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  • Prof. Janaina Arruda www.focusconcursos.com.br 1

    IBGE conhecimentos gerais Cultura e sociedade: literatura e arte

    CULTURA E SOCIEDADE: LITERATURA E ARTE

    LITERATURA:

    Quinhentismo:

    Com o advento da expanso martima de Espanha e Portugal, a cultura

    europeia chegou ao Brasil por volta de 1500. Pensar em algum tipo de literatura

    brasileira nessa poca quase que tarefa impossvel, pois a literatura produzida

    nesse perodo no era necessariamente brasileira, uma vez que os ndios no

    possuam literatura, portanto, a produo era do prprio europeu. No entanto,

    consideramos dois tipos de produo nesse perodo, uma chamada de Literatura de

    informao e outra chamada de Literatura dos jesutas.

    A Literatura de Informao

    Esse tipo de produo foi destinada comunicao dos viajantes europeus com

    seu pas de origem. Por meio desses textos os estrangeiros que no Brasil

    desembarcavam informavam o que haviam encontrado, como era o aspecto dos

    nativos e do ambiente brasileiro de forma geral.

    A Literatura dos jesutas

    Muitos jesutas vieram s terras brasileiras com a misso de catequizar os

    indgenas ensinando a eles os valores da igreja catlica. Inicialmente, uma das

    primeiras dificuldades era a comunicao, pois a lngua portuguesa e a lngua

    indgena eram entraves para estabelecer a comunicao. Dessa forma, os jesutas

    buscavam maneiras outras de ensinar os ndios, por meio de peas teatrais, por

    exemplo, ou at mesmo ensinando o portugus para depois ensinar a doutrina

    catlica.

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    IBGE conhecimentos gerais Cultura e sociedade: literatura e arte

    Barroco:

    O barroco denomina as manifestaes artsticas de 1600 1700 e estende-se

    msica, arquitetura e pintura da poca. O marco inicial se d em 1601 com a

    publicao Prosopopeia de Bento Teixeira.

    O barroco literrio, enquanto reflexo do conflito entre o terreno e o celestial,

    Deus e o Homem, levam ao rebuscamento formal: o que se pode perceber no

    cultismo: linguagem rebuscada, culta e extravagante; e conceptismo: jogo de ideias,

    conceitos, seguindo um raciocnio lgico que utiliza uma retrica aprimorada. Das

    caractersticas literrias percebe-se ainda:

    Conhecimento e realidade atravs dos sentidos; Metfora; Anttese; Paradoxo;

    Hiprbole; Prosopopeia; Presena de palavras semelhantes quanto sonoridade;

    Smbolos que traduzem a efemeridade, a instabilidade das coisas; Emprego da ordem

    inversa.

    Gregrio de Matos (1636-1696): Sua poesia est muito ligada realidade

    brasileira, transitando entre a poesia sacra, burlesca, ertica e satrica. Com relao

    a essas duas ltimas vertentes, Gregrio documenta valores da vida social e poltica

    da capital, alm de mencionar os chamados valores morais. Praticamente toda a

    sociedade foi representada em seus poemas, desde padres, freiras, militares,

    funcionrios do governo, donos de terra, comerciantes, judeus, nobres, at mesmo

    escravos e ndios; ningum escapou de sua lngua afiada.

    Arcadismo:

    O marco inicial do Arcadismo no Brasil a publicao de Obras potica, em

    1768, da Claudio Manuel da Costa. Essa escola literria tambm e conhecida como

    Neoclassicismo, pois temos como caractersticas a tentativa de recuperao dos

    principais traos da arte clssica. Esse tipo de arte era visto como fonte de equilbrio

    e sabedoria, contrapondo-se tenso do Barroco. Vive-se o sculo das luzes, abre-

    se caminho para a Revoluo Francesa.

    Claudio Manuel da Costa (1729- 1789): e sua influncia portuguesa,

    principalmente leitura de Cames. Em muitos de seus sonetos possvel perceber

    traos da escrita camoniana. Nasceu em Minas Gerais e cursou o colgio dos jesutas

    no Rio de Janeiro; formou-se em Direito em Coimbra e exerceu a profisso no Brasil.

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    Romantismo:

    Enquanto movimento literrio, o Romantismo vem tona ao mesmo tempo em

    que a independncia poltica de 1822, apesar de ter como marco o ano de 1836.

    Considera-se como marco histrico desse perodo a obra Suspiros poticos e

    saudades de Gonalves de Magalhes.

    O Romantismo est ligado Revoluo Francesa, Revoluo Industrial,

    ascenso da burguesia e o momento histrico mostra as contradies do perodo. Em

    nosso pas, v-se que o Brasil tinha como base da economia a agricultura, carecendo

    de indstrias. Os trabalhadores eram, em sua grande massa, escravos negros,

    denotando uma contradio do liberalismo brasileiro pregar a liberdade do Brasil e

    neg-la os escravos, por exemplo, ou ainda manter a desigualdade no pas quando

    se agitava a bandeira da igualdade e os iderios da Revoluo Francesa com as

    palavras de ordem: Libert, galit, Fraternit.

    1 fase: a primeira fase do Romantismo no Brasil teve um carter mais poltico

    que literrio. Devido independncia poltica de Portugal, a busca dos autores passa

    a ser a de representar os valores nacionais. Gonalves Dias (1823-1864), sendo visto

    como indianista, sua poesia toma aspectos do mito do bom selvagem (a bondade

    natural dos primitivos) e, claro, mostra sua valentia, seu poder blico, pois o ndio

    idealizado pelo poeta nunca foge luta, ao contrrio, se preciso for, morre nela.

    2 fase: H uma introspeco do poeta que se volta para seus prprios dilemas

    existenciais. Percebe-se uma grande influncia do modelo europeu, alemo, britnico

    e francs, pois os dissabores do homem europeu passam a ser os dissabores do poeta

    brasileiro. lvares de Azevedo (1831-1852) que, mesmo com sua passagem breve

    pelo mundo, um dos grandes expoentes da segunda gerao romntica no Brasil.

    A obra Noite na Taverna a mais fiel representao do mal-do-sculo nas letras

    brasileiras. Obra composta por alguns captulos que podem ser vistos como contos,

    representam a derrocada do homem, o sofrimento, o desejo pela dama que no se

    concretiza.

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    3 fase: H uma mudana de tom, o que aproxima essa fase muito mais do

    perodo que se aproxima, o Realismo. Enquanto a segunda gerao do romantismo

    era uma gerao egocntrica, nesse novo perodo h a preocupao com o outro. O

    poeta deixa de se preocupar com seus prprios problemas e passa a observar a

    realidade que o cerca. possvel perceber nos poemas uma mudana de tonalidade,

    o sentimentalismo anterior abre passagem para um tom mais viril, mais srio. Castro

    Alves (1847-1871): chamado tambm de o poeta dos escravos, preocupou-se em

    denunciar a condio do negro no Brasil, pois era comprometido com a abolio da

    escravatura. Mesmo morrendo aos 24 anos, foi amado e aclamado como o

    representante dos escravos.

    Realismo/Naturalismo:

    O Realismo e o Naturalismo acontecem quase que simultaneamente, pois

    ambos so composies que se opem ao Romantismo. Enquanto que no

    Romantismo havia a idealizao do amor, nesse outro momento da literatura, as

    relaes eram baseadas no interesse, no dinheiro. A ideia que se propagava era a de

    que no se casava por amor, mas por interesse, com outras intenes que no eram

    sentimentais.

    O Realismo/Naturalismo era objetivo, centrado no objeto, bem diferente do

    modelo subjetivo do Romantismo. De forma bem crua, pode-se dizer que no

    Romantismo pregava o casamento, e o Realismo, a traio. O objetivo era mostrar a

    realidade, o interesse por trs das relaes, o comportamento real da sociedade, sem

    idealizaes. O egocentrismo romntico se transforma na preocupao social do

    realista. Machado de Assis (1839-1908): esse o maior nome do perodo e

    considerado por muitas pessoas o maior escritor da literatura brasileira. Mulato e de

    origem humilde, trabalhou desde muito cedo, mas ainda assim construiu uma das

    carreiras literrias de maior importncia para a histria. Escreveu romances, contos,

    novelas, peas de teatro e crnicas, alm de fazer tradues para muitos idiomas.

    Alm disso, foi fundador e o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

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    Parnasianismo:

    No incio da dcada de 1860, surgiu na Frana um grupo de poetas que defendia

    a ideia de que a verdadeira literatura no poderia ter engajamento social.

    Acreditavam no ideal da Arte pela Arte, pois a poesia tinha uma beleza inerente aos

    versos, independente do plano do contedo. O prprio nome do movimento j remete

    ao clssico, pois Parnaso era a morada dos poetas na mitologia. Assim, a poesia

    parnasiana se afastava da realidade social para se aproximar dos ideais estticos.

    Olavo Bilac (1865-1918):Tornou-se um cone no movimento no apenas pela

    qualidade de seus versos, mas tambm por sua disposio na criao de poemas

    didticos, que se tornaram lies poticas.

    Simbolismo:

    Na mesma poca do Realismo-Naturalismo e Parnasianismo, surgiu um grupo

    de artistas inconformados com os rumos filosficos e estticos da cultura ocidental.

    Somado Revoluo Industrial e todas as demais transformaes sociais e

    econmicas, um certo pessimismo comeou a tomar conta da poca. Esse movimento

    deu origem ao que foi chamado de decadentismo, pois a sensao de decadncia da

    sociedade era evidente para esses poetas. Cruz e Sousa (1861-1896): Esse o maior

    poeta simbolista do Brasil. Seus versos retratam religiosidade, espiritualidade e

    misticismo, fazendo com que o poeta demonstrasse uma compreenso superior do

    mundo. Fazia uso da exuberncia verbal, com o uso de palavras sugestivas e de

    significado impreciso, usadas, muitas vezes, com letras maisculas.

    Pr-modernismo:

    Movimento literrio concebido nas duas primeiras dcadas do sc. XX, anterior

    ao movimento modernista de 1922. Esse momento na literatura no corresponde

    exatamente a uma escola literria, mas se deve aos escritores que, no

    correspondendo a nenhuma das estticas de fins do sculo XIX, tiveram uma

    produo de impactante, apresentando novas vertentes estilsticas e/ou temticas

    em nossa literatura. Monteiro Lobato (1882-1948): homem muito crtico, para quem

    certos hbitos brasileiros eram insuportveis: a supervalorizao de tudo que era

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    estrangeiro; o nacionalismo cego; a falta de conscincia poltica do povo. Em termos

    de linguagem, a aspirao maior de Lobato foi aproximar o texto literrio da fala

    coloquial.

    Modernismo:

    O perodo de 1922 a 1930 o mais radical do movimento modernista,

    justamente em consequncia da necessidade de definies e do rompimento de todas

    as estruturas do passado. Da o carter anrquico desta primeira fase modernista e

    seu forte sentido destruidor.

    Ao mesmo tempo em que se procura o moderno, o original e o polmico, o

    nacionalismo se manifesta em suas mltiplas facetas: uma volta s origens,

    pesquisa das fontes quinhentistas, procura de uma lngua brasileira. Mario de

    Andrade (18931945): Em 1928 publicou-se Macunama a obra mais importante de

    Mrio de Andrade. Ela foi classificada pelo autor no como romance, mas como

    rapsdia a obra resulta da utilizao de lendas, ditos, provrbios, mximas, em

    resumo, fragmentos da cultura popular sul-americana, reunidos em torno da

    personagem central Macunama, o heri sem nenhum carter.

    No perodo compreendido entre 1930 e 1945 as obras dos poetas da primeira

    gerao atingem sua maturidade. Nessa fase tambm se consolida a corrente

    regionalista da literatura brasileira, o regionalismo/nordestino de 30 mostrou-se

    conservador, voltado para as tradies nordestinas, seus valores culturais e morais.

    Mais preocupado com uma viso sociolgica da realidade daquele perodo, foi um

    veculo de denncia dos problemas sociais do Nordeste. Prosa urbana - As grandes

    cidades, com seus tipos e problemas caractersticos, seriam a temtica de rico

    Verssimo. Prosa intimista - na esteira das sugestes da psicanlise, alguns autores

    preocupam-se com o desvendamento do mundo interior de suas personagens,

    analisando angstias e conflitos internos. Carlos Drummond de Andrade (1902

    1987): Esse um dos aspectos que concede unidade poesia de Drummond: o

    tempo passado, o presente e o futuro como tema. Toda a trajetria do poeta

    qualquer que seja o assunto tratado marca-se por uma tentativa de conhecer-se a

    si mesmo e aos outros homens, por meio da volta ao passado, da adeso ao presente

    e da projeo num futuro possvel.

    A partir de 1945 temos a chamada terceira gerao modernista. Os escritores

    da gerao de 45 romperam com o padro esttico anterior de busca de identidade,

    apresentando inovaes na esttica e nos modos de expresso literria. Os escritores

    passaram a priorizar a pesquisa em torno da prpria linguagem. Desse modo, o

    contexto poltico apresentou-se tranquilo em relao s geraes anteriores, o que

    possibilitou avano no trabalho esttico e lingustico, pois devido menor exigncia

    social e politica, os escritores puderam explorar mais atentamente a forma literria,

    tanto na prosa quanto na poesia. Clarice Lispector (1920-1977): a sondagem

    psicolgica das personagens e introduziu inovaes nas tcnicas narrativas, pois

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    quebrou a frequncia e a estrutura do gnero narrativo, canonizado na frmula

    comeo, meio e fim.

    ARTE:

    A partir de 1500, com a chegada dos portugueses, tem incio a arte no Brasil.

    Inicialmente, a arte que se tem a INDGENA, uma vez que os ndios produziam

    uma rica cultura de arte plumria, cestaria e pintura, ainda que fossem considerados

    selvagens pelos colonizadores.

    A arte indgena posterior pintura rupestre, sua principal forma de

    manifestao era a ornamentao corporal base de trs cores: vermelho extrado

    das sementes do urucum; preto extrado do sumo do jenipapo e o branco extrado

    da tabatinga.

    Essas pinturas serviam como uma forma de identificao entre os grupos,

    divididos em: nobres, guerreiros ou povo.

    A cermica tambm uma arte indgena, pois confeccionavam objetos para

    uso comum, estatuetas e figuras.

    Entretanto, para a viso do colonizador, a arte indgena no era arte, pois a

    inteno do homem-branco era expropriar e encontrar riquezas, desconsiderando o

    patrimnio cultural indgena.

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    Os jesutas tambm so importantes para a histria da arte no Brasil. Os

    seminrios e colgios foram as primeiras escolas de belas artes brasileiras. Partindo

    da temtica religiosa na pintura de afrescos (em paredes), tmpera (mistura de

    pigmento em gua) e pintura a leo, a influncia do Barroco europeu foi evidente.

    As primeiras obras eram cpias de estampas que chegavam de Portugal;

    gravuras, desenhos de irmandades religiosas, tudo era reproduzido por artistas

    autodidatas, pois no havia escolas.

    Em 1637, chegou ao Brasil o holands Maurcio Nassau. Trazendo artistas de

    sua terra, procurou melhorar o ambiente cultural da colnia, por isso, trouxe consigo

    artistas cultos, protestantes, com o objetivo de retratarem as belezas brasileiras. Mas

    no foram bem vistos pelos jesutas. Frans Post e Albert Eckhout foram os principais

    pintores desta misso.

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    Posteriormente, desenvolveu-se do sc. XVIII ao incio do sc. XIX o Barroco.

    Nas regies que enriqueceram com a extrao do ouro, principalmente, as obras

    dessa fase so bem detalhadas, tm refinamento e foram produzidas por artistas

    importantes.

    A arte barroca era ensinada pelos frades e jesutas e no se dava importncia

    para a autoria, por esse motivo, muitas obras so annimas. Assim, tambm,

    predominavam os temas religiosos em uma pintura arquitetnica.

    Quanto s imagens, eram feitas de pedra-sabo, argila e madeira. E as igrejas

    pareciam simples do lado externo, enquanto que internamente eram ricamente

    ornamentadas at mesmo com folhas de ouro. Minas Gerais o maior exemplo de

    arte barroca no Brasil.

    Manoel da Costa Atade, Mestre Atade, destacou-se na Pintura.

    Antonio Francisco Lisboa, Aleijadinho, destacou-se na escultura, foi autodidata.

    Teve a fase da sade e a da doena - A fase da sade marcada pela clareza,

    pela serenidade e pelo magistral equilbrio na ornamentao leve. - E a fase da

    doena foi marcada pelo expressionismo de suas obras. Aleijadinho conseguiu

    imprimir a sensao de nobreza deformando as figuras para incutir-lhes expresso

    ntima, de vida calma ou agitada, atribulada ou serena.

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    Por motivo de sua doena, foi obrigado a andar de joelhos e perdeu os dedos

    das mos, no entanto, continuou seu trabalho amarrando os instrumentos nos braos

    para esculpir a pedra-sabo e a madeira.

    No sculo XIX temos o chamado Neoclassicismo nas artes. A chegada da famlia

    real em 1808 efetuou mudanas no cenrio cultural da colnia. D. Joo, em 1816,

    trouxe para o Brasil, pintores e escultores que tinham comprometimento com o ideal

    neoclassicista. Assim, destacavam-se na Misso Artstica Francesa: Nicolas-Antoine

    Taunay, Jean-Baptiste Debret, Flix-mile, Le Breton. Estes artistas retrataram a

    colnia de uma forma romntica, idealizaram a figura do ndio e destacaram o

    nacionalismo, assim como as paisagens naturais.

    No incio do sculo XX, dois artistas expressionistas se destacam: Lasar Segall

    e Anita Malfatti. Lasar Segall apresenta sua pintura cheia de cores tropicais e repleta

    de cenas da realidade do Brasil, na sua primeira exposio em So Paulo. Anita

    Malfatti cria desconforto sociedade tradicional com suas obras expressionistas

    como, O homem Amarelo e O Japons.

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    A Semana de Arte Moderna realizada em So Paulo, em fevereiro de 1922, foi

    um marco na arte. Muitos artistas comprometidos em mudar o cenrio da arte

    nacional se apresentaram e chocaram a sociedade. A quebra dos padres europeus

    e a busca pela valorizao da identidade nacional com imagens realmente nacionais,

    de sua natureza e de seu povo, foi uma caracterstica das obras. Foi o rompimento

    com o tradicionalismo rumo inovao. Destacam-se como artistas modernistas: Di

    Cavalcanti, Vicente do Rgo, Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael

    Nery.

    J o Concretismo ocorreu nas dcadas de 1950 e 1960, e pode ser

    caracterizado por um movimento de arte abstrata e fazia uso de figuras geomtricas

    combinadas ao raciocnio em sua apresentao, uma espcie de leitura a ser

    decifrada. Destacam-se os nomes de Haroldo de Campos, Geraldo de Barros e

    Valdemar cordeiro.

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    Em poca muito prxima surge o informalismo e a arte abstrata, em 1960-

    1970, que tem como temtica os meios de comunicao. Ainda na dcada de 70, a

    tecnologia comea a se misturar com a arte, pois novos sistemas e meios passam a

    ser utilizados nas obras de arte. o surgimento do grafite, das performances e do

    uso de instalaes que interajam com o espectador.

    Destacam-se nesta poca: Sirn Franco, Antonio Lizrraga, Luiz Paulo

    Baravelli, Cludio Tozzi, Takashi Fukushima, Alex Vallauri, Regina Silveira, Evandro

    Jardim, Mira Schendel e Jos Roberto Aguilar.

    O neoexpressionismo na dcada de 1980 busca resgatar os meios artsticos

    mais tradicionais, embora no se percam as mudanas na ideia de arte. A tecnologia

    mais uma vez se faz presente e surge a chamada videoarte; a interveno urbana

    d origem arte pblica na juno da obra de arte com o espao pblico. Importantes

    nomes neoexpressionistas so: Guto Lacaz, Cildo Meireles, Tunga, Carmela Gross,

    Dudi Maia Rosa, Rafael Frana, Ivald Granato, Marcelo Nitsche, Mrio Ramiro,

    Hudnilson Junior, Daniel Senise e Alex Flemming.

    O ps-modernismo da arte, a partir de 1990, marcado pelo uso das

    tecnologias, da desconstruo da arte, das aproximaes dessa com o mundo real, a

    globalizao da arte. A arte dos brasileiros nomeados Os Gmeos um exemplo da

    arte contempornea moderna.

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