horto express

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Publicação para a Internet do Jornal da Mocidade do Centro Espírita Auta de Souza . Ano I - nº 1 - Janeiro de 2011 Há algum tempo tentamos encontrar um meio de participar de uma forma mais efetiva da rotina de nosso CEAS. Isso não quer dizer que estamos parados. Além de estudarmos nossa Doutrina, sempre so- mos chamados a participar de eventos e mostramos que nossa presença além de necessária, deve e tem tudo para ser cada vez mais ativa. Por este motivo enxergamos a criação de um jornal como a oportunidade perfeita para dar uma arrancada e come- çar de vez. Nossa intenção é mostrar a todos o que realmente acontece no CEAS, chamando a atenção para as atividades desenvolvidas, falando de assuntos e eventos ligados a nossa Doutrina e a vida do jovem espírita, com todas as nossas visões e impressões. Este é a nossa primeira publicação, o início de uma obra que envolverá trabalho mas nos dará alegrias. Esperamos que todos fiquem satisfeitos. PALAVRAS INICIAIS Pegue uma tigela transparente Encha de sabedoria divina Pode deixar transbordar Acrescente uma boa dose De persistência e firmeza Bata delicadamente Junte amor, humildade e perdão Ponha solidariedade e igualdade Não esqueça de acrescentar Bastante senso de humor Paciência e tolerância Faça tudo isso sorrindo E com o coração pleno De sentimento de paz Não permita que caia Dentro da mistura Nem uma pitadinha de ódio ou rancor Para não desandá-la Despeje em uma vasilha Também transparente Untada com seus sonhos E desejos fundamentados Em realizações pelo bem social Ponha para dourar Em forno brando O suficiente para aquecer Corações tristes, solitários E desesperançados Depois de pronto Divida com todos aqueles Que têm Deus no coração, Mas principalmente Com os que precisam conhecê-lo! Bom apetite e seja feliz sempre! Receita para ser feliz Selma Amaral Primeiro Enxoval: Responsável: Marly M. Dion Dá a primeira ajuda à mãe, tão necessária no primeiro momento de vida da criança. Distribuição de quennhas: Responsável: Tia Rose Proporciona refeição a moradores de rua. Famílias Assisdas: Responsável: Lúcia Bernardes Orienta e dá assistência à famílias cadastradas, distribuindo cestas básicas e roupas. Quer ajudar? Procure os responsáveis quando fõr ao CEAS ou escreva para [email protected] Campanhas em andamento:

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Page 1: HORTO EXPRESS

Publicação para a Internet do Jornal da Mocidade do Centro Espírita Auta de Souza .

Ano I - nº 1 - Janeiro de 2011

Há algum tempo tentamos encontrar um meio de participar de uma forma mais efetiva da

rotina de nosso CEAS. Isso não quer dizer que estamos

parados. Além de estudarmos nossa Doutrina, sempre so-

mos chamados a participar de eventos e mostramos que

nossa presença além de necessária, deve e tem tudo para

ser cada vez mais ativa.

Por este motivo enxergamos a criação de um jornal como

a oportunidade perfeita para dar uma arrancada e come-

çar de vez.

Nossa intenção é mostrar a todos o que realmente acontece no CEAS, chamando a atenção

para as atividades desenvolvidas, falando de assuntos e eventos ligados a nossa Doutrina e a

vida do jovem espírita, com todas as nossas visões e impressões.

Este é a nossa primeira publicação, o início de uma obra que envolverá trabalho mas nos dará

alegrias. Esperamos que todos fiquem satisfeitos.

PALAVRAS INICIAIS

Pegue uma tigela transparente

Encha de sabedoria divina

Pode deixar transbordar

Acrescente uma boa dose

De persistência e firmeza

Bata delicadamente

Junte amor, humildade e perdão

Ponha solidariedade e igualdade

Não esqueça de acrescentar

Bastante senso de humor

Paciência e tolerância

Faça tudo isso sorrindo

E com o coração pleno

De sentimento de paz

Não permita que caia

Dentro da mistura

Nem uma pitadinha de ódio ou

rancor

Para não desandá-la

Despeje em uma vasilha

Também transparente

Untada com seus sonhos

E desejos fundamentados

Em realizações pelo bem social

Ponha para dourar

Em forno brando

O suficiente para aquecer

Corações tristes, solitários

E desesperançados

Depois de pronto

Divida com todos aqueles

Que têm Deus no coração,

Mas principalmente

Com os que precisam conhecê-lo!

Bom apetite e seja feliz sempre!

Receita para ser feliz

Selma Amaral Primeiro Enxoval:

Responsável: Marly M. Dion

Dá a primeira ajuda à mãe, tão necessária

no primeiro momento de vida da criança.

Distribuição de

quentinhas:

Responsável: Tia Rose

Proporciona refeição a moradores de rua.

Famílias Assistidas:

Responsável: Lúcia Bernardes

Orienta e dá assistência à famílias

cadastradas, distribuindo cestas básicas e

roupas.

Quer ajudar?

Procure os responsáveis quando

fõr ao CEAS ou escreva para

[email protected]

Campanhas em andamento:

Page 2: HORTO EXPRESS

No dia 11.12.2010 os Departa-mentos de Promoção Social e de Evangelização, com pleno apoio da Administração e dos trabalhadores do CEAS comemo- raram mais um Natal com as fa-mílias assistidas. Foi gratificante observarmos a atuação dos trabalhadores da Casa para que a festa obtivesse o êxito necessário, principalmente se levarmos em conta que muitos faziam isso pela primeira vez, em clara demonstração da atua-ção crescente do Auta de Souza, trazendo gente nova para seus

quadros e propiciando às cri-anças uma festa que será guar-dada em seus corações. O evento, como sempre emoci-onante, contou com a partici-pação imperdível do Papai Noel, que distribuiu presentes para todas as crianças presentes que aguardavam ansiosas pela ocasi-ão. As festividades tiveram início às 10:00 hs com a abertura e pala-vras iniciais feita pela Cris Lee. Logo em seguida um pequeno co-ral de evangelizandas, contando com a participação de toda a platéia, cantou três músicas que falavam do Natal, de paz e de participação. Após breve intervalo foram feitas algumas explanações sobre o sig-nificado do Natal, a importância da data para todos nós cristãos e a forma correta de comemorar-mos a ocasião e, logo em segui-da, foi encenada a peça “Confu-são de Natal” de autoria de

Odilon Silva (espírito), psico-grafada por Sidney Pinto Guedes e adequada pela Evangelização. A montagem ficou à cargo do Dep.de Evangelização que, com apoio da Direção da Casa, montou os figurinos e se esmerou na apresentação. Nesta peça o palhaço Aborreci-do, que não gosta do Natal, é ajudado por outras pessoas e tenta fundar o Clube dos Aborre-cidos,o que só não acontece por-que outros dois palhaços (Frater-ninho e Caridoso) assistem toda a cena e,interferindo na ação,mos-tram o verdadeiro sentido do Na-tal, com direito a bolo, a para-béns , a banho de confete e mui-tas palhaçadas. Depois da peça foi servido um lanche com direito a cachorro quente, bolo, refrigerante, gua-raná e tudo o mais. Foi uma manhã para não ser esquecida, onde diversão, emoção e apren-dizado andaram juntas.

Será que nós imaginávamos que nossa Doutrina poderia ser tão divulgada pela mídia? Será que conseguiríamos imaginar que ao ligar a televisão poderíamos nos encantar com uma novela, cuja autora, apesar de não ser espírita, se preocu-

pou em não cometer erros?

Quando poderíamos imaginar que assistiríamos nas telas dos cinemas a histórias de Chico Xavier e Bezerra de Menezes? Sem falar em grandes produções como Nosso Lar, que tocou a todos pela beleza das cenas,pela abordagem sensível e

extremamente bonita.

É amigos, estamos diante do trabalho de forças maravilhosas que atuam em todas as esferas. Ou será que alguém duvida da influência do plano

espiritual em todas estas obras?

Quem teve a oprtunidade de ver as entrevistas

dadas pelo ator Nelson Xavier , que interpretou nosso Chico Xavier, não pode ter dúvi-

das sobre isso.

Como tantos espíritos já nos disseram estamos à beira de uma grande trans-formação, que só não é mais rápida porque teimamos em não querer evo-luir, apegados que estamos a erros que

julgamos comuns.

Lendo e estudando sem aprender, brigando ao invés de amar e esquecen-do que o amor a Deus só poderá ser real quando amarmos ao próximo como

a nós mesmos.

Vamos usufruir e nos deleitar com todas estas obras. Todas fazem muito bem ao espírito. Mas lembremos que elas apenas nos mostram que o trabalho maior acontece no

interior de cada um.

Carlos Eduardo Marques

Page 3: HORTO EXPRESS

01/01/1846: Nascia em Foug (França), o grande filósofo da doutrina Léon Denis. Destacando-se como o escritor, estudioso e pesquisador que ajudou a impulsionar o Espiritismo naquele país e no mundo, juntamente com Dellane e Kardec. Conferencista brilhante, Léon Denis é considerado o Consolidador do Espiritismo. 01/01/1848: É Fundada a Revista Espírita por Allan Kardec. 01/01/1875: Publicada a Primeira Folha Espírita do Rio de Janeiro. 02/01/1884: Eleita e empossada a primeira diretoria da FEB (Federação Espírita Brasileira). 02/01/1984: É instalada em Brasília a sede central da FEB. 03/01/1412: Nasce Joana D'Arc na França. 06/01/1868: Primeira Edição de A Gênese de Kardec é colocada à venda. 08/01/1958: É fundada no Rio de Janeiro o Lar Fabiano de Cristo, por Jayme Rolemberg e Carlos Pastorino. 10/01/1969: Desencarnação da médium Zilda Gama com 91 anos de idade. 11/01/1971: Desencarna o médium José Pedro de Freitas, o Zé Arigó, em acidente automobilístico. 11/01/1874: Nascia na cidade de Natal (Rio Grande do Norte), Adelaide Augusta Câmara, mais conhecida por Aura Celeste, foi a grande médium conhecida no Brasil inteiro, dado o vulto do seu trabalho no seio do Espiritismo. 12/01/1746: Nasce em Zurique, Suíça, João Henrique Pestalozzi, educador de Allan Kardec. 15/01/1861: Lançada a primeira edição de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. 20/01/1919: Desencarna em São Paulo, Anália Emília Franco. 21/01/1883: Fundada a revista "O Reformador". 22/01/1909: Desencarnava em São Paulo (capital), Antônio Gonçalves da Silva, carinhosamente cognominado como Batuíra. Tornou-se espírita, através do consolo encontrado no Espiritismo, por ocasião da morte de seu filho. Além de trabalhar em prol da divulgação e do desenvolvimento da Doutrina Espírita no Brasil e especial, no Estado de São Paulo, dedicou-se ardentemente as obras de caridade, filantropia e auxílio aos semelhantes. 30/01/1907: Fundado o Colégio Allan Kardec, por Eurípedes Barsanulfo, em Sacramento, MG. 30/01/1938: Desencarnava em Matão (São Paulo), Cairbar Schutel, ficou conhecido nos meios espíritas como o Apóstolo de Matão, e o Espiritismo teve nele zeloso e esforçado propagador e um dos mais ardentes idealistas. Sua memória é cultivada com carinho e admiração.

Enquanto os grandes pen-sadores de todos os tempos estabeleceram métodos e sistemas de doutrinas, Jesus sustentou, no amor, os pilotis da ética humanizadora para a felicida-de.

Não se utilizou de sofismas, nem de silo-

gismos, jamais aplicando comportamentos ex-

cêntricos ou fórmulas complexas que

exigissem altos níveis de inteligência ou de

astúcia. Tudo aquilo a que se referiu é conhe-

cido, embora com as roupagens novas que o

revestem.

Utilizou-se de um insignificante grão de

mostarda, para lecionar sobre a fé; recorreu a

redes de pesca e a peixes, para deixar im-

perecíveis exemplos de trabalho; a semente

caindo em diferentes tipos de solos, para de-

monstrar a diversidade de sentimentos hu-

manos ante o pólen de luz da Sua palavra.

O “sermão da montanha” inverteu o

convencional e aceito sem discussão, exal-

tando a vítima inocente ao invés do triunfador

arbitrário; o esfaimado de justiça, de amor e

de verdade, em desconsideração pelo farto e

ocioso, dilapidador dos dons da vida.

Jesus é a personagem histórica mais iden-

tificada com o homem e com a humanidade.

Todo o Seu ministério é feito de huma-nização, erguendo o ser do instinto para a ra-zão e daí para a angelitude.

Igualmente, é o Homem que mais se iden-

tifica com Deus.

Jesus, na humanidade, significa a luz que

a aquece e a clareia.

Joanna de Angelis / Divaldo Franco

Page 4: HORTO EXPRESS

- Oi querida irmã! Que bom te

ver aqui entre nós neste breve

intervalo da noite terrena...

Como estás?

- Estou bem... melhor do que

poderia, graças à misericórdia

do Pai, diante de minhas pesa-

das dívidas...

- Que bom que podemos agora

começar a compreender melhor

o princípio de amor sobre o qual

Deus fez a tudo...

- Sim... mas estou a me prepa-

rar para o retorno a esta pátria

espiritual que tem me propor-

cionado, toda a noite e todas as

horas do dia em que consigo

chegar até aqui, o abençoado

lenitivo para a doença que ad-

quiri nesta reencarnação e à

qual não resistirá por muito mais

tempo o meu fragilizado e aben-

çoado corpo.

- Que bom que se aproxima

o tempo de mudanças... pode-

remos caminhar juntos então,

sem a preocupação dos minutos

restantes para o despertar de

cada novo dia terreno...

- Sim, admito que isso me

anima.

- Olhe! Quem é aquela me-

nina com aquela luz tão brilhan-

te e de colorido novo para mim?

- Vou lhe dizer, com a per-

missão do mestre Codiyen, que

se trata de uma falangeira su-

perior das Ordens Marianas. As-

sim ouvi dele e de outros orga-

nizadores dos rumos espirituais

do Brasil.

- Entendo... e aquela luz tem

origem em algo específico que

me seria permitido saber?

- Talvez possa lhe sugerir um

pensa-mento sobre o que me foi

mencionado uma vez muito su-

perficialmente. Todos os volun-

tários espirituais junto à Terra,

que estão sob o doce comando

da Mãe Planetária têm nas suas

fichas de servi-ços episódios de

extrema renúncia em tempos

difíceis da Humanidade terrena

e, conforme já nos foi ensinado,

tais ex-periências de vida são

determinantes das emanações

perispirituais.

- Entendi... então aquela pe-

quena criança, franzina, que ve-

jo que tem a pele material na

cor do preconceito humano, é

na verdade mais um voluntário

da redenção terrena...

- Sim e em especial deverá

aproximar a espiritualidade bra-

sileira da arte das letras poéti-

cas e muitos estudantes da Ter-

ceira Revelação irão lhe seguir

as idéias.

- Que bom! Então está come-

çando a era de destaque do Bra-

sil?

- Sim, parece... e o mais cu-

rioso:

-Lhe foi permitido,à pequenina

ilumi-nada, ir à nova vida ter-

rena antes da consolidação do

Espiritismo por lá. Essas estra-

tégias espirituais me intrigam a

curiosidade...

- Veja: - Ela será uma

fervorosa católica e irá inspirar

profundamente os novos cristãos

que lhe sucederão...

- É verdade! Qual será o elo

entre estas duas correntes Crís-

ticas naquele país tão religioso?

- Não sei... Olhe!

Franciscanos voltando de pas-

seio na Terra!

- Quem é aquele jovem cheio

de livros embaixo dos braços,

sendo transportado por eles?

Eles também estão indo para o

Brasil?

- Será que os brasileiros vão

receber muitos espíritos de

escol para a Nova Era?

- Sinto interromper sua noite

de investigações, mas está na

hora de retornar!

- É verdade Humberto! Não

sinto dor nenhuma!

- Que bom Carla! Viu

como funciona o Universo? Pela

nossa mente o Pai permite que

façamos nosso futuro!

- Leve para o seu dia terreno

que está recomeçando toda a

alegria daqui!

- Me dá um abraço!

Texto ficcional de Fabio Tergolino

Page 5: HORTO EXPRESS

Expediente:

Redação: Mocidade do CEAS e colaboradores diversos

CEAS - Centro Espírita Auta de Souza

Colégio Diretor:

1ª Sandra Abreu Vasconcellos; 2ª Núria M. Sanchez

3ª Maria José Macedo; 4ª Sonia Rios Alves

Secretária: Marly Mendes Dion

1º Tesoureiro: Hamilton Alves; 2º Tesoureiro: Fábio Tergolino

Departamentos Temporários:

Infância e Juventude: Tania Laino e Promoção e Ass. Social: Maria Lucia Bernardes

O CEAS segue o modêlo de administração preconizado por Allan Kardek em Óbras Póstumas, quando nos

orienta que “Em vez de um chefe único, a direção será confiada auma comissão central permanente, cuja

organização e atribuições se definam de maneira a não dar azo ao arbítrio.”

Edição da FEB em 13.04.2005, pág. 429

Daí a importância da Evangelização Espírita, pois

evangelizar é preparar o ser humano para enfrentar

todos os momentos e adversidades da vida nos

postulados do Evangelho. É o único meio de cultivar no

Espírito da criança, desde o alvorecer da vida, o

entendimento da prática das boas obras, a aquisição

da moral e do saber, para que ela atinja o crepúsculo

físico consciente de suas conquistas espirituais,

conhecendo a si mesma e situando-se no Universo

como colaboradora da Divindade Suprema.

Sob a ótica da Doutrina Espírita, devemos entender

que, na juventude, o indivíduo já deixou de ser

criança, mas ainda não é adulto. Ele está numa outra

fase de seu desenvolvimento, etapa difícil, marcada

por mudanças de ordem biológica, psicológica, social e

necessita, mais do que nunca, de orientação e amparo

para que possa ficar bem consigo, com o próximo e

com Deus, conforme nos instrui Kardec nas notas da

questão 617 de O Livro dos Espíritos.

Tendo em vista as respostas obtidas por Kardec,

podemos concluir que a adolescência é, como as

demais fases do desenvolvimento humano, de grande

importância para o Espírito que se está preparando

para, ao assumir sua verdadeira identidade, efetuar

uma verificação de seus valores individuais e definir-se

enquanto ser eterno.

No jovem, ainda é possível corrigir, compensar falhas e

deficiências da infância, mas no adulto a tarefa de

remodelação é normalmente muito mais difícil.

O homem será o que de sua infância se faça.

A criança incompreendida resulta no jovem revoltado e

este assume a posição de homem traumatizado,

violento.

A criança desdenhada ressurge no adolescente

inseguro que modela a personalidade do adulto infeliz.

A criança é sementeira que aguarda, o jovem é campo

fecundado, o adulto é seara em produção.

Desse modo, conforme a qualidade da semente,

teremos a colheita.

Saibamos cuidar de nossos jovens, moldando-lhes o

caráter e a personalidade, sob as diretrizes dos

ensinamentos do Cristo à luz da Doutrina Espírita e

estaremos, assim, contribuindo para a formação de

adultos mais equilibrados e conscientes de suas

responsabilidades diante da construção do Mundo do

3.º Milênio.

“A criança é o sorriso do futuro na face do presente.

Evangelizá-la é, pois, espiritualizar o porvir, legando-

lhe a lição clara e pura do ensinamento cristão, a fim

de que, verdadeiramente, viva o Cristo nas gerações

de amanhã.” (Francisco Spinelli)

Elementos fundamentais da evangelização espírita infanto-juvenil Material IV Encontro de Evangelizadores – FEB

Page 6: HORTO EXPRESS

Sempre houve leis severas contra a prática do

aborto na humanidade. No século XVIII a.C., o

Código de Hamurabi destacava aspectos da

reparação devida a mulheres livres em casos de

abortos provocados, exigindo o pagamento de 10

siclos pelo feto morto. Na Grécia antiga, as leis

de Licurgo e de Sólon e a legislação de Tebas e

Mileto tipificavam o aborto como crime.

Hipócrates, uma das figuras mais importantes da

história da saúde, frequentemente considerado

"pai da medicina", negava o direito ao aborto e

exigia dos médicos jurar não dar às mulheres

bebidas fatais para a criança no ventre. Na

Idade Média, a Lex Romana Visigothorum

editava penas severas contra o aborto.

O Código Penal francês de 1791, em plena

Revolução Francesa, determinava que todos os

cúmplices de aborto fossem flagelados e

condenados a 20 anos de prisão. O Código Penal

francês de 1810, promulgado por Napoleão

Bonaparte, previa a pena de morte para o

aborto. Posteriormente, a pena de morte foi

substituída pela prisão perpétua. Além disso, os

médicos, farmacêuticos e cirurgiões eram

condenados a trabalhos forçados.

Se os ditos tribunais humanos condenam a

prática do aborto, “as Leis Divinas, por seu

turno, atuam inflexivelmente sobre os que

alucinadamente o provocam. Fixam essas leis no

tribunal da própria consciência culpada,

tenebrosos processos de resgate que podem

conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais

tarde.”(1)

O primeiro país da era pós-moderna a legalizar o

aborto foi a União Soviética, em 8 de novembro

de 1920. Os hospitais soviéticos instalaram

unidades especiais denominadas abortórios,

concebidas para realizar as operações em ritmo

de produção em massa. A segunda nação a

legalizar o abortamento foi a Alemanha Nazista,

em junho de 1935, mediante uma reforma da Lei

para a Prevenção das Doenças Hereditárias para

a Posteridade, que permitiu a interrupção da

gravidez de mulheres consideradas de "má

hereditariedade" ("não-arianas" ou portadoras de

deficiência física ou mental).

Entre 1996 e 2009, “ao menos 47 dos 192 países

da ONU aprovaram leis com artigos mais

liberalizantes.”(2) Em todos os países da Europa,

exceto Malta, o aborto não é penalizado em

situações controladas. Os países ibéricos são

exemplos de liberalização. Em 2007, Portugal

legalizou o aborto sem restrições até a 10ª

semana de gestação e, depois desse período, em

casos de má-formação fetal, de estupro ou de

perigos à vida ou à saúde da mãe. Na Espanha,

lei com termos semelhantes começou a vigorar

em 2010.

Cuba é o único país hispânico em que o aborto é

legal sem restrições. Na Colômbia, a Corte

Constitucional determinou em 2006 que o aborto

é legítimo em casos de estupro, má-formação

fetal ou de riscos para a vida da mãe. Até então,

a prática era proibida no país. Há países em que

o aborto era totalmente ilegal, mas passou a ser

aceito nos últimos anos se a mãe correr riscos ou

se houver má-formação fetal (no Irã) ou no caso

de estupro (no Togo).

Não nos enganemos, a medicina que executa o

aborto nos países que já legalizaram o

assassinato do bebê no ventre materno é uma

medicina criminosa. Não há lei humana que

atenue essa situação ante a Lei de Deus. No

Brasil a taxa de interrupção de gravidez supera a

taxa de nascimento. Essa situação fez surgir no

país grupos dispostos a legalizar o aborto, torná-

lo fácil, acessível, higiênico, juridicamente

“correto”. Contudo, ainda que isso viesse

ocorrer, JAMAIS esqueçamos que o aborto ilegal

ou legalizado SEMPRE será um CRIME perante às

Leis Divinas!

(Cont...)

Por Jorge Hessen

CENTRO ESPÍ RÍTA AUTA DE SOUZA Ano I - Edição nº 1 - Janeiro de 2011

Rua Domingos Magalhães, 201 - Maria da Graça - Rio de Janeiro - RJ - próximo à estação do metrô.

Page 7: HORTO EXPRESS

Os abortistas evocam as péssimas condições em que

são realizados os procedimentos clandestinos. Porém,

em que pese a sua veracidade, não nos enganemos,

imaginando que o aborto oficial irá resolver a questão

do assassinato das crianças no útero; ao contrário, o

aumentará bastante! E o pior, continuará a ser

praticado por meio secreto e não controlado, pois a

clandestinidade é cúmplice do anonimato e não exige

explicações.

Alerte-se que se não há legislação humana que

identifique de imediato o ignóbil infanticídio, nos

redutos familiares ou na bruma da clandestinidade,e

aos que mergulham na torpeza do aborto “os olhos

divinos de Nosso Pai contemplam do Céu, chamando,

em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se

expurgue da consciência a falta indesculpável que

perpetram.”(3)

Chico Xavier disse que “se anos passados houvesse a

legalização do aborto, e se aquela que foi a minha

querida mãe entrasse na aceitação de semelhante

legalidade, legalidade profundamente ilegal, eu não

teria tido a minha atual existência, em que estou

aprendendo a conhecer minha própria natureza e a

combater meus defeitos, e a receber o amparo de

tantos amigos, que qual você, como todos aqui, nos

ouvem e me auxiliam tanto.”(4)

Até mesmo diante de gravidez resultante da violência

sexual, “o Espiritismo, considerando o lado

transcendente das situações humanas, estimula a mãe

a levar adiante a gravidez e até mesmo a criação

daquele filho, superando o trauma do estupro, porque

aquele Espírito reencarnante terá, possivelmente um

compromisso passado com a genitora.”(5) Lembrando

também que “o governo deveria ter departamentos

especializados de amparo material e psicológico a

todas as gestantes, em especial, às que carregam a

pesada prova do estupro.

É absolutamente indefensável , é imoral a prática do

aborto “terapêutico”. Por que interromper o processo

reparador que a vida impõe ao espírito que se

reencarna com deficiência? Será justo impedi-lo de

evoluir, por egoísmo da gestante? Se o aborto, em

tempos idos, era usado a pretexto de terapia, devia-

se à falta de conhecimentos médicos. Evocamos no

contexto uma aula inaugural do Dr. João Batista de

Oliveira e Costa Júnior aos alunos de Direito da USP

em 1965 (intitulada “Por que ainda o aborto

terapêutico?”). João Batista explicou que o aborto em

questão “não é o único meio, ao contrário, é o pior

meio, ou melhor, não é meio algum para se salvar a

vida da gestante.”(6)

Não impomos anátemas àqueles que estão sob o

impacto de consciência febricitante em face do ato já

consumado, até para que não caiam na vala profunda

do desalento. Para quem já se equivocou, convém

lembrar o seguinte: errar é aprender, contudo, ao

invés de se fixarem no remorso, precisam aproveitar a

experiência como uma boa oportunidade para

discernimento no amanhã. Libertar-se da culpa é, sem

sombra de dúvidas, colocar-se diante das

consequências dos atos com a disposição de resolvê-

las, corajosamente.

A adoção de criança abandonada é excelente prática

de soerguimento moral. Pode-se, também , fazer

opção por uma atividade, onde se esteja em contato

direto, corpo a corpo, com crianças carentes de

carinho, de amparo, de colo, de cuidados pessoais em

creches, em escolas, em hospitais, em orfanatos,

etc..

Meditemos sobre isso!

Jorge Hessen

http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com

(...Cont.)

REUNIÕES PÚBLICAS: 5ª feira às 20:00 hs e sábado às 09:00 hs

EVANGELIZAÇÃO: Nos mesmos dias e horários das palestras públicas.

ESTUDO SISTEMATIZADO (ESDE): 2ª e 3ª feira às 19:30 hs e sábado às 17:00 hs

ENSAIO DO CORAL AUTA HARMONIA: 4ª feira às 19:00 hs

PREPARAÇÃO DE QUENTINHAS: 2ª feira à partir das 16:00 hs

ENTREGA DE QUENTINHAS: 2ª feira à partir das 19:30 hs

Page 8: HORTO EXPRESS

Um grupo de irmãos, reunidos em estudos

doutrinários, solicitou de Emmanuel um

conselho sobre o melhor modo de evitar a

conversação viciosa e inútil.

E o Amigo espiritual respondeu por

intermédio do Chico:

- Vocês observem qual é o rendimento

espiritual da palestração. Quando tiverem

gasto 40 a 60 minutos de palavras em

assuntos que não digam respeito à nossa

própria edificação espiritual, através de

nossa melhoria pelo estudo ou de nossa

regenera­ção pessoal com Jesus, façam

silêncio, procurando algum serviço,

porque, pela conversação impensada, a

sombra interfere em nosso prejuízo,

arrojando-nos facilmente à calúnia e à

maledicência.

Estendemos aos nossos leitores este aviso

oportuno.

Aviso oportuno

Não desejo dar coices

Alguém aconselhou ao Chico sair por uns tempos de Pedro Leopoldo para descansar, arejar as

idéias e gozar um pouco a vida.

Esta foi a sua resposta, que vale também por uma lição:

- Não posso sair daqui. Neste abençoado lugar, vivi como um burro bem vigiado e por isso meus

coices são bem controlados...

Mas, se sair, vou dar coices a torto e a direito...

Não. Deixem o burro preso e feliz onde está...

Adoecera um dos irmãos do grupo.

Reumatismo complicado e

renitente.

Um amigo ensinou a aplicação de

uma erva que somente se

desenvolve em cavernas do subsolo.

Chico e José Xavier, tendo por

acompanhante um belo cão que lhes

pertencia, de nome Lorde, vão a

uma grande lapa, das muitas que

existem nas cercanias de Pedro

Leopoldo; em caminho começam a

conversar.

Falavam a respeito de certos amigos

e comentavam:

- Beltrano não serve.

- Fulano é muito esquisito.

- Sicrano é imprestável.

Quando as críticas iam inflamadas,

o Espírito de Dona Maria João de

Deus aparece ao Chico e aconselha:

Vocês não devem falar mal de

ninguém. Todos necessitamos uns

dos outros. Julgar pelas aparências

é péssimo hábito. Sempre chega um

momento na vida em que

precisamos de amparo de criaturas

que supomos desprezíveis.

O Médium transmitiu ao irmão

quanto ouvira e calaram-se ambos.

Chegaram à caverna e José,

segurando Lorde por uma corda,

desceu à frente.

Depois de longa busca, encontraram

a erva medicinal.

Contudo, quando se voltavam para o

retorno, perderam a noção do

caminho sob as grandes abóbadas de

pedra.

De vela acesa, procuraram debalde

a saída.

Gritaram, mas receberam o eco da

própria voz.

Quando a luz se mostrava quase

extinta, recordaram-se da prece.

Oraram.

Dona Maria João de Deus apareceu

ao Médium e considerou:

- Temos agora a prática do

ensinamento a que nos reportamos

na estrada.

Vocês podem saber muita coisa,

mas agora precisam do cão. Soltem

o Lorde e sigam-lhe os passos. Ele

sabe o caminho da volta.

Assim fizeram. E acompanhando o

animal, venceram o labirinto em

alguns minutos.

Lá fora, à luz do dia, entreolharam-

se surpresos, meditaram na lição

recebida e renderam graças a Deus.

Uma boa Lição