hoje em adamantina nº 175

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HOJE Sábado, 25 em Adamantina 175 FOTO DO DIA - Gerhard Erich Boehme Quando você tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma etapa de um dos seus planos. de junho de 2011 OPINIÃO AVADA KEDAVRA Diego Ramirez [email protected] O texto de hoje gira em torno deste termo que para muito parece tolo, advindo de um livro juvenil, contudo achei muito interessante sua etimologia e acredito que o mesmo se faça extremamente pertinente para esta ocasião. Avra Kedavra é uma palavra proveniente do aramaico significa “Eu crio ao falar” (termo este que originou Abrakadabra). Enquanto o termo Avada Kedavra atua como antônimo, termo aramaico, onde Avada significa: desapareça/eu mato/destruo, e Kedavra: como eu falo/ deste mundo, a tradução deste termo seria “destruo ao falar”, ou “desapareça deste mundo”. No referido livro existe três maldições imperdoáveis, controlar, tortura e esta que é conhecida como a maldição da morte. O mais interessante é que muito jovens usam este termo no twitter, sem nem mesmo terem ciência do que estão dizendo. Agindo por impulso ou mesmo por ser “modinha”. O que classifico como estupidez por excesso de hormônios e falta de ocupação, a vulgar “moleira vazia”. Mas o que realmente me intrigou sociologicamente e filosoficamente foram reflexões as quais este termo possibilita. Nossos “Regentes” provavelmente se valem deste feitiço, exclamando a plenos pulmões: “verbas avada kedavra”, contudo sabiamente utilizam o contra feitiço “avra kedavra”, para que a soma de dinheiro apareça em suas contas bancárias. Quantas pessoas mais você leitor consegue imaginar conjurando tal magia? Talvez o feitiço desse certo para os cafajestes: - Amante(s) avada kedavra. Não, acho que não, acredito que seria mais fácil: esposa e filhos avada kedavra! E se fosse realmente possível empunhar uma varinha, fosse deixaria de conjurar uma das maldições citadas, contra este ou aquele desafeto? Devemos tomar cuidado, pois, matamos e destruímos quando falamos e não nos damos conta. Nossos atos também agridem, machucam e matam, mas, não levamos em conta o sofrimento alheio. Talvez a humanidade esteja de fato sendo pervertido perdendo a cada dia sua humanidade e capacidade de amabilidade. Pelo jeito somos excímeros bruxos!... Ou meramente hipócritas. Qui merentur mortem... CRÔNICA SEIS CAMADAS DE SUPERFICIALIDADE Norma Santi www.normasanti.blogspot.com Ando numas que até meu celular me dá ordens. Hoje ele me despertou com a seguinte frase robótica: é hora de levantar, são seis horas e três minutos. É hora de levantar são seis horas e três minutos. Pensei em atirá-lo contra a parede. E não tenham dúvidas que o teria feito se não fosse o fato de eu me lembrar da segunda ordem do dia: Meu espelho, Meu banho, os Meus sais. Retiro a máscara dos olhos e me dirijo ao banheiro. Antes da primeira olhada ao espelho, passo a mão nos cabelos para arrumá-los. Deparo-me, horrorizada, com uns fios de cabelos brancos. Não posso sair de casa assim. Puxo um a um e logo mais, sem falta, passarei no cabeleireiro para arrancar pela raiz qualquer possibilidade de novos insurgentes. Feito o básico, passo à maquiagem. São seis camadas de rímel. Uma para afastar os cílios, outra para alongar, outra para dar volume, outra para encurvar, uma pra dar realce e a última, à prova d'água, para não borrar. Enquanto começo a passar o lápis de contorno labial me chegam aos ouvidos as notícias do dia, vindas do rádio que o vizinho escuta no banheiro. Humpf! Que mau gosto! Logo de manhã sou obrigada a ouvir que chegamos a um bilhão de famintos. Penso comigo: pobres africanos, pobres nordestinos, mas logo me distraio com o segundo choque matutino: parte do esmalte do meu dedo polegar está descascada. Uma tragédia que me fará sair de casa atrasada. É o fim. Parece que tudo conspira contra mim. Não consigo decidir qual dos meus sapatos combina melhor com o detalhe de minha bolsa. Faz cinco minutos que estou parada na frente da porta do closet. Não tem jeito, terei que experimentar todos. Feita à escolha saio desabalada de casa. Enfio chave, celular, algumas contas, o batom, o absorvente e outras coisas mais em minha bolsa. Fato que mais tarde me causará alguns constrangimentos ao passar pela porta giratória do banco. Saio de casa, um calor fora de época ameaça minha maquiagem. Que tempo louco esse. Paro meu carro na sinaleira. Algumas pessoas trocam xingamentos. Uma menina suja tenta me vender balas. Sou salva pela sinaleira que abre. Desvio do caminho que passa perto da favela. Soube de alguns casos de tiroteios. Pelas calçadas sacolas de lixo misturadas com sobras de comida e pessoas esfarrapadas. Mas eu não percebo nada disso. As minhas retinas estão devidamente protegidas na sombra das seis camadas de rímel. Em cartaz no Cine Cyber Planet Sessão das 21h Água para Elefantes Em cartaz o filme Água para Elefantes. O drama conta com Robert Pattinson, Reese Whiterspoon e Christoph Waltz. No roteiro são contadas as memórias de Jacob Jankowski, da época em que foi trabalhar em um circo, conhecendo lá o amor da sua vida, em meio as brutalidades da vida fora do picadeiro. As flores de uma varanda qualquer... foto: Marta Barbosa

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Jornal HOJE em Adamantina Nº 175 de 25 de junho de 2011

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Page 1: HOJE em Adamantina Nº 175

HOJESábado, 25

em Adamantina175

FOTO DO DIA

- Gerhard Erich Boehme

Quando você tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma etapa de um dos seus planos.

de junho de 2011

OPINIÃO

AVADA KEDAVRA

Diego [email protected]

O texto de hoje gira em torno deste termo que

para muito parece tolo, advindo de um livro

juvenil, contudo achei muito interessante sua

etimologia e acredito que o mesmo se faça

extremamente pertinente para esta ocasião.Avra Kedavra é uma palavra proveniente do

aramaico significa “Eu crio ao falar” (termo este

que originou Abrakadabra). Enquanto o termo

Avada Kedavra atua como antônimo, termo

aramaico, onde Avada significa: desapareça/eu

mato/destruo, e Kedavra: como eu falo/ deste

mundo, a tradução deste termo seria “destruo

ao falar”, ou “desapareça deste mundo”. No

referido l ivro existe três maldições

imperdoáveis, controlar, tortura e esta que é

conhecida como a maldição da morte.O mais interessante é que muito jovens usam

este termo no twitter, sem nem mesmo terem

ciência do que estão dizendo. Agindo por

impulso ou mesmo por ser “modinha”. O que

classifico como estupidez por excesso de

hormônios e falta de ocupação, a vulgar

“moleira vazia”. Mas o que rea lmente me in t r igou

sociologicamente e filosoficamente foram

reflexões as quais este termo possibilita. Nossos “Regentes” provavelmente se valem

deste feitiço, exclamando a plenos pulmões:

“verbas avada kedavra”, contudo sabiamente

utilizam o contra feitiço “avra kedavra”, para

que a soma de dinheiro apareça em suas contas

bancárias. Quantas pessoas mais você leitor

consegue imaginar conjurando tal magia?Talvez o feitiço desse certo para os cafajestes: -

Amante(s) avada kedavra. Não, acho que não,

acredito que seria mais fácil: esposa e filhos

avada kedavra!E se fosse realmente possível empunhar uma

varinha, fosse deixaria de conjurar uma das

maldições citadas, contra este ou aquele

desafeto?Devemos tomar cuidado, pois, matamos e

destruímos quando falamos e não nos damos

conta. Nossos atos também agridem,

machucam e matam, mas, não levamos em

conta o sofrimento alheio. Talvez a

humanidade esteja de fato sendo pervertido

perdendo a cada dia sua humanidade e

capacidade de amabilidade.Pelo jeito somos excímeros bruxos!... Ou

meramente hipócritas.Qui merentur mortem...

CRÔNICA

SEIS CAMADAS DE SUPERFICIALIDADE

Norma Santiwww.normasanti.blogspot.com

Ando numas que até meu celular me dá ordens. Hoje ele me despertou com a seguinte frase robótica: é hora de levantar, são seis horas e três minutos. É hora de levantar são seis horas e três minutos. Pensei em atirá-lo contra a parede. E não tenham dúvidas que o teria feito se não fosse o fato de eu me lembrar da segunda ordem do dia: Meu espelho, Meu banho, os Meus sais.Retiro a máscara dos olhos e me dirijo ao banheiro. Antes da primeira olhada ao espelho, passo a mão nos cabelos para arrumá-los. Deparo-me, horrorizada, com uns fios de cabelos brancos. Não posso sair de casa assim. Puxo um a um e logo mais, sem falta, passarei no cabeleireiro para arrancar pela raiz qualquer possibilidade de novos insurgentes. Feito o básico, passo à maquiagem. São seis camadas de rímel. Uma para afastar os cílios, outra para alongar, outra para dar volume, outra para encurvar, uma pra dar realce e a última, à prova d'água, para não borrar. Enquanto começo a passar o lápis de contorno labial me chegam aos ouvidos as notícias do dia, vindas do rádio que o vizinho escuta no banheiro. Humpf! Que mau gosto! Logo de manhã sou obrigada a ouvir que chegamos a um bilhão de famintos. Penso comigo: pobres a f r i canos , pobres nordestinos, mas logo me distraio com o segundo choque matutino: parte do esmalte do meu dedo polegar está descascada. Uma tragédia que me fará sair de casa atrasada.É o fim. Parece que tudo conspira contra mim. Não consigo decidir qual dos meus sapatos combina melhor com o detalhe de minha bolsa. Faz cinco minutos que estou parada na frente da porta do closet. Não tem jeito, terei que experimentar todos. Feita à escolha saio desabalada de casa. Enfio chave, celular, algumas contas, o batom, o absorvente e outras coisas mais em minha bolsa. Fato que m a i s t a r d e m e c a u s a r á a l g u n s constrangimentos ao passar pela porta giratória do banco.Saio de casa, um calor fora de época ameaça minha maquiagem. Que tempo louco esse. Paro meu carro na sinaleira. Algumas pessoas trocam xingamentos. Uma menina suja tenta me vender balas. Sou salva pela sinaleira que abre. Desvio do caminho que passa perto da favela. Soube de alguns casos de tiroteios. Pelas calçadas sacolas de lixo misturadas com sobras de comida e pessoas esfarrapadas. Mas eu não percebo nada disso. As minhas retinas estão devidamente protegidas na sombra das seis camadas de rímel.

Em cartaz no Cine Cyber Planet

Sessão das 21h

Água paraElefantes

Em cartaz o filme Água para Elefantes. O drama conta com Robert Patt inson, Reese Whiterspoon e Christoph Waltz. No roteiro são contadas as memórias de Jacob Jankowski, da época em que foi trabalhar em um circo, conhecendo lá o amor da sua vida, em meio as brutalidades da vida fora do picadeiro.

As flores de uma varanda qualquer...

foto: Marta Barbosa

Page 2: HOJE em Adamantina Nº 175

(O Diabo e O Mago) 21/3 a 20/4Ainda que você ame a agitação. Este dia será tranquilo, tente acomodar-se um pouco.

(A Torre e O Imperador) 21/5 a 20/6Você está num momento de busca. Há algo vazio em você. Talvez se conversar com alguém mais velho isso possa ser resolvido.

(O Julgamento e A Força) 22/7 a 22/8Sua impulsividade estará em alta. Isso quer dizer que você deve canalizá-lo para situações que mereçam soluções extremas.

(O Enforcado e A Morte) 23/9 a 22/10Dia confuso. É melhor deixar alguns pensamentos de lado, assim terá um pouco mais de tranquilidade.

(O Sol e O Eremita) 22/11 a 21/12Encontrar o conhecimento não é uma tarefa fácil. Tenha em mente que conhecer também faz parte de viver.

(A Torre e O Mundo) 21/1 a 29/2Aguentar o ser amado em silêncio pode ser uma tarefa difícil. Melhor você partir para o diálogo, o dia parece propício para isso.

(O Mundo e A Justiça) 21/4 a 20/5As cartas revelam um dia em que os prazeres poderão ser mais tentadores. Tente não desviar dos caminhos.

(A Lua e O Sol) 21/6 a 21/7Equilíbrio seria a palavra mais clara para definir este dia. Mas ainda assim, haverá alguns probleminhas que você resolverá.

(A Estrela e A Roda da Fortuna) 23/10 a 21/11Se as coisas estão ruins, atenção, hoje elas podem mudar. Saiba observar os sinais e tente se sentir serena frente aos acontecimentos.

(O Louco e A Força) 22/12 a 20/1Descontrole total das emoções ainda mais para pequenos acontecimentos. Saiba pedir desculpas.

(A Temperança e A Imperatriz) 20/2 A 20/3Saiba curtir este momento. Aproveite para ouvir o que a sua mãe tem a dizer sobre alguns assuntos.

(A Temperança e o Papa) 23/8 a 22/9Deixar que alguém comande a sua vida nem sempre é a melhor saída. Saiba analisar tudo com muito cuidado. Aproveite para discutir a relação.

Rua Nove de Julho, 717Diagramação Adriano Miranda

Arieni Tarcila CiceriDanilo Carvalho

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Hoje em Adamantina, A informação que vão comentar amanhã.

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DiretoresIgor PedriniAlessandro Dias [Alemão]

e-mail: [email protected]

fechamento da edição: 8h16

* O Jornal não se responsabiliza pelos artigos assinados por colaboradores. Os mesmos não refletem a posiçãoeditorial do jornal.

DICA DE LIVRO

O CONDE DE MONTE CRISTOALEXANDRE DUMAS

Carlos Eduardo [email protected]

O Conde de Monte Cristo é uma obra clássica da literatura mundial. O romance do escritor francês Alexandre Dumas conta a história de Edmond Dantés, um extraordinário marinheiro que ao receber o posto de capitão do navio e noivar-se com Mercedes é preso injustamente por ser vítima de um complô entre seu melhor amigo Fernand, Danglars e o juiz de Villefort. Na prisão Edmond conhece o preso Abade Faria que lhe ensina várias técnicas sobre artes e ciências, além de indicar o local de um tesouro escondido. Ao sair da prisão e encontrar o tesouro, Dantés volta como O Conde de Monte Cristo e se vinga de todos os seus inimigos. É uma história emocionante, que retrata a inveja, o amor, o ódio, a vingança e a gratidão.

DICA DE FILME

NUNCA FOMOS TÃO FELIZES

Sérgio Barbosa

Em tempo de memória histórica pela “verdade” em terras brasilis por meio do denominado “Anos de Chumbo”, quando o país atravessou quase duas décadas de repressão e opressão pelos desmandos dos governos militares pós golpe em 31 de março de 1964.Neste contexto, o filme em pauta, NUNCA FOMOS TÃO FELIZES apresenta um cenário em pleno auge do movimento repressor por parte dos militares e demais órgãos de controle político-ideológico na década de 70.A direção do filme é de Murilo Salles (Brasil, 1984) e participação de Roberto Bataglin (Gabriel, o filho), Claúdio Marzo (o pai), Suzana Vieira (a dona do apartamento), José Mayer (um militante), além de outros artistas no elenco.As cenas reforçam a importância da imagem no quesito da qualidade com os enquadramentos como meio para reforçar os objetos utilizados, tais como: televisão, fotografia e carrinho de cachorro quente.Que você possa trazer o passado para o presente neste filme...

MEC divulga lista de convocados do SiSU

Augusto Santos

O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta quarta-feira (22) a primeira chamada do SiSU (Sistema de Seleção Unificada) para vagas no ensino superior no meio do ano. O candidato pode consultar a lista no site do SiSU pelas instituições e cursos que concorreu. Cada estudante pode se inscrever em até dois cursos.Um total de 446.508 estudantes que fizeram o Enem 2010 concorrerem a 26.336 vagas em 48 instituições públicas de ensino superior de 20 estados. A matrícula dos selecionados nesta primeira chamada será nos dias 27 e 28 de junho.De acordo com o MEC, foram oferecidas para esta edição do SiSU 10.552 vagas em cursos noturnos, 9.324 em cursos em período integral, 3.526 são para cursos matutinos e 2.934 para cursos vespertinos.A segunda chamada será divulgada em 2 de julho e a matrícula da segunda chamada será em 5 e 6 de julho.Para participar da lista de espera, o candidato deverá manifestar seu interesse por meio do SiSU entre os dias 2 e 7 de julho.