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Page 1: História do PCB
Page 2: História do PCB

O PCB foi fundado na abertura do seu 1°

Congresso, realizado entre 25 e 27 de março de 1922

(Rio de Janeiro e Niterói).

Nove delegados - Abílio de Nequete, Astrojildo

Pereira, Cristiano Cordeiro, Hermogêneo Silva, João

da Costa Pimenta, Joaquim Barbosa, José Elias da

Silva, Luís Peres e Manuel Cendón - representando 73

comunistas de Porto Alegre, Recife, São Paulo,

Cruzeiro, Niterói e Rio de Janeiro dão vida ao "Partido

Comunista, Seção Brasileira da Internacional

Comunista".

Cf. SEGATTO, J. A. (et al). PCB - Menória Fotográfica

1922-1982. 2ª ed. SP: Brasilense, 1982, p. 13.

Page 3: História do PCB

Eles eram poucos.

E nem puderam cantar muito alto a Internacional.

Naquela casa de Niterói em 1922.

Mas cantaram e fundaram o partido.

Eles eram apenas nove, o jornalista Atrogildo, o contador

Cordeiro, o gráfico Pimenta, o sapateiro José Elias, o

vassoureiro Luís Peres, os alfaiates Cendon e Barbosa, o

ferroviário Hermogênio.

E ainda o barbeiro Nequete, que citava Lênin a três por

dois.

Em todo o país eles eram mais de setenta.

Sabiam pouco de marxismo, mas tinham sede de justiça e

estavam dispostos a lutar por ela.

Faz sessenta anos que isso aconteceu, o PCB não se

tornou o maior partido do ocidente, nem mesmo do Brasil.

Mas quem contar a história de nosso povo e seus heróis

tem que falar dele.

Ou estará mentindo.

Ferreira Gullar

Page 4: História do PCB

A trajetória do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em

25 de março de 1922, é parte constitutiva da história do Brasil. Se, na

sua gênese, convergiram os ideais libertários do nascente proletariado,

no seu desenvolvimento e consolidação com a força e referencial

político foram sintetizados os processos de maturação do conjunto dos

trabalhadores e do melhor da cultura brasileira. Quando se tornou um

verdadeiro partido nacional de massas, no imediato pós-guerra, o PCB

revelou-se a instância de universalização de uma vontade política que

fundia o mundo do trabalho com o mundo cultural. Intelectuais do porte

de Astrojildo Pereira (um de seus fundadores), Caio Prado Jr., Graciliano

Ramos e Mário Schenberg vinculavam-se aos projetos sociocêntricos

que tinham nas camadas proletárias o sujeito real da intervenção social.

Se a história do PCB foi marcada por uma sistemática repressão,

que o compeliu à clandestinidade por mais da metade de sua existência

e que entregou ao povo brasileiro boa parte de seus maiores heróis do

século vinte, nem por isto o PCB foi um partido marginal. Ao contrário: da

década de vinte aos dias atuais, os comunistas, com seus acertos e

erros, mas especialmente com sua profunda ligação aos interesses

históricos das massas trabalhadoras brasileiras, participaram

ativamente da dinâmica sóciopolítica e cultural do país. Por isto mesmo,

resgatar a história do PCB é recuperar a memória de um Brasil

insurgente e comprovar que só pode fazer futuro quem tem lastro no

passado.

Os primeiros anos, que vão da fundação do Partido a 1930,

assinalam o esforço de criar no país uma cultura socialista e um modo

proletário de fazer política - recorde-se que, ao contrário de outros

países, o Brasil não teve, antes de 1922, qualquer experiência partidária

anti-capitalista de alguma significância (excetuada a pioneira ação dos

anarquistas, cujo protagonismo esgotou-se com a greve geral de 1917).

Nestes anos, realizando três congressos (o de fundação, em

1922, e os de 1925 e 1928/29) e já operando na clandestinidade, o PCB dá

conta da sua dupla tarefa: de um lado, traduz e divulga o Manifesto do

Partido Comunista e lança o jornal A Classe Operária; de outro, dinamiza

o movimento sindical com uma perspectiva classista e insere-se no

cenário da política institucional, através do Bloco Operário Camponês

(BOC).

Page 5: História do PCB

Em 1930, reconhecido pela Internacional Comunista e tendo

criado a sua Juventude Comunista, o PCB já multiplicou por quinze os 73

militantes de 1922.A década de trinta marca dois movimentos na

trajetória do PCB: o primeiro, até 1935, de fluxo; o segundo, até 1942, de

refluxo - ambos compreensíveis na moldura das transformações que a

sociedade brasileira vive com a chamada Revolução de 1930, que pôs

fim à Primeira República e abriu o ciclo varguista.

Mesmo sem um programa visível no processo que derrubou a

república oligárquica, o PCB logo se coloca como uma força política

importante nesta nova quadra da história brasileira: é a organização que

mais coerentemente enfrenta a maré-montante do integralismo,

simulacro nacional do fascismo que crescia no mundo. Já contando em

suas fileiras com o concurso de Luis Carlos Prestes - que haveria de se

tornar o seu dirigente mais conhecido - o PCB articula uma grande frente

nacional antifascista, propondo à sociedade um projeto de

desenvolvimento democrático, antiimperialista e anti-latinfundiário: o

Partido é o núcleo dinâmico da Aliança Nacional Libertadora (ANL) que,

posta na ilegalidade, promove a insurreição de novembro de 1935.

Derrotada a insurreição, abate-se sobre o país uma vaga

repressiva, que atinge o campo democrático, mas especialmente o PCB

que, até inícios dos anos quarenta, viverá os seus piores dias, inclusive

com prisões sucessivas de seu núcleo dirigente. Mas nem essa

duríssima clandestinidade impediu que os comunistas cumprissem com

seus compromissos, até mesmo os internacionalistas: o PCB não só

organizou a solidariedade à República Espanhola como, ainda, enviou

combatentes para as Brigadas Internacionais. As conjunturas nacional

e internacional (recorde-se a derrota fascista de Stalingrado)

favoreceram a ação dos democratas brasileiros na abertura dos anos

quarenta e, como força inserida no campo da democracia, os

comunistas têm então possibilidade de intervenção.

Page 6: História do PCB

Recuperando-se das perdas orgânicas dos anos imediatamente

anteriores, o PCB - que exigira a participação do Brasil na guerra contra

o nazi-facismo e orientara seus militantes a se incorporarem na Força

Expedicionária Brasileira (e muitos deles voltarão do campo de batalha

reconhecidos oficialmente como heróis) - se reestrutura, com a célebre

Conferência da Mantiqueira (agosto de 1943).

A partir dela, o Partido conquista espaços na vida política e,

quando da redemocratização, cujo marco é 1945, torna-se um partido

nacional de massas (200.000 filiados em 1947) conquistando então sua

plena legalidade, constitui significativa bancada parlamentar e é a

vanguarda democrática na Assembléia Nacional Constituinte.

Protagonista essencial dos processos políticos, o PCB

centraliza o movimento sindical classista, cria uma notável estrutura

editorial e jornalística e empolga a intelectualidade democrática. Mas

este movimento de afirmação política é brutalmente interrompido pela

Guerra Fria: entre 1947 e 1948, o Partido é posto na ilegalidade e

perseguido.

Compelido à clandestinidade, o PCB responde à truculência do

governo do Marechal Dutra com um política estreita e sectária

(expressa nos Manifestos de 1948 e 1950), o que conduz os comunistas a

um profundo isolamento, além de dar início à luta interna entre as

facções partidárias. As tensões explodem em 1956, com o impacto do

XX Congresso do PCUS: a denúncia do chamado "culto à personalidade

de Stalin" cataliza, no interior do PCB, a emersão de divergências e

conflitos reprimidos por uma década.

Page 7: História do PCB

A luta interna que se seguiu ao impacto causado pelo XX

Congresso do PCUS (na qual, além de um número expressivo de

militantes, o PCB perdeu importantes dirigentes e quadros intelectuais)

começou a se definir em março de 1958, quando se divulga a Declaração

Política que propõe uma nova perspectiva política para a ação dos

comunistas.

A Declaração de Março vincula a conquista do socialismo à

ampliação dos espaços democráticos e formula uma estratégia de longo

prazo.

O V Congresso do PCB (setembro de 1960) consolida esta

orientação e põe como tarefa imediata a conquista da legalidade, para o

que o Partido se adeqüa juridicamente (inclusive com a mudança de sua

designação de Partido Comunista do Brasil para Partido Comunista

Brasileiro). Posteriormente, o nome Partido Comunista do Brasil, com a

sigla PCdoB, seria restaurado por dirigentes e militantes comunistas

que saíram do Partido e criaram em fevereiro de 1962, uma outra

organização, que haveria de se vincular sucessivamente, ao maoísmo e

ao hoxismo.

Com a nova orientação, o PCB experimenta grande crescimento

e, renovando amplamente o seu contingente de militantes, passa a

exercer papel hegemônico na intelectualidade de esquerda e,

principalmente, aumenta sua influência no movimento sindical,

articulando alianças amplas e flexíveis, que se mostraram eficazes em

certas conjunturas políticas difíceis como, por exemplo, a posse de

João Goulart, em setembro de 1961. Contudo, muitas vezes, estas

alianças, justamente por sua amplitude, colocaram o Partido a reboque

do interesse de outras classes, fragilizando seu papel de vanguarda

política.

Foi neste sentido que o golpe de abril de 1964 não encontrou nem

as forças democráticas, nem o Partido em condições de resistência

imediata, sendo imposto ao PCB mais um duro período de

clandestinidade.

Page 8: História do PCB

A brutal repressão que se seguiu ao golpe de 1964, afetando o

conjunto das forças democráticas, atingiu fortemente o PCB. O Partido,

porém, logo se recompôs e definiu uma linha de ação anti-ditatorial

centrada na recusa de quaisquer propostas que não envolvessem ações

políticas de massas.

Esta recusa ao foquismo e às várias formas de intervenção

armada e de esquerdismo custou ao PCB a perda de importantes

dirigentes, entre eles, Carlos Marighela, Mário Alves, Jacob Gorender e

Apolônio de Carvalho. Esta orientação foi ratificada no VI Congresso que

o PCB realizou em dezembro de 1967, numa vitória contra a ditadura.

Os anos seguintes, balizados pela fascistização do regime

ditatorial (principalmente a partir do Ato Institucional no 5 , de dezembro

de 1968), marcaram, paradoxalmente, a comprovação do acerto da

estratégia política do PCB e sua vulnerabilidade orgânica à repressão.

Ao mesmo tempo em que a combinação da ação política clandestina

com a utilização dos espaços legais (especialmente através da atuação

no interior do MDB) revelava-se a forma correta de isolar o regime

ditatorial, o PCB era violentamente golpeado.

Entre 1973 e 1975 um terço de seu Comitê Central foi

assassinado pela repressão e milhares de militantes submetidos à

tortura, alguns até a morte, entre os quais o jornalista Vladimir Herzog e

o operário Manuel Fiel Filho.

Nem por isto, os comunistas deixaram de intervir ativamente na

vida brasileira, mesmo tendo a maioria da sua direção exilada,

desenvolvendo uma política que privilegiava a unidade das forças

democráticas. Assim, com a conquista da anistia, que fazia parte do

programa do PCB desde o VI Congresso (1967), em setembro de 1979, o

retorno de dirigentes e militantes que estavam no exterior e a volta à

vida social de quadros que estavam na clandestinidade, foram um

elemento central na dinamização da luta contra a ditadura em sua crise

evidente.

Page 9: História do PCB

Reestruturando-se em todo o país desde 1979, o PCB realizou,

em dezembro de 1982, o seu VII Congresso, que formulou uma linha

política para as novas condições da sociedade, sob o título "Uma

alternativa democrática para a crise brasileira". O PCB atualizava o seu

projeto de tornar-se um partido nacional de massas vinculando

organicamente o objetivo socialista a um democracia de massas a ser

construída no respeito ao pluralismo e nos valores fundamentais da

liberdade.

Entretanto, o Partido, no encaminhamento deste Congresso, viu-

se mais uma vez engolfado por lutas internas de graves conseqüências.

Por um lado, o eurocomunismo havia construído sólidas bases no

pensamento partidário. Embora não contassem com grande número de

militantes e dirigentes que se assumissem como tal, as formulações

centrais do eurocomunismo permeavam todas as teses congressuais.

Por outro lado, o grupo liderado por Luiz Carlos Prestes, divergindo da

orientação da maioria do Comitê Central, rompe com o Partido após

inúmeros embates que vinham se acirrando desde o exílio.

Devido às divergências internas e ao fato de o Congresso não ter

terminado, tendo sido invadido pelas forças de repressão, o Comitê

Central somente no ano de 1984 consegue publicar o documento final de

“Uma Alternativa Democrática para a crise brasileira”. O documento

aprovado é permeado de contradições geradas pela tentativa de

contemplar as principais facções e amortecer, por alguns anos, uma

possível fragmentação partidária.

Mesmo assim, tendo como Secretário Geral Giocondo Dias, o

Partido alcançou ganhos na cena política, apesar de muito enfraquecido

no interior dos movimentos sociais (especialmente no interior do

movimento operário, no qual sua política de conciliação de classes viu-

se amplamente questionada). Esta débil inserção nos movimentos

sociais acabaria por fragilizar a intervenção política do PCB, apesar da

sua relevância nas articulações institucionais da esquerda e do campo

democrático. Assim, no decurso da derrota da ditadura e da transição

democrática, o Partido não se afirmou como organização de massas.

Page 10: História do PCB

O VIII Congresso (Extraordinário), já realizado sob condições de

legalidade, em julho de 1987, não fez avançar o PCB: importantes

questões táticas (por exemplo, a ação sindical e a política de aliança) e

estratégicas (o próprio formato da organização partidária, a concepção

de um caminho brasileiro para o socialismo) não foram efetivamente

equacionadas.

Uma crise velada atingia o conjunto partidário, expressa na

estagnação do contingente de militantes, na perda de inserção no

movimento sindical, na pobreza dos resultados eleitorais e na

ineficiência dos instrumentos partidários, como o semanário Voz da

Unidade e todas as publicações da Editora Novos Rumos, que não eram

legitimados pela militância.

O IX Congresso (1991), levado a cabo na seqüência da queda do

Muro de Berlim, mostrou o Partido dividido, desde o Comitê Central até

as bases, entre aqueles que desejavam capitular frente à ofensiva

neoliberal e adaptar-se ao novo ciclo de hegemonia burguesa e aqueles

que propugnavam a reconstrução revolucionária do Partido. Já neste

processo, os liquidacionistas pretendiam mudar o nome e o caráter

marxista-leninista do Partido, sendo impedidos de fazê-lo pela enorme

resistência de alguns dirigentes e das bases partidárias.

A crise explode no X Congresso extraordinário (janeiro de 1992 -

São Paulo/SP), montado com o único intuito de, finalmente, levar a cabo

as propostas liquidacionistas. O embate se dá entre uma maioria

numérica forjada, da qual participavam não-filiados ao PCB e membros

de outros partidos, e os militantes do Movimento Nacional em Defesa do

PCB, isto é, entre os que criam o Partido Popular Socialista - PPS e

aqueles que reclamam a continuidade do PCB.

No mesmo instante em que a maioria forjada votava pela

liqüidação do Partido, os militantes do Movimento Nacional em Defesa

do PCB, após exporem sua decisão e objetivo na abertura do espúrio X

Congresso se retiram em passeata até o Colégio Estadual Roosevelt. Ali,

foi realizada a Conferência Extraordinária de Reorganização do PCB,

que decidiu, por aclamação, pela continuidade do Partido, com

manutenção do seu nome e sigla históricos, prosseguindo na luta pelo

socialismo.

Page 11: História do PCB

A luta pela existência do PCB se deu em várias frentes: na luta de

massas e no nível legal e institucional. Os militantes mantiveram vivo o

Partido nos movimentos de massa, afirmando nos espaços de luta

popular a reconstrução revolucionária do PCB. Na Justiça Eleitoral, foi

travado um embate de mais de um ano pelo direito ao uso da sigla

histórica. Ao final da disputa legal, a sentença do então ministro do TSE,

Sepúlveda Pertence, deixou claro que a sigla PCB e seu símbolo só

poderiam pertencer a quem de fato se afirmava herdeiro do legado

político e histórico do Partido.

A próxima tarefa que se impôs aos militantes comunistas foi a

batalha pela legalização e registro definitivo do PCB. A campanha de

filiação para atender às rigorosas exigências do TSE - a filiação em 20%

dos municípios de 9 estados - começou em 1994. Foram exigidos

tremendos sacrifícios da direção e da militância, tanto em nível pessoal

quanto financeiro, mas foi completada com êxito no final de 1995.

Embora fosse árduo o esforço pela legalização, não foi a

campanha de filiação a única atividade do PCB neste período. Iniciou-se

a reorganização do Partido nos movimentos de massa, especialmente

nos movimentos estudantil e sindical. Neste período, para definir nova

linha política e o caráter do Partido, foram realizados uma Conferência

Política Nacional (1995) e dois Congressos: o X Congresso (1993) e o XI

Congresso (1996). Estes ricos processos de debates da militância

partidária, afastaram de vez qualquer formulação reformista, e

enfatizaram o caráter revolucionário do PCB. Retomaram o conceito de

centralismo democrático, de acordo com suas origens, e reafirmaram o

caráter marxista-leninista do Partido.

Nos últimos anos tem se intensificado o trabalho de

estruturação interna do Partido e sua inserção nos movimentos de

massa. Através, principalmente do movimento sindical e estudantil e da

participação nas entidades representativas, o Partido afirma a

centralidade do trabalho, e a necessidade da revolução social. É através

deste trabalho, também, que o partido vem recrutando e formando

novos militantes e formulando sua intervenção junto às massas.No mês

de abril de 2000 realizou-se o XII Congresso. Além de aprofundar sua

Page 12: História do PCB

leitura sobre a conjuntura política nacional e internacional, e formular a

sua atuação política, os comunistas do PCB avançaram em outras

questões que se colocam para a sociedade no enfrentamento à

exploração capitalista. A construção de uma frente das esquerdas em

um projeto de confronto ao neoliberalismo e a unidade dos comunistas

no Brasil, foram importantes resoluções aprovadas pelo Congresso. A

consolidação da política de organização leninista foi concretizada na

aprovação do novo estatuto partidário.

Em março de 2005, o PCB realizou seu XIII Congresso e reforçou

a compreensão de que a "revolução socialista é um processo histórico

complexo", isto é, que o "triunfo do Socialismo não é um fato que

acontecerá de forma natural ou inexorável, como afirmam algumas

leituras mecanicistas da obra de Marx, mas sim uma possibilidade

histórica que deve ser construída".

Na entrada do novo milênio e nove décadas de existência, o

Partido Comunista Brasileiro fortalecido das tradições e da luta dos

comunistas em todo o mundo, reafirma a necessidade histórica de

superação do capitalismo, que se dará apenas pela libertação das

classes trabalhadoras, na perspectiva do socialismo rumo à sociedade

comunista.