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Release da reunião do cardeal-amarelo realizada em agosto de 2011, publicada no periódico do ICMBIO.

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Braslia, 12/08/2011 - Boletim Interno do ICMBio, n 105 --Ano III Braslia, 16/07/2010 - Boletim Interno do ICMBio, n 158 Ano IV

ICMBioEM FOCO

Braslia, 16/07/2010 - Boletim Interno do ICMBio, n 105 - Ano III

Brasl

ia, 12/0 8

/2011- Bo letim In

terno do ICMBio, n 158 - Ano IV

Vem a seminrio sobre pesquisa e manejoSer realizado nos prximos dias 16 a 18, no auditrio do ICMBio, em Braslia, o III Seminrio de Pesquisa e Iniciao Cientfica do nosso Instituto. O evento, uma iniciativa da Diretoria de Pesquisa, Avaliao e Monitoramento da Biodiversidade e da Coordenaogeral de Pesquisa, tem como tema este ano Pesquisa para o Manejo. Realizado desde 2009, o seminrio tem o objetivo de promover a troca de experincias e informao entre os profissionais que conduzem ou acompanham pesquisas cientficas no Instituto Chico Mendes. Em trs dias, participam desse intercmbio bolsistas de iniciao cientfica, pesquisadores de instituies parceiras, analistas e tcnicos do ICMBio. A coordenadora de Apoio Pesquisa, Ktia Torres, explica que nesta edio h um destaque aos trabalhos submetidos, com definio das mesas-redondas a partir das contribuies espontneas dos servidores, com seleo feita pelo Comit Organizador partindo de temas em comum. O evento tambm o momento de avaliao, por parte dos comits Interno e Externo do Pibic, das pesquisas realizadas pelos bolsistas de iniciao cientfica nos centros de pesquisa e nas unidades de conservao sob orientao de servidores do ICMBio. Em 2009, ano do I Seminrio, foram inscritos 55 resumos, nmero que subiu para 62 no evento seguinte. A presente edio surpreendeu organizadores e comit com 115 resumos, o que demonstra a importncia do seminrio. A programao inclui realizao de palestras, mesas-redondas e apresentao dos trabalhos em painis. No ltimo dia, quatro trabalhos Pibic selecionados sero apresentados oralmente e premiados. Tambm ser definida nesse dia a Comisso Avaliadora dos trabalhos para o IV Seminrio de Pesquisa, que ser realizado em 2012. Os trabalhos produzidos na 1 e 2 edies do seminrio podem ser conferidos em www.icmbio.gov.br/o-que-fazemos/pesquisae-monitoramento/seminarios-de-pesquisa.

ICMBio lana mdulo de Relatrios do SisbioSer lanado na prxima quinta-feira (18), durante o Seminrio de Pesquisa do ICMBio, o mdulo de Relatrios do Sisbio, que consiste no recebimento on-line de relatrios de atividades referentes s autorizaes cientficas ou didticas e licenas permanentes concedidas pelo Instituto Chico Mendes. Em operao desde 2007, o Sisbio melhorou significativamente o atendimento e a prestao de servios junto aos pesquisadores graas a seu formato automatizado, interativo e simplificado que permite a eles solicitarem autorizaes on-line para coleta de material biolgico e para realizao de pesquisa em unidades de conservao federais e cavernas. Isso propiciou a retomada da boa relao entre a comunidade cientfica e os rgos ambientais, que vinha sendo conturbada pelas dificuldades decorrentes dos procedimentos de anlise das solicitaes de autorizao de pesquisa por meio de processos administrativos, em papel. Adicionalmente, o recebimento de relatrios impressos com as informaes cientficas, formato utilizado anteriormente ao Sisbio, trazia grande dificuldade para sua utilizao efetiva na gesto. Apesar desses avanos, um dos principais objetivos do Sisbio, a aplicao da informao chimento. Certamente sero necessrios ajustes para que esses objetivos possam ser cumpridos. As adequaes apenas podero ser plenamente conhecidas por meio do retorno resultante da operao rotineira do mdulo pelos operadores do ICMBio e pesquisadores. A partir do dia 18 os operadores do Sisbio podero consultar os relatrios apresentados pelos pesquisadores, acessando o sistema e realizando busca pelo nmero da autorizao. importante salientar que os pesquisadores tero prazo at 31 de dezembro para que os relatrios das autorizaes e licenas emitidas desde a implementao do sistema sejam preenchidos e submetidos. At esse prazo no sero impedidas concesses de novas autorizaes aos pesquisadores que at ento no tenham apresentado relatrio de autorizaes ou licenas permanentes j concedidas. A Coordenao de Gesto da Informao espera que o mdulo Relatrio do Sisbio atenda s necessidades do Instituto na gesto da informao sobre sociobiodiversidade, gerando informaes sobre ocorrncias de espcies, como tambm recomendaes para o manejo/gesto das unidades de conservao federais e cavidades naturais subterrneas.Arquivo ICMBio

Uma das telas do mdulo

cientfica para a gesto da sociobiodiversidade, no vinha sendo atingido. O lanamento do mdulo de Relatrios visa resolver essa pendncia, permitindo importante salto de qualidade para o ICMBio: passarmos do modelo cartorial de emisso de autorizaes e licenas para o de gesto da informao. Esse mdulo foi desenvolvido pelos analistas de sistemas Joseilson de Assis Costa, do Cemave, e Laplace Gomide Junior, do RAN, e contou com a importante contribuio de analistas ambientais das unidades de conservao, de representantes da comunidade cientfica e dos tcnicos das coordenaes vinculadas Coordenao-geral de Pesquisa e Monitoramento, evitando causar impacto significativo aos pesquisadores em seu preen-

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Braslia, 12/08/2011 - Boletim Interno do ICMBio, n 158 - Ano IV

Bolsa Verde chegar a quase 15 mil famliasA partir de setembro, mais de 14.700 famlias em situao de extrema pobreza devero receber os primeiros benefcios do Programa de Apoio Conservao Ambiental - Bolsa Verde. Ele foi institudo pelo Governo Federal como parte do programa Brasil Sem Misria, e voltado para grupos sociais em situao de extrema pobreza que vivem em reas socioambientais prioritrias. O benefcio vai atingir especificamente famlias que desenvolvem atividades sustentveis dos recursos naturais em unidades de conservao de uso sustentvel e em assentamentos da reforma agrria ambientalmente diferenciados, do Incra. A proposta incentivar a conservao dos ecossistemas e promover a elevao de renda dessa populao no meio rural. O Bolsa Verde distribuir, inicialmente, R$ 300 a cada trimestre s famlias cadastradas no Bolsa Famlia. Na verdade, o novo benefcio passa a ser um complemento desse ltimo programa para moradores em reservas extrativistas, florestas nacionais e reserva de desenvolvimento sustentvel, num total de 30 unidades de conservao sob a gesto do Instituto Chico Mendes. Do lado do Incra, sero beneficiadas famlias de moradores em 75 assentamentos. O Bolsa Verde coordenado pelo Ministrio do Meio Ambiente com participao direta dos ministrios do Desenvolvimento Agrrio - MDA eJos Roberto Lima

Roberto Vizentim no seminrio em Braslia

do Desenvolvimento Social - MDS, que integram gesto compartilhada abrangendo ICMBio e Incra, gestores das reas selecionadas. Para capacitar os gestores locais na execuo do Bolsa Verde, o ICMBio sediou, nos ltimos dias 9 e 10, no seu auditrio em Braslia, um seminrio que contou com apresentaes da secretria extraordinria para Superao da Extrema Pobreza, do MDS, Ana Fonseca; do secretrio de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentvel, do MMA, Roberto Vizentin; e da assessora especial do MDS, Lcia Modesto; alm de espao para debates e esclarecimento

de dvidas. Participaram do evento servidores de cerca de 65 unicades de conservao, entre florestas nacionais, RDS e Resex, alm de coordenadores regionais. Durante o evento, o presidente Rmulo Mello destacou que a atividade do Bolsa Verde deve ser incorporada como mais uma das funes dos gestores das unidades de conservao, dada a importncia do programa para a conservao e promoo da justia social. Com isso deve-se buscar a incorporao das famlias que encontram-se em situao de extrema pobreza para traz-las luz dos programas sociais de transferncia de renda, destacou.

Formao em Educao Ambiental na Gesto Pblica da BiodiversidadeA Coordenao de Educao Ambiental e Capacitao Externa, em parceria com a Coordenao de Gesto Participativa e a Coordenaogeral de Gesto de Pessoas, realizou, na semana passada, na sede do ICMBio, uma oficina de planejamento do primeiro Curso de Educao e Gesto Ambiental Pblica do nosso Instituto. A oficina contou com a participao de 11 servidores, de diferentes regies do pas, e foi facilitada pelo consultor Jos da Silva Quintas, educador, escritor e que tem consigo o histrico da educao ambiental por trabalhar com o assunto por mais de 30 anos, no Ibama. O evento teve como objetivo montar um processo de formao de 40 educadores, entre servidores do ICMBio e lideranas comunitrias de reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentvel, a fim de criar condies cognitivas e prticas para fortalecer espaos democrticos e de gesto participativa nas unidades descentralizadas, conforme apregoa o SNUC. O processo educativo, com total de 200 horas/aula - 80 horas presenciais e 120 horas semipresenciais -, ser realizado em etapas sucessivas, interdependentes e complementares. O curso presencial ser realizado na Acadebio, no perodo de 17 a 28 de outubro. Os participantes dessa etapa iro formular e implementar, na etapa seguinte, processos de formao continuada - curso para outros 30 participantes - no contexto da gesto pblica da biodiversidade em seus recortes territoriais. A equipe de planejamento discutiu e estabeleceu critrios estruturantes do processo eduArquivo ICMBio

Participantes da oficina

cativo, adotando recortes territoriais que sero priorizados no primeiro curso institucional. O edital de seleo dos participantes com seu cronograma de inscrio ser lanado pela CCGP e CEAC em 22 de agosto.

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ICMBio estuda estratgias urgentes para salvar cardeal-amarelo de extino no BrasilO cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata) j era considerado escasso no Brasil nas dcadas de 1970 e 1980 e atualmente subsiste em nmeros extremamente reduzidos. A presso de captura sobre a espcie segue intensa e a tendncia ser sua rpida extino no pas se as devidas providncias no forem tomadas para coibir a retirada de exemplares da natureza e tentar recuperar populaes viveis no ambiente natural. A espcie ameaada principalmente pela captura crnica de indivduos na natureza para criao em cativeiro e abastecimento do mercado ilegal de pssaros silvestres. Locais onde at recentemente existiam casais reprodutores mantm o habitat exatamente igual h dcadas e, mesmo assim, a espcie desapareceu exclusivamente pela sua captura dos indivduos silvestres. A plumagem vistosa, o canto agradvel e a facilidade de captura tornam a espcie uma das mais cobiadas pelos aficionados por aves canoras. Alm disso, a recente expanso das monoculturas de eucalipto sobre os campos da Serra do Sudeste constitui uma ameaa adicional diminuta populao brasileira. Considerando a urgncia da situao, o Cemave e a Coordenao de Planos de Ao Copan, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e a Fundao Zoobotnica do Rio Grande do Sul - FZB, realizaram nos dias 2 e 3 de agosto, em Porto Alegre, reunio para tratar especificamente de protocolos de conservao do cardeal-amarelo. O encontro aconteceu numa prvia oficina de elaborao do Plano de Ao Nacional para a Conservao de Passeriformes Ameaados dos Campos Sulinos e Espinilho - PAN Campos Sulinos. No evento, foram abordados assuntos como a situao atual da espcie estimase que existam menos de 10 exemplares em vida livre no Brasil e o estado de conhecimento sobre sua biologia e seus ecossistemas. Contudo, o foco principal foi dado elaborao conjunta de protocolos de manejo em cativeiro do cardeal-amarelo, visando sua futura reintroduo na natureza, uma estratgia considerada necessria no caso dessa espcie. Foram discutidos protocolosAlvaro Riccetto

Cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata)

de manuteno e reproduo em cativeiro, de reintroduo, de avaliao sanitria, de identificao de reas de soltura e de monitoramento pr e ps-soltura, alm de estratgias de fiscalizao e outros assuntos relacionados ao cardeal. A reunio contou com a presena de 23 participantes representando Ministrio Pblico Estadual do Rio Grande do Sul, Ncleo de Fauna do Ibama no estado, Pontifcia Universidade Catlica - PUC, UFRGS, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Secretaria de Estado de Meio Ambiente - Sema, FZB, Comando Ambiental da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, Zoolgico de Gramado, Zoolgico de Sapucaia, Instituto Curicaca, Instituto

Neochen de Pesquisa e Conservao Ambiental, Projeto Cardeal-Amarelo, Save Brasil/ Birdlife International, Alianza del Pastizal, associao de produtores rurais Apropampa e gestora do Parque Estadual do Espinilho, alm de servidores do Cemave e da Copan. A finalizao e aprovao dos protocolos elaborados a partir dessa reunio se dar em setembro, em Florianpolis, durante a oficina para elaborao do PAN Campos Sulinos, realizada pelo ICMBio com apoio financeiro do Probio II-MMA. L tambm sero discutidas as demais estratgias de conservao para o cardeal-amarelo, que enfrenta uma situao dramtica, e para outros passeriformes ameaados desse bioma.

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Golfinho encalha em praia de PernambucoNa tarde do dia 1 encalhou na praia de Serrambi, litoral sul de Pernambuco, uma fmea juvenil de golfinho-cabea-de-melo (Peponocephala electra). A informao foi repassada por parceiros da ONG Ecomar, com sede em Serrambi, para o Ibama, que repassou a informao ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservao de Mamferos Aquticos, o nosso CMA. O CMA o responsvel pelo atendimento a encalhe de mamferos aquticos vivos ou mortos no litoral de Alagoas, Pernambuco e Paraba e, desde 2010, conta com a parceria do Instituto Mamferos Aquticos - IMA, no intuito de proporcionar melhor atendimento a estes animais, assim como na reabilitao e soltura daqueles que passam por cativeiro. Para o atendimento, o CMA e o IMA contam com redes de colaboradores locais que informam da ocorrncia de todos os encalhes de mamferos aquticos. Prontamente, funcionrios e tcnicos especializados de ambas as instituies atendem ao chamado, embasados em protocolos de conhecimento internacional especficos para cada espcie. Mesmo assim, toda a populao pode prestar informaes e entrar em contato direto com o CMA pelo telefone (81) 3544-1056. O espcime encalhado desta vez, o golfinho-cabea-de-melo, possui distribuio tropical e subtropical, hbitos ocenicos e geralmente vive em grandes grupos de 100 a 500 exemplares. Quando adultas, em vida livre, as fmeas podem atingir 2,75 m, pesar 210 kg e viver cerca de 30 anos. Este o nono registro para a espcie feito pelo CMA, sendo o terceiro ocorrido no litoral pernambucano - todos os demais foram em Alagoas. Dentre os casos registrados no estado, o primeiro foi na praia de Piedade em 2008 e o segundo tambm na praia de Serrambi em 2009, sendo que apenas o primeiro foi um animal vivo, que veio a bito aps tentativa de reabilitao. O animal encalhado na semana passada pesa 90 kg, uma fmea juvenil e mede 2 m. Foram coletadas amostras para exames especficos que aguardam resultados. No entanto, o tratamento recomendado para a espcie foi iniciado desde o momento da chegada da equipe ao local de resgate. Apesar de melhora em 24 horas, o estado de sade do animal ainda apresenta preocupao, pois ele no consegue flutuar sem a ajuda de bias, respira com dificuldade e aps administrao de vermfugo, eliminou parasitos via anal e pelo orifcio respiratrio. O golfinho est mantido sob monitoramento por equipe especializada, sendo realizada avaliao veterinria diariamente. Caso seja constatada melhora substancial, ser realizada tentativa de soltura do animal nas proximidades da sede do Centro, em Itamarac, uma vez que retornar com o animal para o local de encalhe poderia acarretar regresso do seu quadro devido ao estresse pelo deslocamento.

Expedio de motocicleta registra unidades de conservaoO registro de imagens da vida selvagem j faz parte da rotina de trabalho do documentarista de natureza Fernando Lara. Depois de realizar trabalhos no Pantanal, Amaznias brasileira e boliviana e pases da frica, o profissional trabalha este ano em um projeto ousado: registrar imagens de mais de 30 unidades de conservao de 20 estados brasileiros, sendo 26 UCs federais. No total, ele percorrer um trajeto de 18.000 km em uma Honda NXR 150 Bros bicombustvel. O projeto uma realizao da Fauna e Flora Documentrios em parceria com a concessionria Honda Mavimoto do Vale do Ao. Sero oito meses de trabalho solitrio que inclui todos os biomas, sobretudo a fauna, flora, aspectos antropolgicos e geogrficos do pas. A rota percorrer o lado leste pelo litoral e o lado oeste pelas linhas de fronteira com os pases da Amrica do Sul. O percurso teve incio no dia 30 de abril no Parque Estadual do Rio Doce (MG) e j passou, alm de Minas Gerais, por unidades de conservao de So Paulo, Rio de Janeiro, Paran, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato GrossoFernando Lara Arquivo Fauna e Flora Documentrios

Arara canind no Parna Serra da Bodoquena

Fernando Lara e sua Honda

do Sul, Mato Grosso, e at o final deste ms deve chegar ao Amazonas, quando Fernando Lara completa metade do percurso. A rota, que tem previso de trmino em dezembro, ainda inclui unidades do litoral Norte e Nordeste, serto, devendo terminar no Esprito Santo antes do natal. A realizao de todo esse trajeto tem objetivo muito nobre. Fernando Lara disponibilizar, gratuitamente, todas as informaes e imagens das unidades de conservao por onde passou. Vamos transformar tudo em livro digital que ter informaes de localizao, fauna e flora ameaada, espaos para visitao de turistas,

entre outros. Queremos divulgar as reas conservadas e popularizar essas informaes para que professores, estudantes, ambientalistas, polticos e outros possam conhecer mais as nossas belezas naturais, afirma Fernando Lara. Todo o percurso tambm pode ser acompanhado pelo site www.rotasverdesbrasil.com.br. O documentarista no visa apenas o pblico brasileiro. Pensando no interesse internacional que as unidades de conservao iro despertar s vsperas da Copa de 2014 e das Olimpadas de 2016, a Fauna e Flora Documentrios tambm disponibilizar o livro nas verses em ingls, portugus, espanhol e japons.

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Cemave constri alternativa sustentvel de renda onde ocorre arara-azul-de-LearEntre os dias 1 e 5, o Cemave realizou uma oficina de artesanato com a utilizao de fibras da palmeira licuri (Syagrus coronata) e madeira de umburana (Umburana cearensis) de forma sustentvel no Chuqu, municpio baiano de Jeremoabo, uma comunidade de assentados localizada a 40 km da sede do municpio, s margens do rio Vaza Barris. O evento foi em parceria com a prefeitura municipal, o Sebrae e a EBDA/ATES - Assessoria Tcnica Social e Ambiental. Jeremoabo uma das reas de ocorrncia da arara-azul-de-Lear (Anodorhynchus leari), onde o Cemave desenvolve projetos que contemplam aspectos importantes para a proteo da espcie e de seu ambiente e promovem gerao de renda populao local, ampliando a conscientizao sobre a necessidade de conservao das araras. Isso feito por meio de divulgao, realizao de palestras, oficinas de artesanato e educao ambiental. A Associao de Artesos de Santa Brgida, na comunidade de Morada Velha, foi a pioneira na regio nesse tipo de artesanato, com o mercado comprador atualmente em expanso. Considerando que as peas so confeccionadas apenas com folhas do licurizeiro e madeira de umburana cadas, no possvel atender a demanda de grandes empresas sem comprometer a sustentabilidade da matria-prima, bem como a capacidade produtiva da associao. Assim, outras comunidades, trabalhando de forma unificada e com padronizao das peas, compondo um polo de artesanato, podero aumentar a capacidade de produo e atender a um mercado maior e em constante expanso. O objetivo da oficina foi iniciar a capacitao da comunidade por artesos experientes do municpio de Santa Brgida, visando compor um polo de artesanato de palha de licuri e madeira com comunidades inseridas na regio de ocorrncia da arara-azul-deLear. Em uma prxima etapa ocorrer outra oficina, para aperfeioamento e desenvolviArquivo Cemave

Participantes do evento no Chuqu

mento de novas tcnicas como tingimento natural das fibras e confeco de peas mais complexas. Esse modelo de capacitao foi realizado com sucesso pelo Cemave em parceria com a Fundao Loro Parque em 2008, na comunidade de Serra Branca, em Euclides da Cunha, e j est produzindo peas de excelente qualidade comercializadas em feiras e eventos da regio e at em outros estados. O Sebrae tambm est apoiando aes para a ampliao do mercado comprador. A destruio do habitat dessa arara, a derrubada e/ou queimada de reas com licuri para instalao de pastos e plantaes, alm do comrcio ilegal de aves, so

os principais riscos sobrevivncia desses animais. Com essa realidade, os impactos causados pela populao, seja como forma de sobrevivncia, hbito ou desinformao, pem em risco a espcie e o ambiente da qual dependem. Da a necessidade de buscar estratgias que viabilizem sua conservao e ao mesmo tempo garantam o desenvolvimento econmico das regies de ocorrncia da arara-azul-de-Lear. Com a busca de fontes alternativas para a gerao de renda que promovam o desenvolvimento econmico dessas populaes, o Cemave tambm espera proporcionar dignidade a elas e aumentar sua autoestima.

Momentos da oficina de artesanato

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Serra Geral do Tocantins encerra etapa de mobilizao para formao do conselhoUma oficina para apresentar resultados aos parceiros encerrou na ltima tera-feira a etapa de mobilizao setorial para formao do conselho da Estao Ecolgica Serra Geral do Tocantins, em Rio da Conceio. A ocasio tambm serviu para planejar o prximo evento, em setembro, no municpio de Almas, um dos cinco integrantes da UC. Ser a Oficina Intermunicipal, quando instituies dos setores pblico e da sociedade civil compartilharo com a unidade a grande responsabilidade de definir a composio do conselho. A produtividade da oficina teve muito a ver com as contribuies dos parceiros, que trouxeram suas experincias com conselhos em diferentes UCs, bem como em outros fruns colegiados, elogia o chefe da Esec, quilas Mascarenhas. Participaram da oficina representantes do Naturatins, Frum Estadual de Turismo, da Universidade Federal do Tocantins - UFT, Agncia deArquivo Esec Serra Geral do Tocantins

Reunio na comunidade dos Prazeres (BA)

Participantes da oficina

Cooperao Internacional do Japo - Jica e equipe da Esec. A mobilizao setorial, planejada e desenvolvida com apoio de um GT, ocorreu entre maio e julho e envolveu cerca de 200 pessoas, representando mais de 20 instituies. Foram realizadas seis reunies e sete oficinas para o setor de turismo e de agronegcio, as comunidades residentes,

as associaes locais e os gestores pblicos municipais, considerados prioritrios nesta primeira etapa seja pelo grau de relao com a UC ou de impacto sobre ela. Junto s prefeituras, o enfoque foi o fortalecimento da gesto ambiental local, dentro de um plano de ao desenvolvido pelo projeto Corredor Ecolgico do Jalapo, uma cooperao tcnica entre ICMBio e Jica.

Pesquisa no Parna de UbajaraO Parque Nacional de Ubajara, no Cear, recebeu no perodo de 3 a 6 deste ms um grupo de pesquisadores de instituies de ensino superior. De reas distintas, eles desenvolveram atividades de observao e estudo de material biolgico in situ com finalidade cientfica essencial para subsidiar o manejo desta UC, autorizados pelo Sisbio como parte do programa de incentivo pesquisa do parque.Ngila Maria

Observao e estudo de material in situ

Pesquisadores na Gruta do Urso Fssil

Alunos/pesquisadores com o Prof. Elnatan

No primeiro dia, o doutor em botnica Elnatan Bezerra de Souza esteve no parque com alunos/pesquisadores, dando continuidade s atividades de campo do seu projeto Estudo da Biodiversidade da Ibiapaba Nor-

te (CE), que tem como objetivo a realizao de levantamento das espcies de fungos, liquens, algas, brifitas, pteridfitas e angiospermas ocorrentes naquela regio. Nos trs dias seguintes, o Parna recebeu pesquisadores da rea de paleontologia para realizar estudo em uma de suas cavernas. Conhecida como Gruta do Urso Fssil, a cavidade selecionada possui diversas caractersticas de ambiente de sedimentao local. O paleontlogo de vertebrados e doutor em geocincias Edison Vicente Oliveira est desenvolvendo seu projeto de pesquisa intitulado Estudo sistemtico, paleoecolgico e geocrono-

lgico de vertebrados fsseis da Gruta do Urso Fssil, no Parque Nacional de Ubajara, com o objetivo de elaborar um modelo paleontolgico para a regio de Ubajara sobre os ltimos 10 mil anos. Durante a visita de campo, esteve presente a pesquisadora e especialista em geologia e paleontologia, Maria Somlia Hsiou, o pesquisador, aluno de doutorado e bilogo Paulo Victor de Oliveira e os alunos/pesquisadores do curso de biologia Gina Cardoso de Oliveira e Thiago de Albuquerque Lima. Nossa colega, a analista ambiental Ngila Maria Pereira Gomes, do Parna, acompanhou as atividades durante todo o perodo.

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Hilaire/Lange inicia capacitao do conselho em plano de manejoA equipe do Parque Nacional de SaintHilaire/Lange realizou, no ltimo dia 2, a primeira etapa do ciclo de capacitao sobre plano de manejo dirigido aos membros do conselho consultivo e lideranas comunitrias convidadas. O curso, que ocorrer em trs etapas, foi aprovado na Chamada de Projetos de Educao Ambiental e Capacitao Externa da Coordenao de Educao Ambiental e Capacitao, vinculada Diusp. Sua proposta formar agentes multiplicadores de informaes sobre a unidade de conservao e o processo de elaborao do plano de manejo, de forma a possibilitar s instituies e sociedade em geral participao mais efetiva nos momentos em que forem consultadas sobre o assunto. Trinta e trs pessoas participaram das atividades, entre conselheiros, lideranas comunitrias, funcionrios do Parna e outros convidados. Desse total, dezoito pessoas vieram de onze comunidades vizinhas UC e demonstraram grande interesse nas atividades propostas. As discusses do dia foram acompanhadas por dezessete alunos do stimo perodo do Curso de Gesto Ambiental da Universidade Federal do Paran - UFPR-Litoral, que cursam o mdulo mediado pela professora Juliana Quadros, representante da universidade no conselho do parque. Nos trabalhos, procurou-se aprofundar os conhecimentos que os participantes possuam sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza - SNUC, em especial sobre as categorias de unidades de conservao existentes no litoral paranaense: parque nacional, rea de proteo ambiental e estao ecolgica. Os presentes foram divididos em grupos para discusso, cujas concluses foram, posteriormente, apresentadas e discutidas entre todos. Por meio de dinmicas desenvolvidas ao longo do evento, os participantes expressaram seus principais anseios em relao capacitao e ao plano de manejo. Alm do interesse em adquirir conhecimentos relacionados ao processo de elaborao do plano, tanto os representantes de comunidades quanto de instituies manifestaram disposio em colaborar na sua construo bem como em transmitir tais conhecimentos entre aqueles que representam. Com relao importncia de ter o plano aprovado, recebeu destaque a necessidade de se definir e divulgar as normas de uso do Parna e da zona de amortecimento para que todos se sintam seguros em desenvolver suas atividades dentro da legalidade. Aps o encerramento da etapa de capacitao teve incio a 10 Reunio Ordinria do Conselho Consultivo. Na ocasio,Arquivo Parna Saint-Hilaire/Lange

Primeira etapa do ciclo de capacitao

o texto do novo Regimento Interno foi homologado pela assembleia sem modificaes, sendo a alterao da composio do conselho aprovada com ressalvas. Os presentes concordaram com sua ampliao, porm solicitaram que seja feita consulta s instituies e aos representantes da sociedade civil sobre o interesse em participar do colegiado, a fim de obter o compromisso das mesmas. Entre os assuntos gerais, representantes das comunidades apresentaram denncias de problemas ambientais que esto ocorrendo em rea prxima ao parque, entre outras questes diversas. A prxima etapa de capacitao ocorrer no dia 30 deste ms e tratar do Roteiro Metodolgico em vigor e a estrutura do plano de manejo.

Recortes AmbientaisDiverso e descanso na Resex Marinha de SoureDo site Maraj On LineA Reserva Extrativista Marinha de Soure est localizada no municpio de Soure, na Ilha do Maraj. Unidade de conservao federal sob gesto do Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade possui uma rea aproximada de 27.500 hectares, formada principalmente por manguezais e praias. Com o incio do vero em julho deste ano, os turistas e moradores de Soure puderam desfrutar das praias da Resex Marinha de Soure com segurana e tranquilidade. As crianas puderam se divertir sem o risco de serem atropeladas e todos curtiram a natureza sem o incmodo da poluio sonora provocada pelos carros. Isso se deve proibio da entrada de veculos motorizados nas praias da reserva, que foi instituda pelo Conselho Deliberativo da Resex por meio da Resoluo n 02/2010, fruto do desejo dos moradores e trabalhadores da rea. Desde ento, foram realizadas vrias aes educativas com a populao e barraqueiros. Foi dada ampla publicidade da resoluo, com divulgao em diversos estabelecimentos e associaes, rdios locais e por alto-falantes nas ruas da cidade de Soure. As praias tambm foram sinalizadas com placas e banners, indicando a proibio. Na praia do Pesqueiro foi instalada uma porteira, a fim de se fazer cumprir a resoluo. A porteira no impede a entrada de pedestres nem de veculos autorizados. Voc nosso convidado para aproveitar os outros meses do vero. Soure oferece um ambiente preservado e belssimo para todos que procuram um local para relaxar e se divertir. Aqui vai o meu parabns a todos que fazem parte da equipe da Resex Soure, que esto fazendo um maravilhoso projeto em nosso municpio.

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Jovens da Resex do Ciriaco ajudam a construir Inventrio Histrico-Social da UCO Ncleo de Gesto Integrada de Imperatriz, no Maranho, realizou uma oficina, em 30 de julho, para a construo do Inventrio Histrico-Social da Reserva Extrativista do Ciriaco. O inventrio tem como objetivo principal contribuir para o registro das atividades cotidianas dos moradores da unidade na quebra de coco, no labor da roa, nas festas religiosas, nas formas de lazer e outros costumes que compem a identidade cultural da populao tradicional da UC, esquadrinhado pelo olhar da juventude da comunidade por meio da fotografia. A iniciativa visa ainda incentivar os jovens a compreender a importante contribuio das geraes mais velhas no processo da preservao e construo da identidade cultural das novas geraes; possibilitar aos jovens conhecer as tcnicas e recursos bsicos para manusear mquinas fotogrficas, registrando o cotidiano das famlias extrativistas; organizar um acervo fotogrfico que retrate o cotidiano familiar dos comunitrios e sua relao com o meio em que esto inseridos; realizar exposies com os materiais produzidos pelos jovens envolvidos no projeto; alm de criar uma pgina na rede mundial de comArquivo Resex Ciriaco

Jovens da Resex Ciriaco em oficina

Oficina para construo de Inventrio Histrico-Social

putadores, na modalidade blog, para divulgar as manifestaes culturais da populao tradicional daquela Resex. O Inventrio Histrico-Social da Resex um projeto de autoria de Vanusa Babau, aprovado pelo Ministrio da Cultura e que conta com parceria do Instituto Chico Mendes, por meio do NGI. O evento ocorreu no povoado de So Domingos, municpio de Cidelndia, e contou com a participao de aproximadamente 20 jovens de 18 a 27 anos das comunidades no permetro da Resex ou em seu entorno. Tambm estiveram presentes a organizadora do encontro, Vanusa Babau, e os colegas do ICMBio, Euvaldo Pereira da Silva e Jos Jagno Rodrigues Nepomuceno, que conduziu a oficina.

O projeto conta com uma programao que inclui estudos direcionados, oficinas, seminrios, vivncias e pesquisa de campo. Durante a oficina, os principais temas discutidos foram a importncia do ICMBio na conservao da biodiversidade, unidades de conservao, Amaznia Legal, Resex Ciriaco, zona de amortecimento e leis do babau livre. O encontro contou tambm com produo textual, na forma de prosa e versos, sobre como os jovens enxergam a Resex, alm de leitura e interpretao de textos sobre problemas ambientais locais. Tambm foram exibidos vdeos que retratam o cotidiano das quebradeiras de coco babau e contendo imagens que revelavam diferentes aspectos ligados a Resex Ciriaco.

DNIT instala radar na Rebio de SooretamaO DNIT iniciou na ltima quinzena de julho a implantao de novos equipamentos para controle da velocidade no trecho da BR101 que corta a Reserva Biolgica de Sooretama, no norte do Esprito Santo. A instalao de radar faz parte de uma srie de reivindicaes que a equipe gestora da UC vem fazendo junto aos rgos responsveis pelo ordenamento da rodovia em decorrncia do elevado nmero de atropelamentos de animais silvestres por veculos que trafegam pela BR-101. Ao longo dos anos, vm sendo desenvolvidas diversas aes no sentido de minimizar os impactos do trnsito de veculos sobre a UC, como campanhas educativas, reportagens e operaes de fiscalizao. Apesar disso, as medidas tm se mostrado ineficazes j que o nmero de animais atropelados diao da estrutura viria para permitir a circulao de animais e reduzir o impacto sobre a diversidade de espcies protegidas no mais importante remanescente de Mata Atlntica da regio. Alm do radar j foram instalados taches em todo o trecho da estrada que corta a reserva e melhorada a sinalizao com a instalao de placas informativas. O primeiro radar permanecer por alguns dias em fase de teste e em estado de alerta aos usurios da pista, podendo-se desde j observar moderao no deslocamento dos veculos. Espera-se que com a implementao dessas medidas e outras que comporo o projeto global solicitado ao DNIT sejam reduzidos os atropelamentos de animais naquele trecho da pista e tambm diminudos os acidentes automobilsticos com morte de pessoas.Arquivo Rebio de Sooretama

Radar deve evitar atropelamento de animais

riamente vem se mantendo entre dois a trs animais/dia conforme dados coletados em 2004 e em monitoramento atual. A equipe gestora da UC encaminhou ao DNIT documento contendo uma srie de sugestes para integrar um projeto amplo de adequa-

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Braslia, 12/08/2011 - Boletim Interno do ICMBio, n 158 - Ano IV

CurtasArrecadao do ICMBio cresce 35% no 1 SemestreNo primeiro semestre deste ano, nosso Instituto teve crescimento de 35% na arrecadao comparado ao mesmo perodo do ano passado. As receitas nesse perodo de 2011 somaram R$ 26,52 milhes, contra 19,63 milhes em 2010. O ICMBio comeou a contabilizar suas receitas no Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal - SIAFI em fevereiro de 2008. De l para c, a arrecadao referente ao primeiro semestre cresceu cerca de 249%. Esses nmeros refletem o aumento relevante das receitas de visitao com ingressos pagos (+ 15,6%), com arrendamentos (+ 10,9%) e com licenciamento/autorizaes (+ 142,9%).

so, a obra se prope, de uma maneira simples, a desmistificar essas questes mostrando o que se tem feito ao redor do mundo em termos de preservao ambiental. Haver trs noites de autgrafos sempre s 19 horas. Em Braslia, na prxima tera-feira (16), na Livraria Cultura do Shopping Center Iguatemi; em So Jos do Rio Preto, no dia seguinte, na Livraria Emprio Cultural do Rio Preto Shopping Center; e em So Paulo, no dia 24, na Livraria da Vila Fradique.

Explorao madeireira comunitria em UCPortaria publicada na ltima segunda-feira no Dirio Oficial da Unio regulamenta as diretrizes e os procedimentos administrativos para aprovao de plano de manejo florestal sustentvel comunitrio para explorao de recursos madeireiros no interior de floresta nacional, reserva de desenvolvimento sustentvel e reserva extrativista, proposto por populao tradicional beneficiria da unidade de conservao. A portaria est disponvel em www.in.gov.br/ visualiza/index.jsp?data=08/08/2011&jornal=1 &pagina=128&totalArquivos=256.

reto. Segundo os analistas ambientais Gabriel Rezende e Lgia Coser, a principal inteno do projeto prestar apoio e servir de divulgao de boas atitudes ambientais junto s comunidades vizinhas da reserva, turistas e todos os demais usurios das estradas da regio. Foram instaladas 24 placas de cunho educativoambiental e de localizao das comunidades do entorno, em atrativos naturais como as praias da regio, alm da prpria UC. Todo o processo de elaborao e arte-final foi discutido em conjunto com as duas empresas, que tambm apoiaram financeiramente o projeto. Como resultado espera-se maior aproximao e integrao entre as comunidades vizinhas, as empresas e a Rebio do Crrego Grande.Lgia Coser

CNPT ganha nova sedeAps oito meses de negociao com o Ministrio Pblico Federal no estado do Maranho, ocupante anterior do prdio, e nos ltimos cinco meses com a Superintendncia do Patrimnio da Unio, o Instituto Chico Mendes recebeu por Cesso de Prdio o imvel localizado na Rua das Hortas, 223, no centro de So Lus. Tombado pelo Patrimnio Histrico e em bom estado de conservao, o prdio est passando por restauros e em breve abrigar a sede do nosso CNPT, com salas de reunio, biblioteca, auditrio e laboratrio, alm de salas de trabalho.Arquivo CNPT

VII Curso Regional para Guardaparques de Amrica LatinaFica aberta at hoje a pr-seleo para o VII Curso Regional para Guardaparques da Amrica Latina, a ser realizado na Argentina, no perodo de 3 de outubro a 26 de novembro. O evento, destinado preferencialmente aos servidores de nvel mdio, pretende ampliar a oferta de formao de profissionais vinculados gesto e ao manejo de reas naturais protegidas, capacitando profissionais de campo que no tiveram oportunidade de acessar formao especfica. O curso ser ministrado em lngua espanhola. Os candidatos devero enviar, alm do currculo, cpia do RG e CPF e formulrios devidamente preenchidos para o e-mail [email protected]. Sero cinco pr-selecionados pela CGGP, sendo que dois desses tero suas inscries efetivadas pela instituio promotora do curso, que tambm estabeleceu os critrios de seleo bem como os formulrios. Para maiores informaes acesse www1.icmbio.gov.br/ead/file.php/1/paginas/ inscricoes/cursos/guardaparques.html.

Placa de cunho educativo-ambiental instalada na estrada do Picado da Bahia, no limite com a Rebio

Parceria para o monitoramento de garimpos na Flona do CreporiDe 28 de julho a 5 de agosto foi realizada na Floresta Nacional do Crepori, em Jacareacanga, Par, ao de monitoramento dos garimpos ativos no interior da UC e orientao aos garimpeiros da regio. Participaram da atividade servidores do ICMBio e do Departamento Nacional de Produo Mineral - DNPM com apoio da Coordenao-geral de Proteo. Praticada na regio desde a dcada de 1960, a atividade garimpeira est prevista no decreto de criao e no Plano de Manejo da Flona. Contudo, grande parte dos garimpos ativos no interior e entorno da UC encontra-se em situao irregular. Assim, os garimpeiros foram orientados sobre o zoneamento da Flona e suas regras, os procedimentos necessrios legalizao dos seus empreendimentos e os benefcios do trabalho em cooperativas. Tambm foram distribudos mapas da regio e material de divulgao do plano de manejo da unidade. J est em discusso junto Coordenao de Gesto de Conflitos a minuta de um Termo de Ajustamento de Conduta que ser celebrado com os donos dos garimpos para possibilitar a regularizao dos empreendimentos e comprometer os rgos licenciadores competentes nesse processo.

Casaro no centro da capital Maranhense

Escolhas SustentveisEst sendo lanado este ms o livro Escolhas Sustentveis: discutindo biodiversidade, uso da terra, gua e aquecimento global, pela Editora Urbana. Os autores da obra, que trata de temas que esto na ordem do dia, so os bilogos Rafael Chiaravalloti e Cludio Valladares-Pdua. O livro, baseado em muitas pesquisas e estudos de casos, aborda temas como desmatamento, aumento da temperatura da Terra, tratamento de gua, o trip da sustentabilidade e energias limpas. Alm dis-

Concluda sinalizao do entorno da Rebio do Crrego GrandeFoi concluda recentemente a instalao das placas que compem o projeto de sinalizao das estradas do entorno da Reserva Biolgica do Crrego Grande (ES), como resultado de processo de cooperao estabelecido entre aquela unidade e as empresas Fibria Celulose e Suzano Papel e Celulose, que atuam no seu entorno di-

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CurtasRio Juta avana na implementao do sistema de sinalizaoA Reserva Extrativista do Rio Juta concluiu mais duas etapas da implementao do seu sistema de sinalizao com apoio da Esec de Juta-Solimes e de comunitrios da prpria Resex. A primeira delas ocorreu em junho, com apoio financeiro da CGPRO, paralelamente a uma operao de fiscalizao executada pelas duas UCs, Polcia Federal e Fora Nacional no rio Juta e seus afluentes, para otimizar recursos humanos e financeiros, aliando-se o monitoramento da rea com a instalao de 11 placas adquiridas pelo Programa Arpa num trecho do rio Juta, e manuteno das placas j instaladas na Esec de Juta-Solimes. Tambm foram abordadas embarcaes no rio Juta e lavrados dois au-

tos de infrao pelo transporte ilegal de quelnios. A segunda etapa, tambm com apoio do Arpa, foi concluda na ltima semana por comunitrios do rio Riozinho, que instalaram mais quatro placas ao longo desse manancial. A metodologia utilizada levou em conta critrios como locais indicados pelos conselheiros, possibilidade de ascenso nas rvores com menor risco de queda da equipe, locais com melhor visibilidade, alm de menor impacto pela derrubada de vegetao nativa.Gisele Silva de Medeiros

Monitoramento areo no Parna do ItatiaiaNa tera-feira passada, a Polcia Civil do Rio de Janeiro, por meio da sua Coordenadoria de Operaes Especiais, prestou apoio ao Parque Nacional do Itatiaia em operao de patrulhamento areo na chamada Parte Alta do parque. O sobrevoo teve o objetivo principal de monitorar e mostrar presena nas reas da regio norte do Parna, onde tem sido frequente a ocorrncia de incndios que s no tiveram maiores consequncias em funo da presena constante da brigada.Arquivo Parna do Itatiaia

Colegas Daniel Paes Resende e Lauri Corso (abaixo) e Leonardo Martins Gomes (acima)

Representantes da Polcia Civil e do Parna

UCs do litoral do Paran participam de oficina de articulao interinstitucionalGesto integrada num arranjo interinstitucional foi o tema norteador da primeira oficina do projeto Gerenciamento Integrado de Unidades de Conservao da Mata Atlntica: a Capacitao em Gesto Participativa como uma Estratgia de Conservao, realizada em Curitiba nos ltimos dias 3 e 4. O projeto foi aprovado na Chamada 9 do Programa Demonstrativo do Ministrio do Meio Ambiente - PDA/MMA. Os temas especficos, trabalhados em pequenos grupos, foram agrofloresta, com experincias da barra do Turvo e das Flonas de Pira do Sul e Aungui, inseridas no contexto do projeto; pesquisa em UCs, promovendo troca de experincias e informaes entre gestores de UCs e pesquisadores; e licenciamento no litoral do Paran, numa conversa entre Ibama, ICMBio e Instituto Ambiental do Paran - IAP. Entre os encaminhamentos dessa oficina surgiram o apoio do projeto organizao conjunta de um seminrio de pesquisa em UCs; a aproximao junto ao Ibama para pensar um arranjo institucional que venha diminuir as lacunas de informao e ao entre as instituies que atuam com licenciamento no litoral; e a aproximao e cooperao entreArquivo APA de Guaraqueaba

Participantes da primeira oficina em Curitiba

as aes envolvendo agrofloresta na regio da barra do Turvo/Flonas e litoral do Paran. A oficina de Curitiba contou com a participao das seguintes instituies: Escritrio Regional do IAP em Guaratuba e Paranagu; APA de Guaratuba; Ncleo de Licenciamento Ambiental do Ibama; Universidade Federal do Paran - UFPR; Cmara Tcnica de Conservao e Pesca do Conapa; Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educao Ambiental - SPVS; Mater Natura; Embrapa

Florestas; InBioveritas; Coopera Floresta; Emater; e Instituto Agronmico do Paran Iapar. Do ICMBio participaram CNPT; CR 9; Flonas de Trs Barras, Pira do Sul e Aungui; APA e Esec de Guaraqueaba; e Parnas Saint-Hilaire/Lange e do Superagui. Outras oficinas esto previstas no projeto para acontecer ainda neste semestre nas unidades de conservao do estado. Os temas sero atividades sustentveis, conselho gestor e plano de manejo.

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Braslia, 12/08/2011 - Boletim Interno do ICMBio, n 158 - Ano IV

No Foco

Casal de periquitos na Terra Indgena Rio Guapor (RO) registrado por Larissa Limrio, do Parque Nacional Serra da Cutia.

Assessoria de Comunicao Social - Ascom Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade - ICMBio Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Trreo - CEP: 70670-350 - Braslia/DF Fone +55 (61) 3341-9280 [email protected] - www.icmbio.gov.br

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