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História Econômica, Política e Social do Brasil

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História Econômica, Política e Social do Brasil

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A década de 1930: o governo Vargas e o trabalhismo

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Profa. Dra. Vivian Fiori

Revisão Textual:Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos.

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Nesta unidade, continuaremos estudando a História Econômica, Política e Social do Brasil, no período pós 1930, especialmente o Governo de Getúlio Vargas.

Esse foi um período de uma forte transição no Brasil, entre um país eminentemente rural e o Brasil urbano. Nele se iniciam intensas políticas de modernização e integração nacional, que criaram estruturas até hoje essenciais para o funcionamento do país.

O principal foco deste período foi o embate entre diferentes posições acerca desta modernização, além do embate com setores privilegiados, que não tinham interesse em transformações drásticas.

A industrialização, o trabalhismo e o nacionalismo serão características marcantes desse período.

Nesta unidade, trataremos da chamada “Segunda República”, que engloba o Governo de Getúlio Vargas.

Getúlio ascendeu ao poder no contexto de um golpe de Estado, que rompeu a política tradicional da República Velha, dominada pelas oligarquias paulista e mineira.

A década de 1930: o governo Vargas e o trabalhismo

· Introdução

· Antecedentes: a política do café com leite

· O golpe de Estado de 1930

· A industrialização do país

· A Política trabalhista

· A Intentona Comunista

· O Estado Novo

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Unidade: A década de 1930: o governo Vargas e o trabalhismo

Contextualização

A primeira República, ou República Velha, é constituída pelo período entre a Proclamação, em 1889, até a Revolução de 1930. Até 1894, a República foi governada por marechais, militares de alta patente, como o proclamador, Marechal Deodoro da Fonseca, bem como seu vice e sucessor, Floriano Peixoto.

Em seguida, a República passou a ser governada por representantes das oligarquias, especialmente mineira e paulista, que se revezavam no poder, no contexto da chamada Política do “Café com Leite”, como ficou conhecida.

Seguiram-se os governos de Campos Salles, Prudente de Morais, Epitácio Pessoa, Rodrigues Alves. Durante o governo de Arthur Bernardes, a Revolta dos Tenentes fez com que governasse decretando “estado de sítio”. Esse período foi marcado por revoltas, como as Guerras do Contestado e de Canudos, em que levas de miseráveis clamavam pela volta do Império.

É também um período marcado pelo Coronelismo, fenômeno comum principalmente no interior do Brasil, em que líderes políticos locais usavam de sua influência para se promover politicamente.

No Brasil urbano, o principal evento em âmbito cultural foi a “Semana de Arte Moderna” de 1922, em que importantes artistas reuniram-se em busca do retorno às origens brasileiras, de modo a evitar um aculturamento exacerbado pela cultura europeia.

Em 1930, a Primeira República encontrava-se à beira do esgotamento. A eleição de Júlio Prestes, para presidente, em meio a denúncias de fraude, acabou por alimentar ainda mais o clima de tensão política e o golpismo que estava no ar.

Leia o texto da disciplina e veja o vídeo proposto no material complementar para compreender o que virá no Governo Vargas.

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Introdução

Nesta unidade, estudaremos em maior profundidade o contexto em que ocorreu a revolução de 1930, que encerrou a política do “café com leite”, levando Getúlio Vargas ao poder, o que modificou a maneira como a política brasileira vinha sendo conduzida.

Antecedentes: a política do café com leite

A Primeira República, período que se inicia em 1889 e encerra-se com a Revolução de 1930, é marcada por seu caráter oligárquico, ou seja, por um pequeno grupo investido no poder, representado basicamente por elites locais, com pouca possibilidade de uma representação política que transparecesse a realidade social brasileira.

De acordo com o historiador Boris Fausto:

À primeira vista, pareceria que o domínio das oligarquias poderia ser quebrado pela massa de população, através do voto. Entretanto, devemos lembrar que o voto não era obrigatório e o povo, em regra, encarava a política como um jogo entre os grandes ou uma troca de favores. Seu desinteresse crescia quando nas eleições para presidente os partidos estaduais se acertavam, lançando candidaturas únicas, ou quando os candidatos de oposição não tinham qualquer possibilidade de êxito (FAUSTO, 1994, p. 262).

Havia também o fato de que o voto não era secreto, o que levava a população a sofrer enorme pressão dos agentes políticos, sendo constantes as fraudes, falsificações de votos, visto que a eleição tornava-se somente uma ratificação dos acordos que eram feitos sumariamente pelas elites.

Também era uma atitude muito comum o clientelismo, que era a manutenção de uma base que dependia de trocas de favores com os agentes políticos. Em muitos estados, os antigos coronéis da Guarda Nacional faziam o papel de intermediação entre os votos destes “clientes” e os favores proporcionados pelas elites políticas.

Entre os grupos políticos mais importantes, estava a elite cafeeira paulista, que fazia valer seus interesses junto ao Governo Federal, demandando políticas de valorização do café no mercado internacional. Isso requeria ações como a aquisição de empréstimos externos para compra de estoques de café pelo Governo, bem como a desvalorização da moeda nacional, para tornar o produto mais competitivo externamente.

O estado de Minas Gerais também tinha importante influência na Câmara dos Deputados. Seus representantes geralmente eram ligados aos criadores de gado, e estavam em maioria, já que pelos dados demográficos era o estado mais populoso e, portanto, tinha maior representação, de acordo com a Constituição de 1891.

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Unidade: A década de 1930: o governo Vargas e o trabalhismo

Já a importância relativa do Rio Grande do Sul estava na forte presença gaúcha entre os militares, o que vinha se desenhando desde o Império. Do ponto de vista econômico, os gaúchos se contrapunham às políticas paulistas de gastos com o café, já que qualquer evento que pudesse contribuir com aumento de inflação atrapalharia o mercado do charque, principal produto gaúcho, consumido especialmente no Nordeste e no Distrito Federal.

Sob o aspecto econômico, a imigração e a cultura cafeeira ajudaram a criar um mercado interno e gerar excedentes de capitais, favorecendo o surgimento da indústria em Minas Gerais e São Paulo. Antes, os poucos estabelecimentos situavam-se no Rio de Janeiro, que já dispunha de fábricas que utilizavam a energia a vapor.

Outra importante mudança econômica sobreveio em 1910, com a crise da produção de borracha na Amazônia, em função principalmente da concorrência das plantações britânicas e holandesas da Malásia. Décadas atrás, mudas de seringueiras amazônicas foram contrabandeadas e plantadas nas colônias asiáticas, onde se adaptaram e passaram a ser produzidas em larga escala.

O TenentismoO Movimento Tenentista, ou simplesmente Tenentismo, foi um movimento social, liderado

por militares, ocorrido entre as décadas de 1920 e 1930, que visava enfrentar a representação oligárquica da política da época.

O movimento era formado principalmente por oficiais de média patente – tenentes – representantes de uma classe média urbana e de origem modesta. Defendia a moralização da política, o fim do voto de cabresto (ou seja, a compra de votos por favores políticos ), ampla reforma educacional e o voto secreto.

Segundo a historiadora Anita Leocádia Benario Prestes:

Os “tenentes” assumiram as bandeiras de conteúdo liberal que, há algum tempo, já vinham sendo agitadas pelos setores oligárquicos dissidentes, dentre as quais se destacava a demanda do voto secreto, refletindo o anseio generalizado de liquidação da fraude eleitoral então em vigor. O que distinguia os “tenentes” das oligarquias dissidentes e dava ao seu liberalismo um caráter radical era a disposição de recorrer às armas na luta por tais objetivos (PRESTES, 2006, p. 15).

Entre os eventos mais importantes do movimento estão a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em 1922; a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus, ambas em 1924.

Mas foi o movimento conhecido por “Coluna Prestes” o maior de todo o período. Constituiu-se numa marcha de milhares de quilômetros (ver figura 1), que visava a mobilizar a população em apoio ao projeto político tenentista. A marcha foi liderada por Luís Carlos Prestes, militar gaúcho, e Miguel Costa, paulista. Após percorrer diversos estados, e com membros entrando e saindo ao longo da marcha, esta se dissipou no interior da Bolívia, tendo durado dois anos, de 1925 a 1927.

Ao ascender ao poder, Getúlio Vargas tratou de incorporar os principais líderes tenentistas, bem como atender algumas de suas reivindicações. A exceção foi Luís Carlos Prestes, que aderiu ao comunismo, tornando-se um dos maiores opositores de Vargas.

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O golpe de Estado de 1930

Em 1930, foi levado a cabo um golpe de Estado, que destituiu Washington Luís da Presidência da República, levando ao poder Getúlio Vargas. Tal revolução foi ocasionada, entre outras razões, por uma suposta fraude eleitoral, em que Júlio Prestes, presidente do Estado de São Paulo, derrotou a chapa formada por Getúlio e João Pessoa.

Tudo começa com o lançamento da chapa Getúlio Vargas-João Pessoa pela Aliança Liberal, criada pelo governador mineiro Antonio Carlos Andrada. Este estava contrariado com a atitude do presidente Washington Luís, que fazia questão de um candidato paulista para sua sucessão, o que rompia com o acordo de alternância Minas-São Paulo.

Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas Histórico Básico, p. 45. Adaptado por Vivian Fiori, 2014

O objetivo era contrapor-se à política do “café com leite”, procurando, assim, contemplar outros interesses de elites regionais contrariadas com os privilégios dados aos cafeicultores. A crise mundial, que levou à quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, ocorreu em meio à campanha eleitoral, causando forte impacto.

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A crise de 1929 e a quebra da Bolsa de Nova IorqueEm 1929, estourou uma grave crise no sistema capitalista mundial. A superprodução de

mercadorias levou a uma crise de excesso de oferta, derrubando vertiginosamente os preços de dezenas de produtos. O grande mercado consumidor de mercadorias produzidas pelos Estados Unidos – a Europa – já não necessitava de tantos bens, após a reconstrução de sua estrutura, destruída durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

A desvalorização das ações de empresas levou a uma correria desesperada de investidores, tentando vender suas ações. Tal situação ocasionou a quebra da Bolsa. Fortunas foram perdidas, e com elas milhares de empregos, devido à quebra de centenas de empresas.

Inicia-se aí a crise conhecida como “Grande Depressão”, muito retratada pela cultura norte-americana, especialmente no cinema. Tal período só haveria de ser superado com as políticas do “new deal”, de Franklin Roosevelt.

A crise afetou a economia mundial, e o Brasil não esteve imune a ela. O café, principal produto de exportação brasileiro, teve uma queda abrupta de preços, levando produtores à ruína.

Como se não bastasse, após as eleições e diante de uma série de denúncias de fraude eleitoral, ocorreu o assassinato de João Pessoa, na cidade do Recife. Ao que tudo indica um crime comum, mas que acabou envolvendo o país num forte clima de consternação.

A revolução de 1930 envolveu muitos elementos díspares da sociedade brasileira. A começar pelas elites não representadas pela política do Governo Federal; passando pelos “tenentes”, classe de médios oficiais militares (ver tenentismo); e chegando, por fim, à crescente classe de trabalhadores urbanos. A política passou a ser mais centralizadora, diminuindo a influência das elites regionais, trazendo para o Governo Federal também o controle das questões econômicas.

De acordo com Boris Fausto (1994, p. 331), Getúlio Vargas pode ser considerado a maior figura política do país no século XX. Oriundo de uma família de estancieiros teve uma carreira política convencional, tendo sido governador do Rio Grande do Sul e Ministro da Fazenda no Governo Washington Luís, entre 1926 e 1927.

Articulou ao seu redor interesses bastante distintos. Buscou aliança com a Igreja Católica, ao instituir o ensino religioso no país; centralizou a política cafeeira, criando o Conselho Nacional do Café; e, talvez o mais importante, aliou-se aos interesses trabalhistas, buscando apoio da classe operária ao criar o Ministério do Trabalho.

Getúlio agiu, ao tratar da questão trabalhista, em duas frentes: primeiramente, aniquilou a influência da esquerda, ao manter na clandestinidade o Partido Comunista Brasileiro, por exemplo. Em seguida, autorizou o funcionamento dos sindicatos, instituindo gradativamente diversos benefícios que constituíam reivindicações dos trabalhadores.

As ações foram muito mais iniciativas governamentais do que reivindicações, o que gerou bastante revolta entre os patrões, principalmente comerciantes e industriais, que passaram a ter que pagar direitos, como férias, por exemplo.

No campo político, o Governo Getulista nomeou interventores para os governos dos estados, de modo a reduzir a interferência das elites regionais. Houve grande instabilidade, visto que estas elites rebelaram-se, acusando o intervencionismo do Governo Federal. Deste modo, as ações que cumpriam a pauta social também serviam para acalmar politicamente a população, mostrando que o Governo do país estava do lado dos pobres.

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Revolução Constitucionalista de 1932 Ao assumir o poder pelo golpe de 1930, Getúlio Vargas encerrou a República Velha, mas

para isso precisou tomar medidas drásticas, como o fechamento do Congresso, alem de revogar a Constituição e passar a governar por decretos. Isso causou contrariedade em vários setores da sociedade, principalmente entre a elite paulista.

Em São Paulo, Getúlio procurou nomear interventores “de fora”, o que desagradou os paulistas. Assim, iniciou-se um movimento pedindo uma nova Constituição, além de exigir a indicação de paulistas para o governo. Getúlio Vargas nomeou Pedro de Toledo, paulista, como interventor, alem de marcar eleições para 1933.

No ano de 1932, houve vários comícios na cidade de São Paulo, tanto de grupos pró-Getúlio – conhecidos como “clube 3 de outubro” – bem como grupos anti-ditadura, especialmente os estudantes de Direito da Faculdade do Largo São Francisco. Em 23 de maio, ocorreu o confronto entre os dois grupos, no qual morreram os jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais de seus nomes – MMDC – tornaram-se o nome do grupo de resistência.

O movimento ganhou forte apoio da população, e em 9 de julho o exército paulista, liderado pelo General Isidoro Dias Lopes, partiu rumo ao Rio de Janeiro, com o intuito de tomar o poder. Porém, a ajuda de outros estados, que era aguardada, não veio, acontecendo exatamente o oposto. O estado de São Paulo foi cercado por tropas federais por todos os lados.

Tentou-se juntar fundos para financiar a Revolução, bem como a compra de armas vindas dos Estados Unidos, que acabaram sendo interceptadas pela marinha federal. Após diversas batalhas e bombardeios, o movimento rendeu-se em 2 de outubro de 1932, atingindo alguns importantes objetivos políticos, como a garantia da eleição de um civil, Armando de Salles Oliveira, para o Governo do Estado, em 1933.

A industrialização do país

Uma das políticas fundamentais da Era Vargas consistiu em dotar o país de indústrias de base, por meio da substituição gradual das importações. A entrada de produtos industrializados, como aço e petróleo, provocou imenso rombo na balança comercial brasileira, cujas exportações eram quase que exclusivamente de produtos primários.

Entre estas indústrias houve a criação das siderúrgicas. A siderurgia consiste na técnica de manipulação do ferro fundido que, misturado ao oxigênio, se transforma em aço, que é uma matéria prima fundamental na indústria moderna, utilizada para fabricar máquinas, aviões, navios, pontes e estruturas da construção civil.

Além disso, sem indústrias de base, como siderúrgicas, não havia como desenvolver um parque industrial brasileiro, com indústrias mecânicas, metalúrgicas ou de automóveis.

Getúlio Vargas soube muito bem utilizar-se de um acontecimento externo para beneficiar-se internamente. Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), flertou com a Alemanha de Hitler, levando desconfiança e temor aos Estados Unidos.

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Unidade: A década de 1930: o governo Vargas e o trabalhismo

Diante da possibilidade de ter um grande país no continente americano aliado à Alemanha, os Estados Unidos trataram de envidar esforços, no sentido de demover Getúlio Vargas de tal ideia.

Ao final da negociação, o Brasil cedeu aos Estados Unidos a Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, que se tornou importante entreposto militar aliado durante a Segunda Guerra Mundial. Em troca, o Brasil obteve o financiamento e a transferência de tecnologia para construir sua primeira usina siderúrgica, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), inaugurada em Volta Redonda (RJ), em 1946.

A Ação Integralista BrasileiraSurgida em um singular momento da História do Brasil, a Ação Integralista Brasileira aparece

no momento em que novos grupos sociais aparecem no cenário sócio-político do país. Com a queda das estruturas políticas oligárquicas, os grandes eixos de discussão política e ideológico do país perdem força no meio rural e passam a ocupar os centros urbanos do Brasil.

Nesse mesmo período, novas teorias políticas surgem na Europa como um reflexo das crises advindas do período entre guerras (1919 – 1938) e a crise capitalista que culmina, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque. Na Europa, o facismo italiano e o nazismo alemão foram dois grandes movimentos políticos que chegaram ao poder em face às incertezas vividas naquele período.

No Brasil, a rearticulação política vivida com a Revolução de 1930 fez com que o Integralismo aparecesse como uma alternativa frente ao recente Governo de Getúlio Vargas e o crescimento dos movimentos operário e comunista. Sob o comando de Plínio Salgado, a Ação Integralista conseguiu o apoio de setores médios, empresários e setores do operariado. Entendidos por muitos como um “facismo abrasileirado”, esse movimento contou com suas particularidades.

Entre as principais idéias defendidas pelos integralistas, podemos destacar o corporativismo político, a abolição do pluripartidarismo, a perseguição aos comunistas, o fim do capitalismo especulativo e a ascensão de um forte líder político. Além do conteúdo ideológico, os integralistas fizeram o uso massivo dos meios de comunicação, frases de efeito, criação de símbolos e padronização comportamental.

Os integralistas utilizavam de uma saudação comum, “Anauê”, expressão de origem indígena, para cumprimentar seus associados. Além disso, vestiam camisas verdes e adotavam a letra grega sigma (símbolo matemático para somatória) como formas que incentivariam um forte sentimento de comunhão e amor à pátria. Mesmo contando com intensas manifestações, os integralistas perderam força com a implementação do Estado Novo, no final dos anos 30..

A Política trabalhista

A política trabalhista de Getúlio Vargas foi inspirada na Carta Del Lavoro, da Itália de Mussolini. As greves e lockouts (greves patronais) foram proibidas, criando-se uma estrutura sindical dependente do Estado (FAUSTO, 1994, p.373). Além disso, foram criados: o imposto sindical, voltado ao financiamento das atividades sindicais; a justiça do trabalho, que por meio das juntas de conciliação buscava dirimir conflitos existentes.

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Em 1940, foi assinado o Decreto-Lei n. 2162, que instituiu o salário mínimo regional, com valores variáveis de acordo com o poder aquisitivo e o custo de vida de cada área do país. Instituiu-se ainda a obrigatoriedade de concessão de férias aos funcionários.

Houve fortes restrições à entrada de imigrantes, de modo a diminuir a concorrência no mercado de trabalho, além de exigir-se das empresas que tivessem dois terços de trabalhadores brasileiros, pelo menos.

As medidas de proteção ao trabalhador, por meio do patrocínio estatal aos sindicatos e a tomada de medidas populistas renderam a Getúlio Vargas o título de “pai dos pobres”, pelo qual ficou conhecido entre a população.

Eram comuns os grandes comícios, realizados em estádios como o de São Januário, no Rio de Janeiro, e posteriormente no Pacaembu, em São Paulo, nos quais o presidente ostentava sua popularidade, aproveitando as ocasiões para anunciar benefícios.

A questão agrária no Governo VargasA Revolução de 30, iniciando a Segunda República, teria grande influência no país até 1946,

quando nova Constituição pôs em choque a república corporativista de Getúlio Vargas. Ela representou uma conciliação entre o grupo industrialista e comercial que dominava as cidades e o grupo agrário exportador que vivia ainda sonhando com os dias do Império, quando admitia que o Estado era apenas um prolongamento de sua propriedade. Mas a conciliação que se realizara já com o ingresso de líderes da velha oligarquia na direção da revolução, se consolidou com a permanência do latifúndio no poder e sua coexistência como o desenvolvimento urbano e industrial.

No que diz respeito ao direito de propriedade, a Constituição de 14 de julho de 1934 estabeleceu em seu artigo 113, item 17, que ele não poderia ser exercido contra o interesse social ou coletivo na forma que a lei determinasse, mas a desapropriação por necessidade ou utilidade pública só se faria com “prévia e justa indenização”.

Desse modo, a propriedade da terra continuou praticamente intocável e os reclamos dos trabalhadores rurais e dos partidos e blocos políticos de esquerda foram postergados. A própria legislação trabalhista, consolidada em 1943, reconheceu alguns direitos como férias e aviso-prévio na rescisão do contrato de trabalho do trabalhador rural, mas estes direitos só vieram a ser reconhecidos vinte anos depois, com a promulgação do Estatuto do Trabalhador Rural.

A Intentona Comunista

Na política interna, os reflexos dos acontecimentos da Europa – regimes totalitários, nazismo, fascismo – se fizeram sentir fortemente.

A propensão de Getúlio Vargas e seus correligionários para o autoritarismo fez companhia a outros movimentos radicais, tanto de esquerda quanto de direita.

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O Partido Comunista Brasileiro havia sido fundado em 1922, e fazia parte da “Internacional”, organismo liderado pelo Partido Comunista Soviético, que visava a preparar líderes revolucionários, de modo a propagar a revolução pelo mundo.

Internamente, o PCB fazia parte de uma organização política mais abrangente, a Aliança Nacional Libertadora, que envolvia elementos também de centro e setores social-democratas, cujas principais demandas eram o fim do regime autoritário de Getúlio Vargas, não pagamento da dívida externa e reforma agrária.

Luis Carlos Prestes, que participara anteriormente do movimento tenentista, havia se filiado ao Partido Comunista Brasileiro, após ter se refugiado na Bolívia, onde havia tido contato com lideranças comunistas argentinas. Chegou a ser convidado por Vargas a participar da Revolução de 1930, mas recusou-se.

Em 1931, Prestes foi morar na União Soviética, onde estudou e teve contato com membros da Internacional Comunista (Comintern). Lá conheceu a revolucionária alemã Olga Benário, com quem se casaria, e que o ajudaria na tentativa de instalação do comunismo no Brasil.

Certo de que conseguiria amplo apoio social à sua causa, Prestes organizou setores de militares de baixa patente, insatisfeitos com a situação do país, promovendo, em 1935, um levante que ficou conhecido como “Intentona Comunista”. Os principais focos da rebelião foram em Natal, no Recife e no Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro ocorreu o episódio mais dramático, a tentativa de tomada do Campo dos Afonsos, base aérea da cidade, na qual houve várias mortes em confronto. Ao final, a revolta foi sufocada pelas tropas oficiais, e serviu de pretexto para a radicalização do autoritarismo, com a proclamação do Estado Novo.

Você Sabia ?O Plano Cohen

Em 1937, o Exército brasileiro notificou a descoberta de um plano comunista para derrubar o Governo de Getúlio Vargas. Tal plano teria sido arquitetado pelo Partido Comunista Brasileiro, em conjunto com o comunismo internacional, e seria uma insurreição semelhante à Intentona Comunista, de 1935, com saques e depredações.

Decretou-se Estado de Guerra, iniciando-se uma grande perseguição aos comunistas e outros opositores, culminando com o cerco militar ao Congresso Nacional, dando início ao período de intensificação do autoritarismo de Getúlio, conhecido como Estado Novo.

Foi outorgada uma nova Constituição, ampliando consideravelmente a centralização do poder nas mãos de Getúlio.

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O Estado Novo

Após diversas tentativas de golpe fracassadas, como a revolução de 1932, o Movimento Integralista e a Intentona Comunista, o Governo provisório de Getúlio Vargas transformou-se em ditadura. Uma das principais razões para o sucesso do golpe que instituiu a ditadura do Estado Novo foi a política getulista de fortalecimento das Forças Armadas, que consistiram em importante apoio ao Governo.

O Estado Novo (1937-1945) foi um grande movimento de centralização política, que visava a combater tanto setores esquerdistas, como os comunistas liderados por Luís Carlos Prestes, quanto os de extrema-direita, como Plínio Salgado, líder integralista, movimento que lembrava em muito o fascismo e o nazismo.

A importância da centralização consistia em manter a política regional sob controle. Getúlio delegou a si próprio o direito de confirmar os governadores eleitos, sendo que, em caso negativo, seria nomeado um interventor federal. Além disso, o presidente podia legislar por meio da edição de decretos-lei, dispensando a existência de um Congresso Nacional.

A despeito disso, as relações entre Estado e sociedade mantiveram-se, com o Governo dispensando atenções, principalmente à elite industrial. Como exemplo, podemos citar a criação, neste período, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, que consistia em qualificar mão de obra para o setor.

A criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, buscava dar uma visão territorial do país, ao criar uma regionalização, dividindo o país em áreas homogêneas, ou com características semelhantes. As regiões acabam sendo um instrumento do poder central para atuar no território, num momento em que se queria anular os poderes locais.

Em 1942, o Brasil aliou-se aos Estados Unidos, o que influenciou a política interna brasileira, iniciando-se uma forte mobilização pela redemocratização do país. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e a derrota dos regimes totalitaristas, a existência do Governo autocrático ficou insustentável.

Conforme explicam os autores:

O órgão que durante o Estado Novo fora responsável pela censura aos meios de comunicação, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), não conseguia mais controlar a onda de manifestações contra a ditadura. Em fevereiro de 1945 o Correio da Manhã publicava uma entrevista de José Américo de Almeida, concedida a Carlos Lacerda, em que eram explícitos os ataques ao regime. Também setores militares afastavam-se de Vargas e articulavam-se em torno da bandeira democrática (DOHLNIKOF; CAMPOS, 2001, p. 217).

A pressão por redemocratização passou a ser mais ampla, envolvendo setores da imprensa, que passaram a questionar a capacidade de Vargas de governar o país. Havia movimentos exigindo a saída imediata do presidente, enquanto outros, os “queremistas”, apoiavam a ideia de uma nova Constituição com Getúlio na presidência.

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Unidade: A década de 1930: o governo Vargas e o trabalhismo

O Governo Dutra (1946-1951)O ministro da Guerra de Getúlio, Eurico Gaspar Dutra, deixou o cargo para anunciar sua

disposição de concorrer à presidência, passando a apoiar a deposição de Getúlio Vargas. O presidente Vargas ficou sem apoio dos setores militares, que o removeram do poder, sem que, entretanto, sofresse qualquer punição ou exílio. Ao contrário: foi alçado ao posto de Senador da República.

O candidato da oposição era o brigadeiro Eduardo Gomes, militar que participou do movimento tenentista. Houve uma forte propaganda oficial, de que se eleito Gomes acabaria com os benefícios concedidos por Getúlio Vargas. Com isso, Dutra acabou eleito, abrindo espaço para a volta de Getúlio, anos depois, como presidente eleito.

Com a posse de Eurico Gaspar Dutra, em janeiro de 1946, iniciou-se o processo constituinte. Em setembro do mesmo ano, o Brasil já contava com uma nova Constituição democrática, com divisão de funções entre os Estados, Municípios e União.

Apesar da democratização, ampliaram-se as greves, e com elas a repressão governamental. O Brasil também estava agora alinhado aos Estados Unidos, no contexto da Guerra Fria, o que levou ao corte de relações com a União Soviética e a colocação do Partido Comunista do Brasil na clandestinidade.

Na economia, o modelo de intervenção estatal foi substituído por um mais liberal, em que havia maiores possibilidades de investimentos por parte das empresas nacionais, cuja produção foi incentivada, preferencialmente para atender ao mercado interno, desestimulando-se as exportações (FAUSTO, 1994, p. 403).

A volta de GetúlioNesse período de redemocratização, novas forças políticas surgiram. Adhemar de Barros,

governador de São Paulo pelo Partido Social Progressista (PSP), soube adaptar-se ao estilo populista, tornando-se forte figura política. O Partido Social Democrático (PSD) lançou o desconhecido político mineiro Cristiano Machado, à sucessão de Dutra, enquanto a União Democrática Nacional (UDN), novamente insistiu no Brigadeiro Eduardo Gomes.

De acordo com Boris Fausto, Getúlio adaptava seu discurso ao local e à circunstância política, prometendo ampliar a legislação trabalhista e incentivar a indústria brasileira (FAUSTO, 1994, p. 405). Sua vitória na eleição de 1950 foi esmagadora, atingindo 48,7% dos votos.

Ao tomar posse, Getúlio aproximou-se da UDN e de setores conservadores, tentando fazer um Governo de coalizão. As Forças Armadas, bastante divididas entre setores nacionalistas e os chamados “entreguistas” (que defendiam uma maior abertura ao capital estrangeiro), não se contrapuseram à eleição de Getúlio Vargas.

Do ponto de vista econômico, a inflação havia subido bastante, passando de 2,7% em 1947 a 12,4% em 1950, o que era um grande desafio para o Governo. Um dos motivos foi a valorização do café, que ampliou a quantidade de cruzeiros em circulação.

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No plano internacional, a situação não favorecia o Brasil, como havia ocorrido no período anterior de Governo de Getúlio Vargas. Para crescer industrialmente, havia necessidade de financiamento para obras de infraestrutura, e este dinheiro estava cada vez mais escasso, já que os Estados Unidos, em sua preocupação com a ascensão do comunismo internacional, interrompeu os empréstimos governamentais.

Assim, o Governo brasileiro tinha que lidar com a insatisfação popular decorrente do aumento do custo de vida, e ao mesmo tempo tomar medidas impopulares de austeridade econômica.

Com isso, foram deflagradas inúmeras greves, algo inédito para Getúlio, acostumado ao sindicalismo pelego (oficial) e desacostumado às contradições inerentes ao regime democrático. Para resolver isto, nomeou João Goulart como Ministro do Trabalho.

Goulart era deputado pelo Rio Grande do Sul, e mostrou grande habilidade ao negociar com grevistas do setor portuário. Negociando com estes, garantiu resposta a diversas reivindicações, o que lhe rendeu enorme prestígio.

Ao mesmo tempo, em São Paulo, surgia um político de carreira meteórica, cuja promessa era baseada numa campanha com poucos recursos e no combate à corrupção. Jânio Quadros passou, num curto intervalo de tempo (quatro anos), de vereador (1948) a prefeito de São Paulo (1953) e, em seguida, governador do estado (1955).

Ambos, João Goulart e Jânio Quadros, assumiriam, a partir de então, grande protagonismo na vida política nacional.

No campo oposicionista, a principal figura era Carlos Lacerda, do jornal Tribuna da Imprensa, que atacava o populismo do Governo e as perspectivas de crescimento de setores ligados ao comunismo. Junto com Lacerda, na oposição, estavam figuras importantes, entre os quais militares como Juarez Távora e Eduardo Gomes.

Os mesmos militares que haviam garantido a posse de Getúlio, agora estavam preocupados com as perspectivas do direcionamento ideológico do Governo, que atendia às demandas da classe trabalhadora, acirrando os ânimos com os setores conservadores.

Getúlio exonerou o ministro João Goulart, que apresentara uma proposta de aumento de 100% do salário mínimo. Aproximou-se dos militares, colocando um dos mais prestigiados, general Zenóbio da Costa, como ministro da Guerra.

Porém, o presidente insistia em culpar setores ligados ao capital internacional pelos problemas do país. Em resposta, criou uma empresa estatal, a Eletrobrás, dando ao Estado brasileiro o monopólio do setor de energia elétrica.

O crime da Rua Tonelero e o suicídio de Getúlio VargasA tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, que era o principal líder oposicionista, abriu

uma grave crise no Governo. No atentado, faleceu um jovem oficial da aeronáutica, Rubens Vaz, que fazia a defesa de Lacerda, o qual ficou ferido sem gravidade.

A partir de então, Lacerda usou seu jornal e seu prestígio na imprensa para promover uma ampla campanha pela renúncia de Vargas, acusando-o de participação no complô.

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O presidente mandou instaurar inquérito para apurar as circunstâncias da morte. No curso da investigação, os indícios passaram a apontar para o chefe da guarda pessoal da presidência, Gregório Fortunato, como mandante do crime.

A partir de então, a sucessão de fatos foi criando uma situação em que se ampliava a desconfiança quanto ao presidente, que perdeu apoio de setores políticos e, principalmente, dos militares. Em 23 de agosto de 1954, 27 generais do Exército, além de diversos oposicionistas, redigiram um manifesto exigindo a renúncia do presidente.

Na manhã de 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas suicidou-se, ocasionando o que muitos consideram um golpe de mestre. O presidente havia deixado redigida uma carta testamento, na qual manifestava a ação de grupos de interesses contrários ao povo como responsáveis pela sua morte.

Após acusar as calúnias e infâmias que havia recebido, afirma na carta que lutara contra a espoliação do povo, “saindo da vida para entrar para a história”, em suas próprias palavras.

Desse modo, verifica-se que a história de Getúlio Vargas e sua relação com a política brasileira foi bastante complexa, com um período de Governo ditatorial e outro como presidente eleito.

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Material Complementar

ANDRADE, Manuel Correia de. A questão do território no Brasil. São Paulo- Recife: Editora Hucitec / IPESPE, 1995.

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COSTA, Wanderley Messias da. O Estado e as políticas territoriais no Brasil. São Paulo: Contexto, 1988.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1994.

MORAES, A. C. R. Bases da formação territorial do Brasil. São Paulo: Hucitec, 2000.

MORAIS, Fernando. Olga. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

PRADO JR., Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Editora Brasiliense, 1966.

Sites: » Fundação Getúlio Vargas: http://www.fgv.br

» Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro: http://www.ihgb.org.br/rihgb.php?s=p

Vídeos: » Palestra do prof. Antonio Carlos Robert de Moraes (FFLCH/USP), no Fórum “Rumos da

Cidadania”, em 2009, no Instituto Prometheus:

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=l7SAcPR2VKk

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Unidade: A década de 1930: o governo Vargas e o trabalhismo

Referências

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PRESTES, Anita Leocádia Benário. Luiz Carlos Prestes: patriota, revolucionário, comunista. São Paulo: Expressão Popular, 2006.

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Anotações

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