história do cangaço

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O QUE FOI O CANGAÇO?

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Page 1: História do cangaço

O QUE FOI O CANGAÇO?

Page 2: História do cangaço

O Cangaço foi um movimento originado no nordeste

brasileiro. Ocorreu em meados de XIX até o século XX.

Aconteceu por questões sociais e fundiárias do Nordeste,

onde grupos ou indivíduos que assaltavam fazendas,

sequestravam coronéis que eram grandes fazendeiros,

saqueavam comboios e armazéns. Eles não tinham uma

moradia certa, e viviam andando por aí praticando esses

crimes e espalhando medo pelo sertão nordestino. Aqueles

que respeitavam e obedeciam as ordens dos cangaceiros não

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eram prejudicados e muitas vezes eram até ajudados.Atitudes

assim faziam com que eles fossem respeitados e até mesmo

admirados por parte da população. Podemos então, entender o

Cangaço como um fenômeno social caracterizado pela atitude

violenta dos cangaceiros.

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ORIGEM DO TERMO CANGAÇEIRO

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Cangaceiro em suas origem, faz referência a palavra

"canga", que era uma peça de madeira geralmete colcadas em

muares ou animais de transporte. u seja, o nome faz uma

alusão aos utensílios que eles traziam em seu corpo. Além

disso, a idéia de que cangaceiro era um herói é meio

precipitada pois havia alguns deles que prestava serviço a

chefes políticos locais. Eles matavam os inimigos políticos da

sua região.

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Os cangaceiros também usavam roupas e chapéus de

couro, pois andavam muito pela catinga. Este tipo de

vegetação possui muitos espinhos e esta roupa fornecia

proteção aos cangaceiros. Eles conseguiam fugir das

autoridades pois conheciam muito bem a região da caatinga.

Sabia como sobreviver lá, aonde conseguir água, plantas

medicinais, etc. Exemplos de Cangaceiros bem famosos são :

Lampião, Antônio Silvino e Corisco.

Postado por Gabriela Cadore e Mateus de Jesus às 16:09

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O PAPEL DA MULHER NO BANDO DOS

CAGACEIROS

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O papel das mulheres foi muito importante. Até 1928

Lampião não aceitava mulheres no bando, mas quando

conheceu Maria Bonita mudou sua opinião e permitiu outras

mulheres ali. Há quem diz que Lampião começou a perder

terreno por causa das mulheres, pois na hora de fugir elas

ficavam pra trás limpando o acampamento. Era uma visão

machista sobre as mulheres...Na realidade elas não tinham

uma função específica. Interessante é que elas não

cozinhavam, era tão poucas no grupo que foram excluídas

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deste trabalho. Cada dia um cozinhava. Outra coisa é que as

mulheres não costuravam. Haviam grandes costureiros no

grupo, um deles bem famoso chamado Luiz Pedro que morreu

depois de tentar fugir. Não havia machismo no grupo dos

cangaceiros, a não ser quando havia infidelidade . As

mulheres não carregavam nenhum punhal nem fuzil, apenas

pistolas automáticas. Elas era muito jovens e várias tiveram

filhos durante esse período. Na foto ao lado, Maria Bonita,

mulher de Lampião.

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O FERRADOR DE GENTE

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Havia um negro no grupo de Lampião chamado Zé

Baiano, um sujeito feroz, encarregado de ferrar as mulheres.

Todas as mulheres de quem Lampião queria se vingar, por um

motivo ou outro, ou quando um qualquer pagava para

Lampião se vingar, essa mulher era aprisionada e entregue ao

Zé Baiano, e ele tinha um ferro daqueles de ferrar boi e

ferrava, na face, essas mulheres. E esse Zé Baiano, com toda

sua ferocidade tinha uma amante e era conhecido,

principalmente, pela volante, pela ternura com que tratava a

Page 12: História do cangaço

amante, servindo comida para ela na boca. Então, é um

negócio freudiano; assim, podemos ver como certas sutilezas

sexuais acontecem até entre os machões cangaceiros. O Zé

Baiano, que era esse feroz ferrador, e a amante dele, eles

simulavam algumas brigas em que a mulher dele se fingia

muito raivosa e o atacava com o chicote e o chicoteava na

frente dos cangaceiros e ele chorava e gemia pelo chão.

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VIRGULINO FERREIRA DA SILVA

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Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como

Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda

dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada,

no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família

de oito irmãos. Em 1915, acusou um empregado do vizinho

José Saturnino de roubar bodes de sua propriedade. Começou,

então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos

depois, Virgulino e dois irmãos se tornaram bandidos.

Page 15: História do cangaço

Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos Ferreira

passaram a ser perseguidos pela polícia e fugiram da fazenda.

A mãe de Virgulino morreu durante a fuga e, em seguida,

num tiroteio, os policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino

jurou vingança. Ele formou seu bando e virou Cangaceiro.

Grande estrategista militar, Lampião sempre saía vencedor

nas lutas com a polícia, pois atacava sempre de surpresa e

fugia para esconderijos no meio da caatinga, onde

acampavam por vários dias até o próximo ataque. Apesar de

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perseguido, Lampião e seu bando foram convocados para

combater a Coluna Prestes, marcha de militares rebelados. O

governo se juntou ao cangaceiro em 1926, lhe forneceu fardas

e fuzis automáticos. Lampião morreu no dia 28 de julho de

1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. Os trinta homens e

cinco mulheres estavam começando a se levantar, quando foi

vítima de uma emboscada de uma tropa de 48 policiais de

Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra. O combate

durou somente 10 minutos. Os policiais tinham a vantagem de

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quatro metralhadoras Hotkiss. Lampião, Maria Bonita e nove

cangaceiros foram mortos e tiveram suas cabeças cortadas.

Maria foi degolada viva. Os outros conseguiram escapar.

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A IMAGEM DOS CANGACEIROS PARA O POVO

NORDESTINO

A mesma falta de consciência social que o cangaceiro

tinha, o povo do sertão também tinha. Então, via no

cangaceiro um sujeito poderoso, um homem forte que

enfrentava a vida, que lutava e que vencia, e muitas mulheres,

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principalmente as mocinhas, se apaixonavam por esses tipos e

acabavam entrando no Cangaço para seguir seus heróis e

passavam a ser cangaceiras e assumiam o mesmo nível e

ritmo de vida deles, inclusive as mulheres tiveram muita

influência no Cangaço. Uma das mulheres que mais

influência teve no Cangaço é a Dadá, mulher de Corisco, que

ainda está viva, dá muita entrevista. Os depoimentos que

existem sobre ela, apresentam-na como uma mulher de muita

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maldade e que influenciava muito no Corisco no sentido de

cometer várias estripulias das que ele cometeu.

Por outro lado, existiam mulheres que eram

apaziguadoras, como Maria Bonita, que continha muito

Lampião e salvou a vida de muita gente.

A grande maioria entrava para o Cangaço de vontade

própria, porque se apaixonava pela figura do herói cangaceiro.