história natural da leshmaniose visceral

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História Natural da História Natural da Leishmaniose Visceral Leishmaniose Visceral no Homem no Homem Santarém – Pará/ 2007 H. Vilar

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Page 1: História Natural da Leshmaniose Visceral

História Natural da História Natural da Leishmaniose Visceral Leishmaniose Visceral

no Homemno Homem

História Natural da História Natural da Leishmaniose Visceral Leishmaniose Visceral

no Homemno Homem

Santarém – Pará/ 2007 H. Vilar

Page 2: História Natural da Leshmaniose Visceral

DESCRIÇÃODESCRIÇÃO

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Page 3: História Natural da Leshmaniose Visceral

AGENTE ETIOLÓGICO:AGENTE ETIOLÓGICO:

No Brasil é causada por um protozoário da família Tripanosomatidae, gênero Leishmania, espécie Leishmania chagasi.

Ciclo Evolutivo:Amastigota;Promastigota.

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Varia de 10 dias a 24 meses, sendo em Varia de 10 dias a 24 meses, sendo em média de 2 a 4 meses.média de 2 a 4 meses.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO:PERÍODO DE INCUBAÇÃO:

Os animais reservatórios permanecem como fonte de infecção enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue circulante.

Os animais reservatórios permanecem como fonte de infecção enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue circulante.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE:

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Page 5: História Natural da Leshmaniose Visceral

MODO DE TRANSMISSÃO:MODO DE TRANSMISSÃO:

No Brasil, é aceito pela maioria dos autores, que a principal forma de transmissão se faz a partir da picada dos flebótomos (Lutzomyia longipalpis) nos animais reservatórios. Após 8 a 20 dias do repasto, as leishmanias evoluem no tubo digestivo destes insetos, que estarão aptos a infectar outros indivíduos.

No Brasil, é aceito pela maioria dos autores, que a principal forma de transmissão se faz a partir da picada dos flebótomos (Lutzomyia longipalpis) nos animais reservatórios. Após 8 a 20 dias do repasto, as leishmanias evoluem no tubo digestivo destes insetos, que estarão aptos a infectar outros indivíduos.

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Page 6: História Natural da Leshmaniose Visceral

RESERVATÓRIO:RESERVATÓRIO:

Ambiente silvestre:Raposas,Marsupial.

Na área urbana:Cão.

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Page 7: História Natural da Leshmaniose Visceral

VETORES:VETORES:

Lutzomyia longipalpis:

Mosquito de tamanho pequeno, cor de palha, grandes asas pilosas, dirigidas para trás e para cima, cabeça flertida, aspecto giboso do corpo e longos palpos maxilares.

Lutzomyia longipalpis:

Mosquito de tamanho pequeno, cor de palha, grandes asas pilosas, dirigidas para trás e para cima, cabeça flertida, aspecto giboso do corpo e longos palpos maxilares.

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Page 8: História Natural da Leshmaniose Visceral

A suscetibilidade é universal, atingindo pessoas de todas as idades e sexo. Entretanto, a incidência é maior em crianças.

A Leishmaniose Visceral é uma infecção intracelular, cujo parasitismo se faz presente nas células do sistema fagocitário mononuclear, com supressão específica da imunidade mediada por células, que permite a difusão e a multiplicação incontrolada do parasitismo.

A infecção pode regredir espontaneamente, é seguida de uma imunidade que requer a presença de antígenos, de onde se conclui que as leishmanias ou alguns de seus antígenos estão presentes no organismo infectado durante longo tempo de sua vida, depois da infecção inicial.

SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE:SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE:

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

INAPARENTE; OLIGOSSINTOMÁTICA; AGUDA; CLÁSSICA; REFRATÁRIA.

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MANIFESTAÇÃO CLÍNICA MANIFESTAÇÃO CLÍNICA OLIGOSSINTOMÁTICAOLIGOSSINTOMÁTICA

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MANIFESTAÇÃO CLÍNICA MANIFESTAÇÃO CLÍNICA AGUDAAGUDA

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Page 12: História Natural da Leshmaniose Visceral

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Enterobacteriose de curso prolongado (associação de esquistossomose com salmonela ou outra enterobactéria);

Malária, Brucelose, Febre Tifoide, Esquistossomose hepatoesplênica, forma aguda da doença de Chagas, linfoma, mieloma múltiplo, anemia falciforme, etc.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:

ESPECÍFICO:Imunofluorescência Indireta;ELISA.EXAME PARASITOLÓGICO;INESPECÍFICOS:Hemograma;Dosagem de Proteínas.

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TRATAMENTO:TRATAMENTO:

PRIMEIRA ESCOLHA: Antimônio pentavalente (Antimoniato N-metil-glucamina) – mg Sb+5/Kg/dia.

O único comercializado no Brasil é Antimoniato N-metil glucamina que se apresenta comercialmente em frascos de 5 ml que contêm 1,5g do antimoniato bruto, correspondente a 405 mg de Sb +5 , e cada ml contém 81 mg de Sb +5.

A dose recomendada é de 20 mg/Sb +5 /Kg/dia, IV ou IM, com limite máximo de 3 ampolas/dia, por no mínimo 20 e no máximo 40 dias consecutivos.

CONTRAINDICAÇÕES:Deve-se fazer acompanhamento clínico e com exames complementares

para detecção de possíveis manifestações de intoxicação.EFEITOS COLATERAIS;

PRIMEIRA ESCOLHA: Antimônio pentavalente (Antimoniato N-metil-glucamina) – mg Sb+5/Kg/dia.

O único comercializado no Brasil é Antimoniato N-metil glucamina que se apresenta comercialmente em frascos de 5 ml que contêm 1,5g do antimoniato bruto, correspondente a 405 mg de Sb +5 , e cada ml contém 81 mg de Sb +5.

A dose recomendada é de 20 mg/Sb +5 /Kg/dia, IV ou IM, com limite máximo de 3 ampolas/dia, por no mínimo 20 e no máximo 40 dias consecutivos.

CONTRAINDICAÇÕES:Deve-se fazer acompanhamento clínico e com exames complementares

para detecção de possíveis manifestações de intoxicação.EFEITOS COLATERAIS;

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SEGUNDA ESCOLHA:

Anfotericina B – A dose diária é de 1 mg/kg de peso/dia (limite máximo de 50 mg por dia), entretanto deve ser iniciada com 0,5 mg/kg de peso/dia até se atingir a dose total entre 1 a 1,5 g. cada mg deve ser reconstituída em 10 ml de água destilada e, no momento da administração, a solução deve ser diluída em soro glicosado a 5% na proporção de 1 mg para 10 ml.

SEGUNDA ESCOLHA:

Anfotericina B – A dose diária é de 1 mg/kg de peso/dia (limite máximo de 50 mg por dia), entretanto deve ser iniciada com 0,5 mg/kg de peso/dia até se atingir a dose total entre 1 a 1,5 g. cada mg deve ser reconstituída em 10 ml de água destilada e, no momento da administração, a solução deve ser diluída em soro glicosado a 5% na proporção de 1 mg para 10 ml.

TRATAMENTO:TRATAMENTO:

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Nas Américas, a Leishmania chagasi é encontrada desde os Estados Unidos até o norte da Argentina. Casos humanos ocorrem desde o México até a Argentina. No Brasil, é uma doença endêmica com registro de surtos frequentes.

Observou-se no início da década de 80 surto epidêmico em Teresina e, de lá para cá, já se diagnosticou casos autóctones em São Luís, Fortaleza, Natal, Aracajú, Belo Horizonte, Santarém e Corumbá. Está distribuída em 19 estados da federação, atingindo 4 das 5 regiões brasileiras.

Sua maior incidência encontra-se no Nordeste com 92% do total de casos, seguido pela região Sudeste (4%), a região Norte (3%), e, finalmente, a região Centro-Oeste (1%).

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS:ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS:

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Identificar as áreas vulneráveis ou receptivas para transmissão da L.V.;

Avaliar a autoctonia referente ao município de residência;

Investigar o local provável de infecção;Conhecer a presença, a distribuição e monitorar

a dispersão do vetor;Dar condição para que os profissionais da rede

de saúde, possam diagnosticar os casos.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:

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Suspeito;Confirmado de doença:Critério Clínico Laboratorial.Critério Clínico Epidemiológico.Descartado;Infecção.

DEFINIÇÃO DE CASO:DEFINIÇÃO DE CASO:

NOTIFICAÇÃO:NOTIFICAÇÃO: É uma doença de notificação compulsória e que requer

investigação epidemiológica, visando identificar novos focos da doença, cujo instrumento é a Ficha do SINAN.

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Eliminação de Reservatórios;Controle Vetorial;Tratamento de Casos Humanos;Educação em Saúde.As ações de mobilização comunitária são de

fundamental importância, no sentido de que as populações residentes em áreas endêmicas, possam, uma vez informadas, adotar medidas que auxiliem na preservação do meio ambiente e, por consequência, na diminuição dos riscos de transmissão da infecção.

INSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONTROLE:INSTRUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONTROLE:

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FIMFIM

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAREFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias. Guia de Bolso. 5ª ed. rev. Brasília: e parasitárias. Guia de Bolso. 5ª ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.Ministério da Saúde, 2006.

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