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HISTÓRIA PROF.ª ISABEL SARAIVA PROF. ARTEMISON MONTANHO 3º ANO ENSINO MÉDIO

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HISTÓRIA PROF.ª ISABEL SARAIVAPROF. ARTEMISON MONTANHO3º ANO

ENSINO MÉDIO

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Unidade IPoder, Estado e Instituições

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Aula 2.1Conteúdo

• República no Brasil – da Implantação em 1889 à Revolução de 1930

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Habilidade • Identificar a prática do coronelismo como mecanismo de

marginalização dos mais pobres.

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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• Segunda Revolução Industrial • Partilha da África e da Ásia • Belle Époque • Antecedentes: política de alianças e paz armada • Fases da Guerra • Os efeitos da Primeira Guerra e os acordos de paz

REVISÃO

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Que prática está sendo descrita na imagem?

DESAFIO DO DIA

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• O período compreendido entre 1889 e 1930 no Brasil ficou conhecido como República Velha.

República da Espada (1889-1894) • O termo “espada” faz referência à atuação dos militares

na transição da Monarquia para a República.

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Deodoro da Fonseca Floriano Peixoto

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• Após a Proclamação da República, instalou-se um governo provisório com o objetivo de resolver os primeiros problemas criados pela transição e dirigir o país até que fosse redigida uma nova Constituição.

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• Este período durou de 1889 a 1891, sob o comando do marechal Deodoro da Fonseca. Suas principais medidas durante este período foram:

○ extinção das instituições imperiais; ○ convocação de eleições para a Assembleia Constituinte;

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○ banimento da família imperial; separação entre Igreja e Estado;

○ a “grande naturalização”, oferta de cidadania a todos os estrangeiros que viviam no Brasil.

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Constituição de 1891 • A primeira constituição da

República, segunda do país, foi adiada o máximo possível. Era de interesse de Deodoro da Fonseca permanecer no poder.

• As eleições para compor a Assembleia Constituinte ocorreram em 1890, sob a pressão dos cafeicultores paulistas.

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• Após partir de um projeto elaborado por Rui Barbosa (importante político e intelectual brasileiro, que ocupava o cargo de Ministro da Fazenda), promulgou-se a nova Constituição.

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• Foram importantes características da Constituição de 1891:

○ Federalismo: esse sistema permitia um maior grau de autonomia para os (agora nomeados) estados;

○ Sufrágio universal masculino: homens maiores de 21 anos alfabetizados e que não fossem mendigos ou soldados rasos tinham direito ao voto. Mulheres não poderiam votar;

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○ Presidencialismo: foi estabelecido o cargo de presidente como o representante máximo do Executivo no Brasil. O presidente seria eleito em voto direto para um mandato de quatro anos.

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• Após a promulgação da nova Constituição, foram realizadas eleições indiretas, que elegeram Deodoro da Fonseca como presidente do Brasil, agora para o seu mandato constitucional.

• Deodoro decretou o fechamento do Congresso e convocou novas eleições para compor um novo Congresso. Além disso, informou que alterações seriam feitas na Constituição para garantir o fortalecimento do poder Executivo em detrimento dos outros poderes (Legislativo e Judiciário).

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• Tais medidas geraram uma forte reação, sobretudo dos políticos defensores de Floriano Peixoto (vice-presidente) e membros da Marinha. O presidente brasileiro foi obrigado a renunciar no dia 23 de novembro de 1891.

• Como a renúncia de Deodoro ocorreu antes de completar dois anos de governo, a Constituição previa nova eleição e não a posse do vice para completar o mandato.

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As oligarquias e a política café com leite • Com o fim do governo de Floriano Peixoto, ocorrerem as

primeiras eleições diretas para presidente no Brasil e a elite cafeicultora paulista lançou a candidatura vitoriosa de Prudente de Morais (1894-1898).

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• Usando de sua habilidade política, conseguiu pacificar o cenário de conflito pós-Revolução Federalista, anistiando os principais líderes rebeldes.

• Encerrava-se de vez a possibilidade de retorno de um governo militar durante a República Velha.

• A República Velha ficou conhecida como o período político de domínio da elite cafeicultora e das oligarquias (regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, seja de uma mesma família, partido político ou classe social).

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• Neste contexto o domínio oligárquico da época estava dividido em três partes, que se completavam no sentido de garantir os interesses da elite e manter a maior parte da população à margem da sociedade:

○ Política do Café com Leite: a aristocracia cafeeira paulista passou a exercer o poder de maneira efetiva a partir do governo de Campos Sales (1898-1902). Esta política estabeleceu-se em âmbito federal e reuniu dois partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). A partir de 1906, início do governo do mineiro Afonso Pena (1906-

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1910), a república no Brasil passou a ter presidentes dos dois partidos, em revezamento. São Paulo era o maior produtor de café do país e, por isso, o estado mais rico, e Minas Gerais era o maior produtor de leite e derivados, mas o estado com maior eleitorado.

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Política do café com leite

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○ Política dos Governadores: esta política surgiu da necessidade que os presidentes paulistas e mineiros tiveram de encontrar apoio nas bancadas estaduais do Legislativo. Consistia num acordo entre o chefe do Executivo Federal e os governadores estaduais. Em troca da autonomia dos estados, os governadores elegeriam uma bancada de deputados e senadores que apoiariam o presidente.

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○ Coronelismo: os coronéis (chefes políticos e/ou latifundiários) tinham uma importância econômica e política muito forte no interior do Brasil. Eles estabeleciam o controle sobre a população mais pobre, “protegendo-os” e mantendo-os submissos. Nesta época o voto não era secreto e os coronéis eram quem garantiam o sucesso dos esquemas oligárquicos, por meio da fraude e da violência (currais eleitorais e voto de cabresto).

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(ENEM/MEC)“Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.”

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).

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O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social

a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.

b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.

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c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.

d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.

e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.

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