história militar^ - exército brasileiro
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Periodização daHistória Militar^
L. P. Macedo Carvalho
Considerando diferentes referências para a periodização da
História Militar, o autor percorre a evolução dos artefatos de guerra,das armas brancas aos artefatos nucleares, os procedimentos de condução
das batalhas antes e após Napoleão e os objetivos perseguidos nasdiferentes idades em que se divide a História.
Reprodução da conferência de abertura do anocultural de 1999 do IGHMB.
COMPREENDENDO
HISTÓRIA MILITAR
A História Militar, aocontrário do quemuitos pensam,não é domínio ex
clusivo dos militares. Nãomais deve ser confundida
com história dos militares
nem com a mera história
das batalhas. Hoje, ganhounova dimensão, ampliandoseu restrito campo de investigação de ontem, múltiplos pontos em comumsendo encontrados com a
História Geral e outros ra
mos do conhecimento.
Ao longo dos tempos,a evolução da arte militare das instituições castren-
ses sempre se fez sentir navida das civilizações. Apesar de o momento parecer
inadequado, diante da propalada inutilidade dosexércitos, da generalizadaabolição do serviço militarobrigatório c do desaparecimento da noção de pátria - em função de a guerra ter sido ilusoriamente
proscrita pelos organismos
internacionais c da im
plantação da /jovvj ordemmundial - a História Mili
tar escapou à condenação de
Iiinitar-.se à história das ins
tituições armadas e da no
bre profissão dc soldado.Vale recordar que a Se
gunda Guerra Mundial causou 41 milhões de mortos,
ou seja, da ordem de 2,3%
da população mundial deentão. Tais cifras mostram-
se inferiores aos 11,2% doperíodo de 1914 a 1945 caos
10% do século XVIII, masdevemos considerar haver o
• CuroncI dc Arlilharía c Esiado-Maior. Prcsidcnic do IGHMB.
' Sfkc iniiado prlu IWDKCEMF-
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efetivo demográfico do planeta se multiplicado.
Precisamos também ter
em mente que a guerra, nos
dias atuais, mata mais civisdo que militares. O percentual de civis entre as perdasglobais foi de 43% durantea Primeira Guerra Mundial,
de 63% na Segunda, de 85%nos conflitos da década de
1980, superando em muitoos 30% registrados na Revolução Francesa e nas Guerras Napoleônicas, e, até mesmo, os 75% verificados na Eu
ropa, nos confrontos arma
dos do século XVIII, sem levar em conta estarem incluí
dos hoje, entre os combatentes, soldados e guerrilheiros.
Por outro lado, a direçãosuprema da guerra passou,das mãos dos chefes milita
res, para a dos líderes políticos e, tornando-se a seguran
ça de cada país responsabilidade do cidadão, o preparo e a mobilização do poder nacional impõem o esforço conjunto de todas asformas de expressão de poder - econômico, científico-tecnológico, militar, político e psicossocial.
Assim, a História Militarassumiu maior importância,viu-se inseparável do contexto histórico dos povos, ultrapassou os umbrais dos estabelecimentos de ensino mili
tar, penetrou nas universidades dos países desenvolvidose despertou o interesse tanto
dos meios acadêmicos, quanto das classes armadas.
Para melhor compreender a evolução da arte daguerra e das instituições militares através dos séculos,
afigura-se impositivo termosuma idéia da periodizaçãoda História Militar e, a des
peito de qualquer tentativade compartimentação didática trazer no seu bojo o risco de incorrer em erros e
gerar polêmicas, permitimo-nos enfocar as sistematiza-
ções geralmente mais aceitas.Tradicionalmente, a pe
riodização da História Militar se faz tomando-se como
referencial o aparecimentodas armas de fogo, o advento de Napoleão e as idadesou épocas que balizam a história da humanidade desde
o nascimento de Cristo.
O REFERENCIAL DA
ARMA DE FOGO
A história da evolução daarte militar com base no apa
recimento das amas de fogoé dividida em três períodos:o das armas brancas; o do aparecimento das armas de fogo;o das armas de fogo até osartefatos nucleares.
O período das armasbrancas, caracterizado porlento progresso na arte daguerra, vai dos primórdiosdas civilizações de antes deCristo até o século XTV, abar
cando os povos primitivose bárbaros e a época do feu-dalismo. O armamento usa
do pelas primeiras civilizações orientais era o piquecom ponta de osso, o punhal, a maça, o machado, aespada de ferro, o arco e aflecha, o dardo, a lança componta de sílex ou metal, oaríete, a funda, e carros de
madeira e couro guamecidospor dois homens - um condutor e um guerreiro.
Os gregos empregavam,como armamento ofensivo,
espadas e piques de menortamanho, armas leves de ar
remesso, arcos, fundas, dardos, lanças e saríssas (piquede seis metros para a cavalaria); como armamento defensivo, escudo grande demadeira ou de metal de for
ma oval, peita (pequeno escudo circular) e armadura depano e couro forrada de lâminas de metal em escamas
para homens e cavalos, aríete de ponta de bronze, tere-bra (para furar muralhas),arpéus (para deslocar pedras), catapulta lançadora depedras (célula-máter da artilharia), baíista-flecbas, piro-
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balistas (flechas incendiári-as) e máquinas de guerra(torres de madeira de quatro a vinte andares).
Os romanos se serviam,como armas defensivas, entre outras, da caísrs (elmo decimeira de bronze) ou dagaléa (capacete de couro), daloriga (protetor da parte superior do corpo), da femo-rale (parte da armadura queresguarda a coxa), do scutum(escudo) de madeira de formas variadas, revestido compano e couro, bem como daparma (pequeno escudo redondo); como armas ofensivas, da espada, do gladius(pique), do teíum (armas dearremesso), lança, do spa-rum (rojão), do iaculum(dardo) e da frawea (lançade ferro curta, germânica).O período do barbaris-(do século V ao século
ÍX) é de estagnação da artemilitar, não se verificandoprogresso no armamento e
se restringindo o combate ámta corporal e cruel.
Durante o feudalismo (do^uloDí ao início do séculopersiste a inércia na arte
a guerra. Surgiu apenas, nessa ocasião, como arma, a cavalaria. Pela extensão do seuemprep, transformou-se eminstituição regida por códigose honra, obediência, genero
sidade e altruísmo.
Predominavam os arquei-ros e estoqueiros armadoscom uma espécie de baione-ta encabada na extremidade
de um bastão, cabendo aos
franceses descobrir o emprego dos besteiros. A acha, omartelo d'arma e a adagacomplementavam o armamento tradicional do período bárbaro - a espada o arcoe a lança.
O aparecimento dos canhões de mão e bombardas
(Crécy - 1346), em conseqüência da descoberta da pólvora, marca o período de transição das armas brancas parao das armas de fogo. Dá-se oinício do ataque aos castelos,voltando a guerra a choquesde massas armadas.
Segue-se à colubrina(1360) a invenção das armasde fogo portáteis, nos séculos XV e XVI - o arcabuz e o
mosquete.
Com Gustavo Adolfo, reida Suécia (1594-1632) - o paida artilharia moderna -, aguerra dá um passo à frente,levando a pólvora aos campos de batalha, por meio docanhão e do mosquete depequeno alcance e de velocidade de tiro reduzida. Ficava,assim, o combatente privadodas armas antigas para a lutacorpo a corpo, nascendo a tática moderna.
Em 1615, o armeiro frÃcês Le Bourgeois inventoiio fuzil a pederneira, ao qualseria inserida, nos meadoido século XVII, a baioneta;em substituição ao pique-Somente em 1680, possivelmente Vauban desenvolvei
baioneta de anel, deixandoo cano livre para atirar. Oelevado custo da nova arma
e o conservadorismo retar
dariam sua adoção pelosexércitos europeus, até 1699.O século XVIII é perfei
to exemplo de um ciclo de
invenções, triunfo, letargiae, eventualmente, desastre,
no dizer de Tbynbee. Gustavo Adolfo era tomado como
modelo, sem se entender quea chave do sucesso estava na
combinação de armas novascom velhos princípios.
A segunda metade doséculo XVIII assinala o começo, realmente, da era dasarmas de fogo, com a ascensão de Frederico II ao trono
da Prússia, em 1740, que setransformaria no árbitro daEuropa e precursor de Na-poleão até a sua morte, em1786. Defensor da idéia deque é com fogo que se ganham as batalhas, FredericoII promoveu grande avançoda arte militar e do materi
al bélico. O armamento de
infantaria teve aumentado o
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PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA MILITAR
alcance e a velocidade de
tiro, registrando-se a introdução da vareta (GeneralDessauer). A artilharia experimentou enormes aperfeiçoamentos, criando-se a artilharia de costa, de fortale
za, de sitio e de campanha acavalo, com redução do pesodas peças e aumento do alcance e da cadência de tiro.
A cavalaria como arma de
choque foi estruturada emhussardos{\tvé), t/ra^ões(pesada) e couraceiros (muitopesada). Começou a se delinear um sistema logístico.
No ano de 1703, o fuzil
BrowBess, introduzido peloDuque de Marlborough, virou arma-padrão da infantaria por 250 anos. Data dessa época o aparecimento,
também, do canhão George.Ao final do século XVIII,
disseminava-se na infantaria
o uso do fuzil a pederneiracom baioneta curta, mode
lo 1777, calibre 17mm, al
cance de 250 metros e car
tucho de papel, que disparava de trés a quatro tirospor minuto. A cavalariaportava espada (reta ou curva), pistola nos coldres,mosquetão e carabina leve atiracolo, além de lança nasmãos. A artilhada empregava canhões de bronze de
alma lisa, do tipo Gribeau-val, de 4, 8 e 12 libras, e
obuses de 6 polegadas. Havia artilharia de sítio e de
campanha.No início do século XIX,
durante o apogeu napoleô-nico, acentuou-se, cada vezmais, o aumento da potência de fogo, passando a arteda guerra por grande transformação.Em 1819, Friedrich Krupp
começou a forjar anhões raiados, em Essen, que seriamresponsáveis pela derrotafrancesa, em 1871. Na Inglaterra, apareceram os canhõesArmstrong (1854) e Whi-tworth-, na França e na Itá
lia verificou-se, respectivamente, com Paixhans e Ca-
valli, uma completa revolução na artilharia, em face docarregamento pela culatra-Ao mesmo tempo, os franceses lançaram o famosocanhão La Hitte, raiado, no
ano de 1855.
No armamento leve, o
cartucho de percussão suplantaria a pederneira e ensejaria a invenção do revólver, em 1835, patenteadopelo norte-americano Samuel Colt.
Em 1827, o alemão Drey-se resolveu o problema dofunil de agulha e ferrolhoque, adorado pelos prussianos mais tarde, tornou-se o
primeiro armamento de infantaria de retrocarga.
Em 1842, apareceria oprimeiro modelo de fuzil decápsula fulminante.O sistema Minié, inven
tado em 1849 por um oficial instrutor da Academia de
Vincennes, aumentava a precisão e o alcance do fuzil
carregado rapidamente pelaboca, tornando obsoleto o
mosquete de cano liso. Em1852, foi desenvolvido o sis
tema Enfieid.
Os fuzis Minié e Enfíeld,
empregados pelos aliados,mostraram-se superiores àsespingardas de cano liso dosrussos, na Guerra da Cri-
méia (1853-56).O fuzil Chassepof (1866),
raiado e de retrocarga, com1.200 metros de alcance, níti
da imitação do Dreyse, induziu os franceses ao espíritodefensivo e acabou substituí
do pelo Gras, em 1874.Os norte-americanos,
logo depois, produziram ofuzil Springfíeld.O foguete à Congrève{Sir
William Congrève) emergiucomo arma mortal, evoluin
do de sua limitada aplicaçãoà pirotecnia e ocupando lugar entre o fuzil, a pederneira eo canhão de campanha de 12libras. Dada a imprecisão e alimitação do alcance de 1.500
jardas, cedo desapareceria.O excelente sistema de
artilharia de campanha Gri-
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PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA MILITAR
beauval (General Jean Bap-tiste Vaquette de Gribeau-val), herança da RevoluçãoFrancesa, desencadeou a
transformação absoluta daartilharia que atingiria, comNapoleão, um quarto de século mais tarde, o seu ápice.Padronizados os canhões dealma lisa, forjados em ferroou bronze, conhecidos pornapoleônicos em homenagem a Napoleão III, dominariam o cenário das batalhas. As peças mais leves eos armões reforçados viabilizaram o atrelamento dequatro ou seis cavalos em
parelhas, ao invés de emcoluna. Os condutores civis
contratados foram substituídos por soldados.
Duas invenções - umabritânica e outra norte-americana - alterariam o futuroda guerra. Em 1784, o Tenente Henry Shrapnel, daReal Artilharia, inventaria oprojétil que recebeu o seunome, cuja explosão no arampliou a letalidade sobreas tropas desabrigadas noterreno. No ano de 1798, EliWhitney, norte-americano,iniciou a fabricação em série de armamento leve.
O final do século XIX,denominado período de
(Hei muth von Mol-tke - dinamarquês e oficialde infantaria que chefiou o
Grande Estado-Maior do
Exército prussiano) notabilizou-se pela transição daspeças de artilharia carregadas pela boca para as de re-trocarga pela culatra. Aperfeiçoaram-se projetis perfu-rantes de blindagem e defortificações ligeiras; os projetis sólidos ficaram obsole
tos e cederam lugar às granadas de carga explosivadetonadas por espoletas detempo ou de percussão. Oscanhões de alma lisa foram
trocados pelos raiados. Oproblema do recuo das peças foi resolvido, primeirosimplesmente por molas, e,mais tarde, por sofisticadossistemas hidropneumáticos.As defesas de costa ganharam expressão.
O fuzil de carregamentopela boca foi trocado pelode repetição. Ao cartuchooblongo Minié, sucedeu-seo de formato cônico alon
gado. A pólvora sem fumaça tornou-se o propelentetanto das armas individuais
quanto da artilharia.Nos Estados Unidos e na
África, as metralhadoras Colte varreram, respectivamente, os índios do oeste eos negros das savanas.
Os russos repeliram osjaponeses, em Porto Arthur,com a metralhadora france
sa Hotckiss.
Em 1857, o Exército
francês foi armado com fu
zil de percussão e raiado, queperdurou até o século XX,
O excelente sistema
de artilharia de campanhaGribeatival (GeneralJeanBaptiste Vaquette deGribeauval), herançada Revolução Francesa,desencadeou a transforma^absoluta da artilharia queatingiria, com Napoleão,um quarto de século mais
tarde, o seu ápice.
com poucas alterações. Naguerra de 1870, as mitrail-leuses, revelaram-se ineficazes diante dos canhões de
longo alcance prussianos.Nessa mesma época, a Bélgica adotou o fuzil Com-blain, importado depoispelo Exército brasileiro deentão.
Minas terrestres e arma
dilhas foram usadas na
Guerra da Secessão pelosconfederados. Modernos
protótipos de morteiros detrincheira e granadas de mãovieram a ser desenvolvidos.
Fez-se intenso uso de ca
nhões raiados.
Os maiores progressosocorreram na artilharia na
val. Na batalha de Sinope,os russos realizaram a primeira experiência do empre-
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PERIODIZAÇÃO OA HISTORIA MILITAR
go de canhões em belonaves
contra os turcos, assim
como constatou-se, com pleno êxito, o emprego de baterias blindadas flutuantes
na Guerra da Crimèia. Gran
de contribuição também foidada nesse campo pelaGuerra da Secessão, com a
construção de encouraçados- que puseram fim aos navios de madeira, - minas submersas chamadas torpedose submarinos. Os canhões
de carga de dinamite a arcomprimido tiveram vidacurta com o avanço dos ex
plosivos tais como o TNT.O despontar do século
XX trouxe incomensuráveis
avanços na arte da guerraocasionados pela invençãoe pelo aperfeiçoamento denovas armas. Entretanto,
durante o final do séculoXIX, com raras exceções,
presenciou-se o declínio do
desenvolvimento das armas.
Na Primeira Guerra Mun
dial deu-se ênfase ao emprego da faca de trincheira, da
baioneta, da pistola, do fuzil de repetição {Mauser1898-1908), da metralhadora leve e pesada (refrigeradaa água e a ar), do morteirosilencioso, dos canhões levesde 75mm e dos obuseiros
médios. A metralhadora au
tomática, inventada peloinglês Maxim, em 1883,
transformou-se na arma
mais mortífera e temida,
dada a sua cadência média
de 650 tiros por minuto, oalcance eficaz de oitocentos
metros e a varredura de 150
graus. A ela seguiram-se aVickers Ml904, a Mascbi-
nengewehr\9(i%, a SaintEti-enne 1907, a Hotchkiss refrigerada a ar e com carregador Puteaux, a Lewis, a Bro-
wning M1917 e o BAR {Bro-wning Automatic Rifle). Ocarro-de-combate apareceu
como o mais importanteengenho da guerra terrestre,na região de Cambrai, em1917. O gás venenoso cons
tituiu outra inovação letal,introduzindo o conceito de
arma química, enquanto aartilharia de longo alcancealemã que bombardeou Paris teve mais efeito psicológico do que real.O emprego do avião e
dos dirigíveis nos combates,inicialmente em missão de
reconhecimento, ao final da
guerra transformou-se naarma mais eficaz e temível.
Os dreadnougbts e ossubmarinos, no mar, invalidaram todos os tipos de navios de guerra anteriores.
Entre as duas guerras
mundiais, os alemães, principalmente, intensificaramas pesquisas sobre os modose meios de superação das de
ficiências que paralisaramsuas ofensivas em 1918,
quando próximo de alcançar a vitória. O aperfeiçoamento dos blindados era a
resposta para manter a im-pulsão das rupturas. A bíit-zkrieg (guerra relâmpago),combinação de fogo e movimento da artilharia auto-
propulsada com coberturaaérea aproximada, proporcionaria o apoio de fogo necessário quando a artilhariaconvencional não tivesse
condições de acompanhar asforças atacantes. Invençõesinteressantes e refinamentos
técnicos decorreram da Se
gunda Guerra Mundial entre os quais merecem destaque: a faca comando, novotipo de baioneta, os fuzissemi-automáticos, metralha
doras automáticas (mais eficazes e refrigeradas a ar),morteiros leves e pesados,canhões anticarro e antiaé
reos (destacando-se o 88mmalemão), obuses mais leves,espoleta de aproximação {va-riable time), cargas prepara
das, lança-rojões, fuzis semrecuo, foguetes (após umséculo de esquecimento),carros-de<ombate mais rápidos e potentes, destruidoresde carros, o sistema de con
trole e de direção do tiro daartilharia, permitindo oemassamento dos fogos.
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PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA MILITAR
rapidamente, sobre um alvo(desenvolvido em Fort Sill),os caças, os bombardeiros,as fortalezas voadoras, osplanadores e aviões de transporte, modernos navios-ae-
ródromos, submarinos, con-tratorpedeiros e embarcações de desembarque. A invenção do radar e do sonarteve notável papel nas operações aeronavais. O uso da
metralhadora, canhões leves,bombas, foguetes e torpedospelos aviões modificou a artemilitar. Os aviões a hélice aca
baram suplantados pelas aeronaves a jato desenvolvidasna Alemanha e na Inglaterra.
Granadas de mão e lan
çadores de granadas adaptados a armas leves foram
aperfeiçoados, bem comolunetas acopladas aos fuzisgarantiram precisão à longoalcance, de parte dos franco-atiradores.
Após a Segunda GuerraMundial, os foguetes tornaram-se a principal arma daartilharia, capazes de transportar ogivas nucleares ou dealto explosivo a qualquerponto da Terra, variando desde os gigantescos mísseis balísticos intercontinentais ao
bazuca do combatente indi
vidual. Os mísseis foram clas
sificados em quatro tipos:superficie-superficie, superfi-cie-ar, ar-superfície e ar-ar.
Armas químicas, biológicas e radioativas ameaçavamos campos de batalha, contaminando a atmosfera, avegetação e as águas.
As minas terrestres e na
vais, mais sofisticadas, provocavam maiores baixas e
danos.
Reduzido o peso do armamento e das viaturas de
combate, propiciou-se a realização do assãlto verticalpor tropas aeroterrestres e
aerotransportadas.As guerras da Coréia e do
Vietnã provaram que a bai-oneta ainda é de grande utilidade, decidindo o comba
te corpo a corpo. A teoria
do cone de fogo tomou olugar do atirador de escol individual, levou os arsenais aretrocederem um século e
meio, armando a infantaria
com armas portáteis mais leves e de mais fácil remunicia-
mento, capazes de disparartrês tiros diferentes: uma bala
de 22mm provoca maior número de feridos do que mortos em ação; uma espécie deshrapnel de bolso, tipo fle-chettes, e um cartucho con
tendo dois projetis - retrocesso às cargas dos dias dasarmas não raiadas.
O carro-de-combate sali
entou-se na Segunda Guerra Mundial como principalarma do campo de batalha
apesar das limitações impostas ás operações de mecanizados e blindados nas selvas
e terrenos montanhosos,
mantendo a supremacia potencial e efetiva como ficou
atestado nos confrontos na
Índia-Paquistão e nas guerras árabe-israelenses. A des
peito da restauração parcialdo equilíbrio entre as armasde infantaria e pesadas, parece que a mais eficaz adversária para os blindados é ocanhão de alta velocidade do
carro-de-combate e não os
foguetes e mísseis guiados,leves e de custo reduzido.
Embora bastante vulnerá
vel, o helicóptero de múltiplo uso - ataque, reconhecimento, suprimento, transporte de tropa e evacuação - tornou-se a arma de combate queassegurou incalculável flexibilidade e mobilidade, atravésde qualquer terreno, ao combatente terrestre e deu origemá cavalaria aérea.
Todavia, a supremaciagarantida pela arma nuclearaos seus detentores confere-
lhe ainda destacada proemi-nência na evolução da arteda guerra neste final de século, acentuada pela precisão cirúrgica propiciada pormaterial optrônico e eletrônico e computadores, comprovada nos bombardeiosdo Iraque durante os últi-
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PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA MILITAR
mos conflitos bélicos no
Golfo Pérsico.
O REFERENCIAL
NAPOLEÔNICO
Tomando-se Napoleãocomo referencial para a periodização da História Militar, temos a considerar
três períodos: pré-napole-ònico; napoleònico; e pós-napoleônico.O período prè-napoleò-
nico estende-se por 23 séculos, iniciando-se com a ba
talha de Maratona no sécu
lo V a. C. e terminando na
de Valmy, em 1792, travadaentre franceses e prussianos,onde Dumouriez manifes
tou sua inteligência e transformou a luta descoordena-
da e indisciplinada em umnovo sistema de guerra - adefesa indireta.
Abre-se, em Valmy, o ciclo das vitórias francesas e dos
anos de glória para as águiastricolores mais tarde sob a li
derança do gênio das batalhas- Napoleão Bonaparte.
Aceita-se a batalha de
Valmy como marco para oinício do período napoleònico, embora anteceda dequatro anos o aparecimento de Napoleão, por ter sedado, nela, a aplicação doprincípio da defesa indireta
das posições, com a frenteinvertida - princípio básiconapoleònico.A famosa barragem de
artilharia desencadeado em
Valmy constituiu um divisor com o passado. Grelhesentenciou: Deste lugar e apartir desta data iniciou-seuma nova era na história do
mundo e todos podem dizer que presenciaram seunascimento. Até então, as
campanhas militares européias, com algumas exceções, ficaram conhecidaspor sua lentidão e inalteráveis métodos. Procurava-se
mais evitar a batalha do queobter vitória. Preferia-se o
cerco dos confrontos aber
tos das batalhas. Por isso, o
número de baixas era me
nor. Valmy assinala um ponto de inflexão na evolução
da arte da guerra e da organização militar, com radicais mudanças na estratégiae na tática. Primeiro, a guer
ra tornou-se uma causa na
cional, criando os grandesexércitos de cidadãos-solda-
dos (nação em armas). Asalterações verificadas na estrutura dos exércitos exigiam maior apoio de fogo elogístico. Fez-se imperativodar condições para os exércitos marcharem em segu
rança. Dai advém a missãoatribuída à cavalaria de pro
porcionar segurança e cobriros flancos. A necessidade de
apoio logístico, já reconhecida por Frederico, levou osoldado a carregar em suamochila três dias de rações,os trens regimentais a transportarem oito dias de suprimento e os trens do exérci
to um mês, além do aproveitamento dos recursos lo
cais e de se estruturar um
sistema de transporte.No final do século XVIII,
o Marechal Broglie e o Duque de Choiseul criaram agrande unidade básica, comcapacidade de executar, independentemente, a manobra estratégica concebidapelo exército - a divisão.A idéia desenvolvida de
artilharia móvel a cavalo,
defendida por Duteil, permitiu o emassamento rápidodos fogos e a abertura debrechas nas posições inimigas, das quais Napoleão tiraria maior vantagem.A guerra de posição per
deu significado com a valorização da manobra, do movimento e da ordem dispersa.O armamento individual
da infantaria continuava o
mesmo que perdurara até ametade do século XVI - o mos-
quete de alma lisa, de pequenoalcance e pouca precisão.
Segundo Clausewitz,... oque houve de revolucioná-
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PERIODIZAÇÃO OA HISTÓRIA MILITAR
rio nas guerras dessa épocanão resulta de alteração noarmamento e, até certo ponto, corresponde a novos
métodos e táticas. Essa revo
lução decorre do surgimento da nação em armas, dogrande aumento no efetivodos exércitos que esse fenômeno tornou possível; e danova política nacional que,substituindo a política di-nástica ou de fronteiras, tinha a nação em armas comoseu instrumento militar.
A batalha de Waterloo(18 de junho de 1815) identifica o término do períodonapoleônico.
Não foi tanto o que Na-poleão empreendeu ou tentou realizar em suas campanhas ou batalhas que fazdiferença, mas a maneiracomo as conduziu e tirou
proveito do clímax da batalha e dos esquemas de manobra simples, porém degrande alcance estratégico,que revolucionariam a arte
da guerra.A arte da guerra é sim
ples, tudo é uma questão deexecução, ainda afirmava ele
no fim da vida.
O impacto causado porNapoleão na arte militar,que o consagrou como mes
tre da guerra moderna emtoda a parte do mundo, estáem sua absoluta confiança
na concentração maciça e
no emprego da força, suainsistência na vitória abso
luta, na rejeição a guerraslimitadas por objetivos restritos e nos princípios deguerra por ele defendidos:
1. Bater o inimigo antesque tenha conseguido concentrar as suas forças.
2. Travar a batalha com
todos os meios reunidos.
3. Em presença de umadversário isolado e mais fra
co, cortar suas linhas de retirada e obrigá-lo a capitular.
4. Ser taticamente mais
forte, mesmo sendo estrategicamente mais fraco.
5. Assegurar as comunicações.
A flexibilidade e a versa
tilidade decorrentes da for
mação em coluna napoleò-nica no ataque, coberta porbatedores, levou a infanta
ria francesa a se organizarsegundo regimentos de chas-seurs a pied (esclarecedores),de voltigeurs (volteadores-fuzileiros) e de grénadiers(granadeiros) - tropa de elite composta de homensmais altos e fortes.
Na cavalaria os chasseurs
a chevale bussardos tinham
por missão a vigilância e oreconhecimento; os dragõesvaliam-se de suas montadas
para deslocamentos rápidose combatiam como infanta
ria quando apeados; e oscuirassiers (couraceiros)constituíam a tropa de choque para as cai;gas. Havia, ain-
Nãofoi tanto o queNapoleão empreendeu outentou realizar em suas
campanhas ou batalhasque faz diferença, mas amaneira como as conduziu
e tirou proveito do clímaxda batalha e dos esquemasde manobra simples,porém de grande alcanceestratégico, querevolucionariam a arte
da guerra.
da, regimentos de cavalarialigeira chamados de lanceiros.A despeito dessas unidadesdisporem de armas de fogo,o sabre era o armamento porexcelência da cavalaria.
O período pòs-napoleô-nico começa com o desastrede Waterloo e prossegue atéa encruzilhada de hoje, inau
gurada com a era nuclear,em que o homem parece terdescoberto o poder de auto-destruição em massa.
DIFERENCIAL DAS IDADES
Sendo a guerra uma constante no decurso da história
da humanidade, em quasetodas as idades e épocas, ou-
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PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA MILITAR
tra modalidade de periodização da História Militar se faz
por análise do grau de civilização alcançado, confundin-do-se, pois, esta com a própria história do homem.A periodização da Histó
ria Militar adotando-se o
critério das idades e épocasé a seguinte: - Idade Antiga(4000/1000 a. C, a 476);Idade Média (476 a 1453 );Idade Moderna (1453 a1789); e Idade Contemporânea (1789 até hoje).A Idade Antiga compre
ende o estudo dos povosorientais (sumerianos, he-breus, babilônios, egípcios,hititas, assírios, fenícios,medas, persas, hindus e chineses), dos gregos e dos romanos. Tem como marco
final a queda do impérioRomano do Ocidente (476).A guerra na Antigüidade visava à escravidão dos venci
dos, à destruição das cidades e ao enriquecimento dovencedor. Destacam-se, nesse período, como figuras
mais importantes: Ciro,Cambises, Dario I e III,Xerxes, Artaxerxes I e II,Milcíades, Epaminondas,Pelópidas, Alexandre, Aníbal e Júlio César.A Idade Média, encerra
da com a queda de Constan-tinopla, em 1453, abrangeos períodos das invasões
bárbaras, a expansão do Is-lamismo, restabelecimento edesmembramento do Impé
rio Romano do Ocidente,
invasões normandas. Sacro
Império Romano Germânico, separação da Igreja Ortodoxa de Roma, Feudalis-
mo. Cruzadas, Guerra dosCem Anos, Império Otoma-no. Nessa época, guerreava-
se para roubar, decaindoprofundamente a arte militar. Salientam-se nesse período as seguintes figuras:Príncipe Negro, Duque deOrleans, Saladim, Harum alRashid, Ricardo Coração deLeão, Carlos Magno, Gên-gis Cã e Tamerlão.A Idade Moderna, que
vai de 1453 à RevoluçãoFrancesa em 1789, cobre os
grandes descobrimentos einvenções, o Renascimento,as guerras religiosas, notada-mente a dos Trinta Anos, aIndependência dos EstadosUnidos e a queda da Monarquia na França. A guerraperde o caráter feudal e ganha amplitude, sem envolver a nação. Manobrava-semais do que se combatia.Longas guerras, com trocasde prisioneiros, suspensãodas operações no inverno ebatalhas pouco sangrentascaracterizaram os embates
desse tempo. Sobressaemnessa época os nomes de
Gustavo Adolfo, Turenne,
Condé, Duque de Marlbo-roug, Frederico, o Grande,e Suvorov. A Idade Contem
porânea estende-se da Revolução Francesa em 1789 aosnossos dias, enfocando os
principais capítulos da História Militar do períodonapoleônico, a Santa Aliança, as guerras de libertação
da América Latina e do Im
pério Otomano, a unificação da Itália e da Alemanha,a partilha e colonização daÁfrica e da China, a entrada do Japão na comunidade internacional, as guerrasda Secessão e da TrípliceAliança, a Guerra dos Bôeres, o conflito russo-japo-nês, as duas guerras mundiais, a Guerra da Coréia, aGuerra do Vietnã, os conflitos árabe-israelenses, a Guerra Revolucionária da China,
os conflitos ideológicos decunho comunista, as guerras de libertação da África,a Guerra do Afeganistão, asguerras da índia e Paquistão,as guerras do Golfo Pérsicoe da Bósnia. De início, aguerra feita entre nações tinha por finalidade defendera integridade e a independência, mas o fator econô
mico não exercia grande influência. A batalha era a
maior preocupação, voltando a guerra a ser mais bru-
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PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA MILITAR
tal e violenta. Cresceram os
efetivos e os meios empenhados. Não afetava as rela
ções sociais. As batalhas de
Marengo, Austerlitz, Water-loo, Sadowa e de Lomas Va-
lentinas decidiram as guerras em que se deram. Asguerras mundiais tomaram
caráter universal. Surgiu aguerra total. Os fatores econômico e industrial fizeram
sentir seus efeitos na condu
ção e conclusão da guerra,exigindo desmesurado esforço das nações envolvidas. Asideologias se fizeram presentes nos conflitos, motivando os exércitos de massa.
Notabilizaram-se, comoprincipais personalidadesdesse período: NapoleãoBonaparte, Gribeauval, Jo-mini, Clausewitz, Moltke,Lee, Grant, Stonewall? vonSchliffen, Ludendorf, Falke-nhayn, Joffre, Foch, Haig,Pershing, Frunze, Churchill,De Gaulle, Marshall, MacAr-thur, Eisenhower, Bradley,Patton, Montgomery, Alan-brooke, Slim, Guderian,Manstein, Rommel, Zukov,Timoshenko, Mao tse Tung,
Giap, Beaufi-e, Moshe Dayan,Schwartzkpf etc.
REFERENCIAIS DIVERSOS
Enquanto o suíço Jomi-ni dedicou-se à estratégiamilitar, o prussiano Clausewitz voltou-se para o desenvolvimento da teoria da
guerra, ocupando-se dos aspectos básicos dos conflitosentre as nações.
Coube a Jomini, o conhecido adivinho de Napoleão, a divisão da HistóriaMilitar em três grandes categorias; História das Batalhas; História da Arte daGuerra; e História Político-Militar.
Como a História Militar
cobre um vasto espectro deacontecimentos, muitos au
tores do passado e do presente tendem a enfocá-la,
ainda, segundo outras diferentes abordagens, centradasna figura dos generais, nasbatalhas, na tipologia dasguerras, nos níveis de violência alcançados, nas causas econseqüências dos conflitos.
Julgamos tais divisões umtanto delicadas, por sermosde opinião que o amplo campo da História Militar não arestringe a esses tópicos.
No nosso entender, a
História Militar resume-se
na interpretação dos fatoscomprovados como verdadeiros, a fim de se tirar ensinamentos para a humanidade e indicar tendências parao futuro.
Para finalizar, permiti-mo-nos lembrar as palavrasde von Schliffen:
Diante de qualquer oficial que deseje ser um grande capitão há um livro aberto intitulado História Militar. Reconheço que sua leitura nem sempre é interessante ou divertida, por issoé necessário ir abrindo ca
minho através de uma série
de direções difíceis. Porém,por trás de tudo isso encontram-se fatos concretos que
freq ü en tem en te en tusias-mam e no fundo aparece ínoção exata de como ocorrem as coisas, como deveri
am ocorrer e como ocorre
rão no futuro. ©
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"Quando você contrata pessoasmais inteligentes do que você, provaque é mais inteligente do que elas."
Richard Grant
"Toda nossa vida é umaprimavera, porque temos em nós
a verdade que não envelhece, e essaverdade anima toda a caminhada."
São Cirílo de Alexandria
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