honduras rediscover rome a tranquila e acolhedora cidade ... · 70 janeiro 2010 honduras janeiro...

7
Honduras era uma pequena e esquecida nação da América Central até virar notícia internacional nos últimos meses. Viajamos até lá para descobrir, afinal, que país é esse ZELAYA SOB OS BIGODES DE TEXTO LUCIANO VELLEDA | FOTOS ROBERTO SEBA A tranquila e acolhedora cidade de Copán Ruínas é uma das mais turísticas de Honduras

Upload: others

Post on 14-Oct-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: honduras rediscover rome A tranquila e acolhedora cidade ... · 70 Janeiro 2010 honduras Janeiro 2010 71 B erros, gritos, fogos e estampidos. momento e, provavelmente, pensaria que

68 Janeiro 2010

honduras

69Janeiro 2010

rediscover rome

Honduras era uma pequena e esquecida nação da América Central até virar notícia internacional

nos últimos meses. Viajamos até lá para descobrir, afinal, que país é esse

zelaya Sob oS bigodeS de

texto Luciano veLLeda | fotos RobeRto seba

A tranquila e acolhedora cidade de Copán Ruínas é uma das mais turísticas de Honduras

Page 2: honduras rediscover rome A tranquila e acolhedora cidade ... · 70 Janeiro 2010 honduras Janeiro 2010 71 B erros, gritos, fogos e estampidos. momento e, provavelmente, pensaria que

70 Janeiro 2010

honduras

71Janeiro 2010

Berros, gritos, fogos e estampidos. estivesse menos informado naquele exato momento e, provavelmente, pensaria que um novo golpe estava em curso em Honduras. ou talvez o golpe do golpe, sabe-se lá, vai entender. Mas nada disso. Debruçado no balcão da recepção de um modestíssimo hotel em san Pedro sula, acompanhando os instantes seguintes ao apito final do juiz que encerrara o campeonato de futebol do país, havia visto, com duas patadas certeiras, o Marathon, time da cidade, conquistar o oitavo título nacional. Festa nas ruas.

Alegria geral. A segunda maior cidade de Honduras iniciava sua comemoração conduzida pelo mundo da bola, enquanto o outro mundo, real e geográfico, de olho nos turbulentos dias de agitação política desta pequenina e esquecida nação, procurava entender, afinal, que país mesmo é esse?

Na manhã seguinte, três dias antes de uma imprevisível eleição para presidente - o tal do sufrágio universal, como se referiam tevês e jornais locais - encontro um homem com roupas civis e armado de escopeta, vigiando, por dentro, a porta de entrada do hotel onde passei minha primeira noite. resolvo conversar com o dono do estabelecimento a respeito de meu trabalho sem, contudo, tirar o olho do dedo indicador do sujeito armado e a distância do gatilho. Minutos depois, acompanhado do fotógrafo roberto seba, já estamos na rodoviária de san Pedro sula à espera do ônibus que nos levará a uma das maiores e mais importantes ruínas de todo o mundo maia.

Antes de embarcar, no entanto, ainda pude encontrar outras duas escopetas diante do banco onde fui trocar dinheiro. Após oferecer dólares por lempiras, numa cotação que faz você dar 100, receber 1.800 e achar que ficou rico num toque mágico, sento na praça de

alimentação da rodoviária e constato, rapidamente, algo que se confirmaria até o último dia da viagem: os hondurenhos almoçam às 9 horas da manhã. ou 7 e meia, se for o caso. Afinal, não tenho como não chamar de almoço algo que parece com massa, acompanhado de algo que parece arroz e feijão, junto com algo que parece beterraba, comido com algo que, este sim, parece muito com galinha frita.

Próximo de encarar o primeiro ônibus em Honduras - e após ter bebido, como café da manhã, por absoluta segurança, uma inofensiva Coca Cola - leio na capa de um jornal local sobre uma explosão ocorrida no dia anterior, na capital Tegucigalpa. Uma bomba pequena, sem vítimas a lamentar. Informação suficiente, todavia, para me lembrar que há lá fora um regime de exceção. e que, dentro da embaixada do Brasil, na mesma cidade, um senhor de chapéu estiloso, bigodão bem aparado, charuto em punho, esperneia para regressar ao poder e voltar a comandar esse país da América Central.

Cristóvão Colombo nunca soube, mas Honduras foi o primeiro lugar da América continental em que ele desembarcou, em sua quarta e última viagem ao Mundo Novo (antes disso, o navegador genovês só havia visitado ilhas caribenhas). o dia era 14 de agosto de 1502 e o local, atualmente, é uma cidade que atende pelo nome de Trujillo. Aliás, a origem do nome desse país, até outro dia desconhecido de boa parte dos brasileiros, também se deve a Colombo. ele batizou a terra levando em conta seu litoral de águas muito profundas, que, em espanhol, significa hondura.

Ainda longe desse mar tão fundo, deixo a feia cidade de san Pedro sula para trás à medida que avançamos por uma estrada em condições bem razoáveis, cruzando um bonito vale montanhoso e arborizado, cujo verde só não era mais intenso porque estava

Acima: Copán Ruínas depende muito dos turistas estrangeiros. Na página ao lado: a típica bebida produzida nas aldeias da etnia garífuna; a popular tortilla; e o garoto que vende banana na cidade de tela

Logo se vê uma república de bananas. Mas com atrações e um povo simplese receptivo

Page 3: honduras rediscover rome A tranquila e acolhedora cidade ... · 70 Janeiro 2010 honduras Janeiro 2010 71 B erros, gritos, fogos e estampidos. momento e, provavelmente, pensaria que

72 Janeiro 2010

honduras

73Janeiro 2010

desacompanhado dos raios do sol. Cerca de três horas depois, chegamos à cidade de Copán ruínas. o pequeno e aconchegante vilarejo colonial, com sobrados e casarões antigos - a maioria deles bem cuidados - é um daqueles lugares em que o viajante chega e sente-se acolhido. Dá vontade de ficar.

a praça principal da cidade, ponto de convergência de tudo e de todos, reúne as principais construções. Há a igreja, impondo-se soberana apesar de sua simplicidade. Há o destacamento da polícia local, símbolo da ordem. existem ainda estabelecimentos comerciais, como bancos, hotéis e restaurantes, e, até mesmo, o ponto de táxi, aqui representado por curiosos veículos oriundos da Índia, por lá chamados de tuc-tuc e aqui, sem a mesma elegância, apenas de moto táxi.

seja como for, não é devido à beleza da praça ou suas antigas ruas de pedra ao redor que a cidade de Copán ruínas atrai visitantes. Americanos, canadenses, espanhóis, alemães, guatemaltecos e outros cidadãos do mundo (muito poucos brasileiros) passam por suas vielas diariamente a caminho, isto sim, das impressionantes ruínas de Copán. ok, vale explicar, a confusão é compreensiva: Copán ruínas é o nome da cidade surgida a cerca de 1 quilômetro de onde está situado o Parque Arqueológico de Copán. Declarada pela Unesco, desde 1980, como Patrimônio Histórico da Humanidade, Copán é um dos maiores e mais importantes vestígios da civilização maia.

Cientistas e arqueólogos estimam que a região era habitada desde, aproximadamente, o ano 1.300 a.C. A cidade conheceu seu esplendor entre os anos de 250 d.C e 800 d.C, época

Acima: turistas estrangeiros em águas termais junto aos nativos. Na página ao lado: o empreendedor belga Gerardo; seu sócio, Carlos, abrindo uma fruta durante cavalgada no Vale de Copán; e o detalhe de um delicioso pomelo

Honduras foi o primeiro lugar da América continental visitado por Colombo

chamada de período clássico da civilização maia. em seu ápice, acredita-se, cerca de 20 mil pessoas viveram numa área total de 24 quilômetros quadrados (o equivalenteao tamanho da Ilha de Fernando de Noronha). Arqueólogos modernos consideram esse

número baixo e defendem que, em todo o Vale de Copán, a população possa ter chegado a 100 mil pessoas. estudos indicam que a última dinastia durou quase 400 anos, tendo iniciado, em 426 d.C, com o misterioso rei Mah K’ina Yax K’uk’Mo’ de nome impronunciável, e terminado em 820 d.C, com o 16ª rei, Yax Pac.

a menos que você seja um especialista em ruínas maias e já tenha conhecido outras tão grandes como as de Copán, a ponto de subir e descer degraus de pirâmides de mais de mil anos com a mesma naturalidade que um carioca vê o Cristo redentor, a sensação de estar num lugar como este é arrebatadora. e se por acaso você for mesmo um expert no assunto, pisar em Copán lhe dará a oportunidade de ver com seus próprios olhos as famosas estelas (semelhantes a um totem). esculpidas num único bloco de pedra, as estelas reproduzem a imagem do rei que estava no poder e as de Copán, particularmente, são consideradas as mais esplêndidas que podem ser vistas em todo o mundo maia. se isso ainda não for o bastante, é aqui que você encontrará, subindo acima de seu nariz, o maior conjunto de hieróglifos talhados em escada dessa intrigante civilização, partindo do chão até o topo de uma das mais altas pirâmides de Copán.

os hieróglifos narram a história da cidade, seu desenvolvimento ao longo dos séculos, reis e costumes. A escadaria é o mais importante monumento local e está coberta por uma espécie de tapume que a protege das intempéries climáticas. se por um lado é verdade que o dito tapume

Page 4: honduras rediscover rome A tranquila e acolhedora cidade ... · 70 Janeiro 2010 honduras Janeiro 2010 71 B erros, gritos, fogos e estampidos. momento e, provavelmente, pensaria que

74 Janeiro 2010

honduras

75Janeiro 2010

de cor acinzentada não colabora para a beleza das fotos, é inacreditável saber que até a década de 1970 os visitantes podiam subir e descer os degraus milenares, prejudicando a conservação dessa relíquia arqueológica. sentado no alto do platô existente quase ao lado do topo da escada, não consigo evitar o pensamento desvairado de como os maias iriam reproduzir, na simbologia dos hieróglifos, o confuso momento político por que passa Honduras e, principalmente, como iriam os homens dessa civilização tão evoluída em astronomia, engenharia e agricultura representar aquele senhor bigodudo que se abancou, com bota, charuto e chapéu, na embaixada de meu país.

À noite, já de volta a Copán ruínas, sentado no descolado bar e restaurante Via Via, converso com o belga Geert Van Vaeck a respeito das dificuldades e ambições dessa pequenina cidade hondurenha. eloquente e agitado, falando um espanhol de quem já está há oito anos morando no país, a ponto de adotar o representativo nome de Gerardo, ele me explica num rápido gráfico as oscilações no número de visitantes em Copán nos últimos dez anos. Com a experiência de quem dirige, além do restaurante em que me encontro, uma

pousada e a operadora de viagem Basecamp, Gerardo demonstra num pedacinho de papel o efeito devastador causado no ingresso de turistas após a passagem do Furação Mitch, em 1998. Nos anos seguintes, pouco a pouco, os viajantes voltam a surgir, e o gráfico, semelhante aos altos e baixos de um eletrocardiograma, vai subindo e descendo até atingir o número de 170 mil visitantes em 2008, recorde absoluto.

Acima: panorâmica da praça principal de Cópan, com turistas no meio do Campo de Jogos. Na página ao lado: detalhe do templo de Rosalila 1 ; do maior conjunto de hieróglifos em escada de todas as ruínas maias 2 ; e a escultura de uma estela 3

Copán tem algumas das ruínas mais significativas que restaram do mundo maia

1

2 3

Page 5: honduras rediscover rome A tranquila e acolhedora cidade ... · 70 Janeiro 2010 honduras Janeiro 2010 71 B erros, gritos, fogos e estampidos. momento e, provavelmente, pensaria que

76 Janeiro 2010

honduras

77Janeiro 2010

Mas vem a crise econômica mundial, aquele papo de recessão, e 2009 já não começa com a mesma perspectiva favorável. o pior ainda viria. e chegaria pelos próprios problemas internos, na forma de uma crise política que na metade do ano de 2009 afasta o presidente eleito de sua cadeira, racha o país, arregala os olhos das vizinhas nações latino- americanas, e, para completar, passa ao mundo a ideia de que Honduras está imersa numa guerra civil. e os turistas? Bem, os turistas, segundo

cálculos de nosso amigo Gerardo, terminam o ano de 2009 com menos da metade de presenças que no ano anterior.

Copán ruínas está há míseros 12 km da fronteira com a Guatemala, e tamanha proximidade se por um lado facilita a chegada de visitantes que estão no país vizinho também percorrendo um roteiro de ruínas maias, por outro é um grande obstáculo para reter esses mesmos visitantes por mais de uma noite na cidade hondurenha. Às vezes nem isso. Diante desse insolúvel problema de posição geográfica, Gerardo e seu sócio, Carlos (esse sim, hondurenho de nascimento), esforçam-se em criar roteiros pela região

e assim fortalecer o turismo no Vale de Copán. A investida dos últimos anos tem sido o turismo rural, por meio de uma saudável cavalgada pelas montanhas ao redor, visitando a centenária fazenda de café da família de Carlos e mostrando, a curiosos americanos, franceses, alemães, canadenses e quem mais for, carambolas no pé, tamarindos, um forte gengibre ainda na terra, e até cardamomos e pomelos pendurados na árvore – esses, aliás, nem mesmo a parcela verde-amarela do grupo havia visto antes.

Acima: a Laguna Los Micos, na aldeia garífuna de Miami. Na página ao lado: a boa cerveja de nome incomum; as ruínas da empresa que tornou Honduras a república das bananas; detalhe do Mar do Caribe; e uma porção de banana frita

No litoral, Tela e Roatán são os destinos com jeito de Caribe e alguns resorts de luxo

Page 6: honduras rediscover rome A tranquila e acolhedora cidade ... · 70 Janeiro 2010 honduras Janeiro 2010 71 B erros, gritos, fogos e estampidos. momento e, provavelmente, pensaria que

78 Janeiro 2010

honduras

Do interior para o litoral a história é a mesma. Vão-se as montanhas e as ruínas maias e chega-se ao mar azul do Caribe, mas a dificuldade em atrair turistas persiste. A cidade costeira de Tela, base de comercialização da antiga república das bananas, hoje disputa com as ilhas de roatán e Utila o interesse turístico de quem procura um mergulho caribenho. É bem verdade que o mar de Tela não é aquele azul-turquesa de doer os olhos, e que suas ilhas concorrentes – principalmente roatán - têm praias mais bonitas. De qualquer forma, o lugar tem

seus atrativos. A menos que você tenha casa em alguma praia deserta do Nordeste. Nesse caso, o pessoal de Tela que não me leia, mas será difícil concorrer.

Na costa é visível a diferença da colonização local. enquanto em Copán ruínas a origem indígena é predominante, aqui há o negro descendente do período da escravidão. e da miscigenação do nativo do litoral com o escravo africano nasce o garífuna. suas aldeias

ao redor de Tela são um dos passeios mais interessantes. Alguns de seus redutos estão descaracterizados. Mas em outros, como La ensenada e, especialmente, Miami, persiste aquele clima de relógio parado, casas mais do que rústicas, uns tiozinhos fazendo nada, outros embarcando na canoa, enquanto um grupo de sorridentes joga dominó.

Do rentável período das bananas exportadas para o mundo, restou em Tela apenas o esqueleto do píer em que os barcos eram abastecidos e as ruínas do escritório da American rail Company, a empresa estrangeira que transformou Honduras numa nação bananeira. Melhor destino tiveram as casas do condomínio onde viviam os executivos da companhia, hoje transformadas num badalado resort. Já o negócio da banana, atualmente, é apenas para consumo local. o país agora procura um novo destino. A poucos dias de terminar a viagem, deitado no quarto do hotel, novamente escuto berros, gritos, fogos e estampidos. Assim como na noite da chegada, sei o que acontece. o resultado saiu. Honduras tem um novo presidente. Festa nas ruas. Alegria geral. LP

o simpático povo hondurenho costuma lotar suas caminhonetes para dar carona aos moradores de qualquer idade que necessitam de transporte

em algumas aldeias garífunas na costa persiste o clima de relógio parado

Page 7: honduras rediscover rome A tranquila e acolhedora cidade ... · 70 Janeiro 2010 honduras Janeiro 2010 71 B erros, gritos, fogos e estampidos. momento e, provavelmente, pensaria que

ILU

STRA

ÇÃ

O: N

ATA

LIA

FO

RCA

T; F

OTO

S: R

OB

ERTO

SEB

A

68 Janeiro 2010

honduras

69Janeiro 2010

rediscover rome

Honduras era uma pequena e esquecida nação da América Central até virar notícia internacional

nos últimos meses. Viajamos até lá para descobrir, afinal, que país é esse

zelaya Sob oS bigodeS de

texto Luciano veLLeda | fotos RobeRto seba

A tranquila e acolhedora cidade de Copán Ruínas é uma das mais turísticas de Honduras

Ignorada pela maioria dos brasileiros quando o assunto é turismo, a antiga república das bananas procura o seu espaço na rota dos viajantes. A oferecer, ilhas caribenhas de padrão internacional e ruínas maias incríveís

Como chegar

Não há vôos diretos do Brasil para Honduras. Partindo de São Paulo, Rio de Janeiro ou Porto Alegre, a companhia aérea Taca faz o trajeto para San Pedro Sula ou Tegucigalpa com conexões em Lima (Peru) e San Salvador (El Salvador).

Visto

Desde o início da crise política, brasileiros necessitam de visto para entrar em Honduras. Custa R$ 75, além de uma série de documentos. Contate o consulado do país no Rio de Janeiro (21/3813-5253), ou em São Paulo (11/3088-2993).

Passeando

Boas estradas ligam as principais cidades do país. O preço da passagem de ônibus é barato, cerca de US$ 6 para um trajeto de três horas, em veículos comuns. Quem quiser conforto deve procurar a empresa Hedman Atlas, com tarifas em dobro.

Leitura Complementar O guia Honduras & the Bay Islands (R$ 54), da Lonely Planet, oferece em 351 páginas um apanhado geral sobre as principais cidades e atrações.

HONDURAS

DICAS BÁSICAS

PARA CHEGAR LÁ

VER

Com economia Com conforto Com luxoEm Copán Ruínas uma boa opção é o novíssimo hotel La Canãda (vivecopan.com), enquanto em Tela procure o Sherwood (hotelsherwood.com), que esteve recentemente em obras. Ambos custam cerca de US$ 45 por um quarto duplo.

Não deixe de provar o prato tipicopaneco no Via Via Café (viaviacafe.com), sem dúvida o restaurante mais astral de Copán Ruínas, com ótima comida e preços justos. Em Tela, prove a galinha frita do Auto Posto Al Carbón, na beira da praia.

O rum é a bebida caribenha por excelência. Tome a sua dose no

descolado Via Via Café, em Copán Ruínas. Já em Tela, prove uma cerveja Salva Vida no bar Arrecifes.

Não deixe de fazer uma caminhada ((US$ 10) pelos arredores de Copán Ruínas com o guia Gerardo, vendo belas paisagens e conhecendo com profundidade a vida local (basecamphonduras.com). Em Tela, visite o Jardim Botânico Lancetilla (US$ 6), com 1.200 espécies de plantas.

Em Copán Ruínas, opte pelo Plaza Copán (plazacopanhotel.com), situado na praça central. Na beira-mar de Tela, pre� ra o hotel Cesar Mariscos (hotelcesarmariscos.com). Ambos cobram entre US$ 45 e US$ 50 por um quarto duplo.

O Jim’s Pizza Copán, em Copán Ruínas, serve ótimas pizzas e a cozinha é ao ar-livre. O hotel Sherwood, em Tela, tem no último andar um bom restaurante com vista para o mar.

O Tun Club não é exatamente mais confortável do que o vizinho Via Via Café, apenas mais caro, mesmo assim vale para variar. Na praiana Tela, o Hotel y Restaurante Maya Vista tem um clima legal em seu terraço com vista para o mar, servindo bons coquetéis.

O Parque Arqueológico Copán está a 1 quilômetro da cidade. O ingresso custa US$ 15, abre das 8h às 17h. Para chegar, pegue um tuc-tuc por 1 dólar. Em Tela, passeie de caiaque pelo mangue de Punta Izopo (US$ 27) em tours organizados pela agência Garifuna Tours (garifunatours.com).

A Hacienda San Lucas (haciendasanlucas.com) é a hospedagem mais luxuosa de Copán Ruínas, com ampla vista do vale. Um quarto duplo sai por US$ 125. Em Tela, o resort Telamar é o mais indicado para quem gosta de mordomia, com preços a partir de US$ 127.

Em Copán Ruínas, experimente começar o dia com um avassalador café da manhã na Hacienda San Lucas. Em Tela, o restaurante do hotel Cesar Mariscos é reconhecidamente o melhor da cidade e os frutos do mar são sua especialidade.

Não adianta, na cidade de Copán Ruínas, luxo mesmo é na Hacienda San Lucas. Tome um vinho no pôr do sol com a visão das ruínas maias. Em Tela, relaxe no bar do resort Villas Telamar, aberto mesmo para quem não está hospedado.

Faça uma cavalgada em Copán, visite uma � nca (fazenda de café) e tome banho em águas termais. O passeio todo sai por US$ 59 (� ncaelcisne.com). Em Tela, o principal tour reúne as praias de Punta Sal, Punta Izopo e aldeias garífunas (US$ 65), com a agência Garífuna Tours.

DORMIR

COMER

BEBER

O Jardim Botânico Lancetilla é uma das atrações de Tela

As ruínas maias de Copán são uma relíquia arqueológica

A secular Hacienda San Lucas mistura história com requinte

MANEIRAS DE VIAJAR... 3

e atrações.

Ignorada pela maioria dos brasileiros quando o assunto é turismo, a antiga república das bananas procura o seu espaço na rota

caribenhas de padrão internacional e ruínas

Janeiro 2010 79