história do brasil - pré-vestibular - 1828 - revolta dos mercenários

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Conflitos na História do Brasil - Império - Primeiro Reinado Revolta dos Mercenários: 1828 A Revolta dos Mercenários constitui-se numa sublevação militar ocorrida no Brasil, sob o governo de D. Pedro I (1822-1831). Episódio pouco conhecido na História do Brasil, inscreve-se no contexto da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (1825-1828), da qual resultou a independência da República Oriental do Uruguai (27 de Agosto de 1828). Em junho de 1828, por três dias, a população da Corte (a cidade do Rio de Janeiro) viveu sobressaltada pela sublevação de três batalhões estrangeiros que serviam ao Império do Brasil desde a independência (1822). Reprimida a sedição com o auxílio da população, os batalhões de tropas de mercenários foram dissolvidos e a maior parte de seus integrantes, deportada. Ao que tudo indica, a revolta deveu-se ao não cumprimento, por parte da coroa, de pagamento aos mercenários, conforme acordado. Sergio Corrêa da Costa, em seu livro, Brasil, segredo de Estado, associa tal revolta a um complô envolvendo Manoel Dorrego, governador de Buenos Aires, e os alemães Federico Bauer e Antonio Martín Thym, cujo objetivo visava sequestrar e mesmo matar Pedro I, bem como a independência de Santa Catarina (pp. 17-39).

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Page 1: História do Brasil - Pré-Vestibular - 1828 - Revolta dos Mercenários

Conflitos na História do Brasil - Império -

Primeiro Reinado

Revolta dos Mercenários: 1828 A Revolta dos Mercenários constitui-se numa sublevação militar ocorrida no Brasil, sob o governo de D. Pedro I (1822-1831). Episódio pouco conhecido na História do Brasil, inscreve-se no contexto da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (1825-1828), da qual resultou a independência da República Oriental do Uruguai (27 de Agosto de 1828). Em junho de 1828, por três dias, a população da Corte (a cidade do Rio de Janeiro) viveu sobressaltada pela sublevação de três batalhões estrangeiros que serviam ao Império do Brasil desde a independência (1822). Reprimida a sedição com o auxílio da população, os batalhões de tropas de mercenários foram dissolvidos e a maior parte de seus integrantes, deportada. Ao que tudo indica, a revolta deveu-se ao não cumprimento, por parte da coroa, de pagamento aos mercenários, conforme acordado. Sergio Corrêa da Costa, em seu livro, Brasil, segredo de Estado, associa tal revolta a um complô envolvendo Manoel Dorrego, governador de Buenos Aires, e os alemães Federico Bauer e Antonio Martín Thym, cujo objetivo visava sequestrar e mesmo matar Pedro I, bem como a independência de Santa Catarina (pp. 17-39).