ibr - efeito da cheia na renda dos donos de bares e restaurantes na praia do maracanÃ
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA
CENTRO DE FORMAÇÃO INTERDIASCILPLINAR I – CFI
INTERAÇÃO NA BASE REAL – IBR
EFEITOS DA CHEIA NA RENDA DOS DONOS DE
BARES E RESTAURANTES NA PRAIA DO
MARACANÃ
Arlan Cardoso Santana
Bruno Danilo Goudinho dos Santos
Manoel Victor Gomes de Almeida
Rudolfo Sarmento
Santarém – PA, Outubro de 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ - UFOPA
CENTRO DE FORMAÇÃO INTERDIASCILPLINAR I - CFI
EFEITOS DA CHEIA NA RENDA DOS DONOS DE
BARES E RESTAURANTES NA PRAIA DO
MARACANÃ
PROJETO IBR
Santarém – PA, Outubro de 2012
Trabalho de pesquisa apresentado
pela equipe composta por: Arlan Cardoso
Santana, Bruno Danilo Goudinho dos Santos,
Manoel Victor Gomes de Almeida, Rudolfo
Sarmento, Heloisa do Socorro Santos da
Possa. Tendo como orientadora a Professora
Rose Meira.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Arlan Cardoso Santana, Bruno Danilo Goudinho dos Santos, Manoel Victor
Gomes de Almeida, Rudolfo Sarmento.
Efeitos da cheia na renda dos donos de bares e restaurantes na
praia do Maracanã.
Aprovados em:
Orientadora:
Professora Rose Meira.
_______________________________________________________________
Santarém – PA, Outubro de 2012
Pesquisa apresentada ao Centro de
Formação Interdisciplinar – CFI da
Universidade Federal do Oeste do Pará
para obtenção de nota na matéria de
Interação na Base Real – IBR.
Resumo
O presente trabalho apresenta pesquisa realizada na praia do maracanã,
que se localiza na área urbana da cidade de Santarém, em local considerado
periférico. Tendo como principal objetivo demonstrar a diferença e o impacto na
renda dos donos de bares e restaurantes daquele local no período da cheia do
rio tapajós, que acontece entre os meses de dezembro e junho. A pesquisa foi
feita através aplicação de questionário, e posteriormente um tabelamento dos
dados coletados, conseguidos através de entrevistas junto aos donos dos
estabelecimentos. A existência de um período forte de sazonalidade na região
amazônica se intensifica ainda mais quando o nível do rio sobe além do que
esperado, causando assim uma retração na economia regional como um todo,
e é o que acontece com os referidos comerciantes daquele local. Nota-se na
pesquisa que a maioria dos entrevistados declara que na época de cheia as
suas rendas não passam de um salário mínimo, e há uma grande queda no
movimento de banhistas durante vários meses. Há de se destacar que a
maioria dos comerciantes mora nos seus próprios estabelecimentos, ou seja,
eles usam o seu local de trabalho também como de moradia. E que são
unânimes ao afirmar que a cheia é responsável pelo fraco movimento nessa
época do ano.
Palavras chave: praia do maracanã; renda; cheia; rio tapajós;
sazonalidade.
Abstract
This paper presents research carried out at the Maracana beach, which is
located in the urban area of the city of Santarem, in place considered
peripheral. Its main goal is to demonstrate the difference and the impact on
income of the owners of bars and restaurants that location during the flood of
the river Tapajos, what happens between the months of December and June.
The survey was conducted through a questionnaire, and then a tabelamento
collected data, obtained through interviews with the owners of the
establishments. The existence of a period of strong seasonality in the Amazon
region intensifies further when the river level rises further than expected, thus
causing a decline in the regional economy as a whole, is what happens to those
merchants that location. It is noted in the survey that the majority of
respondents stated that at the time of their full incomes are no more than
minimum wage, and there is a big drop in the movement of bathers for several
months. It must be noted that most traders live in their own premises, ie, they
use their workplace as well as housing. And they are unanimous in saying that
the full movement is responsible for the weak at this time of year.
Keywords: beach maracanã; income; crowded; Tapajos river; seasonality.
Agradecimentos
A todos os professores do CFI, em especial a professora Rose
Meira pela paciência.
RELAÇÃO DE FOTOS
FIGURA 1 – Entrada da praia do Maracanã
FIGURA 2 – Maromba que dá acesso a praia do Maracanã
FIGURA 3 – Praia do Maracanã no período da seca
FIGURA 4 – Praia do Maracanã no período da cheia
FIGURA 5 – Bares e Restaurantes desertos devido à cheia
FIGURA 6 – Falta de clientes no periodo da cheia
FIGURA 7 – Durante o verão vários eventos ocorre nos restaurantes da praia
do Maracanã
FIGURA 8 – Praia do Maracanã no verão
FIGURA 9 – Interior das barracas
FIGURA 10 – Acúmulo de lixo próximo as barracas
RELAÇÃO DOS GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – Diferença na renda mensal entre cheia e seca em salário mínimo
GRÁFICO 2 – Fluxo semanal de clientes na cheia
GRÁFICO 3 – Fluxo semanal de clientes na seca
RELAÇÃO DE MAPA
MAPA 1 – Mapa da Localização da praia do Maracanã em relação ao centro de
Santarém
Sumário 1. INTRODUÇÂO ............................................................................................................... 9
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 11
3. METODOLOGIA .......................................................................................................... 17
3.1 QUESTÃO PROBLEMATIZADORA ................................................................................... 17
3.2 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 18
3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETAS DE DADOS ..................................................................... 18
4. Resultados ................................................................................................................. 20
REFERENCIAS ..................................................................................................................... 28
ANEXO I .............................................................................................................................. 1
CRONOGRAMA .................................................................................................................... 1
ANEXO II ............................................................................................................................. 2
QUESTIONÁRIO ................................................................................................................... 2
ANEXO III ............................................................................................................................ 5
Relato de experiência individual .......................................................................................... 5
Arlan Cardoso Santana ........................................................................................................ 5
Relato de experiência individual .......................................................................................... 6
Manoel Vitor Gomes de Almeida ......................................................................................... 6
ANEXO IV ............................................................................................................................ 8
PLANTA BAIXA DO ESTACIONAMENTO DA PRAIA DO MARACANÃ FORNECIDO PELA
FREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM ............................................................................... 8
9
1. INTRODUÇÂO
O presente trabalho visa estimar os efeitos causados pelo rio tapajós no
período de cheia, aos donos de bares e restaurantes existentes na praia do
maracanã. Determinando assim, se a cheia do rio tapajós influencia a renda
dos comerciantes daquele local, durante essa época do ano.
Foram realizadas pesquisas de campo com objetivo de verificar as
consequências do período de cheias dos rios da nossa região e que na maioria
das vezes constitui um grande problema, inclusive nas áreas urbanas. Este
estudo visa analisar a problemática dos comércios localizados ao longo da
praia do maracanã, que fica as margens do rio tapajós, no bairro também
chamado de maracanã, na cidade de Santarém. Os efeitos dessas enchentes
foram analisados através de um questionário, aplicado junto aos proprietários
dos comércios ali instalados.
Os resultados mostram que 90% dos entrevistados, declaram que sua
renda diminui consideravelmente durante essa época do ano, e nas outras
questões propostas também houve negativa nas respostas. Essas quedas
significativas na renda e no fluxo de clientes são causadas pela invasão dos
estabelecimentos comerciais pelas águas do rio tapajós que chegam avançar a
até 50 metros depois dos mesmos chegando próximo da parada de ônibus ali
localizada.
Outro fator que agrava essa situação é a falta de estrutura que possa
atender os frequentadores desta praia tanto no período de cheia do rio quanto
no de seca, apesar de haver um projeto de infraestrutura de mais de 15 anos
para transformar esta praia e suas redondezas num espaço de lazer e
entretenimento de dia e de noite. O que mostra o desinteresse do poder publico
com esta área da cidade, pois, todo ano ocorre a cheia dos rios da região, e a
falta de um planejamento que busque aperfeiçoar os serviços prestados pelos
restaurantes e bares da mesma. Pretende-se com este trabalho demostrar
através de dados coletados através de questionários junto aos comerciantes da
praia do Maracanã, a diferença na renda no período da cheia tomando como
comparativo a seca, que é a alta estação.
A praia do Maracanã é considerada uma praia urbana que se localiza em
um bairro periférico da cidade. Por ter sua localização próxima do centro
10
urbano e de vários bairros é bastante frequentada nos finais de semana
durante o período em que acontece a baixa dos rios da região. A falta de
infraestrutura e saneamento básico faz da época das cheias um lugar inviável
para ser frequentado.
11
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A Amazônia é uma floresta latifoliada úmida que cobre a maior parte da
Amazônica da América do Sul. Esta bacia abrange sete milhões de quilômetros
quadrados, dos quais cinco milhões e meio de quilômetros quadrados são
cobertos pela floresta tropical. Esta região inclui territórios pertencentes a nove
nações. A maioria das florestas está contida dentro do Brasil, com 60% da
floresta, seguido pelo Peru com 13% e com pequenas quantidades na
Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e França(Guiana
Francesa). Estados ou departamentos de quatro nações têm o nome de
Amazonas por isso. A Amazônia representa mais da metade das florestas
tropicais remanescentes no planeta e compreende a mais ampla biodiversidade
de floresta tropical do mundo. É um dos seis grandes biomas brasileiros.
No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada
por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), em 1966. É
chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do
território e abrange três (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) das cinco divisões
regionais do país, sendo o maior bioma terrestre do país. Uma área de seis
milhões de hectares no centro de sua bacia hidrográfica, incluindo o Parque
Nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000(com extensão em
2003), Patrimônio da Humanidade.
A Floresta Amazônica foi pré-selecionada em 2008 como candidata a uma
das Novas 7 Maravilhas da Natureza pela Fundação Sete maravilhas do
mundo moderno. Em fevereiro de 2009, a Amazônia foi classificada em
primeiro lugar no Grupo E, a categoria para as florestas, parques nacionais e
reservas naturais.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de
nutrientes. Contudo, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de
equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é
ótimo, havendo o mínimo de perdas. Um claro exemplo está na distribuição
acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção
rápida dos nutrientes que escorrem da floresta com as chuvas. Também,
forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais
12
mortos, rapidamente convertidos em nutrientes e aproveitados antes da
lixiviação. Tal conversão dá-se pelo fato de os fungos ali encontrados serem
saprofíticos. A vegetação do bioma Amazônia se apresenta em três categorias:
Matas de várzea: São matas que sofrem com as constantes enchentes, partes
delas estão localizadas em terras altas onde ocorre inundação apenas em
determinado período do ano. Enquanto que nas regiões baixas as inundações
são constantes e se assemelham as matas de igapó. Matas de terra firme
Estas se localizam em partes altas e por esse motivo não sofrem com as
costumeiras enchentes, nestas estão localizadas as mais frondosas árvores, as
de grande porte como a castanheira do Pará. Matas de igapó: Localizada em
locais baixos, sua vegetação se caracteriza por pequenos arbustos, cipós e
musgos. A vitória régia brasileira conhecida mundialmente é encontrada nessa
vegetação do bioma Amazônia se apresenta em três categorias
Na região amazônica chove bastante e a temperatura é elevada,
normalmente variando entre 22ºC e 28ºC. É o chamado clima equatorial úmido,
que caracteriza algumas áreas próximas à linha do Equador. E como o clima
interfere? Pelo que vimos até aqui, você já deve imaginar alguma forma... Por
exemplo: de acordo com a intensidade das chuvas sobe o nível dos rios; com o
aumento do nível dos rios algumas áreas podem ser alagadas e, uma vez
alagadas, essas áreas podem ser mais ou menos adequadas à vida de
determinados vegetais e animais.
Denomina-se enchente, cheia ou inundação à elevação do nível d’água de
um corpo hídrico (rio, lagoa, reservatório, etc.) provocada, normalmente, pelas
precipitações pluviométricas. Como tal, trata-se de um fenômeno natural a que
todo corpo hídrico está sujeito de forma cíclica. Além das precipitações das
chuvas em determinadas regiões, a fusão da neve acumulada no inverno
também dá origem a inundações cíclicas na primavera.
O conceito de enchente pode ser estendido às inundações artificiais
provocadas por atividades antrópicas, tais como as rupturas de barragem e
diques, as pontes, bueiros e canalizações subdimensionados. Esse conceito se
estende, também, às inundações decorrentes da urbanização descontrolada e
das agressões ambientais, tais como o aterro de áreas normalmente
inundáveis, a impermeabilização excessiva do solo, a concentração de vazões
13
em áreas não apropriadas, efetuadas por obras erroneamente planejadas ou,
simplesmente, sem planejamento algum.
A explosão demográfica impulsionou, às margens de rios e nas áreas de
praia, o desflorestamento para dar lugar a residências e comércios. Sem
sistema de esgoto apropriado, capitação de lixo orgânico e inorgânico a água
foi poluída. É dentro desta realidade amazônica que ocorrem impactos
naturais, oriundos de mudanças climáticas, refletidas principalmente na
dinâmica enchente e vazante. A vazante deixa rios apenas com filetes de
águas e as enchentes chegam a destruir residência. A cada ano as influências
climáticas globais atingem e agravam a situação de vida dos moradores das
margens dos rios e para agravar mais a situação das mudanças climáticas
dentro da Amazônia têm a presença do desmatamento, desta forma podemos
entender:
No estado de Santa Catarina, diversos trabalhos abordaram a problemática
das inundações em diferentes escalas. Na escala estadual, Herrmann (2001) e
Hermann et al. (2007), mostraram a distribuição espacial das inundações bem
como a frequência e os danos provocados por elas. Na escala municipal,
Machado (2005) e Frank e Pinheiro (2003) apresentaram estudos sobre
desastres catastróficos ocasionados pelas inundações em Tubarão no ano
1974 e Blumenau nos anos 1983 e 1984, respectivamente. Esses trabalhos
são extremamente úteis para as medidas tanto estruturais quanto não
estruturais. Cada município deveria ter registros adequados das ocorrências de
inundações para subsidiar tais medidas. (Silveira, Wivian Nereida 2009)
É de fundamental importância para a compreensão dos processos de
urbanização. Para entender a complexidade desses processos devemos
caminhar no sentido de identificar as relações entre Estado, sociedade e
natureza. Esses fatos expressam com precisão os conflitos que ocorrem entre
responsabilidades estatais, direitos sociais e preservação da natureza. Quando
o Estado não cumpre com a sua responsabilidade de produzir políticas públicas
de habitação e de preservação da natureza, só restam para as populações
pobres a alternativa de invasão ou a produção de aterros sobre áreas alagáveis
de preservação ambiental ou de risco para suprir as suas necessidades de
habitação (R. Branco 2004). Conforme figura 1 que apresenta a entrada da
praia do Maracanã.
14
Figura 1 - Entrada da praia do Maracanã Fonte: direta, 2012
Comerciantes da Praia do Maracanã reclamam do descaso da Defesa Civil
municipal e da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF). Ao todo são 28
estabelecimentos que a água do rio já invadiu. Cada um providencia sua
maromba1 e rampa de acesso. A grande maioria não possui outra fonte de
renda, outros moram na praia e permanecem no local para atender ao reduzido
público que ainda comparece. Até que ponto a cheia do rio pode influenciar na
frequência de visitantes da praia, podendo ocasionar alterações na renda dos
microempresários por que como sabemos:
[...] A sucessão regular e alternada dos níveis dos
grandes rios da Amazônia é um fenômeno natural que
existe há milhares de anos. O ciclo natural das enchentes
e vazantes que é regulado por fenômenos de escala
espaço-temporal bastante ampla, configura-se como um
fator essencial para a manutenção do equilíbrio dinâmico
do ecossistema amazônico, com sua frequência
monomodal (uma vez por ano) se contrapondo às muitas
enchentes dos igarapés de floresta (multimodal) que
1 Caminho suspenso feito de madeira em local alagado.
15
dependem da precipitação localizada que tem papel
fundamental no ciclo hidrológico.
O sistema de pulso (enchente e vazante) é produzido por
funções de força sobre as quais o homem não tem
qualquer poder de mudança. Por essa razão, a ciência e
a sabedoria ensinam ser preciso agir proativamente
(princípio da precaução) para evitar que esse drama da
natureza, em seus pulsos extraordinários (que são
tolerados e absorvidos pela natureza), atinja de forma
dramática os ambientes construídos onde predomina a
vida dos homens e de seus animais associados que não
conseguem tolerar, absorver e superar esses
cataclismos. [...] Fonseca 2009.
A praia do Maracanã é uma das praias mais frequentadas na cidade de
Santarém que se localiza no oeste do Estado do Pará. Ela é frequentada tanto
por turistas, quanto por moradores de bairros próximos e também do centro da
cidade, sua principal atração é a sua praia, pois se localiza a cerca de 8
quilômetros do centro da cidade, facilitando assim o deslocamento de seus
visitantes, está apresenta ainda uma sazonalidade, pois em determinado
período do ano, a praia se encontra submersa pelas águas do rio Tapajós
(meses de janeiro a agosto) o chamado período da cheia.
O fato dessas famílias não terem trabalho fixo e morarem em situação de
risco, em áreas alagáveis os torna ainda mais excluídos dos benefícios sociais
e urbanísticos, exatamente como afirma Maricato (2000), quando refere que a
exclusão urbanística concebida pela expressiva ocupação ilegal do solo
urbano, é ignorada na representação da cidade oficial.
16
Figura 2: Maromba que dá acesso a praia do Maracanã Fonte: Direta, 2012
No estado de Santa Catarina, diversos trabalhos abordaram a problemática
das inundações em diferentes escalas. Na escala estadual, Herrmann (2001) e
Hermann et al. (2007), mostraram a distribuição espacial das inundações bem
como a frequência e os danos provocados por elas. Na escala municipal,
Machado (2005) e Frank e Pinheiro (2003) apresentaram estudos sobre
desastres catastróficos ocasionados pelas inundações em Tubarão no ano
1974 e Blumenau nos anos 1983 e 1984, respectivamente. Esses trabalhos
são extremamente úteis para as medidas tanto estruturais quanto não
estruturais. Cada município deveria ter registros adequados das ocorrências de
inundações para subsidiar tais medidas. (Silveira, Wivian Nereida 2009)
É de fundamental importância para a compreensão dos processos de
urbanização. Para entender a complexidade desses processos devemos
caminhar no sentido de identificar as relações entre Estado, sociedade e
natureza. Esses fatos expressam com precisão os conflitos que ocorrem entre
responsabilidades estatais, direitos sociais e preservação da natureza. Quando
o Estado não cumpre com a sua responsabilidade de produzir políticas públicas
de habitação e de preservação da natureza, só restam para as populações
pobres a alternativa de invasão ou a produção de aterros sobre áreas alagáveis
17
de preservação ambiental ou de risco para suprir as suas necessidades de
habitação (R. Branco 20042).
3. METODOLOGIA
3.1 QUESTÃO PROBLEMATIZADORA
Coletar e analisar dados sobre o impacto do período da enchente do rio
Tapajós na renda dos micros empreendedores situados na praia do Maracanã,
para mostrar e estudar as problemáticas causadas por esse fenômeno
existente nos rios da Amazônia, o qual interfere diretamente na renda dessas
pessoas e entre outras que se beneficiam desse ramo.
Figura 3 - Praia do Maracanã no período da seca Fonte: http://www.flickr.com/photos/60265515@N07/6690448577/
2 Engenheiro José Roberto Branco, trecho de sua dissertação de mestrado.
18
No período da seca do rio Tapajós, a praia do maracanã é uma beleza como e
possível ver na imagem acima. Que contrasta com as situações vistas no
período da cheia.
Figura 4 - Praia do Maracanã no período da cheia Fonte: http://viajamos.com.br/photo/praia-do-maracan-santar-m-pa-1
3.2 OBJETIVO GERAL
Determinar através de dados o déficit na renda dos comerciantes, mostrar
e estudar as problemáticas causadas pelo fenômeno da enchente do rio
Tapajós, e responder a pergunta, até que ponto afeta a venda dos produtos ali
comercializados? E buscar ou propor soluções que minimizem ou eliminem
esse transtorno que acontece todos os anos.
3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Pesquisa realizada na praia do Maracanã, O balneário mais próximo do
centro de Santarém, localizado a cerca de 10 km do centro comercial, onde
sazonalmente ocorre o período de seca e cheia como apresentado neste
trabalho. A figura 3 mostra a praia no período da seca e a figura 4 no período
da cheia, o mapa a seguir mostra à localização no mapa da praia do Maracanã.
19
Centro
Praia do Maracanã
Lago do Mapiri
Mapa 1 – Mapa da Localização da praia do Maracanã em relação ao centro de Santarém Fonte do mapa – http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl
A pesquisa utilizou como base a aplicação de um questionário aos
comerciantes da praia do Maracanã, posteriormente analisando as informações
prestadas pelos mesmos, podendo assim diagnosticar até que ponto o nível
alto das águas do Rio Tapajós influencia na renda dos comerciantes que
exploram diversas atividades relacionadas ao lazer turístico no período de
cheia do rio. A pesquisa foi realizada de acordo com as seguintes etapas:
Aplicação de questionário e coleta de dados sobre a renda dos
comerciantes da praia do Maracanã durante a cheia do rio Tapajós.
Analisar dados sobre a renda dos comerciantes da praia do Maracanã
durante a cheia do rio Tapajós
Tabular dados referente a renda dos empresários da praia do Maracanã,
durante a cheia do rio Tapajós.
Mensurar ou estimar o impacto na renda desses microempresários
durante a cheia do rio Tapajós.
20
0%
20%
40%
60%
80%
100%
CHEIA SECA
91%
0% 9%
46%
0%
36%
0%
18%
Menos de (1) Sal. MínimoEntre um (1) e dois (2) Sal. MínimoEntre três (3) e quatro (4) Sal. MínimoAcima de cinco (5) Sal. Mínimo
4. Resultados
Após concluirmos essas etapas, chegamos aos seguintes resultados
baseadas nos dados coletados e tabulados. Demostraremos em gráficos,
primeiro a diferença em salário mínimo entre a seca e a cheia segundo as
respostas dos comerciantes em que a maioria absoluta confirma que ganha
menos de 1 (um) salário mínimo mensal. Respostas adquiridas através de
questionário que se encontra em anexo.
Gráfico 1 – Diferença na renda mensal nos períodos de seca e cheia, em salario mínimo.
Diferença bastante acentuada entre o período da cheia em relação à seca,
que pode ser explicada pela situação da infraestrutura em que se encontra não
só a praia do Maracanã mais também o seu entorno. Que pode ser confirmada
sua veracidade através das fotos tiradas no período em que a pesquisa foi
realizada.
21
Figura 5 – Bares e Restaurantes desertos devido à cheia.
Fonte – Direta, 2012
Está diferença se torna ainda mais elástica pela falta de investimentos por
parte do setor público, no caso a prefeitura e os vereadores que estão mais
próximos da realidade em que vive o povo Santareno, mas parece não se
importarem com a situação de abandono que se encontra a praia do maracanã
mais também o seu entorno como o Lago do Mapiri3 que sofre com invasões.
Os problemas causados pela cheia envolve também, a quantidade de
clientes que frequentam a praia do Maracanã entre a cheia e a seca. Segundo
as respostas dos comerciantes da praia do Maracanã que foi realizada com
base nos questionários que estão em anexo. Em que a maioria dos
comerciantes confirma que até 50 (cinquenta) clientes frequentam
semanalmente seu estabelecimento, reforçando assim o gráfico anterior.
3 Lago que se encontra a direita da praia do Maracanã.
22
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
0 a 50Clientes
50 a 100Clientes 100 a 150
Clientes 200 a 250Clientes Acima de
300 Clientes
82%
18%
0% 0%
0%
% de Comerciantes
Gráfico 2 – Fluxo semanal de clientes na cheia.
Figura 6 – Falta de clientes no periodo da cheia Fonte – Direta, 2012
23
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
0 a 50Clientes
50 a 100Clientes
150 a 200Clientes
200 a 250Clientes Acima de
300 Clientes
28%
36%
27%
9%
0%
% deComerciantes
Gráfico 3 – Fluxo semanal de clientes na seca.
Figura 7 – Durante o verão vários eventos ocorre nos restaurantes da praia do Maracanã Fonte – http://4gbm-pa.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html
24
Figura 8 – Praia do Maracanã no verão Fonte – http://jesocarneiro.blogspot.com.br/2006/08/imagens-de-santarm_27.html
Para entendermos melhor por que a falta de clientes remete diretamente na
renda dos comerciantes, isto tem fundamento, mas os clientes deixam de
frequentar a praia do Maracanã na época da cheia, seria só por causa da cheia
ou a falta de incentivos, ou mesmo o descaso do poder público seriam o fator
decisivo para o insucesso no período chuvoso.
Os moradores que possuem casas distante da praia afirmam que também
sofrem com os transtornos da enchente. A Rua Ponta Negra, dois quarteirões
longe da praia, também foi atingida por ser área baixa. As ruas estão tomadas
por mato, lama e pontes improvisadas. “A gente passa muito tormento. Se
carros passarem por aqui vão atolar”, completa o morador Tomás dos Santos.
Na praia propriamente dita, as águas avançaram mais de 50 metros, desde as
barracas de vendas até a área destinada ao estacionamento de veículos.
A impressão geral que se teve, foi que a apropriação desordenada do
espaço causou problemas sócios econômicos, para as pessoas que ali foram
ocupa-lo. Problemas de degradação do meio ambiente que só pode ser
recuperado através de reorganização e padronização das barracas, que
funcionaria só para comercio apropriado para praia, ou seja, teria que remover
as construções antigas que são usadas para comercio e moradia desta forma
descaracterizando o local e afastando os banhistas.
Com a padronização a praia ficaria mais visível à reordenação teria como
objetivo recuperar a praia, para balneário turístico com atividade voltada
25
somente para este fim, sem impacto habitacional que há hoje, tornou o local
uma verdadeira “favela”.
Figura 9 – Interior das barracas Fonte – Direta, 2012
Outros fatores encontrados durante a pesquisa fazem com que este
cenário piore. Com uma ocupação desordenada e com precárias condições de
atendimento seus comércios são usados também como moradia causando
maior impacto ambiental devido esta estadia permanente com lançamento de
lixo doméstico, esgoto e construções para ampliar as barracas que se tornam
habitações. A cidade de Santarém sofreu um grande impacto em suas praias
urbanas por não ter a mesma divulgação de Alter-do-chão no mapa turístico da
região.
26
Figura 10 – Acúmulo de lixo próximo as barracas Fonte – Direta, 2012
Entretanto há exemplos a ser seguido, como o da dona Rosemeire
proprietária do Restaurante da Meire que doa as garrafas pets que ficam após
serem vendidas para alunos da Escola Estadual Aluízio Lopes Martins, onde
existe um projeto de reciclagem. Nota-se pelos resultados o tamanho do
impacto da cheia na renda dos mesmos, pois sem uma estrutura adequada
durante o período de cheia, todo o ano haverá um decréscimo no movimento
de visitantes e na renda per capita do comercio desta praia.
O consumo torna-se escasso devido à dificuldade do acesso à referida
praia e ao total desaparecimento da faixa de areia, onde os banhistas
ocupavam, ainda com a cheia dos rios, parte do comércio fica submerso e em
razão disso torna-se inviável a abertura desses e sem contar com as condições
de atendimento. Por vários meses, esses proprietários passam por muitos
problemas, sem políticas públicas que contribuam com iniciativas para busca
de soluções efetivas para o problema que é periódico, pois se trata de um
fenômeno que se repete todos os anos e causa as inundações dos comércios
daquela área.
A praia do Maracanã tende a desaparecer ou ficar com o seu uso impróprio
como já aconteceu com a praia que há em frente à cidade. A administração
27
pública precisa tomar a frente para que a praia do Maracanã agregue valor à
cidade e qualidade de vida aos moradores do bairro, com a conservação da
praia e ajudando na profissionalização dos comerciantes da área o que
melhoraria o lado econômico dessas pessoas e a conservação do local.
Levando em conta as observações e os dados coletados, notamos que a
praia do Maracanã necessita de infraestrutura por parte do setor publico e que
o mesmo incentive empresas privadas a investirem naquele local. Com
incentivos fiscais para construção de Hotéis, pousadas dentre outros, que
levem os frequentadores a usufruir de melhores condições de lazer e
entretenimento.
Pois a praia do Maracanã tem um grande potencial turístico que não é
explorado de forma adequada sendo facilmente percebido pela estrutura dos
bares e restaurantes, da inexistência de um estacionamento organizado, pela
falta de um sistema de esgoto apropriado para aquele local, às vias de acesso
em precárias condições, pela falta de interesse do poder publico em
transformar aquele logradouro em uma área de turismo e divertimento, ou seja,
a falta de uma padronização que identifique a praia do Maracanã, criando
assim uma identidade sócio ambiental de lazer e turismo.
28
REFERENCIAS
SILVEIRA, WIVIAN NEREIDA (2009) História das Inundações em Joinville: 1851 - 2008, Curitiba: Editora Organic Trading.
FERRAREZI,C.J. (2011) Guia do Trabalho Cientifico, São Paulo: Editora contexto
SANTARÉM SOFRE COM A CHEIA NO MUNICÍPIO, disponível em:
http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&
codigo=590260 acesso em 16/05/2012
FEIRA PROVISÓRIA, disponível em:
http://g1.globo.com/amazonas/noticia/2012/05/feira-provisoria-abrigara-
feirantes-de-manaus-afetados-pela-cheia-do-negro.html acesso em
16/05/2012
INVERNO 2012, disponível em:
http://www.roraimahoje.com.br/home/cidade/10680-inverno-2012-
comerciantes-ja-se-preparam-em-caso-de-enchente.html acesso em
16/05/2012
ENCHENTE E VAZANTE, Disponível em:
http://portalamazonia.globo.com/pscript/artigos/artigo.php?idArtigo=1163
acesso em 12/06/2012
ARTIGOS CIENTIFICOS, Disponível em:
http://www.brasilatual.com.br/ acesso em 12/06/2012
NATUREZA, Disponível em:
http://www.museu-goeldi.br/ acesso em 12/06/2012
Matos, Gláucio Campos Gomes de, Disponível em:
http://www.uel.br/grupo-
estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais12/artigos/pdfs/
mesas_redondas/MR_Matos.pdf acesso em 28/06/2012
Souza, Jose Camilo Ramos de, Disponível em:
http://www.uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema4/jose_camilo acesso em
30/06/2012
1
ANEXO I
CRONOGRAMA
Tarefas
TEMPO PARA REALIZAÇÃO RESPONSAVEL
PELA
REALIZAÇÃO Abril Maio Junho
Idealizar o Projeto X
Equipe
Pré-projeto
X
Equipe
Aplicar Questionário
X Equipe
Tabular os dados
X Equipe
Apresentar os
Resultados
X Equipe
2
ANEXO II
QUESTIONÁRIO
Questionário aplicado aos comerciantes da praia do Maracanã, formando
um total de 28 estabelecimentos, mas que só foi possível ser aplicado a 11
destes. Devido à época de cheia, pelo fato que alguns dos comerciantes
simplesmente abandonam seu ponto comercial só retornando na baixa das
águas.
1) Qual a renda por mês no período da cheia?
a) Menos de um salário mínimo
b) Entre um e dois salários mínimos
c) Entre três e quatro salários mínimos
d) Cinco ou mais salários mínimos
2) Qual a renda por mês no período da seca?
a) Menos de um salário mínimo
b) Entre um e dois salários mínimos
c) Entre três e quatro salários mínimos
d) Cinco ou mais salários mínimos
3) O fluxo de clientes por semana no período da cheia?
a) De 0 à 50
b) De 50 à 100
c) De 150 à 200
d) De 200 à 250
e) Acima de 300
4) O fluxo de clientes por semana no período da seca?
a) De 0 à 50
b) De 50 à 100
3
c) De 150 à 200
d) De 200 à 250
e) Acima de 300
5) O numero de funcionários que trabalham no estabelecimento no
período da cheia?
a) De 0 à 2
b) De 2 à 4
c) De 4 à 6
d) De 6 à 8
e) Acima de 10
6) O numero de funcionários que trabalham no estabelecimento no
período da seca?
a) De 0 à 2
b) De 2 à 4
c) De 4 à 6
d) De 6 à 8
e) Acima de 10
7) A quantidade cerveja (600ml) vendida por semana no período da
cheia?
a) De 0 à 3
b) De 3 à 6
c) De 6 à 9
d) Acima de 10
8) A quantidade cerveja (600ml) vendida por semana no período da seca?
a) De 0 à 3
b) De 3 à 6
c) De 6 à 9
d) Acima de 10
4
9) A quantidade de refrigerante (litros) vendido por semana no período da
cheia?
a) De 0 à 10
b) De 10 à 20
c) De 20 à 40
d) Acima de 50
10) A quantidade de refrigerante (litros) vendido por semana no período
da seca?
a) De 0 à 10
b) De 10 à 20
c) De 20 à 40
d) Acima de 50
11) A quantidade de refeições (porções) vendidas por semana no período
da cheia?
a) De 0 à 10
b) De 10 à 20
c) De 20 à 40
d) Acima de 50
12) A quantidade de refeições (porções) vendidas por semana no período
da seca?
a) De 0 à 10
b) De 10 à 20
c) De 20 à 40
d) Acima de 50
5
ANEXO III
Relato de experiência individual
Arlan Cardoso Santana
EFEITOS DA CHEIA NA RENDA DOS DONOS DE BARES E
RESTAURANTES NA PRAIA DO MARACANÃ
Objetivos
Mostrar com dados colhidos de forma clara e imparcial através de
questionário a diferença na renda dos comerciantes da praia do Maracanã no
período da cheia em relação a seca e a partir da análise destes dados
argumentar de forma consistente baseada na pesquisa e vivencia de pessoais
que de alguma forma tiveram ou tem alguma relação com a praia do Maracanã
e seu entorno como por exemplo o Lago do Mapiri. Acreditando que o descaso
das autoridades (incluem-se neste, Prefeitos e vereadores) serem os maiores
responsáveis pelo abandono daquele lugar, que é sem dúvida um dos maiores
patrimônios natural da nossa região.
Atividades
Fazer trabalho de campo, coletando através de questionário, dados que
nos servissem como base a nossa pesquisa. Conversando com pessoas que
vivem diretamente a realidade da praia do Maracanã, como a proprietária do
Bar da Meire, a Senhora Rosemeire que nos atentou da existência do projeto
de uma orla na praia do Maracanã e do Senhor Santarém, proprietário do Bar
Santarém, relatando como é passado de pai para filho os pontos comerciais
existindo assim uma manutenção da cultura de quem mora próximo a Rios de
explorarem de alguma forma a praia como meio de subsistência.
E foi através da Senhora Rosemeire que chegamos ao Senhor José Roberto
Branco Ramos mais conhecido como R. Branco que nos auxiliou com a sua
tese de mestrado com o tema “A URBANIZAÇÃO DE SANTARÉM E A
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO LAGO MAPIRI: um estudo de caso” me fez
entender a praia do Maracanã e seu entorno.
Não contente fomos até a Prefeitura Municipal saber da parte das
autoridades se existia algum projeto para a praia do Maracanã e a única
resposta foi uma planta baixa de um estacionamento, acho que este foi um dos
pontos negativos, outro ponto negativo que teve muita influencia no
6
desenvolvimento do trabalho foi a desistência e a falta de interesse por parte
de alguns membros da equipe.
Pontos positivos
Chegar até o final mesmo sabendo que alguns irão se beneficiar por não
terem feito quase nada, mais o quê importa mesmo é a redescoberta de um
patrimônio quase esquecido que existe bem no coração de Santarém e ao
mesmo tempo saber que está prestes a desaparecer juntamente com a última
praia urbana da cidade.
Projeto
Está etapa para mim pelo menos está finalizada, mais o que se descobre
neste momento é que surgem outras pesquisas vinculadas a está como, por
exemplo, o Lago do Mapiri qual o seu impacto na praia do Maracanã? E pro
eco sistema da região? E seu Igarapé, o Igarapé do Mapiri como fica? Todas
essas questões estão relacionadas somente a um possível desaparecimento
do Lago que sofre hoje com uma invasão tanto de lixo quanto de sem terras,
transformando assim a sua geografia.
Relato de experiência individual
Manoel Vitor Gomes de Almeida
O trabalho de campo realizado por nosso grupo tem como tema “EFEITOS
DA CHEIA NA RENDA DOS DONOS DE BARES E RESTAURANTES NA
PRAIA DO MARACANÔ tem como objetivo analisar os impactos causados por
esse fenômeno em nossa região, suas consequências econômicas na vida e
não economia dos trabalhadores que ficam as margens dos rios.
Nosso trabalho começa na praia do maracanã localizado no bairro do
maracanã em Santarém. Através de questionários que tem como objetivo obter
uma noção de como a economia sofre influencia do fenômeno da cheia.
Depois de entrevistarmos os proprietários dos bares e restaurantes chegamos
a conclusão que realmente a cheia do rio tapajós influencia e muito na
economia e na vida dos comerciantes que ali comercializam. Esse trabalho de
campo ( iniciante) trouxe expectativas muito grandes para mim, que uma vez
que o mesmo traz uma responsabilidade imensa em analisar a vida de trabalho
7
das pessoas e possivelmente trazer uma solução para resolver ou tentar
resolver a situação de certos trabalhadores.
É bem aceito, pelo menos da minha parte os pontos negativos e positivos
na realização da pesquisa
Uma vez que deixamos nossas casas e nosso conforto para se preocupar com
os dados coletados. Um ponto negativo foi a participação ativa de membros do
nosso trabalho, uma vez que nem todos se fizeram presentes. Outro ponto
negativo foi a confiança dos trabalhadores e moradores em nos deixar
entrevista-los, bem entendível pois trata-se de um bairro perigoso. Mas como
pontos positivos foi sem duvida os resultados que tivemos segundo nossas
pesquisas constatamos a falta de atenção do poder publico.
É uma pesquisa que sem duvida merece continuidade, mais ferramentas
de pesquisa seria necessário. Pois há muito a ser estudado naquela área tanto
na vida dos comerciantes tanto na sua economia.
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ANEXO IV
PLANTA BAIXA DO ESTACIONAMENTO DA PRAIA DO MARACANÃ FORNECIDO PELA FREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM