histórico sobre o eca

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HISTÓRICO DO HISTÓRICO DO ESTATUTO DA CRIANÇA ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DO ADOLESCENTE Do Do período Colonial ao Império período Colonial ao Império Em 1551 surgiu a primeira casa Em 1551 surgiu a primeira casa de reconhecimento de crianças de reconhecimento de crianças no Brasil com o objetivo de no Brasil com o objetivo de isolar as crianças negras e isolar as crianças negras e índias da influência dos índias da influência dos costumes e tradições dos e seus costumes e tradições dos e seus antepassados e assim levá-las a antepassados e assim levá-las a assimilar mais facilmente a assimilar mais facilmente a cultura e a religião dos cultura e a religião dos portugueses.” portugueses.”

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Page 1: Histórico sobre o eca

HISTÓRICO DO HISTÓRICO DO ESTATUTO DA ESTATUTO DA CRIANÇA E DO CRIANÇA E DO ADOLESCENTEADOLESCENTE

Do Do período Colonial ao Impérioperíodo Colonial ao Império““Em 1551 surgiu a primeira casa de Em 1551 surgiu a primeira casa de

reconhecimento de crianças no reconhecimento de crianças no Brasil com o objetivo de isolar as Brasil com o objetivo de isolar as

crianças negras e índias da crianças negras e índias da influência dos costumes e tradições influência dos costumes e tradições

dos e seus antepassados e assim dos e seus antepassados e assim levá-las a assimilar mais facilmente levá-las a assimilar mais facilmente

a cultura e a religião dos a cultura e a religião dos portugueses.”portugueses.”

Page 2: Histórico sobre o eca

• ““Em 1585 já havia no Brasil pelo Em 1585 já havia no Brasil pelo menos três colégios e cinco casas menos três colégios e cinco casas de recolhimento, mantidos pelos de recolhimento, mantidos pelos Jesuítas com o objetivo de educar Jesuítas com o objetivo de educar filhos de índios e mestiços segundo filhos de índios e mestiços segundo seus preceitos.”seus preceitos.”

• ““Em 1726 foi criada a Roda dos Em 1726 foi criada a Roda dos Expostos.”Expostos.”

• ““Em 1855 - primeira iniciativa Em 1855 - primeira iniciativa estatal - Institutos para Surdos.”estatal - Institutos para Surdos.”

Page 3: Histórico sobre o eca

• ““Em 1873 - Criação da Escola Aprendizes de Em 1873 - Criação da Escola Aprendizes de Marinheiro para meninos desvalidos.”Marinheiro para meninos desvalidos.”

• A RepúblicaA República• ““Final do século XIX começo do século XX - Final do século XIX começo do século XX -

Fim do trabalho escravo - expansão da Fim do trabalho escravo - expansão da indústria - início do trabalho assalariado - indústria - início do trabalho assalariado - pouca oferta de emprego - inexistência de pouca oferta de emprego - inexistência de serviços públicos - Cresce nesta época, por serviços públicos - Cresce nesta época, por conta de todos desses indicadores, os conta de todos desses indicadores, os chamados menores viciados e desvalidos.”chamados menores viciados e desvalidos.”

Page 4: Histórico sobre o eca

• ““1923 - Primeiro amparo jurídico ao menor.”1923 - Primeiro amparo jurídico ao menor.”• ““1927 - Elaboração do 1º Código de menores.”1927 - Elaboração do 1º Código de menores.”• ““1944 - Cria-se o Serviço de Assistência ao 1944 - Cria-se o Serviço de Assistência ao

Menor - SAM, com política autoritária e Menor - SAM, com política autoritária e repressiva no trato do menor.”repressiva no trato do menor.”

• ““1964 - Cria-se a Política do Bem Estar do 1964 - Cria-se a Política do Bem Estar do Menor (FUNABEM E FEBEM) que ainda Menor (FUNABEM E FEBEM) que ainda guardava aspecto do SAM, porém já admitia a guardava aspecto do SAM, porém já admitia a profissionalização e a convivência familiar e profissionalização e a convivência familiar e comunitária para o menor.”comunitária para o menor.”

• ““1979 - Reformulação do Código de menores.”1979 - Reformulação do Código de menores.”• ““1988 - Cria-se o Estatuto da Criança e do 1988 - Cria-se o Estatuto da Criança e do

AdolescenteAdolescente

Page 5: Histórico sobre o eca

• Art. 227º da Constituição Federal - Art. 227º da Constituição Federal - Livro I - Direitos Fundamentais; Livro Livro I - Direitos Fundamentais; Livro II - Políticas de Atendimento/Medidas II - Políticas de Atendimento/Medidas de Proteção.”de Proteção.”

• DIREITO À LIBERDADE, AO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADERESPEITO E À DIGNIDADE

• DIREITO À VIDA E À SAÚDEDIREITO À VIDA E À SAÚDE• DIREITO Á CONVIVÊNCIA FAMILIAR DIREITO Á CONVIVÊNCIA FAMILIAR

E COMUNITÁRIAE COMUNITÁRIA• DIREITO À EDUCAÇÃO. À CULTURA, DIREITO À EDUCAÇÃO. À CULTURA,

AO ESPORTE E AO LAZERAO ESPORTE E AO LAZER• DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO, À DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO, À

PROTEÇÃO NO TRABALHOPROTEÇÃO NO TRABALHO

Page 6: Histórico sobre o eca

DOS DIREITOS DOS DIREITOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS

• Art. 7º ao Art. 24ºArt. 7º ao Art. 24º• Art. 53º ao Art. 59ºArt. 53º ao Art. 59º• Art. 60º ao Art. 69ºArt. 60º ao Art. 69º

Page 7: Histórico sobre o eca

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

• O O Conselho Tutelar Conselho Tutelar é um órgão é um órgão permanentepermanente e e autônomoautônomo, , não-não-jurisdicionaljurisdicional, encarregado pela , encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. (ECA - 131).definidos nesta Lei. (ECA - 131).

• É É permanentepermanente porque veio para ficar. porque veio para ficar. Depois de criado pela Lei municipal e Depois de criado pela Lei municipal e efetivamente implantado, o Conselho efetivamente implantado, o Conselho Tutelar passa a integrar de forma Tutelar passa a integrar de forma definitiva o quadro das Instituições definitiva o quadro das Instituições Municipais, não dá para “desinventar”. Municipais, não dá para “desinventar”. Como não dá para “desinventar” a Câmara Como não dá para “desinventar” a Câmara dos Vereadores ou a Prefeitura.dos Vereadores ou a Prefeitura.

Page 8: Histórico sobre o eca

• É É autônomoautônomo porque tem mandato fixo de três porque tem mandato fixo de três anos para cumprir suas atribuições, para fazer seu anos para cumprir suas atribuições, para fazer seu trabalho que é descrito nos artigos 136, 95, 101 (I trabalho que é descrito nos artigos 136, 95, 101 (I a VII) e 129 (I a VII) do ECA. O Prefeito não tem o a VII) e 129 (I a VII) do ECA. O Prefeito não tem o poder de demiti-los ou destituí-los a seu bel-poder de demiti-los ou destituí-los a seu bel-prazer, pois são cargos de confiança da prazer, pois são cargos de confiança da comunidade.comunidade.

• As decisões do C. T. só podem ser revistas pelo As decisões do C. T. só podem ser revistas pelo Juiz da Infância e da Juventude. Mas o C. T. não Juiz da Infância e da Juventude. Mas o C. T. não precisa d autorização de ninguém para fazer seu precisa d autorização de ninguém para fazer seu trabalho.Atençãotrabalho.Atenção

• Autônomo não quer dizer solto, desgarrado. O C. Autônomo não quer dizer solto, desgarrado. O C. T. é um órgão e todo órgão faz parte de um T. é um órgão e todo órgão faz parte de um organismo - no caso, a administração municipal. A organismo - no caso, a administração municipal. A Lei que instituiu a política de atendimento dos Lei que instituiu a política de atendimento dos direitos das crianças e dos adolescentes direitos das crianças e dos adolescentes determina a obrigação da administração determina a obrigação da administração municipal de garantir ao seu novo órgão todas as municipal de garantir ao seu novo órgão todas as condições do funcionamento.condições do funcionamento.

Page 9: Histórico sobre o eca

• Não - JurisdicionalNão - Jurisdicional - porque é autônomo - porque é autônomo em relação ao Poder Judiciário. Só quem em relação ao Poder Judiciário. Só quem manda nos Conselheiros Tutelares é a Lei. manda nos Conselheiros Tutelares é a Lei. Esta que os obriga a fazer o que é sua Esta que os obriga a fazer o que é sua atribuição: se forem, além disso podem atribuição: se forem, além disso podem incorrer em crime de abuso de autoridade; incorrer em crime de abuso de autoridade; se fizerem menos que isso, estarão sendo se fizerem menos que isso, estarão sendo omissos.omissos.

• Quem julga é o Juiz. Os julgamentos do C. Quem julga é o Juiz. Os julgamentos do C. T. são de outra natureza. Ele julga T. são de outra natureza. Ele julga conflitos de interesses que podem ser conflitos de interesses que podem ser resolvidos administrativamente.resolvidos administrativamente.

Page 10: Histórico sobre o eca

• ENCARREGADO PELA SOCIEDADEENCARREGADO PELA SOCIEDADE porque porque foi eleito por ela para resolver, caso a caso os foi eleito por ela para resolver, caso a caso os problemas concretos de violação dos direitos problemas concretos de violação dos direitos de crianças e adolescentes e cobrar, das de crianças e adolescentes e cobrar, das autoridades responsáveis, a real efetivação autoridades responsáveis, a real efetivação das políticas públicas elaboradas pelo das políticas públicas elaboradas pelo Conselho de Direitos. Conselho de Direitos.

• Para zelar pelo cumprimento dos direitos da Para zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente é necessário duas criança e do adolescente é necessário duas condições: 1 - Conselheiros Tutelares condições: 1 - Conselheiros Tutelares precisam ter bem claro como fazer isto;precisam ter bem claro como fazer isto;

• 2 - Administração Municipal tem que dar 2 - Administração Municipal tem que dar apoio e a infra-estrutura necessária para que apoio e a infra-estrutura necessária para que eles façam isto. eles façam isto.

Page 11: Histórico sobre o eca

ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR (Art. ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR (Art. 136º do ECA)136º do ECA)

Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos Arts. 98º e 105º aplicando as medidas previstas nos Arts. 98º e 105º aplicando as medidas previstas no Art. 101º, I a VII;previstas no Art. 101º, I a VII;

Atender e aconselhar os pais ou responsáveis, Atender e aconselhar os pais ou responsáveis, aplicando as medidas previstas no Art. 129º - I a VII;aplicando as medidas previstas no Art. 129º - I a VII;

Promover a execução de suas decisões podendo Promover a execução de suas decisões podendo para tanto:para tanto:

• requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;segurança;

• representar junto à autoridade judiciária nos casos representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas de descumprimento injustificado de suas deliberações;deliberações;

Encaminhar ao Ministério Público noticia de fato Encaminhar ao Ministério Público noticia de fato que constitua infração administrativa ou penal;que constitua infração administrativa ou penal;

Page 12: Histórico sobre o eca

Encaminhar à autoridade judiciária os casos Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;de sua competência;

Providenciar a medida estabelecida pela Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no autoridade judiciária, dentre as previstas no Art. 101º - I a VI, para adolescente autor de Art. 101º - I a VI, para adolescente autor de ato infracional;ato infracional;

Expedir notificações;Expedir notificações;Requisitar certidões de nascimento e de Requisitar certidões de nascimento e de

óbito quando necessário;óbito quando necessário;Assessorar o Poder Executivo local na Assessorar o Poder Executivo local na

elaboração da proposta orçamentária para elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos planos e programas de atendimento dos direitos das crianças e adolescentes;direitos das crianças e adolescentes;

Representar, em nome da pessoa e da Representar, em nome da pessoa e da família, contra violação dos direitos previstos família, contra violação dos direitos previstos no Art. 220º. 3 / inciso II da no Art. 220º. 3 / inciso II da C. F.;C. F.;

Representar ao Ministério Público para Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do efeito das ações de perda ou suspensão do pátrio poder. pátrio poder.

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... ... ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELARTUTELAR

• Segundo o Estatuto da Criança e do Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar deve Adolescente, o Conselho Tutelar deve atender toda criança e adolescente atender toda criança e adolescente sempre que seus direitos estiverem sempre que seus direitos estiverem sendo ameaçados e/ou violados, seja sendo ameaçados e/ou violados, seja por ação ou omissão da sociedade ou por ação ou omissão da sociedade ou do estado; por falta, omissão ou do estado; por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis; em abuso dos pais ou responsáveis; em razão de sua própria conduta. (Art. razão de sua própria conduta. (Art. 98º ECA.)98º ECA.)

Page 14: Histórico sobre o eca

...POR AÇÃO OU OMISSÃO DA ...POR AÇÃO OU OMISSÃO DA SOCIEDADE OU DO ESTADOSOCIEDADE OU DO ESTADO

• O Estado ameaça ou viola os direitos da O Estado ameaça ou viola os direitos da população infanto-juvenil, quando não população infanto-juvenil, quando não prioriza as ações necessárias para esta prioriza as ações necessárias para esta área, ou, quando deixa de deliberar, orçar área, ou, quando deixa de deliberar, orçar e implementar políticas sociais públicas.e implementar políticas sociais públicas.

• A sociedade, quando se omite diante da A sociedade, quando se omite diante da violência, crueldade, opressão, dos violência, crueldade, opressão, dos abusos de toda a forma. abusos de toda a forma.

• ...POR AÇÃO, OMISSÃO OU ABUSO DOS ...POR AÇÃO, OMISSÃO OU ABUSO DOS PAIS...PAIS...

• A família continua tendo a sua cota de A família continua tendo a sua cota de responsabilidade de desenvolvimento da responsabilidade de desenvolvimento da criança e do adolescente.criança e do adolescente.

Page 15: Histórico sobre o eca

...EM RAZÃO DE SUA PRÓPRIA CONDUTA....EM RAZÃO DE SUA PRÓPRIA CONDUTA.

• Segundo o artigo 136º, O Conselho Tutelar Segundo o artigo 136º, O Conselho Tutelar deve atender os casos previstos no artigo deve atender os casos previstos no artigo 105º. (ato infracional cometido por criança).105º. (ato infracional cometido por criança).

• A medida protetiva, no caso do ato A medida protetiva, no caso do ato infracional cometido por criança, tem por infracional cometido por criança, tem por objetivo, como o nome, de protegê-la de objetivo, como o nome, de protegê-la de seus próprios atos, da família ou da seus próprios atos, da família ou da sociedade. Entende-se que esta não pode sociedade. Entende-se que esta não pode ser responsabilizada pelos seus atos, ser responsabilizada pelos seus atos, porque a mesma ainda não se encontra em porque a mesma ainda não se encontra em condições de discernir, claramente, aquilo condições de discernir, claramente, aquilo que pode e o que não pode ser feito.que pode e o que não pode ser feito.

Page 16: Histórico sobre o eca

MEDIDAS APLICADAS AOS PAIS OU MEDIDAS APLICADAS AOS PAIS OU RESPONSÁVEISRESPONSÁVEIS

• Aplicáveis pelo Conselho Tutelar, Aplicáveis pelo Conselho Tutelar, constantes no artigo 129º de I a VII.constantes no artigo 129º de I a VII.

• Estas medidas são aplicáveis sempre que Estas medidas são aplicáveis sempre que os pais ou responsável pela ou os pais ou responsável pela ou adolescente incorrerem em negligência, adolescente incorrerem em negligência, abusos, violências ou abandono.abusos, violências ou abandono.

• O Conselho Tutelar tem de acompanhar as O Conselho Tutelar tem de acompanhar as medidas aplicadas e apurar se os medidas aplicadas e apurar se os envolvidos a estão cumprindo.envolvidos a estão cumprindo.

• Quando os pais ou responsável não Quando os pais ou responsável não acatam uma decisão do Conselho Tutelar acatam uma decisão do Conselho Tutelar este pode adverti-los (art. 129º VII), este pode adverti-los (art. 129º VII), esclarecendo que os mesmos podem ser esclarecendo que os mesmos podem ser representados judicialmente.representados judicialmente.

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OUTRAS ATRIBUIÇÕESOUTRAS ATRIBUIÇÕES

• Artigo 136º, inciso III - “Promover a execução Artigo 136º, inciso III - “Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:de suas decisões, podendo para tanto:

• A - requisitar serviços públicos nas áreas de A - requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, serviço social, previdência, trabalho e saúde, serviço social, previdência, trabalho e segurança.segurança.

• B - representar junto a autoridade judiciária nos B - representar junto a autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de sua casos de descumprimento injustificado de sua deliberações.deliberações.

• A requisição de serviços públicos, que cita o A requisição de serviços públicos, que cita o inciso III - a, não é uma solicitação. Os inciso III - a, não é uma solicitação. Os dirigentes destes estão obrigados a prestarem dirigentes destes estão obrigados a prestarem os serviços.os serviços.

• ““Impedir ou embaraçar a ação de autoridade Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público, no representante do Ministério Público, no exercício de sua função, prevista nesta lei exercício de sua função, prevista nesta lei constitui crime e a pena pode ser” detenção de constitui crime e a pena pode ser” detenção de seis a dois anos (artigo 236º)seis a dois anos (artigo 236º)

Page 18: Histórico sobre o eca

Do direito à liberdade, ao respeito à Do direito à liberdade, ao respeito à dignidadedignidade

• ART. 16ºART. 16º - O direito à liberdade compreende os - O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:seguintes aspectos:

• II - ir, vir e estar nos logradouros públicos e - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários ressalvadas as restrições espaços comunitários ressalvadas as restrições legais;legais;

• IIII - opinião e expressão; - opinião e expressão;• IIIIII - crença e culto religioso; - crença e culto religioso;• IVIV - brincar, praticar esportes e divertir-se; - brincar, praticar esportes e divertir-se;• VV - participar da vida política, na forma da lei; - participar da vida política, na forma da lei;• VIIVII - buscar refúgio, auxílio e orientação. - buscar refúgio, auxílio e orientação.• ART. 17ºART. 17º - O direito ao respeito consiste na - O direito ao respeito consiste na

inviolabilidade da integridade física, psíquica e inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.espaços e objetos pessoais.

Page 19: Histórico sobre o eca

• ART. 18º ART. 18º - É dever de todos velar pela dignidade da - É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

• SEÇÃO II - DOS PRODUTOS E SERVIÇOSSEÇÃO II - DOS PRODUTOS E SERVIÇOS• ART. 81ºART. 81º - É proibida a venda à criança ou a - É proibida a venda à criança ou a

adolescente de:adolescente de:• II - armas, munições e explosivos; - armas, munições e explosivos;• IIII - bebidas alcoólicas; - bebidas alcoólicas;• IIIIII - produtos cujos componentes possam causar - produtos cujos componentes possam causar

dependência física ou psíquica ainda que por dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida;utilização indevida;

• IVIV - fogos de estampido e de artifício, exceto - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida;de utilização indevida;

• VV - revistas e publicações a que alude o art. 78º; - revistas e publicações a que alude o art. 78º;• VIVI - bilhetes lotéricos e equivalentes. - bilhetes lotéricos e equivalentes.

Page 20: Histórico sobre o eca

• ART. 82ºART. 82º - É proibido a hospedagem de - É proibido a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo pensão ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.responsável.

• Da prevenção especialDa prevenção especial• ART. 74ºART. 74º - O Poder Público, através do órgão - O Poder Público, através do órgão

competente, regulará as diversões e competente, regulará as diversões e espetáculos, informando sobre a natureza espetáculos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horário em que sua recomendem, locais e horário em que sua apresentação se mostre inadequada.apresentação se mostre inadequada.

• PARÁGRAFO ÚNICOPARÁGRAFO ÚNICO - Os responsáveis - Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visívil e de fácil deverão afixar, em lugar visívil e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza do informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação.certificado de classificação.

Page 21: Histórico sobre o eca

• ART. 75ºART. 75º - Toda criança ou adolescente terá - Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos, acesso às diversões e espetáculos públicos, classificados como adequados à sua faixa etária.classificados como adequados à sua faixa etária.

• PARÁGRAFO ÚNICOPARÁGRAFO ÚNICO - As crianças menores de - As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhada dos pais ou exibição quando acompanhada dos pais ou responsável.responsável.

• ART. 76ºART. 76º - As emissoras de rádio e televisão - As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto-juvenil, programas com o público infanto-juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.informativas.

• PARÁGRAFO ÚNICOPARÁGRAFO ÚNICO - Nenhum espetáculo - Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de será apresentado ou anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua transmissão, sua classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou exibição.apresentação ou exibição.

Page 22: Histórico sobre o eca

• ART. 77ºART. 77º - Os proprietários, diretores, gerentes e - Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de empresas que explorem a venda ou funcionários de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de programações em vídeo cuidarão aluguel de fitas de programações em vídeo cuidarão para que não haja venda ou locação em desacordo para que não haja venda ou locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente.com a classificação atribuída pelo órgão competente.

• PARÁGRAFO ÚNICOPARÁGRAFO ÚNICO - As fitas a que alude este - As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invólucro, informação sobre artigo deverão exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.a natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.

• ART. 78ºART. 78º - As revistas e publicações contendo - As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a criança e material impróprio ou inadequado a criança e adolescente deverão ser comercializadas em adolescente deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência se seu embalagem lacrada, com a advertência se seu conteúdo.conteúdo.

• PARÁGRAFO ÚNICOPARÁGRAFO ÚNICO - As editoras cuidarão para que - As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens pornográficas ou as capas que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.

• ART. 79ºART. 79º - As revistas e publicações destinadas ao - As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter público infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família.sociais da pessoa e da família.

Page 23: Histórico sobre o eca

Das medidas específicas de proteçãoDas medidas específicas de proteção

• ART. 99ºART. 99º - As medidas previstas neste Capítulo - As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo.qualquer tempo.

• ART. 100ºART. 100º - Na aplicação das medidas levar-se- - Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.comunitários.

• ART. 101ºART. 101º - Verificada qualquer das hipóteses - Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98º, a autoridade competente previstas no art. 98º, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:medidas:

• II - encaminhamento aos pais ou responsável, - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;mediante termo de responsabilidade;

• IIII - orientação, apoio e acompanhamento - orientação, apoio e acompanhamento temporários;temporários;

..

Page 24: Histórico sobre o eca

IIIIII - matrícula e freqüência obrigatórias - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino em estabelecimento oficial de ensino fundamental;fundamental;IVIV - inclusão em programa comunitário ou - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;adolescente;VV - requisição de tratamento, psicológico - requisição de tratamento, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;ambulatorial;VIVI - inclusão em programa oficial ou - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e comunitário de auxílio, orientação e tratamento alcoólatras e toxicômanos;tratamento alcoólatras e toxicômanos;VIIVII - abrigo em entidade; - abrigo em entidade;VIIIVIII - colocação em família substituta - colocação em família substituta•PARÁGRAFO ÚNICOPARÁGRAFO ÚNICO - O abrigo é - O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando em família substituta, não implicando privação de liberdade.privação de liberdade.

Page 25: Histórico sobre o eca

Disposições geraisDisposições gerais• ART. 103ºART. 103º - Considera-se ato infracional a conduta - Considera-se ato infracional a conduta

descrita como crime ou contravenção penal.descrita como crime ou contravenção penal.• ART. 104ºART. 104º - São penalmente inimputáveis os menores - São penalmente inimputáveis os menores

de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.Lei.

• PARÁGRAFO ÚNICOPARÁGRAFO ÚNICO - Para os efeitos desta Lei, deve - Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.ser considerada a idade do adolescente à data do fato.

• ART. 105ºART. 105º - Ao ato infracional praticado por criança - Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101º.corresponderão as medidas previstas no art. 101º.

• Das medidas sócio-educativasDas medidas sócio-educativas• ART. 112ºART. 112º - Verificada a prática de ato infracional, a - Verificada a prática de ato infracional, a

autoridade competente poderá aplicar ao adolescente autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:as seguintes medidas:

• II - advertência; - advertência;• IIII - obrigação de reparar dano; - obrigação de reparar dano;• IIIIII - prestação de serviço à comunidade; - prestação de serviço à comunidade;• IVIV - liberdade assistida; - liberdade assistida;• VV - inserção em regime de semiliberdade; - inserção em regime de semiliberdade;

Page 26: Histórico sobre o eca

• VIVI - internação em estabelecimento educacional; - internação em estabelecimento educacional;• VIIVII - qualquer uma das previstas no art. 101º, I a VI. - qualquer uma das previstas no art. 101º, I a VI.• § 1º§ 1º - A medida aplicada ao adolescente levará em - A medida aplicada ao adolescente levará em

conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.e a gravidade da infração.

• § 2º§ 2º - Em hipóteses alguma e sob pretexto algum, será - Em hipóteses alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.admitida a prestação de trabalho forçado.

• § 3º§ 3º - Os adolescentes portadores de doença ou - Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.especializado, em local adequado às suas condições.

• ART. 175º/§ 1ºART. 175º/§ 1º - Sendo impossível a apresentação - Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará o imediata, a autoridade policial encaminhará o adolescente a entidade de atendimento, que fará a adolescente a entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do Ministério Público apresentação ao representante do Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.no prazo de vinte e quatro horas.

• ART. 178ºART. 178º - O adolescente a quem se atribua autoria - O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser conduzido ou de ato infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.mental, sob pena de responsabilidade.

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• ART. 183ºART. 183º - O prazo máximo e improrrogável para - O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.quarenta e cinco dias.

• ART. 230ºART. 230º - Privar a criança ou o adolescente de - Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita de seis meses a dois anos.ordem escrita de seis meses a dois anos.

• ART. 231ºART. 231º - Deixar a autoridade policial - Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:apreendido ou à pessoa por ele indicada:

• PenaPena - detenção de seis meses a dois anos. - detenção de seis meses a dois anos.• ART. 232ºART. 232º - Submeter criança ou adolescente sob - Submeter criança ou adolescente sob

sua autoridade, guarda ou vigilância a vexames ou sua autoridade, guarda ou vigilância a vexames ou constrangimento:constrangimento:

• PenaPena - detenção de seis meses a dois anos. - detenção de seis meses a dois anos.

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Do Ministério PúblicoDo Ministério Público• ART. 200ºART. 200º - As funções do Ministério Público, prevista - As funções do Ministério Público, prevista

nesta lei, serão exercidas nos termos da respectiva Lei nesta lei, serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.Orgânica.

• ART. 201ºART. 201º - Compete ao Ministério Público: - Compete ao Ministério Público:• II - conceder a remissão como forma de exclusão do - conceder a remissão como forma de exclusão do

processo;processo;• IIII - promover e acompanhar os procedimentos relativos às - promover e acompanhar os procedimentos relativos às

infrações atribuídas a adolescente;infrações atribuídas a adolescente;• IIIIII - promover e acompanhar as ações de alimentos e os - promover e acompanhar as ações de alimentos e os

procedimentos de suspensão e destituição do pátrio poder, procedimentos de suspensão e destituição do pátrio poder, nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiões, nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiões, bem como oficiar em todos os demais procedimentos da bem como oficiar em todos os demais procedimentos da competência da Justiça da Infância e da Juventude;competência da Justiça da Infância e da Juventude;

• IVIV - promover, de ofício ou por solicitação dos - promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, a especialização e a inscrição de hipoteca interessados, a especialização e a inscrição de hipoteca legal e a prestação de contas dos tutores, curadores e legal e a prestação de contas dos tutores, curadores e quaisquer administradores de bens de crianças e quaisquer administradores de bens de crianças e adolescentes nas hipóteses do art. 98º;adolescentes nas hipóteses do art. 98º;

• VV - promover o inquérito civil e a ação pública para a - promover o inquérito civil e a ação pública para a proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos no art. 220º, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;no art. 220º, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;

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• VIVI - instaurar procedimentos administrativos e, para - instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-los:instruí-los:

• expedir notificações para colher depoimento ou expedir notificações para colher depoimento ou esclarecimentos coercitiva, inclusive pela polícia civil esclarecimentos coercitiva, inclusive pela polícia civil ou militar;ou militar;

• requisitar informações, exames, perícias e documentos requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridade municipais, estaduais e federais, da de autoridade municipais, estaduais e federais, da administração direta ou indireta, bem como promover administração direta ou indireta, bem como promover inspeções e diligências investigatórias;inspeções e diligências investigatórias;

• requisitar informações e documentos a particulares e requisitar informações e documentos a particulares e instituições privada;instituições privada;

• VIIVII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências - instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e determinar a instauração de inquérito investigatórias e determinar a instauração de inquérito policial, para apuração de ilícitos ou infrações às policial, para apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção à infância e à juventude;normas de proteção à infância e à juventude;

• VIIIVIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; extrajudiciais cabíveis;

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• Da Justiça da Infância e da JuventudeDa Justiça da Infância e da Juventude

• Art.145. Art.145. Os Estados e o Distrito Federal poderão criar varas Os Estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas da Infância e da Juventude, especializadas e exclusivas da Infância e da Juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões.plantões.

• Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:competente para:

• conhecer de representações promovidas pelo Ministério conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a Público, para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;adolescente, aplicando as medidas cabíveis;

• conceder a remissão como forma de suspensão ou extinção do conceder a remissão como forma de suspensão ou extinção do processo;processo;

• conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;• conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais,

difusos ou coletivos afetos á criança e ao adolescente, difusos ou coletivos afetos á criança e ao adolescente, observado o disposto no Art. 209;observado o disposto no Art. 209;

• conhecer de ações decorrentes de irregularidades em conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis ;entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis ;

• aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção a criança ou adolescente;contra norma de proteção a criança ou adolescente;

• conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis; aplicando as medidas cabíveis;

Page 31: Histórico sobre o eca

• Parágrafo único- Quando se tratar de crianças Parágrafo único- Quando se tratar de crianças ou adolescentes nas hipóteses do Art. 98, é ou adolescentes nas hipóteses do Art. 98, é também competente a Justiça da Infância e da também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:Juventude para o fim de:

• conhecer de pedido de guarda e tutela;conhecer de pedido de guarda e tutela;• conhecer de ações de destituição do pátrio poder, conhecer de ações de destituição do pátrio poder,

perda ou modificação da tutela ou guarda;perda ou modificação da tutela ou guarda;• suprir a capacidade ou o consentimento para o suprir a capacidade ou o consentimento para o

casamento;casamento;• conhecer de pedidos baseados em discordância conhecer de pedidos baseados em discordância

paterna ou materna, em relação ao exercício do paterna ou materna, em relação ao exercício do pátrio poder;pátrio poder;

• conceder a emancipação nos termos da lei, quando conceder a emancipação nos termos da lei, quando faltarem os pais;faltarem os pais;

• designar curador especial em casos de apresentação designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou de outros de queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesse de crianças ou adolescentes;interesse de crianças ou adolescentes;

• conhecer de ações de alimentos;conhecer de ações de alimentos;• determinar o cancelamento, a retificação e o determinar o cancelamento, a retificação e o

suprimento dos registros de nascimento suprimento dos registros de nascimento

Page 32: Histórico sobre o eca

• Art. 149. Compete à autoridade Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante alvará:portaria, ou autorizar, mediante alvará:

• a entrada e permanência de criança ou a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsáveis em:responsáveis em:

• estádio, ginásio e campo desportivo;estádio, ginásio e campo desportivo;• bailes ou promoções dançantesbailes ou promoções dançantes• boate ou congêneres;boate ou congêneres;• casa que explore comercialmente diversões casa que explore comercialmente diversões

eletrônicaseletrônicas• estúdios cinematográficos, de teatro, radio estúdios cinematográficos, de teatro, radio

e televisão;e televisão;• a participação de crianças e adolescentes a participação de crianças e adolescentes

em :em :• espetáculos públicos e seus ensaiosespetáculos públicos e seus ensaios

Page 33: Histórico sobre o eca

• certames de beleza. certames de beleza. • § 1º -Para os fins do disposto neste § 1º -Para os fins do disposto neste

artigo, a autoridade judiciária levará artigo, a autoridade judiciária levará em conta, dentre outros fatores:em conta, dentre outros fatores:

• os principio desta Lei:os principio desta Lei:• as peculiaridades locais;as peculiaridades locais;• a exigência de instalações adequadas;a exigência de instalações adequadas;• o tipo de freqüência habitual ao local;o tipo de freqüência habitual ao local;• adequação do ambiente a eventual adequação do ambiente a eventual

participação ou freqüência de crianças e participação ou freqüência de crianças e adolescentes;adolescentes;

• a natureza do espetáculo;a natureza do espetáculo;• § 2º - As medidas adotadas na § 2º - As medidas adotadas na

conformidade deste artigo deverão conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas, caso a caso, ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as determinações de caráter vedadas as determinações de caráter geral.geral.