UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSCCENTRO SOCIO-ECONOMICO CSEDEPARTAMENTO DE CINCIAS ECONOMIA E RELAES INTERNACIONAIS - CNMFORMAO ECONMICA DO BRASIL I Disciplina: CNM 7119 - T05318 Noturno - 2015.1

Situao Poltica, Social e Econmica da Amrica na poca da colonizao.

Monah Idalina

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Florianpolis, 01 de junho de 2015

IntroduoCaio Prado Jnior levanta a importncia de ser recuar no tempo para se compreender o carter da colonizao brasileira, e indagar das circunstncias que a determinaram. Inicialmente o que os interessava era o comrcio e no a ideia de povoar, e da o relativo desprezo por estes territrios primitivos e vazios que formam a Amrica; e inversamente, o prestgio do Oriente, onde no faltava objeto para atividades mercantis. Abordando desde os tempos em que ramos colnia, sob comando de Portugal, at o processo de industrializao e de estabelecimento de nossa economia de mercado interno, a obra se constitui fonte fundamental para se compreender a formao e o desenvolvimento da economia brasileira.O meio geogrficoOs fatores geogrficos do Brasil j se mostram presentes no primeiro captulo da obra, quando o autor recorre a uma explanao da geografia regional do pas. Enquanto isto, Furtado tratar em seu primeiro captulo sobre os processos das Grandes Navegaes, da conquista do Novo Mundo por espanhis e portugueses, da primeira atividade econmica realizada no Brasil, at o estabelecimento da empresa agrcola produtora de cana-de-acar. A utilizao da geografia ser um recurso frequente de Prado Jnior, como por exemplo, quando se refere aos ciclos dos produtos acar, ouro, caf -, onde influenciaro questes relacionadas ao clima e ao solo; e na localizao geogrfica dos centros populacionais e produtivos, Intrinsecamente ligados ao problema dos sistemas de transporte. Assim, a primeiras observaes da obra se do acerca do meio geogrfico como fator condicionante da fixao populacional nas regies do pas. Sobre a regio Nordeste, Caio Prado nos diz que a faixa litornea da regio extremamente favorvel ao povoamento, graas ao clima propcio e qualidade do solo, que beneficiam a cultura de produtos tropicais. Na mesma regio, destaca que o clima semirido do serto nordestino foi um fator que conteve a expanso do colonizador em um primeiro momento. Em oposio ao interior nordestino apresenta-se o planalto centro meridional, com condies naturais esplndidas para povoamento, uma vez que conta com regime regular de chuvas, solos frteis, boa hidrografia, e, alm disso, grande quantidade de recursos minerais. Dividida em trs sub-regies setentrional (Minas Gerais), meridional (de So Paulo ao Rio Grande do Sul) e ocidental o planalto centro meridional ser posteriormente o local onde se desenvolvero atividades econmicas diversas, desde a minerao, passando pela agricultura, at a pecuria. Por ltimo, nos apresentada a regio do Extremo-Norte, caracterizada pela grande floresta Amaznica e pela existncia de uma extensa rede hidrogrfica.

Carter Inicial e Geral da Formao Econmica BrasileiraCaio Prado Jnior fala a respeito do contexto internacional na poca dos descobrimentos. Aps tratar rapidamente sobre a revoluo comercial ocorrida na Europa, e da expanso portuguesa em direo s ilhas do Atlntico e costa da frica, o autor diz que o principal foco de interesse para Portugal era as ndias Orientais, de onde comercializavam especiarias. Mesmo aps o descobrimento do Brasil, de acordo com o autor, tentou-se atravs do Pacfico, descobrir uma rota que os levassem para l. Aps se mostrar irrealizvel este objetivo, voltaram-se as atenes para o que as novas terras poderiam oferecer de lucrativo. Neste momento, o entendimento por colonizar ainda possua o carter de simples explorao mercantil, como acontecia nas colnias da costa africana ou nas ndias. Nestas condies, "colonizar" ainda era entendido como aquilo que dantes se praticava; fala-se em colonizao, mas o que o termo envolve no mais que o estabelecimento de feitorias comerciais... Para os fins mercantis que se tinham em vista, a ocupao no se podia fazer como nas simples feitorias, com um reduzido pessoal incumbido apenas do negcio, sua administrao e defesa armada; era preciso ampliar estas bases, criar um povoamento capaz de abastecer e manter as feitorias que se fundassem, e organizar a produo dos gneros que interessavam seu comrcio. A ideia de povoar surge da e s da.Alm disso, a baixa populao europeia no possibilitava que se promovesse um povoamento das novas terras, principalmente por parte de Portugal. Assim, natural que o primeiro produto que se comercializou da nova colnia fosse algo que no exigisse uma grande mobilizao nem de mo-de-obra, nem de capital. Primeiras Atividades. A Extrao do Pau-BrasilA extrao do pau-brasil foi primeira atividade econmica do Brasil colnia, apesar de altamente rentvel, visto especialmente pela curta durao do ciclo de extrao deste produto, que logo se tornou cada vez mais escasso. Ainda que menos expressivas, o autor menciona tambm a extrao de peles e a atividade da pesca.A princpio, naturalmente, ningum cogitar de outra coisa que no sejam produtos espontneos, extrativos. ainda quase o antigo sistema de feitorias puramente comerciais. Sero as madeiras de construo ou tinturarias (como o pau-brasil entre ns), na maior parte deles; tambm as peles de animais e a pesca...O autor menciona a sorte que tiveram os espanhis a se destinarem para os territrios com grande disponibilidade recursos minerais de fcil explorao como Peru e Mxico. Os espanhis sero os mais felizes: toparo desde logo nas reas que lhes couberam com os metais preciosos, a prata e o ouro do Mxico e do Peru.Desta primeira parte de Histria Econmica do Brasil podemos compreender o surgimento do Brasil para o resto da economia global. Surgimento este que foi de acordo com as condies das economias europeias do momento, de despertar do capitalismo mercantil. Coloquemo-nos naquela Europa anterior ao sc. XVI, isolada dos trpicos, s indireta e longinquamente acessveis, e imaginemo-la, como de fato estava, privada quase inteiramente de produtos que se hoje pela sua banalidade, parecem secundrios, eram to prezados como requintes de luxo. Tome-se o caso do acar... neste momento que segundo o autor surge o chamado Antigo Sistema Colonial, ou seja, um sistema pr-capitalista de produo, onde h um Estado que controla as atividades de exportao de produtos agrcolas da colnia para atender os interesses das classes mercantilistas. Neste contexto, a ocupao da colnia servia apenas como forma de sanar a necessidade expansionista do capital mercantil europeu.No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonizao dos trpicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais complexa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo carter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um territrio virgem em proveito do comrcio europeu. este o verdadeiro sentido da colonizao tropical, de que o Brasil uma das resultantes; e ele explicar os elementos fundamentais, tanto no social como no econmico, da formao e evoluo histrica dos trpicos americanos. Se vamos essncia da nossa formao, veremos que na realidade nos constitumos para fornecer acar, tabaco, alguns outros gneros; mais tarde, ouro e diamante; depois algodo, e em seguida caf, para o comrcio europeu. Nada mais que isto. com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do pas e sem ateno a consideraes que no fossem o interesse daquele comrcio, que se organizaro a sociedade e a economia brasileira. Tudo se dispor naquele sentido: a estrutura social, bem como as atividades do pas. Vir o branco europeu para especular, realizar um negcio; inverter seus cabedais e recrutar a mo-de-obra de que precisa: indgenas ou negros importados. Com tais elementos, articulados numa organizao puramente produtora, mercantil, constituir-se- a colnia brasileira. Este incio, cujo carter manter-se- dominante atravs dos sculos da formao brasileira, gravar-se- profunda e totalmente nas feies e na vida do pas. Particularmente na sua estrutura econmica. E prolongar-se- at nossos dias, em que apenas comeamos a livrar-nos deste longo passado colonial.A ocupao EfetivaCaio Prado dedicar a explicar o contexto, os interesses e o modo em como se deu a ocupao efetivas do territrio brasileiro a partir de 1530. Neste perodo, j cientes das riquezas contidas nas novas terras, os pases que ficaram de fora da partilha da Amrica, Frana e Holanda, iro voltar seus interesses para a regio. Com a ameaa externa prxima do seu territrio, h o entendimento em Portugal de que s a pequena ocupao promovida pela extrao de madeira, ou o direito divino concedido pelo Papa, no eram suficientes para se garantir a posse das terras. Assim, comear a se ocupar o territrio brasileiro. Essa ocupao acontecer basicamente nas reas litorneas. Sendo o territrio, mesmo o costeiro, uma rea de grandes extenses ser necessrio um grande contingente de pessoas para ocup-lo. Porm, Portugal dispunha de pouco ou quase nenhum interessado em se aventurar neste tipo de investimento pouco seguro. Este fator justificar a histrica caracterstica latifundiria brasileira. Mesmo com grandes quantidades de terras, era necessrio que a Coroa portuguesa concedesse diversas vantagens aos administradores das capitanias hereditrias, em sua maioria indivduos de pequena expresso social e econmica. O pau-brasil j comeava a se tornar escasso e no condizia com as novas caractersticas de ocupao. O plano, em suas linhas gerais, consistia no seguinte: dividiu-se a costa brasileira (o interior, por enquanto, para todos os efeitos desconhecido), em doze setores lineares com extenses que variavam entre 30 e 100 lguas. Estes setores chamar-se-o capitanias, e sero doadas a titulares que gozaro de grandes regalias e poderes soberanos; caber-lhes- nomear autoridades administrativas e juzes em seus respectivos territrios, receber taxas e impostos, distribuir terras, etc. O Rei conservar apenas direitos de suserania semelhantes aos que vigoravam na Europa feudal. Em compensao, os donatrios das capitanias arcariam com todas as despesas de transporte e estabelecimento de povoadores.A expectativa de retorno do investimento por parte destes novos senhores de terra, encontrava-se na cultura da cana-de-acar. Este era um produto de grande valor comercial na Europa, escasso nos mercados mundiais, e que os portugueses j possuam alguma experincia no cultivo e no comrcio. Alm disso, o clima e o solo brasileiro eram propcios a esta cultura, e ainda havia a abundante mo-de-obra indgena disponvel, que j havia sido utilizada na extrao do pau-brasil. A cana-de-acar foi cultivada em toda a extenso da costa brasileira, tendo se destacado nas capitanias de Pernambuco e Bahia. O regime latifundirio e quem as terras foram distribudas tambm era adequado as tcnicas de cultivo do produto, somente lucrativo quando cultivado em extenso. A produo de acar seria toda ela destinada aos mercados europeus, o que novamente demonstra o sistema colonial brasileiro como dependente do sistema europeu. A expanso do cultivo de cana-de-acar durante os sculos XVI e XVII, que acabou por tornar este o principal produto de nossa economia, s se tornou vivel aps a utilizao do escravo africano como mo-de-obra. De acordo com o autor o ndio era menos capacitado para o trabalho do que o negro africano, pois eram resistentes as rduas condies de trabalho, propiciando uma maior produtividade do que o indgena, que ir preferir sobreviver da coleta e de sua agricultura de subsistncia do que se submeter ao trabalho escravo. A introduo do escravo africano ocorrer por volta do incio do sculo XVII, e ir resolver todos os problemas posteriores de mo-de-obra. Porm ele ter um alto custo, devido necessidade de transporte da frica para a Amrica. Este alto custo o viabilizar apenas naqueles engenhos de alta produtividade, enquanto que nos de menos lucratividade frequentemente o ndio ser utilizado como escravo. Ainda dentro da economia do acar o autor mencionar o tabaco como segundo produto de exportao do pas, usado principalmente para trocar por escravos na frica. Atividades AcessriasJuntamente com a economia aucareira se desenvolvero outras economias, em diferentes regies do pas. Estas tero papel principalmente de subsistncia, no cabendo a elas promover mudanas dinmicas no todo econmico do pas. Na regio do interior nordestino se desenvolver uma agricultura destinada a atender as necessidades dos engenhos e dos pequenos centros populacionais, onde no havia espao nem interesse de se dedicar a atividades que no dessem o lucro do acar. mencionada tambm a atividade pecuria de quase nenhuma expresso na poca e que ocorria no serto do Nordeste e na poro setentrional do planalto centro meridional. Expanso da ColonizaoAps explicar os princpios da ocupao do territrio brasileiro, situada basicamente na regio litornea, o autor ir expor o processo de expanso desta ocupao, para reas do interior do pas, como a regio de Minas Gerais e da floresta amaznica. Aps passar por um perodo sob o governo da Coroa espanhola, o governo portugus passa a dar ainda mais ateno a sua colnia americana. Na verdade, j naquela poca a existncia econmica de Portugal passava a depender do Brasil, uma vez que havia perdido suas possesses asiticas, antes responsveis pela maior parte do fluxo de renda para a colnia. At mesmo as migraes de portugueses para o Brasil aumentaram neste perodo. montada uma administrao colonial mais elaborada, que defendesse melhor os interesses da metrpole. Houve um maior liberalismo com estrangeiros, porm um maior controle para que a colnia no competisse com produtos que a metrpole produzia, como especiarias, azeite de oliva, e aguardente, que competiria com o vinho do porto. Muitos monoplios a nacionais e a estrangeiros tambm foram concedidos. O objetivo de Portugal passa a ser retirar da colnia os produtos que melhor possam ser comercializados na Europa, gerando riqueza metrpole. Os principais gneros so o acar, o algodo e o cacau. A runa de Portugal significara o desenvolvimento desmesurado do nosso pas.

A minerao e ocupao do Centro-sulO incio do sculo XVII so descobertas primeiras jazidas de ouro na regio de Minas Gerais. Estas descobertas iniciaro um perodo de grande prosperidade na economia da colnia. Deve-se principalmente s expedies dos bandeirantes o ttulo de descobridores destes metais, uma vez que foram os responsveis pela ampliao de boa parte dos territrios portugueses para alm do Tratado de Tordesilhas, ao sarem atrs de ndios para abastecerem as lavouras de cana de So Vicente. A estrutura produtiva da minerao ir girar em torno de dois agentes: os escravos das minas de lavra, abundantes na poca urea da minerao; e os faiscadores, trabalhadores livres que andavam de um local para outro praticando a minerao de baixa produtividade, tanto no tempo de prosperidade, quanto principalmente nos tempos de crise. Caio Prado Jnior destaca tambm a extrao de diamantes. As minas de ouro provocaram o crescimento de outras regies da colnia, uma vez que era necessrio abastecer esta regio com alimentos e produtos que no eram produzidos ali. A agricultura de subsistncia e a pecuria tanto do nordeste quanto das provncias do sul iro ter importante desenvolvimento nesta poca. Mudanas polticas tambm ocorrero devido ao ciclo do ouro, como por exemplo, a transferncia da capital de Salvador para o Rio de Janeiro j que se deslocou da regio do acar para a minerao, e era necessria uma administrao mais presente no local onde se exportava produo do ouro. A crise do ouro se deu basicamente pelo esgotamento das reservas do metal e pela tcnica deficiente de explorao, em grande parte culpa da administrao portuguesa que mantinha a colnia isolada das inovaes tecnolgicas, inclusive de produo. O baixo nvel intelectual na colnia, que no tem talvez paralelo na Amrica, no cabe em nosso assunto; mas preciso lembr-lo porque interfere aqui diretamente com a economia do pas. No resta a menor dvida que a ignorncia dos colonos portugueses sempre constituiu um bice muito srio oposto ao desenvolvimento de suas atividades econmicas; na minerao como nas outras tambm.A ignorncia, a rotina, a incapacidade de organizao nesta sociedade catica que se instalara nas minas, e cuja constituio no fora condicionada por outro critrio que dar quintos a um rei esbanjador e sua corte de parasites, e no resto satisfazer o apetite imoderado de aventureiros, davam-se as mos para completar o desastre.Uma vez que nos tempos prsperos as minas de ouro retiraram muita mo-de-obra escrava das plantaes de cana-de-acar do Nordeste, pode-se dizer que a crise da minerao foi parcialmente responsvel pela crise do acar. J enfrentando altos preos do produto nos mercados internacionais, e a perda do monoplio para as Antilhas holandesas o acar entrar em uma crise momentnea. Para ressurgir algumas dcadas depois, embora sem a mesma importncia anterior.A Colonizao do Vale Amaznico e a Colheita FlorestalO desenvolvimento e ocupao da regio amaznica no Extremo-Norte do pas se deu com o objetivo de expulsar os holandeses e ingleses da regio, e aproveitou-se da hidrografia da regio para vencer as dificuldades impostas pela floresta equatorial. Ir se desenvolver economicamente baseada na extrao de produtos exticos, como o cravo, a canela, a castanha, o cacau, e o peixe. No foram utilizados escravos africanos apenas indgenas, j em processo de domesticao pelos jesutas, os quais o autor se dedicar em explicar a funo e o processo de expulso destes daquela regio. A evoluo brasileira, de simples colnia tropical para nao, to difcil e dolorosa, e cujo processo, mesmo em nossos dias, ainda no se completou, seria l muito retardada. A Amaznia ficou, neste sentido, muito atrs das demais regies ocupadas e colonizadas do territrio brasileiro. Quanto a seus resultados materiais, eles tambm so minguados. frisante o contraste entre o que apresentam e o que deles esperava a imaginao escaldante do branco europeu em contato com os trpicos. A explorao das reservas naturais da imensa floresta que se supunha esconder tesouros incalculveis, no deu mais que uns miserveis produtos de expresso comercial mnima e em quantidades restritas. E no foi possvel ampliar as bases desta produo e dar-lhes pela agricultura mais estabilidade. A Amaznia ficar na pura colheita; e por isso vegetar, assistindo impotente ao arrebatamento de suas maiores riquezas naturais por concorrentes melhor aparelhados. Deu-se isto com o cacau, antes seu monoplio no Brasil, e cuja hegemonia passar, entre ns, para a Bahia. Dar-se- o mesmo, um sculo depois, em propores muito maiores e dramticas, com a borracha. A colonizao do vale amaznico ainda hoje uma incgnita.Como no perodo da minerao com a ocupao da Amaznia, o autor prossegue com a explicao do processo de incorporao do Rio Grande do Sul. Contar economicamente aps 1750, ir basear sua economia na atividade pecuria e em suas variaes diretas: a explorao do couro; a venda de carne seca (charque); e a venda de muares e cavalos. O tipo de propriedade era o latifndio, principalmente nas regies prximas a fronteira com o territrio espanhol. A economia do sul foi muito importante, pois abasteceu os mercados do centro e nordeste, e se constitua uma economia voltada para o abastecimento do mercado colonial, no de exportao metropolitana.A evoluo brasileira, de simples colnia tropical para nao, to difcil e dolorosa, e cujo processo, mesmo em nossos dias, ainda no se completou, seria l muito retardada.

ConclusoPartindo de antes do descobrimento do Brasil, com os motivos que levaram aos processos de descobrimento do Novo Mundo, passando pela fase de pura explorao do pau-brasil brasileiro; a ocupao efetiva do territrio; os ciclos do acar, minerao o autor nos apresenta os fatos sob um ponto de vista terico diferente, que nos incita a pensar sobre a real explorao que nosso pas sofreu. Explorao esta no tanto por parte de Portugal nossa metrpole e figura de segundo escalo na economia mundial desde o sculo XVIII - mas sim pelos pases de capitalismo desenvolvido, possuidor de capital suficiente para se arriscarem em atividades especulativas exteriores e vidos por recursos largamente disponveis em nosso pas. Caio Prado Jnior aborda algumas prticas econmicas de menor expresso na histria do Brasil, como exemplo: o plantio de tabaco; a explorao de diamantes e de minrio de ferro; e o leo das tartarugas etc. Uma caracterstica importante na escrita de Caio Prado Jnior a presena de fatores que vo alm da esfera puramente econmica. Ao tratar do desenvolvimento da economia brasileira, o autor consegue com grande mrito, abordar tambm a situao poltica e social da poca tratada . Narrativamente, Histria Econmica do Brasil muito bem escrita, com longas passagens descritivas, que o tornam de uma leitura fcil, dedicada a um pblico mais abrangente, leigo. BibliografiaPrado Jnior, Caio. Historia Econmica do Brasil. So Paulo: Brasiliense, 2006.