartição fiscal a que o estabelecimento beneficiário estiver vinculado, no qual se declara que o estabele-cimento nele especificado está autorizado a utilizá-lo, devendo ser lavrado termo no livro RUDFTO.

O regime especial pode ser estendido a estabeleci-mento não incluído no pedido, devendo ser comunicado à repartição fiscal do estabelecimento principal, que anotará a inclusão no verso da cópia do instrumento con-cessivo e lavrará termo no livro RUDFTO, orientando o estabelecimento beneficiário a proceder à averbação na repartição fiscal a que estiver vinculado. Nesta hipótese, deverá ser verificada a regularidade fiscal do estabeleci-mento incluído, conforme disposto no subitem 2.1.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 61)

8. altERaçãoA alteração do regime especial pode ser solicitada, a

qualquer tempo, pelo estabelecimento único ou principal, devendo o pedido ser apresentado conforme descrito no item 4, que seguirá os mesmos trâmites da concessão original, ressalvada a hipótese em que o pedido se res-tringir a alteração de dados cadastrais.

Na hipótese em que o pedido se restringir à alteração de dados cadastrais, o beneficiário deve apresentar o pedido à repartição fiscal a que estiver vinculado, que atestará a veracidade das informações, manifestando-se conclusivamente sobre o pedido, e o encaminhará à Supe-rintendência de Tributação para alteração das informações.

Após a alteração dos dados cadastrais, será conce-dida nova cópia do regime especial ao beneficiário.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, arts. 62 e 63)

9. REnúnCIaO contribuinte poderá requerer a cessação total do

regime especial a ele concedido.

O pedido de cessação deverá ser apresentado à repartição fiscal a que o contribuinte estiver vinculado e será apreciado pela autoridade que concedeu o regime especial.

Decorrido o prazo de 30 dias contados da apresen-tação do pedido sem que tenha havido manifestação do Fisco, considerar-se-á extinto o regime especial.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 64)

10. altERação dE oFíCIo, REvogação E CaSSaçãoO regime especial pode ser alterado, cassado ou

revogado a qualquer tempo, a critério do Fisco.

A repartição fiscal a que o contribuinte beneficiário estiver vinculado deve acompanhar a observância ao regime especial concedido, devendo, quando for o caso, propor sua alteração ou cassação, desde que devida-mente justificada.

A alteração ou a cassação do regime especial tam-bém pode ser solicitada pelo Fisco de outra Unidade da Federação, desde que devidamente justificada.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 65)

11. PuBlICaçãoOs despachos de concessão, alteração, extinção por

renúncia, revogação ou cassação de regimes especiais serão publicados em resumo no Diário Oficial do Estado.

A extensão do regime especial, concedido pelo Fisco de outra Unidade da Federação, será feita por ato de anuência da Superintendência de Tributação.

O disposto neste item não se aplica quando se tratar de alterações de dados cadastrais.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 67)

12. CIênCIa do ContRIBuIntEO contribuinte será cientificado:a) pela repartição fiscal a que estiver vinculado, so-

bre a decisão relativa ao pedido formulado;b) a prestar esclarecimentos complementares ou

oferecer documentação adicional, necessários à apreciação do pedido, salvo se a exigência se der no curso de diligência fiscal.

O regime especial produzirá efeitos a partir da data da ciência do contribuinte, independentemente da publi-cação no Diário Oficial do Estado.

A repartição fiscal deve lavrar termo no livro RUDFTO, mencionando o teor do regime especial, o número do processo concessivo e demais observações pertinentes, devendo ser anotado na cópia entregue ao contribuinte o número da folha do RUDFTO em que foi lavrado o termo e ser arquivada outra cópia em pasta própria do contribuinte.

(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 66)

13. RECuRSoDa decisão que indeferir o pedido ou determinar a

alteração, cassação ou revogação do regime especial, caberá recurso, sem efeito suspensivo, uma única vez, dirigido à autoridade imediatamente superior à que houver proferido a decisão recorrida.

O recurso será apresentado, por escrito, à repartição fiscal a que estiver vinculado o recorrente, no prazo de 30 dias contados da data da ciência da decisão recor-rida, devendo conter, no mínimo:

a) o nome empresarial, o endereço e os números de inscrição, federal e estadual;

b) o número do processo ou do protocolo;c) os fundamentos de fato e de direito.(RICMS-RJ/2000, Livro VI, art. 68)

14. InFRaçõES E PEnalIdadES RElatIvaS a REgIMES ESPECIaIS dE tRIButaçãoO descumprimento de obrigações acessórias relati-

vas a enquadramento em regime especial de tributação ensejará a aplicação das seguintes penalidades:

32-08 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Infração PenalidadeOmitir operação ou prestação de serviço que influa na determinação do valor do imposto devido, ainda que não implique alteração ou desenquadramento do regime, inclusive, operação ou prestação isenta, não tributada ou não sujeita ao ICMS, bem como aquela cujo imposto tenha sido retido anteriormente.

Multa de 5% do valor da operação ou prestação de serviço omitido, indepen-dentemente da cobrança do imposto e correspon-dente multa proporcional quando cabível.

Deixar de declarar ou apresentar dados considerados para enquadramento ou permanência no regime, ou declará-los ou apresentá-los com inexatidões.

Multa equivalente em reais a 3.000 Ufir-RJ, sem preju-ízo da cobrança do impos-to e respectiva multa pro-porcional quando cabível.

Deixar de declarar ou apresentar dados ou declará-los ou apresentá-los com inexati-dões quando não implicar alteração ou de-senquadramento do regime e não influir na determinação do valor do imposto devido.

Multa equivalente em reais a 500 Ufir-RJ.

O imposto porventura devido será exigido pelo regime de compensação, salvo se a legislação específica do regime especial de tributação dispuser em contrário.

Entende-se como:

a) regime de compensação: quando a apuração do imposto ocorre mediante confronto periódico en-tre débitos e créditos na forma do art. 33 da Lei nº 2.657/1996;

b) regime especial de tributação: qualquer forma al-ternativa de apuração do imposto não enquadra-da na letra “a”.

(Lei nº 2.657/1996, art. 64-A)

N

a IOB SetorialFEdERal

Tecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero

A pessoa jurídica habilitada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) como beneficiária do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD), instituído pela Lei nº 11.484/2007 e regulamentado pelo Decreto nº 6.234/2007, poderá usufruir da alíquota a zero do IPI, desde que aten-didos os requisitos exigidos para tal finalidade.

Poderá pleitear habilitação ao PATVD a pessoa jurídica que invista anualmente em pesquisa e desenvol-vimento no País, conforme definido em legislação espe-cífica, e que exerça as atividades de desenvolvimento e fabricação de equipamentos transmissores de sinais por radiofrequência para televisão digital, classificados no código 8525.50.2 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

Para fruição do incentivo fiscal, a pessoa jurídica devi-damente habilitada, nos termos do Decreto nº 6.234/2007, deverá cumprir as regras sobre o processo produtivo básico (PPB) estabelecido por portaria interministerial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, alternativa-mente, atender aos critérios de bens desenvolvidos no País definidos por portaria do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento e o exercício das atividades de desenvolvimento e fabricação de equipamentos para a TV digital devem ser efetuados, de acordo com os projetos aprovados, apenas em atividades de pesquisa e desenvolvimento dos equipamentos transmis-sores, de software e de insumos para esses equipamentos.

Esses projetos devem ser aprovados em ato conjunto do Ministério da Fazenda, do Ministério da Ciência, Tec-nologia e Inovação e do Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

A aprovação do projeto fica condicionada à com-provação da regularidade fiscal, da pessoa jurídica interessada, em relação aos impostos e às contribuições administrados pela RFB.

As alíquotas do IPI incidente na saída do estabeleci-mento industrial ou a ele equiparado ou na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, ficam reduzidas a zero, até 22.01.2017, quando a aquisição no mercado interno ou a importação for efetuada por pes-soa jurídica beneficiária do PATVD, para incorporação ao Ativo Imobilizado da pessoa jurídica adquirente no mercado interno ou importadora, destinados às atividades já citadas.

A redução de alíquotas a zero alcança também as ferramentas computacionais (softwares) e os insumos destinados à fabricação dos equipamentos para TV digital, quando adquiridos no mercado interno ou impor-tados por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

O benefício concedido às operações e ferramentas, mencionadas, alcançam somente os bens ou os insumos relacionados em ato do Poder Executivo.

Para fins de fruição do incentivo fiscal, equipara-se a importador a pessoa jurídica adquirente de bens estran-geiros, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

As alíquotas do imposto incidentes sobre equipamen-tos transmissores de sinais por radiofrequência para TV digital, classificados no código 8525.50.2 da TIPI, na saída do estabelecimento industrial de pessoa jurídica benefici-ária do PATVD, ficam reduzidas a zero, até 22.01.2017, não se aplicando essa redução de forma cumulativa com outras reduções ou benefícios relacionados ao imposto.

A beneficiária do PATVD deverá encaminhar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, até 31 de

32-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

EStadualImplantação da NFC-e por contribuinte do ICMS

A implantação da Nota Fiscal a Consumidor (NFC-e) em substituição ao Cupom Fiscal e a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, seguirá o cronograma, previsto no art. 1º da Resolução Sefaz nº 759/2014 que acrescenta o Anexo II-A à Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, conforme descrito a seguir:

a) 08.08.2014, contribuintes voluntários para emis-são em ambiente de testes, mediante o preenchi-mento do formulário “Solicitação de Acesso ao Ambiente de Testes”, disponível na página da Secretaria da Fazenda (Sefaz), na Internet;

b) 1º.10.2014, contribuintes:b.1) voluntários para emissão em ambiente de

produção, observados os §§ 5º a 9º do art.

1º e no § 4º do art. 2º do Anexo II-A da Re-solução Sefaz nº 720/2014;

b.2) que, obrigados ao uso de Emissor de Cupom Fiscal (ECF), não tenham solicita-do autorização de uso de equipamento até 1º.10.2014;

c) 1º.07.2015, contribuintes que:c.1) apuram o ICMS por confronto entre débitos

e créditos, ainda que, a partir da referida data, venham a se enquadrar em outro re-gime de apuração;

c.2) requererem inscrição estadual, indepen-dentemente do regime de apuração a que estejam vinculados;

d) 1º.01.2016, contribuintes optantes:d.1) pelo Simples Nacional com receita bruta

anual auferida no ano-base 2014 superior a R$ 1.800.000,00;

julho de cada ano civil, os relatórios demonstrativos do cumprimento, no ano anterior, das obrigações e condições exigidas, inclusive em legislação específica sobre a matéria.

No caso de os investimentos em pesquisa e desenvol-vimento não atingirem, em determinado ano, o percentual mínimo fixado nos termos de regulamentação específica, a pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá aplicar o valor residual no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) (CT-INFO ou CT-Amazônia), acrescido de multa de 25% e de juros equivalentes à taxa Selic, calcula-dos desde 1º de janeiro do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual até a data da efetiva aplicação.

A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá efetuar essa aplicação até o último dia útil do mês de março do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual.

A não realização da aplicação no prazo exigido obriga o contribuinte ao pagamento de juros e multa de mora, na forma da lei tributária, referentes ao imposto não pago em decorrência da redução das alíquotas.

Os juros e a multa serão recolhidos isoladamente e devem ser calculados a partir da data da saída do produto do estabelecimento industrial, sobre o valor do imposto não recolhido, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo de aplicações em pesquisa e desenvolvimento fixado e o efetivamente realizado.

Os pagamentos efetuados não desobrigam a pes-soa jurídica beneficiária do PATVD do dever de efetuar a aplicação no FNDCT (CT-Info ou CT-Amazônia).

A falta ou a irregularidade do recolhimento sujeita a pessoa jurídica a lançamento de ofício, com aplicação de multa de ofício na forma da lei tributária.

A pessoa jurídica beneficiária do PATVD será punida, a qualquer tempo, com a suspensão da redução das alíquotas, sem prejuízo da aplicação de penalidades específicas à prática das seguintes infrações:

a) descumprimento das condições estabelecidas no § 2º do art. 158 do RIPI/2010, relacionadas ao PPB;

b) descumprimento da obrigação de efetuar inves-timentos em pesquisa e desenvolvimento na for-ma exigida pela legislação pertinente;

c) não apresentação ou não aprovação dos relató-rios pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, de que trata o art. 162 do RIPI/2010;

d) infringência aos dispositivos de regulamentação do PATVD; ou

e) irregularidade em relação a impostos ou contri-buições administrados pela RFB.

A suspensão do incentivo fiscal é convertida em cancelamento da redução das alíquotas, no caso de a pessoa jurídica beneficiária do PATVD não sanar a infração no prazo de 90 dias contados da notificação da suspensão.

A pessoa jurídica que der causa a duas suspensões em prazo inferior a 2 anos será punida com o cancela-mento da redução das alíquotas.

Note-se, ainda, que a penalidade de cancelamento da aplicação somente poderá ser revertida após 2 anos de saneamento da infração que a motivou.

(Lei nº 11.484/2007; Decreto nº 6.234/2007; RIPI - Decreto nº 7.212/2010, arts. 158 a 165; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

a IOB Comenta

32-10 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

d.2) por demais regimes de apuração distintos do regime de confronto entre débitos e cré-ditos, inclusive os previstos no Livro V do RICMS-RJ/2000, independentemente da receita bruta anual auferida;

e) 1º.07.2016, contribuintes optantes pelo Simples Nacional com receita bruta anual auferida no ano-base 2014 superior a R$ 360.000,00;

f) 1º.01.2017, demais contribuintes.

A partir da data de credenciamento no ambiente de produção para emissão da NFC-e ou da data prevista para implantação, não será mais concedida autorização para utilização de ECF; bem como não poderá ser emitida a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, devendo ser inutilizado o estoque remanescente, obser-vados os procedimentos previstos na legislação, exceto na hipótese prevista exclusivamente para acobertar as operações realizadas fora do estabelecimento.

Relativamente ao equipamento ECF, deverá ser observado o seguinte:

a) a critério do contribuinte, o equipamento ECF que já tenha sido autorizado a uso poderá conti-nuar a ser utilizado por até 2 anos, contados da data do credenciamento, ou até que se esgote a memória do ECF, o que vier primeiro;

b) enquanto possuírem ECF autorizados a uso nes-te Estado, os contribuintes deverão observar to-dos os procedimentos relativos a sua utilização

previstos na legislação, como uso de PAF-ECF, geração e guarda de documentos, escrituração e cessação de seu uso;

c) em até 60 dias após o prazo descrito na letra “a”, o contribuinte deverá providenciar a cessação de uso do equipamento e comunicá-la à Sefaz, observados os procedimentos previstos na legis-lação, sob pena de aplicação da multa cabível.

Durante o período em que for permitida a utilização concomitante do ECF com a NFC-e, o contribuinte deverá emitir preferencialmente a NFC-e.

A Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, bem como o Cupom Fiscal emitido que não atenda as disposições da Resolução Sefaz nº 759/2014 serão considerados inidôneos para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco.

Os contribuintes que utilizarem exclusivamente NFC-e, observadas as disposições relativas à cessação de uso de ECF, ficam desobrigados de utilizar PAF-ECF e TEF integrado.

As normas descritas neste texto não se aplicam:a) ao produtor rural não inscrito no CNPJ;b) ao microempreendedor individual (MEI), de que

trata o art. 18-A da Lei Complementar federal nº 123/2006.

(Resolução Sefaz nº 759/2014, art. 1º)

N

IPIIncentivos fiscais - Renuclear - Habilitação

1) Quem pode e quem não pode ser habilitado ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares (Renuclear)?

É beneficiária do Renuclear a pessoa jurídica habi-litada perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) que tenha projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura no setor de geração de energia elétrica de origem nuclear.

É vedada a adesão ao Renuclear às pessoas jurídicas: a) optantes pelo regime do Simples Nacional, de

que trata a Lei Complementar nº 123/2006; b) de que trata o inciso II do art. 8º da Lei nº

10.637/2002; ec) de que trata o inciso II do art. 10 da Lei nº

10.833/2003. A Medida Provisória nº 517/2010, que dispõe sobre o

assunto, foi convertida, com emendas, na Lei nº 12.431/2011.(Medida Provisória nº 517/2010, art. 11, caput, § 2º; Lei nº

12.431/2011, art. 15, caput, § 2º)

ICMS/RJ

Embalagem vazia de agrotóxico - Devolução

2) Como será efetuada a devolução de embala-gem vazia de agrotóxico?

A devolução de embalagens vazias de agrotóxicos e respectivas tampas, de que trata o Convênio ICMS nº 42/2001, realizada em atendimento ao disposto na Lei federal nº 7.802/1989, observará o seguinte:

a) o transporte das embalagens será documentado por nota fiscal, ou Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, conforme o caso, distinta para cada veículo, devendo constar no campo “Informações Com-plementares” a seguinte expressão: “Devolução Sem Ônus - Lei federal nº 7802/89”;

b) caso o emitente não esteja obrigado à inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CAD-ICMS), será utilizada a Nota Fiscal Avulsa para acobertar o transporte a que se refere este artigo.

(Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII, art. 53, I e II)

a IOB Perguntas e Respostas