hiv e tuberculose -...
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HIV e TuberculoseO impacto da tuberculose na escolha
do tratamento
Beatriz Grinsztejn, MD,PhD
Instituto Nacional de Infectologia Evandro
Chagas
Fiocruz
Rio de Janeiro, Brasil
Caso Clinico
Jose tem 32 anos, é zelador e foi diagnosticado com infecção pelo HIV
em 2010 após um diagnóstico de sífilis.
Nasceu na Bahia, vive no Rio de Janeiro nos últimos 15 anos, nunca
viajou para o exterior.
É tabagista desde os 15 anos, 20 cigarros ao dia, mora sozinho, não
usa alcohol or qualquer droga recreacional, tem 2 cães
É solteiro, homossexual e não tem parceiro fixo.
Resultados de exames laboratoriais iniciais
• Contagem de linfócitos CD4:205 cells/mm3
• RNA HIV = 73,500 cópias/mL
• HbsAg neg, anti-HCV neg
• Clearance creatinina >90
• IGg Toxo reagente
• PPD não reator RX tórax normal
• VDRL 1:1 FTAabs positivo
• Orientado a iniciar TARV, não aceitou de imediato.
• Iniciado profilac=xia PCP com SMZ+TMP
Evolução Clinica
José não retorna ao seu médico por um ano, reaparece com uma
massa cervical a esquerda, que a palpação tem consistencia
aumentada, sinais inflamatórios (++/4+).
Refere febre diária há 20 dias, sudorese noturna, nega tosse;relata
perda ponderal de aproximadamente 10 kg em 3 meses. Sem
outras adenopatias periféricas;hepatosplenomegalia.
RX tórax normal. CD4 51células/mm3, RNA HIV->750 000, clearence
creatinina normal
Hepatograma mostra aumento discreto de transaminases, fosfatase
alcalina 5x normal,LDH normal.
Hto 34,PCR 20
BAAR no escarro induzido negativo, Xpert negativo
Realizada punção massa cervical
Qual o diagnóstico mais provável?
Qual o diagnóstico mais provável?
1.Linfoma
2.Tuberculose
3.Histoplasmose
4.Bartonellose
5.MAC
Relatório da OMS 2013Controle global de tuberculose
No mundo todo, 9,6 milhões de novos casos incidentes de TB em 2013; 1,5 milhão de óbitos por TB
~1,13 milhão (13%) Casos de HIV+TB;400.000 mortes por HIV+TB a cada anoA TB é a principal causa de morte entre PVHIV, respondendo por um em cada cinco óbitos relacionados ao HIV
HIV-TB
• Um terço das 35 milhões de pessoas que vivem com
HIV em todo o mundo estão infectadas com TB latente.
• Pessoas coinfectadas com TB e HIV tem 30 vezes mais
probabilidade de desenvolverem doença ativa por TB
quando comparados aos individuos não infectados pelo
HIV.
• A TB é a principal causa de morte entre pessoas
vivendo com HIV, respondendo por um em cada cinco
óbitos por AIDS
• TARV altamente eficaz em prevenir TB
• TB extrapulmonar é responsável por 10%-42% dos casos de tuberculose (TB), com % maiores entre crianças e individuoscoinfectados com HIV
Havlir, Getahun et al. 2008 JAMA 300(4):423-430
O declínio no nível de CD4 está associado ao aumento
do risco de morbidade e mortalidade: Incidência de TB
"Zona de morte da TB"
Slide adaptado por Dr. Abhishek Sharma
Diagnóstico TB
• Retardo diagnósticoaumentamortalidade
• Globalmentesomente 65% dos casos de TB sãodiagnosticados e tratados
Como suspeitar e diagnosticar TB mais precocemente em pessoas com
HIV/AIDS?Confirmação diagnóstica pode ser dificil, sendo um desafio a coleta de tecidos, principalmente quandoprofundos
Doença tipicamente paucibacilar• Cultura (meio liquido ou solido)é o padrão ouro para
diagnóstico.• Estrutura laboratorial limitada e tempo de
processamento e retorno prolongados limita a utilidade da cultura na pratica clinica
• Histologia pode ser util
Xpert MTB/RIF deve ser usado em vez de microscopia convencional, cultura etestes de susceptibilidade a medicamento como o teste diagnóstico inicial emadultos e crianças com suspeita de TB associada ao HIV (pulmonar e alguns tiposde TB extrapulmonar)
Precisamos diagnosticar e tratar rapidamente a TB nas PVHIV
Teste molecular de 2 horas para diagnóstico de MTB e resistência à rifampicinaOutros testes de drogas estão por vir
Mais sensíveis do que baciloscopia BAARUso em crianças e TB extrapulmonar
XPERT MTB/RIF:
Como suspeitar e diagnosticar TB mais precocemente em pessoas com
HIV/AIDS?• O Xpert MTB/RIF (Xpert) assay (Cepheid Inc., Sunnyvale, CA, USA) é uma
metodologia molecular semi-automatizada que permite o rápido diagnóstico da TB através da detecçãodo DNA do Mycobacterium tuberculosis e a identificação simultanea das mutações que conferemresistencia a rifampicina (altamente preditora de TB multirresistente
• Evidencia sólida para diagnóstico de TB pulmonar emlocais com alta e baixa carga de TB com estimativas de sensibilidade quando utilizado para testar amostras de escarro BAAR + e BAAR – de 98% (95% CI,97 – 99%) e 68% (95% CI, 59 – 75%), respectivamente, e especificidade de 98% (95% CI, 97 – 99%).
Steingart KR, Sohn H, Schiller I, Kloda LA, Boehme CC, PaiM, Dendukuri N: Xpert(R) MTB/RIF assay for pulmonary tuberculosis and rifampicin resistance inadults (Review). Cochrane database of systematic reviews
2013,
Como suspeitar e diagnosticar TB mais precocemente em pessoas com HIV/AIDS?
• O Xpert MTB/RIF trouxe um importante avanço no diagnosticos da TB extrapulmonar, principalmente liquor, linfonodos e tecidos e foi incluido para esse
• Utilidade em diferenciar micobacterium Tb e não tuberculosis em qualquer amstraBAAR+
• Dois estudos na Africa do Sul usando amostras de linfonodos obtidas por agulhafina reportaram alta sensibilidade (0.93 Ligthelm et al.)(0.97 van Rie et al) sendoque a maioria dos pacientes incluidos nesses estudos eram infectados pelo HIV
• Sensibilidade inversamente proporcional ao grau da imunodeficiencia (van Rie A et al 2013).
• Sensibilidade não se mostrou inferior em pacientes infectados pelo HIV cm TB ganglionar (Denkinger et al) [44].
• Xpert MTB/RIF may be used as a replacement test for usual practice (including conventional microscopy, culture or histopathology) for testing specific nonrespiratory specimens (lymph nodes and other tissues) from patients suspected of having extrapulmonary TB Xpert MTB/RIF implementation manual: technical and operational ‘how-to’; practical considerations 2014
Van Rie A, Page-Shipp L, Mellet K, Scott L, Mkhwnazi M, Jong E, Omar T,
Beylis N, Stevens W, Sanne I, Menezes CN: Diagnostic accuracy and
effectiveness of the Xpert MTB/RIF assay for the diagnosis ofHIV-associated lymph node tuberculosis. European Journal of
ClinicalMicrobiology and Infectious Diseases 2013, 32:1409-1415.
Expansão do Xpert
Stevens TB2016
LAM: Teste de urina de beira do leito (Point of Care) para pessoas gravemente doentes que vivem com HIV
LF-LAM pode ser usado para auxiliar no diagnóstico de TBativa em adultos HIV positivos e com TB presumida que:
1) tenham contagem de linfócitos CD4 ≤ 100 ou2) estejam gravemente doentes, independentemente
da contagem de CD43) Benefício relativo à mortalidade
Lawn 2013, Wood TB2016
Urine Lipoarabinomannan (LAM)
sensitivity specificity
HIV- 18% 90%
HIV+ 56% 95%
CD4<50outptinpt
67%85%
100%NA
CD4 50-100outptinpt
35%71%
100%NA
CD4>100outptinpt
4%53%
100%NA
• ELISA, newer Lateral flow point of care assay (like a pregnancy test)
• LAMis a 17.5kd glycolipid protein found in cell wall of MTB released from active or degrading MTB cells in urine
• Sensitivity highest in HIV+ with advanced immunosuppression
• “Niche clinical utility” rapid TB screening tool for HIV+ with low CD4, starting ART in high TB/HIV burden settings
Dheda PLOS 2010; Shah JAIDS 2009; Lawn AIDS 2009;
Lawn Lancet ID 2011; Minion Eur Resp J 2011
5
1. Molecular detection
State of
science
NAAT platforms with the potential to be deployed at TB microscopy
centers
Mixing
for 2 min TB LAMP
• Development of fast follower platforms slower than expected.
• Promising amplification & detection technologies, but no proof-of-principle for point-of-care.
Key approaches to fill TB diagnostics gaps
New generation NAAT
platforms
From macrofluidics to microfluidics
Lab-on-a-chip
Isothermal amplification & solving problem of sample volume
Strategic
approach
Beyond Xpert – next generation molecular tools
Q-POC, QuantuMDx TrueLab, Molbio GeneDrive, Epistem
Enigma, UK Gentura Dx, USGreat Basin Scientific, US
45,8% dos casos de TB não são diagnosticados antes do óbito
Prevalência de TB post-mortem em pacientes HIV-positivos
Lancet HIV 2015 online august 12 2015
Encontrando casos de TB - muito poucos, tarde demais
TARV e Tuberculose
TARV precisa ser iniciada para esse paciente.É indicado
fazer teste de resistência pré TARV? Qual o melhor de
iniciar TARV?
1. Após completar o tratamento para TB?
2. Após 4 semanas de tratamento para TB
3. Após 8 semanas de tratamento para TB
4. Em até 2 semanas apos inicio do tratamento para TB
CAMELIA (Camboja) SAPIT (África do
Sul)
STRIDE (multicontinentes)
Estratégia de tratamento de terapia imediata de TB + TARV precoce (2 vs 8 semanas) que salva vidas e reduz complicações do HIV
Características-chave dos estudos sobre quando
iniciar TARV durante o tratamento de TB
Estudo Situação
Início de
TARV
Critérios-
chave
para
inclusão
Mediana de
CD4
(IQR)
Desfecho
primário
CAMELI
A(Blanc, ANRS)
Camboja
2
seman
as vs.
8
seman
as
BAAR+,
CD4 < 200
25
(10 – 56)Óbito
STRIDE(Havlir, ACTG)
Multinacio
nal
2
seman
as vs.
8-12
seman
as
TB clínica,
CD4 < 250
77
(36 – 145)
AIDS ou
óbito
1as 4
AIDS 2010 abstract THLBB106, CROI 2011 abstract 38, CROI 2011 abstract 39LB
Abdool Karim NEJM 2010; Blanc NEJM 2011; Havlir NEJM 2011
Efeito do momento de início da TARV sobre
óbitos (CAMELIA) ou morte/AIDS (STRIDE,
SAPIT)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
CAMELI A STRI DE SAPI T
I mmediate Early
34% ↓ p=0,004
19% ↓
p=0,45
11% ↓
p=0,73
0
5
10
15
20
25
30
CAMELI A STRI DE SAPI T
I mmediate Early
34% ↓ p
= 0,004
42% ↓
p=0,02
68% ↓
p =
0,06
CD4 < 50Geral
Abdool Karim NEJM 2010; Blanc NEJM 2011; Havlir NEJM 2011
Supressão viral - nenhum efeito do momento de início da TARV sobre a supressão ao final do
tratamento de TB
Trocas de TARV – mais altas no braço de tratamento imediato no SAPIT
Momento de início de TARV em pacientes
com TB
• AIDS avançada (CD4 <50): TARV imediata (em 2 semanas) melhora a sobrevida
– Risco aumentado de IRIS, incluindo IRIS fatal
– Benefício global de sobrevida apesar disso
• CD4 >50: TARV precoce (~ 2 meses) proporciona um bom equilíbrio de riscos concorrentes de morte/AIDS vs. IRIS
• Ressalvas
– Envolvimento do SNC - nenhum benefício para terapia imediata, e pode haver maior risco (Torok, CID, 2011)
Rifabutina + IPs com booster - alguns problemas
• Interações medicamentosas bidirecionais– RBT é metabolizada pelo citocromo P450 (CYP) 3A4, então
é preciso diminuir a dose quando administrada com inibidores de CYP3A4, como ritonavir, para evitar toxicidades
• Caro, não amplamente disponível• Dados de eficácia são escassos
– Estudos clínicos que compararam RBT a RIF foram conduzidos em grande parte com pacientes que não tomavam ARV
Não sabemos qual dose de RBT dar quando RBT é administrada com um IP.
TARV em pacientes com TB-HIV
Você decidiu começar TARV. Qual o a base do
esquema de tratamento preferencial?
1. Nevirapina
2. Lopinavir/r
3. Efavirenz
4. Raltegravir
5. Atazanavir
O que começar - Opções de cotratamento para
HIV/TB
▪ TARV baseada em efavirenz- preferencial– Guideline brasileiro e da WHO: efavirenz (EFV)-based regimen :opção preferencial para TARV em
indivíduos coinfectados com HIV-TB
– Limitações potenciais ao uso do EFV
• Efeitos adversos : rash, toxicidade SNC
• Resistência Transmitida aos NNRTIs
▪ TARV baseada em Raltegravir
▪ TARV baseada em Inibidor da protease+rifabutina
• Você inicia tratamento com tenofovir+lamivudina+efavirenz mas após uma semana recebe o resultado do teste de resistência que mostra resistência primaria NNRTI (K103N).
ANRS 12 180 Desenho do estudo
Phase II open label randomized multicenter trial
W0 W 24 W48
1:1:1
+ RAL 800 mg bid
TDF245 mg qd + 3TC 300mg qd + EFV 600 mg qd
TDF245mg qd + 3TC 300mg qd + RAL 400 mg bid
+ RAL 400 mg bid
ANRS 12 180
Primary endpoint
HIV RNA<50copies/mL
TB drugs RHZE 2mo followed by RH 4mo
• HIV RNA>1000 cp/mL
• ART naïve
• Confirmed or probable TB
• RIF containing regimen
Sample size : 50 patients/arm, 80% power to show ≥70% success at W24
TDF245 mg qd + 3TC 300 mg qd
▪ Nesse estudo de fase II, uma alta taxa de sucessovirológico foi alcançada na Sem 48 com RAL 400 mg BID emcombinação with TDF + 3TC
▪ No contexto da coinfecção por HIV e TB, RAL (400 mg bidou 800 mg bid) tem um bom perfil de segurança
▪ Os dados do sub-estudo de PK também respaldam o uso deraltegravir em combinação com rifampicina
▪ RAL, na dose de 400 mg de bid, parece ser uma alternativaadequada a EFV para pacientes coinfectados com HIV-1-e TBe deve ser considerado para avaliação adicional em umensaio de fase III
ConclusãoANRS 12 180REFLATE TB
• Grande variabilidade interparticipantes na PK de RAL
• Os resultados em pacientes infectados pelo HIV com TB diferem dos resultados em participantes saudáveis
• O GMR com RAL 400 bid permanece dentro da faixa aceita para “interação medicamentosa não significativa” com rifampicina
• Neste estudo, as interações entre RAL e rifampicina com esquema de base de INH, PZA, EMB e TDF/FTC podem explicar as diferenças
• RAL 800 compensa totalmente a indução de rifampicina
Resumo do sub-estudo de PK
Rifabutina + IPs com booster - alguns problemas
• Interações medicamentosas bidirecionais
– RBT é metabolizada pelo citocromo P450 (CYP) 3A4, então é preciso diminuir a dose quando administrada com inibidores de CYP3A4, como ritonavir, para evitar toxicidades
Dolutegravir para pacientes coinfectados com HIV/TB
• DTG é um substrato de UGT1A1 e CYP3A, ambas as enzimas são
induzidas por RIF.
• Dar DTG duas vezes ao dia com RIF resultou em concentrações de
DTG semelhantes ou superiores às obtidas com DTG administrado
sozinho uma vez por dia.
• A combinação de múltiplas doses de RIF e DTG também foi bem
tolerada.
• Resultados encorajadores que fornecem dados farmacocinéticos e
de segurança para respaldar a avaliação de TARV baseada em
DTG e tratamento para TB contendo RIF em pacientes coinfectados
com HIV e TB.
• Ensaio clínico em andamento
Evolução Clinica
O paciente inicialmente apresenta melhora dos sintomas mas após 6 semanasde tratamento apresenta recorrencia da febre e da sudorese noturna
Apresenta também linfadenopatia cervical bilateral, com sinais inflamatóriosexuberantes, drenando secreção amarelada a direita.
Sem febre, sem hepatoesplenomegalia
Teve ganho ponderal de 8kgRX torax normalRNA HIV indetectávelCD4 215Clearence Cr normalHepatograma normalPCR 50
Qual o diagnóstico provável?
1.Infecção Bacteriana
2.Linfoma
3.IRIS
4.Bartonelose
Clinical Case
• Co-amoxiclavulanate x 5days
• Ibuprofen
• A week later he was still symptomatic and have a fever of 38,4˚
• Given prednisone x 3 weeks
• Symptoms resolved within 15 days
• No need to stop ARV regimen
36
Combination ART
Viral suppression
CD4 rise
Restoration of pathogen-specific immunity
Regression or prevention of opportunistic infections
Inflammatory reactions daysto months after starting ART
+ -
37
Paradoxical-TB IRIS
• Recurrent, new or worsening TB symptoms, signs and/or radiological findings
• Incidence 8-45%
• Typically 1-4 weeks after ART initiation
• Usually TB culture negative
38
Schematic representation showing the different forms of tuberculosis-associated IRIS and ART-associated tuberculosis
(Lancet Infect Dis Aug 2008)
Tuberculosis treatment status Outcome Case definition
Tuberculosis diagnosedand treatment startedbefore ART initiation
Not on tuberculosistreatment when ART
is initiated
ART initiated
Paradoxical reactionwithin 3 months
Active tuberculosisdiagnosed on ART
Paradoxicaltuberculosis-associated
IRIS
ART-associated tuberculosis(a subset of these patients
could have unmaskingtuberculosis-associated IRIS)
IRIS rates on Integrase treatment
Will there be and increased rate as the fall in HIV RNA is so rapid?
Is there a the problem in LMICs in dealing with IRIS consequences?
Will steroids prevent IRIS?
– -waiting for the Pred-ART trial results
But ........
What is the background rate with EFV based regimens?
ACTG A5221 STRIDE: An international randomizedtrial of immediate vs early antiretroviral therapy
(ART) in HIV+ patients treated for tuberculosis
IRIS
Median CD4 =70 (34-146)
42
Two arms of ART initiation after tuberculosis treatment onset:
‘‘early’’ (at 2 weeks) vs. ‘‘late’’ (at 8 weeks)
High frequency (26%) of paradoxical TB-IRIS in HIV-infected patients withadvanced immunodeficiency
Double the risk of developing TB-IRIS (HR 2.23) when ART was initiated at 2 weeks
Median time of TB-IRIS occurrence: 2 weeks, irrespective of early or lateART initiation
Low mortality directly related to TB-IRIS: 6/155 (3.9%) in accordance withpublished data
Median CD4 cell count: 26 cells/µL (12–62)
N PR/IRI
S
Follow-up
time*
Incidence** (95%
CI)
p
Early arm 332 110 2 728.5 4.03 (3.34 – 4.86)<0.0001
Late arm 329 48 3 333.5 1.44 (1.09 – 1.91)
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
TB
-re
latd
PR
/IR
IS p
roba
bili
ty (
%)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50
Time aftre TB treatment initiation (weeks)
Early arm Late arm
CameliaIRIS significantly more frequent in the early arm
ANRS 1295/12160 - CIPRA KH001/10425
study
* expressed in person-months
** per 100 person-months
Time after TB treatment initiation (weeks)
Severity of immune reconstitution inflammatory syndrome
Study arm
Early-
integrated am
N=214
Late-integrated
arm
N=215
Sequential
arm
N=213
p-
value
Number of patients
with IRIS43 18 19
Patients hospitalized
for IRIS, %(n)41.9 (18) 22.2 (4) 5.3(1) 0.01
Patients who received
steroids for IRIS,% (n)9.3 (4) 5.6 (1) 15.8 (3) 0.69
IRIS associated
deaths, % (n)4.7(2) 0 0 1.00
IRIS-SAPiT Study
*Median CD4 was 150(77-254) in Integrated arm
REFLATE: IRIS
EFV RAL 400 RAL 800
n = 51 n = 51 n = 51
Grade 3 or 4 clinical AE, n (%) 13 (25%) 11 (22%) 12 (22%)
Grade 3 or 4 IRIS week 24 n 1 1 3
Any Iris event at week 48 n (%) 7 (14%) 4 (8%) 7 (14%)
ANRS 12 180
ATHENA cohort study
2.7 times higher risk of IRIS for Integrase Inhibitors vs other classes
Two reports of myocarditis – Israel, plus death from myocarditis in FLAMINGO study
IRIS in UK
Anecdotal – increased in last 18 months
Ongoing audit of IRIS rates as Raltegravir 800 bdhas become standard treatment
IRIS in Botswana
Anecdotal reports from recent admissions in patients on DTG
Paradoxical IRIS
Crypto IRIS
Unmasking TB IRIS
But no crypto screening or prophylaxis at initiation
IRIS in randomised trials of Integrase versus other classes
Most trials of DTG excluded people with active OIs or CDC C stage disease (e.g. ARIA, SINGLE, FLAMINGO)
Most trials had high median CD4 counts, recruiting mainly White men with a low risk of TB
Detailed analyses of IRIS generally not available from published papers
IRIS in randomised trials of first-line integrase versus other classes
__________________________________________________________Trial n IRIS INT IRIS Control__________________________________________________________STARTMRK (RAL) n=563 21 15ARDENT (RAL) n=1809 1 0NEAT (RAL) n=805 1 0
SINGLE (DTG) n=833 1 2FLAMINGO (DTG) n=484 no details publishedARIA (DTG) n=595 no details published
WAVES (ELV) n=595 no details publishedGS0102 (ELV) n=707 no details publishedGS0103 (ELV) n=708 no details published__________________________________________________________Potential to evaluate associated symptoms: lymphadenopathy, tachycardia
New randomised trials
_________________________________________________Trial Country (n) 48 wk results_________________________________________________ViiV TB study International (n=130) 2018?
Reflate-TB International (n=400) 2018?
NAMSAL Cameroun (n=606) 4Q2018
ADVANCE South Africa (n=900) 1Q2019_________________________________________________
Obrigada!