homologa os estatutos da universidade do porto

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  Diário da República, 2.ª série — N.º 93 — 14 de Maio de 2009 19106-(11)  posse dos nov os órg ãos, sem prejuízo do disp osto no n.º 3 do artigo 174.º do RJIES. 3 — Cabe ao Reitor em funções promover a concretização do novo modelo de organização e gestão constante dos presentes Estatutos, de- signadamente aprovar os regulamentos eleitorais necessários à transição, ouvida a actual Secção de Planeamento e Gestão do Senado, e proceder à convocatória e à condução dos trabalhos das reuniões do Conselho Geral até à eleição do respectivo Presidente. 4 — O Provedor do Estudante é nomeado pelo Conselho Geral, na  primeira reunião que se realizar com a composição completa. 5 — A adaptação da estrutura organizativa da Universidade ao novo modelo decorrente da aplicação dos presentes Estatutos, designadamente no que respeita à transformação ou extinção das actuais unidades funcio- nais, ao regime de autonomia das unidades orgânicas e às repercussões em matéria administrativa e financeira, deve ocorrer no prazo máximo de oito meses a contar da conclusão do processo de tomada de posse dos novos órgãos a que em cada caso a adaptação se reporte. Artigo 52.º Regulamentos das unidades 1 — O regulamento do departamento universitário que introduz o novo modelo organizacional é elaborado por uma comissão que integra: a) O Presidente do Conselho Directivo; b) Um representante da estrutura científica actual; c) Um representante dos coordenadores das unidades de investi- gação pertencentes ao departamento universitário ou em que tenha  participação; d ) Um estudante, eleito pelos pares de entre os membros da actual Assembleia de Representantes; e) Um membro do pessoal não docente e não investigador, eleito pelos  pares de entre os membros da actual Assembleia de Representantes. 2 — O regulamento da escola politécnica que introduz o novo modelo organizacional é elaborado por uma comissão que integra: a) O Director; b) Um representante da estrutura científica actual; c) Um representante do Conselho Pedagógico; d ) Um estudante, eleito pelos pares de entre os membros da actual Assembleia de Representantes; e) Um membro do pessoal não docente e não investigador, eleito pelos  pares de entre os membros da actual Assembleia de Representantes. 3 — Os regulamentos identificados no presente artigo são aprovados  pelo Reitor. Artigo 53.º Revisão e alteração dos Estatutos 1 — Os presentes Estatutos podem ser revistos: a) Quatro anos após a data de p ublicação da última revisão; b) Em qualquer momento, por decisão de dois terços dos membros do Conselho Geral em exercício efectivo de funções. 2 — A alteração dos presentes Estatutos carece de aprovação por maioria de dois terços dos membros do Conselho Geral. 3 — Podem propor alterações aos presentes Estatutos o Reitor ou qualquer membro do Conselho Geral. 4 — Não carecem de ser submetidas aos procedimentos a que se referem os n.os anteriores as alterações à organização da Universidade que decorram de normas legais imperativas supervenientes ou de criação ou modificação de unidades, estruturas e serviços no quadro estatutário  pertinente, desde que, sendo o caso, seja obtida a necessária a provação tutelar, considerando-se, nessas circunstâncias, automaticamente alte- rados em conformidade os Anexos correspondentes. Artigo 54.º Entrada em vigor Os presentes Estatutos entram em vigor no dia seguinte à sua publica- ção no Diário da República,  sem prejuízo do disposto no artigo 51.º ANEXO I Simbologia a que se refere o n.º 1 do artigo 6.º Bandeira, hábito talar e medalhas: conforme Anexo I do Despacho  Normativo n.º 52/89, de 1 de Junho, publicado no  Diário da República  de 21 de Junho, 1.ª série, pág. 2410.  Logótipo renovado: ANEXO II Unidades orgânicas de ensino e investigação a que se refere o n.º 8 do artigo 8.º Departamentos Universitários: a) Departamento de Ambiente e Ordenamento; b) Departamento de Biologia; c) Departamento de Comunicação e Arte; d ) Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial; e) Departamento de Educação;  f ) Departamento de Electrónica, T elecomunicações e Informática;  g ) Departamento de Engenharia Cerâmica e d o Vidro; h) Departamento de Engenharia Civil; i) Departamento de Engenharia Mecânica;  j) Departamento de Física; l ) Departamento de Geociências; m) Departamento de Línguas e Culturas; n) Departamento de Matemática; o) Departamento de Química. Escolas Politécnicas: a) Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologia de Produção Aveiro-Norte; b) Escola Superior de Saúde de A veiro; c) Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda; d ) Instituto Superior de Contabilidade e Administração de A veiro. Secções Autónomas: a) Secção Autónoma de Ciências da Saúde; b) Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas. ANEXO III Entidades de direito privado subsidiárias da Universidade a que se refere o n.º 4 do artigo 9.º: a) Associação para a Formação Profissional e Investigação da Uni- versidade de Aveiro (UNA VE), associação privada sem fins lucrativos, constituída em 10 de Julho de 1986; b) Fundação João Jacinto Magalhães, fundação de direito privado, constituída em 18 de Novembro de 1991; c) grupUNA VE-Inovação e Serviços, L. da , sociedade comercial por quotas, constituída em 9 de Julho de 1998; d ) Instituto do Ambiente e Desenvolvimento, associação privada sem fins lucrativos, constituída em 9 de Novembro de 1992; e) Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro, associa- ção privada sem fins lucrativos, constituída em 1 de Outubro de 1999;  f ) Laboratório Industrial da Qualidade, associação privada sem fins lucrativos, constituída em 28 de Fevereiro de 1990. 201791634 Logótipos em uso: Original conforme Despacho Normativo supra identificado: Despacho normativo n.º 18-B/2009 Considerando o disposto no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 96/2009, de 27 de Abril, que estabelece que os Estatutos da Univer- sidade do Porto são aprovados por uma assembleia com a composição  prevista no artigo 172.º da Le i n.º 62/2007, de 10 de Setembro (r egime  jurídico das instituições de ensino superior) e sujeitos a homologação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior nos termos do artigo 132.º da mesma lei; Tendo os estatutos sido aprovados nos termos previstos na referida norma;

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Estatutos Da Universidade Do Porto

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  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009 19106-(11)

    posse dos novos rgos, sem prejuzo do disposto no n. 3 do artigo 174. do RJIES.

    3 Cabe ao Reitor em funes promover a concretizao do novo modelo de organizao e gesto constante dos presentes Estatutos, de-signadamente aprovar os regulamentos eleitorais necessrios transio, ouvida a actual Seco de Planeamento e Gesto do Senado, e proceder convocatria e conduo dos trabalhos das reunies do Conselho Geral at eleio do respectivo Presidente.

    4 O Provedor do Estudante nomeado pelo Conselho Geral, na primeira reunio que se realizar com a composio completa.

    5 A adaptao da estrutura organizativa da Universidade ao novo modelo decorrente da aplicao dos presentes Estatutos, designadamente no que respeita transformao ou extino das actuais unidades funcio-nais, ao regime de autonomia das unidades orgnicas e s repercusses em matria administrativa e financeira, deve ocorrer no prazo mximo de oito meses a contar da concluso do processo de tomada de posse dos novos rgos a que em cada caso a adaptao se reporte.

    Artigo 52.Regulamentos das unidades

    1 O regulamento do departamento universitrio que introduz o novo modelo organizacional elaborado por uma comisso que integra:

    a) O Presidente do Conselho Directivo;b) Um representante da estrutura cientfica actual;c) Um representante dos coordenadores das unidades de investi-

    gao pertencentes ao departamento universitrio ou em que tenha participao;

    d) Um estudante, eleito pelos pares de entre os membros da actual Assembleia de Representantes;

    e) Um membro do pessoal no docente e no investigador, eleito pelos pares de entre os membros da actual Assembleia de Representantes.

    2 O regulamento da escola politcnica que introduz o novo modelo organizacional elaborado por uma comisso que integra:

    a) O Director;b) Um representante da estrutura cientfica actual;c) Um representante do Conselho Pedaggico;d) Um estudante, eleito pelos pares de entre os membros da actual

    Assembleia de Representantes;e) Um membro do pessoal no docente e no investigador, eleito pelos

    pares de entre os membros da actual Assembleia de Representantes.

    3 Os regulamentos identificados no presente artigo so aprovados pelo Reitor.

    Artigo 53.Reviso e alterao dos Estatutos

    1 Os presentes Estatutos podem ser revistos:a) Quatro anos aps a data de publicao da ltima reviso; b) Em qualquer momento, por deciso de dois teros dos membros

    do Conselho Geral em exerccio efectivo de funes.

    2 A alterao dos presentes Estatutos carece de aprovao por maioria de dois teros dos membros do Conselho Geral.

    3 Podem propor alteraes aos presentes Estatutos o Reitor ou qualquer membro do Conselho Geral.

    4 No carecem de ser submetidas aos procedimentos a que se referem os n.os anteriores as alteraes organizao da Universidade que decorram de normas legais imperativas supervenientes ou de criao ou modificao de unidades, estruturas e servios no quadro estatutrio pertinente, desde que, sendo o caso, seja obtida a necessria aprovao tutelar, considerando-se, nessas circunstncias, automaticamente alte-rados em conformidade os Anexos correspondentes.

    Artigo 54.Entrada em vigor

    Os presentes Estatutos entram em vigor no dia seguinte sua publica-o no Dirio da Repblica, sem prejuzo do disposto no artigo 51.

    ANEXO ISimbologia a que se refere o n. 1 do artigo 6.Bandeira, hbito talar e medalhas: conforme Anexo I do Despacho

    Normativo n. 52/89, de 1 de Junho, publicado no Dirio da Repblica de 21 de Junho, 1. srie, pg. 2410.

    Logtipo renovado:

    ANEXO II

    Unidades orgnicas de ensino e investigao a que se refere o n. 8 do artigo 8.

    Departamentos Universitrios: a) Departamento de Ambiente e Ordenamento; b) Departamento de Biologia; c) Departamento de Comunicao e Arte; d) Departamento de Economia, Gesto e Engenharia Industrial; e) Departamento de Educao; f) Departamento de Electrnica, Telecomunicaes e Informtica; g) Departamento de Engenharia Cermica e do Vidro; h) Departamento de Engenharia Civil; i) Departamento de Engenharia Mecnica; j) Departamento de Fsica; l) Departamento de Geocincias; m) Departamento de Lnguas e Culturas; n) Departamento de Matemtica; o) Departamento de Qumica.

    Escolas Politcnicas:a) Escola Superior de Design, Gesto e Tecnologia de Produo

    Aveiro-Norte;b) Escola Superior de Sade de Aveiro;c) Escola Superior de Tecnologia e Gesto de gueda;d) Instituto Superior de Contabilidade e Administrao de Aveiro.

    Seces Autnomas:a) Seco Autnoma de Cincias da Sade;b) Seco Autnoma de Cincias Sociais, Jurdicas e Polticas.

    ANEXO IIIEntidades de direito privado subsidirias da Universidade a que se

    refere o n. 4 do artigo 9.:a) Associao para a Formao Profissional e Investigao da Uni-

    versidade de Aveiro (UNAVE), associao privada sem fins lucrativos, constituda em 10 de Julho de 1986;

    b) Fundao Joo Jacinto Magalhes, fundao de direito privado, constituda em 18 de Novembro de 1991;

    c) grupUNAVE-Inovao e Servios, L.da, sociedade comercial por quotas, constituda em 9 de Julho de 1998;

    d) Instituto do Ambiente e Desenvolvimento, associao privada sem fins lucrativos, constituda em 9 de Novembro de 1992;

    e) Instituto de Engenharia Electrnica e Telemtica de Aveiro, associa-o privada sem fins lucrativos, constituda em 1 de Outubro de 1999;

    f) Laboratrio Industrial da Qualidade, associao privada sem fins lucrativos, constituda em 28 de Fevereiro de 1990.

    201791634

    Logtipos em uso:

    Original conforme Despacho Normativo supra identificado:

    Despacho normativo n. 18-B/2009Considerando o disposto no n. 2 do artigo 3. do Decreto -Lei

    n. 96/2009, de 27 de Abril, que estabelece que os Estatutos da Univer-sidade do Porto so aprovados por uma assembleia com a composio prevista no artigo 172. da Lei n. 62/2007, de 10 de Setembro (regime jurdico das instituies de ensino superior) e sujeitos a homologao do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior nos termos do artigo 132. da mesma lei;

    Tendo os estatutos sido aprovados nos termos previstos na referida norma;

  • 19106-(12) Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009

    Tendo sido realizada a sua apreciao nos termos da referida lei:Ao abrigo do disposto no n. 2 do artigo 3. do Decreto -Lei n. 96/2009,

    de 27 de Abril, homologo os Estatutos da Universidade do Porto, que vo publicados em anexo ao presente despacho.

    Este despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao no Dirio da Repblica.

    30 de Abril de 2009. O Ministro da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior, Jos Mariano Rebelo Pires Gago.

    Estatutos da Universidade do Porto

    CAPTULO I

    Atribuies, valores, natureza e autonomias

    Artigo 1.

    Atribuies

    1 A Universidade do Porto prossegue, entre outros fins, os se-guintes:

    a) A formao no sentido global cultural, cientfica, tcnica, arts-tica, cvica e tica no quadro de processos diversificados de ensino e aprendizagem, visando o desenvolvimento de capacidades e competn-cias especficas e transferveis e a difuso do conhecimento;

    b) A realizao de investigao cientfica e a criao cultural e arts-tica, envolvendo a descoberta, aquisio e desenvolvimento de saberes e prticas, de nvel avanado;

    c) A valorizao social do conhecimento e a sua transferncia para os agentes econmicos e sociais, como motor de inovao e mudana;

    d) O incentivo ao esprito observador, anlise objectiva, ao juzo crtico e a uma atitude de problematizao e avaliao da actividade cientfica, cultural, artstica e social;

    e) A conservao e divulgao do patrimnio cientfico, cultural e artstico para utilizao criativa dos especialistas e do pblico;

    f) A cooperao com as diversas instituies, grupos e outros agentes numa perspectiva de valorizao recproca, nomeadamente atravs da investigao aplicada e da prestao de servios comunidade;

    g) O intercmbio cultural, cientfico, artstico e tcnico com institui-es nacionais e estrangeiras;

    h) A contribuio, no seu mbito de actividade, para a cooperao internacional e para a aproximao entre os povos.

    2 A Universidade do Porto concede graus de licenciado, mestre e doutor e o ttulo de agregado, bem como outros certificados e diplomas no mbito de actuao das suas escolas concedendo ainda equivalncia e reconhecimento de graus e habilitaes acadmicas, nos termos da lei.

    3 A Universidade do Porto concede o ttulo honorfico de doutor honoris causa, nos termos definidos na lei e nos presentes estatutos.

    Artigo 2.

    Valores

    1 A Universidade do Porto proporciona condies para o exerc-cio da liberdade de criao cientfica, cultural, artstica e tecnolgica, assegura a pluralidade e livre expresso de orientaes e opinies e promove a participao de todos os corpos universitrios na vida aca-dmica comum.

    2 A Universidade do Porto pauta a sua actuao por elevados padres ticos.

    3 A Universidade do Porto cultiva o rigor, a transparncia e a qualidade, preocupando -se de modo particular com o reconhecimento do mrito.

    4 A Universidade do Porto assegura igualdade de acesso e trata-mento, independentemente de questes de gnero e de ordem social, poltica, tnica ou religiosa.

    5 A Universidade do Porto obriga -se, nos termos da lei, a eliminar todos os factores que constituam desvantagens vivncia, dentro da Universidade, dos cidados portadores de deficincias.

    6 A Universidade do Porto preocupa -se com a realizao pessoal de todos os que a integram.

    7 A Universidade do Porto promove a inovao, propiciando um ambiente estimulador da criatividade e de uma atitude empreendedora dos seus membros.

    8 A Universidade do Porto pugna por um desenvolvimento am-biental, econmico e social sustentvel.

    Artigo 3.Natureza jurdica e participao noutras organizaes

    1 A Universidade do Porto uma fundao pblica de direito pri-vado, que goza de autonomia estatutria, pedaggica, cientfica, cultural, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar.

    2 No mbito das suas actividades, a Universidade do Porto pode realizar aces comuns com outras entidades, pblicas, privadas ou cooperativas, nacionais ou estrangeiras.

    3 A Universidade do Porto pode criar ou participar em associaes ou sociedades, com ou sem fins lucrativos, desde que as suas actividades sejam compatveis com a sua misso.

    Artigo 4.Autonomia estatutria

    1 A autonomia estatutria confere Universidade do Porto a capaci-dade para elaborar estatutos prprios que, no respeito pela lei, enunciam a sua misso, os seus objectivos pedaggicos e cientficos, concretizam a sua autonomia e definem a sua estrutura orgnica.

    2 Os estatutos da Universidade do Porto podem ser revistos:a) Quatro anos aps a data de publicao da ltima reviso;b) Em qualquer momento, por deciso de dois teros dos membros

    do conselho geral em exerccio efectivo de funes.

    3 A alterao dos estatutos carece de aprovao por maioria de dois teros dos membros do conselho geral.

    4 Podem propor alteraes aos estatutos:a) O reitor;b) Qualquer membro do conselho geral.

    Artigo 5.Autonomia cultural

    No mbito da sua autonomia cultural, a Universidade do Porto tem a capacidade para definir o seu programa de formao e de iniciativas culturais.

    Artigo 6.Autonomia cientfica

    A autonomia cientfica confere Universidade do Porto a capacidade para definir, programar e executar a investigao e demais actividades cientficas, sem prejuzo dos critrios e procedimentos de financiamento pblico da investigao.

    Artigo 7.Autonomia pedaggica

    1 No exerccio da sua autonomia pedaggica, e em harmonia com o planeamento das polticas nacionais de educao, cincia e cultura, a Universidade do Porto goza da faculdade de criar, suspender e extinguir ciclos de estudos conferentes de graus acadmicos.

    2 A Universidade do Porto tem autonomia para elaborar os planos de estudo, definir o objecto das unidades curriculares, de-finir os mtodos de ensino e aprendizagem, afectar os recursos e escolher os processos de avaliao de conhecimentos, gozando os professores e estudantes de liberdade intelectual nos processos de ensino e de aprendizagem.

    Artigo 8.Autonomia patrimonial

    1 No mbito da autonomia patrimonial, a Universidade do Porto dispe do seu patrimnio sem outras limitaes alm das estabelecidas na lei e nos seus estatutos.

    2 O patrimnio da Universidade do Porto constitudo pelos bens, mveis e imveis, direitos e obrigaes de contedo econmico, submetidos ao comrcio jurdico privado, afectos realizao dos seus fins, incluindo os que lhe tenham sido cedidos pelo Estado ou por ou-tras entidades pblicas ou privadas ou que lhe estejam a qualquer ttulo afectos para a prossecuo, directa ou indirecta, das suas atribuies e competncias.

    3 Integram ainda o patrimnio imobilirio da Universidade do Porto, os imveis por si adquiridos ou construdos, mesmo que em terrenos pertencentes ao Estado aps a entrada em vigor, conforme o caso, da Lei n. 108/88, de 24 de Setembro e da Lei n. 54/90, de 5 de Setembro.

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009 19106-(13)

    4 No mbito da autonomia patrimonial, a Universidade do Porto pode adquirir e arrendar, nos termos da lei, terrenos ou edifcios indis-pensveis ao seu funcionamento.

    Artigo 9.Autonomia administrativa

    No mbito da sua autonomia administrativa a Universidade do Porto pode, nos casos previstos na lei e nos estatutos:

    a) Emitir regulamentos;b) Praticar actos administrativos;c) Celebrar contratos administrativos.

    Artigo 10.Autonomia de gesto

    No mbito da sua autonomia de gesto, a Universidade do Porto gere livremente os seus recursos financeiros conforme critrios por si estabelecidos, incluindo as verbas anuais que lhe so atribudas no oramento do estado, tendo capacidade para:

    a) Elaborar planos plurianuais;b) Elaborar e executar os seus oramentos;c) Liquidar e cobrar receitas prprias;d) Autorizar despesas e efectuar pagamentos.

    Artigo 11.Autonomia disciplinar

    1 A Universidade do Porto dispe do poder de punir, nos termos da lei, dos seus estatutos e regulamentos, as infraces disciplinares praticadas por docentes, investigadores e demais funcionrios e agentes, bem como pelos estudantes.

    2 Das penas aplicadas ao abrigo da autonomia disciplinar haver sempre direito de recurso, nos termos da lei.

    CAPTULO II

    Modelo organizativo

    Artigo 12.Estrutura geral

    1 A organizao da Universidade do Porto consta de regulamento orgnico prprio, aprovado pelo conselho geral, sob proposta do reitor.

    2 O regulamento orgnico pode ser alterado sempre que seja con-siderado conveniente.

    3 Na organizao da Universidade do Porto devero ser utilizados como blocos constitutivos as seguintes entidades:

    a) Reitoria;b) Unidade orgnica;c) Subunidade orgnica;d) Agrupamento de unidades orgnicas;e) Servios autnomos.

    Artigo 13.Reitoria

    1 A reitoria o ncleo central da organizao da Universidade do Porto

    2 A reitoria deve integrar todos os rgos de governo central, constantes do captulo III, devendo ser dotada dos recursos humanos adequados.

    Artigo 14.Unidade orgnica

    1 Unidade orgnica a entidade do modelo organizativo, dotada de pessoal prprio, que pode ser dotada de personalidade tributria e que tem uma relao hierrquica directa com o governo central da Universidade do Porto.

    2 Quanto ao modelo de governo, podem constituir -se dois tipos de unidade orgnica:

    a) Unidade orgnica com rgos de autogoverno, quando a sua es-trutura organizativa inclui:

    i) Um rgo colegial representativo com funes de ordem estratgica e de superviso;

    ii) Um director eleito/demitido pelo rgo colegial representativo, que responde perante esse rgo colegial;

    iii) Uma relao hierrquica entre o governo prprio e o governo central garantindo a concertao de estratgias, a prestao de contas, e a interveno do governo central em caso de degradao do funcio-namento;

    iv) Outros rgos de gesto;v) Capacidade para elaborar e aprovar estatutos prprios, embora

    sujeitos a homologao pelo reitor;

    b) Unidade orgnica sem rgos de autogoverno, quando a sua es-trutura organizativa inclui:

    i) Um director nomeado e exonerado pelo reitor;ii) Uma relao hierrquica entre o governo central e a entidade

    assegurada pelo processo de nomeao/exonerao;iii) Outros rgos de gesto;iv) Ausncia de capacidade para elaborar estatutos prprios.

    3 A criao de uma unidade orgnica da Universidade do Porto depende, entre outros a definir pelo conselho geral, da satisfao dos seguintes critrios:

    a) A prossecuo de objectivos estratgicos de natureza cientfica ou de formao, de grande relevncia para a misso da Universidade do Porto e suficientemente diferenciados para no poderem ser levados a cabo no seio de unidades orgnicas j existentes;

    b) A existncia de condies para integrar um corpo especializado, prprio e diferenciado, com dimenso crtica e comparvel das restantes unidades orgnicas da Universidade do Porto;

    c) A prossecuo dos seus objectivos com eficincia de gesto e sem duplicaes ou perca de eficcia no conjunto da Universidade do Porto.

    Artigo 15.Subunidades orgnicas

    A estrutura organizativa das unidades orgnicas pode incluir subu-nidades orgnicas com rgos de gesto simplificados que reportaro hierarquicamente aos rgos de gesto da unidade orgnica em que se integram.

    Artigo 16.Agrupamento de unidades orgnicas

    1 As unidades orgnicas podero agregar -se em agrupamentos com fins especficos, nomeadamente:

    a) Agrupamentos de ndole estratgica que promovam e incentivem a interdisciplinaridade nas actividades de formao e de investigao e desenvolvimento, bem como, eventualmente, a partilha de recursos e de servios tendo em vista aumentar a eficcia e a eficincia da gesto dos mesmos, podendo ser dotados das autonomias que se entenda adequadas ao cumprimento da misso que lhes esteja atribuda.

    b) Agrupamentos exclusivamente para a partilha de recursos e de servios tendo em vista uma maior eficcia e eficincia da gesto dos mesmos.

    2 Estes agrupamentos, agrupamento estratgico e agrupamento de recursos e servios, sero criados pelo conselho geral, sob proposta do reitor, por sua iniciativa ou a pedido das unidades orgnicas interessa-das, sempre com o acordo expresso das unidades orgnicas envolvidas. Regem -se por regulamentos ou estatutos prprios, os quais estabelecero a sua organizao e modo de funcionamento. A sua aprovao depende das autonomias que lhe forem concedidas, cabendo ao conselho geral da Universidade do Porto no caso de no lhes ser atribuda autonomia estatutria.

    Artigo 17.Servios autnomos

    Servio autnomo a entidade vocacionada para assegurar funes a exercer a nvel central que goza de autonomia administrativa e financeira e depende do governo central da Universidade do Porto

    Artigo 18.Autonomia de gesto das unidades orgnicas

    1 As unidades orgnicas podem ser dotadas de qualquer uma ou ambas das seguintes autonomias:

    a) Autonomia administrativa, pela qual podem praticar actos admi-nistrativos definitivos, incluindo a capacidade de autorizar despesas,

  • 19106-(14) Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009

    emitir regulamentos e celebrar todos os contratos necessrios sua gesto corrente, nomeadamente contratos e protocolos para a execuo de projectos de investigao e desenvolvimento e para a prestao de servios, contratos de aquisio de bens e servios, contratos de pessoal e de concesso de bolsas;

    b) Autonomia financeira, pela qual podem, nos termos da lei e dos estatutos da Universidade do Porto, gerir livremente os seus recursos financeiros, provenientes do oramento do estado e receitas prprias, conforme critrios por si estabelecidos. O mbito da autonomia finan-ceira atribuda s unidades orgnicas pode incluir as seguintes com-petncias:

    i) Elaborar propostas dos seus planos plurianuais;ii) Elaborar propostas dos seus oramentos;iii) Executar os oramentos aprovados pelo conselho geral;iv) Liquidar e cobrar as receitas prprias;v) Autorizar despesas e efectuar pagamentos;vi) Proceder s necessrias propostas de alteraes oramentais, su-

    jeitas aprovao do conselho de gesto da Universidade.

    2 As unidades orgnicas dotadas de autonomia financeira ficam sujeitas fiscalizao do rgo de fiscalizao financeira da Univer-sidade do Porto

    Artigo 19.Tipos de unidades orgnicas a considerar na

    organizao da Universidade do PortoNa organizao da Universidade do Porto podem existir trs tipos

    de unidades orgnicas:a) Unidade orgnica de ensino e investigao, designada Faculdade /Ins-

    tituto / Escola, possuidora ou no de autogoverno, com autonomia cientfica e pedaggica, podendo ser dotada ou no de autonomias administrativa e financeira.

    b) Unidade orgnica de investigao, designada instituto de inves-tigao, possuidora ou no de autogoverno, com autonomia cientfica, podendo ser dotada ou no de autonomias administrativa e financeira.

    c) Escola doutoral, sem autogoverno, com autonomia cientfica, po-dendo ser dotada ou no de autonomias administrativa e financeira.

    Artigo 20.Tipos de servios autnomos

    Na Universidade do Porto so criados dois servios autnomos, do-tados de autonomias administrativa e financeira:

    a) Os servios de aco social escolar vocacionados para assegurar as funes da aco social escolar previstas na lei

    b) O centro de recursos e servios comuns que poder assegurar as funes dos agrupamentos de unidades orgnicas para a partilha de recursos e servios considerados no artigo 16..

    Artigo 21.Outras entidades

    1 A Universidade do Porto pode criar livremente, por si ou em conjunto com outras entidades, pblicas ou privadas, ou fazer parte de entidades subsidirias de direito privado, como fundaes, associaes e sociedades, destinadas a coadjuv -la no estrito desempenho da sua misso.

    2 A Universidade do Porto pode estabelecer consrcios com outras instituies de ensino superior pblicas e com instituies pblicas ou privadas de ensino e de investigao e desenvolvimento para efeitos de coordenao da oferta formativa e dos recursos humanos e materiais.

    3 A criao pela Universidade do Porto ou a sua participao nas entidades referidas nos nmeros anteriores carece de autorizao do Conselho Geral, sob proposta do Reitor.

    CAPTULO III

    rgos da Universidade

    Artigo 22.rgos da Universidade

    1 So rgos de governo da Universidade do Porto:a) Conselho geral;b) Reitor;c) Conselho de gesto.

    2 So, ainda, rgos da Universidade do Porto, o senado e o pro-vedor do estudante.

    SECO I

    Conselho Geral

    Artigo 23.Composio do Conselho Geral

    1 O Conselho Geral da Universidade do Porto composto por vinte e trs membros, assim distribudos:

    a) Doze representantes dos professores e investigadores;b) Quatro representantes dos estudantes;c) Um representante do pessoal no docente e no investigador;d) Seis personalidades externas de reconhecido mrito, no per-

    tencentes Universidade do Porto, com conhecimentos e experincia relevantes para esta.

    2 Os membros a que se refere a alnea a) do nmero anterior so eleitos pelo conjunto dos professores e investigadores da Universidade do Porto nos termos do artigo 24.

    3 Os membros a que se refere a alnea b) do n. 1 so eleitos pelo conjunto dos estudantes da Universidade do Porto nos termos do artigo 25.

    4 Os membros a que se refere a alnea c) do n. 1 so eleitos pelo pessoal no docente e no investigador da Universidade do Porto nos termos do artigo 26.

    5 Os membros a que se refere a alnea d) do n. 1 so cooptados pelo conjunto dos membros referidos nas alneas a), b) e c) nos termos do artigo 27.

    6 As eleies referidas nos nmeros 2,3 e 4, bem como a cooptao referida no nmero anterior, so efectuadas de acordo com regulamento prprio aprovado pelo Conselho Geral.

    7 O Conselho Geral tem um presidente eleito, por maioria ab-soluta, de entre os membros a que se refere a alnea d) do nmero 1 deste artigo.

    8 Os membros do Conselho Geral no representam grupos nem in-teresses sectoriais e so independentes no exerccio das suas funes.

    Artigo 24.Eleio dos membros representantes dos

    professores e investigadores1 A eleio dos representantes dos professores e investigadores

    ser por sufrgio directo e universal e pelo mtodo de Hondt, em listas completas e abertas cuja composio dever traduzir a diversidade de reas que compem a Universidade do Porto.

    2 Cada lista dever possuir doze membros efectivos e um nmero igual de membros suplentes.

    Artigo 25.Eleio dos membros representantes dos estudantes

    1 A eleio dos representantes dos estudantes ser por sufrgio directo e universal e pelo mtodo de Hondt, em listas completas e abertas, cuja composio dever traduzir a diversidade de reas que compem a Universidade do Porto.

    2 Cada lista dever possuir quatro membros efectivos e um nmero igual de membros suplentes.

    Artigo 26.Eleio do membro representante do pessoal

    no docente e no investigador1 A eleio do representante do pessoal no docente e no investi-

    gador ser por sufrgio directo e universal em listas completas.2 Cada lista dever possuir um membro efectivo e um membro

    suplente.

    Artigo 27.Cooptao das personalidades externas

    1 A cooptao das personalidades externas ocorrer em sesso expressamente convocada para o efeito, pelo presidente do conselho geral cessante, com uma antecedncia mnima de cinco dias teis.

    2 As candidaturas so apresentadas em listas uninominais com base em propostas fundamentadas subscritas por, pelo menos, um tero dos membros eleitos do conselho geral.

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009 19106-(15)

    3 A votao nas listas referidas no nmero anterior decorrer por voto secreto, sendo cooptadas as personalidades mais votadas de entre as que obtiverem uma votao correspondente a, pelo menos, maioria absoluta dos membros eleitos do conselho geral.

    Artigo 28.Mandatos

    1 O mandato dos membros eleitos ou designados de quatro anos, excepto no caso dos estudantes em que de dois anos.

    2 Os membros eleitos ou designados no podem ser destitudos, salvo pelo prprio conselho geral, por maioria absoluta dos seus mem-bros, em caso de falta grave, nos termos de regulamento do prprio rgo.

    3 Os processos eleitorais para a constituio de novo conselho geral devem ter lugar em tempo oportuno para que as tomadas de posse deles decorrentes ocorram at 30 dias aps o termo fixado para os anteriores mandatos.

    4 Perdem o mandato os membros que no cumpram as regras estabelecidas no regulamento do conselho geral, sendo substitudos nos termos nele definidos.

    Artigo 29.Regulamento

    O conselho geral da Universidade funcionar de acordo com regula-mento prprio, aprovado por maioria absoluta dos seus membros.

    Artigo 30.Competncias do conselho geral

    1 Compete ao conselho geral:a) Eleger o seu presidente, por maioria absoluta dos votos validamente

    expressos, de entre os seus membros externos;b) Propor ao governo o elenco de curadores da Universidade do

    Porto, ouvido o reitor;c) Aprovar o seu regulamento;d) Pronunciar -se sobre as alteraes aos estatutos aprovados pelo

    n. 1 do artigo 3. do Decreto -Lei n. 96/2009, de 27 de Abril, e aprovar as alteraes aos presentes estatutos nos termos dos nmeros 2 a 4 do artigo 4.;

    e) Organizar o procedimento de eleio e eleger o reitor, nos termos da lei, destes estatutos e de regulamento prprio;

    f) Apreciar os actos do reitor e do conselho de gesto;g) Nomear o gabinete de provedoria da Universidade, que incluir

    o provedor do estudante, e aprovar o respectivo regulamento de fun-cionamento;

    h) Propor as iniciativas que considere necessrias ao bom funciona-mento da instituio.

    2 Compete ao conselho geral, sob proposta do reitor:a) Aprovar os planos estratgicos de mdio prazo e o plano de aco

    para o quadrinio do mandato do reitor;b) Aprovar as linhas gerais de orientao da instituio no plano

    cientfico, pedaggico, financeiro e patrimonial;c) Aprovar os planos estratgicos submetidos pelas unidades orgni-

    cas; d) Aprovar o plano e o relatrio de actividades anuais consolidados da Universidade do Porto;

    e) Aprovar o oramento anual consolidado;f) Aprovar as contas anuais consolidadas, acompanhadas do parecer

    do fiscal nico;g) Criar, transformar ou extinguir unidades orgnicas;h) Reconhecer a situao de crise de uma unidade orgnica que no

    possa ser superada no quadro da sua autonomia;i) Na sequncia do reconhecimento constante da alnea anterior, no

    caso de uma unidade orgnica com autogoverno dissolver o rgo co-legial ou retirar a capacidade de autogoverno, nos outros casos iniciar um processo de transformao ou extino;

    j) Aprovar os estatutos das unidades orgnicas sem rgos de auto-governo;

    k) Fixar as propinas devidas pelos estudantes;l) Propor ao conselho de curadores a aquisio ou alienao de patri-

    mnio imobilirio da Universidade do Porto, bem como as operaes de crdito;

    m) Autorizar a criao ou a participao da Universidade do Porto nas entidades referidas no artigo 21.;

    n) Pronunciar -se sobre os restantes assuntos que lhe forem apresen-tados pelo reitor;

    o) Aprovar os mecanismos de auto -avaliao regular do desempenho da Universidade do Porto.

    3 As deliberaes a que se referem as alneas a) a d) e g) e f) do nmero 2 so obrigatoriamente precedidas pela apreciao de um parecer, a elaborar e aprovar pelos membros externos a que se refere a alnea d) do nmero 1 do artigo 23.

    4 As deliberaes do conselho geral so tomadas por maioria simples, excepto nas situaes constantes das alneas g), h) e i) do n. 2 deste artigo que exigem aprovao por maioria absoluta dos membros do conselho geral, e ressalvados outros casos em que a lei requeira maioria absoluta ou outra mais exigente.

    5 As deliberaes do conselho geral a que se referem as alneas a), b), d) e) e f) do n. 2 esto sujeitas, nos termos da alnea d) do nmero 2 do artigo 133. da Lei n. 62/2007, de 10 de Setembro, a homologao do conselho de curadores.

    6 Em todas as matrias da sua competncia, o conselho geral pode solicitar pareceres a outros rgos da Universidade do Porto ou das suas unidades orgnicas, nomeadamente aos rgos de natureza consultiva, se existirem.

    7 No so permitidas abstenes nas votaes do conselho ge-ral.

    Artigo 31.Competncias do presidente do conselho geral

    1 Compete ao presidente do conselho geral:a) Convocar e presidir s reunies;b) Declarar ou verificar as vagas no conselho geral e proceder s

    substituies devidas nos termos do nmero 2 do artigo 26.;c) Propor aprovao do conselho geral o regulamento de funciona-

    mento, o regulamento para eleio e cooptao dos membros do conselho geral e o regulamento para eleio do reitor.

    2 O presidente do conselho geral no interfere no exerccio das competncias dos demais rgos da Universidade do Porto, no lhe cabendo represent -la nem pronunciar -se em seu nome.

    Artigo 32.Reunies do conselho geral

    1 O conselho geral rene ordinariamente quatro vezes por ano, alm das reunies extraordinrias convocadas pelo seu presidente, por sua iniciativa, a pedido do reitor, ou ainda de um tero dos seus membros.

    2 Por deciso e a convite do conselho geral, podem participar nas reunies, sem direito a voto:

    a) Os directores das unidades orgnicas e dos servios autnomos;b) Personalidades convidadas para se pronunciarem sobre assuntos

    da sua especialidade.

    3 O reitor participa nas reunies do conselho geral, sem direito a voto.

    SECO IIReitor

    Artigo 33.Funes do reitor

    1 O reitor o rgo superior de governo e de representao externa da Universidade do Porto.

    2 O reitor o rgo de conduo da poltica da Universidade do Porto e preside ao conselho de gesto e ao senado.

    Artigo 34.Eleio

    1 O reitor eleito pelo conselho geral, em escrutnio secreto, de entre professores ou investigadores da Universidade do Porto ou de outras instituies, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitrio ou de investigao.

    2 A deliberao do conselho geral que designa ou destitui o reitor da Universidade do Porto est sujeita homologao do conselho de curadores da Universidade do Porto.

    3 No pode ser eleito reitor:a) Quem se encontre na situao de aposentado;b) Quem tenha sido condenado por infraco disciplinar, financeira

    ou penal no exerccio de funes pblicas ou profissionais, nos quatro anos subsequentes ao cumprimento da pena;

    c) Quem incorra em outras inelegibilidades previstas na lei.

  • 19106-(16) Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009

    4 O processo eleitoral ter incio sessenta dias antes de concludo o mandato do reitor cessante, com o anncio pblico da abertura de candidaturas, decorrendo de acordo com regulamento prprio aprovado pelo conselho geral.

    5 Os candidatos devero, no prazo de 30 dias aps a abertura de candidaturas, apresentar ao conselho geral a sua candidatura e respec-tivo programa.

    6 O processo eleitoral incluir a audio pblica dos candidatos, com apresentao e discusso dos respectivos programas.

    7 A reunio do conselho geral para eleio do reitor exige um qurum de pelo menos dois teros dos seus membros.

    8 Ser eleito reitor o candidato que obtenha o voto de mais de metade dos membros presentes

    9 Se nenhum dos candidatos obtiver esse nmero de votos, proceder--se - a segundo sufrgio entre os dois candidatos mais votados, sendo eleito o que obtiver mais de metade dos votos dos membros presentes.

    10 No caso do segundo sufrgio no ser conclusivo, proceder -se - a uma terceira volta, sendo eleito o que obtiver maior nmero de votos dos membros presentes.

    11 Ocorrida a eleio, o conselho geral comunicar, no prazo de cinco dias, o resultado do acto eleitoral ao membro do governo com tutela sobre as universidades para homologao da eleio do reitor.

    12 O novo reitor toma posse perante o conselho geral.13 No caso de no haver candidaturas ou de no ter sido eleito

    nenhum dos candidatos nos termos dos nmeros 6 a 9 deste artigo, ser aberto novo processo eleitoral que decorrer nos mesmos termos dos pontos anteriores.

    Artigo 35.Durao do mandato

    1 O mandato do reitor tem a durao de quatro anos, podendo ser reeleito.

    2 Os mandatos consecutivos do reitor no podem exceder oito anos.

    3 Em caso de cessao antecipada do mandato, o novo reitor inicia novo mandato.

    Artigo 36.Suspenso e destituio do reitor

    1 Em situao de gravidade para a vida da instituio, o conselho geral convocado pelo presidente ou por um tero dos seus membros pode deliberar, por maioria de dois teros dos seus membros, a suspenso do reitor e, aps o devido procedimento administrativo, por idntica maioria, a sua destituio.

    2 As decises de suspender ou de destituir o reitor s podem ser votadas em reunies especificamente convocadas para o efeito.

    Artigo 37.Substituio do reitor

    1 Quando se verifique a incapacidade temporria do reitor, assume as suas funes o vice -reitor por ele designado, ou, na falta de indicao, o vice -reitor mais antigo.

    2 Caso a situao de incapacidade se prolongue por mais de no-venta dias, o conselho geral deve pronunciar -se acerca da convenincia da eleio de um novo reitor.

    3 Em caso de vacatura, de renncia ou de incapacidade permanente do reitor, deve o conselho geral determinar a abertura do procedimento de eleio de um novo reitor no prazo mximo de oito dias.

    4 Durante a vacatura do cargo de reitor, bem como no caso de suspenso nos termos do artigo anterior, ser aquele exercido interina-mente pelo vice -reitor escolhido pelo conselho geral ou, na falta dele, pelo decano da Universidade do Porto.

    Artigo 38.Vice -reitores e pr -reitores

    1 O reitor coadjuvado por vice -reitores, por ele escolhidos e livremente nomeados de entre os professores e dos investigadores dou-torados da Universidade, ou de individualidades externas Universidade do Porto.

    2 O reitor pode ainda ser coadjuvado por pr -reitores, por ele escolhidos e nomeados de entre os professores e dos investigadores doutorados da Universidade, ou de individualidades externas Uni-versidade do Porto.

    3 Os vice -reitores e os pr -reitores podem ser exonerados a todo o tempo pelo reitor, deixando de exercer funes logo que cesse o mandato do reitor.

    Artigo 39.Dedicao exclusiva e dispensa de servio

    1 O cargo de reitor e de vice -reitor exercido em regime de de-dicao exclusiva.

    2 Quando for docente ou investigador da Universidade do Porto, o reitor e os vice -reitores ficam dispensados da prestao de servio docente ou de investigao, sem prejuzo de, por sua iniciativa, o po-derem prestar.

    3 Os pr -reitores, no caso de pertencerem Universidade do Porto, podem ser dispensados, total ou parcialmente, pelo reitor, da prestao de servio docente ou de investigao.

    Artigo 40.Competncias do reitor

    1 O reitor dirige e representa a Universidade do Porto, incumbindo--lhe, designadamente:

    a) Elaborar e apresentar ao conselho geral as propostas de:i) Plano estratgico de mdio prazo e plano de aco para o quadrinio

    do seu mandato;ii) Linhas gerais de orientao da instituio no plano cientfico e

    pedaggico;iii) Plano e oramento anuais de actividades consolidados;iv) Relatrio e contas anuais consolidados, acompanhados do parecer

    do fiscal nico;v) Aquisio ou alienao de patrimnio imobilirio da Universidade

    do Porto e de operaes de crdito;vi) Criao, transformao ou extino de unidades orgnicas, ouvido

    o senado;vii) Reconhecimento de crise de uma unidade orgnica que no possa

    ser superada no mbito da respectiva autonomia, ouvido o rgo repre-sentativo da mesma;

    viii) Estatutos para as unidades orgnicas sem rgos de autogo-verno;

    ix) Propinas devidas pelos estudantes;x) Criao ou a participao da Universidade do Porto nas entidades

    referidas no artigo 21.;

    b) Aprovar a criao, alterao, suspenso e extino de cursos, ou-vido o senado;

    c) Aprovar os valores mximos de novas admisses e de inscries nos termos legais;

    d) Superintender na gesto acadmica, decidindo, designadamente, quanto abertura de concursos, nomeao e contratao de recursos humanos, a qualquer ttulo, designao dos jris de concursos e de provas acadmicas e ao sistema e regulamento de avaliao de docentes e discentes;

    e) Orientar e superintender na gesto administrativa e financeira da Universidade do Porto, assegurando a eficincia no emprego dos seus meios e recursos;

    f) Atribuir apoios aos estudantes no quadro da aco social escolar, nos termos da lei;

    g) Aprovar a concesso de ttulos ou distines honorficas, ouvido o senado;

    h) Instituir prmios escolares, ouvido o senado;i) Homologar os estatutos das unidades orgnicas com rgos de

    autogoverno aps verificao da sua legalidade e da sua conformidade com os estatutos e regulamentos da Universidade do Porto;

    j) Homologar as eleies e designaes dos membros dos rgos de gesto das unidades orgnicas com rgos de autogoverno, s o podendo recusar com base em ilegalidade, e dar -lhes posse;

    k) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, os dirigentes das unidades orgnicas sem rgos de autogoverno;

    l) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, o adminis-trador, bem como os dirigentes dos servios da Universidade do Porto, com excepo dos pertencentes s unidades orgnicas com rgos de autogoverno;

    m) Exercer o poder disciplinar, em conformidade com a lei, ouvindo o senado no que se refere aplicao de penas graves;

    n) Assegurar o cumprimento das deliberaes tomadas pelos rgos colegiais da Universidade;

    o) Aprovar o regulamento disciplinar dos estudantes e os demais regulamentos previstos na lei e nos estatutos, sem prejuzo do poder regulamentar das unidades orgnicas no mbito das competncias pr-prias dos seus rgos;

    p) Velar pela observncia das leis, dos estatutos e dos regulamen-tos;

    q) Propor as iniciativas que considere necessrias ao bom funciona-mento da Universidade;

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009 19106-(17)

    r) Desempenhar as demais funes previstas na lei e nestes estatutos;s) Comunicar tutela todos os dados necessrios ao exerccio desta,

    designadamente os planos e oramentos e os relatrios de actividades e contas;

    t) Tomar as medidas necessrias garantia da qualidade das activida-des da Universidade do Porto e das suas unidades orgnicas;

    u) Representar a Universidade do Porto em juzo ou fora dele.v) Propor ao conselho geral os mecanismos de auto -avaliao regular

    do desempenho da Universidade do Porto.

    2 Cabem ainda ao reitor todas as competncias que, por lei ou pelos estatutos, no sejam atribudas a outras entidades da Universidade.

    3 O reitor pode delegar nos vice -reitores, pr -reitores, adminis-trador e outros dirigentes as competncias que considerar adequadas a uma gesto mais eficiente.

    4 O reitor pode delegar nos rgos de gesto das unidades orgni-cas, ou nos seus directores, as competncias que se tornem necessrias a uma gesto mais eficiente, com excepo das enumeradas nas alneas a), b), c), g), h), i), j), k), n), e t).

    5 O reitor pode delegar a presidncia dos jris de provas acadmi-cas que lhe sejam cometidas, a qual dever recair no director com poderes de subdelegao num professor catedrtico de nomeao definitiva da unidade orgnica.

    SECO III

    Senado

    Artigo 41.Funo do senado

    O senado um rgo de consulta que tem por misso assegurar a coeso da Universidade do Porto e a participao de todas as unidades orgnicas na sua gesto.

    Artigo 42.Composio do senado

    1 So membros do senado, por inerncia:a) O reitor, que preside com voto de qualidade;b) Um vice -reitor designado pelo reitor;c) Os directores das unidades orgnicas ou em quem deleguem;d) Os directores dos servios autnomos.

    2 So ainda membros do senado, por eleio;a) Cinco representantes dos docentes e investigadores das unidades

    orgnicas;b) Cinco representantes das unidades de investigao avaliadas com

    excelente ou muito bom cuja entidade de acolhimento seja a Universi-dade do Porto, uma sua unidade orgnica ou um instituto de investigao e desenvolvimento em que participe a Universidade do Porto;

    c) Cinco representantes dos estudantes;d) Dois representantes do pessoal no docente e no investigador.

    3 Os representantes dos docentes e investigadores das unidades orgnicas so eleitos por um colgio eleitoral constitudo por docentes e investigadores que integram os conselhos pedaggicos das unidades orgnicas de ensino e investigao, um por unidade orgnica.

    4 O colgio eleitoral para a eleio dos membros indicados na alnea b) do nmero 2 deste artigo constitudo por um representante de cada uma das unidades referidas, detendo cada um deles um voto por cada dez investigadores doutorados, com contratos de pelo menos trs anos, integrados na unidade de investigao e desenvolvimento que representa.

    5 Os representantes dos estudantes so eleitos por um colgio eleitoral constitudo por estudantes que integram os conselhos pedag-gicos das unidades orgnicas de ensino e investigao, um por unidade orgnica.

    6 Os representantes do pessoal no docente e no investigador so eleitos pelo respectivo corpo.

    7 O senado funciona em plenrio e em comisses ad -hoc que este constitua, conforme previsto no seu regulamento.

    Artigo 43.Eleio dos membros do senado

    A eleio dos membros do senado referidos no nmero 2 do artigo an-terior realiza -se segundo regulamento prprio, aprovado pelo reitor, respeitando o estabelecido nos pontos 3, 4, 5 e 6 do mesmo artigo.

    Artigo 44.Competncias do senado

    Compete ao senado:a) Pronunciar -se sobre as propostas de criao, transformao ou

    extino de unidades orgnicas;b) Pronunciar -se sobre o plano estratgico da Universidade, em parti-

    cular no que diz respeito s polticas de investigao e formao;c) Pronunciar -se sobre os relatrios e planos anuais de actividades

    consolidados;d) Pronunciar -se sobre os resultados dos processos de avaliao;e) Pronunciar -se sobre a criao, alterao, suspenso e extino de

    cursos;f) Dar parecer sobre a concesso de ttulos ou distines honorfi-

    cas;g) Dar parecer sobre a instituio de prmios escolares;h) Dar parecer sobre as questes disciplinares que impliquem penas

    de suspenso superiores a trs meses ou a interdio da frequncia da Universidade do Porto;

    i) Dar parecer sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo rei-tor.

    Artigo 45.Mandatos dos membros eleitos do senado

    Os mandatos dos membros eleitos do senado so de quatro anos, excepto os dos estudantes cuja durao de dois anos.

    SECO IV

    Conselho de gesto

    Artigo 46.Composio do conselho de gesto

    1 O conselho de gesto nomeado e exonerado pelo conselho de curadores da Universidade do Porto, sob proposta do reitor, tendo a seguinte composio:

    a) Reitor, que preside;b) Dois vice -reitores;c) O administrador.

    2 Pode ser convocado para participar, sem direito a voto, nas reu-nies do conselho de gesto quem este considerar pertinente.

    Artigo 47.Competncias do conselho de gesto

    1 O conselho de gesto conduz a gesto administrativa, patrimonial e financeira, bem como a gesto dos recursos humanos da Universidade do Porto.

    2 Compete ao conselho de gesto:a) Preparar o oramento anual consolidado a submeter pelo reitor ao

    conselho geral e assegurar a respectiva execuo;b) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar a realizao de despesas

    e pagamentos;c) Elaborar a conta de gerncia consolidada para aprovao pelo

    conselho geral;d) Fazer propostas e colaborar na gesto do patrimnio;e) Decidir sobre a aceitao de doaes, heranas ou legados;f) Assegurar as condies necessrias ao exerccio do controlo finan-

    ceiro e oramental pelas entidades legalmente competentes;g) Fixar as taxas e emolumentos a praticar na Universidade do

    Porto;h) Gerir os recursos humanos da Universidade do Porto;i) Promover auditorias externas, pelo menos, de dois em dois anos,

    reportando -se uma primeira metade do mandato do reitor e a segunda precedendo em trs meses o final do mandato correspondente;

    j) Aprovar a remunerao do fiscal nico, sob proposta do reitor.

    3 O conselho de gesto pode delegar nos directores das unidades orgnicas e dos servios autnomos e nos dirigentes dos servios as competncias consideradas necessrias a uma gesto mais eficiente.

    Artigo 48.Mandato do conselho de gesto

    Os mandatos dos membros do conselho de gesto coincidem com o do reitor.

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    Artigo 49.Funcionamento do conselho de gesto

    1 O conselho de gesto rene ordinariamente uma vez por ms e extraordinariamente sempre que o presidente o convoque, por sua iniciativa ou a solicitao da maioria dos seus membros.

    2 O conselho de gesto s pode deliberar estando presente a maioria dos seus membros.

    3 As deliberaes so tomadas por maioria dos votos expressos, no sendo permitidas abstenes.

    4 A acta de cada reunio deve ser aprovada e assinada por todos os membros presentes, mas os membros discordantes do teor da acta podero nela exarar as respectivas declaraes de voto.

    Artigo 50.Responsabilidade dos membros do conselho de gesto

    1 Os membros do conselho de gesto so solidariamente respon-sveis pelos actos praticados no exerccio das suas funes.

    2 So isentos de responsabilidade os membros que, tendo estado presentes na reunio, manifestem o seu desacordo em declarao regis-tada na respectiva acta, bem como os membros ausentes que tenham declarado por escrito o seu desacordo, que igualmente ser registado na acta, salvo casos de fora maior devidamente justificados.

    SECO V

    Administrador da Universidade

    Artigo 51.Administrador

    1 A Universidade do Porto tem um administrador, escolhido entre pessoas com saber e experincia na rea da gesto, com competncia para a gesto corrente da instituio e a coordenao dos seus servios, sob direco do reitor.

    2 O administrador livremente nomeado e exonerado pelo rei-tor

    3 A durao mxima do exerccio de funes como administrador no pode exceder dez anos.

    4 O administrador tem as seguintes competncias:a) Supervisionar o funcionamento dos servios econmico -financeiros

    e de gesto de recursos humanos da Universidade, sem prejuzo da au-tonomia administrativa e financeira das unidades orgnicas e servios autnomos que a possuam;

    b) Assessorar o reitor para os assuntos da gesto corrente da Uni-versidade;

    c) As que lhe forem delegadas pelo reitor.

    CAPTULO IV

    Ensino e aprendizagem

    Artigo 52.Cursos

    1 A Universidade do Porto oferece cursos, conferentes ou no de grau, conforme explicitado em regulamento prprio.

    2 Os graus so conferidos pela Universidade do Porto, por inter-mdio de uma, ou vrias, unidades orgnicas.

    Artigo 53.Gesto dos cursos

    1 Os cursos conferentes de grau possuem os seguintes rgos de gesto:

    a) Director;b) Comisso cientfica;c) Comisso de acompanhamento.

    2 O Director de curso escolhido conforme especificado nos estatutos da unidade orgnica responsvel pela sua designao.

    3 O Director de curso pode ter direito a uma reduo de servio docente.

    4 A comisso cientfica constituda pelo director de curso, que preside, e por dois a quatro professores ou investigadores doutorados, designados nos termos previstos no respectivo regulamento.

    5 A Comisso de acompanhamento constituda pelo director de curso, que preside, e por outros trs membros, um docente e dois discentes do curso, a escolher nos termos do disposto no respectivo regulamento.

    6 Ao director de curso compete assegurar o normal funcionamento do curso e zelar pela sua qualidade, devendo as suas funes serem explicitadas nos estatutos da unidade orgnica.

    7 comisso cientfica compete:a) Promover a coordenao curricular;b) Pronunciar -se sobre propostas de organizao ou alterao dos

    planos de estudo;c) Pronunciar -se sobre as necessidades de servio docente;d) Pronunciar -se sobre propostas de regimes de ingresso e de numerus

    clausus;e) Elaborar e submeter s entidades competentes o regulamento do

    curso.

    8 Os directores e comisses cientficas de terceiros ciclos podero ter competncias especficas a fixar nos respectivos regulamentos.

    9 comisso de acompanhamento compete zelar pelo normal funcionamento do curso.

    10 As unidades orgnicas responsveis pela leccionao de um nmero reduzido de cursos podem atribuir aos seus rgos de gesto com funes afins as competncias definidas para os rgos de gesto dos cursos.

    11 Os cursos assegurados por parcerias internas ou externas Universidade do Porto reger -se -o por regulamentos prprios, com as necessrias adaptaes, aprovados pelos rgos competentes dos parceiros.

    Artigo 54.Regulamentos dos cursos

    1 O reitor aprovar os regulamentos gerais dos cursos previstos no artigo 52. dos presentes estatutos, que sero aplicveis em toda a Universidade.

    2 Cada curso ser ainda dotado de um regulamento especfico, a propor pela unidade orgnica ou unidades orgnicas intervenientes na leccionao e a aprovar pelo reitor conjuntamente com a respectiva organizao curricular, satisfazendo as disposies do regulamento geral adoptado na Universidade do Porto e as disposies legais aplicveis.

    3 No esto sujeitos a aprovao pelo reitor os regulamentos espe-cficos e a organizao curricular dos cursos no conferentes de grau e no integrados em ciclos de estudo, cabendo a sua aprovao aos rgos competentes das unidades orgnicas nos termos de regulamentao prpria para a Universidade do Porto aprovada pelo reitor.

    4 Os regulamentos referidos no nmero 2 estabelecero os proce-dimentos para a creditao de competncias adquiridas noutros cursos do ensino superior ou fora do sistema de ensino superior.

    CAPTULO V

    Investigao e desenvolvimento

    Artigo 55.Estruturas de investigao

    1 Sem prejuzo da livre investigao individual, a investigao e o desenvolvimento realizam -se em estruturas de pequena, mdia e grande dimenso, reconhecidas pela Universidade do Porto e sedeadas nas unidades orgnicas de ensino e investigao ou de investigao ou na Reitoria da Universidade, ou ainda, em organismos de investigao e desenvolvimento com personalidade jurdica prpria de que a Uni-versidade do Porto seja associada.

    2 A estas estruturas reconhecida a autonomia cientfica e tcnica e o direito interveno institucional na definio das orientaes estratgicas referentes investigao e formao ps -graduada na sua rea de actividade, bem como a adopo das formas de gesto mais apropriadas s respectivas finalidades no quadro e nos termos previstos nestes estatutos e nos estatutos das unidades orgnicas em que estejam sedeadas.

    Artigo 56.Cedncia de recursos

    Entre a Universidade do Porto e as estruturas de investigao e de-senvolvimento de que a Universidade seja associada, so estabelecidos protocolos dos quais devem constar, nomeadamente:

    a) Os recursos humanos e materiais cedidos pela Universidade com vista ao funcionamento dos organismos de investigao;

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    b) As compensaes recebidas pela Universidade do Porto como contrapartida da cedncia dos recursos;

    c) A entrega anual, s respectivas unidades orgnicas, dos contedos de um plano de actividades e oramento e do relatrio de actividades e contas referentes fraco das suas actividades da responsabilidade dos docentes e investigadores cedidos pela Universidade do Porto.

    Artigo 57.

    Regulamentos

    1 As unidades de investigao sedeadas na Universidade do Porto ficam sujeitas a um regulamento geral a elaborar pelo reitor ouvido o senado, do qual constaro, nomeadamente, os procedimentos de apre-ciao da actividade e de criao, extino e fuso.

    2 As unidades de investigao sedeadas na Universidade do Porto devem entregar anualmente um plano de actividades e ora-mento e um relatrio de actividades e contas unidade orgnica ou unidades orgnicas da Universidade do Porto a que pertencem os seus membros.

    3 Cada docente ou investigador da Universidade do Porto s poder ser membro integrado de uma das estruturas de investigao referidas no artigo 55 embora possa colaborar noutras.

    4 Excepcionalmente um docente ou investigador poder realizar a sua investigao em unidades sedeadas fora da Universidade do Porto ou das entidades de que ela seja associada, necessitando para isso de autorizao especial.

    5 Os docentes e investigadores a realizar investigao fora da Universidade do Porto ou de entidades de que ela seja associada, devem entregar, anualmente, plano de actividades e oramento e relatrio de actividades e contas individuais.

    CAPTULO VI

    Governo e gesto das unidades orgnicas, subunidades orgnicas

    e agrupamentos de unidades orgnicas

    Artigo 58.

    Estatutos das unidades orgnicas

    1 As unidades orgnicas, dos tipos previstos no artigo 19., regem--se por estatutos prprios, no respeito pela lei e pelos presentes esta-tutos.

    2 Os estatutos de cada unidade orgnica definiro a estrutura de governo adoptada, bem como a sua organizao interna.

    3 Os estatutos das unidades orgnicas com rgos de autogoverno so aprovados e revistos pelo respectivo rgo colegial representativo, nas condies neles estabelecidas, estando sujeitos homologao pelo reitor para verificao da sua legalidade e da sua conformidade com os estatutos e regulamentos da Universidade.

    4 Os estatutos das unidades orgnicas sem rgos de autogoverno so aprovados e revistos pelo conselho geral da Universidade, sob proposta do reitor.

    SECO I

    Unidades orgnicas de ensino e investigao com rgos de autogoverno

    Artigo 59.

    Estrutura dos rgos

    1 As unidades orgnicas de ensino e investigao com rgos de autogoverno tero, basicamente, como rgos de gesto:

    a) Conselho de representantes;b) Director;c) Conselho executivo;d) conselho cientfico;e) Conselho Pedaggico;f) rgo de fiscalizao.

    2 As composies, competncias e mandatos dos rgos de gesto das unidades orgnicas sero definidas nos respectivos estatutos, respei-tando os princpios estabelecidos na presente seco.

    Artigo 60.Conselho de representantes

    1 O conselho de representantes composto por quinze membros, assim distribudos:

    a) Nove representantes dos docentes ou investigadores da unidade orgnica, podendo at um tero deles no possuir o grau de doutor;

    b) Trs a quatro representantes dos estudantes, de quaisquer ciclos de estudos da unidade orgnica;

    c) Um representante dos trabalhadores no docentes e no investiga-dores da unidade orgnica;

    d) Uma a duas personalidades externas cooptadas pelos restantes membros do Conselho de Representantes.

    2 Compete ao conselho de representantes:a) Organizar o procedimento de eleio e eleger o director, nos termos

    da lei, dos estatutos da unidade orgnica e do regulamento aplicvel;b) Aprovar o seu regulamento de funcionamento;c) Aprovar as alteraes dos estatutos da unidade orgnica;d) Apreciar os actos do director e do conselho executivo;e) Propor as iniciativas que considere necessrias ao bom funciona-

    mento da instituio;f) Desempenhar as demais funes previstas na lei ou nos estatutos

    da unidade orgnica;g) Compete ao conselho de representantes, sob proposta do direc-

    tor:i) Aprovar as propostas dos planos estratgicos da unidade orgnica

    e o plano de aco para o quadrinio do mandato do director e envi -las ao conselho geral;

    ii) Aprovar as linhas gerais de orientao da unidade orgnica no plano cientfico, pedaggico e financeiro;

    iii) Criar, transformar ou extinguir subunidades orgnicas da unidade orgnica;

    iv) Aprovar as propostas do plano de actividades e do oramento de despesas e receitas anuais da unidade orgnica e envi -las para o reitor; v) Aprovar o relatrio de actividades e as contas anuais e envi--los para o reitor;

    vi) Pronunciar -se sobre os restantes assuntos que lhe forem apresen-tados pelo director.

    h) Decidir sobre a criao, fuso, transformao e extino de unidades de investigao da unidade orgnica ouvido o conselho cientfico.

    3 Os membros do conselho de representantes so eleitos conforme especificado nos estatutos das unidades orgnicas, tendo mandatos de quatro anos, excepto os dos estudantes que so de dois anos.

    Artigo 61.Director

    1 O director eleito pelo conselho de representantes, nos termos dos estatutos da unidade orgnica, de entre professores ou de investi-gadores doutorados da Universidade do Porto ou de outras instituies, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitrio ou de investigao.

    2 A eleio do director depende da obteno de mais de metade dos votos validamente expressos.

    3 Compete ao director:a) Representar a unidade orgnica no senado, perante os demais rgos

    da instituio e perante o exterior;b) Presidir ao rgo com competncias de gesto, dirigir os servios

    da unidade orgnica, podendo tambm presidir aos conselhos cientfico e pedaggico desde que previsto nos estatutos;

    c) Aprovar o calendrio e horrio das tarefas lectivas, ouvidos o conselho cientfico e o Conselho Pedaggico;

    d) Executar as deliberaes do conselho cientfico e do Conselho Pedaggico, quando vinculativas;

    e) Exercer o poder disciplinar que lhe seja delegado pelo reitor;f) Elaborar as propostas dos planos estratgicos da unidade orgnica

    e do plano de aco para o quadrinio do seu mandato, ouvido o con-selho cientfico;

    g) Elaborar a proposta das linhas gerais de orientao da unidade orgnica no plano cientfico, pedaggico e financeiro;

    h) Elaborar as propostas do oramento e do plano de actividades, bem como do relatrio de actividades e das contas;

    i) Elaborar as propostas para criar, transformar ou extinguir subunida-des orgnicas da unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico;

    j) Elaborar concluses sobre os relatrios de avaliao das unidades de investigao que integram a unidade orgnica e daquelas em que participam os seus docentes e investigadores;

  • 19106-(20) Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009

    k) Propor ao reitor a criao ou alterao de ciclos de estudos, ouvido o conselho cientfico;

    l) Exercer as funes que lhe sejam delegadas pelo reitor;m) Exercer as demais funes previstas na lei ou nos estatutos.

    4 No caso de unidades orgnicas dotadas de autonomia adminis-trativa e financeira, compete ainda ao director:

    a) Emitir os regulamentos necessrios ao bom funcionamento da unidade orgnica;

    b) Homologar a distribuio do servio docente tendo em conta a sua exequibilidade do ponto de vista financeiro e operacional;

    c) Decidir quanto nomeao e contratao de pessoal, a qualquer ttulo; d) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar a realizao de despesas e pagamentos;

    e) Decidir sobre a aceitao de bens mveisf) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, os dirigentes

    dos servios da unidade orgnica;

    5 O mandato do director tem a durao de quatro anos, podendo ser renovado uma nica vez nos termos dos estatutos da unidade or-gnica.

    6 Em caso de cessao antecipada do mandato, o novo director inicia novo mandato.

    Artigo 62.Conselho executivo

    1 O conselho executivo composto por:a) Director que preside;b) Dois a quatro vogais a designar conforme especificado nos estatutos

    da unidade orgnica, um dos quais ser o subdirector, podendo dois dos outros serem, um o vice -presidente do conselho cientfico e outro o vice -presidente do Conselho Pedaggico.

    2 Compete ao conselho executivoa) Coadjuvar o director no exerccio das suas competncias;b) Exercer as competncias delegadas pelo conselho de gesto da

    Universidade.

    3 Os mandatos dos vogais do conselho executivo coincidem com o do director, excepto se existirem estudantes para os quais so de dois anos.

    Artigo 63.Conselho cientfico

    1 O conselho cientfico tem um mximo de vinte e cinco mem-bros.

    2 O conselho cientfico tem um presidente, que pode ser o di-rector.

    3 O conselho cientfico pode ter um vice -presidente, que pode ser um dos vogais docentes ou investigadores do conselho executivo.

    4 Os membros do conselho cientfico, para alm das eventuais inerncias anteriores, so:

    a) Representantes eleitos, nos termos previstos nos estatutos e em regulamento da unidade orgnica, pelo conjunto dos:

    i) Professores e investigadores de carreira, em maioria na totalidade dos membros desta alnea;

    ii) Restantes docentes e investigadores em regime de tempo integral, com contrato de durao no inferior a um ano, que sejam titulares do grau de doutor, qualquer que seja a natureza do seu vnculo Univer-sidade do Porto;

    b) Representantes das unidades de investigao, quando existam, reconhecidas e avaliadas nos termos da lei com pelo menos muito bom, em que participem professores e investigadores de carreira vinculados unidade orgnica, ou outros docentes e investigadores, titulares do grau de doutor, tambm vinculados unidade orgnica com contratos com a durao mnima de um ano:

    i) Escolhidos nos termos previstos nos estatutos e em regulamento da unidade orgnica;

    ii) Em nmero fixado pelos estatutos da unidade orgnica, no inferior a 20 % nem superior a 40 % do total do conselho, podendo ser inferior a 20 % quando o nmero de unidades de investigao a considerar for inferior a esse valor;

    c) Opcionalmente, podero integrar o conselho cientfico persona-lidades convidadas, de entre professores ou investigadores de outras

    instituies ou de especialistas de reconhecida competncia no mbito da misso da instituio, no podendo o seu nmero exceder 15 % do total de membros do conselho;

    d) Quando o nmero de pessoas elegveis for inferior ao estabelecido nos estatutos da unidade orgnica, o conselho composto pelo conjunto das mesmas, sem prejuzo do disposto na alnea b) deste nmero.

    5 Compete ao conselho cientfico, designadamente:a) Elaborar e aprovar o seu regulamento de funcionamento;b) Pronunciar -se sobre as propostas dos planos estratgicos da uni-

    dade orgnica;c) Apreciar o plano de actividades cientficas da unidade orgnica;d) Pronunciar -se sobre a criao, transformao ou extino de su-

    bunidades orgnicas;e) Pronunciar -se sobre a criao, fuso, transformao e extino de

    unidades de investigao da unidade orgnica;f) Pronunciar -se sobre as concluses, elaboradas pelo director, sobre

    os relatrios de avaliao das unidades de investigao que integram a unidade orgnica e daquelas em que participam os seus docentes e investigadores;

    g) Deliberar sobre a distribuio do servio docente, sujeitando -a a homologao do director da unidade orgnica;

    h) Pronunciar -se sobre a criao de ciclos de estudo em que participe a unidade orgnica e aprovar os respectivos planos de estudos;

    i) Propor a concesso de ttulos ou distines honorficas;j) Propor e pronunciar -se sobre a instituio de prmios;k) Propor e pronunciar -se sobre a realizao de acordos e parcerias

    internacionais;l) Propor a composio dos jris de provas e de concursos acad-

    micos;m) Praticar os outros actos previstos na lei relativos carreira do-

    cente e de investigao e ao recrutamento de pessoal docente e de investigao;

    n) Desempenhar as demais funes que lhe sejam atribudas pelos estatutos.

    6 Os membros do conselho cientfico no podem pronunciar -se sobre assuntos referentes:

    a) A actos relacionados com a carreira de docentes com categoria superior sua;

    b) A concursos ou provas em relao s quais renam as condies para serem opositores.

    7 Os mandatos dos membros do conselho cientfico so definidos nos estatutos da unidade orgnica.

    Artigo 64.Conselho pedaggico

    1 Nas unidades orgnicas de ensino e investigao com rgos de autogoverno ser constitudo um conselho pedaggico, com um mximo de dezasseis membros, igualmente repartidos entre representantes do corpo docente ou investigador e dos estudantes e com a seguinte com-posio:

    a) O Conselho Pedaggico tem um presidente, que pode ser o di-rector;

    b) O Conselho Pedaggico pode ter um vice -presidente, que pode ser um dos vogais docentes ou investigadores do conselho executivo;

    c) Representantes dos docentes dos programas de qualquer ciclo de estudos eleitos pelos seus pares, podendo ser eleitos de entre os directores de curso;

    d) Representantes dos estudantes de programas de qualquer ciclo de estudos.

    2 Os estatutos da unidade orgnica estabelecero o modo de eleio dos membros eleitos do Conselho Pedaggico.

    3 Compete ao Conselho Pedaggico, designadamente:a) Pronunciar -se sobre as orientaes pedaggicas e os mtodos de

    ensino e de avaliao;b) Promover a realizao de inquritos regulares ao desempenho

    pedaggico da unidade orgnica e a sua anlise e divulgao;c) Promover a realizao da avaliao do desempenho pedaggico

    dos docentes, por estes e pelos estudantes, bem como a sua anlise e divulgao;

    d) Apreciar as queixas relativas a falhas pedaggicas e propor as providncias consideradas necessrias;

    e) Aprovar os regulamentos pedaggico e de avaliao do aprovei-tamento dos estudantes;

    f) Pronunciar -se sobre o regime de prescries e de precedncias;

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    g) Pronunciar -se sobre a criao de ciclos de estudos em que participe a unidade orgnica e sobre os respectivos planos de estudos;

    h) Pronunciar -se sobre a instituio de prmios escolares;i) Pronunciar -se sobre o calendrio lectivo e os mapas de exames da

    unidade orgnica;j) Desempenhar as demais competncias que lhe sejam atribudas

    pelos estatutos.

    4 Os membros docentes ou investigadores do Conselho Pedaggico tm um mandato de quatro anos e os estudantes de dois anos, nos termos dos estatutos da unidade orgnica.

    Artigo 65.rgo de fiscalizao

    As unidades orgnicas ficam sujeitas fiscalizao do rgo de fis-calizao da Universidade do Porto.

    SECO II

    Unidades orgnicas de ensino e investigao sem rgos de autogoverno

    Artigo 66.Estrutura dos rgos

    1 Em cada unidade orgnica de ensino e investigao sem rgos de autogoverno devem existir os seguintes rgos:

    a) Director;b) Conselho executivo;c) conselho cientfico;d) Conselho Pedaggico.

    2 As competncias e composio dos rgos enumerados no n-mero anterior sero definidas nos estatutos das unidades orgnicas, respeitando os princpios estabelecidos na presente Seco.

    Artigo 67.Director

    1 O Director designado pelo reitor.2 As competncias do director so:a) Representar a unidade orgnica no senado, perante os demais rgos

    da instituio e perante o exterior;b) Presidir ao rgo com competncias de gesto, se existir, dirigir os

    servios da unidade orgnica, podendo tambm presidir aos conselhos cientfico e pedaggico desde que previsto nos estatutos;

    c) Aprovar o calendrio e horrio das tarefas lectivas, ouvidos o conselho cientfico e o Conselho Pedaggico;

    d) Executar as deliberaes do conselho cientfico e do Conselho Pedaggico, quando vinculativas;

    e) Exercer o poder disciplinar que lhe seja delegado pelo reitor;f) Elaborar as propostas dos planos estratgicos da unidade orgnica

    e do plano de aco para o quadrinio do seu mandato, ouvido o con-selho cientfico;

    g) Elaborar a proposta das linhas gerais de orientao da unidade orgnica no plano cientfico, pedaggico e financeiro;

    h) Elaborar as propostas do oramento e do plano de actividades, bem como do relatrio de actividades e das contas;

    i) Elaborar as propostas para criar, transformar ou extinguir subunida-des orgnicas da unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico;

    j) Elaborar concluses sobre os relatrios de avaliao das unidades de investigao que integram a unidade orgnica e daquelas em que participam os seus docentes e investigadores;

    k) Propor ao reitor a criao ou alterao de ciclos de estudos, ouvido o conselho cientfico;

    l) Exercer as competncias que lhe sejam delegadas pelo reitor;m) Exercer as demais competncias previstas na lei ou nos estatu-

    tos.

    3 No caso de unidades orgnicas dotadas de autonomia adminis-trativa e financeira, compete ainda ao director:

    a) Emitir os regulamentos necessrios ao bom funcionamento da unidade orgnica;

    b) Homologar a distribuio do servio docente tendo em conta a sua exequibilidade do ponto de vista financeiro e operacional;

    c) Decidir quanto nomeao e contratao de pessoal, a qualquer ttulo; d) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar a realizao de des-pesas;

    e) Decidir sobre a aceitao de bens mveis;f) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, os dirigentes

    dos servios da unidade orgnica;

    4 O mandato do director coincide com o do reitor, no podendo os mandatos consecutivos do director exceder oito anos.

    Artigo 68.Conselho executivo

    1 O conselho executivo composto por:a) Director, que preside;b) Dois a quatro vogais a designar pelo director, um dos quais ser o

    subdirector, podendo dois dos outros serem, um o vice -presidente do con-selho cientfico e outro o vice -presidente do Conselho Pedaggico.

    2 Compete ao conselho executivo:a) Coadjuvar o director no exerccio das suas competncias;b) Exercer as competncias delegadas pelo conselho de gesto da

    Universidade.

    3 Os mandatos dos membros do conselho executivo coincidem com os do director, excepto no caso de serem estudantes em que so de dois anos.

    Artigo 69.Conselho cientfico

    O conselho cientfico tem a composio, as competncias e os man-datos que constam do artigo 63..

    Artigo 70.Conselho pedaggico

    O Conselho Pedaggico tem a composio, as competncias e os mandatos que constam do artigo 64..

    SECO III

    Unidades orgnicas de investigao com rgos de autogoverno

    Artigo 71.Estrutura dos rgos

    1 Em cada unidade orgnica de investigao com rgos de auto-governo existem os seguintes rgos:

    a) Conselho de representantes;b) Director;c) Conselho executivo;d) conselho cientfico;e) rgo de fiscalizao.

    2 As competncias e composio dos rgos indicados no nmero anterior sero definidas nos estatutos das unidades orgnicas, respeitando os princpios estabelecidos na presente seco.

    Artigo 72.Conselho de representantes

    1 O conselho de representantes constitudo por um mximo de quinze membros, eleitos de entre os professores e investigadores dou-torados, com contratos de durao mnima de cinco anos, que exeram actividade de investigao e desenvolvimento na unidade orgnica, podendo integrar representantes de outros corpos e ou personalidades externas, conforme especificado nos respectivos estatutos.

    2 O processo de eleio dos membros do conselho de represen-tantes deve constar dos estatutos da unidade orgnica.

    3 Ao conselho de representantes compete:a) Organizar o procedimento de eleio e eleger o director, nos termos

    da lei, dos estatutos da unidade orgnica e do regulamento aplicvel;b) Aprovar o seu regulamento de funcionamento;c) Aprovar as alteraes dos estatutos da unidade orgnica;d) Apreciar os actos do director e do conselho executivo;

  • 19106-(22) Dirio da Repblica, 2. srie N. 93 14 de Maio de 2009

    e) Propor as iniciativas que considere necessrias ao bom funciona-mento da instituio;

    f) Desempenhar as demais funes previstas na lei ou nos estatutos da unidade orgnica;

    g) Compete ao conselho de representantes, sob proposta do direc-tor:

    i) Aprovar as propostas dos planos estratgicos da unidade orgnica e o plano de aco para o quadrinio do mandato do director e envi -las ao conselho geral;

    ii) Aprovar as linhas gerais de orientao da unidade orgnica no plano cientfico e financeiro;

    iii) Criar, transformar ou extinguir unidades de investigao da uni-dade orgnica;

    iv) Aprovar as propostas dos planos anuais de actividades e apreciar o relatrio anual de actividades da unidade orgnica, e envi -las para o conselho geral;

    v) Aprovar a proposta de oramento de receitas e despesas e envi -la para o reitor;

    vi) Aprovar as contas anuais, acompanhadas do parecer do fiscal nico e envi -las para

    o reitor;vii) Aprovar as concluses elaboradas pelo director sobre os relat-

    rios de avaliao das unidades de investigao que integram a unidade orgnica;

    viii) Pronunciar -se sobre os restantes assuntos que lhe forem apre-sentados pelo director.

    4 Os mandatos dos membros do conselho de representantes so definidos nos estatutos da unidade orgnica.

    Artigo 73.Director

    1 O director eleito pelo conselho de representantes nos termos dos estatutos da unidade orgnica, de entre personalidades nacionais ou estrangeiras de reconhecido mrito cientfico e experincia de gesto.

    2 Ao director compete:a) Representar a unidade orgnica perante o senado, perante os demais

    rgos da instituio e perante o exterior;b) Presidir ao rgo com competncias de gesto, dirigir os servios

    da unidade orgnica e presidir ao conselho cientfico;c) Elaborar as propostas dos planos estratgicos da unidade orgnica

    e do plano de aco para o quadrinio do seu mandato, ouvido o con-selho cientfico;

    d) Elaborar as propostas sobre as linhas gerais de orientao da unidade orgnica no plano cientfico e financeiro, ouvido o conselho cientfico;

    e) Elaborar a proposta do plano anual de actividades e oramento da unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico;

    f) Propor ao reitor a participao da unidade orgnica em ciclos de estudo, ouvido o conselho cientfico;

    g) Preparar o relatrio anual de actividades e oramento;h) Elaborar as propostas para criar, transformar ou extinguir unidades

    de investigao da unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico;i) Elaborar as concluses sobre os relatrios de avaliao das unidades

    de investigao que integram a unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico;

    j) Zelar pela qualidade do trabalho cientfico realizado pela unidade orgnica;

    k) Exercer o poder disciplinar que lhe seja delegado pelo reitor;l) Exercer as competncias que lhe sejam delegadas pelo reitor;m) Exercer as demais competncias previstas na lei ou nos estatutos.

    3 No caso de unidades orgnicas dotadas de autonomia adminis-trativa e financeira, compete ainda ao director:

    a) Emitir os regulamentos necessrios ao bom funcionamento da unidade orgnica;

    b) Decidir quanto nomeao e contratao de pessoal, a qualquer ttulo;

    c) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar a realizao de despesas e pagamentos

    d) Decidir sobre a aceitao de bens mveis;e) Nomear e destituir, nos termos da lei e dos estatutos, os dirigentes

    dos servios da unidade orgnica.

    4 O mandato do director tem a durao de quatro anos, no podendo os mandatos consecutivos do director exceder oito anos.

    5 Em caso de cessao antecipada do mandato, o novo director inicia novo mandato.

    Artigo 74.Conselho executivo

    1 O conselho executivo composto por:a) Director, que preside;b) Vogais indicados pelo director, cujo nmero ser fixado pelos

    estatutos da unidade orgnica.

    2 Compete ao conselho executivo:a) Coadjuvar o director no exerccio das suas competncias;b) Exercer as competncias delegadas pelo conselho de gesto da

    Universidade.

    3 Os mandatos dos membros do conselho executivo coincidem com o do director.

    Artigo 75.Conselho cientfico

    1 O conselho cientfico composto por:a) Director, que preside;b) At vinte e quatro representantes eleitos, nos termos previstos nos

    estatutos e em regulamento da unidade orgnica, pelo conjunto dos:i) Professores e investigadores de carreira que exeram actividade

    na unidade orgnica;ii) Restantes docentes e investigadores em regime de tempo integral

    com contrato de durao no inferior a um ano, que sejam titulares do grau de doutor, qualquer que seja a natureza do seu vnculo instituio.

    2 Compete ao conselho cientfico, designadamente:a) Elaborar o seu regimento;b) Pronunciar -se sobre as propostas dos planos estratgicos da uni-

    dade orgnica;c) Pronunciar -se sobre a proposta do plano de actividades cientficas

    da unidade orgnica;d) Pronunciar -se sobre a proposta do plano anual de actividades e

    oramento da unidade orgnica;e) Pronunciar -se sobre as propostas para criar, transformar ou extinguir

    unidades de investigao da unidade orgnica;f) Pronunciar -se sobre as concluses elaboradas pelo director sobre

    os relatrios de avaliao das unidades de investigao que integram a unidade orgnica;

    g) Pronunciar -se sobre a criao de ciclos de estudo em que participe a unidade orgnica;

    h) Propor e pronunciar -se sobre a instituio de prmios;i) Propor a concesso de ttulos ou distines honorficas;j) Propor e pronunciar -se sobre a realizao de acordos e parcerias

    internacionais.

    3 Os mandatos dos membros do conselho cientfico so definidos nos estatutos das unidades orgnicas.

    Artigo 76.rgo de fiscalizao

    As unidades orgnicas de investigao com rgos de autogoverno ficam sujeitas fiscalizao do rgo de fiscalizao da Universidade do Porto.

    Artigo 77.Outros rgos

    Os estatutos da unidade orgnica podero prever a existncia de rgos de gesto adicionais, nomeadamente para assegurar a compatibilidade com as exigncias da legislao referente s unidades de investigao.

    SECO IV

    Unidades orgnicas de investigao sem rgos de autogoverno

    Artigo 78.Estrutura dos rgos

    1 Em cada unidade orgnica de investigao sem rgos de auto-governo existem os seguintes rgos:

    a) Assembleia;b) Director;

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    c) Conselho executivo;d) conselho cientfico;e) Comisso externa de acompanhamento.

    2 As competncias e composio dos rgos referidos no nmero anterior so definidas nos estatutos das unidades orgnicas, respeitando os princpios estabelecidos na presente seco.

    Artigo 79.Assembleia

    1 A assembleia tem a composio que for definida nos estatutos da unidade orgnica, devendo ter em considerao as ligaes desta com outras entidades da Universidade do Porto, bem como com entidades externas.

    2 As competncias da assembleia so, entre outras, as seguintes:a) Propor ao reitor os estatutos da unidade orgnica;b) Propor ao reitor uma individualidade para nomeao como di-

    rector da unidade orgnica, nas condies expressas nos respectivos estatutos;

    c) Pronunciar -se sobre as grandes linhas estratgicas de desenvolvi-mento da unidade orgnica, consonantes com as estabelecidas para a Universidade do Porto;

    d) Aprovar a constituio da comisso externa de acompanha-mento;

    e) Pronunciar -se sobre a participao ou alienao de participaes em empresas, associaes e instituies sem fins lucrativos sob controlo da unidade orgnica;

    f) Apreciar e votar o plano de actividades e o oramento anuais, a submeter aprovao do conselho geral da Universidade;

    g) Apreciar e votar o relatrio de actividades e as contas anuais, a submeter aprovao do conselho geral da Universidade.

    Artigo 80.Director

    1 O director designado pelo reitor por proposta da assembleia da unidade orgnica.

    2 Ao director compete:a) Representar a unidade orgnica perante o senado, perante os demais

    rgos da instituio e perante o exterior;b) Presidir ao rgo com competncias de gesto, dirigir os servios

    da unidade orgnica,e presidir ao conselho cientfico;c) Propor assembleia a constituio da comisso externa de acom-

    panhamento;d) Elaborar as propostas dos planos estratgicos da unidade orgnica

    e do plano de aco para o seu mandato, ouvido o conselho cientfico;e) Elaborar as propostas sobre as linhas gerais de orientao da

    unidade orgnica no plano cientfico e financeiro, ouvido o conselho cientfico;

    f) Elaborar a proposta do plano anual de actividades e oramento da unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico;

    g) Preparar o relatrio anual de actividades e oramento;h) Elaborar as propostas para criar, transformar ou extinguir unidades

    de investigao da unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico e a comisso externa de acompanhamento;

    i) Elaborar as concluses sobre os relatrios de avaliao das unidades de investigao que integram a unidade orgnica, ouvido o conselho cientfico e a comisso externa de acompanhamento;

    j) Propor ao reitor a participao da unidade orgnica em ciclos de estudo, ouvido o conselho cientfico;

    k) Zelar pela qualidade do trabalho cientfico realizado pela unidade orgnica;

    l) Exercer o poder disciplinar que lhe seja delegado pelo reitor;m) Exercer as competncias que lhe sejam delegadas pelo reitor;n) Exercer as demais competncias previstas na lei ou nos estatu-

    tos.

    3 No caso de unidades orgnicas dotadas de autonomia adminis-trativa e financeira, compete ainda ao director:

    a) Emitir os regulamentos necessrios ao bom funcionamento da unidade orgnica;

    b) Decidir quanto nomeao e contratao de pessoal, a qualquer ttulo; c) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar a realizao de des-pesas;

    d) Decidir sobre a aceitao de bens mveis;

    e) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, os dirigentes dos servios da unidade orgnica.

    4 O mandato do director coincide com o do reitor, no podendo os mandatos consecutivos do director exceder oito anos.

    Artigo 81.Conselho executivo

    1 O conselho executivo composto por: a) Director, que preside; b) Vogais indicados pelo director, cujo nmero ser fixado pelos estatutos da unidade orgnica.

    2 Compete ao conselho executivo:a) Coadjuvar o director no exerccio das suas competncias;b) Exercer as competncias delegadas pelo conselho de gesto da

    Universidade.

    3 Os mandatos dos membros do conselho executivo coincidem com o do director.

    Artigo 82.Conselho cientfico

    1 O conselho cientfico composto por:a) Director, que preside;b) At vinte e quatro representantes eleitos, nos termos previstos nos

    estatutos e em regulamento da unidade orgnica, pelo conjunto dos:i) Professores e investigadores de carreira que exeram actividade

    na unidade orgnica;ii) Restantes docentes e investigadores em regime de tempo integral

    com contrato de durao no inferior a um ano, que sejam titulares do grau de doutor, qualquer que seja a natureza do seu vnculo institui-o.

    2 Compete ao conselho cientfico, designadamente:a) Elaborar o seu regimento;b) Pronunciar -se sobre as propostas dos planos estratgicos da uni-

    dade orgnica;c) Pronunciar -se sobre a proposta do plano de actividades cientficas

    da unidade orgnica;d) Pronunciar -se sobre a proposta do plano anual de actividades e

    oramento da unidade orgnica;e) Pronunciar -se sobre as propostas para criar, transformar ou extinguir

    unidades de investigao da unidade orgnica;f) Pronunciar -se sobre as concluses elaboradas pelo director sobre

    os relatrios de avaliao das unidades de investigao que integram a unidade orgnica;

    g) Pronunciar -se sobre a criao de ciclos de estudo em que participe a unidade orgnica e aprovar os respectivos planos de estudo;

    h) Propor e pronunciar -se sobre a instituio de prmios;i) Propor a concesso de ttulos ou distines honorficas;j) Propor e pronunciar -se sobre a realizao de acordos e parcerias

    internacionais.

    3 Os mandatos dos membros do conselho cientfico so definidos nos estatutos da unidade orgnica.

    Artigo 83.Comisso externa de acompanhamento

    1 A Comisso externa de acompanhamento constituda por um nmero de membros a definir nos estatutos da unidade orgnica, de entre personalidades externas, nacionais ou estrangeiras, de reconhecida competncia cientfica, convidados pela assembleia depois de ouvido o conselho cientifico.

    2 Compete comisso externa de acompanhamento:a) Pronunciar -se sobre os planos estratgicos da unidade;b) Pronunciar -se sobre a individualidade a propor pela assembleia

    para director da unidade orgnica;c) Avaliar periodicamente a actividade cientfica da unidade;d) Pronunciar -se sobre questes relevantes para o bom desempenho

    da instituio sempre que para tal seja solicitada pelo director;e) Pronunciar -se sobre as propostas para criar, transformar ou extinguir

    unidades de investigao da unidade orgnica;f) Pronunciar -se sobre as concluses dos relatrios de avaliao das

    unidades de investigao que integram a unidade orgnica.

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    SECO V

    Escola doutoral

    Artigo 84.Misso da escola doutoral

    A escola doutoral tem por misso promover a realizao e a inter-nacionalizao dos programas doutorais da Universidade do Porto que nela estejam acolhidos, nomeadamente:

    a) Zelando por uma cultura de qualidade permanente na oferta e funcionamento dos programas doutorais;

    b) Promovendo a oferta de programas doutorais conjuntos, em mul-tititulao ou em co -tutela, com outras universidades nacionais e es-trangeiras de prestgio;

    c) Promovendo a multidisciplinaridade na oferta de programas dou-torais;

    d) Estimulando a oferta de novos programas doutorais;e) Agilizando a gesto integrada dos programas doutorais oferecidos

    pela Universidade do Porto;f) Reforando o apoio aos estudantes de doutoramento durante o seu

    perodo de estudos;g) Promovendo a oferta de bolsas para estudantes de doutoramento;h) Promovendo o valor social do doutoramento do ponto de vista do

    mercado de emprego;i) Divulgando os programas doutorais a nvel nacional e interna-

    cional.

    Artigo 85.Estrutura dos rgos

    1 Na escola doutoral devem existir os seguintes rgos:a) Director;b) Conselho coordenador;c) Comisso externa de acompanhamento.

    2 As competncias e composio dos rgos referidos no nmero anterior so definidas nos estatutos da unidade orgnica, respeitando os princpios estabelecidos na presente seco.

    Artigo 86.Director

    1 O director designado pelo reitor, ouvido o conselho coordenador e a comisso externa de acompanhamento, de entre personalidades de reconhecida reputao cientfica, podendo ser externo Universidade do Porto.

    2 Compete ao director:a) Representar a escola doutoral perante o senado, perante os demais

    rgos da Universidade do Porto e perante o exterior;b) Divulgar e promover as actividades da escola doutoral junto dos

    potenciais interessados e zelar pela sua qualidade;c) Presidir ao conselho coordenador;d) Ap