história econômica do brasil - resumo

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  • 7/29/2019 Histria Econmica do Brasil - Resumo

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    Histria Econmica do Brasil

    Caio Prado Jnior

    1. O meio geogrfico

    Brasil:- Extremo Norte: Formado por cursos dgua de grande volume, emgrande parte perfeitamente navegveis por vrios tipos de embarcao,apresenta tambm florestas equatoriais densas e semiaquticas querepresentam um grande obstculo instalao e progresso humanos(uma vez que, nas enchentes as guas fluviais alagam extensesconsiderveis das margens). Sofreu uma ocupao rala e linear, apenaspelas margens dos rios.- Nordeste: Formado por extensos territrios semiridos, imprestveis

    em geral para a agricultura.- Leste: Por ser delimitado por uma linha costeira extremamente regular,com sinuosidades acentuadas nem endentaes, consideradodesfavorvel aproximao humana e utilizao nas comunicaesmartimas.- Oeste: Formado por territrios agrestes, de penetrao e ocupaodifceis (e por isso, at hoje ainda, muito pouco habitados).- Planalto centro-meridional: Oferece esplndidas condies naturaispara o estabelecimento do homem. Alm de clima temperado pela

    altitude, solos frteis e bem regados por chuvas regulares e um sistemahidrogrfico normal. Possui abundantes recursos minerais.- Litoral: Geralmente formado por terras baixas, submetidas a climanitidamente tropical, de calores fortes e regulares, e com chuvasabundantes. Seus solos so frteis e prestam-se admiravelmente agricultura tropical.

    2. Carter inicial e geral da formao econmica brasileira

    Expanso martima europeia- No sculo XV, Portugal e Espanha lanam-se ao mar, a fim deencontrar rotas que levem s ndias das especiarias, cujo comrcio faziaa riqueza das repblicas italianas e dos mouros. Os portugueses saemna frente, planejando atingir o mesmo local, atravs do contorno da frica(Priplo africano). Atrs deles, saem os espanhis que certos de que omundo redondo, planejam atingir o mesmo local, atravs do Ocidente.Estes descobriro a Amrica, seguidos de perto pelos portugueses quetambm toparo com o novo continente. A princpio este territrio serpara eles um obstculo realizao de seus planos e que devia sercontornado.

    - A ideia de povoar no ocorre inicialmente a nenhum. o comrcio queos interessa, e da o relativo desprezo por estes territrios primitivos e

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    vazios que formam a Amrica. O povoamento efetivo, s surgiu comocontingncia, necessidade imposta por circunstncias novas eimprevistas.- Nestas condies, colonizar ainda era entendido como aquilo quedantes se praticava; fala-se em colonizao, mas o que o termo envolveno mais que o estabelecimento de feitorias comerciais. Na Amrica, asituao se apresentava de forma inteiramente diversa: um territrioprimitivo, habitado por rala populao indgena capaz de fornecerqualquer coisa de realmente aproveitvel. Para os fins mercantis que setinham em vista, a ocupao no se podia fazer como nas simplesfeitorias, com um reduzido pessoal incumbido apenas do negcio, suaadministrao e defesa armada; era preciso ampliar estas bases, criarum povoamento capaz de abastecer e manter as feitorias que sefundassem, e organizar a produo dos gneros que interessavam seu

    comrcio. A ideia de povoar surge da e s da.- Os metais, que a imaginao escaldante dos primeiros exploradorespensava encontrar em qualquer territrio novo, esperana reforadapelos prematuros descobrimentos castelhanos, no se revelaram todisseminados quanto se esperava. Na maior extenso da Amrica ficou-se, a princpio, exclusivamente nas madeiras nas peles, na pesca.

    Colonizao europeia na Amrica- Zona temperada

    Receber resduos das lutas poltico-religiosas da Europa e da

    transformao econmica sofrida pela Inglaterra no decorrer dosculo XVI.

    Seus colonos no tm objetivos comerciais. O que eles tm emvista construir um novo mundo.

    O que resultar deste povoamento, realizado com tal esprito e nummeio fsico muito aproximado do da Europa, ser naturalmente umasociedade, que embora com caracteres prprios, ter semelhanapronunciada com a do continente de onde se origina.

    - Trpicos

    A diversidade de condies naturais, em comparao com aEuropa, considerada um empecilho ao povoamento, se revelariapor outro lado um forte estmulo. que tais condiesproporcionaro aos pases da Europa a possibilidade de obtenode gneros que l fazem falta, e gneros de particular atrativo. AAmrica colocar a disposio, em tratos imensos, territrios ques esperavam a iniciativa e esforo do homem.

    O colono viria como dirigente da produo de gneros de grandevalor comercial, como empresrio de um negcio rendoso; mas sa contragosto como trabalhador. Outros trabalhariam para ele.

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    A explorao agrria se realizar em grande escala, isto , emgrandes unidades produtoras fazendas, engenhos, plantaes que renem cada qual, um nmero avultado de trabalhadores. Emoutras palavras, para cada proprietrio, haveria muitos

    trabalhadores subordinados e sem propriedade. A grande maioriados colonos estava assim, condenada a uma posio dependentee de baixo nvel. vidos de partir para a Amrica, ignorando muitasvezes seu destino certo ou decididos a um sacrifcio temporrio,muitos partiram para se engajar nas plantaes tropicais comosimples trabalhadores. Em troca do transporte, vendiam seusservios por um certo lapso de tempo. Outros partiam comodeportados; mas tambm menores, abandonados ou vendidospelos pais ou tutores, eram levados naquelas condies para aAmrica a fim de servirem at a maioridade. uma escravido

    temporria que ser substituda inteiramente, e meados do sculoXVII, pela definitiva dos negros importados.

    - Demais colnias tropicais

    No se chegou nem a ensaiar o trabalhador branco. Isto porquenem na Espanha nem em Portugal, havia braos disponveis edispostos a emigrar a qualquer preo. Alm disso, portugueses eespanhis encontram nas suas colnias, indgenas que sepuderam aproveitar como trabalhadores.

    Ser a empresa do colono branco que rene natureza prdigaem recursos aproveitveis para a produo de gneros degrande valor comercial, o trabalho recrutado entre raasinferiores que domina: indgenas ou negros africanosimportados.

    - com objetivo exterior, voltado para fora do pas e sem ateno aconsideraes que no fossem o interesse daquele comrcio, que seorganizaro a sociedade e a economia brasileiras.

    3. Primeiras atividades: A extrao do Pau-Brasil Espalhada por larga parte da costa brasileira, e com relativa densidade,

    observou-se uma espcie de vegetal semelhante a outra j conhecida noOriente e de que se extraa uma matria corante empregada na tinturaria.Tratava-se do Pau-Brasil.

    A mo-de-obra empregada era indgena, que como remunerao aoseu trabalho, recebia miangas, tecidos e peas de vesturio, maisraramente canivetes, facas e outros pequenos objetos que enchiam desatisfao.

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    Era uma explorao rudimentar que no deixou traos apreciveis, a noser na destruio impiedosa e em larga escala das florestas nativasdonde se extraa a preciosa madeira.

    A indstria extrativa do Pau-Brasil tinha necessariamente de ser nmade;

    no era capaz, por isso, de dar origem a um povoamento regular eestvel. Sua decadncia foi rpida. Em outros decnios esgotara-se o melhor das

    matas costeiras que continham a preciosa arvore, e o negcio perdeuseu interesse.

    4. Incio da agricultura

    No terceiro decnio do sculo XVI o Rei de Portugal estar convencidoque nem seu direito sobre as terras brasileiras, fundado embora nasoberania do Papa, nem o sistema, at ento seguido, de simplesguarda-costas volantes, era suficiente para afugentar os franceses quecada vez mais tomam p em suas possesses americanas.

    Cogitar ento de defend-las por processo mais amplo e seguro: aocupao efetiva pelo povoamento e colonizao. Mas para isto ocorriauma dificuldade: ningum se interessava pelo Brasil. Procurou-secompensar a dificuldade outorgando queles que se abalanassem a ircolonizar o Brasil vantagens considerveis: nada menos que poderessoberanos, de que o Rei abria mo em benefcio de seus sditos que sedispusessem a arriscar cabedais e esforos na empresa. Assim mesmo,

    poucos sero os pretendentes. So todos, doze apenas, indivduos depequena expresso social e econmica. A maior parte deles fracassarna empresa e perder nelas todas as suas posses (alguns at a vida),sem ter conseguido estabelecer no Brasil nenhum ncleo fixo depovoamento. Apenas dois tiveram sucesso; e um destes foigrandemente auxiliado pelo Rei.

    Dividiu-se a costa brasileira (o interior, por enquanto, para todos osefeitos desconhecido) em doze setores lineares. Estes setores sechamaro capitanias, e sero doadas a titulares que gozaro de grande

    regalias e poderes soberanos; lhes caber nomear autoridadesadministrativas e juzes em seus respectivos territrios, receber taxas eimpostos, distribuir terras, etc. O Rei conservar apenas direitos desuserania semelhantes aos que vigoravam na Europa feudal. Emcompensao, os donatrios das capitanias arcariam com todas asdespesas de transporte e estabelecimento de povoadores.

    A explorao agrria adotada no Brasil baseada no latifndio e namonocultura. Com a grande propriedade monocultural, instala-se noBrasil o trabalho escravo.

    Cana-de-acar

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    - Produto de grande valor comercial na Europa. O clima quente e midoda costa seria favorvel ao cultivo da cana-de-acar. A cultura da canasomente se prestava, economicamente, a grandes plantaes.- Mo-de-obra

    Contou-se a princpio com os indgenas. Eles se prestariamagora, mais ou menos benevolentemente, a trabalharem nalavoura de cana. Mas esta situao no duraria muito. Emprimeiro lugar, medida que fluam mais colonos, e portanto assolicitaes de trabalho, ia decrescendo o interesse dos ndiospelos insignificantes objetos com que eram dantes pagos peloservio. Tornam-se aos poucos mais exigentes, e a margem delucro do negcio ia diminuindo em proporo. Aos poucos foi-setornando necessrio fora-lo ao trabalho, manter vigilnciaestreita sobre ele e impedir sua fuga e abandono da tarefa em

    que estava ocupado. No eram passados ainda 30 anos daocupao efetiva do Brasil e do estabelecimento da agricultura, ej a escravido do ndio se generalizara e institura firmementeem toda parte. Ela ser abolida inteiramente, apenas em meadosdo sculo XVIII.

    Ser o negro africano que resolver o problema do trabalho.Contra ele havia um argumento muito forte: seu custo. No tantopelo preo pago na frica; mas em consequncia da grandemortandade a bordo dos navios que faziam o transporte.

    - A grande propriedade aucareira um verdadeiro mundo em miniaturaem que se concentra e resume a vida toda de uma pequena parcela dahumanidade. O seu elemento central o engenho, isto , a fbricapropriamente, onde se renem as instalaes para a manipulao dacana e o preparo do acar. A razo porque nem todas as propriedadesdispem de engenho prprio so as propores e o custo dasinstalaes necessrias.

    - Alm do acar, extrai-se tambm da cana a aguardente. um

    subproduto de grande consumo na colnia e que se exportava para ascostas da frica, onde servia no escambo e aquisio de escravos.Embora em escala relativamente pequena, comear a cultivar-setambm, desde os princpios do sculo XVII, o tabaco. O produto tevelogo crescente aceitao na Europa, e foi utilizado no trfico deescravos.

    5. Atividades Acessrias

    Destinam-se a fornecer os meios de subsistncia populao

    empregada na economia de exportao, e poderamos, em oposio esta, denomina-la economia de subsistncia.

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    Encontramos a produo de gneros de consumo, em primeiro lugar,includa nos prprios domnios da grande lavoura, nos engenhos enas fazendas. Pode-se dizer que a populao rural da colnia, queconstitui quase a totalidade dela, prov suficientemente a sua

    subsistncia com culturas alimentares a que se dedicasubsidiariamente, e sem necessidade de recorrer para fora.

    certo que no primeiro sculo e meio da colonizao os centrosurbanos so muito pequenos. Assim mesmo, incluem uma populaodedicada, sobretudo administrao e ao comrcio que no temtempo nem meios de se dedicar sua subsistncia, e cujo nmero suficiente para fazer sentir o problema da sua manuteno. Em parte,abastecem-se com seus excessos os grandes domnios. Pequenaparte, frequentemente nula. Por este motivo constituem-se aslavouras especializadas, isto , dedicadas unicamente produo de

    gneros de manuteno. Forma-se assim um tipo de explorao ruraldiferente, separado da grande lavoura, e cujo sistema deorganizao muito diverso. Trata-se de pequenas unidades que seaproximam do tipo campons europeu em que o proprietrio quetrabalha para ele prprio, sendo quando muito, ajudado por umpequeno nmero de auxiliares, sua prpria famlia em regra, e maisraramente algum escravo. A populao indgena contribui em grandeparte para esta classe de pequenos produtores autnomos. Osndios, que no seu estado nativo j praticavam alguma agricultura,

    embora muito rudimentar e seminmade, encontraram nesteabastecimento dos colonos brancos um meio de obter objetos emercadorias que tanto prezavam.

    Produtos: Mandioca, milho, arroz, feijo, carne de vaca e frutas.

    O papel secundrio a que o sistema econmico do pas, absorvidopela grande lavoura, vota agricultura de subsistncia, determinouum problema dos mais srios que a populao colonial teve deenfrentar. Refiro-me ao abastecimento dos ncleos de povoamentomais denso, onde a insuficincia alimentar se tornou quase sempre

    regra. A populao colonial, com exceo das suas classes maisabastadas, viver sempre num crnico estado de subnutrio.

    8. A pecuria e o progresso do povoamento no Nordeste

    O interior do nordeste sempre ter como sua base econmica apecuria.

    Partindo da Bahia e alcanando em meados do sculo XVII o RioSo Francisco, a disposio das fazendas de gado tomar da pordiante outras direes: os estados do Piau, Maranho e Cear.

    O pessoal das fazendas de gado, nicos estabelecimentos daregio, no numeroso. Donde tambm um comrcio, afora a

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    conduo de gado, pouco intenso; resultando disso aglomeraesurbanas insignificantes e largamente distanciadas umas dasoutras. Mas dentro dessa baixa densidade demogrfica geral, opovoamento e as atividades econmicas se concentram mais emalgumas reas. Os fatores naturais em particular a ocorrncia degua, to preciosa neste territrio semirido, tem a papelrelevante. sobretudo nas margens dos poucos rios perenes quese condensa a vida humana.

    Em meados do sculo XVIII o serto do nordeste alcana oapogeu do seu desenvolvimento. O gado nele produzidoabastece, sem concorrncia, todos os centros populosos dolitoral, desde o Maranho at a Bahia. A carne que produz, almde pouca, de m qualidade. Assim, somente a falta de outrasfontes de abastecimento alimentar explica a utilizao para isto de

    to afastadas e desfavorveis regies. Sero substitudos pelacarne-seca importada do sul da colnia.

    A agricultura praticada subsidiariamente e em pequena escalapara a subsistncia das prprias fazendas.

    7. A minerao e a ocupao do centro-sul

    Minerao do Ouro- Em 1696, fazem-se as primeiras descobertas positivas deouro no centro do que hoje constitui o Estado de Minas Gerais

    (onde atualmente se acha a cidade de Ouro Preto). O achadosdepois se multiplicaram sem interrupo at meados do sculoXVIII, quando a minerao do ouro atinge no Brasil sua maiorrea de expanso geogrfica, e alcana o mais alto nvel deprodutividade.- Em resumo, o sistema estabelecido era o seguinte: paradividir a minerao, fiscaliz-la e cobrar tributo (o quinto, comoficou denominado), criava-se uma administrao especial, aIntendncia de Minas, sob a direo de um superintendente;

    em cada capitania em que se descobrisse ouro, seriaorganizada uma destas intendncias que independiainteiramente dos governadores e quaisquer outras autoridadesda colnia, e se subordinava nica e diretamente aos governometropolitano de Lisboa.- Criaram-se Casas de Fundio em que todo o ouro extradoera necessariamente recolhido; a se fundia, e depois dededuzido o quinto e reduzido a barras marcadas com o seloreal, era devolvido aos proprietrio. O manuseio do ouro soboutra forma em p ou em pepitas, como encontrado na

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    natureza, ou em barras no marcadas era rigorosa eseveramente proibido.- O ouro era mercadoria muito facilmente escondida graas aseu alto valor em pequenos volumes. E para obviar osdescaminhos que apesar de toda fiscalizao ainda severificassem, fixou-se certa quota anual mnima que o produtodo quinto devia necessariamente atingir. Quando o quintoarrecadado no chegava a essa quota, procedia-se o derrame,isto , obrigava-se a populao a completar a soma. Osderrames tomavam carter de violncia to grande esubverso to grave da ordem, que somente nos dias ureosa minerao lanou mo deles.- Organizao e funcionamento da explorao das jazidas deouro:

    Lavras: So estabelecimentos que dispe deaparelhamento especializado, e onde sob direo nicae trabalhando em conjunto renem-se vriostrabalhadores. A mo-de-obra quase totalmenteconstituda de escravos africanos. empregado emjazidas de certa importncia.

    Faiscadores: Pequena extrao realizada por indivduosisolados que no empregam seno poucosinstrumentos rudimentares. So mveis e nmades,

    indo catar o ouro indiferentemente neste ou naquelelugar no ocupado por outro. Parte deles pe decondio livre; outros so escravos aos quais ossenhores fixam uma certa medida de ouro que devementregar, guardando o excesso com o que provm sua manuteno e resgatam sua liberdade quando somuito felizes em seus achados.

    - Decadncia da minerao do ouro (fim do sculo XVIII)

    Esgotamento das jazidas Tcnicas deficientes (falta de recursos e de

    conhecimento tcnico)

    Sistemas administrativo adotado

    Minerao dos diamantes- NO sculo XVIII, o Brasil teve o monoplio da produo dediamantes. Apesar disto, sua importncia relativa do ouro pequena. Os primeiros achados, devido aos mineradores deouro (pois os diamantes ocorrem no Brasil em terrenos

    aurferos) datam de 1729. A princpio adotou-se para com aextrao dos diamantes o mesmo sistema que vigorava na do

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    ouro: a livre extrao com pagamento do quinto. Mas era difcilcalcular e separar o quinto de pedras muito diferentes umasdas outras, em tamanho e qualidade; e como alm distoocorressem apenas em reas limitadas, adotou-se log outroprocesso mais conveniente percepo do tributo. Demarcou-se cuidadosamente o territrio em que se encontravam osdiamantes, isolando-o completamente do exterior. Esteterritrio, que chamou Distrito Diamantino, o que circunda aatual cidade de Diamantina, em Minas Gerais. E a exploraofoi outorgada como privilgio a determinadas pessoas que seobrigavam a pagar uma quantia fixa pelo direito de explorao.Em 1771 modifica-se este sistema, passando a Real Fazendaa fazer ela mesma, diretamente, a explorao.- Decadncia da minerao dos diamantes (fim do sculo

    XVIII) Depreciao das pedras, devido aos seu grande afluxo

    no mercado europeu.

    Sistema administrativo adotado.

    Consequncias da minerao- Permitiu colonizao portuguesa ocupar todo o centro docontinente sul-americano.- Deslocamento do eixo econmico da colnia, anteslocalizado nos grandes centros aucareiros do Nordeste

    (Pernambuco e Bahia).- Transferncia da capital da colnia da Bahia para o Rio deJaneiro, em 1763.