história do paraná

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HISTÓRIA DO PARANÁ Segundo a interpretação dos espanhóis, o Tratado de Tordesilhas (assinado em 1494), atingia a região de Iguape (SP). Porém os portugueses afirmavam que a linha passava por Laguna (SC). Somente essa informação nos dá uma idéia de como era a situação das fronteiras da América espanhola e

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Page 1: História do paraná

HISTÓRIA DO PARANÁ Segundo a interpretação dos

espanhóis, o Tratado de Tordesilhas (assinado em 1494), atingia a região de Iguape (SP). Porém os portugueses afirmavam que a linha passava por Laguna (SC).

Somente essa informação já nos dá uma idéia de como era a situação das fronteiras da América espanhola e portuguesa.

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TRATADO DE TORDESILHAS 1494

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A história do Paraná no século XVI, resume-se a uma série de expedições de reconhecimento, empreendidas tanto por portugueses quanto por espanhóis.

Embora algumas leis proibissem o cativeiro de índigenas,e o Papa pessoalmente condenasse o apresamento de índios, essa era a principal atividade econômica do Paraná nesse período.

A ocupação do Paraná só se inicia de fato no final do século XVI.

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Com o Tratado de Tordesilhas, a região que pertencia a Portugal restringia-se a uma minúscula parcela do estado do Paraná, porém os habitantes de São Paulo de Piratininga, constantemente desrespeitavam as fronteiras e invadiam o território pertencente a Espanha em busca de drogas do sertão, metais preciosos e apresamento de indígenas para utilização como mão-de-obra escrava.

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Representação de um Bandeirante Paulista

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REPRESENTAÇÕES DE BANDEIRANTES

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PRESENÇA ESPANHOLA NO PARANÁ Embora os espanhóis se mostrassem muito

mais interessados nas jazidas de ouro e prata do México e Peru, ocorreram também inúmeros exemplos de presença espanhola no território paranaense.

Em 1541, o “adelantado” Dom Álvãr Nuñez Cabeza de Vaca, governador da província do Paraguay, partiu do litoral catarinense e cortou o território do Paraná até alcançar Assunção. Seu objetivo era tomar posse da porção sul da América Espanhola.

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CAMINHO DE PEABIRU

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Um dos principais objetivos dos espanhóis em terras paranaenses era tomar posse do caminho de Peabiru (Caminho de Grama Amassada), uma importante via que ligava o oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, partindo de São Vicente, passando por todo o interior do estado do Paraná, Paraguai, Cordilheira dos Andes, etc.

Utilizando-se do Peabiru, os Espanhóis atingem a região de Guaíra e fundam a Ciudad Real de Guayrá, que tinha como função diminuir o ímpeto colonizador dos portugueses na região.

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Além de Guayrá, os espanhóis fundam também, às margens do Rio Paraná, Vila Rica do Espírito Santo, após a União Ibérica em 1580, Vila Rica é transferida para a margem do Rio Ivaí, atualmente município de Fênix.

Com o surgimento da União Ibérica, Portugal e Espanha passam a ter um só monarca, e o tratado de Tordesilhas perde sua função, possibilitando assim novas incursões de Bandeirantes em busca de riquezas e índios no território do atual Paraná.

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DON ALVAR NUÑEZ CABEZA DE VACA, PROVAVELMENTE O PRIMEIRO EUROPEU A CONHECER AS CATARATAS DO IGUAÇU

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Presença Portuguesa no Paraná Desde o meados do século XVI,

portugueses já se aventuravam em território paranaense em busca de metais preciosos e índios. O grau de informações a respeito do “sertão do Paraná”, era tão pequeno que os portugueses acreditavam que poderiam facilmente chegar às regiões produtoras de prata no Peru, somente atravessando alguns quilômetros além da Serra do Mar

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Em 1532, organizou-se uma expedição chefiada por Pero Lobo, com o objetivo de passar pela Serra do Mar e alcançar o Peru. O que se sabe a respeito da Expedição de Pero Lobo, é que ele e seus homens foram massacrados pelos índios Carijós.

Por volta de 1580, após inúmeras incursões pelo território paranaense, descobre-se ouro de aluvião em Cananéia, próximo a Paranaguá.

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Os bandeirantes paulistas iniciaram a conquista de missões jeuíticas a partir de meados do século XVII.

Em 1631, Raposo atacou as missões jesuíticas e aprisionou milhares de índios aldeados, levando-os para São Vicente.

Em 1631, os vicentinos destruíram Ciudad Real del Guairá e Villa Rica del Espiritu Santo, que foram abandonadas pelos habitantes. Sem condições de resistir aos ataques dos bandeirantes vicentinos, os jesuítas espanhóis resolveram abandonar o Guairá, e migraram para regiões mais distantes com os indígenas que restaram.

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Tropeirismo Para atender às necessidades de

alimentação e transporte dos mineradores das Minas Gerais, ocorreu uma grande procura de vacas, cavalos e mulas. Por volta de 1720, os paulistas começaram a buscar o gado do Rio Grande do Sul. Alguns anos depois, foi aberto o caminho Viamão-Sorocaba, que tinha como principal objetivo viabilizar o transporte de animais para o sudeste.

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como conseqüência da expansão dos currais de gado, nasceram então as cidades dos campos: Castro, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Guarapuava e Palmas, todas do século XIX

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A erva-mate, responsável por um dos mais longos e produtivos ciclos econômicos da história paranaense, teve seu apogeu, no século XIX. O Paraná era a quinta Comarca da Província de São Paulo, da qual dependia e sofria influência nos negócios internos. Com o início do ciclo do mate, surgiu uma atividade com técnicas que os paulistas desconheciam, fugindo-lhes das mãos o controle da florescente indústria.

O mate foi o grande argumento de ordem econômica e o principal responsável pela Emancipação Política do Paraná, concretizada a 19 de dezembro de 1853.

Impusionado pela economia do mate, que chegou a representar 85 por cento da economia da nova província, instalaram-se indústrias: em 1853 existiam 90 engenhos de beneficiamento de mate; surgiram cidades como Guaíra, desbravada e colonizada pela Companhia Matte Laranjeira S. A., Rio Negro que abrigava uma burguesia ervateira abastada e influente e tantos outros centros urbanos que evoluíram de portos fluviais como União da Vitória, Porto Amazonas e São Mateus do Sul. Foi graças a este ciclo, que os transportes tiveram grande impulso: desenvolveu-se a navegação fluvial no rio Iguaçu; construiu-se a Estrada da Graciosa e a Ferrovia Curitiba-Paranaguá, concluída em tempo recorde de apenas cinco anos.A erva mate manteve sua importância até a segunda guerra mundial quando começou a sofrer concorrência de outras culturas como o café e posteriormente o milho e a soja

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Estrada de ferro Curitiba - Paranaguá

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Emancipação Política Em 29 de agosto de 1853, foi aprovado o projeto de

criação da província do Paraná por força da lei imperial nº 704, assinada por Dom Pedro II. Embora a lei tivesse sido aprovada, o fato é que a Emancipação política do Paraná ainda demorou quatro meses para se concretizar. Como resultado de lei imperial, em 19 de dezembro de 1853, a província do Paraná separou-se da de São Paulo, deixando de ser a 5ª Comarca de São Paulo. Curitiba foi escolhida como capital da nova província e, na mesma data da emancipação política da província, chegou à capital Zacarias de Góis e Vasconcelos, o primeiro presidente do Paraná, que logo declarou que todos os seus problemas de administração poderiam ser resumidos em um só: povoar um território de 200.000 km² que contava com apenas 60.626 hab.

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Zacarias Góis de Vasconcelos, o primeiro presidente da província do Paraná

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Cerco da Lapa A Revolução Federalista, que pretendia depor

Floriano Peixoto, e o então governador do Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos

alastrou-se pelo sul do país e repercutiu no Paraná. Em 1894, os federalistas reuniram-se aos contingentes da Revolta da Armada, que rumaram para o sul e tomaram Curitiba, Tijucas do Sul, Lapa, Paranaguá e Antonina. Numerosos combates foram travados no Paraná entre os revoltosos e as forças legalistas, que sufocaram as duas revoltas.

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Tropas Federalistas no Cerco da Lapa

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Guerra do Contestado Em 1912, iniciou-se a Guerra do Contestado,

um movimento armado que opôs os habitantes pobres da região situada entre os rios Uruguai, Pelotas, Iguaçu e Negro às forças oficiais. Os rebeldes eram liderados por José Maria de Santo Agostinho, um curandeiro tido por santo. Além disso, a região era disputada por Santa Catarina e pelo Paraná, daí o nome de Contestado. As divergências entre os dois Estados e a luta dos sertanejos só terminaram em 1916.

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O Paraná na Revolução de 1930 Deflagrada a revolução em outubro de 1930, já no dia 5 do mesmo mês

seus partidários, com apoio de forças militares, apossaram-se do governo estadual paranaense, instalaram um governo provisório e substituíram as autoridades no interior. As finanças públicas estavam em completo desequilíbrio e a economia em crise. Havia ainda a grave questão das terras devolutas do estado. O general Mário Tourinho, primeiro interventor, foi substituído no governo por Manuel Ribas. Este, eleito em 1935, foi confirmado como interventor pelo Estado Novo, em 1937, e permaneceu no cargo até 1945.

Na década de 1960, todas as terras do Paraná já estavam ocupadas, mas, em seu processo de ocupação, a par do colono que comprava um ou mais lotes, surgiu também a figura do "posseiro", que tendia a se instalar no terreno que julgava do estado ou sem dono. Passou a ocorrer também a venda múltipla, a compra do "não dono" e a "grilagem" em grande escala. Assim, a época foi também de conflitos e lutas agrárias, que se prolongaram por toda a segunda metade do século XX.

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Levante de 1957 no Sudoeste Paranaense Origens do conflito e seu desfecho.           Na década de 1920, foram concedidos aproximadamente quinhentos mil hectares de

terras devolutas à Brazil Railway Company, como uma contrapartida pela construção de uma ferrovia entre Ponta Grossa e Guarapuava ficando a companhia também obrigada a colonizar a região, o que não esta empresa não cumpriu. Na revolução de 1930, os vitoriosos sob o comando do Major Tourinho contestou a concessão à South Brazilian Railway Company e anulou os títulos de terra dados a ela. Mas a questão da propriedade da terra entre o Estado e a companhia ficou sob júdice.           Em 1943, o governo do Paraná criou a CANGO (Colônia Agrícola Nacional General Osório), colonizadora que atraiu para o sudoeste milhares de gaúchos e catarinenses, muitos vieram por conta própria como posseiros sem vínculo com a CANGO. Mas a CANGO, não pode conceder-lhes os títulos da terra que estava em juízo.       Posteriormente, a CANGO foi vendida a uma outra empresa colonizadora, a CITLA (Clevelândia Industrial Territorial Ltda), o que provocou uma nova revolta agrária que teve em Francisco Beltrão e Santo Antônio do Sudoeste seu desfecho.

Somente com a criação do Grupo Executivo para as Terras do Sudoeste Paranaense em 1962 (GETSOP) por Jango é que os colonos ganharam definitivamente o título de suas terras. Jango desapropriou definitivamente as companhias colonizadoras e o (GETSOP) legalizou 56.917 lotes numa área de 545 mil hectares.

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OCUPAÇÃO DO “NORTE VELHO” O NORTE PIONEIRO, TAMBÉM CHAMADO NORTE

VELHO FOI OCUPADO NO SÉCULO XIX, GRAÇAS A LAVOURA CAFEEIRA.

* BASEOU-SE NA GRANDE PROPRIEDADE RURAL

* BOA PARTE DESSA POPULAÇÃO ERA COMPOSTA POR MINEIROS E PAULISTAS

* SURGIMENTO DE TOMAZINA, SANTO ANTONIO DA PLATINA, CORNÉLIO PROCÓPIO

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COLONIZAÇÃO DO NORTE NOVO (NOROESTE) O NORTE NOVO: OCUPADO PELA AÇÃO DA CTNP, DEPOIS CMNP NO FINAL

DOS ANOS 20 DO SÉCULO XX

* SUA OCUPAÇÃO É CARACTERIZADA PELA PEQUENA PROPRIEDADE, PELO SURGIMENTO DE CIDADES PLANEJADAS

* A POPULAÇÃO FOI COMPOSTA POR PAULISTAS, MINEIROS, NORDESTINOS E IMIGRANTES

* ESSE FOI UM MODELO ÚNICO DE COLONIZAÇÃO E DEU ORIGEM A UM POLO ECONÔMICO DINÂMICO E A GRANDES CENTROS URBANOS

* SURGIMENTO DE LONDRINA, MARINGÁ, CIANORTE E UMUARAMA, FUNDADAS PELA COMPANHIA DE TERRAS DO NORTE DO PARANÁ CTNP (POSTERIORMENTE REBATIZADA COM O NOME DE COMPANHIA MELHORAMENTOS DO NORTE DO PARANÁ CMNP).

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PARANÁ PLANTATION Companhia Melhoramentos Norte do Paraná é derivada da

antiga Parana Plantations, uma empresa de capital britânico à qual foi concedida o direito de parcelamento e venda de terras sobre uma extensa regiao que vai de Jataizinho a Umuarama. Em troca, esta companhia deveria prolongar a estrada de ferro ao longo desta area. Seguindo o modelo inglês de parcelamento rural, a companhia foi abrindo a ferrovia ao longo da região norte/noroeste do paraná e fundando cidades a cada 10 ou 15 quilometros. Assim, entre os nomes indigenas escolhidos como Apucarana, Arapongas, Cambé, Ibiporã, Jandaia, Tapejara, Umuarama e outros, sobressaem os nomes de inspiraçao inglesa como Londrina, Rolândia, Cianorte e Lovat (atual Mandaguari).

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Mapa da Cidade de Maringá

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Primeiro Hotel de Maringá Imagem do Jardim Alvorada

Avenida Brasil Maringá Velho