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Página 2 Sábado, 20 de maio de 1944 O GLOBO SPQBTivtt

«a

Dono do maior "SW" lio Brasil

CRACKS há que, no passado, prometiam ser tudo, menos o

que são, agora: astros da pelota. Ávila, por exemplo, comojogador de football, foi um ótimo estivador. Vicentini, re-

sistente como um mouro, foi um bom pedreiro. Pirilo, um mecânicode merecer preferencia. Isaias, um marceneiro, quase artista. Eassim por diante.

VOCAÇÃOLelé, se não é uma exceção, pelo menos íoi diferente. Não da-

va para nada, isto é, só dava para o football, ao qual, aliás, dedi-cou fielmente a sua infância. E foi usando o foobtall que fez boasbrincadeiras. Por exemplo: quando organizava uma "pelada", eeo team não estava completo, não havia atropelo nem dor de cabeça.Lelé corria aos armazéns e aos açougues, e Pela porta mostravaa bola aos pobres garotos do balcão. Mostrava uma vez.. duas, enão precisava chegar à terceira. Aquilo era uma tortura tnsupor-tavel. O garoto perdia o emprego, mas vinha completar o team.Apesar disso, Lelé trabalhava Pelo infindável espaço de um dia.Ele mesmo se despedia. Alegava cansaço, e precisava de descansopara defender o seu team. Esse team era composto por garotossem camisa nem chuteira. Aliás, por andar sempre descalço, Lelétinha um Pé de pato inconfundível. E por Isso mesmo, quando eleInvadia os quintais alheios em busca da bola. a marca do pé, na suaeterna mudez, gritava mais do que um papagaio. Tudo isso durou atéque ele foi jogar no team de amadores do Aliança. Aí teve de usarchuteiras. Já então pensava em como ajudar a velhinha, as irmãse Irmãos. Por isso não hesitou em vir para o Madureira, por umabagatela. Mas não veio com o consentimento materno. Veio fu-gido. Fuga que hoje a sua mãe, D. Maria, abençoa. Abençoa o filhoque fugiu para criar fama e quase, quase fortuna. Que Lelé se-re-velou um bom filho, não se pode negar. Manda todo mês uma me-eada para a velhinha, metade do seu ordenado, e tem com ela as"luvas" guardadas, intactas. Com mais um pouco, agora que ga-nha multo no Vasco, comprará uma casa.

VIDA SATalvez o segredo da regularidade de produção de Lelé possa ser

explicado pela absoluta disciplina que se observa em sua vida. Ra-paz de bons costumes, abstem-se de extravagâncias, leva uma vida6ã. A natação é praticada por ele com método. Gosta de uma par-tida de basketball e não despreza absolutamente o volleyball. Ci-nema, de preferencia filmes em serie, uma boa música, nada comoum fox, enchem o dia do grande atacante cruzmaltino.

POPULARIDADEJustifica-se, portanto, a sua popularidade. Porque Lelé é brin-

ealhão, fora da cancha. Serio, compenetrado, ou, pelo menos, quasecompenetrado, dentro do campo. Certo dos seus deveres. Aliás,«empre levou a serio o football. Agora ele está no Vasco, onde épopularísslmo. Quando aparece na rua, em São Januário, é logocercado por uma multidão de "fans". Chovem perguntas. Os maisousadas batem-lhe amigavelmente nas costas, com ares de in-

timldade. Alem de tu-do isso, ainda há a cor-

respondencia. Lelé passavarias horas do dia res-pondendo aos "fans" dediversos pontos do pais.Que bom é a gente sercrack! — disse Lelé nu-ma roda. Por que? —quiseram saber. O r a,porque a gente banca oartista de cinema, bancao "mocinho", que é ama-do pelas mulheres, inve-jado pelos homens é ad-mirado pelos garotos —responde Lelé.

ARTIGOS DE ESPORTES

CASA

FORTES18, Praça Tiradentes, 18ABERTA ATÉ 22 HORAS

V/ — >*?^Ü lítrrNV/fliW &^%írx\ Wj

No começo da tempo AC'lí ,Jf \»íw»^ Li

rente ano, venceu '/ .i Jf| £v) gS-^Frank Dixon no Cam- us .g f ^peonato Metropolita- %m &J ,. ,. 11 ,,„ VWvas cm vis- Vi Jimmy furou continuar correndo au «*c<?tta fechada, todavia. \\jf o campeonato nacional, que perdeu r^a H- I

desiludiram-no. \? *** Cornell, por polegaaas, cm iWo

t.-^£jpsã5? V_ , ' i.r—i' ' H7 ^**-* vlj* ... ..._- _—.- .^^_^»—____—__ _^i^M—,^»tt^—^a^^'" -.X

1 Csrrtpoã© do Verdade||

QUANDO A FELICIDADE DIZ O.K.... NO CINEMA!

__¦ ^¦¦^^a _^C^_t^ir ,_lSB_EB"fi' ^a***^ jmT J* V \?'%• H '7 : P «à aJ^& a&BBf ffBRffiBP*/Sr Sf JÊw _Br ^mjr Jffar

^ ^^^ffl^^^à^_I^B * ECONÔMICO^'Ç^MSpSS'^^ • HIGIEN1ZANTE

• Nos momentos culminantes de felicidade, todos afirmam: Eeeíh Snlusü!Porque o sabonete Salus é o mais seguroprotetor da saúde e da higiene do corpo.Combate b axilose. Neutraliza os efeitosda fermentação do suor. Seja também umvencedor, usando Salus no banheiro. Ediga com todo mundo Eeeêh SALUS!

LA pela primavera de 1936. um jovem e pequeno corredor, vestindo o uni forme da UmversM

dade de Fordham, deixou a pista de cimento do Franklin Field. em Filadélfia, dirigindo-seIpara o vestiário. Lia-se o desapontamento em sua faC&. Acabava de ser derrotado por Hei-1

bert Cornell na prova de 2.000 metros, do campeonato nacional.— Mais sorte na próxima vez — disse-lhe um "fan".

— Obrigado, amigo — respondeu ele. com um esboço de sorriso. -- Assim o espero concluía, jMais tarde, já no vestiário, falamos au o

vem atleta. Seu desapontamento era per-jceptivel. Mais ainda porque conservou-se »jfrente até próximo ao vencedor, quando se*adversário, num esforço titànlco, saltou-lh»à frente, superando-o por diferença mini-ma. Foi aquela sua última aventura e«j

campeonatos colegiais.O atleta em questão era Jimrny Raífert/,

Ha sete anos passados a vitoria sorriu-U*pela primeira vez e ele ganhou um cantpeo-nato. Depois que recebeu o grau universl-it-ario, conservou-se especialista dasdistancias .Há dois anos desenvolveu u-da

a sua habilidade na milha. Nro i imo cam-j

peonato. reafirmando a granel.todos lhe reconhecem. J i m m y sW0U"campeão dos Estados Unidos !

O GLOBO SPORTIVO — Diretores!: 'H

herto .Marinho e Mario Rodrigues K»,h0,

Gerente. Henrique Tavares. Secretario»Ricardo Serran. Redação, adinini«ttf«*J»je oficinns: rua Bethencourt da SHta» ]1.° andar, Kio de Janeiro. Preço <!<> »""

.. ,.f4(iiÔ:mero avulso paru todo o Bra«in <— Assinaturas: anual. Cr$ 30»W>. ***"

trai, CrS lã,0ü ——

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0 gloBO SPORTIVO Sábado, 20 de maio de 1944 Página 8

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Ainda que nos nossos sentimentos de bra-fl Maior Vitória *" siteiros os 6 a I con Ira os campeões sul-

americanos tenham representado muito,não se traduziu no "piacard" o sentido maior da festa em homenagem asPorcas expedicionárias. Nesta hora em que está em jogo a liberdade domundo, uma manifestação tão eloqüente de solidariedade continental

como a que acabam de dar Uruguai e Brasil significa algo mais do quea linguagem de um "sçorc". A competição esportiva foi o pretextopara essa festa de confraternização e identificação de ideais. E o aspectoacima cio estádio de São Januário - os jogadores formando um círculoolímpico e ao fundo os soldados da F. li. B. — simboliza bem o espíritodo certame

DIÁLOGO,STED és Lelé?

Sim. Por que?Yo soy Nattero.

Desci

No.Se i'i.

Pura ficar ;UsieiExat;

ftz quebarreira,

Y con razôn.Mas você tez o contrario. E você nilo imagina co-

ÍIq«ei, Com tanta raiva que andei errando

OiatteM

pe o mau jeito, Nactero.es tm bárbaro, Lelé.o? Bárbaro é imia ofensa?

se uma ofensa ia ter. Você nSo tem ratóocangado comigo, Natíero. Eu. sim.d? Y comigo?unente. _\i aqui sou respeitado, Nattero. Todavou bater um foul o outro team forma logo

tos chute .- G:'Míils a díõs."- Graças a Deus, vírgula. *

^ ~" Pu" yo' 3Jaora» sé que tuve suerte, mucha suerte.

* usted me canoneantlo desde ei inicio dei partido.eu acertasse o primeiro chute, Nattero. "usted"

mandava logo formar a barreira.Y adelantaria algtma cosa?Se adiantaria! Com a barreira na frente eu não-ária aquele chute como acertei.Cuantos

goles usted hijo. Lelé?"~ Um.

£*. ~~ Uno? Pués bie" y° n0 dejarla pasar ele go! suyo

• Y en cambio pasaria momentos mui* desagradabie».*"• Su não entendo, Nattero.

_ Paia mi fué bueno que usted retardasse tanto en

acertar com ei arco._ Eu acertei, Nattero. A bola não pegou bem, mas

eu acertei.Acerto, pero yo quede como estaba, ignorante de

todo, sin perciblr siquier que durante todo ei match ha-

bia un canon assestado contra mi.Ah!

_ La inocência, Lelé, és una grand cosa. Usted no

leyó en los periódicos mi declaracion?No.Pués yo pedi ai jefe de Ia delegacion que mandase

venir de Montevidéu otro arquem. Outro inocente, hein?

_ No Yo hará con este otro arquero 16 que ninguno

quiso micer comigo. Le voy a recomendar usted muy

especialmente. para que?

Para que no acontesca con ei lo que aconteclo co-

migo. Yo soy uruguayo. Lelé. amigo de mi pátria. ,\ era eu principio a perceber.

_ v« no me slento en condiciones de enfrentarte.

rjsted me achicó un porquítu. El otro arquero tomará

cuidado._ Mandará formar a barreira._ V otras cosítas más, Lelé. No me lleve a mal.

__ ora Nattero. era só o que faltava. Você me foi

mui,0 simpático. EA! quero que você compreenda: eu ti-

Sa de mandar aquele chute. Se você tivesse um chute

assim não o deixaria em casa. deixaria?Claro que oó-

Poi;; foi o q_e eu fiz. E a torcida já não estar*

gostando. Eu, todo jogo, Nattero, sou obrigado a dar unscluiie parecido com aquele. Senêo o meu cartaz cai.

El cartas de usted?Sim. Cartaz é retrato no jornal, dedo esticado parf

a gente no meio da rua, cartas de pequenas, uma Po*cão de coisas.

Casi todo, Lelé.Você pegou. Nattero. quase tudo.

_ Yo ahora. Lelé, me voy a gosar dei espetáculo Aun shoot, dei shoot de Lelé,

De fora se vê melhor, Nattero. Pelo menos éoqt»dizem. Eu só sei de uma coisa: não vejo direito o melchute. Sinto o Pé bater na bola. a bola ficar pequenina,

Nosótros somas maios, Lelé.Por que?Yo me quedo con Ia cabeza Hena de cosas.Que coisas?,Imaglnese usted. Lelé. Yo veo el otro arquer_>.

Que outro arqueiro''El otro, aq*el el jefe de ia delegacion mando l

buscar en Montevidéu.E que tem isso?Yo ^iento pena, mucha pena, Lelé, pero siento igual*

mente una alegria mala. Pobresito.Pobrezinho.

Yo !o veo en el médio de los paios y veo a ustedLelé, mirando ai gol.

EWga a ele Para sa4r da frente, Nattero.Dejelo, Lelé. Yo ya suíri, que sufcr* to mlsm© m

también.

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Página 4 Sábado, 2(1 de maio de 1044 O GLOBO SPORTiYÓ

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""Mano Santa" tem uma histo-ria em cada ruga

A historia do homem que tem sua vida ligada a todos os grandes feitos dos uruguaiosAs lágrimas de Matucho Figolli após o revés - Mãos enrugadas e coração fraco-

A filosofia de ''Mano Santa" — Hector Scarone foi o ponto culminante - - A maior

satisfação e a maior tristeza — (Reportagem de GERALDO ROMUALDO DA SILVA)

UANDO o iootball criou raizes na América do Sul, Matucho Pigoli aindaestava por nascer. Ele surgiu quase com o aparecimento do Nacional. Brin-cou com bola de meia, jogou em "campo de lei" com uma boa pelota de

"goma", apareceu numa preliminar, levou um trambolhão feio, teve água no joe-lho... e saiu do "palco". Mas, mesmo mancando, curtindo a ameaça de uma in-validez, não procurou querer mal ao esporte. Pendurou as chuteiras, dobrou acamisa e tratou de curar-se. Curando-se, estudou fisiologia, tornou-se de amo-res pela arte cie aplicar massagens. Quando ficou bom, não deixou o "Hospitalde Clínica" porá "pagar mais tarde"

Pagou o bem que lhe fizeram comuma atividade constante no "Sanato-rio", dedicando-se de corpo e alma àprofissão de vivificar músculos'. Es-pecializou-se.

Outro dia fui buscá-lo em seu con-sultorio. Quando falei em Figoli, umempregado respondeu-me que "ManoSanta" estava ocupado em arranjaras coisas para viajar. E frisou:

— Esse "Mano Santa" tem umahistoria em cada ruga...

O CORAÇÃO ERA MUITO FORTEMatucho foi comigo até a reunião

dos ministros de Estado. Como eunecessitava falar com o general Cam-pos, ele se ofereceu para conduzir-meaté S. Ex. Fiquei sem saber o queresponder. Não indaguei nada. Aten-dí ao seu sinal. Puxei a porta do "D.K. W." e deixei que o carro voasse."E' aqui". Matucho foi na frente. Pi-sava firme e eu timidamente. O re-ceio de perturbar alguém, deixavasempre um pouco mais para trás.De repente Matucho apareceu à por-ta, pequenino, vivo, chamando-me.Depois eu verifiquei que o generalera seu amigo. Fiz a entrevista como general e saimos. Matucho não meolhou com ar de superioridade. Trêsquadras depois falou-me com a maissanta ngenuidade que um parente seuera ajudante de ordens do ministroda Defesa. O carro continuou varan-do pela 18 de Júlio. "Tomaremos ai-guma coisa?" "Vamos, Figoli". Nobar, o "mozo" recurvou-se e cumpri-mentou Matucho pelo nome. "Vamosfazer feio en Brasil?" "Não — respon-deu Figoli — e ainda nos resta o quepoucos possuem: coração. O amor aesta terra pequenina é uma coisa in-descritivel no atleta uruguaio. Eu queo diga!".COLOMBES. AMSTERDAM, MONTE-

VTDÉU, SANTIAGO.. ,Do bar, eu fui à casa de Matucho,

Na parede da sala de estar não hápaisagens a óleo. Toda elaié tomadapor fotos ampliados. "Todo acá sepriende a Ia vida de nuèstrá gloriosa" celeste" — obtemperou em tom evo-cativo. "Um dia a Associação man-dará apanhá-la. Nesse dia Matuchoterá pregado uma peça em seus clientes. Matucho terá deixado de viver"... Eufui fixando a vista nas fotografias. Em todas, de maleta em punho, estava Ma-tucho. sempre pequenino, sempre jovial, apenas um pouco mais delgado. Ele no-tou a observação e obtemperou: "A maneira que os anos passam, a gente adqui-re mais graxa..." — disse e apontou para o esquadrão que nos fitava. "Se nãofoi o melhor que produzimos em football, andará por ai". Hector Scarone tinhaa fisionomia carregada, os olhos desmesuradamente estatelados. Romano, coma boca muito aberta parecia se preparar para o grito de "goaü", "goal dos uru-guaios!" "Esse Romano era bem louco ! Com razão a torcida gostava de chama-Io "ei loco Romano. .".

"Aqui, estávamos em Amsterdam. Os argentinos bem que se prepararam paraaos pregai um susto, mas ainda dessa feita o coração uruguaio pulsou mais forte

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ulminaritai Gestido»!

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cor. Hecwrj

^f^ ASSOCIAÇÃO mudou de sede, estádios foram levantados, alargou-se a De-«tWB zoito de Júlio, Zibecchi fechou os olhos, Scarone "amadureceu"; Colom-**^* bes, Amsterdam, Montcvdéu Santiago. ,, Tudo mudou, tudo envelheceu,tudo passou: as glorias, os feitos, os homens. Só Matucho ficou. Matucho Figolié assim como a "boa semente" do football uruguaio. O scratch pode não ter umtécnico. Pode ser constituído apenas de onze jogadores. Pode não ter delegados.Uma coisa não lhe faltará, chova ou faça sol, haja ou não dinheiro nos cofres:essa coisa — coisa grande, aliás — é Matucho Figoli.

que o portenho. Vencemos como heróis. No meio, adiante, entre Amsterdam ijMontevidéu, fitava-nos um retrato em cores. "Este foi simplesmente genial Cha-ma-se Plendibene e ainda anda por ai, forte, "gaúcho", "maeanudo".

No fundo há um episódio dramático,, E' um instantâneo em que se vêem ;o-igadores correndo e pulsos que se levantam para diretos perigosos Isto acome-jceu no Chile. Os portenhos nos queriam vencer de qualquer maneira. LorenzojFernandez se encarregou de botar os brigões para correr... "Que tal, esse LoJrenzo. Matuc.bc?" "Lorenzo Fernandez constitue um episódio do nosso footbaü.jPertence à escola dos Nasazzi, dos Gestidos. dos Pedro Céa"."E Petroni?" "Cada patada signH

ficava um goal.. 'Figoli espalma as mãos "São rugajJ

amigos. Quando elas aparecem, oco-!ração enfraquece". O homenzinho]suspira fundo: "Ah, tempos nraravi-lhosos!"

O MAIOR ENTRE OS MAIORES:HECTOR SCARONE

Matucho descreveu o »stllo d»campeões, "Digo tática. Estilo etra coisa. Jogávamos bem o com oração nos pés, na cabeça, nos :mões, no cérebro, em tud

Qual deles mais te iFigoli ?

De Colombes até ;digo..,

Fez uma pausa e exeiHector foi o mai<

Sim. Hector Scarone !E depois de HectorHector foi o ponte

Tivemos um Andrade.um Mazzali. o adivinherenzo Fernandes. NasazzPiendi, mas fico com HíScarone foi um fenômeno !

DOR E ALEGRIAColombes, Amsterdam. Santiago t

Montevidéu ficaram lá longe. Maurcho Figoli esfrega os olhos, Estani»agora em São Januário Os onze rvpazes que participaram da jomaoapermanecem sentados, eahísbalxos.olhos molhados. "Eles não mertanto. Afinal, a culpa nacOs dirigentes podiam teum quadro melhor...'

Você acha que com o quão™completo vocês ganhariam, Matucnu.

Ganhar, era impossível< «»perderíamos de maneira maisrosa. Assim, de seis. foi itrofe !

Vamos, muchachosQual foi a sua mal

no football. Figoli .A maior ? Bem. maior, maw^,

não me lembro. Senti tantas «»0„em minha vida. Cada triunfo a» Llestes" deixou-me com esta sem*-.Possivelmente, a suprema eniojaihaja recebido em Colombes, qu*»

pela primeira vez. longe dos pagos, vi a bandeira da pátria tremular no m»da vitoria. Velo, ainda agora, como num desfile de cinema miraculoso, ai.•paisagem magnificente desfilar diante de meus olhos. A bandeira subindocard" registando o triu

Matucho volta a litucho!". A voz veio deuma criança.

— E' este o dia mais triste de sua vida, Figoli—Se não o dia mais triste, pelo menos édecepção, desde que acompanho o scratch defalar e conclue após breve pausa: — Felizmente,perdido para os brasileiros. Perdendo para os brasileiros, a genteimpressão de um match jogado em casa, de que está tudo pago

e deles,mandado

cat

h mesa.satisfaça"!

nfo, os cracks soluçando. Que instante marayunw* ^mpar os olhos. "Por favor, não nos atormente m*f.'m(trás. Eu me virei. Era Riermoff. Riephoff chorava

o que me proporcionouia n»«j& Jminha terra. — Para de repei (ente. resta-nos o consolo ar . %

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<tf,OBO SPORTIVO Sábado. 20 de maio de 1944 Página 5O

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. . - „„ ,„,.,,„ flo „,,?,,,,, feira 0 flagrante feliz focaliza a torcida uniformizada do Coríntians, armando com

o loolballAliílB*!!^ ^ll *% éÈ CllilállrlilriiiSilli* IIi^i^i IR lli ^rO Saía ^H flü «ilill I fiBaiS lllllfill ¦¦•tf 11111 IIIIIII ti II tSll|il/t IVI IWiiw mm

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i , ,. . A , „«Mft<t dizeres da placa dispensam qualquer ou-

^homenagem dos uruguaios à "torcida- paulista. Os nflW°* ^^J^, pn!sMe„t« da F. P. F.

^legenda. Aparecem na foto, à esquerda, os Nrs. Amou ' jdaue, o Sr. Júlio Ce*ar Be Gregor^o,•João Lyra Filho, presidente do C N. B. e. a dire.tiu na exlr.juaa

DE RICARDO SERRAIS. FOTOGRAFIASDE ALBERTO SUEI)

BRASILEIROS e uruguaios voltaram ao gra-

mado na tarde de quinta-feira, para a rea- jlização da segunda partida em homenageia j

às Forças Expedicionárias Brasileiras. Mais de45.000 pessoas encheram o estádio Municipal dePacaembú, proporcionando uma renda record, queatingiu a grande soma de Cr$ 574.392,00, a maiorconseguida em matches efetuados no Brasil. O cs-petâculo prometia ser soberbo, pois os visitantes ;iriam procurar rcvanche da espetacular derrotade Sá o Januário. Os brasileiros, por sua vez, ten-tariam repetir a façanha. E'ra essa a expectativa.

» • •No team uruguaio varias alterações haviam

sido reitas na sua constituição, Raul Rodriguez, umautêntico erack, chegara às pressas para ocupar aasa media esquerda, justamente o setor da defesaque se apresentava mais fraco. Na zaga, Moralessubstituirá Lorenzo, enquanto o ataque surgia com.uma formação completamente nova. Um team pa-ra vitoria, um quadro pronto para mostrar o ver-dadeiro valor do football dos campeões do mundo.Os brasili-iros apareciam, também, com duas mo-diíicações. Norival no lugar de Piolin e Luizmhosubstituindo Tesourinha. Ambos players de possi-bilidades idênticas a dos anteriores.

¦ • •

Assim entraram'em campo os dois quadros,prontos para oferecer uma grande partida a massade desportistas de todo o Brasil. Os brasileiros for-mados: Oberdan, Norival e Begliomine; Procopio,Ruy e Noronha: Luizinho, Lelé, Isaias, Jair e Li-ma. Os uruguaios com a seguinte consntuiçao.CarviUón. Morales e Arrascaeta; Colture, Pmi eRaul Rodriguez; Tejera. Vasqucz, Riephofl, poriae Santiago. Mario Viana na arbitragem, tendo oc-naro cirilo e José Alexandrino como auxiliares. osparedros uruguaios e brasileiros prosseguiam natroca de gentilezas, com ofertas de flftmuias, ae•mia Placa de bronze para ser colocada no^tedlode Pacaembú, e com o hasteamento dos pavUli>.sdos dois pabes irmãos, ao som do* hinos uruguaioe brasileiro. E não faltou mesmo a sempre ooiut»revoada de pombos.

{Continua na pagina seguinte)

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Página 6 Sábado, 20 de maio de 1944 O QJ OBO SPORTIVO

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A seleção brasileira, duas vezes vencedo- !ra dos uruguaios, ergue a saudação aopúblico e nos adversários. Aparecem nafoto: Ruy, Begliomini, Jair, Frocopio,

Norivai, Isaias, Jurandyr e Oberdan i

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I N1C1ADO o match, o ambierlídade começou a ser toldadoprovizar uma tática de defesa

de seu hábitos, os uruguaios lançarat:.odo de jogo dure-- chefiando â violfcação de homem para homem tranmarcação de qualquer maneira, eonísuem passasse. Lelé, como não P°acontecer, foi o especialmente visadoguea ficou escalado para guarda-losempre pronto a socorrer o comparnelas do meia direita da seleção ipoude ser constatado após o matcht-m petição de miséria. Se o perigo eshoots, er« indispensável que nãoisso devia ser conseguido a qualqumenos de vinte minutos Raul Rodríito cinco fouls violentos no atacanít

e de cordla-'tn*> de im«cerrada, foramão do mé-cia, A mtormou-se mato que iún>ia deixar d*Raul Rotiri-Pini estava

eiro. As e.vicional, comtficaram lego:ava nos s?a!rematasse S¦¦_ preço, Era•ei havia (ei-nacional.

que de->r d*

comandãhUao jogo vioíen-

i das proxlnú*- a shootel-

retralu-se, per*íí\ ançassem P*"

itacantés. Assim,ações, na prl-e Lima estaHl

Gentilezas de antes do prelio. A delegação uruguaia e a Federação 1'uulista trotam ílâniulas, com a pro-sença dos Srs. lílvadaTia CorrAa Weyer, presidente da C. B. T». e Jofio Lyra Filho, presidente do C. Tf. T>,

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Mas os uruguaios sabiam, t«tviam «uardar Isaias, um verdade

0velocidade. Não desconheciam quda ofensiva brasileira era avessoto. Nada melhor do que espantadades da área, c o melhor era levra ató a altura do seu rosto. Isaiaimitindo que os zagueiros uruguaiosra auxiliar os halves, e estes aosponde ser obtido o equilíbrio dasmeira parte da peleja. A ala Jairentregue a Colture e Mondes, mas parecia que nao

chegaria a dar maior trabalho. Na ponta dlm^Luirinho falhava seguidamente, não preocnoa defensores, portanto.

• » •

A seleção nacional não contava com a »J«*

de Ruy, que repetia » sua descoucertante P«íor'mance do certame brasileiro. Então íora bnllian-

te nos 6x1 contra ©s paulistas, mas íraCtuss™sà4match final. Outra vex brühanu- nos 6x1 de

Januário, voltando a falhar no match seguuWjOs ef

precisamente o segundo com os urugire* do centro medlo, naturalmente, Pr^util^7o trabalho dos demais jogadores, obrigando Prw-

pio e Jair a cair para o centro, no intuito dexiliar o companheiro. Mesmo Begliomine atuw»-

;ou-se, para cobrir as falhas de Ru>-» • •

O triângulo final do scratch brasileiro, fo *

do por Oberdan, Norivai e Begliomine, m™va com acerto, afastando os atacantes «rugi

^-|Foi na altura dos vinte minutos da primeira ^que surgiu o primeiro goal dos brasileiros,

^recebeu um passe de Procopio e fugiu da m t

ção de Raul Rodriguez, adiantando a pflota, ^Jair. O meia esquerda avançou uai P°uc0

^entrada da área, desferiu um violento shoot a

^altura, que venceu Carvidon. Com a primeira ^^tagem no placard, os brasileiros P8358^^^

pados" ainda. Carvidon teV«J|trolar a partida, enquanto os uruguaiosram-se mais preocu

empregar seguidas vezes Para in'l>e<'ir a quedtfice*

Boberto Forta, capitão dos uruguaios e Zez£ Frocopio. capitão dos brasileiros, recebem as medalaa» degratidão da Cruz Vermelha Brasileira

da sua cidadela, praticando intervençõesire» das quais resultaram em escanteios. ^

(Continua *"» páffina ^«w

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íihOiio .sroimvo Sábado, M de nuuo de 1944 Página 1

"a11 íT 1C IIE E E C 4 %? H #% £•lil II1^ llfcr ts/is 0 tricô parecia nao ttr mais tim—

...entretantoo Vinho Re constituinte Silvo Araújolivrou-me desse terrível desânimo 1"

katns num .salto de bailado. 0 centro-nvante doTaseo nâo conseguiu se destacar na peleja do Ta-

caem há

AO tE&MINAR a primeira fase, o placard anunciava

i vantagem do scratch brasileiro por 1*0 goal deJ&ir. Os números do movimento técnico du ttmpo

Inicia] mostravam que os artilheiros brasileiros haviam dadomaior trabalho do que os uruguaios. Nove defesas de ,oar-Tickm, contra quatro apenas de Oberdan. Mas a ^J^"*i*!m mais expressiva no setoi dos fouls, onde os brasileirosipsreciwH com onze e Os uruguaias com dez. 15iga--e que«ire m faltas cometidas pelos nacionais estavam incluída*,ttnco de autoria de Luhdnho, ao empurrar os advquando levava desvantagem na jogada. Nos fouls Pf.ic»«fpelo- aios, sete eram sobre Lelé. estando as três res-tom,- distribuídas. 7Vpesar da violência, não se PocU^^,e"ditar tsue o final do jogo chegasse ao extremo lamentávelferifif sdo

Se a tarefa mais simples começa a causar

Irreprimível desânimo, devemos suspeitar

de que o organismo está fraco e o sangue

desnutrido. Em casos como esse, médicos

de renome, há muitos anos, vêm teco-

mondando o Vinho Reconstituinte Silva

Araújo, tônico e fortificante à base de

peptona, cálcio e quina, que abre o apetite

e estimula a assimilação dos alimentos,

agindo como um reajustador das energias.

Faca esta experiência: tome, durante dois

meses, o Vinho Re constituinte Silva

Araújo. Para os casos de enfraquecimento

geral o Vinho Reconstituinte Silva Araújo

produz, sempre, os melhores resultados.

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Atesta o Prof. BRANDÃO FILHOS

..."Tenho obtido sempre ótimo*retaliados com o poderoso Vinho

Reconstituinte Silva Araújo nos doentesrecem-operodos, para rápida toerguimentode suas jorças yuai*'*...

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etwrtufaMte

IOO TÔNICO QUE VALE SAÚDE

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»»!¦—> ii. • mu QUem *urge no flagrante saudanuo airo goal dos brasileiros. 0 marcador do tento i« J» ' *

bem a satisfação de todo o team^w-rto e.» tento é Leizinho. A expressão feliz do jmniII VBOaw a» »-« — ~ a

pela inauguração do placard

UM INTERVALO

DEMORADO

OS

TEAMS custaram a voltar ao gramado.Mais de vinte minutos de descanso, enquantoos técnicos áas equipes traçavam novos pia-

noa e sugeriam táticas- Isaias pedira substituto a

Flavio, alegando que a sua atuação estava sendo pre-

judicial ao team. Chegou, então a oportunidade de

Heleno, que foi recebido com grandes aplausos pelaassistência. Os dirigentes da seleção brasileira, em

face da marcação cerradissimà sobre Lelé. decidiram-

modificar o sistema de ataque. Heleno passaria •

atuar dentro da area uruguaia, forçando o recuo dc*

backs. Lelé voltaria mais. levando para um dos la-

dos o media esquerdo e o center-half. E Jair fica-

ria com a missão de organizar as avançadas, junta-

mente com Lima. A Luizinho caberia a missão d*

carregar Arrascaeta para fera do centro do grama-

do. Estabelecido o plano, foi mandado o team er»-

trar em campo. Acosta y Lara não previu a mu-

dança e nao fez nenhuma modificação na tática da

primeira fa**. Era o que Flavio esperava, para o su-

cesso do seu plano.{Continua na página seguinte}

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Pdínco em frente à metauruguaia.

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TRÊS MINUTOS depois

houve a segunda subs-tituição na equipe uru-

guala. Duram entrou para olugar de Pini. Aos cinco mi-mitos do período final Medinasubstituirá Riephoíf. Logo apósa sua entrada em campo, Du-ran mostrou a vontade de em-l) regar violência, atingindoJair. Começou a serie de pon-tapes. Raul Rodrigues faz vio-lento foul em Zezé Procopio.por ter sido driblado pelo halibrasileiro. O "captain" daequipe nacional protestou, semresultado, porem. O jogo en-tão começa a descambar paraa brutalidade. Os brasileirosrevidam, havendo troca deshoots nas canelas.

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Carvidon num salto espeta-eular. O arqueiro uruguaiomostrou-se mais seguro queo seu antecessor, Nattero Pe -reyra, mas não poude evitai

o alto piacard

REINICIADA a peleja, os bra-

süeiros voltaram a assumiro controle da peleja. Con-

forme previra Fiavio Costa, a de-fesa uruguaia foi forçada a recuarpcarmitindo que o ataque brasilei-ro atirasse a goal mais de perto.A violência, porem, alimentara. Oselementos da retaguarda da sele-ção oriental utilizavam o calço eo pontapé como recurso de últimahora. Mas, num lance sensacional.Luizinho escapou pela sua ala e.depois de bater Arrascaeta, cen-trou para trás, quando todos espe-ravam que mandasse a pelota aogoal. A bola ia ser defendida porCarvidon, quando surgiu Heleno emimpressionante "rush", para con-quistar o segundo goal dos brasi-leiros. aos 17 minutos do períodofinal. Estava consolidada a van-tagem e os brasileiros continua-ram atacando perigosamente.

Carvidon recolhe o balão comfirmeza, enquanto Heleno ê

contido por Arrascaeta

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ge da areítperigosa.

Lelé e Pinisaltam nabola, en-quanto

isaias es-tá "guar-dado" en-

tre doisadversa-rios quesão Col-

tare e RaulRodriguez,e Morales

está aten-— to —

A ASSISTÊNCIA vaiava os uruguaios, incentivando os brasileiros à conquistade maior numero de goals. Era visivel, porem, o interesse de determinadosplayers visitantes de empanar o brilho da nova vitoria dos brasileiros. Vás-

quez, cuja atitude cortês em São Januário surpreendera o próprio chefe da dele-gação uruguaia, mostrou as suas verdadeiras qualidades. Reclamou de tudo econtra todos. Nem mesmo deixou de dar os seus pontapés, embora sempre pro-curasse culpar o adversário. No primeiro tempo tirou a bola com a mão das mãosde Oberdan e quis que Mario Vianna desse goal. A falta, porem, fora b«m visi-vel, para impedir dúvidas.

Amontoaram-se a seguir os choques perigosos. Aos 23 minutos, Duran me-teu a chaleira em Ruy, que teve de ser retirado do gramado. Enquanto isso, Jairlevava com uma bola de Morales, no estômago, sendo também carregado parafera de campo. Procopio, que não se conformara com os pontapés, acabou en-trando violentamente em Santiago. Este revidou, dando um soco no captam dadelegação brasileira. Mario Vianna decidiu expulsar ambos de campo.

Em arte o objetivo de alguns dos players uruguaios estava vitorioso. Nãopodendo ganhar em campo, tinham encontrado uma razão para a apresentação dedesculpas ao chegarem a Montevidéu. Na capital uruguaia justificariam o se-o-undo revés com a acusação ao juiz e fazendo o papel de vitimas. Os fouls deRaul Rodriguez em Lelé seriam apenas intervenções bruscas. Não faltariam mes-mo exibições de pseudo contusões, para reforço de argumentação.

(Continua na página seauinte)

Um ata-que brasi-leiro des-feito poroportunarebatida

de Mora-les. Car-

viãon estáatento cHelenotrava a

sua corri-da sobre

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Página 10 Sábado, 20 de uitiio de 1944

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O GLOBO SlMiKTivÓ

¦ai EXPULSÃO de camPo de Procopio obrigou •reçào técnica a fazer sair Luizinho, ^"locar Alfredo em ação. Ganhando de

"an ,.c?"'.mi atacan.mais a presença de um defensor do que a ti

te. Rui também cedeu o seu lugar a Avilá,se ressentia da contusão ocasionada pelo íoui cie Duranmentos cadaatingir He.uma eotove.

ao iuvés dem-ea. Mora.o entrandoacudo seria-™- Os uru.• dez dos

Os dois teams passaram & atuar com dez emn. Ma,; não demorou muito. Morales. aoleno com um pontapé dentro da área, levoulada do cetner-íorwarci, em troca, o juiz,marcar penalty, preferiu dar a falta fora dáles ficou desacordado p teve de ser retiraiMuniz paia o seu posto. E Duran. por ter of«mente o árbitro, acabou sendo expulso tatrjbguaios ficaram com apenas nove homens, cobrasileiros.

Defendem-se os uruguaios de qualquetAqui vemos Lima êncólhendo-se todo ..d sola ameaçadora de Tejera, que recuo,.ta direita pai-a fazer essa "tirada" Ue

letra,ugír

pon-•üéiro

COBRADA a falta poi Lcilé, Cai-vidon fez cornei-, que foi ba-

tido, sem resultado. Mas voltaram os brasileiros ao ataque,tendo Jair avançado Para a esquerda. Na entrada da área

g meia esquerdo do scratch desferiu forte shoot enviezado, que, en-gonando Muniz. acabou por obrigar Carvidon a cair desastradamen-te. O arqueiro não poude voltar ao seu posto, pois contundira-se naqueda. Nattero surgiu para ocupar o seu lugar. Mas ainda não es-teva dada a última palavra nos acontecimentos desagradáveis. Aseguir Tejera tentou agredir Alfredo, sendo severamente repreendi-do pelo técnico Acosta y Lara. Seis minutos depois do terceiro goal,*ür, de cabeça, fez o quarto tento, precisamente aos quarenta e uniminutos do período final.

Jair, o artilheiro da gquipe brasileira na segunda peleja, ca- ibeceando firme para o arco. Atrás dele vem Heleno, numaéorrida impetuosa, que não prognostica tranqüilidade para o arqueiro

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^t_By^Btl^Í^^BwejR(^^BS' j_Ra^r^^a5jgi_urr'':':- *^_H_iW ^^»^2^^B.

Ctifi síj Cf(. ij «rei •Jereeífo goal dos brasileiros. Jair recebeu de Heleno e atirou forte cm goal Muniz, o veterano zagueiro qut ... -vira ^rrascacta. ttirrite çoiiseguiM apenas completar a obra de Jair. desviando o couro para o canto oposto ao que se atirara Carvidon. O goleiro uruguaio contundiu-

no lance e deixou o gramado senão substituído por Nattero

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O GLOBO SPORTIVO Sábado. '20 de maio de lí»44r Página 11

DE

RUY

Quando o jo-ao começou as e r enfeiadopelo desespe-ro dos uru -guaios, Ruy,violentamenteatingido pelohalf Duran,deixa o campoajudado porjogadores uru-guaios e cotnp a n h e i -r o s de teamO juiz MarioVianna estápresenteno local dosacontecimen-

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PAR

lü' aaI? Is q- ira^P**!'¦'í ¦ '' - :.;"-"\V '^skj^wmHBm-—v»i^a^B-—^^w^ -a-»-^, IIÉ^âÉJNÉiBS^ ¦"-¦:?

{SW&%%* um Rapaz Direff©

para ter Credito na A Exposição

\ -''•¦¦ j&&*&\. /?jg

A suo retidão representa para nós a base

do seu crédito. Esta fórmula simples significa

que você pôde, a

qualquer hora, abrir

um Crediário em 10

Cariai ü Kl m#i«s e em 10 vezes.#^^^t»

Ú&t*IDA Í5Q.5AX) JO$r

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J.ABERIA a Tejc-ra, faltando pouco maisde um minuto para o final, dar a nota;triste de encerramento. O ponteiro

uruguaio, depois de um choque entre Alfredoe Vasquez. no qual o meia da seleção orientalsaiu contundido na costela, agrediu o halibrasileiro, sendo também expulso do gramado.Pouco depois, ouviu-se o apito final. O pia-card assinalava a contagem de quatro a zer«a favor do selecionado brasileiro, que assimconfirmava o espetacular triunfo obtido emSilo Januário. Outra vitoria líquida, servindopara atestar a superioridade atual do footbalíbrasileiro, sobre os campeões sul-americanos.Isso a despeito do esforço dos jogadores vist-•tahtes para tirar o brilho do triunfo con-Quistndo.

•Jair foi a maior figura do quadro vence-dor. Alem de fazer três goals espetaculares,foi o atacante mais perigoso. Conduziu *avançada dos brasileiros, ajudando tanto •ataque como a defesa. Oberdan teve poucotrabalho. Quase foi surpreendido por uma pe-lota que bateu no chão e tomou efeito. A su*presença de espirito salvou-o de um desastrt*,pois mandou a pelota a comer. A zaga estevesempre firme, como se há multo atuasse com,a formação de quinta-feira. Procopio desta-jcou-se entre os halves. Na linha, alem de Jair,idevemos ressaltar o trabalho de Heleno e Ü-ma. Luizinho pouco produziu e Lelé, apesarde muito marcado, auxiliou como poude.

a ar •

Entre os uruguaios. Carvidon. Morales 11Arrascaeta destcaàram-se. Mas R. Rodriguesfoi o n. 1 da equipe. O atlético médio esquerdoé realmente um half de classe. ET pena qu«recorra ao jogo violento, pois possue qualida-des suficientes para dispensar os recurso»extras.

(S\ IRIGIU o match Mario Vian-JÊJf na- O juiz número um do Rio.

transigiu demais com as jo-|a^a^ violentas. Permitiu que Raul«ockiguez fizesse seguidos fouís em«tó, limitando-se a adverti-lo. De-g^s ainda tentou evitar a expulsão«e Morales. Duran e Procopio, natu-íaímente com intuito de dar novas

Mario Vianna, o juizoportunidades aos indisciplinados. Oresultado foi o pior possível. De umamaneira ou outra, todos acabaramíora da partida. Achamos que Mario

Vianna deveria ter cumprido as de.-terminações da lei desde o princípio,üm match de íootball. ainda que te-nha como objetivo principal a cordia-lidade entre dois centros esportivos,deve ser apenas um match de foot-bali. Contemporizar com a violen-eia é que traz resultados desastrososcomo os de quinta-feira.

CONTRA A CASPèI

ALEXANDRE[EVIDENTE EFICÁCÍA

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Página 12 Sábado, 20 de maio do 1944 O GLOBO SPORTIVO

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C7tiV

Os scratohmon uruguaios (na esquerda para a direita): Carviuon, Pereyrn *Tnftero, Arrascaeta. Lorenao, Mondes, Coltnre, Durai, e Sn.

gastume (ao-alto); em baixo: Raul ltodriguez, Yòlpi, Vasquez, Riephoíí, Medina, Poria, Santiago e Zupirain, reíorç-o esperado para o— segundo jogo

Vfili bsJAW A T E H L mDOS URLGVAim

\De Ondino Viera, especial para O GLOBO SPORTIVO)

fj?ínf*!w de comentários técnico* feitos pelo conhecido técnico

mrugum^ alriwm do microfone tia Rádio Oficial cie Montevidéu

para o publico uruguaio)

K NTBS de iniciar-se o jo-tx go, disse que o mais se-

rio obstáculo que encontrariamos uruguaios seria o sistema de"defesa cerrada", que desde oano de 1941 vimos pondo emprática no football nacional.

Comentei que a Unha diaii-teira de meu país se veria em-baraçada com a marcação dehomem para homem e que di-ficilmente coordenaria suas in-vestidas, pois o jogador que re-eebesse uma bola não encontra-ria quase nunca companheiroslivres para entregá-hi.

EJxpressei, também, que meparecia que o scratch uruguaiocontava com grande quantida-de de debutantes em lides inter-nacionais, fato que significavaum grande "handicap" paraos locais, cujos valores já estãosuficientemente t r a q it e j a -dos. por serem em sua grandemaioria "campeões brasilei-ros", defendendo as cores doRio ou de São Paulo.

L CEDO PARA COKCLUSOES DEFINITIVAS

O trii> utaeante do

Lf»j

ASPREVISÕES

SECUMPRIRAM

Ao fazer o comentário final.pude dizer: a ofensiva uniguaia foi impotente para vemcer o sistema de marcação em-

•gada pela defesados a taçan

com grande prazer que aceito c convite do GLOBO SPORTIVO para queexteriorize minhas impressões sobre o que foi a luta de domingo no estádiodo Vasco da Gama, entre as seleções do Brasil e do Uruguai. A vitoria dos

locais, Brasil, é inobjetavel. Realizaram um jogo prático, veloz e incisivo, que- setraduziu rapidamente no escore. Os uruguaios se viram surpreendidos pela táticaempregada pelos donos da casa, que fizxram uma marcação de homem para ho-mem muito parecida a que se desenvolve no basketball, que, para jovens elemen-tos como os que apicsentaram os uruguaios, sem experiência alguma, proporcio-nou aos locais resultados magníficos. Os celestes poderiam ter realizado umaatuação melhor e ter reagido ao inicio do 2.° tempo, não se houvesse concretiza-do o 5.° goal. pois ocorrido este já o moral da equipe uruguaia ficou totalmentequebrado e assim a sorte da partida esteve à inteira, disposição da seleção nacio-nal brasileira.

Portanto, não cabe objeção alguma ao nítido triunfo conquistado pelos ir-mãos rio Brasil, ainda que meu juizo pessoal é de que as cifras de seis a um sãoexageradas.

Posso assegurar que a performance do team local é uma das maiores que ja-mais vi. pois no Sul-americano de 1942 vi um selecionado brasileiro muito técnico,com uma grande defesa, mas que carecia de ataque. Domingo, no entanto, tive-ram as duas coisas: grande defesa e um ataque de grandes condições. O trio ata-cante Lelé. Isaias c Jau- elaboraram pelo meio do campo a vitoria do team nacio-nal. Gostei do de_e_menho dos cinco dianteiros, de Procopio, de Ruy e de Be-gliohüni.

( Por Daniel Feres, presidente do Centrode Cronistas de Montevidéu* especial pari

O GLOBO SPORTIVO)

<:¦ vs ver,ii braâi-ó vez,-ar con-afirmar

. o foot»lelhorea

Dentro de meu conceito o' jogo entre brasileiros e uruguaios repre-sentava um teste para os sistemas de jogo que estamos utiliza n;. >m opropósito de elevar o football deste país às alturas em que mero

Os uruguaios foram vencidos por score alarmante e a defe.!leira foi vazada uma

Podemos por isso ticlusões definitivas eque estamos orientam!bali brasileiro peloscaminhos ?

Somente temos que dizer queainda é cedo. O scratch uru«guaio não está representado po-tos seus mais altos valores.

Devemos esperar o segundojogo e novas oportunidades ea-quanto as discussões em tornod o s sistemas e escolas cont>miam.

OQUE

DEVEMOSDESTACAR

Muito alem do aspecto téfrnico e tático que comentamos,resplandece o panorama moralde eleva tio civismo e esportivv

eiicoivdade que caracterizou onão vieram

es ura*tro. Os uruguaiosganhar ou perder, com»sileiros não entraram em caiu-

po com qualquer dessas 1 naldades. Ambos, irmanados pelosentimento fraternal de dois po-vos, pisaram o gramado paraapresentar suas despet dasforcas expedicionárias !ue bre"vetnente partirão para <> cura. Os uruguaios perdt a n d o bravamente

brasileira e a defesa uruguaia ioi impotente parabrasileiros. Nestas duas afirmações seconter as incursões

concentraram iodos os comentários técnicos que se podiam fazer sobre

a eloqüente vitoria do football nacional.

mente Suportaram uma derrota dolorosa para as tradições do seu fo<aurèolado por duas conquistas olímpicas e um campeonato mundu

Mas ainda neste amargo e dtfieil transe, honraram a tradi"Mestres'" e "Campeões do mundo", porque souberam perder oas aüao finalidades cívicas que inspiraram à festa.

a-ÍKtlls

AO «<*

honra*

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O GLOBO SPORTIVO Sábado, 20 de maio de l$)4i Páirina 13

Escreve GERALDO ROMUALOO DA SILVA

¦

M Melilla, meia hora antes doprimeiro avião alçar vôo, tra-zendo ao nosso pais uma parte

dos famosos campeões olímpicos. Ce-Jestino Mibelli, o mais antigo dirigentede football da América do Sul, chegoua me falar da possibilidade de seuscompatriotas não se saírem mal do.--compromissos programados para o es-tadio de São Januário e Paeaembú.Mas falou estribado no ardor e no mo-ral que sempre acompanharam oscracks de sua pátria, sempre que estes, em terra estranha, tivessem de colocarem xeque as gloriosas jornadas de Colombes, Amsterdam e Montevidéu. E recor-dou o que :oi o certame de Santiago, os amistosos em Buenos Aires e a "Copa RioBranco'' disputada em 40, na cancha do Vasco. O atual tesoureiro da AssociaçãoUruguaia irisou:

Se os brasileiros não conseguirem envolver nossos rapazes nos primeiro*15 minutos de luta, a peleja tornar-se-á difícil de se definir. O perigo está naqueda de nosso arco, primeiro, nesse espaço de tempo. Então, poderia surgir urnacatástrofe.

Então o Sr. acredita em desastre ?...Depende de como os brasileiros entrem em campo. Fazendo-o bem orga-

nizados, com uma direção técnica à altura dos valores individuais que o Rio eSão Paulo possuem, preparando-se como se prepararam, é perigoso

NAO CONTAMOS COM SELECIONADORES EM 40 E 42Agora, a gente pode recordar a triste campanha que cumprimos em Buenos

Aires, no ano de 1939: a desmoralizante figuraque representamos no Rio, em 40, e o abandonecom que nos apresentamos para os jogos do sul-americano de 42, Nunca estivemos tão afasta-das das nossas reais possibilidades como nessasépocas, e nunca os técnicos nos comprometeramtanto. Na cancha de Boédo, em São Januário eno estádio Centenário, fizemos o papel do bomvizinho que não deseja participar do aniversa-rio, ao lado, mas que necessita estar presente,porque, dia virá em que estaremos sujeitos aomesmo acontecimento... Arrumamos as malas,convocamos jogadores inexperientes e partimos.O resto importava pouco.Assim, perdemos de cincoduas vezes, não nos con-duzimos bem, dentro doterreno da disciplina, edesmoralizados, voltamosa perder em nossa pro-pria casa, para um adver-sarío que se serviu única-mente do esforço paracomprometer ainda maisnosso prestigio desportivo.

No gramado do estádioCentenário, andamos per-dendo de um, empatandocom os paraguaios, e ven-cendo os chilenos. Isto,porem, graças à orienta-Çâo que Tim e Domingosprocuravam emprestar àequipe. Estávamos entre-

tes às baratas... Ali. como em Boédo e São Januário, os selecionadores deixar--iam de cara ao chão se Tim não tivesse tomado a si o encargo de comandaranguarda, e Domingos a responsabilidade de orientar a retaguarda.MAIS SENHORES DE SI, MELHOR COMANDADOS

Em 44 o panorama mudou muito. A despeito do pouco tempo do qual dis-emos para os treinamentos isolados e coletivos, tivemos à frente da equipe"

O sentido realista da admiração dos uruguaios em faceda atuação dos cebedenses— Marcação perfeita, con-rrole exato da pelota e das jogadas; passes longos e rá-

pidos, e shoots inesperados ao goal — Afinal, tambémDori Kruschner deve participar desse grande feito

que praticamos. Gestido, o famoso "eiCapitain" declarou-me que os brasilei-ros são presentemente superiores aosseus compatriotas em que, apenas porquestão de '"chance" poderiam levar apior num confronto com os "porte-nhos". Carlomagno, após algum retro-cesso afirmou: "Os brasileiros pro<.*re-diram. Enquanto nós nos agarramosaos métodos antigos do "W" e da de-fesa aberta, no Rio e em São Pauio osquadros entram em campo com pia-

nos adrede preparados para marcar e evitar tentos. Não creio que possamos em-patar no Rio de Janeiro!". Pedro Céa foi mais prático: "Eu só deixaria o Uru-guai para realizar uma temporada no Brasil contando com tempo para adapta-ção e preparo no próprio terreno dos jogos. Eles estiveram aqui em 40 e so nãolevantaram o sul-americano porque não contaram com um homem destemidoque lançasse valores que permaneceram na reserva quando deviam estar em cam-po. Considero uma temeridade lutar no estrangeiro, nas condições em que noadispomos a lutar".

E você, Castro ? *"El Manco", o sempre lembrado "piloto olímpico", salientou:

Não podemos vencer. Os brasileiros progridem e nós regredimos. Pocfia-mos melhorar nossas condições, mas preferimos vender o que de bom possuímos.O Brasil leva mais esta vantagem sobre nós: seus grandes craclcs ficam lá".

LEMBRANÇA DE KRUSCHNEROs homens daqui e do Prata enaltecem a maneira pela qual nos portamos

em campo. Malbaratam elogios à marcação "ti-po defesa cerrada" — o que eles não tomaramainda muito a serio. Ouvindo e lendo todos osregistos acerca da perfeição com que se houve-ram os homens de retaguarda patrícia, nâo éjusto que se esqueça o nome do introdutor dessanovidade em nosso pais: Dori Kruschner. Eíe-tivamente. se há um técnico que merece estaj^jligado ao triunfo de São Januário, esse técnicaé Dori Kruschner. Mas Kruschner não pou-'de esperar pela consagração de sua teoria. Co-mo sucede com todos os visionários, pregou umaobra e deixou que a vida legasse a outrem a fa-

culdade de lazer dela umcaminho para os seus tri-unfos.

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ouhomens do quilate de um Vinhaes, de um Flavio e de um Joreca, todos portadoresde títulos magníficos e de grande experiência na arte de selecionar e prepararconjuntos. O critério de se aproveitar o melhor que possuíamos dentro das possi-unidades que o tempo nos reservava, deu excelentes resultados.

Porque, na realidade, nunca um esquadrão nacional se mostrou mais coeso,tão moralizado e logrou alcançar vitoria mais expressiva quando em confrontoçom um team da categoria dos campeões olímpicos. Sim. é necessário frisar bemisto: não vencemos um "onze" inexpressivo, uma força malbaratada: impusemo.-uma vitoria justa, eloqüente e dramática aos campeões sul-americanos. E aten-temos mais jiara o seguinte: se os uruguaios guardaram outros feitos de catego-ria alcançados sobre nós. nós faremos registar no livro de ouro do football na-eional o placard de São Januário. Os orientais, com esse mesmo quadro, têmcompetido com os argentinos e levado sempre a melhor. Nós não nos confor-toamos apenas com a vitoria: fizemos alarde de uma técnica mais apurada e de«ma tática que ninguém na América do Sul ousa empregar com mais poder deefc-Ayidade e com mais perfeição. Aliás, a admiração contida nos conceitos elo-giosos que os nossos irmãos do Prata deixaram transparecer em cada entrevista• em cada revelação particular, constitue por si só o sentido mais alto de-queavançámos muito tática e tecnicamente no football "association".

MARCAÇÃO PERFEITA. CONTROLE ABSOLUTOE* fácil vislumbrar que o panorama mudou muito Lembro-me do que me

disseram em Montevidéu, com a sinceridade que traduz seus atos e palavras. Al-faro Gestido, Carlr-s B. Carlomagno, Pedro Céa e Hector Castro, hoje apontadosforno os mais profundos conhecedores do assunto, no Uruguai. Estive com to-dcf eles, falei-lhes da necessidade que tinha em mandar para o meu jornal umaopinião analisada sobre o estado atual do "soecer" oriental em relação com o

À VÉSPERA BAPARTIDA OS URU-

GUAIOS PENSAVAMASSIM: UM TEAMQUE INSPIRA RES-PEITO REPRESEíf-

TARA OS (.ELES- TES

y rINTE e quatro h&-1/ ras antes do em-

barque da dele-gàção uruguaia para •Rio, "El Pais", impor-~ tante órgão da impren-

sa oriental, publicou o seguinte artigo em sua página de esportes, sob o suges-tioo titulo: "Un team que inspira respeto representará a los Celestes": "Muit*a tempo a Comissão de Seleção poude, lançando mão de seus melhores recursos^integrar o "plantei" selecionado com bons elementos de nosso meio. Não pode-7uos dizer que o quadro que lutará contra as fortes representações do Brasil êa mais alta expressão de nosso profissionalismo, mas, pode afirmar que em re-lacão ao anterior, o quadro é excelente e pode até defender briosamente o titulode campeão sul-americano. A Comissão de Seleção havia tropeçado a principt*em um obstáculo intransponível: os jogadores do Nacional não podiam deixarMontevidéu, pelo fato de se acharem coiJiprometidos desde há muito para a rea-lisacão de um programa inaugural de seu estádio. Uma solução posterior da*autoridades argentinas deixou em suspenso a viagem do NeivelVs, e em conse-quencia em liberdade muitos dos jogadores tricolores. Mas, alguns destes per-manecerão em Montevidéu para que o "onze" local esteia bem representado nagrande festa de domingo, enquanto que outros seguirão com títulos de cracks.Assim, o Nacional repartiu equitativamente seu "plantei", e isso deve ser desta-caao. pois a entidade tetra-campeã tinha urgente necessidade de todos os seu*elementos para inaugurar sua obra máxima. De qualquer maneira, vão ao Riofootballers da estirpe de Carvidón e Pereyra Nattere, arqueiros; zagueiros dãqualidade de Arrascaeta, Lorenzo, Muniz e Morales; medios-zagueiros magnífi-cos, como Colture, Durán e Sagaslume (se fosse ainda Raul Rodriguez, a trilo-gia seria esplêndida) e adiante poderá ser composta uma linha de aiwvços for-tissíma, com o concurso de Volpi, Vasquez, Mcdina, Riephoff e Porta. Compre-ende-se que atualmente elementos da capacidade de Zapirain, Calpalissi, KaulPinni, entre outros, são insubstituíveis, rnas repetimos que, em última instância,tudo foi arranjado com perfeição. Temos fé na equipe e acreditamos que asnovas figuras do football brasileiro — o conjunto "norteno" vem de renovar quea totalidade de suas "estrelas" terá que jogar 7tiuito bC77i para quebrar o P<de-rio dos "celestes". Dcseja7nos a todos uni trabalho de acordo com o presiuiioinigualável do nosso football. Urna feliz viagem dos players e aos colegas quevão estreitar relações de irmãos. E, acima de tudo: que alcancem o objetivo co-7HU7SI — enaltecer àqueles que vão lutar por nossa própria liberdade".

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Página 14 Sábado, _0 de maio de 1944 O «LOBO SPOKTIV0

Síié o pr iineiro jogoTODO ü PAÍS VlltltOlí COM OS <ÍX1

DA VIT01Í1A SENSACIONAL DA

SELEÇÃO liKASlLEIEA

IO GLOBO SPORTIVO teve oportunidade

de fixar, em cores vivas, na sua edição es-pecial de segunda-feira, todo o sensacio-

naiismo que cercou a grande vitoria obtida, nodomingo, pela seleção brasileira sobre a repre-sentação uruguaia. Nunca será demasiada, toda-via, qualquer iniciativa que, vise recordar aquelashoras de empolgante vibração cívica c desporti-va que foram as do espetáculo grandioso levadoa efeito no estádio de São Januário cm home-nagem à Porca Expedicionária Brasileira. E porisso é que estamos aqui novamente, aproveitandoa oportunidade desta nova edição especial dedi-cada ao segundo jogo, efetuado no Facaembü,para reviver um pouco do que já fixamos na edi-ção anterior, e apresentar ao mesmo tempo ai-guns ângulos novos da magnífica vitoria da sele-ção brasileira no primeiro jogo. Não se trata,Evidentemente, de reavivar as feridas abertas naUma dos nossos irmãos uruguaios pela derrotaetrondosa, que teve uma repercussão dolorosa;m Montevidéu, mas sim de procurar apenas dei-

xar bem clai-a a expressão notável desse feitobrilhante da seleção nacional. Desse feito quelavou a alma dos torcedores brasileiros de todasas amarguras anteriores, proporcionadas pelosfracassos nas Copas Roca e Rio Branco ultima-mente disputadas, e que fez vibrar toda a cidadedurante a semana inteira. Em verdade, os "tiros"espetaculares de Lelé, a classe inconfundível deLima, meia que atuou na ponta como o melhordos pontas; o trabalho construtor gigantesco deJair, as cortadas surpreendentes de Tésourinha,o ímpeto de Isaias, o dinamismo de Zezé Proco-pio ,a atuaç3.o surpreendente de Ruy, a "dureza"de Noronha, a exibição sólida de Begliominc, oentusiasmo dé Piolin. e as pegadas seguras deOberdan o Jurandyr, foram acontecimentos quepassaram pelos muros do estádio do Vasco daGama e se espraiaram por toda ã cidade, por to-dos os Estados, mesmo, como o afirmaram os te-lègramas recebidos de todas as partes do país.A vibração da torcida brasileira não se limitounos noventa minutos da peleja travada em SãoJanuário. Ela se prolongou por varias horas mais,tíor vários dias mais. Vibração igual só se ve-rificara antes, por ocasião dos êxitos do scratchbrasileiro no campeonato do mundo de 38. Comoentão, gente que habitualmente nunca se preo-cupa com o football, exibia segunda-feira um sói'-riso feliz, uma fisionomia agradável de quem ti-rou um bilhete com a sorte grande, e repetiapara todos os amigos: "Mas que linda a vitoriade ontem, hein? Que coisa louca. Como chuta oLelé, como jogam o Lima, o Jair e o Tésourinha!Que linha impressionante".

A OFENSIVA BRASILEIRA SUPEROU TUDOO QUE SE HAVIA VISTO

Muita gente pode pensar que estamos exa-gerando. Mas não estamos, não. A verdade é essaque está flagrahteadá nas linhas acima. Toda acidade vibrou com a espetacular vitoria dos bra-sileiros, sem dúvida,* mas o que calou mais pro-fundamente no espírito da torcida foi a exibiçãoextraordinária do ataque nacional, o quinteto queFiavio Costa e Joreca colocaram domingo emcampo com a camisa da C. B. D. superou tudoo que se havia visto antes em matéria de agres-sívidade de ataque, de eficiência permanente, deentendimento, de entusiasmo. Isso não quer dizerque aqueles cinco homens que pintaram o diaboem campo domingo possam fazer o mesmo emtodos os jogos, ou a qualquer momento. O fato.porem, é que no domingo o ataque brasileiro foisimplesmente esmagador, abafante, cem por cen-to espetacular. Nunca se viu uma linha de se-lecionado chutar tanto e com tanta segurança epontaria.

E NOTE-SE QUE A DEFESA JOGOU BEMPara se fixar melhor quão impressionante foi

a exibição da. ofensiva nacional na tarde de do-minco. é preciso que se note que a defesa jogoubem~ atuando melhor do que se esperava, emface da presença de Ruy, Piolin e Noronha. Poismesmo assim, mesmo jogando bem, a defesa fi-cou longe, comparada com o ataque. Porque ine-gavelmente as ações mais positivas e mais bo-nitas da peleja foram armadas e executadas pe-los homens da vanguarda.

IMPRESSIONADOS OS URUGUAIOSAliás, es próprios uruguaios confessaram-se

surpresos' e impressionadas com a agressividadedo ataque brasileiro. Roberto Porta, um veteranodos prelios internacionais, acentuou que o triocentral poderia sP ombrear, sem desdouro, comos maiores trios do Prata. Henrique Femandez,ímtigo jogador oriental, que agora está em en-tendimentos com o Fluminense, foi mais longe,afirmando qiie nem os ingleses, nem a famosaseleção "azurra" escapariam de um revés enfren-tando um ataque arrasador como estava domingoo da seleção brasileira. O documento mais im-mressionante, porém, foi a declaração do goleiroNattero, sobre o chute de Lelé: "Que barbarida-dê. Nunca tí coisa igual...".

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O primeiro goal dos brasileiros, assirialado por Isaias. O centro-avante do Vasco da Gama abre os braços paiareceber as felicitações dos companheiros, enquanto Nattero e Arrascaeta estão "arrasados"

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Segundo goal brasileiro. Tésourinha cruzou na frente du arco e chutou com o pé esquerdo. Nattero, surpivenpelo inesperado shoot atirou-se atrasado e em vão

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Este foi o terceiro goal. Tesouruiiia cobrou uj?i comer c Lima "compareceu" de caht^a para coiocar a 4**^ outro canto

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O «LOBO SPORTIVO Ssihado. 20 de maio de 1944 Página 16

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ft ]VULTO DO PLACARD

A SPPRNattero faz uma defesa firme assediado por Isaias. O arqueiro uruguaiofoi um dos pontos que não convenceram na equipe que enfrentou do

mingo os brasileiros

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defesa nacional, forçando-a. inclusive, eon-

... —Dom flagrantes de ataques brasileiros. Ao jalto, Nattero agarrou bem o couro, desvi-ando-se da entrada de Isaias. Ao ladoLima perdeu o controle da pelota para owqueiro, enquanto Colture vem aliviar a

situação

2 Pelo o,ue expusemos acima, é fácil seconcluir que a repercussão maior queteye o triunfo nacional foi calcada

na surpresa. Em verdade, uma grande parteda massa torcedora não, acreditava noscratch antes, de ser iniciado o jogo. Fossepela recordação dos insucessos das últimasCopas Roca e Rio Branco, fosse por causada ausência definitiva de Domingos, ou fosselá por que fosse, o fato ê que havia muitasopiniões favoráveis à seleção uruguaia. Nemmesmo os três goals seguidos assinaladospelos brasileiros conseguiram impor a segu-rança da vitoria. Bastou que os orientaisencontrassem o caminho das redes uma vez,marcando o tento que seria o único da pe-leja, para que ressurgisse o pessimismo e oespírito de desconfiança, traduzidos no co-mentario simples mas cheio de temor: em40 também nós (brasileiros) estávamos ga-nhando de 3x1 e fomos perder por 4x3...Foi preciso a marcação do quarto tento na-cional. quebrando assim a hipótese Qg umarepedçíio da "virada" uruguaia, pelo menospara o score de 4x3, para que se tranquili-zassem os "fans" nacionais. Depois dos 4x1então tudo indicava que o caminho da vito-ria não ofereceria mais tropeços. Verifica-seassim quão profundamente arraigada estavano sentimento dos -fans" a impressão dosdolorosas insucessos das Copas mais recentes.

O INICIO DEU PARA ASSUSTARTanto mais que o inicio da peleja deu

verdadeiramente para assustar as brasileiros.Entrando em campo com muita disposição efazendo alarde de uma rapidez de jogo queaqui não se usa habitualmente, pois que to-dos os teams tem os seus movimentos res-tringidos pela execução de táticas de mar-cação ou de ataques, os jogadores uruguaiosconseguiram lançar uma ligeira confusão na

ceder vários corners consecutivos. Se osplayers orientais tivessem a chance d*, fazerum goãlzihhb que fosse naquelas minutos óaarrancada fulminante, não se poderá afír-mar qual teria sido a reação, o goal. po-rem, não apareceu e os jogadores brasileiro*tiveram tempo para se firmarem e passaremao controle do jogo. De tal forma quí «ofinalizar o primeiro tempo a partida já e»-tava definida. Não só territorialmente coraos nossos jogadores em franca supremaciade ações, como também no placard, que re-gistava: Brasileiros 4 x Uruguaios 1. Pareo segundo tempo da luta os visitantes upr«-sentaram-se com o ataqug alterado, inclui-do o veterano Roberto Porta na meia es*querda. saindo Riephoff, e substituindo Volplpor Tejera, que deixou a ponta esquerda pa-ra Santiago. Admitiu-se então a possibili-dadp de uma reação dos orientais. Ma? emverdade não houve mudança no panorarn»da luta, a seleção nacional, firme em oda»as suas Unhas, continuou mandando no jogt*sem permitir que a equipe visitante lograsa*êxito nos seus esiorças para dar uma íciçã*diferente á pugna. Porque essa justiça ter*que ser feita sempre ao selecionado da A.U. P. que foi batido no domingo. A de qu*foram lutadores esforçados, iníatigavels «corretos. Perderam alto, mas perderam co-mo verdadeiros "sportmen**. Não se entre-sraram. positivamente, mas não perderam ••abeça ante o placard esmagador. Lutara»eom energia, mas sem violencio, foram com-bativos, mas não brutais. Com isso afir-snaram exuberantemente que se no momen-to não gozam da melhor forma técnica, c*-tentam ainda, no entanto, as suas mais ca-rtnhosae tradições de cavalheirismo. de dto-ciplina, de elegância moral.

O MOVIMENTO TÉCNICO

3 o movimento técnico do primeiro jogoapresentou os seguintes detalhes:Placard — Brasileiros 6x1. Primeiro tem-

Po — Brasileiros 4x1.Goals — De Isaias, aos 8 minutos; Tesou-

linha aos 22 minutos, lima aos 27 minutos. Te-Jera aos 30 minutos e Ruy aos 44 minutos, noPiinaeiro tempo, e Lima aos dois minutos e Lei*•os 30 minutos, na segunda fase.

Juiz — Genaro Cirilo, ótimo.Renda —• Cr$ 453.436.00.TEAMS — Brasileiros: Oberdan (Jurandyr

**><> *els minutos do segundo tempo*. Piolin eBeghorrine; Zeaé Procopio. Ruy e Noronha; Te-•ourtnha, Lelé, Isaias, Jair e Lima.

Uruguaios — Nattero; Loreruso e Arrascaeta;Colture, Duran e Saga*tume; Volpi «Tejera no•egundo tempo), Vasquez. Medlna, Riephoff(Porta iio segundo tempo) e Tejera i Santiago**> segundo tempo).

Ataques — Brasileiros. «; Uruguaios, 31.Off-sídes — Brasileiros, 4; Uruguaios. 1.Chutes em goal - Brasileiros, 27; Ura-

Cttaice. 12.Defesas — Brasileiros. 10; Uruguaios. I*.Coniers — Brasileiros. 8; Uruguaio* 6.^als — Brasileiros. 33; Uruguaios, 11.Saods — Brasüelre», 4; uruguaios L,

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