i n f o r m a t ivo comunitári 1 5 od 2 0 os mo i l rado / a res do sÍt … · 2018. 2. 1. ·...

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I N F O R M A T I V O C O M U N I T Á RI O DOS MORA D O R E S D O S Í T I O S Ã O F R A N C I S C O - G UA R U L H O S - S P - N º 6 - M A R Ç O / A B R I L - 2 0 1 5 O ANO PASSA VOANDO E QUANDO OLHAMOS PARA TRÁS MUITAS COISAS ACONTECERAM E NEM NOS DEMOS CONTA. VOCÊ SE LEMBRA O QUE ACONTECEU EM 2014? PARA AJUDAR A NOSSA MEMÓRIA A EQUIPE DO COM COM PIMENTAS FEZ UM RESUMÃO DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES QUE ACONTECERAM NO SÍTIO SÃO FRANCISCO NO PROJETO DE URBANIZAÇÃO.COMO NÃO VIVEMOS SÓ DE PASSADO, CONFIRA TAMBÉM O QUE VAI ACONTECER EM 2015. BALANÇO X PERSPECTIVAS NOVOS ALUNOS SEGUNDA/QUARTA/SEXTA DAS14:30H ÀS 17H Crianças observando intervenção artística- urbana - lambe-lambe poético na rua Seis Alunos do Ateliê aplicando a técnica de estêncil em atividade de intervenção artística-urbana na av. Norte Sul MAIS ALUNOS (09 A 17 ANOS) SEGUNDA/QUARTA/SEXTA DAS 9:30H ÀS 11H formar crianças e adolescentes em jovens músicos e lapidar talentos locais, por meio de instrumentalização técnica em canto coral e instrumentos de corda. Apresentação da orquestra do Projeto Música no Pimentas no evento do dias das mães, em 2014 Apresentação da orquestra do Projeto Música no Pimentas no no auditório da CDHU no final do ano, em 2014 Projeto de Comunicação Comunitária trabalha com as linguagens de jornal, rádio e tv, por meio de formação e produção de conteúdo, que possibita a comunidade e seu entorno desenvolverem a própria comunicação. COM COM Produção do programa de rádio ao vivo com os alunos Aula prática de audiovisual NOVAS TURMAS EM MARÇO SEGUNDA/QUARTA/SEXTA DAS 14H ÀS 17H O trabalho técnico social da CDHU promoveu em 2014 discussões das obras de urbanização; formação em música, comunicação comunitária, intervenção artística-urbana; capacitação técnica na área de construção civil. Além das atividades culturais: apresentações do coral e orquestra de cordas; dia da mulher e dia das mães; varal poético, lambe- lambe, aplicação de estêncil no território; cobertura colaborativa, estúdio fotográfico, exibição de curtas metragens e muito mais. Em 2015, novos cursos, novas turmas, mais alunos e muitas atividades culturais estão por vir. Fique atento na programação. Procure o Escritório de apoio técnico na área para obter mais informações. DURANTE O ANO DE 2014 AS OBRAS COMEÇARAM PELAS RUAS SEIS, ONZE E DEZ A. O PONTO FORTE FOI A ENTREGA DO CONJUNTO HABITACIONAL Z. EM 2015, SERÁ POSSÍVEL VER MAIS FRENTES DE OBRAS E OS MORADORES PODERÃO PERCEBER A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO. Projetos Sociais Área Social Obras FAIXA DE ALTA TENSÃO Linha de Alta tensão próxima a rua Seis Construção de duas avenidas paralelas a faixa de alta tensão. Início das obras dos conjuntos habitacionais V e E, em junho de 2014 Obras dos conjuntos habitacionais V e E, em andamento em fevereiro de 2015 CONJUNTOS HABITACIONAIS “V” e “E” A construção está a todo vapor. Os apartamentos serão disponibilizados para os moradores que estão em auxílio aluguel e em frente de obras. Ao fundo do canal Marcos Freire, a ponte que dá acesso ao bairro CANAL MARCOS FREIRE Retomada das obras. Rua Seis antes de iniciar as obras Rua Seis com ínicio de pavimentação RUA SEIS Finalizar a pavimentação, o paisagismo e a intervenção artística. A rua fianalizada será referência de como ficará a urbanização. Se você quer saber como vai ficar o Sítio dê uma passada por lá. AS FRENTES DE OBRAS EM 2015 UM POUCO DO QUE JÁ FOI E DO QUE ESTÁ POR VIR... ATELIÊ Espaço de aprendizagem, experiência e práticas em arte e trasnformação visual do bairro, através dos cursos de estêncil, pintural mural, cerâmica e história da arte, incentiva-se a participação dos moradores na criação de projetos de intervenção artístico-urbana. MÚSICA AV. NORTE SUL Av. Norte Sul sentido bairro Jandaia Av. Norte Sul sentido bairro Marcos Freire Começo das obras. Reunião do NOU com a participação da área social, projeto, obras e moradores TERÇA-FEIRA QUINZENALMENTE, ÀS 14:30 MARÇO: 03, 17 E 31 ABRIL:14 E 28 AGENDA PARA ENTRAR EM CONTATO: [email protected] NOU O Núcleo Operacional de Urbanização é o espaço de interlocução entre a CDHU e a população e além disso, garante a participação efetiva da comunidade na construção do novo bairro.

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Page 1: I n f o r m a t Ivo ComunItárI 1 5 od 2 0 os mo I L rado / a res do sÍt … · 2018. 2. 1. · Código Civil brasileiro - lei 10406/2002 e lei 4591/1964. l ãO fique ligadO Reunião

InformatIvo ComunItárIo dos moradores do sÍtIo sÃo franCIsCo -guaruLhos-sp - nº6 - março/abrIL

- 2

015

O anO passa vOandO e quandO OlhamOs para trás muitas cOisas acOnteceram e nem nOs demOs cOnta. vOcê se lembra O que acOnteceu em 2014? para ajudar a nOssa memória a equipe dO cOm cOm pimentas fez um resumãO das principais atividades que acOnteceram nO sítiO sãO franciscO nO prOjetO de urbanizaçãO.cOmO nãO vivemOs só de passadO, cOnfira também O que vai acOntecer em 2015.

Balanço X PERSPECTIVaS

noVoS alUnoS SEgUnda/qUaRTa/SEXTa daS14:30h àS 17h

Crianças observando intervenção artística-

urbana - lambe-lambe poético na rua Seis

Alunos do Ateliê aplicando a técnica de estêncil em atividade de intervenção artística-urbana na av. Norte Sul

MaIS alUnoS (09 a 17 anoS) SEgUnda/qUaRTa/SEXTa daS 9:30h àS 11h

formar crianças e adolescentes em jovens músicos e lapidar talentos locais, por meio de instrumentalização técnica em canto coral e instrumentos de corda.

Apresentação da orquestra do Projeto Música no

Pimentas no evento do dias das mães, em 2014

Apresentação da orquestra do Projeto Música

no Pimentas no no auditório da CDHU no final do

ano, em 2014

Projeto de Comunicação Comunitária trabalha com as linguagens de jornal, rádio e tv, por meio de formação e

produção de conteúdo, que possibita a comunidade e seu entorno desenvolverem a própria comunicação.

CoM CoM

Produção do programa de rádio ao vivo com os alunos Aula prática de audiovisualnoVaS TURMaS EM MaRço

SEgUnda/qUaRTa/SEXTa daS 14h àS 17h

O trabalho técnico social da CDHU promoveu em 2014 discussões das obras de urbanização; formação em música, comunicação comunitária, intervenção artística-urbana; capacitação técnica na área de construção civil. Além das atividades culturais: apresentações do coral e orquestra de cordas; dia da mulher e dia das mães; varal poético, lambe-lambe, aplicação de estêncil no território; cobertura colaborativa, estúdio fotográfico, exibição de curtas metragens e muito mais.

Em 2015, novos cursos, novas turmas, mais alunos e muitas atividades culturais estão por vir. Fique atento na programação.

Procure o Escritório de apoio técnico na área para obter mais informações.

dURanTE o ano dE 2014 aS oBRaS CoMEçaRaM PElaS RUaS SEIS, onZE E dEZ a. o PonTo FoRTE FoI a EnTREga do ConJUnTo haBITaCIonal Z.

EM 2015, SERÁ PoSSÍVEl VER MaIS FREnTES

dE oBRaS E oS MoRadoRES PodERÃo PERCEBER a EVolUçÃo do PRoCESSo dE URBanIZaçÃo.

projetos sociais

área social

Obras

FaIXa dE alTa TEnSÃo

Linha de Alta tensão próxima a rua Seis

Construção de duas avenidas paralelas a faixa de alta tensão.

Início das obras dos conjuntos habitacionais V e E, em junho de 2014

Obras dos conjuntos habitacionais V e E, em andamento em fevereiro de 2015

ConJUnToS haBITaCIonaIS “V” e “E”A construção está a todo vapor. Os apartamentos serão disponibilizados para os moradores

que estão em auxílio aluguel e em frente de obras.

Ao fundo do canal Marcos Freire, a ponte que dá

acesso ao bairro

Canal MaRCoS FREIRE Retomada das obras.

Rua Seis antes de iniciar as obrasRua Seis com ínicio de pavimentação

RUa SEISFinalizar a pavimentação, o paisagismo e a

intervenção artística.A rua fianalizada será referência de como ficará

a urbanização. Se você quer saber como vai ficar o Sítio dê uma passada por lá.

aS FREnTES dE oBRaS EM 2015

UM PoUCo do qUE JÁ FoI E do qUE ESTÁ PoR VIR...

aTElIÊEspaço de aprendizagem, experiência e práticas em

arte e trasnformação visual do bairro, através dos cursos de estêncil, pintural mural, cerâmica e história da arte, incentiva-se a participação dos moradores na criação de

projetos de intervenção artístico-urbana.

MúSICa

aV. noRTE SUl

Av. Norte Sul sentido bairro JandaiaAv. Norte Sul sentido bairro Marcos Freire

Começo das obras.

Reunião do NOU com a participação da área social, projeto, obras e moradores

TERça-FEIRa qUInZEnalMEnTE,àS 14:30MaRço: 03, 17 E 31aBRIl:14 E 28

agEnda

PARA ENTRAR EM CONTATO: [email protected]

noUO Núcleo Operacional de Urbanização é o

espaço de interlocução entre a CDHU e a população e além disso, garante a participação efetiva da

comunidade na construção do novo bairro.

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Urbanização em Foco VIDA EM CONDOMÍNIO

Procurando no dicionário a palavra condomínio encontramos: “propriedade compartilhada”. Para se viver de forma compartilhada é preciso haver normas comuns, que garantam o equilíbrio entre os interesses individuais e os interesses coletivos. Essas normas obedecem uma convenção, ou seja, um acordo legal sobre o tema. A base da convenção, tanto em condomínios de casas quanto de apartamentos, está no Código Civil Brasileiro lei 10406, de 2002, Cap. VII e na lei 4591, de 1964.

Os moradores dos novos empreendimentos entregues pela CDHU ao fazer a mudança são orientados pelo “Pós-Ocupação da área socail da CDHU”, na organização condominial. Logo, eles descobrem quais são seus direitos e deveres, mas no cotidiano é que as dúvidas e os conflitos surgem.

Para entender como funciona um condomínio, o que faz “o Pós-Ocupação” e tirar dúvidas, o Com Com Pimentas conversou com Ana Maria Aun, gerente da área social da CDHU, e Adilson Araújo de Souza, coordenador do núcleo de gestão social, ambos responsáveis pelo “Pós-Ocupação” na grande São Paulo e Baixada Santista.

com com: o que é a vida em condomínio? e o que é pós-ocupação?

E: A vida em condomínio é uma forma compartilhada de ter sua moradia, por ser um conjunto de casas ou prédios que estão sob o mesmo terreno. Logo, a convivência é diferente

e as regras também são. Implica em regulamentação e legislação próprias, que orientam o funcionamento de um condomínio tanto de interesse social, que é o caso da CDHU, como empreendimentos de alto padrão.

Como a maioria das famílias que atendemos saem de área de risco ou de áreas em urbanização, e não estão acostumados a viver com outras pessoas morando em cima ou em baixo, ou mesmo do lado, concluímos que temos que fazer um trabalho para capacitar essas famílias e orientá-las como é conviver em condomínio. Então, o pós-ocupação é esse trabalho.

cc: como funciona a orientação que o pós-ocupação faz?

E: A gente começa a acompanhar as famílias na assinatura do contrato junto com a àrea comercial da CDHU, apenas orientando sobre as questões legais; Na fase de mudança - como eles vão fazer a vistoria do apartamento, como vão pegar a chave e como será o cronograma de mudança.

Depois disso são feitas de duas a três reuniões até a instalação do condomínio: A primeira é feita mais para orientações gerais. Já a segunda é sobre a instalação do condomínio - como se forma o corpo diretivo (sindico, sub-síndico por bloco e um corpo de conselho fiscal). Na sequência é realizada a assembleia na qual os moradores elegem o corpo diretivo. Neste momento, também é definido e aprovado o regimento interno. É feita ata para registrar todas as aprovações e deliberações

da assembleia. Por último é a legalização - transformar o condomínio em uma figura jurídica. Costumo dizer que o CNPJ é a certidão de nascimento do condomínio.

cc: por que é necessário ter um cnpj (uma figura jurídica)?

E: Como a responsabilidade é coletiva quem deve responder legalmente é uma figura jurídica. É o que determina a lei.

cc: a mudança para o condomínio traz para os moradores uma nova perspectiva de conviver com as pessoas e com o espaço. as obrigações e os direitos são diferentes dos que estão acostumados. quais são e como eles podem se organizar para lidar com essa nova perspectiva?

E: A principal premissa é o respeito e bom senso. Temos que lembrar que as obrigações e os direitos são para todos, de forma igual. Enquanto em um apartamento o morador dorme durante o dia, porque trabalha à noite, no outro uma festa com música alta está acontecendo; uma família joga lixo pela janela, esquece de colocar o lixo nos dias que o lixeiro passa, começa a juntar sujeira e há proliferação de animais; um morador tem um carro grande e ocupa metade da vaga do vizinho. Bom, como administrar essas questões? Quem tem direito? Então, precisam passar a ter uma educação condominial.

O regimento interno é um instrumento para regulamentar

o que pode e o que não pode ser feito, e como deve ser feito. A lei determina que cada condomínio faça o seu regimento interno, especificando nele as regras que são comuns a qualquer condomínio e as regras que serão estipuladas conforme a realidade daquele conjunto.

Por exemplo: o horário para fazer barulho (ouvir música alta, gritaria de criança, etc.) até às 22h; pagamento das contas conjuntas (água, luz das áreas comuns) é dividido entre todos; a entrada de mudança, horário e funcionamento de reformas e consertos - são regras iguais e comuns para qualquer condomínio.

Já funcionamento das áreas comuns, quanto vai custar o aluguel do salão de festa, a organização do estacionamento, a destinação do lixo - reciclagem compostagem, reuso da água, a limpeza, etc.-, são regras que ficam a critério dos moradores.

Caso não sejam cumpridas as regras, é estipulada multa. Por isso, não adianta colocar regras rígidas que não serão cumpridas.

Outro ponto importante são as assembleias. Anualmente, é obrigatório realizar uma Assembleia Geral Ordinária (AGO), ocasião em que o síndico expõe as contas e a previsão orçamentária, entre outros assuntos. A qualquer momento, pode-se convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para decisões excepcionais.

Para viver harmonicamente em condomínio é importante o bom-senso, o diálogo e a tolerância. Ser um morador atuante, consciente dos seus direitos e deveres.

OUVIR MúSICA ALtA Até tARDE, EStACIONAR O CARRO FORA DA VAgA, EStENDER ROUPA NA SACADA, JOgAR LIxO PELA JANELA, PODE OU NãO PODE? LIDAR COM AS NOVAS ObRIgAçõES E SAbER qUAIS SãO SEUS DIREItOS AINDA gERA DúVIDAS. ENtãO, COMO é ORgANIzADO UM CONDOMíNIO?

“Cada condômino tem o direito de usar e fruir, com exclusividade, de sua unidade autônoma, segundo suas conveniências e interesses, condicionados, umas e outros, às normas de boa vizinhança, e poderá usar as partes e coisas comuns de maneira a não causar dano ou incômodo aos demais condôminos ou moradores, nem obstáculos ou embaraços ao bom uso das mesmas partes por todos”.

lei 4591/1964 art.19

É a regra maior do condomínio, registrada em cartório. Como uma constituição, estipula as linhas gerais a serem seguidas, direitos e deveres dos moradores, entre outras questões. Não pode passar por cima das leis do país. Para mudar a convenção, é preciso que 2/3 dos moradores aprovem as alterações, que devem então ser registradas em ata e depois em cartório.

cOnvençãO

Legislação que regulamenta a organização de um condomínio no Brasil é o Código Civil brasileiro - lei 10406/2002 e lei 4591/1964.

legislaçãO fique ligadO

Reunião de moradores onde é possível debater o funcionamento do condomínio e seus eventuais problemas; prestar contas a todos os moradores dos gastos e arrecadação; encaminhar soluções, por meio da votação, é o meio legal para chegar a soluções coletivas e democráticas. Em geral, a primeira chamada para uma assembleia pede quórum mínimo de 50% dos moradores. Se não for atingido esse percentual, faz-se uma segunda chamada (30 minutos ou uma hora depois) e aí a reunião acontece com quem estiver presente.

É importante que todos participem e consultem antecipadamente a pauta da assembleia para facilitar o andamento da reunião.

assembleia

regimentO internO ou Regulamento Interno:

É o conjunto de regras específicas e cotidianas do condomínio, definidas em assembleia. Também precisa de registro em cartório. Enquanto a convenção estabelece, por exemplo, que cada condômino tem uma vaga de garagem, o regimento interno pode instituir que só carros pequenos podem ocupar as vagas. Regras são alteradas por maioria simples ou absoluta em assembleias.

por Lazara Ely Raquel

Artesanato

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VIDA EM CONDOMÍNIO

A leitura estimula a criatividade e a imaginação, além de ser uma boa forma dos jovens aprenderem novas palavras e conhecerem novos autores.

O número de leitores infanto-juvenis diminuiu se formos comparar com antigamente. Uma pesquisa realizada em 2007 apontou que ler era a quarta atividade mais apreciada no tempo livre; anos depois o hábito caiu para sétimo lugar. Perdendo para assistir TV; usar o computador; ouvir música; descansar; reunir-se com os amigos ou família; e assistir a filmes em DVD.

Os jovens que não gostam de ler costumam argumentar que não lêem porque é chato ou uma perda de tempo. Na maioria das vezes eles não vêem seus pais lendo, logo não têm exemplos ou incentivos e podem pensar que é uma obrigação escolar . Do ponto de vista da estudante Elena Nunes da Silva de 17 anos,“é chato ler. Não tenho paciência, só se for um livro com algo muito interessante”.

Uma das dificuldades para os jovens que gostam de ler é o acesso a livros: há poucas bibliotecas e comprar é caro.

A lei 12244/10 determina que todas as escolas públicas ou privadas deverão ter bibliotecas até 2020. Fica a dúvida: se houvesse mais bibliotecas, mais jovens leriam?

A estudante Jeniffer Vitoria Feitoza de 18 anos comenta, “com certeza se houver mais bibliotecas mais pessoas vão ler. Teremos mais acesso aos livros, mais incentivo à leitura, mais estímulo ao conhecimento”.

Para a estudante Paloma da Cruz Costa de 17 anos, “mais bibliotecas iriam despertar a curiosidade dos jovens para a leitura, isso estimularia as pessoas a lerem”.

Ter acesso às bibliotecas e aos livros aproxima e estimula o jovem a criar o hábito de leitura e a cada vez mais descobrir o prazer do mundo literário.

No bairro do Pimentas ainda não se têm muitas bibliotecas. Os jovens leitores que têm a curiosidade mais aguçada e desejam pegar livros emprestados podem encontrar apenas três bibliotecas na região: Céu Pimentas; Céu São Miguel; e a do Projeto Com Com Pimentas.

Jociene Cerqueira, 40 anos, moradora do Sítio São Francisco, começou a fazer um curso de costura para ter uma profissão, assim como sua mãe é costureira. O tempo não era fácil, o dinheiro era curto e não pode continuar o curso, precisava trabalhar fora para ajudar em casa. Não desistiu dos seus objetivos, e com o tempo e determinação voltou a

fazer o curso. Não parou mais! Depois sua amiga estava fazendo curso de artesanato e incentivou a fazer o curso também, era mais uma forma de ampliar seu conhecimento e diversificar sua atuação. Ser costureira e artesã (Bordado, Vagonite, Macramê e Pintura) não é um sonho, mas sim uma coisa que ela gosta e identifica-se e ainda lhe possibilita

gerar renda para sua família. Hoje, trabalha com bordado

e costura na oficina de costura da mãe, Antô\nia. O produto que é o carro chefe da oficina é a cortina, tanto para sala e quarto, quanto para cozinha. Vende sob encomenda para moradores do bairro e até para pessoas de fora do Pimentas. No futuro pretende abrir o seu próprio negócio.

Cinema

por Lissiane

artesanatO gera renda Artesanato

O Espaço Urbano e o Cinema

Há certa tendência no cinema brasileiro recente: a investigação sobre os espaços urbanos e suas relações sociais. Observando a arquitetura de grandes e pequenas cidades, as vidas das pessoas que habitam esses lugares e como o ambiente ao redor delas as influencia.

O novo cinema pernambucano é o melhor exemplo da construção desse olhar sobre as cidades, principalmente com a luta de movimentos populares como o Ocupe estelita e a promessa de um “Novo Recife” recheado de prédios privados enormes e poucos espaços públicos. Recentemente tivemos o pernambucano O som ao redor (2012), do cineasta e crítico de cinema Kleber Mendonça Filho, um filme que fala sobre a divisão de classes sociais através da própria arquitetura urbana onde as classes mais altas vivem cerceadas em enormes condomínios acima das periferias. Há também um lugar ao sol (2011), de Gabriel Mascaro, um documentário em que o diretor entrevista um

grupo de pessoas que habitam as coberturas de luxuosos edifícios nas cidades de Recife, São Paulo e Rio de Janeiro, assim mapeando a elite brasileira.

Em Brasília, o cineasta Adirley Queirós usa do seu cinema para expor a desigualdade social presente no Distrito Federal, mais precisamente em Ceilândia, a sua cidade. Seu primeiro longa-metragem, a cidade é uma só? (2011), que já no título insinua o questionamento sobre o planejamento urbano e ação do Estado ao contar a história de famílias que foram removidas das favelas que habitavam na região do Plano Piloto, no início da década de 70, em prol duma nova Brasília.

Essa presença cada vez mais forte dessa inquietação sobre o desenvolvimento urbano e o quão as paisagens de concreto e aço podem revelar da realidade do nosso país reforça uma discussão cada vez mais emergente e necessária.

por Nelson Silva

Leitura

Se houvesse mais bibliotecas mais jovens leriam?

por Kimberly

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produziram esta edição: Alex Sandro, Fernando Tadeu, Grazi Ramos, Jeferson E. da Silva, José, Kathyleen Santos, Kimberly, Lazara Ely Raquel, Marcos V.

Rodrigues, Nathalia Senhorini, Nelson Silva, Rodinã Junior, Tainara Ohana, Vitória, Wesley Gabriel e Wesley Silva.

educadores: Agner Rebouças, André Gustavo, Gilberto Caetano, Humberto Boni, Jeferson Nascimento, Jeronimo Vilhena e Maria Fernanda Salvador.

diretores responsáveis: Agner Rebouças e Maria Fernanda Salvador.

a cOmunidade em destaque

Palavras Cruzadas

sintonize

Toda segunda, quarta e sexta das 10h às 12h e 14h às 16h. Local: EAT- Escritório de Apoio Técnico - CDHU Rua Nove,679 (Rua da feira de terça-feira, em frente ao C9/ Antiga Fábrica Violeta).

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Resposta Palavras cruzadas

Ingredientes1 unidade grande Panetone de frutas1 unidade de gelatina de qualquer sabor (no caso, framboesa)1 lata de creme de leite1 lata de leite condensado 200ml de água

Todo final de ano a família já espera a sobremesa da Claudia. A criançada come lambendo os beiços, é um prato gostoso e refrescante, bem oportuno para as festas de final de ano das familias brasileiras e também para o começo do ano, com os descontos do panetone no mercado. É uma reita simples e rápita de fazer. Veja como faz:

panetOne cOm gelatinaReceita

Como fazerCorte o panetone em cubos pequenos e reserve. Ferva os 200ml de água e dissolva a gelatina. Junte no liquidificador o leite condensado, o creme de leite e a gelatina ainda morna, bata tudo até formar um creme. Separe um refratário de preferência de vidro e comece a montar o doce. Coloque a primeira camada do creme, depois os cubos de panetones, creme, cubos de panetones e finalize com o creme. Deixe na geladeira para endurecer por 1 hora. Sirva gelado.

De Claudia dos Santos, 33 anos. Moradora do Sítio há 26 anos.