JACKY30/01/08.

O MUNDO MEDIEVAL

Frente: 01 Aula: 02

PROFº: Vinicius/Nadson/Sidon A Certeza de Vencer

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

Fale

con

osco

ww

w.p

orta

limpa

cto.

com

.br

FU

NDAM

ENTA

L - 2

008

1. AS PRIMEIRAS NOÇÕES Nesta unidade iremos estudar um período

bastante extenso da História, conhecido normalmente como Idade Média. Como ponto de partida, é importante iniciar este material de estudo por meio de uma questão ou problematização: o que é medieval, ou o que foi o período medieval?

Uma Idade Média?

No seu sentido inicial, a palavra “média” ou

“médio”, tem por significância o elemento do meio, ou seja: se estaremos estudando o período da Idade Média ou medieval, será o estudo do período que está no meio, isto é, entre dois outros períodos. O período anterior será o da Antigüidade, estudado no ano anterior e o outro período, que ainda estudaremos este ano, é o período moderno ou a época da modernidade.

Mas ainda assim, fica no ar, o mesmo questionamento: o que foi este período e porque esta denominação como medieval? Esta denominação como sendo a idade do meio é explicada pelo fato de que a

sociedade teve durante muito tempo, um

conhecimento errado sobre o que seria a Idade Medieval.

Pensou-se por muito tempo que os dez séculos que compreenderiam a época medieval fossem mil anos de escuridão, ou uma assim chamada “idade das trevas”:

justificava-se por conta da destruição sobre a civilização clássica, durante a decadência do mundo romano, ou, por conta de que supostamente seria uma época em que não houveram manifestações artísticas ou que outras formas de realizações culturais praticamente não teriam existido. Devido a isso, o enfoque que normalmente se direciona ao termo medieval, caracteriza uma condição de sentido bastante depreciativo, entre o extremamente arcaico, ou demasiadamente atrasado, daí então as referências sobre determinados elementos ditos como antiquados, ou rústicos, serem denominados por exclamações como “mas isso é medieval!!”.

Na verdade, contrariamente ao que se pensou por muito tempo, o processo do período medieval, seria muito mais caracterizado como a etapa de formação de novas culturas e sociedade, em relação ao mundo anterior da época antiga: novas formações arquitetônicas, uma culturicidade e valores de religiosidade, próprios de sua realidade social seriam desenvolvidos, o que demonstrariam portanto sobre a falsa idéia de que o período medieval seria então uma “idade de trevas”.

Reforçando: no seu equívoco o termo erradamente denominado por Idade das Trevas, foi na verdade senão processo histórico que daria um novo nascimento do ocidente, ou também de igual maneira um período que resultaria na estruturação de bases sociais que resultariam na construção da sociedade européia como um todo.

O chamado tempo dos castelos, dos cavaleiros e das lutas entre reinos distantes, senhores, reis e rainhas, príncipes e princesas, seriam elementos próprios desta época, o que podemos chamar como sua marca registrada na história, onde além destes elementos, muitos outros mostrariam a riqueza de estudos sobre o mundo medieval.

Vamos iniciar a este estudo? Ao final, você poderá julgar então se este período foi ou não rico de cultura e diversidade social, até hoje ainda presente em nossos estudos de abordagem para entendimento das sociedades. 2. O PROCESSO MEDIEVAL: ORIGENS DA BASE DE FORMAÇÃO OCIDENTAL

A época tradicionalmente conhecida por Idade Média, abrangeu cerca de um milênio, período durante o qual um conjunto de caracteres mercantes e específicos, estabeleceu uma nova formação social, estruturando assim um novo período no mundo ocidental. Erradamente denominada de Idade das Trevas, foi na verdade senão o nascimento do ocidente, mas também de igual maneira estruturou a base de formulações para a sociedade européia como um todo.

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

Fale

con

osco

ww

w.p

orta

limpa

cto.

com

.br

FU

NDAM

ENTA

L - 2

008

Em seus parâmetros culturais, a chamada Idade Média, constituiu antes de tudo, uma época de síntese enquanto estrutura de organização social, política e econômica, onde será estabelecido o entrelaçamento da cultura greco-latina do período clássico com as sociedade dos povos de cultura bárbara.

O fenômeno latinizador na vasta região ocidental, imposta pela civilização do Império de Roma, iria entrar em estreito contato com os povos das regiões do extremo norte e litoral do continente europeu, sob a denominação genérica de "bárbaros" ( germânicos, eslavos e também orientais: ávaros, hunos, magiares, etc.).

As Origens – o princípio do período medieval,

assinala-se inicialmente já por volta do contexto da crise do séc. III no mundo romano, com a ocorrência de sua crise interna (anarquia e instabilidade política, guerras internas e a crise de escravismo), a qual corroborou para uma série de pequenas incursões (invasões) bárbaras nos limites do mundo civilizado. 3. AS NOVAS FORMAÇÕES NO ESTADO CLÁSSICO Nesta época da história romana em transição, já se configuravam os primeiros contatos culturais entre os povos, quer fossem por via pacifica (assentamentos), ou de caráter belicoso, com saques, pilhagens e destruição de origem bárbara.

O novo modelo de trabalho rural — de igual

maneira, a transição observada no mundo romano caracteriza-se por suas modificações internas, como no uso do trabalho semi-livre (regime de colonato), assim como pela própria decadência política do imperador, consequenciando sua fragmentação do poder.

Tais transformações se apresentariam no

contexto da nova ruralização da sociedade ocidental, consequenciando na redução das atividades urbanas e mercantis ou artesanais do período romano. De igual maneira, a fragmentação política do Império, marcaria assim a pouca segurança e estabilidade para estas atividades, onde o grande núcleo das URBES sempre seriam os mais visados nas fases de anarquia e destruição.

Haveria então um clima de desinteresse em elaborar-se novas cidades, e de igual maneira uma própria escassez populacional, gerada pelas guerras, fome e consequentemente a morte e epidemias, o que iria gerar uma retirada em massa para os campos rurais.

Conforme as palavras de um Monge italiano que viveu por volta dos séculos IV e V, haveria um bom demonstrativo sobre o contato de mudanças da época clássica para os tempos novos:

“ (...) Os tempos são confusos para nós: Pode-se pensar em escrever sob golpes do inimigo, quando se verem devastados, diante de nós cidades e campos, guando é preciso fugir através dos perigos do Mar e que o próprio exílio não vos coloca ao abrigo de toda a apreensão? Diante de nossos olhos (..) bárbaros incendiaram Reggio. O estreito braço do mar que separa a Itália da Sicília, era nossa única proteção.”

(COURCELLE. P., História Literária das Grandes Invasões Germânicas, Vozes, p.54).

Outros elementos — afora as transformações

que ocorreriam na região ocidental do antigo mundo romano, na base européia, haveriam outras áreas, que seriam também bons demonstrativos deste movimento de novas formações sociais: haveria também de igual importância uma história bizantina e islâmica, neste período medieval. Vamos saber o que seria?

No extremo leste do decadente império, ainda haveria uma resistência romana, muito mais grega do que latina, que seria redenominada por Império Bizantino (o antigo Império Romano do Oriente). De igual maneira, as fronteiras do oriente próximo que também seriam anteriormente províncias do domínio romano, ficariam durante a crise imperial, legadas a próprias sorte, retomando seus próprios caminhos, onde seriam reagrupadas pela formação islâmica, sobre a sociedade dos povos árabes. O estudo sobre estas duas sociedades, será nossa próxima etapa de conhecimentos para a Idade Média. COMETÁRIOS: