histórico da organizaÇÃo social dos pescadores no brasil
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HistóricoHistórico DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL DOS DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL DOS
PESCADORES NO BRASILPESCADORES NO BRASIL
O início do sistema de organização do setor pesqueiro data de 1817, na Enseada das Garoupas (SC), por iniciativa de D. João VI.
• Objetivo: DEFENDER A COSTA BRASILEIRA DOS INVASORES
A tutela do Poder Público durou 170 anos e nos primeiros 100 anos foi dominada pela Marinha.
Em 1919 foi delegada uma missão para cruzar a costa nacional e criar quantas colônias fosse possível, comandada pelo Almirante Frederico Villar.
Objetivo: Mobilizar pescadores para possíveis contingentes de guerra.
Lema:
PÁTRIA É DEVER!
Entre 1919 e 1923 foram fundadas 800 colônia de pescadores.
Em 1920 foi criada a Confederação dos Pescadores do Brasil.
O Estado prestava serviços gratuitos em embarcações, doação de redes, prestava serviços de saúde além de criar escolas para filhos dos pescadores.
O 1º Estatuto das Colônias de Pescadores data de 1º de janeiro de 1923.
No ano de 1938, Getúlio Vargas Instituiu através do Decreto-Lei nº
794 o Código de Pesca
O Código traz um capítulo específico que trata da organização dos pescadores e suas associações de classe: Colônias, Federações e Confederação
No ano de 1943, Getúlio Vargas
Determinou através do Decreto-Lei nº 530 que as colônias fossem transformadas em cooperativas.
Esse ato foi para atender o apelo dos pescadores da colônia Z-1 de Fortaleza (Manoel Jacaré, Tata, Manoel Preto e Jerônimo) que viajaram 61 dias de Fortaleza ao Rio de Janeiro denunciando a penúria do setor.
Em 1950, a tutela do Poder Público voltou através da portaria 478.
Desde então, a pesca passou por diversos órgãos até a criação da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – SEAP/PR
1950: Ministério da Agricultura
1962: SUDEPE
1989: IBAMA
1998: Ministério da Agricultura
2003: SEAP/PR
No ano de 1985, houve o
Movimento Constituinte da Pesca, pedia a inclusão das propostas dos
pescadores artesanais na nova
Constituição somando-se a outras
categorias, reivindicando seus direitos
sociais e políticos.
A nova Constituição Federal de 1988, proporcionou grande avanço acerca da organização dos pescadores artesanais na medida em que em seu artigo 8º, equiparou as Colônias de Pescadores aos Sindicatos de Trabalhadores Rurais.
Destaca-se o inciso I do referido artigo que diz:
“a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical”
Com o advento da nova Constituição cria-se uma nova consciência por parte dos pescadores.
As Colônias conseguiram elaborar seus próprios Estatutos Sociais, aproximando seu regimento à realidade da pesca.
Surgiram movimentos pedindo democracia e transparência nas diretorias de algumas colônias.
Foram criadas divisões no setor, ocorrendo proliferação de associações, sindicatos, cooperativas e outros entidades.
Em 2008 é regulamentado o artigo 8º da Constituição, através da Lei nº 11.699, que dispõe sobre as colônias, federações e confederação.
Art. 1º: As Colônias de Pescadores, as Federações Estaduais e a Confederação Nacional dos Pescadores ficam reconhecidos como órgãos de classe dos trabalhadores de setor artesanal da pesca, com forma e natureza jurídica próprias, obedecendo ao princípio da livre organização previsto no art. 8º da Constituição federal.
DADOSDADOS
Atualmente temos no Brasil
aproximadamente:
759 Associações
137 Sindicatos
47 Cooperativas
870 Colônias
Estas entidades somam
aproximadamente 730 mil pescadores
(SEAP, 31/05/2009).
Subsecretaria de Desenvolvimento de
Aqüicultura e Pesca - SUDAP
Diretoria de Ordenamento, Cadastro e Estatística -
DICAP
Esplanada Dos Ministérios, Bloco D, Sala 238
Tel: (61) 3218.3884
Fax: (61) 3218.3886
www.presidencia.gov.br/seap
FOTOS: J.Conde; M.L.Moretzshon; E.Madi
AUTORIDADE MARÍTIMA AUTORIDADE MARÍTIMA (Lei 10.683, de 2003)
Política marítima nacional
Segurança da navegação aérea e do tráfego aquaviário e salvaguarda da vida humana no mar
Política aeronáutica nacional e atuação na política nacional de desenvolvimento das atividades aeroespaciais
Infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária
Exemplos: Concede o Registro de Propriedade da Embarcação, estabelece condicionantes para a instalação de estrutura de cultivos em meio aquático
ATRIBUIÇÕESATRIBUIÇÕES
MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA SOCIALMINISTÉRIO PREVIDÊNCIA SOCIAL (Lei 10.683, de 2003)
Previdência social
Previdência complementar
Exemplos: Aposentadoria do pescador profissional como segurado especial:
....o pescador artesanalpescador artesanal e o assemelhado assemelhado, que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de
economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges
ou companheiros e filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem,
comprovadamente, com o grupo familiar respectivo
assemelhadoassemelhado – caranguejeiro, mariscado etc
ATRIBUIÇÕESATRIBUIÇÕES
MINISTÉRIO TRABALHO E EMPREGOMINISTÉRIO TRABALHO E EMPREGO (Lei 10.683, de 2003)
Política e diretrizes para a geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador
Política e diretrizes para a modernização das relações de trabalho
Fiscalização do trabalho, inclusive do trabalho portuário, bem como aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas
Política salarial
Formação e desenvolvimento profissional
Segurança e saúde no trabalho
ATRIBUIÇÕESATRIBUIÇÕES
MINISTÉRIO TRABALHO E EMPREGOMINISTÉRIO TRABALHO E EMPREGO (Lei 10.683, de 2003)
Exemplos:
Fiscalização do contrato de trabalho do pescador pescador industrial
Visto de trabalho para pescador pescador estrangeiro (arrendamento)
Combate ao trabalho escravo, registro de entidade representativa
SEGURO DESEMPREGOSEGURO DESEMPREGO do pescador pescador profissional
Entre outros
ATRIBUIÇÕESATRIBUIÇÕES
SEAPSEAP
Foi criada para atender uma NECESSIDADE DO NECESSIDADE DO SETOR PESQUEIROSETOR PESQUEIRO, na perspectiva de fomentar e desenvolver a atividade, no seu conjunto, nos marcos de uma nova política de gestão e ordenamento do setor mantendo o compromisso com a SUSTENTABILIDADE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL.AMBIENTAL.
Tem atribuições para formular a política de fomento e desenvolvimento para a aqüicultura aqüicultura e pescapesca no Brasil.
Permanece no MMAMMA a gestão compartilhada do
uso dos recursos recursos pesqueirospesqueiros
RGPRGP
pescador profissional aprendiz de pesca armador de pesca indústria pesqueira embarcação pesqueira aqüicultor empresa que comercializa animais aquáticos
vivos
RGP é o Registro Geral da Pesca Registro Geral da Pesca
É um cadastro da atividade pesqueira,atividade pesqueira, com as principais categorias que exercem atividades comerciais diretamente relacionadas à pesca ou aqüicultura
Incorpora sete categorias distintas e complementares de registro:
RGPRGP
A Carteira de Registro Profissional tem como objetivo garantir seus direitos como pescadorpescador ou pescadora pescadora profissional
Os dados e informações gerados com o cadastro do RGP fornecem informações importantes para o controle e a gestão da atividade pesqueiraatividade pesqueira brasileira, bem como para a gestão do uso dos próprios recursos recursos pesqueirospesqueiros
COLÔNIASCOLÔNIAS
A vinculação de um pescador(a)pescador(a) a uma Colônia de Pescadores não é obrigatória
A Colônia tem como uma de suas funções ajudar o profissional a procurar os órgãos públicos competentes e fazer valer os seus DIREITOSDIREITOS como trabalhador de pescatrabalhador de pesca
A Colônia também deve orientar seus associados no cumprimento de suas OBRIGAÇÕES OBRIGAÇÕES relacionadas à legislação legislação ambiental, de segurança, navegação e processo para aposentadoria
20082008 – Lei nº 11.699, reconhece as Colônias, Federações Estaduais e Confederação Nacional como ÓRGÃOS DE CLASSEÓRGÃOS DE CLASSE dos trabalhadores do setor artesanal da pescapesca