história dos portugueses no mundo (2012/2013) aula n.º 4

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História dos Portugueses no Mundo (2012/2013) Aula n.º 4 «Descobrimento» e Presença Portuguesa na África Ocidental I Os «Descobrimento» Henriquinos

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História dos Portugueses no Mundo (2012/2013) Aula n.º 4 «Descobrimento» e Presença Portuguesa na África Ocidental I Os «Descobrimento» Henriquinos. «Descobrimentos» Henriquinos – fase dos descobrimentos dirigidos pelo infante D. Henrique. - PowerPoint PPT Presentation

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História dos Portugueses no Mundo

(2012/2013)

Aula n.º 4

«Descobrimento» e Presença Portuguesa na África Ocidental

I

Os «Descobrimento» Henriquinos

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«Descobrimentos» Henriquinos – fase dos descobrimentos dirigidos pelo

infante D. Henrique.

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ANO TERRA DESCOBERTA DESCOBRIDOR

1434 Cabo Bojador Gil Eanes

1436Pedra da Galé e Rio do

OuroAfonso Baldaia

1443 Arguim Nuno Tristão

1456 Cabo VerdeDiogo Gomes e

Cadamosto

1460 Serra Leoa Pedro de Sintra

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Condições de Navegabilidade para além do Cabo Bojador

- costa acidentada- fortes correntes marítimas- direcção dos ventos constante

A sul do Bojador a direcção do vento passa a ser constante, o que tornava difícil o regresso à Europa com o recursos aos meios técnicos de navegação e ao sistema de orientação até aí conhecidos e utilizados.

Não é por acaso que até ao ano de 1434, quando Gil Eanes contornou o Cabo, este era conhecido como Cabo Não.

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Deste modo, foi necessário inventar ou adaptar embarcações e instrumentos de navegação.

Caravela – resultado de aperfeiçoamentos vários embarcações tradicionais.

Tinha inicialmente pouco mais de 20 tripulantes.Era uma embarcação rápida, de fácil manobra,capaz de bolinar e que, em caso de necessidade, podia ser movida a remos. 

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As velas latinas (triangulares) permitiam-lhe bolinar (navegar em ziguezague contra o vento).

Caravela latina em dois mastros

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1441 – António Gonçalves desce além do Rio do Ouro. Daqui traz para Portugal dois Azenegues (nome da população local) ao infante D. Henrique, de quem recebe as primeiras notícias directas sobre a região.

Nesse mesmo ano, Nuno Tristão atinge a região do Cabo Branco.

1442 – o infante D. Pedro arma uma expedição para explorar a região a sul do Cabo Branco.

1443 – Nuno Tristão explora o golfo de Arguim.

A costa de Arguim apresentava excelentes condições geográficas para se transformar numa base de apoio à navegação e ao trato comercial. Os portugueses vão escolhê-la para instalar uma feitoria e mais tarde uma fortaleza.

Os objectivos por trás desta construção não eram militares, não havia uma intenção de conquista, mas antes a necessidade de protecção do comércio e dos seus agentes.

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Fortaleza de Arguim representada no Atlas de Sebastião Lopes, séc. XVI

O infante D. Henrique procurou estabelecer contactos comerciais na região que permitissem adquirir especiarias, ouro, produtos raros e escravos, para além da recolha de informações sobre os segredos do Continente, nomeadamente, averiguar se por aquelas paragens existiam notícias do Preste João.

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Com a exploração dos rios da região de Arguim, que funcionavam como estradas fluviais para o interior do continente Africano, os portugueses conseguiram comerciar o ouro que até, então, chegava à Europa por via das grandes rotas caravaneiras.

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Após a expedição de Nuno Tristão ao Golfo de Arguim, em 1443, estabeleceu-se a primeira rota alternativa aos trajectos das grande rotas caravaneiras percorridas e com grande cuidado guardadas pelos muçulmanos. A rota europeia, estabelecida pelos portugueses, tinha uma forte componente marítima.

Em 1444, chegaram a Portugal as primeiras provas da existência de ouro na região, assim como o primeiro carregamento de escravos que foi vendido no mercado de Lagos. 1444-1445 – Nuno Tristão prossegue as explorações da costa ocidental africana e atinge e ultrapassa o Rio Senegal. Esta região era uma área central para o acesso ao interior do continente africano. As perspectivas de comércio eram muitas, sobretudo, a captura de escravos.

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Os contactos com esta região da Senegâmbia revelaram-se extremamente difíceis, pois a população era muito hostil aos portugueses.

1446 – Álvaro Fernandes chega ao Rio Grande, atingindo assim o primeiro dos rios da Guiné.

A região dos rios da Guiné torna-se muito importante para a entrada nos portugueses na denominada, uma vez que a sua intensa rede fluvial conduziam aos centros de trocas comerciais do interior.

A exploração do interior da África através do rio Senegal e do Rio Gâmbia permitiu que os portugueses chegassem à região aurífera de Bambouk.

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Deste modo, estabeleceu-se a primeira rede comercial dos portugueses na costa ocidental africana, que se estendia até à região dos rios da Guiné, e que tinha como ponto central a feitoria de Arguim.

Mesmo os navios que viajavam para Sul tinham que, na viagem de regresso à Europa, passar pela feitoria portuguesa.

O comércio nesta região tornou-se tão lucrativo que outros europeus tentaram penetrar no comércio dominado pelos portugueses, sobretudo italianos. Assim, alguns destes conseguiram autorização do infante D. Henrique para navegarem aquela costa.

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Quais eram os produtos que os europeustraziam da costa ocidental africana?

ouro

escravosmalagueta

marfim

papagaios

gatos de algália

Almíscar é o nome dado originalmente a um perfume obtido a partir de uma substância de forte odor, secretada por uma glândula do cervo-almiscarado, de outros animais e também de algumas plantas de odor similar.

peles de animais

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Quais eram os produtos que os europeus levavam para a costa ocidental africana?

tecidos

cavalos

contasmel

trigo

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Em 1455-1456, as explorações mais para sul da costa ocidental africana recomeçam a cargo de particulares (ainda que sob autorização do Infante) e pela mão de estrangeiros.

Cadamosto e Uso di Mare, dois italianos, em 1455-1456 rompem com o período de acalmia nas viagens de exploração, sempre com o objectivo de encontrar mais mercados abastecedores de ouro e especiarias.

1456 – Diogo Gomes prossegue as explorações através do Rio Gâmbia, ou seja, segue para o interior do continente africano, atingindo Cantor - grande mercado nas margens do rio e sede de grande e movimentadas feiras, a meio caminho entre o litoral e os centros auríferos do interior.

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Tanto Cadamosto como Diogo Gomes vão registar por escrito as suas viagens, dando um importante contributo para o desenvolvimento da Literatura de Viagens.

Em 1460, o navegador Pedro de Sintra realiza a última viagem de exploração da costa ocidental africana seguindo ordens do infante D. Henrique. Nesse ano, o Infante morre encerrando-se, assim um dos momentos mais importantes das viagens de exploração levadas a cabo pelos europeus.

1460 – Pedro de Sintra chegou à Serra Leoa.