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ICMS DIAGNÓSTICOS E PROPOSIÇÕES RELATÓRIO AO GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS COMISSÃO PERMANENTE DE REVISÃO E SIMPLIFICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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ICMS DIagnóStICoS e ProPoSIçõeS

1º relatórIo ao governaDor Do eStaDo De MInaS geraIS

CoMISSÃo PerManente De revISÃo e SIMPlIFICaçÃo Da legISlaçÃo trIBUtÁrIa

Do eStaDo De MInaS geraIS

MISABEL DE ABREU MACHADO DERZIJOSÉ AFONSO BICALHO BELTRÃO DA SILVA

ONOFRE ALVES BATISTA JÚNIOR(OrganizadOres)

Belo Horizonte2017

ICMS DIagnóStICoS e ProPoSIçõeS

1º relatórIo ao governaDor Do eStaDo De MInaS geraIS, FernanDo DaMata PIMentel

CoMISSÃo PerManente De revISÃo e SIMPlIFICaçÃo Da legISlaçÃo trIBUtÁrIa

Do eStaDo De MInaS geraIS

341.39632 ICMS: diagnósticos e proposições – Relatório ao governador do I17 estado de Minas Gerais, 1 / [Organizado por] Misabel de Abreu2017 Machado Derzi, José Afonso Bicalho Beltrão da Silva [e] Onofre Alves Batista Júnior. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2017. p.500

ISBN: 978-85-8238-284-4

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS – Minas Gerais. 2. Tributos – Minas Gerais. 3. Consumo – Tributos – Brasil. 4. Brasil – Reforma tributária de 1965. 5. Federalismo – Brasil. 6. Pacto federativo. I. Derzi, Misabel de Abreu Machado (Org.). II. Silva, José Afonso Bicalho Beltrão da (Org.). III. Batista Júnior, Onofre Alves (Org.). IV. Título.

CDD(23.ed.) – 336.278 CDDir – 341.39632

Belo Horizonte2017

CONSELHO EDITORIAL

Elaborada por: Fátima Falci CRB/6-700

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,inclusive por processos reprográficos, sem autorização expressa da editora.

Impresso no Brasil | Printed in Brazil

Arraes Editores Ltda., 2017.

Coordenação Editorial: Produção Editorial e Capa:

Revisão:

Fabiana CarvalhoDanilo Jorge da SilvaAline Chevrand Campos

MatrIz

Av. Nossa Senhora do Carmo, 1650/loja 29 - Bairro Sion Belo Horizonte/MG - CEP 30330-000

Tel: (31) 3031-2330

FIlIal

Rua Senador Feijó, 154/cj 64 – Bairro Sé São Paulo/SP - CEP 01006-000

Tel: (11) 3105-6370

www.arraeseditores.com.br [email protected]

Álvaro Ricardo de Souza CruzAndré Cordeiro Leal

André Lipp Pinto Basto LupiAntônio Márcio da Cunha Guimarães

Bernardo G. B. NogueiraCarlos Augusto Canedo G. da Silva

Carlos Bruno Ferreira da SilvaCarlos Henrique SoaresClaudia Rosane Roesler

Clèmerson Merlin ClèveDavid França Ribeiro de Carvalho

Dhenis Cruz MadeiraDircêo Torrecillas Ramos

Emerson GarciaFelipe Chiarello de Souza Pinto

Florisbal de Souza Del’OlmoFrederico Barbosa Gomes

Gilberto BercoviciGregório Assagra de Almeida

Gustavo CorgosinhoGustavo Silveira Siqueira

Jamile Bergamaschine Mata DizJanaína Rigo Santin

Jean Carlos Fernandes

Jorge Bacelar Gouveia – PortugalJorge M. LasmarJose Antonio Moreno Molina – EspanhaJosé Luiz Quadros de MagalhãesKiwonghi BizawuLeandro Eustáquio de Matos MonteiroLuciano Stoller de FariaLuiz Henrique Sormani BarbugianiLuiz Manoel Gomes JúniorLuiz MoreiraMárcio Luís de OliveiraMaria de Fátima Freire SáMário Lúcio Quintão SoaresMartonio Mont’Alverne Barreto LimaNelson RosenvaldRenato CaramRoberto Correia da Silva Gomes CaldasRodolfo Viana PereiraRodrigo Almeida MagalhãesRogério Filippetto de OliveiraRubens BeçakVladmir Oliveira da SilveiraWagner MenezesWilliam Eduardo Freire

V

MISABEL DE ABREU MACHADO DERZIJOSÉ AFONSO BICALHO BELTRÃO DA SILVA

ONOFRE ALVES BATISTA JÚNIOR(general editOrs)

ICMS DIagnoStICS anD ProPoSItIonS

FIrSt rePort to the governor oF the State oF MInaS geraIS, FernanDo DaMata PIMentel

PerManent CoMMISSIon on revIeW anD SIMPlIFICatIon oF taX legISlatIon

oF the State oF MInaS geraIS

VI

CoMPoSIçÃo Da CoMISSÃo PerManente De revISÃo e SIMPlIFICaçÃo Da legISlaçÃo trIBUtÁrIa Do eStaDo De MInaS geraIS

MEMBROS PERMANENTES E COMISSÃO EXECUTIVA

PreSIDente

Dra. Misabel de Abreu Machado DerziProfessora Titular de Direito Tributário e Financeiro da UFMGPresidente da Comissão e Coordenadora Geral dos Trabalhos

CoMISSÃo eXeCUtIva

Dr. José Afonso Bicalho Beltrão da SilvaProfessor de Economia da UFMGSecretário de Estado de Fazenda de Minas GeraisSecretário Executivo da Comissão

Dr. Marco Antônio de Rezende TeixeiraSecretário de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais de Minas GeraisMembro da Comissão Executiva

Dr. Onofre Alves Batista JúniorProfessor da UFMGAdvogado-Geral do Estado de Minas GeraisPós-Doutor em Direito pela Universidade de CoimbraMembro da Comissão Executiva

Dr. Helvécio Miranda Magalhães JúniorSecretário de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais

RELATORES E TRADUTORES

Dr. André Mendes MoreiraDoutor em Direito pela USPProfessor-Adjunto da UFMGAdvogado

Dr. Thomas da Rosa de BustamanteDoutor em Direito pela PUC/RJProfessor-Adjunto da UFMGPesquisador

Dr. Werther Botelho SpagnolDoutor em Direito pela UFMGProfessor-Adjunto da UFMGAdvogado

VII

SUB-RELATORES

Alessandra Machado Brandão TeixeiraProfessora de Direito Tributário da PUC/MGAdvogadaMestre e Doutora em Direito Tributário pela UFMG

Aline Chevrand CamposAuditora Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGMestre em Administração Pública pela Fundação João PinheiroPós-graduada em Direito Tributário pela PUC/MGBacharel em Direito pela UFMG e em Ciência da Computação pela PUC/MG

Carlos Alberto Moreira AlvesRepresentante da Federação das Associações Comerciais, Industriais, Agropecuárias e de Serviços/MG (Federaminas)Conselheiro efetivo do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG)Doutorando pela Universidad del Museo Social Argentino

Cristiane Miranda BotelhoJuíza FederalMestre e Doutoranda pela UFMG

Francisco Maurício Barbosa SimõesRepresentante da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG)

Itamar Peixoto de MeloAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGAssessor da Superintendência de TributaçãoEspecialista em Direito Tributário pela PUC/MGBacharel em Direito pela PUC/MG

Jefferson Nery ChavesAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGAssessor Especial da Subsecretaria da Receita EstadualEspecialista em Direito Tributário pela PUC/MGMestre em Economia de Empresas pela FEAD/MGBacharel em Direito pela FADIVA/MG

João Paulo Fanucchi Almeida MeloRepresentante da OAB/MGProfessor da PUC/MGMestre pela PUC/MGAdvogado

Ludmila Mara Monteiro de OliveiraAssessora no Tribunal de Justiça de Minas GeraisMestre em Direito pela UFMGDoutoranda em Direito pela UFMG, com período de investigação na McGill University (Canadá)

Manoel Nazareno Procópio de Moura JúniorAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGPresidente (2012 a 2015) da COTEPE/ICMS, do CONFAZ/Ministério da FazendaPresidente (a partir de julho/2016) do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG)Bacharel em Economia e Direito pela UFMG

Marcelo Barroso Lima Brito de CamposProcurador do Estado de Minas GeraisChefe da Procuradoria de Tributos e Assuntos Fiscais (PTF)Doutor pela PUC/MGProfessor da UniBH

Marcelo Nogueira de MoraisRepresentante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio)Conselheiro efetivo do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG)

VIII

Mestrando pela PUC/MGPós-graduado no MBA Exec. Internacional (Univ. da Califórnia) com ênfase em Direito Tributário pela FGV

Marcelo Pádua CavalcantiAdvogado-Geral Adjunto do Estado/MG

Marciano Seabra de GodoiProfessor da PUC/MGAdvogadoMestre pela UFMG e Doutor em Direito Tributário pela Universidade Complutense de MadridPós-Doutor pela Universidade Autônoma de Madrid

Nathália Daniel DominguesProcuradora do Estado de Minas GeraisMestre em Direito Tributário pela UFMG

Onofre Alves Batista JúniorProfessor da UFMGAdvogado-Geral do Estado de Minas GeraisPós-Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra

Ricardo Luiz Oliveira de SouzaAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGDiretor de Orientação e Legislação TributáriaMestre em Administração Tributária e Fazenda Pública pelo Instituto de Estudios Fiscales, de Madri, EspanhaPós-graduado em Direito Tributário, Comércio Exterior e AdministraçãoBacharel em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos e em Administração pela UFMG

Tarcísio Diniz MagalhãesCoordenador de Processos Contenciosos Estratégicos da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais - Gabinete do Advogado GeralMestre em Direito pela UFMGDoutorando em Direito pela UFMG, com período de investigação na McGill University (Canadá), no IBFD (Países Baixos) e na WU (Áustria)

MEMBROS CONVIDADOS

Antônio Carlos Diniz MurtaProcurador do Estado de Minas GeraisProfessor da FUMECDoutor pela UFMG

Bruno Selmi Dei FalciPresidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo HorizonteEmpresário do Comércio

Carlos Renato Machado ConfarAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGSuperintendente de Fiscalização

Carlos Victor Muzzi FilhoProcurador do Estado de Minas GeraisProfessor da FUMECDoutor pela UFMG

Célio Lopes KalumeProcurador do Estado de Minas GeraisMestre pela Fundação João Pinheiro

Cláudia Campos LaraAuditora Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGGerente Administrativa do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG)Bacharel em Administração pela UFMG

IX

Edilson José de Carvalho CruzAdvogadoEx-Professor da PUC/MGGerente Institucional e Assessor da Presidência da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte

Ennia Rafael de Oliveira Guedes BuenoRepresentante da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG)

Fernando de Vasconcelos LinsJuiz de Direito1ª Vara de Feitos Tributários do Estado de Minas GeraisDesignado pelo Tribunal de Justiça/MG

Fernando Eduardo Bastos de MeloAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGAssessor Especial da Subsecretaria da Receita Estadual

Filemon Augusto Assunção de OliveiraContador e representante do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRC/MG)

Flávio Couto BernardesDoutor pela UFMGAdvogado

Gabriel GuimarãesDeputado FederalLíder da bancada mineira na Câmara dos Deputados

Glenn AndradeRepresentante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio)

João Alberto VizzottoAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGSubsecretário da Receita Estadual

Juselder Cordeiro da MataRepresentante da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas)Professor da Faculdade Batista de Minas GeraisMestrando pela Faculdade de Direito Milton CamposAdvogado

Leonardo Augusto Rodrigues BorgesAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGBacharel em Direito pela UFMG

Leônidas Marcos Torres MarquesAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGSuperintendente de Arrecadação e Informações Fiscais

Licurgo Joseph Mourão de OliveiraConselheiro substituto do Tribunal de Contas do Estado de Minas GeraisMestre em Direito Econômico pela UFPBDoutorando em Direito Financeiro e Tributário pela USP

Luciana Mundim de Mattos PaixãoMembro do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG)Representante da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG)

Marcelo Hipólito RodriguesAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGSuperintendente de Tributação

Marcos Afonso Marciano de OliveiraAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGAssessor Especial da Subsecretaria da Receita EstadualEspecialista em Direito Tributário e em Direito Público pela PUC/MGBacharel em Direito pela Faculdade de Sete Lagoas/MG

X

Maria de Lourdes MedeirosAuditora Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGConselheira efetiva do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG)Presidente (dez/2011 a jun/2016) do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG)Especialista em Direito Tributário pela PUC/MG e em Direito Público pela Fundação Monsenhor MessiasEspecialista em Administração Pública pela Fundação João PinheiroBacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Oeste de Minas e em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis de Divinópolis

Maria do Carmo Silveira NascimentoAuditora Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGAssessora Especial da Subsecretaria da Receita EstadualEspecialista em Direito Tributário e em Direito Público pela PUC/MG

Reinaldo Lage Rodrigues de AraújoRepresentante da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (FETCEMG)

Reginaldo Moreira de OliveiraAdvogado e ContadorAssessor Jurídico da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte

Renato Froes Alves FerreiraPromotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG)Chefe do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (CAOET)Designado pelo Ministério Público/MG

René de Oliveira e Sousa JúniorAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MG (aposentado)Mestrando pela PUC/MGBacharel em Administração, Letras e em DireitoEx-Presidente da COTEPE/ICMS, do CONFAZ/Ministério da Fazenda

Tiago UlissesDesignado pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG)Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da ALMGDeputado Estadual

Valter LobatoRepresentante da OAB/MGPresidente da Associação Brasileira de Direito Tributário (ABRADT)Professor das Faculdades Milton CamposDoutor pela UFMG

Walquíria Mara Graciano Machado RabeloTabeliã de Notas - 9º Ofício de Belo HorizonteRepresentante do Sindicato de Notários e Registradores de Minas Gerais (SINOREG-MG)

Wieland SilberschneiderAuditor Fiscal da Receita Estadual, na SEF/MGSecretário-Adjunto da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG/MG)Doutor em Economia e Mestre em Sociologia, pela UFMGEspecialista pela George Washington University

CONSULTORES EXTERNOS / NACIONAIS

Prof. Alexandre Alkmim Teixeira (PUC/MG)Profa. Betina Grupenmacher (UFPR)Profa. Elisabeth Nazar (PUC/SP)Prof. Estevão Horvath (USP e PUC/SP. Procurador do Estado de São Paulo)Prof. Heleno Taveira Torres (Titular de Direito Financeiro da USP)

XI

Prof. Humberto Ávila (Titular da USP e da UFRGS)Prof. Igor Mauler Santiago (OAB/MG)Prof. José Souto Maior Borges (UFPE e emérito da PUC/SP)Prof. Luís Eduardo Schoueri (Titular da USP)Prof. Mary Elbe Queiroz (IBET e IPET)Prof. Paulo de Barros Carvalho (Emérito da USP e da PUC/SP)Prof. Rafhael Frattari (FUMEC)Prof. Roque Antônio Carrazza (PUC/SP)

CONSULTORES EXTERNOS / INTERNACIONAIS

Prof. Alejandro Altamirano (Universidade Austral-Buenos Aires)Profa. Allison Christians (Universidade McGill, Canadá)Prof. Anwar Shah (Univ. Alberta, Canadá; Univ. South-Western, China e Consultor Interna-cional em Economia Pública)Prof. Beverly George Dahlby (Universidade de Calgary, Canadá)Prof. Joachim Englisch (Universidade Münster, Alemanha; Consultor da OCDE)Profa. Marie Christine Esclassan (Universidade de Paris I)Prof. Michel Bouvier (Universidade de Paris I)Prof. Reuven Avi-Yonah (Universidade Michigan, EUA)Prof. Robin Boadway (Emérito de Economia da Queen’s Univ., Canadá)

Revisora: Aline Chevrand CamposSecretárias da Comissão: Ludmila Mara Monteiro de Oliveira e Nathália Daniel Domingues

XII

SUBCOMISSÃO I: PERFIL CONSTITUCIONAL DO ICMS

Competência. Federalismo e Guerra Fiscal.

Presidente: Alessandra Machado Brandão Teixeira (PUC/MG)

Membros: Alexandre Alkmim Teixeira (PUC/MG)

Antônio Carlos Diniz Murta (AGE/MG)

Filemon Augusto Assunção de Oliveira (CRC/MG)

João Paulo Fanucchi Almeida Melo (OAB/MG)

Marcelo Nogueira de Morais (Fecomércio MG)

Marciano Seabra de Godoi (PUC/MG)

Reinaldo Lage Rodrigues de Araújo (FETCEMG)

Thomas da Rosa de Bustamante (UFMG)

SUBCOMISSÃO II: CARGA TRIBUTÁRIA. REGIMES ESPECIAIS

Carga tributária geral e setorial: a renúncia tributária por setor e seu impacto na arre-cadação. Regimes especiais: classificação e fundamentos.

Presidente: René de Oliveira e Sousa Júnior (SEF/MG)

Membros: Alessandra Machado Brandão Teixeira (PUC/MG)

André Mendes Moreira (UFMG)

Carlos Alberto Moreira Alves (Federaminas)

Carlos Victor Muzzi Filho (AGE/MG)

Cristiane Miranda Botelho (Justiça Federal/MG)

Filemon Augusto Assunção de Oliveira (CRC/MG)

Itamar Peixoto de Melo (SEF/MG)

Jefferson Nery Chaves (SEF/MG)

Leônidas Marcos Torres Marques (SEF/MG)

Manoel Nazareno Procópio de Moura Júnior (SEF/MG)

Marcelo Hipólito Rodrigues (SEF/MG)

Marcelo Nogueira de Morais (Fecomércio MG)

Marcos Afonso Marciano de Oliveira (SEF/MG)

Werther Botelho Spagnol (UFMG)

CoMPoSIçÃo DaS SUBCoMISSõeS

XIII

SUBCOMISSÃO III: A POLÍTICA DE PREVENÇÃO DA SONEGAÇÃO E DA FRAUDE

O ICMS no Estado. Estratégias de arrecadação: substituição tributária e antecipação de imposto. A política das multas no Estado e a sua contínua revisão por parte do Conse-lho de Contribuintes e pelo Poder Judiciário. O Programa Regularize.

Presidente: Ricardo Luiz Oliveira de Souza (SEF/MG)

Membros: Carlos Alberto Moreira Alves (Federaminas)

Célio Lopes Kalume (AGE/MG)

Cláudia Campos Lara (SEF/MG)

Francisco Maurício Barbosa Simões (FAEMG)

Jefferson Nery Chaves (SEF/MG)

Luciana Mundim de Mattos Paixão (FIEMG)

Marcelo Barroso Lima Brito de Campos (AGE/MG)

Maria de Lourdes Medeiros (SEF/MG)

Renato Froes Alves Ferreira (MPMG)

Valter Lobato (OAB/MG)

SUBCOMISSÃO IV: GASTOS TRIBUTÁRIOS

Conceito. Interpretação dos dispositivos constitucionais e legais. Metodologia relativa à renúncia de receitas em Minas Gerais. Identificação e análise dos instrumentos de quantificação e apresentação dos gastos tributários do Estado de Minas Gerais.

Presidente: João Alberto Vizzotto (SEF/MG)

Membros: Leônidas Marcos Torres Marques (SEF/MG)

Marcelo Pádua Cavalcanti (AGE/MG)

Ricardo Luiz Oliveira de Souza (SEF/MG)

SUBCOMISSÃO V: COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS

Transferências obrigatórias e voluntárias da União. Royalties e outras compensações. Renúncia tributária e impacto nas transferências da União para os Estados e dos Esta-dos para os Municípios.

Presidente: Ricardo Luiz Oliveira de Souza (SEF/MG)

Membros: André Mendes Moreira (UFMG)

Antônio Carlos Diniz Murta (AGE/MG)

Gabriel Guimarães (Câmara dos Deputados)

Licurgo Joseph Mourão de Oliveira (TCE/MG)

Marciano Seabra de Godoi (PUC/MG)

Nathália Daniel Domingues (AGE/MG)

Onofre Alves Batista Júnior (AGE/MG)

Thomas da Rosa de Bustamante (UFMG)

XIV

SUBCOMISSÃO VI: RELAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Relacionamento Fisco/sociedade. Atendimento/orientação ao contribuinte e ao cida-dão em geral. Ação fiscal. Obrigações acessórias. Capacitação de pessoal.

Presidente: João Alberto Vizzotto (SEF/MG)

Membros: Alexandre Alkmim Teixeira (PUC/MG)

Aline Chevrand Campos (SEF/MG)

Carlos Alberto Moreira Alves (Federaminas)

Célio Lopes Kalume (AGE/MG)

Filemon Augusto Assunção de Oliveira (CRC/MG)

Glenn Andrade (Fecomércio MG)

Itamar Peixoto de Melo (SEF/MG)

Leonardo Augusto Rodrigues Borges (SEF/MG)

Luciana Mundim de Mattos Paixão (FIEMG)

Marcelo Nogueira de Morais (Fecomércio MG)

Marcos Afonso Marciano de Oliveira (SEF/MG)

Maria do Carmo Silveira Nascimento (SEF/MG)

Rafhael Frattari (FUMEC)

Ricardo Luiz Oliveira de Souza (SEF/MG)

Valter Lobato (OAB/MG)

SUBCOMISSÃO VII: O ESTADO EM JUÍZO

Medidas de desjudicialização. Temas recorrentes de conflitos. Temas de Repercussão Geral.

Presidente: Marcelo Barroso Lima Brito de Campos (AGE/MG)

Membros: Antônio Carlos Diniz Murta (AGE/MG)

Carlos Victor Muzzi Filho (AGE/MG)

Cristiane Miranda Botelho (Justiça Federal/MG)

Fernando de Vasconcelos Lins (TJMG)

Fernando Eduardo Bastos de Melo (SEF/MG)

Licurgo Joseph Mourão de Oliveira (TCE/MG)

Marcelo Pádua Cavalcanti (AGE/MG)

Maria do Carmo Silveira Nascimento (SEF/MG)

Nathália Daniel Domingues (AGE/MG)

Rafhael Frattari (FUMEC)

Ricardo Luiz Oliveira de Souza (SEF/MG)

Valter Lobato (OAB/MG)

Walquíria Mara Graciano Machado Rabelo (SINOREG-MG)

Werther Botelho Spagnol (UFMG)

XV

SUBCOMISSÃO VIII: SUGESTÕES PARA O APERFEIÇOAMENTO DO ICMS

O Convênio ICMS 70/2014. As condições para a solução da guerra fiscal.

Presidente: Jefferson Nery Chaves (SEF/MG)

Membros: André Mendes Moreira (UFMG)

Filemon Augusto Assunção de Oliveira (CRC/MG)

Gabriel Guimarães (Câmara dos Deputados)

Itamar Peixoto de Melo (SEF/MG)

Ludmila Mara Monteiro de Oliveira (TJMG)

Marcelo Pádua Cavalcanti (AGE/MG)

Nathália Daniel Domingues (AGE/MG)

Onofre Alves Batista Júnior (AGE/MG)

Reinaldo Lage Rodrigues de Araújo (FETCEMG)

Ricardo Luiz Oliveira de Souza (SEF/MG)

Tarcísio Diniz Magalhães (AGE/MG)

Tiago Ulisses (ALMG)

SUBCOMISSÃO IX: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DO IVA

O IVA: gênese e princípios. Estudo de Caso. Relatório da OCDE: efeitos distributivos da tributação sobre o consumo. Comparação com a realidade brasileira.

Presidentes: José Afonso Bicalho Beltrão da Silva (SEF/MG)

Onofre Alves Batista Júnior (AGE/MG)

Membros: Cristiane Miranda Botelho (Justiça Federal/MG)

Ludmila Mara Monteiro de Oliveira (TJMG)

Manoel Nazareno Procópio de Moura Júnior (SEF/MG)

Marcelo Pádua Cavalcanti (AGE/MG)

Nathália Daniel Domingues (AGE/MG)

René de Oliveira e Sousa Júnior (SEF/MG)

Tarcísio Diniz Magalhães (AGE/MG)

PARTES QUE COMPÕEM ESTE RELATÓRIO

PARTE I O perfil constitucional do ICMS

PARTE II Carga tributária geral e setorial. Regimes especiais

PARTE III O ICMS no Estado. A política de prevenção da sonegação e da fraude

PARTE IV Gastos tributários

PARTE V Compensações financeiras

PARTE VI Relações administrativas entre a fazenda pública e os contribuintes

PARTE VII O Estado em juízo

PARTE VIII Sugestões para o aperfeiçoamento do ICMS

PARTE IX Tendências contemporâneas do IVA

PARTE X Conclusões da Comissão Permanente de Revisão e Simplificação da Legislação Tribu-tária do Estado de Minas Gerais

XVI

lISta De SIglaS

AAD Auto de Apreensão e Depósito

ABRADT Associação Brasileira de Direito Tributário

ACMinas Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais

ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

ADI Ação Direta de Inconstitucionalidade

ADIN Ação Direta de Inconstitucionalidade

ADO Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

AF Administração Fazendária, da SEF/MG

AF/BH-1 Administração Fazendária / Belo Horizonte 1, da SEF/MG

AF/BH-2 Administração Fazendária / Belo Horizonte 2, da SEF/MG

AGE Advocacia-Geral do Estado

AI Auto de Infração

AIAF Auto de Início de Ação Fiscal

AIDF Autorização para Impressão de Documentos Fiscais

ALBD Auto de Lacração de Bens e Documentos

ALMG Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais

ALQ Alíquota

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

ANP Agência Nacional do Petróleo

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ARE Advocacia Regional do Estado

ARM Auto de Retenção de Mercadorias

ATO Australian Taxation Office

XVII

B2B Business to business

B2C Business to consumer

BC/ST Base de Cálculo/ Substituição Tributária

BEPS Base erosion and profit shifting (Erosão de base e transferên-cia de lucros)

BID Banco Interamericano de Desenvolvimento

BRL Brazilian Real

BT Business Tax

BTN Bônus do Tesouro Nacional

CADECON Câmara de Defesa do Contribuinte

CADIN Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal

CAOET Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária

CC/MG Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais

CDA Certidão de Dívida Ativa

CDAT Comissão da Dívida Ativa da Advocacia-Geral do Estado

CDFA Controle de Documentos Fiscais Autorizados

CDT Certidão de Débitos Tributários

CE Comunidade Europeia

CEE Comunidade Econômica Europeia

CENVAT IVA Central

CEST Código Especificador de Substituição Tributária

CF/88 Constituição Federal de 1988

CFEM Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais

CFF Comitê Fiscal e Financeiro

CFOAB Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

CFOP Código Fiscal de Operações e Prestações

CFURH Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos

CGSN Comitê Gestor do Simples Nacional

XVIII

CGST Central Goods and Services Tax (Imposto Central sobre Bens e Serviços)

CIDE Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

CIDEs Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico

CMED Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos

CNJ Conselho Nacional de Justiça

CNPJ Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

CO2 Dióxido de Carbono

COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

COGEF Comissão de Gestão Fazendária

CONFAZ Conselho Nacional de Política Fazendária

COTEPE/ICMS Comissão Técnica Permanente do ICMS

CPF Cadastro de Pessoa Física

CPT Comissão de Política Tributária

CR/67 Constituição da República, de 1967

CRC/MG Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais

CST Imposto Central sobre Vendas

CT-e Conhecimento de Transporte Eletrônico

CTN Código Tributário Nacional

CTRC Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas

D/C Débito/Crédito

DAE Documento de Arrecadação Estadual

DAMEF Declaração Anual do Movimento Econômico e Fiscal

DAPI Declaração de Apuração e Informação do ICMS

DBE Documento Básico de Entrada

DF Delegacia Fiscal, da SEF/MG

DIFAL Diferencial de alíquota

DIPAR Diretoria de Procedimentos Arrecadatórios, do DNPM

DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral

DT-e Domicílio Tributário Eletrônico

XIX

e-PTA Processo Tributário Administrativo por meio eletrônico

e-PTA-RE Processo Tributário Administrativo de Regime Especial por meio eletrônico

EAD Ensino a Distância

EAN European Article Number (Código de barras)

EC Emenda Constitucional

ECF Emissor de Cupom Fiscal

EDE Extrato de Débitos Eletrônicos

EFD Escrituração Fiscal Digital

ESAF Escola de Administração Fazendária

ESAT/MG Escola de Administração Tributária do Estado de Minas Gerais

EUA Estados Unidos da América

FAC-ICMS Fundo de Auxílio à Convergência das Alíquotas do ICMS

FAD Fiscal Affairs Department

FADIVA Faculdade de Direito de Varginha

FAEMG Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais

FAPEMIG Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas

FDRI Fundo de Desenvolvimento Regional e Infraestrutura

FEAD/MG Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais

FEBRAFITE Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais

Fecomércio Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

FECP Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza

Federaminas Federação das Associações Comerciais, Industriais, Agropecuá-rias e de Serviços do Estado de Minas Gerais

FETCEMG Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais

FEX Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações

FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

FJP Fundação João Pinheiro

XX

FMI Fundo Monetário Internacional

FNDCT Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

FNS Fundo Nacional de Saúde

FPE Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal

FPEX Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Indus-trializados

FPM Fundo de Participação dos Municípios

FUMEC Fundação Mineira de Educação e Cultura

Fundeb Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Bási-ca e de Valorização dos Profissionais da Educação

GDFAZ Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário

GDP Gross Domestic Product

GFP Sistema de Gerenciamento de Formação Profissional

GIA-ST Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substi-tuição Tributária

GNRE Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais

GST Goods and Services Tax (Imposto sobre Bens e Serviços)

HBS Household Budget Survey (Pesquisa de orçamento familiar)

HST Harmonized Sales Tax

Ibama Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis

IBET Instituto Brasileiro de Estudos Tributários

IBM International Business Machines

IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração

IC Imposto de Consumo

ICAT Índice de Transparência do Contencioso Administrativo Tributário

ICM Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Merca-dorias

ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercado-rias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

XXI

ICMS-ST ICMS - Substituição Tributária

IE Imposto de Exportação

IEC Instituto de Educação Continuada

IFS Institute for Fiscal Studies

II Imposto de Importação

IOF Imposto sobre Operações Financeiras

IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo

IPET Instituto Pernambucano de Estudos Tributários

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados

IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

IR Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

IRPF Imposto de Renda de Pessoa Física

IRPJ Imposto de Renda de Pessoa Juridica

ISSQN Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

ITCD Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos

ITD International Tax Dialogue

ITR Imposto Territorial Rural

IUM Imposto Único sobre Minerais

IVA Imposto sobre o Valor Agregado

IVA-F Imposto sobre o Valor Agregado Federal

IVV Imposto sobre Vendas a Varejo

LC Lei Complementar

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

LEF Lei de Execuções Fiscais

LNT Levantamento de Necessidades de Treinamento

LOA Lei Orçamentária Anual

LRF Lei de Responsabilidade Fiscal

MBA Master of Business Administration

MEI Microempreendedor Individual

XXII

MG Minas Gerais

MGC Matriz Geral de Competências

ML Margem de Lucro

MPE Micro e Pequenas Empresas

MPMG Ministério Público do Estado de Minas Gerais

MVA Margem de Valor Agregado

NBM/SH Nomenclatura Brasileira de Mercadorias / Sistema Harmo-nizado

NCM/SH Nomenclatura Comum do Mercosul / Sistema Harmonizado

NF Nota Fiscal

NF-e Nota Fiscal Eletrônica

NFA Nota Fiscal Avulsa

NL Notificação de Lançamento

OAB/MG Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econô-mico

OECD Organisation for Economic Co-operation and Development

OMC Organização Mundial do Comércio

PAFS Pedido de Aquisição de Formulário de Segurança

PE Participação Especial

PEC Proposta de Emenda à Constituição

PED Processamento Eletrônico de Dados

PF Pessoa Física

PGDAS Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Sim-ples Nacional

PIB Produto Interno Bruto

PIS Programa de Integração Social

PJ Pessoa Jurídica

PLP Projeto de Lei Complementar

PLS Projeto de Lei do Senado

XXIII

PMB Produção Mineral Brasileira

PMDI Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado

PMPF Preço Médio Ponderado a Consumidor Final

PPA Plano Plurianual

PPAG Plano Plurianual de Ação Governamental

PROCERGS Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul

PROEFE Programa Estadual de Educação Fiscal

PTA Processo Tributário Administrativo

PTF Procuradoria de Tributos e Assuntos Fiscais

PUC Pontifícia Universidade Católica

RE Recurso Extraordinário

RERCT Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária

RET Regime Especial de Tributação

RFB Secretaria da Receita Federal do Brasil

RFDR Regulamento do Uso ou Ocupação da Faixa de Domínio e Área Adjacente das Rodovias

RICMS/02 Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n° 43.080, de 13 de dezembro de 2002

RPC República Popular da China

RPTA Regulamento do Processo e dos Procedimentos Tributários Administrativos

RST Retail Sales Tax

RTE Regulamento das Taxas Estaduais

RUB Rublos

SAIF Superintendência de Arrecadação e Informações Fiscais, da SEF/MG

SEF Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais

SELIC Sistema Especial de Liquidação e de Custódia

SEPLAG Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão

SGST State Goods and Services Tax (Imposto Estadual sobre Bens e Serviços)

XXIV

SIAB Setor de Inscrição, Alteração e Baixa

SIARE Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual

SIAT Serviço Integrado de Assistência Tributária e Fiscal

SINIEF Sistema Integrado Nacional de Informações Econômicas e Fiscais

SINOREG-MG Sindicato de Notários e Registradores de Minas Gerais

SINTEGRA Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interesta-duais com Mercadorias e Serviços

SPED Sistema Público de Escrituração Digital

SRE Subsecretaria da Receita Estadual, da SEF/MG

SPTA Setor de Processo Tributário Administrativo

SRF Superintendência Regional da Fazenda, da SEF/MG

SRH Superintendência de Recursos Humanos, da SEF/MG

SST Sistema Simplificado de Tributação

ST Substituição Tributária

STF Supremo Tribunal Federal

STJ Superior Tribunal de Justiça

STN Secretaria do Tesouro Nacional

SUFIS Superintendência de Fiscalização, da SEF/MG

SUTRI Superintendência de Tributação, da SEF/MG

TA Termo de Autodenúncia

TCE Tribunal de Contas do Estado

TCU Tribunal de Contas da União

TEDSEF Transmissor Eletrônico de Documentos

TFAMG Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais

TFDR Taxa de Licenciamento para Uso ou Ocupação da Faixa de Domínio das Rodovias

TFRM Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Ativi-dades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários, conhecida como Taxa de Minério

TJMG Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

XXV

TRLAV Taxa de Renovação do Licenciamento Anual de Veículo

TVA Taxe sur la Valeur Ajoutée (Tributação sobre o valor agregado)

TXI Taxa de Incêndio

UE União Europeia

UF Unidade da Federação

UFEMG Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais

UFIR Unidade Fiscal de Referência

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

UFPB Universidade Federal da Paraíba

UFPE Universidade Federal de Pernambuco

UFPR Universidade Federal da Paraná

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UNI/BH Centro Universitário de Belo Horizonte

USAID United States Agency for International Development

USP Universidade de São Paulo

VAF Valor Adicionado Fiscal

VAT Value-Added Tax (Imposto sobre o Valor Agregado)

XXVI

nota DoS organIzaDoreS

Esta obra é ímpar e pioneira. Pela primeira vez, no âmbito estadual, em nosso País, uma COmissãO Permanente de revisãO e simPlifiCaçãO da legislaçãO tributária dO estadO de minas gerais, instituída pelo Decreto Estadual nº 46.722/2015, de for-ma independente, elaborou aprofundados estudos e avaliações relativos ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - o ICMS.

O leitor encontrará nesta obra estudos e avalições aprofundados – desde o Relatório Neumark (que norteou a adoção do IVA europeu) até as últimas con-tribuições de organismos internacionais e a experiência do IVA em outros países – somados às peculiaridades nacionais e estaduais, jurídicas, econômicas e sociais.

As avaliações e sugestões da COMISSÃO, constantes desta obra, já foram aceitas pelo Sr. Governador do Estado e estão em processo de implantação. Entre outros, seus principais pontos conclusivos referem-se: (i) ao peso da carga tributá-ria e a sua distribuição injusta; (ii) à alta erosão da base tributária do ICMS, por múltiplas causas, seja por força de imunidades constitucionais, seja em razão de isenções e benefícios concedidos em conformidade com as regras constitucionais ou na defesa da economia mineira, no contexto da chamada guerra fiscal, por evasão lícita ou ilícita ou ainda, e sobretudo, em decorrência das características estruturais da economia mineira, e suas exportações imunes à incidência do ICMS (sem a devida compensação, assegurada pela Constituição); (iii) à simplificação e redução indireta do ônus tributário, com a diminuição do peso das obrigações acessórias, extinguindo-se 501 regimes especiais (relativos à emissão, escrituração e dispensa de documentos fiscais); (iv) ainda no campo da simplificação, ao estí-mulo do Projeto Desobrigar, aplaudido pela COMISSÃO, que desobrigará o con-tribuinte do preenchimento e entrega de declarações fiscais obrigatórias, sendo os dados necessários à SEF obtidos diretamente da Escrituração Fiscal Digital (EFD); (v) à recomendação de se prosseguir com as medidas tomadas pela Secretaria de Fazenda com o fito de padronizar os “tratamentos tributários diferenciados”, e de implantar o regime especial simplificado, tudo com vistas à justiça, à genera-lidade e à equidade na tributação; (vi) às recomendações de cobrança das devidas compensações financeiras, ainda não honradas pela União, mas asseguradas pela Lei Complementar nº 87/96 e por normas constitucionais, perdas estimadas em

XXVII

dezenas de bilhões; (vii) ao esforço de viabilização da Emenda Constitucional nº 87/15; (viii) aos aperfeiçoamentos relativos à observância do princípio da não cumulatividade e à limitação e disciplina do regime da substituição tributária pro-gressiva; (ix) entre outros pontos de interesse, soluções, a serem implementadas no futuro, são ainda desenvolvidas nesta obra, com vistas à correção da distribui-ção injusta da carga tributária.

Em síntese, este livro não interessa apenas às diversas Administrações Tribu-tárias estaduais e a seu corpo técnico-administrativo, nem somente às corporações econômicas e sociais afetadas pelo ICMS e aos cidadãos consumidores, mas ainda aos acadêmicos, professores e discentes envolvidos em pesquisa séria e consistente.

XXVIII

SUMÁrIo

aPresentaçãO .................................................................................................... XXXvii

fOreWOrd ............................................................................................................. Xliii

Parte iO PERFIL CONSTITUCIONAL DO ICMS ....................................................... 1Alessandra Machado Brandão Teixeira; André Mendes Moreira; João Paulo Fanucchi Almeida Melo; Marcelo Nogueira de Morais; Misabel de Abreu Machado Derzi

1. Perfil constitucional da tributação sobre o consumo no Brasil: a questão do ICMS ............................................................................................... 11.1. Das origens ...................................................................................................... 21.2. A adoção da tributação sobre o valor acrescido pelo ordenamento jurídico brasileiro: influências externas. A Reforma Tributária de 1965 ... 61.3. Influências externas na reforma brasileira de 1965 .................................. 81.4. Princípios constitucionais que regem a tributação sobre o consumo no Brasil. Em especial, o ICMS........................................................................... 12

1.4.1. Princípio da não cumulatividade ...................................................... 131.4.2. A posição desta Comissão .................................................................. 281.4.3. Princípio da capacidade contributiva ............................................... 291.4.4. Princípio da seletividade ..................................................................... 32

2. Breve análise dos efeitos econômicos da tributação no processo produtivo 332.1. Questões introdutórias ................................................................................. 342.2. Impacto do imposto no preço dos bens e serviços ................................. 37

3. Perfil internacional da tributação sobre o consumo de acordo com a OCDE .................................................................................................................. 423.1. Premissas básicas............................................................................................ 443.2. Neutralidade ................................................................................................... 453.3. Imposto sobre vendas a varejo: excises tax ............................................... 45

XXIX

3.4. Excise tax: EUA ............................................................................................. 463.5. IVA e o comércio internacional: princípio do destino .......................... 46

3.5.1. Princípio do destino e serviços e intangíveis ................................. 473.5.2. Princípio do destino: tributação no Novo Mundo (Austrália e Nova Zelândia) ............................................................................................ 483.5.3. Princípio do destino e comércio eletrônico: normas chave sobre comércio eletrônico ............................................................................ 49

3.6. Estrutura da tributação sobre o consumo: alíquotas, isenções específicas, restrições ao direito de crédito ...................................................... 503.7. Isenções ........................................................................................................... 50

3.7.1. Aspectos negativos das isenções ....................................................... 503.8. Restrições ao direito de crédito .................................................................. 513.9. Métodos de recolhimento especiais ........................................................... 523.10. Impacto do imposto reduzido .................................................................. 523.11. Imposto especial de consumo ................................................................... 523.12. Impostos sobre veículos ............................................................................. 533.13. Em resumo ................................................................................................... 53

4. Considerações gerais sobre a questão do federalismo no Brasil e a redistribuição de receitas tributárias entre os entes públicos. A EC nº 87/15 e o conflito no pacto federativo ........................................................ 534.1. Introdução ...................................................................................................... 534.2. Pacto federativo ............................................................................................. 544.3. Guerra fiscal e o comércio eletrônico ....................................................... 564.4. EC nº 87/15 e Convênio ICMS 93/2015 ................................................. 584.5. Conclusão ....................................................................................................... 62

5. Alguns breves apontamentos sobre a guerra fiscal ......................................... 636. Avaliação e sugestões ............................................................................................ 67

Parte iiCARGA TRIBUTÁRIA GERAL E SETORIAL. REGIMES ESPECIAIS ....... 69Itamar Peixoto de Melo; Manoel Nazareno Procópio de Moura Júnior

1. Introdução .............................................................................................................. 692. Análise da carga tributária geral e setorial ........................................................ 69

2.1. Avaliação e sugestões .................................................................................... 733. Regimes especiais ................................................................................................... 74

3.1. Avaliação e sugestões .................................................................................... 83

Parte iiiO ICMS NO ESTADO. A POLÍTICA DE PREVENÇÃO DA SONEGAÇÃO E DA FRAUDE ............................................................................. 85Carlos Alberto Moreira Alves; Francisco Maurício Barbosa Simões; Jefferson Nery Chaves; Ricardo Luiz Oliveira de Souza

XXX

1. Estratégias de arrecadação para a prevenção e o combate à sonegação: substituição tributária e antecipação de imposto. Efeitos em relação à não cumulatividade .............................................................................................. 851.1. Fundamentos: utilização da substituição tributária e da antecipação do imposto como instrumentos de prevenção da sonegação e da concorrência desleal, e de obtenção da isonomia entre contribuintes ............. 851.2. Idoneidade técnica e imparcialidade das pesquisas de preços praticados no mercado para a formação da base de cálculo da substituição tributária. Levantamentos com base em nota fiscal eletrônica ... 89

1.2.1. A base de cálculo da substituição tributária. Fundamentação legal e aspectos práticos ................................................................................ 941.2.1.1. Preço médio ponderado a consumidor final (PMPF) ............... 981.2.1.2. Margem de valor agregado (MVA) ............................................... 981.2.1.3. Margem de valor agregado ajustada (MVA Ajustada) ............... 991.2.1.4. Preço sugerido pelo fabricante ...................................................... 1021.2.1.5. Preço tabelado por órgão público competente .......................... 1021.2.2. Neutralidade da substituição tributária .......................................... 1031.2.3. Restituição: modalidades e prazo ..................................................... 1031.2.4. Efeitos da Lei Complementar nº 147/14 em relação ao instituto da substituição tributária ............................................................. 1051.2.4.1. A Lei Complementar nº 147/14 e a limitação da substituição tributária .......................................................................................................... 1061.2.5. Avaliação e sugestões .......................................................................... 111

2. Política das multas no Estado e sua contínua revisão por parte do Conselho de Contribuintes e pelo Poder Judiciário ...................................... 1132.1. Classificação das multas tributárias. Breves considerações doutrinárias ....................................................................................................... 1132.2. Classificação das multas tributárias segundo a jurisprudência. ........... 1172.3. Classificação das multas tributárias tal como previstas na legislação mineira (Lei nº 6.763/75) .................................................................................... 1202.4. Denúncia espontânea ................................................................................... 125

2.4.1. Multa de mora ..................................................................................... 1252.4.2. Denúncia espontânea não se confunde com parcelamento. Os benefícios da lei mineira. Penalidade no caso de descumprimento de parcelamento ........................................................................................................ 1292.4.3. As principais decisões do TJMG em relação às multas tributárias previstas na legislação mineira ................................................ 131

2.5. A intervenção atual do STF na fixação de standards: máximo de 20% para as multas moratórias e de 100% para as punitivas. A vedação de se tomar como base o valor da operação .................................................... 134

2.5.1. Análise das decisões do STF que fixam os standards máximos para as multas moratórias e punitivas ....................................................... 134

XXXI

2.5.2. Da necessária distinção entre a multa pelo descumprimento da obrigação principal e pelo descumprimento da obrigação acessória ...... 1402.5.3. Da alegação de confisco na aplicação das multas tributárias ..... 1442.5.4. Análise das multas previstas na legislação mineira em face dos standards e da alegação de confisco ................................................................ 1452.5.4.1. Da base de cálculo das multas mineiras ........................................... 1472.5.4.2. Avaliação e sugestões ............................................................................ 149

3. Programa Regularize: procedimentos para pagamento incentivado de débitos tributários ................................................................................................. 149

Anexos ......................................................................................................................... 152

Parte ivGASTOS TRIBUTÁRIOS ........................................................................................ 187Ricardo Luiz Oliveira de Souza

1. Conceito de Gastos Tributários.......................................................................... 1872. Interpretação dos dispositivos constitucionais e legais relativos aos

gastos tributários ................................................................................................... 1883. Metodologia relativa à renúncia de receitas em Minas Gerais ..................... 1904. Identificação e análise dos instrumentos de quantificação e apresentação

dos gastos tributários do Estado de Minas Gerais. ........................................ 1915. Avaliação e sugestões ............................................................................................ 193

Parte vCOMPENSAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................... 195Marciano Seabra de Godoi, Nathália Daniel Domingues, Onofre Alves Batista Júnior; Ricardo Luiz Oliveira de Souza

1. Transferências intergovernamentais: introdução e classificação .................. 1951.1. Classificação quanto à natureza, à destinação dos recursos e à forma 1961.2. Classificação quanto ao critério finalístico: livres (compensatórias e redistributivas), condicionadas e voluntárias .................................................... 196

2. Transferências da União para os Estados (critério finalístico) ..................... 1972.1. Transferências livres: compensatórias ........................................................ 197

2.1.1. Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) ........................................................................................... 1972.1.2. Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH) ........................................................................................ 2042.1.3. IOF sobre o Ouro ............................................................................... 2052.1.4. IPI-Exportação ..................................................................................... 2072.1.5. Lei Complementar nº 87/96 - Lei Kandir ...................................... 208

2.2. Transferências livres: redistributivas .......................................................... 2112.2.1. Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) 211

XXXII

2.2.2. Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados (FPEX) ................................................................................ 2182.2.3. Fundo Especial do Petróleo .............................................................. 220

2.3. Transferências condicionadas ..................................................................... 2312.3.1. Fundo Nacional de Saúde (FNS) ..................................................... 2312.3.2. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) .................... 2342.3.3. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) 235

2.4. Competência para legislar, fiscalizar e arrecadar ..................................... 2373. Renúncia tributária e seu impacto nas transferências da União para

os Estados. Desoneração das exportações. ........................................................ 2453.1. Análise das Transferências da União para os Estados ............................ 245

3.1.1. Efeitos das desonerações do IPI e IR no FPE ................................ 2453.1.2. Efeitos da Lei Kandir ......................................................................... 248

3.2. A desoneração das exportações ................................................................... 2503.2.1. Análise da viabilidade de tributação das exportações de recursos minerais escassos ............................................................................ 2523.2.2. O problema da acumulação de créditos na exportação do ouro ............................................................................................................ 255

3.3. Análise das transferências dos Estados para os Municípios ................. 2593.3.1. Análise da jurisprudência .................................................................. 263

4. A posição desta Comissão. Avaliações. ............................................................. 266

Parte viRELAÇÕES ADMINISTRATIVAS ENTRE A FAZENDA PÚBLICA E OS CONTRIBUINTES ........................................................................................ 267Aline Chevrand Campos

1. Introdução .............................................................................................................. 2672. O relacionamento fisco/sociedade ..................................................................... 268

2.1. O relacionamento fisco/sociedade e seus princípios .............................. 2682.2. Exteriorização do relacionamento fisco/sociedade: o Portal da SEF .. 260

2.2.1. Menu A Secretaria ............................................................................... 2702.2.2. Menus Cidadãos e Empresas ............................................................ 2712.2.3. Menu Governo .................................................................................... 272

2.3. Formas de comunicação do fisco com a sociedade ................................ 2732.3.1. O Diário Eletrônico ........................................................................... 2742.3.2. O Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e) .................................... 275

2.4. Conscientização fiscal da sociedade .......................................................... 2752.4.1. Educação fiscal .................................................................................... 2762.4.2. Eventos do Conselho de Contribuintes ......................................... 2772.4.3. Cidadania fiscal ................................................................................... 2782.4.4. Eventos de esclarecimento sobre a legislação tributária .............. 280

XXXIII

3. Atendimento .......................................................................................................... 2803.1. Canais de atendimento ................................................................................. 281

3.1.1. Atendimento presencial ..................................................................... 2813.1.2. Atendimento eletrônico: Fale Conosco .......................................... 2843.1.3. Atendimento telefônico: LigMinas .................................................. 287

3.2. Consultas de contribuintes .......................................................................... 2893.3. Solicitações de serviços da SEF ................................................................... 2903.4. Avaliação e sugestões .................................................................................... 295

4. Ação fiscal ............................................................................................................... 2964.1. Modalidades de ação fiscal desenvolvidas no Estado de Minas Gerais ................................................................................................................ 2974.2. Elementos essenciais do lançamento do crédito tributário ................... 3004.3. Atendimento ao contribuinte de ICMS durante a ação fiscal e após a autuação ..................................................................................................... 3004.4. Possibilidades de discussão administrativa do lançamento no Estado de MG ............................................................................................................................ 3014.5. Análise da qualidade do auto de infração emitido pela SEF ................ 3054.6. Modelo de cobrança administrativa e judicial do crédito tributário no Estado de MG .................................................................................................. 307

4.6.1. A cobrança administrativa ................................................................ 3084.6.2. A cobrança judicial ............................................................................. 315

4.7. Hipóteses de inclusão do sócio como coobrigado .................................. 3154.8. Avaliação e sugestões .................................................................................... 316

5. Obrigações acessórias............................................................................................ 3175.1. Avaliação e sugestões .................................................................................... 319

6. Capacitação de pessoal ......................................................................................... 3206.1. Avaliação e sugestões .................................................................................... 321

APÊNDICE A - Atividades relativas ao atendimento ao público .................... 322APÊNDICE B - Serviços da SEF disponibilizados na internet ......................... 325

Parte viiO ESTADO EM JUÍZO ........................................................................................... 341Marcelo Barroso Lima Brito de Campos

1. Introdução .............................................................................................................. 3412. Temas Recorrentes ................................................................................................ 344

2.1. Não cumulatividade do ICMS .................................................................... 3442.2. Vedação a multas com efeitos confiscatórios ........................................... 3472.3. Imunidades ..................................................................................................... 3482.4. Federalismo fiscal .......................................................................................... 3492.5. Tributação setorial ........................................................................................ 3502.6. Outros temas .................................................................................................. 3542.7. Repercussão geral .......................................................................................... 356

XXXIV

3. Conclusão ............................................................................................................... 358

Parte viiiSUGESTÕES PARA O APERFEIÇOAMENTO DO ICMS ............................ 359Jefferson Nery Chaves

1. Introdução .............................................................................................................. 3592. O Convênio ICMS 70/2014 ............................................................................... 360

2.1. O fim da guerra fiscal do ICMS ................................................................ 3612.2. As condições para a solução da guerra fiscal previstas no Convênio ICMS 70/2014 ....................................................................................................... 362

2.2.1. A redução das alíquotas interestaduais do ICMS ......................... 3632.2.2. Repartição do imposto nas operações e prestações interestaduais destinadas a consumidor final ............................................................................. 3642.2.3. Fundos de compensação .................................................................... 3652.2.4. Alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal.................................. 3682.2.5. Dívida dos Estados ............................................................................. 368

3. Avaliação e sugestões ............................................................................................ 368

Parte iXTENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DO IVA .............................................. 369Cristiane Miranda Botelho; Ludmila Mara Monteiro de Oliveira; Manoel Nazareno Procópio de Moura Júnior; Marcelo Pádua Cavalcanti; Marciano Seabra de Godoi; Nathália Daniel Domingues; Tarcísio Diniz Magalhães

1. A ascensão do IVA no mundo ............................................................................ 3692. O bom IVA ............................................................................................................. 3753. Estudo de caso sobre as tendências mundiais ................................................. 389

3.1. O modelo canadense .................................................................................... 3893.2. O modelo australiano ................................................................................... 3903.3. A União Europeia e o IVA .......................................................................... 3933.4. A Ásia e o IVA ............................................................................................... 396

3.4.1. China ..................................................................................................... 3973.4.2. Rússia .................................................................................................... 4013.4.3. Índia ...................................................................................................... 403

3.5. O IVA e a resistência norte-americana ...................................................... 4064. Avaliação e sugestões ............................................................................................ 4115. Os recentes estudos da OCDE sobre o caráter redistributivo dos impostos

sobre o consumo ......................................................................................................... 4135.1. Conclusões sobre o estudo .......................................................................... 4175.2. Avaliação e sugestões .................................................................................... 422

XXXV

Parte XCONCLUSÕES DA COMISSÃO PERMANENTE DE REVISÃO E SIMPLIFICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS ................................................................................................. 4241. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE I, relativa ao Perfil

Constitucional do ICMS e à Guerra Fiscal...................................................... 4242. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE II, relativa à Carga

Tributária Geral e Setorial e aos Regimes Especiais ....................................... 4263. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE III, relativa ao ICMS

no Estado e à Política de Prevenção da Sonegação e da Fraude .................. 4284. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE IV, relativa aos

Gastos Tributários ................................................................................................ 4315. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE V, relativa às

Compensações Financeiras, em especial as previstas pela LC nº 87/96 ..... 4326. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE VI, relativa às

Relações Administrativas entre a Fazenda Pública e os Contribuintes ...... 4327. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE VII, relativa à Atuação

do Estado em Juízo .............................................................................................. 4338. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE VIII, relativa às

Sugestões para o Aperfeiçoamento do ICMS .................................................. 4349. Avaliações e recomendações extraídas da PARTE IX, relativa às

Tendências Contemporâneas do IVA ............................................................... 435

Part XCONCLUSIONS OF THE PERMANENT COMMISSION ON REVIEW AND SIMPLIFICATION OF TAX LEGISLATION OF THE STATE OF MINAS GERAIS ................................................................. 4381. Evaluation and recommendations from PART I with regards to the

constitutional profile of the ICMS and to the problem of fiscal competition (of fiscal war) .................................................................................. 438

2. Evaluation and recommendations from PART II with regards to the Tax Burden and Special Regimes ....................................................................... 440

3. Evaluation and recommendations from PART III, with regards to the Strategies for preventing tax evasion or fraud and to accelerate the receipt of tax credits ............................................................................................. 442

4. Evaluation and recommendations from PART IV, with regards to the Tax Expenditures ........................................................................................... 445

5. Evaluation and recommendations from PART V, with regards to the Fiscal Compensations and in particular the Compensations established on Complementary Act 87/96, also known as “Lei Kandir” ....................... 445

6. Evaluation and recommendations from PART VI, with regards to the Administrative Relations between State Revenue and Taxpayers ......... 446

XXXVI

7. Evaluation and recommendations from PART VII, with regards to the State Litigation ............................................................................................... 447

8. Evaluation and recommendations from PART VIII, with regards to the Suggestions for improving the ICMS ................................................... 447

9. Evaluation and recommendations from PART IX, with regards to contemporary trends on the IVA .................................................................. 448

XXXVII

aPreSentaçÃo

Com grande orgulho, a COmissãO Permanente de revisãO e simPlifiCaçãO da legislaçãO tributária dO estadO de minas gerais, em cumprimento ao regu-lamento que a instituiu, por meio do Decreto Estadual nº 46.722, de 5 de março de 2015, apresenta a Vossa Excelência, o seu primeiro RELATÓRIO, atinente ao principal tributo estadual, o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermu-nicipal e de Comunicação - o ICMS.

Cumprindo os seus propósitos de transparência, segurança e praticidade, a CO-missãO se organizou contando com ampla representação dos mais diversos segmen-tos sociais, profissionais e econômicos, com a participação de juristas, economistas e contabilistas, de diversas academias e organizações nacionais e internacionais, além do corpo técnico-administrativo da Advocacia-Geral do Estado, das Secretarias de Estado de Fazenda, de Planejamento e da Casa Civil. Ao todo, foram articulados estudos e pesquisas de mais de 77 (setenta e sete) representantes, com suas respectivas sugestões ao final aprovadas, e, por meio deste RELATÓRIO, encaminhadas a V. Excelência.

Esta COmissãO inspirou-se no modelo do Conselho de Impostos, que funciona na França há mais de quarenta anos - hoje, Conseil des Prélèvements Obligatoires,1 que se vincula ao Tribunal de Contas francês,2 mas é funcionalmente independente, oferecendo ao Presidente da República, anualmente, estudos valio-sos sobre carga tributária, justa distribuição, eficiência e custo da Administração. Seguem-se o exemplo do Institute for Fiscal Studies,3 criado nos anos sessenta no Reino Unido e o da National Tax Association (1907),4 tradicional instituição priva-da, mais antiga, dos Estados Unidos da América.

1 Confira os valiosos Relatórios do Conseil francês. Em Belo Horizonte, Comissão da mesma natureza foi criada pelo então Prefeito municipal, Sr. Fernando damata Pimentel. Aquela Comissão municipal obteve sucesso. Basta considerar que mo-dificações legislativas e administrativas foram implementadas em decorrência de suas sugestões, assim como dissertações de mestrado e tese de doutorado tiveram seus trabalhos como referência, em universidades como a UFMG e a PUC/MG.

2 Disponível em: <https://www.ccomptes.fr/Institutions-associees/Conseil-des-prelevements-obligatoires-CPO3>. Destaca-se ainda, também na França, a recente criação do Haut Conseil des Finances Publiques, instituído pela Lei Orgânica de 17 de dezembro de 2012, relativa à programação e à administração das finanças públicas. Esse órgão atua em paralelo ao Conseil des Prélèvements Obligatoires, prioritariamente, no âmbito financeiro e orçamentário. Ver: <http://www.hcfp.fr/>.

3 Disponível em: <http://www.ifs.org.uk/>. 4 Disponível em: <http://www.ntanet.org/>.

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Na mesma linha de raciocínio, a Emenda Constitucional nº 42/2003 determi-nou ao Senado Federal “avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tri-butário, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios”. Essa disposição constitucional, proposta pelo Relator da citada Emenda Constitucio-nal, então dePutadO virgíliO guimarães, buscou inspiração também no sistema ju-rídico francês e, em particular, no antigo Conseil des Impôts. Ela foi regulamentada pela Resolução nº 01/2013, do Senado Federal, que revisa seu Regimento Interno, para estabelecer parâmetros de avaliação da funcionalidade do Sistema Tributário Nacional5 e do desempenho das Administrações Tributárias da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios.6 Tais parâmetros balizaram os trabalhos desenvolvidos pela COMISSÃO e foram decisivos na escolha dos temas abordados. Não obstante a contribuição do Senado ter sido modesta até o presente momento, se considerarmos o período já decorrido entre a vigência da norma constitucional e os seus resultados práticos, essa nova regulamentação senatorial sinaliza o reconhe-cimento, em nível nacional, da relevância do tema e da tendência de sofisticação dos estudos sobre o aperfeiçoamento da legislação e da administração tributária.

Embora os estudos de organismos internacionais, instituições de apoio ou de incentivo ao aperfeiçoamento dos sistemas tributários, como são as iniciativas da OCDE, do FMI ou mesmo de bancos de fomento, tenham se multiplicado nas últimas décadas, é evidente que são diferentes os objetivos, as metas postas e os parâmetros por eles considerados. A generalidade e a abstração de seus estudos e pesquisas, muitas vezes voltados aos países mais ricos, que os integram – como é o caso da OCDE – não podem oferecer uma avaliação específica, com sugestões adequadas à realidade jurídica, social e econômica do Estado de Minas Gerais.

Os reflexos da celeridade das transformações sociais e econômicas nas leis tri-butárias, a intensificação da concorrência fiscal entre Estados, Municípios e entre empresas, no âmbito nacional e internacional, o grau representativo da litigiosidade

5 Art. 393-D, do Regimento Geral do Senado Federal, com a redação dada pela Resolução nº 01/2013, o qual estabe-lece os seguintes parâmetros para a avaliação: I complexidade e qualidade da legislação; II custos de conformidade à normatização tributária; III qualidade dos tributos, especialmente quanto: a) à justiça fiscal; b) ao atendimento aos princípios constitucionais tributários; c) ao atendimento às necessidades orçamentárias; d) ao custo das obrigações acessórias; IV carga tributária; V equilíbrio federativo, especialmente quanto: a) à participação da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios no total da receita tributária, antes e depois das transferências constitucio-nais e legais; b) à participação das transferências constitucionais e legais na receita tributária dos entes federados; VI renúncias fiscais; VII harmonização normativa; VIII redução das desigualdades regionais; IX compatibilidade com a legislação de outros países ou blocos econômicos.

6 Os parâmetros para avaliação da eficiência da Administração Tributária, por sua vez, estão definidos no art. 393-E do Regimento do Senado Federal (com redação dada pela Resolução nº 01/2013), e são os seguintes: I relação entre o custo da administração e o montante arrecadado; II exercício efetivo das competências tributárias pelos entes federados; III desempenho da fiscalização; IV relação entre pagamento espontâneo e coercitivo dos tributos; V desempenho da cobrança judicial e extrajudicial da dívida ativa tributária; VI efetividade dos programas de recuperação fiscal, especialmente quanto a parcelamento, anistia e remissão; VII grau de integração das adminis-trações tributárias; VIII gastos e resultados com educação fiscal; IX qualidade do atendimento ao contribuinte; X grau de informalidade da economia.

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existente entre contribuintes e Administração Tributária, muitas vezes decorrente da ambiguidade das normas e da agilidade de suas alterações, o volume da renúncia fiscal (despesas tributárias) a erodir as bases genéricas dos impostos estaduais e sua obscuridade, a urgência de procedimentos mais simples, equânimes e confiáveis a imantar as relações entre Fisco e contribuintes, tudo com vistas a um ordenamento tributário mais justo.

Essas, as preocupações de V. Excelência que fundamentaram a criação desta COmissãO. Essas, as mesmas preocupações que alimentaram a criação de órgãos de iniciativa pública ou privada, de natureza similar, em diversos países. Enfim, esses, os fundamentos da regra constitucional, constante do art. 52, XV, da Consti-tuição de 1988, que atribui ao Senado Federal a tarefa de avaliar a funcionalidade do Sistema Tributário vigente e o desempenho das Administrações.

Buscar, por meio desta COmissãO, de composição aberta, participativa e in-tegradora, um nível mais elevado de racionalidade legislativa, como ensina manuel atienza, como a racionalidade linguística, a jurídico-formal, a pragmática, a teleo-lógica e a ética,7 com vistas à razão prática, para encontrar, enfim, racionalidade na produção e na aplicação do Direito. Tal tarefa, além de contínua e permanente, corresponde ainda às exigências democráticas contemporâneas.

Para serem desenvolvidos a contento, os trabalhos se dividiram em nove sub-comissões de pesquisas, estudos e avaliações (arquivados para registro). A matéria deste RELATÓRIO tem por base o trabalho das subcomissões, e distribui-se em dez PARTES.

Os diagnósticos constantes deste RELATÓRIO partiram do perfil do ICMS na Constituição da República e promoveram uma análise da legislação tributária do Estado de Minas Gerais com base no levantamento dos princípios, normas e regras mais relevantes, seus fundamentos e pressupostos, com vistas à edificação de um sis-tema mais justo, simplificado e eficiente, mais coerente com o perfil constitucional do tributo e com o federalismo fiscal brasileiro. Pretendeu-se suscitar o diálogo com a doutrina estrangeira e com os estudos de grandes organizações internacionais, de modo a traçar um perfil para o ICMS consistente com as tendências recentes, desde que úteis e adequadas ao nosso País e, em especial, ao Estado de Minas Gerais.

Neste primeiro RELATÓRIO, as conclusões e avaliações finais, com as re-comendações e sugestões a V. Excelência, constantes da PARTE X, envolvem não apenas alterações a serem implementadas na legislação do Estado de Minas Gerais, como ainda o apoio a medidas já iniciadas ou em vias de implantação. As funda-mentações, pesquisas e avaliações se desenvolvem ao longo das diversas páginas deste RELATÓRIO. Não obstante, nesta Apresentação listamos alguns dos princi-pais pontos conclusivos.

Sobre a carga tributária e a sua distribuição, verificou-se que a erosão da base tributária do ICMS é alta, seja por força de imunidades constitucionais, seja em razão de isenções e benefícios concedidos em conformidade com as regras

7 Cf. ATIENZA, Manuel. Contribución a una teoría de la legislación. Ed. Civitas. Madrid. 1997. p. 27-40.

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constitucionais ou na defesa da economia mineira, no contexto da chamada guerra fiscal, ou ainda por evasão lícita ou ilícita. As causas da referida erosão são, assim, múltiplas, importando referir ainda as características estruturais da economia mi-neira, e suas exportações imunes à incidência do ICMS. Constatou-se que a car-ga tributária está concentrada especificamente em determinados segmentos como Combustíveis, Eletricidade e Gás, e Telecomunicações, chamados blue chips, fenô-meno que se repete em escala nacional. Em sendo assim, a COMISSÃO, neste RE-LATÓRIO, não pode aconselhar medidas que reduzam ainda mais a carga tributá-ria no Estado, com o fito de propiciar mais investimentos ou simplesmente aliviar setores empresariais em crise econômica, em face da baixa carga desse imposto em relação ao PIB mineiro: cerca de 4,2%, à luz dos dados de 2013. Entretanto, foram oferecidas contribuições em prol da sua redução indireta.

Sobre a redução indireta do ônus tributário, afirmamos, com satisfação, que a diminuição do peso das obrigações acessórias, o alívio da burocracia estatal e a simplificação tributária foram contemplados neste RELATÓRIO, com a con-sequente redução do custo do cumprimento das obrigações (compliance). Basta considerar que 501 regimes especiais (relativos à emissão, escrituração e dispensa de documentos fiscais) serão extintos à medida em que os procedimentos neles pre-vistos forem incorporados ao Regulamento do ICMS, com o que obteremos mais transparência, generalidade e garantia de tratamento isonômico a todos os contri-buintes. O Projeto Desobrigar, aplaudido por esta COMISSÃO, também merece menção especial, uma vez que, como o próprio nome indica, desobrigará o con-tribuinte do preenchimento e entrega de declarações fiscais obrigatórias, sendo os dados necessários à SEF obtidos diretamente da Escrituração Fiscal Digital (EFD).

No que tange à justiça, à generalidade e à equidade, a COMISSÃO solicita o prosseguimento das ações da Secretaria de Fazenda com o fito de sistematizar e padronizar os “tratamentos tributários diferenciados”, já tendo sido padronizados tratamentos para 29 setores econômicos. Também recomenda-se o prosseguimento da divulgação dos tratamentos tributários aprovados pela Comissão de Política Tributária (CPT), junto às entidades de classe representantes dos contribuintes. Quanto à concessão de regimes especiais, a COMISSÃO aprovou o projeto da SEF de especificação e elaboração, no Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (SIARE), já em fase de testes, do pedido de Regime Especial Simplificado. Trata-se de medida de simplificação que possibilitará ao contribuinte de determi-nado setor econômico aderir ao tratamento tributário disponibilizado. Ademais, esta COMISSÃO conclama ao aperfeiçoamento da avaliação e acompanhamento dos regimes especiais já concedidos.

Sobre as relações de harmonia e autonomia política e econômica dos Es-tados Federados, esta COMISSÃO apoiou as reflexões, estudos e conclusões sobre as perdas financeiras resultantes da Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir) e subsequentes imunidades relativas à exportação. Embora reconhecendo a necessá-ria desoneração das exportações, causou perplexidade e indignação o fato de que o Estado de Minas Gerais, um dos que mais contribuem com o País para a geração

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de superavit da balança comercial, não receba, da União, as devidas compensações financeiras, com perdas bilionárias, acumuladas desde 1996, que chegam à cifra de R$ 62,2 bilhões, em valores de dezembro/2014, que, atualizados, elevam-se a R$ 92,2 bilhões, conforme estudos realizados pelo governo do Estado do Pará.

Ainda por razões de justiça e equidade, no contexto federativo, recomen-da-se que as isenções restrinjam-se à menor quantidade possível, principalmente em razão de seu efeito retroalimentador. Com referência à quantidade de alíquotas, sugere-se que, no futuro, seguindo a absoluta maioria dos países que utilizam o IVA, o ICMS opere com poucas alíquotas distintas. Evidentemente que tal medida supõe a solução da chamada guerra fiscal entre os Estados da Federação. Para isso, um primeiro passo seria a adoção do Convênio ICMS 70/2014.

Em seguida, no que tange às alíquotas, que distribuem entre os Estados (pro-dutor x consumidor) o imposto incidente nas operações interestaduais, a COMIS-SÃO propõe o esforço de viabilização da Emenda Constitucional nº 87/15, que prevê medida adequada à resolução do mesmo problema. Não obstante, embora caiba aos contribuintes a realização de tais recolhimentos do ICMS, tanto ao Es-tado vendedor (produtor) como ao Estado comprador (consumidor), tais deveres não poderão onerá-los ou dificultar-lhes o bom desempenho das atividades de comércio. O levantamento aprofundado das questões vivenciadas pelas pequenas e médias empresas poderá conduzir a diversas soluções alternativas, inclusive a um programa informatizado específico, a ser desenvolvido e aprovado pelos Estados, que permita o encontro da alíquota aplicável, segundo o Estado do destino, de modo a facilitar e automatizar o cálculo e a apuração do imposto devido. O Estado de Minas Gerais poderá, em harmonia com os demais Estados da Federação, co-mandar tais programas eletrônicos para viabilizar a entrega do imposto ao Estado de origem e ao Estado de destino, sem risco para os contribuintes.

Sobre o caráter progressivo ou redistributivo dos impostos sobre o consu-mo, da modalidade do IVA, como é o caso do ICMS, proclamado em estudos da OCDE e de outras instituições, a partir da avaliação do consumo das famílias ao longo da vida, esta COMISSÃO entende que esse caráter não pode ser validamente reconhecido no caso do Brasil.

Aqueles estudos podem fazer algum sentido em países com baixa desigualdade social, em que a grande maioria da população receba rendas familiares muito simila-res, e tenda a poupar fortemente em certos períodos e a gastar, em outros, a poupança feita no passado, ou a contrair empréstimos a juros módicos e suportáveis. Naqueles países, a consideração apenas dos gastos, ao longo de uma vida, poderia ser critério aceitável. Essa não é a realidade nacional, em que a maioria não tem poupança, e apenas sobrevive. Nas hipóteses em que as famílias pobres obtêm crédito (consig-nado, por ex.), os juros consomem-lhes o esforço, de tal modo que, vitoriosas são aquelas que conseguem evitá-los. O Brasil está entre os quinze países mais desiguais do planeta. Aliás, o próprio estudo da OCDE reconhece que, quando o consumo é fracamente influenciado por movimentos de poupança e crédito, é mais adequado medir o impacto da tributação do consumo em percentual sobre a renda.

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Quanto à tendência sugerida, naqueles mesmos estudos, de uniformização das alíquotas, com eliminação das isenções ou redução dos benefícios relativamente aos bens e serviços essenciais à vida (alimentação, medicamentos, eletricidade, combustí-veis, etc.), convém assentar que, no Brasil, é a Constituição da República que deter-mina a seletividade. Não obstante, embora a seletividade garanta o acesso de todos – ricos e pobres – aos produtos mais essenciais, ela não é apta a promover uma tri-butação mais pessoal, a partir da capacidade econômica, nem a redistribuir a renda.

Assim sendo, considerando a alta erosão da base de tributação do ICMS, esta COMISSÃO recomenda o aprofundamento dos estudos relativos à substituição da seletividade (e sua viabilidade constitucional) por uma incidência uniforme do ICMS, com alíquota padrão, sobre as mercadorias e serviços em geral, conjugada a uma devolução do imposto suportado pelas famílias mais pobres; e, fixados os parâmetros, que se faça, previamente, o levantamento rigoroso dos efeitos de tal mudança sobre as famílias mais carentes, além dos custos de fiscalização, adminis-trativos e operacionais da devolução.

Os aperfeiçoamentos relativos à observância do princípio da não cumu-latividade e a limitação e disciplina do regime da substituição tributária pro-gressiva são ainda outros aspectos amplamente desenvolvidos neste RELATÓRIO.

Senhor Governador, uma série de outras medidas e sugestões se alinham neste primeiro RELATÓRIO, que oferecemos a V. Excelência, e apontam para a rele-vância desta COMISSÃO e a necessidade de se prosseguir e aprofundar nos temas pertinentes à Simplificação da Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais.

MISABEL DE A. MACHADO DERZIPresidente da Comissão

JOSÉ AFONSO B. BELTRÃO DA SILVASecretário de Estado de Fazenda de Minas Gerais

ONOFRE A. BATISTA JÚNIORAdvogado-Geral do Estado de Minas Gerais

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ForeWorD

It is with great honor and joy that the Permanent COmmissiOn On revieW and simPlifiCatiOn Of taX legislatiOn Of the state Of minas gerais, in compliance with the provisions of the Executive Degree of the Governor of the State of Minas Gerais number 46.722, from 5 March 2015 – which instituted the Commission –, presents the First Report on the State tax on Circulation of Goods and on Services of Interstate and Intermunicipal Transportation and Communication – hence-forth referred to as ICMS.1

In conformity with the principles of transparency, certainty and practicabil-ity, the Commission was constituted by diverse social, professional and economic sectors, with the participation of lawyers, economists and accountants from differ-ent academic backgrounds and national or international organizations, as well as the administrative and technical staff of the Attorney General’s Office and of the State Secretaries of Revenue (Fazenda), Planning (Planejamento) and Government (Casa Civil). Overall, the report took into consideration studies, suggestions and research from 77 (seventy-seven) representatives, culminating in this final report, which is delivered to your consideration.

This Commission was inspired by the model of the French Tax Council, which is functioning for more than forty years (nowadays, Conseil des Prélève-ments Obligatoires).2 The French Tax Council is an office of the French Court of Auditors, but it is functionally independent and produces annual studies delivered

1 (Translator’s Notice): In Brazil, the ICMS has a structure similar to the standard VAT. Nonetheless, the Constitu-tion created two taxes which apply to different operations. On the one hand, the ICMS is owed to the States and its tax base is constituted by the operations of circulation of goods and of services of communication and interstate and intermunicipal transport. On the other hand, the ISS (Tax on services) is owed to the Municipalities and its tax base is composed of the remaining services. Most of the issues that arise when we consider the European VAT, for instance, arise also in Brazil when we consider the ICMS and the ISS, since both of theses taxes can be gener-ally classified as modes of “consumption tax”. Yet, it is important to pay attention to the particular features of the Brazilian legal system.

2 See the valuable Reports of the French Council. In Belo Horizonte, a similar Commission was created by the former Mayor Fernando Damata Pimentel. That Commission was very successful, as we can observe while we consider the legislative and administrative modifications that have been made on the basis of its suggestions, as well as the PhD and Master Dissertations that relied on its conclusions as reference for further research, in universities such as the Federal University of Minas Gerais (UFMG) and the Pontifical Catholic University of Minas Gerais (PUC-MG).

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to the President of the Republic on matters such as the tax load, the just distribu-tion of taxation, efficiency and cost of tax administration and so on. It follows the example of the Institute for Fiscal Studies3, created in the 1970s in the United Kindgom, and the National Tax Association (created in 1907)4, which is a tradi-tional private institution in the United States.

In a similar spirit, the Constitutional Amendment number 42/2003 of the Brazilian Federation ruled that the Federal Senate shall “periodically evaluate the functionality of the Tax System, in its structure and components, and the perfor-mance of the fiscal administration of the Union, the States, the Federal District and the Municipalities”. This constitutional provision, proposed by the General Reporter of the Constitutional Amendment in the Chamber of Deputies, Federal Representative Virgílio Guimarães, was also inspired by the French legal system and, in particular, by the Conseil des Impôts. It has been recently regulated by Reso-lution number 01/2013 of the Federal Senate, that revises the Internal Regulations (Regimento Interno) of the Federal Senate in order to establish a set of standards for the evaluation of the functionality of the National Tax System5 and of the performance of the fiscal administrations of the Union, the States, the Federal Dis-trict and of the Municipalities. Although the contribution of the Senate has been modest until the present time, if we consider the period of time that has passed since the coming into force of the constitutional provisions, these regulations in the Federal Senate point towards the recognition, at national level, of the relevance of the topic and to the tendency to seek for more sophisticated studies on the en-hancement of the legislation and the administration of taxes.

Even though studies made by international organizations, support institu-tions or entities that provide incentives for enhancing the fiscal systems – such as the OECD and the IMF or foment banks – have flourished in the last decades, it is evident that the objectives, goals and standards considered in these studies are different from those of the State of Minas Gerais. The generality and abstraction of these studies, which are sometimes elaborated for the rich countries that are part of these institutions – such as the OECD – cannot provide a specific assessment of the matter, with directives that are appropriate for the legal, social and economic reality of the state of Minas Gerais.

An adequate assessment of the Brazilian legal system and of the tax legisla-tion of the state of Minas Gerais must take into account, among other factors,

3 http://www.ifs.org.uk/ 4 http://www.ntanet.org/ 5 Art. 393-D do Regimento Geral do Senado Federal, com a redação dada pela Resolução n. 01/2013, o qual estabelece os

seguintes parâmetros para a avaliação: I complexidade e qualidade da legislação; II custos de conformidade à normatização tributária; III qualidade dos tributos, especialmente quanto: a) à justiça fiscal; b) ao atendimento aos princípios constitucio-nais tributários; c) ao atendimento às necessidades orçamentárias; d) ao custo das obrigações acessórias; IV carga tributária; V equilíbrio federativo, especialmente quanto: a) à participação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no total da receita tributária, antes e depois das transferências constitucionais e legais; b) à participação das transferências constitucionais e legais na receita tributária dos entes federados; VI renúncias fiscais; VII harmonização normativa; VIII redução das desigualdades regionais; IX compatibilidade com a legislação de outros países ou blocos econômicos.

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the effects of the speed of social and economic changes in fiscal laws; the intensi-fication of fiscal competition among States, Municipalities and companies, both in the national and international level; the significant rate of litigation between tax payers and the states, which is often the product of the ambiguity of laws and the speed in its alterations; the volume of fiscal exonerations and tax expendi-tures that erode the general base of state taxes; and, finally, the urgency of new procedures that are simpler, more equity-based and reliable to coordinate the relations between the State Revenue and the Tax Payers, with a view to obtaining a more just tax system.

These are the concerns that motivated Your excellency to create this Commis-sion. And these concerns are what stimulated the creation of similar public and private bodies in several other countries. These are, also, the grounds of the con-stitutional rule embodied on article 52, XV, of the Constitution, that attributes to the Federal Senate the task of evaluating the practicability of the current tax system and the performance of the fiscal administrations.

We seek, with this Commission – whose composition is plural, participa-tive and integrated – a higher level of legislative rationality. As Manuel Atienza explains, the legislative rationality comprises the following sub-types of rational-ity: linguistic, legal-formalistic, pragmatic, teleological and ethical rationality,6 which are sub-species of the general idea of practical rationality, in order to attain rationality in the creation and application of law. This task, further from being continuous and permanent, corresponds to a fairness requirement of con-temporary democracies.

The object of the REPORT is distributed in parts, chapters and topics, which are presented in the Table of Contents of this REPORT.

The diagnostics that are presented in this REPORT are based on the Profile of the ICMS (a species of Consumption-Tax the base of which is the circulation of goods and the price of the services of communication and interstate or inter-municipal transport) in the Constitution of the Republic of Brazil, and stem from an analysis of the fiscal legislation of the State of Minas Gerais grounded on the most relevant principles, norms and rules, their bases and presuppositions, with a view to create a system that is more just, simplified and efficient, more coherent with the constitutional profile of the tax and with the Brazilian fiscal federalism. We attempted to establish a dialogue with the foreign literature and with the stud-ies from the relevant international organizations, with a view to delineate a profile for the ICMS consistent with the recent trends, as long as they are useful and ap-propriate for our country and, in particular, for the State of Minas Gerais.

Although the arguments, research and assessment is developed along more than 400 pages in this Report, in this Foreword we summarize some of the most important conclusions. In this First Report, the conclusions and final evaluations, with the recommendations and suggestions for Your Excellence the Governor of

6 Cf. ATIENZA, Manuel. Contribución a una Teoría de la Legislación. Ed. Civitas. Madrid. 1997, os. 27-40.

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the State of Minas Gerais, which are summarized at PART X of the Report, com-prise not only changes to be implemented in the legislation of the State, but also a further support for some measures that have already been initiated or are about to be implemented.

On the Tax Burden and its Distribution, unfortunately, it was not pos-sible for this Commission to suggest any measure for direct reduction of the ICMS, with a view to provide incentives of simply alleviate the economic activi-ties in the contexts of an economic crisis. The erosion of the tax base of the ICMS (whether by force of constitutional immunities or on the basis of exemp-tions and benefits conceded under the constitutional rules – by CONFAZ – or in defense of the State’s economy in the context of the “fiscal competition”, or yet in consequence of licit or illicit tax evasion) is high. The causes of this ero-sion are multiple, and there are some structural features of the economy of the state of Minas Gerais that should also be taken into consideration, such as the immunities of export operations.

We also found that the same phenomenon, which repeats itself at national scale: that the tax burden is concentrated specifically in certain sectors such as fuel, electricity, gas and telecommunications, which are called “blue chips”. Hence: (a) the Commission, in this Report, cannot advise measures that reduce even more the tax burden in the State, with a view to providing more investment of alleviating certain sectors of the economy in crisis, since the burden of this tax in comparison with the GDP is considered low (around 4.2%, on the basis of the data from 2013).

On the indirect reduction of the tax burden: yet, in spite of what we report-ed in the previous paragraph, the indirect weight of accessory fiscal obligations, the relief of some bureaucracy-related fiscal costs and the simplification of the fiscal system have been considered in this REPORT, which entails an indirect reduction of the burden of the ICMS. There are more than 500 (five hundred) special regimes (relatives to the emissions, keeping and warranty of fiscal documentation) that are currently being extinguished and are now ruled by the General Regulations of the ICMS, which will lead to a higher degree of transparency, generality and equal treatment to all taxpayers. The Project Desobrigar, which is praised by this COMMISSION, also deserved special attention, since, as his name indicated, it will eliminate obligations from the taxpayer to fill in forms and fiscal documents.

On matters related to justice, generality and equity, the COMMISSION requests the continuation and full implementation of Resolution Number 4751, from 2015, of the State Secretary of Revenue (SEF), which systematizes and fixes a standard for the “differentiated fiscal treatments”, as well as calls out for the improvement of the evaluation and observation of the special regimes that have already been established.

To date the following measures have been adopted and shall continue: stan-dardization of the Fiscal Treatment offered to the Special Fiscal Regimes (RET) for 29 economic sectors; divulgation of the Tax Treatment, which must be approved by

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the Commission of Fiscal Policy (CPT) of the State Secretary of the State of Minas Gerais (SEF/MG), together with the class entities representing the tax-payers; speci-fication and elaboration in the Integrated System of Administration of the State Revenue (SIARE), which is already being tested, of a Special Tool for requesting a Simplified Special Regime (SIARE). This simplifying measure will facilitate the taxpayer to adhere to a fiscal treatment available to him.

On the relations of harmony and political and economic autonomy of Federal States, this Commission supported the reflections, studies and conclu-sions on the financial losses resulting from the Federal Lei Complementar7TN number 87/1996, henceforth referred to as “Lei Kandir” and subsequent immuni-ties relative to exportation of goods. Although we are aware of the need to exon-erate the operations of exportation of goods, it has been a reason for perplexity and indignation the fact that the State of Minas Gerais, which is one of those that contribute the most for the generation of a surplus in the trade balance for the country, has not been receiving from the Union the financial compensation that it is entitled, accumulating losses of billions of Dollars since 1996.

Still for reasons of justice and equality, in the federative context, it is recommended that the tax exemptions are kept at the lowest possible amount, especially in virtue of its feedback effects. With regards to the quantity of tax rates, we suggest that, in the future we follow the rule adopted by the vast majority of countries that utilize the VAT, i.e. that the ICMS (Brazil’s general consumption tax) has few tax rates. It is evident that this measure assumes that we find a solution to the so-called “fiscal competition’ among the States of the Federation. In order to achieve this goal, a first step would be, as we suggested in the item VIII of Part X of this report, the adoption of the CONFAZ Agreement number 70/2014.

Henceforth, with regards to the interstate tax rates, which distribute the tax income between the state of the producer or seller of goods and the state of the consumer, we suggest a stronger effort to implement the Constitutional Amend-ment number 87/2015, which provides an adequate solution to this problem. Nonetheless, although it is up to the taxpayer to pay the taxes owed both to the state of the seller (producer) and to the state of the consumer, these duties and payment procedures should not impose a heavy burden on them or disturb the ad-equate performance of the activities of commerce. A more complete survey of the difficulties experienced by small and medium companies could lead to different alternative solutions, and perhaps a special program, to be developed and approved by the states, in which the applicable tax rate due to the state to which the goods are destined is automatically indicated. Electronic resources and new tools could reduce substantively the responsibility of small and medium tax payers for these

7 TN (Translator’s Note). In the Brazilian legal system there are two species of Acts of Parliament: “Ordinary” Law and “Complementary” Laws. The former are the ordinary Acts that deal with policies, rights and duties created by a political decision of the legislator, whereas the latter are supposed to “integrate” the constitution in an issue that the Constitutional Legislator has established a general pattern, but left to the legislature the task of regulating the particu-lars of the matter with a special procedure that requires a more qualified majority.

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political choices. The state of Minas Gerais could, together with the other states in the Federation, lead these technological measures for facilitating the allocation of the taxes that are owed to the producer states and to the consumer states, with little risk for the taxpayers.

On the progressive or redistributive character of the consumption taxes - such as the IVA or, in Brazil, the ICMS -, which is asserted by recent studies of the OECD and other institutions, based on the evaluation of family consump-tion in a lifetime, this Commission understands that this allegedly redistributive character cannot be validly acknowledged in the case of Brazil.

The conclusions in these studies might be plausible for countries with low levels of social inequality, in which the vast majority of the population receive very similar incomes, and tend to make large savings in certain periods while spending on others, that is, people rely on savings made in the past or hire loans at reason-ably low rates. To consider the expenses made along a lifetime can be, in these countries, an acceptable way to measure the burden of consumption taxes on the taxpayers. This is not, however, the reality of Brazil, in which the vast majority of people lack any savings, and barely survive. In the cases where poor families in Brazil obtain credit (for instance, loans whose payments are deduced from their salaries), the interest rates consume all their effort, in such a way that only the peo-ple who can avoid them can be said to be successful. Brazil is among the 15 most unequal countries in the planet. Furthermore, even the aforementioned OECD study acknowledges that, when the consumption is weakly influenced by savings and credit, it is more appropriate to measure the burden of consumption taxes in comparison with the income.8

With regards to the tendency suggested in those studies, of standardization of tax rates, with the elimination of exemptions and reduction of benefits to goods and services essential for life (such as food, medicines, electricity, fuel and so on), it must be stressed that, in Brazil, it is the Federal Constitution that rules the se-lectivity of consumption taxes. Nonetheless, although this selectivity may secure access to these essential goods for all – rich and poor – it is not capable to promote a more personal taxation, based on economic capacity, or to redistribute wealth.

Hence, considering the high erosion of the tax base of the ICMS, this Com-mission recommends further study on the possibility of replacing the selectivity (and its constitutional possibility) with a more uniform incidence of the ICMS, with a standard tax rate on goods and services in general, coupled with a restitu-tion of the tax incurred on by the poorer families; and, once these standards are established, it must be made, in advance, a prospective study on the impact of these possible changes over the poorer families, as well as the oversight, administration and operational costs of the tax return to these families.

8 OECD/Korea Institute of Public Finance (2014). The Distributional Effects of ConsumptionTaxes in OECD Coun-tries, OECD Tax Policy Studies, n. 22. OECD Publishing. <http://www.oecd.org/ctp/consumption/the-distributional--effects-of-consumption-taxes-in-oecd-countries-9789264224520-en.htm>.

XLIX

Finally, further improvements on the observance of the right to deduct and a limitation and new regulations of the regimes of fiscal substitution and antici-pated payment of future tax obligations are discussed in length in this Report.

Mr. Governor, there is a series of other measures and suggestions in this FIRST REPORT, that we offer to Your Excellency.

MISABEL DE A. MACHADO DERZIPresident of the Commission

JOSÉ AFONSO B. BELTRÃO DA SILVAState Secretary of Revenue (MG)

ONOFRE A. BATISTA JÚNIORAttorney General for the State of Minas Gerais