história do brasil por boris...

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A TV Escola leva até a sua sala de aula os melhores documentários e séries de conteúdo educativo. Acompanhe nossa programação no Canal 123 da Embratel, no Canal 112 da SKY, no Canal 694 da Telefônica TV Digital ou gratuitamente sintonizando sua antena parabólica: analógica - Hor /Freq. 3770 e digital banda C Vert /Freq. 3965 Na internet acesse http://tvescola.mec.gov.br e assista ao vivo, 24 horas. História do Brasil por Boris Fausto Resumo Quem conta um conto, aumenta um ponto. Esse ditado popular brasileiro de certa forma se aplica também quando o que se conta é a própria história do nosso país (e também do mundo). Isso quer dizer que os historiadores inventam? Aumentam? Distorcem? Não! Não fazem isso... Ao menos não os historiadores rigorosos e dignos dessa denominação. Mas os historiadores fazem opções, escolhem caminhos, selecionam (ou descartam) fontes de informações, tem mais ou menos acesso a documentos históricos. Enfim, a vida, como já bem o disse Caetano Veloso, “é sempre vista de viés”. E a história também. Tudo depende da interpretação, embora nem tudo seja possível de ser interpretado de duas formas muito diversas. E é isso que podemos aprender um pouco assistindo à série História do Brasil por Boris Fausto. A visão do historiador, no caso Boris Fausto, está sempre presente: seja na seleção de quais momentos merecem maior destaque, seja nas conclusões a que chega. E quando se trata de resenhar toda a história do Brasil, como faz Boris Fausto, isso não é apenas necessário: é fundamental. Caso contrário o historiador se perderia em minúcias. O que talvez comprometesse (ou até mesmo inviabilizasse) o seu trabalho de busca por reconstruir os processos históricos a que se propôs analisar e estudar.

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A TV Escola leva até a sua sala de aula os melhores documentários e

séries de conteúdo educativo. Acompanhe nossa programação no Canal 123 da Embratel, no Canal 112 da SKY, no Canal 694 da Telefônica TV Digital ou gratuitamente sintonizando sua antena parabólica: analógica - Hor /Freq. 3770 e digital banda C Vert

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horas.

História do Brasil por Boris Fausto

Resumo

Quem conta um conto, aumenta um ponto. Esse ditado popular brasileiro de certa

forma se aplica também quando o que se conta é a própria história do nosso país (e também

do mundo).

Isso quer dizer que os historiadores inventam? Aumentam? Distorcem? Não! Não

fazem isso... Ao menos não os historiadores rigorosos e dignos dessa denominação. Mas os

historiadores fazem opções, escolhem caminhos, selecionam (ou descartam) fontes de

informações, tem mais ou menos acesso a documentos históricos. Enfim, a vida, como já

bem o disse Caetano Veloso, “é sempre vista de viés”. E a história também. Tudo depende

da interpretação, embora nem tudo seja possível de ser interpretado de duas formas muito

diversas.

E é isso que podemos aprender um pouco assistindo à série História do Brasil por

Boris Fausto. A visão do historiador, no caso Boris Fausto, está sempre presente: seja na

seleção de quais momentos merecem maior destaque, seja nas conclusões a que chega.

E quando se trata de resenhar toda a história do Brasil, como faz Boris Fausto, isso

não é apenas necessário: é fundamental. Caso contrário o historiador se perderia em

minúcias. O que talvez comprometesse (ou até mesmo inviabilizasse) o seu trabalho de

busca por reconstruir os processos históricos a que se propôs analisar e estudar.

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Palavras-chave

Política, poder, conflitos, relações sociais, dominação, economia.

Nível de ensino

Ensino Fundamental (final). Séries: 8º e 9º anos.

Componente curricular

História.

Disciplinas relacionadas

Geografia,Sociologia.

Aspectos relevantes do vídeo

História do Brasil por Boris Fausto é uma série com sete vídeos, com cerca de 30

minutos de duração cada um. Os vídeos narram de forma resumida os diferentes períodos

da História brasileira. De forma linear-cronológica, pela narrativa de Boris Fausto, é

construído um mosaico dos processos históricos que contribuíram para a formação da nação

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brasileira desde que os portugueses aqui chegaram em 1500, até o início do governo Lula,

em 2002. Os diferentes episódios são os seguintes:

1) Colônia: entre outros aspectos, neste episódio são narradas e discutidas algumas

questões relacionadas ao pioneirismo português no processo das Grandes Navegações, bem

como os objetivos centrais da busca por novas terras. Também são comentadas as

características básicas do modelo de exploração implantado pelos portugueses no Brasil,

com ênfase na grande propriedade rural de lavouras voltadas para a exportação e na

utilização em grande escala do trabalho escravo.

2) Império: a formação do império brasileiro (“um império entre repúblicas”), suas diversas

fases e as alterações no eixo econômico interno são marcas do processo histórico brasileiro

destacadas neste episódio. O sucesso da lavoura cafeeira, os primórdios da industrialização

e a longa agonia do sistema escravocrata também são aspectos de destaque. As novas

alianças políticas, com a ascensão do exército à condição de protagonista no jogo político

que levará ao fim da monarquia, marcam o final deste capítulo da história brasileira.

3) República Velha: resultante de um realinhamento das forças políticas ao final do século

XIX, com a supremacia do setor cafeeiro e do exército, este episódio busca resenhar os

aspectos centrais do que se convencionou denominar “República Velha”. Inicialmente sob

o comando de militares e posteriormente de oligarquias regionais dominantes, sobretudo as

de São Paulo e Minas Gerais, esta fase da história brasileira desenhou a chamada política

do “café com leite” ou “política dos governadores”. Entre outros aspectos, também são

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lembrados os processos de substituição da mão-de-obra, com ênfase na imigração externa, a

ampliação da industrialização e os movimentos sociais que dariam origem à chamada

revolução de 1930, que marcou o fim desta primeira fase da República no Brasil.

4) A Era Vargas: neste episódio são apresentados os diferentes momentos do longo período

em que Getúlio Vargas esteve no poder, dividido em três fases: 1930 a 1934 (governo

provisório); 1934 a 1937 (governo constitucional) e 1937 a 1945 (ditadura do Estado

Novo). A chamada Era Vargas é mostrada em relação não apenas aos conturbados

processos políticos que puseram fim à República Velha, por meio da Revolução de 1930,

como também em relação às importantes transformações da economia brasileira ocorridas

nesse período. A crise da economia cafeeira, a expansão da produção do algodão, o

aprofundamento dos processos de industrialização (com forte intervenção do Estado na

economia), além do contexto externo marcado pela 2ª Guerra Mundial, são destaques que

merecem ser vistos com atenção.

5) Período Democrático: após o longo ciclo de poder exercido por Getúlio Vargas, o que

tornou esse personagem uma figura emblemática da política brasileira, com influências que

se impuseram até mesmo após a sua morte, o Brasil pela primeira vez experimentaria um

período histórico no qual se pode dizer que houve democracia. Marcada pelo populismo e

também pela inserção do Brasil na expansão mundial das multinacionais, caracterizada aqui

pela chegada da indústria automobilística estrangeira, o Brasil passará por um período que

terá marcas diversas. É isto que nos mostra este episódio: a herança da Era Vargas, aí

incluída a própria volta de Getúlio ao poder em 1951 (dessa vez pela via democrática), e

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sua dramática morte em 1954. O desenvolvimentismo da Era JK (fase também marcada

pela construção de Brasília). O malogro da democracia em função tanto das reações

conservadoras de setores civis e militares, quanto do aprofundamento do populismo,

sobretudo nos conturbados anos de governo de Jânio Quadros e João Goulart (Jango), que

acabaria deposto do poder pelo golpe civil-militar de 1964.

6) Regime Militar: neste episódio são tratados diferentes aspectos relacionados aos

movimentos sociais, políticos e econômicos que tiveram início com a implantação, por

meio de um golpe de Estado, do chamado regime militar de 1964. De reação conservadora

ao populismo sindical/esquerdista representado por Jango, à definitiva construção de uma

ditadura cruel e implacável, de feitio jamais antes observado na história brasileira, são

apresentadas as diversas facetas desse período sombrio de nossa história. As perseguições

políticas, a censura aos meios de comunicação e as arbitrariedades de um Estado de

Exceção, são mostradas em paralelo aos processos econômicos. Nesse campo se destacam

os projetos de grandiosidade do chamado Milagre Econômico do Brasil, acompanhados

pela crescente espiral inflacionária e pelo forte endividamento externo do país. O fim

melancólico da ditadura e a consequente devolução do poder aos civis encerram o episódio,

convidando o telespectador a acompanhar o capítulo seguinte, quando finalmente a

democracia foi estabelecida no Brasil.

7) Redemocratização: iniciado em 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves para a

presidência da República, este que é o período histórico ainda em andamento da história

brasileira, é o tema central deste episódio. Além da eleição de Tancredo, marcada pela

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formação de alianças políticas que envolveram tanto opositores quanto antigos integrantes

civis dos governos militares, também são apresentadas as fases seguintes da etapa de

redemocratização do Brasil. Da promulgação da Constituição de 1988 ao final da era FHC

(Fernando Henrique Cardoso), a narrativa traça um panorama geral da nossa história

recente. A realização de eleições diretas em 1989, com o conseqüente estabelecimento do

governo Collor, suas crises e destituição pelo impeachment, até a sucessão de dois

mandatos de governo de Fernando Henrique, marcados tanto por crises econômicas quanto

pela contenção da inflação após a adoção do Plano Real, muitos são os aspectos que

merecem reflexão. Também são comentados os programas de privatização da era FHC e a

primeira transição de governo de fato democrática de nossa história recente, quando Lula

toma posse da presidência em primeiro de janeiro de 2003, ponto esse no qual esta série se

encerra. Ficam em aberto as reflexões sobre a era Lula, ainda a ser objeto de maiores

pesquisas e análises por parte daqueles que reconstroem a nossa história: os historiadores.

Duração das atividades

As atividades aqui propostas estão previstas para serem realizadas ao longo dos

seguintes totais de aulas:

Atividade 1: cinco aulas.

Atividade 2: três aulas.

Atividade 3: três aulas.

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horas.

O que o aluno poderá aprender com estas aulas

Conceituar poder, representações de poder, dominação e posse e propriedade da

terra.

Perceber/Observar/Indicar/Identificar diferenças e semelhanças entre questões

similares, ocorridas em épocas e lugares diversos, particularmente em relação aos

conceitos indicados no tópico anterior.

Perceber/Observar/Indicar/Identificar mudanças e permanências no processo

histórico.

Comparar acontecimentos sociais e políticos ocorridos em épocas e lugares

diversos, estabelecendo as diferenças e semelhanças existentes entre eles.

Relacionar contextos históricos à ocorrência de movimentos políticos e sociais.

Demonstrar disponibilidade em colaborar na relação com o outro.

Desenvolver o interesse por trocar impressões e informações tanto com os colegas

quanto com o(a) professor(a).

Posicionar-se em relação a questões sociais vinculadas ao exercício da cidadania.

Reconhecer a pertinência tanto de seus argumentos quanto daqueles apresentados

pelos colegas.

Respeitar e valorizar as diversidades culturais, étnicas, sociais etc.

Valorizar o debate e respeitar a diversidade de opiniões, assumindo uma postura

receptiva diante das mesmas.

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horas.

Atividade 1

Consultar fontes diversas e selecionar informações conforme orientação prévia.

Comparar contextos sociais diversos em relação a um mesmo tema/assunto.

Indicar as semelhanças e/ou diferenças entre contextos sociais diversos em relação a

um mesmo tema/assunto.

Caracterizar situações semelhantes em contextos sociais diversos.

Justificar afirmações apresentadas relacionadas a um estudo comparado

previamente realizado.

Montar painel com textos e imagens no qual apresente conclusões sobre um estudo

comparado previamente realizado.

Atividade 2

Realizar pesquisa seguindo orientações prévias.

Classificar informações obtidas por meio de pesquisa conforme categorias

previamente definidas.

Indicar em relação a categorias predefinidas como podem ser classificadas

informações obtidas em pesquisa previamente realizada.

Justificar uma classificação de informações em relação a categorias predefinidas.

Elaborar texto escrito que apresente conclusões sobre assunto previamente

estudado.

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Atividade 3

Consultar o professor para obter informações.

Debater com os colegas sobre tema predefinido.

Elaborar listagem que ordene as conclusões do debate.

Elaborar coletivamente uma relação com itens que contemplem o tema previamente

debatido.

Conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo professor com o aluno

De forma geral, esta série trata do tema “História política e econômica do Brasil”,

particularizando-o no âmbito de narrativas relacionadas aos diferentes períodos históricos

que dividem a história do Brasil desde 1500 até 2002. Centrados em análises construídas

pela narrativa do próprio Boris Fausto, os períodos históricos são apresentados de forma

linear e bastante acadêmica.

Essa característica da série faz com que ela supere o simples universo narrativo a

que se propõe de forma geral, tornando-se, em verdade, em um expressivo conjunto de

aulas de capacitação para professores de História desejosos em rever e/ou aprimorar seus

conhecimentos acerca da história brasileira.

Dessa forma, sugerimos que o vídeo seja primordialmente utilizado pelo professor

para aprimorar seus conhecimentos, e não como recurso direto a ser trabalhado junto a seus

alunos. Assim, entendemos que, antes de iniciar seu trabalho com os alunos, o professor

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lance mão do vídeo para aprimorar seus conhecimentos e repertório, aspectos essenciais

para que se tenha um discurso e fundamentação adequados ao discorrer sobre os períodos

históricos que fazem parte do conjunto processual da história brasileira.

Ainda assim, , é possível elencar alguns perfis de conhecimentos prévios que os

estudantes devem ter ao se estudar diferentes períodos da nossa história. Sugerimos que o

professor, antes de dar início ao trabalho com cada período, verifique quais as noções que

seus alunos já possuem acerca de alguns conceitos essenciais . O professor pode fazer uso

de aulas dialógicas, pautadas em alguns termos essenciais que permearão o conjunto

conceitual explicativo sobre cada período histórico No caso de se estudar o período

colonial, solicitar aos alunos que digam o que entendem por “escravidão”, “latifúndio”,

“colônia”, “exportação”, monocultura”. Conhecer previamente esses termos, e o uso

conceitual dos mesmos, será fundamental para que os estudantes desenvolvam

conhecimentos adequados acerca da matriz sustentadora do Antigo Sistema Colonial no

Brasil: grande propriedade agrícola (latifúndios), produtora de um produto fundamental, a

cana-de-açúcar (monocultura), com produção voltada para a venda no mercado externo

(exportação).

As mesmas pré-condições, tanto de uso do vídeo quanto de conhecimentos prévios

dos estudantes, se aplicam ao trabalho com os demais períodos históricos. Caso tenha

dificuldade em demarcar os termos chaves que caracterizam cada um desses períodos, o

professor deve retornar à série específica e assistir novamente o episódio que trata do

período a ser trabalhado em sala de aula. Esse movimento é importante porque certamente

o professor irá acabar por identificar os termos/conceitos. Também a título de exemplo,

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note-se que em relação à República Velha se defrontará com “coronelismo”, na Era Vargas

com “autoritarismo”, no período 1946 a 1964 com “populismo”, e assim por diante.

A montagem desse pré-mapa conceitual, primeiro para o professor e, depois, para os

estudantes, torna-se um fator essencial para o êxito de aulas de História relacionadas ao

estudo de diferentes processos históricos, quando esse repertório de palavras deverá fazer

parte do repertório da turma.

Estratégias e recursos da aula/descrição das atividades

Conteúdos

As propostas de trabalho aqui apresentadas vinculam-se ao tema “História política e

econômica do Brasil”.

Descrição das atividades

Atividade 1 (previsão de realização em 5 aulas)

Professor: esta atividade versa sobre assunto relacionado ao período colonial do

Brasil. Conforme comentamos em item anterior (Conhecimentos prévios que devem ser

trabalhados pelo professor com o aluno), antes de iniciar este trabalho com os alunos

assista ao episódio 1 (Colônia) da série História do Brasil por Boris Fausto para reunir

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mais informações e aprimorar os seus conhecimentos acerca desse período da história do

Brasil.

Nesta atividade solicita-se aos alunos que indiquem as semelhanças e/ou

diferenças existentes entre as moradias dos senhores de engenho da época colonial no

Brasil, com as habitações que sirvam de moradia para as pessoas ricas da sociedade

brasileira atual, comparando-as e destacando em uma e outra situação os aspectos que

caracterizam os símbolos do que seja ser rico nas duas épocas.

Esta última questão é o fundamento da atividade, ou seja, não se pretende que os

alunos realizem uma mera comparação dos aspectos exteriores ou interiores das moradias,

o que provavelmente levaria a uma conclusão simplista (a de que as pessoas ricas da

atualidade vivem melhor ou são mais ricas ou, ainda, mais refinadas ).

O que se pretende é que, resguardadas as peculiaridades de cada época, os alunos

sejam capazes de caracterizar o que, em termos simbólicos, significava ou significa ser rico

em cada época citada.

Para ampliar seus conhecimentos sobre o período colonial brasileiro você,

professor, também pode consultar as seguintes obras:

COSTA, Emília Viotti da. Da senzala à colônia. 2. ed. São Paulo, Ciências Humanas, 1982.

FERLINI, Vera Lúcia Amaral. A civilização do açúcar — Séculos XVI a XVIII. 4. ed. São

Paulo, Brasiliense, 1987. (Col. Tudo é História).

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horas.

PRIORE, Mary Del (org.). Revisão do paraíso — Os brasileiros e o Estado em 500 anos de

história. Rio de Janeiro, Campus, 2000.

THEODORO, Janice. Pensadores, exploradores e mercadores. São Paulo, Scipione, 1994.

(Col. Ponto de Apoio).

TRINDADE, Etelvina. O trabalho nos engenhos. São Paulo, Atual,1996. (Col. A Vida no

Tempo).

A ostentação ocasional

“Essa riquezaporém, não era real e no dizer de um viajante, apenas ‘um véu de

opulência que encobria a miséria geral’. Nas lides do açúcar os senhores obtinham pouco

mais de 5% sobre o capital investido, mal dando para o sustento de sua família.

Compravam fiado dos fornecedores metropolitanos [de Portugal], hipotecando

safras e bens. Insolventes, apelavam às autoridades portuguesas. Na documentação colonial

encontramos freqüentemente ordens régias impedindo o sequestro dos bens de senhores de

engenho e de lavradores de cana, para o pagamento de dívidas. Mas mesmo garantidos na

posse de suas propriedades, o endividamento os obrigava a vender o açúcar a preços

baixíssimos, agravando ainda mais sua difícil situação econômica. Embora a historiografia

oficial/tradicional tenha insistido na imagem de vida opulenta dos senhores do açúcar,

muitas vezes essa fartura e riqueza ocorriam apenas nas festas, quando recebiam

convidados e estrangeiros. No dia-a-dia, muitas vezes a ração era mínima, a roupa simples,

os costumes grosseiros.” FERLINI, Vera Lúcia Amaral. A civilização do açúcar — Séculos

XVI a XVIII. 4. ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. p. 81-82. (Col. Tudo é História).

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horas.

1ª aula:

1) Leia o texto acima para se familiarizar com alguns aspectos da vida nos engenhos do

Brasil Colonial.

2ª aula:

2) Em grupo com mais quatro colegas, consultem revistas, jornais, livros e outras fontes

que vocês tenham condições de acessar e selecionem fotos de diferentes tipos de habitações

que sirvam de moradia para as pessoas ricas da sociedade brasileira atual.

3ª aula:

3) Comparem as fotos pesquisadas com as moradias dos senhores de engenho da época

colonial no Brasil (imagens dessas moradias você pode obter consultando seu livro de

História ou a internet, sob a orientação do seu professor).

4ª aula:

4) Indiquem as semelhanças e/ou diferenças existentes entre elas, destacando em uma e

outra situação os aspectos que caracterizam os símbolos do que seja ser rico nas duas

épocas.

5) Justifiquem suas afirmações.

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horas.

5ª aula:

6) Montem um painel com textos e imagens com suas conclusões para ser exposto em sua

sala de aulas.

Atividade 2 (previsão de realização em 3 aulas)

Professor: esta atividade versa sobre assunto relacionado ao período da República

Velha do Brasil. Conforme comentamos em item anterior (Conhecimentos prévios que

devem ser trabalhados pelo professor com o aluno), antes de iniciar este trabalho com os

alunos assista ao episódio três (República Velha) da série História do Brasil por Boris

Fausto para reunir mais informações e aprimorar os seus conhecimentos acerca desse

período da história do Brasil.

Esta atividade pode ser ampliada com um amplo debate no âmbito escolar sobre as

diferentes formas de exercício de poder que podem estar presentes nas relações cotidianas.

Para isso, no entanto, é necessário que os diferentes segmentos da comunidade escolar

tenham condições de participar, ou seja, alunos, pais, funcionários, professores e direção. A

preparação para esse debate pode ser realizada com pesquisas junto aos segmentos citados,

a fim de que cada um deles possa se manifestar em termos de indicar quais são as formas de

intimidação mais freqüentes existentes na escola e por quem são praticadas. Para evitar

constrangimentos, é importante que seja garantido o anonimato das pessoas ouvidas. Na

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horas.

sequência, as informações coletadas devem ser sistematizadas de forma a originar um perfil

de opinião de cada segmento escolar.

Com base nesses perfis de opinião, deve ser organizado um debate na forma de

mesa-redonda, do qual participem representantes de todos os segmentos para que sejam

buscadas soluções coletivas que visem eliminar as práticas de intimidação.

De forma oposta, caso não sejam verificadas práticas de intimidação na escola,

ainda assim a mesa-redonda deve ser realizada. Neste caso, com outra finalidade:

identificar os fatores que levam à existência de relações harmoniosas e sem práticas de

intimidação, de maneira a ser elaborado um documento que possa ser divulgado pela

direção escolar para outras escolas do bairro e/ou região da cidade.

Para ampliar seus conhecimentos sobre o período da República Velha você,

professor, também pode consultar as seguintes obras:

CARONE, Edgar. A República Velha. 4. ed. Rio de Janeiro, Difel, 1978.

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 2. ed. São

Paulo, Ciências Humanas, 1979.

GOHN, Maria da Glória. História dos movimentos e lutas sociais — a construção da

cidadania dos brasileiros. 2. ed. São Paulo, Edições Loyola, 2001.

GRANATO, Fernando. O negro da chibata — o marinheiro que colocou a República na

mira dos canhões. Rio de Janeiro, Objetiva, 2000.

PRIORE, Mary Del (org.). Revisão do paraíso — Os brasileiros e o Estado em 500 anos de

história. Rio de Janeiro, Campus, 2000.

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horas.

O coronelismo

“Uma das conseqüências fundamentais do desequilíbrio entre o centralismo do

Império e o federalismo da República é o fenômeno do coronelismo, isto é, o

desenvolvimento e a autonomia de agrupamentos sociais e políticos nos Estados”.

[…]

[…] Socialmente, o coronel exerce uma série de funções que o fazem temido e

obedecido, o que ele deve a seus dotes pessoais, e não ideológicos. Aos agregados ele

dispensa favores: dá-lhes terras, tira-os da cadeia e ajuda-os quando doentes; em

compensação exige fidelidade, serviços, permanência infinita em suas terras, participação

nos grupos armados.” CARONE, Edgar. A República Velha. 4. ed. Rio de Janeiro, Difel,

1978. v. 1. p. 252-253.

1ª aula:

1) A partir do exposto no texto acima, pesquise em grupo com mais três colegas a

existência de pessoas que na atualidade buscam impor sua autoridade com base tanto na

intimidação quanto na troca de favores. Para isso, vocês podem buscar exemplos tanto nas

atividades políticas quanto nas relações sociais entre colegas ou, ainda, entre chefes e

subordinados e/ou patrões e empregados, entre outras possibilidades.

2ª aula:

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horas.

2) Classifiquem os casos pesquisados, indicando se a pessoa utilizou-se da intimidação, da

troca de favores ou dessas duas formas para se impor.

3) Justifiquem por que vocês escolheram uma ou outra categoria para classificar cada caso

pesquisado.

3ª aula:

4) Elaborem um texto em grupo com as suas conclusões para ser entregue ao seu professor.

Atividade 3 (previsão de realização em 3 aulas)

Professor: esta atividade versa sobre assunto relacionado ao período da Era Vargas

no Brasil. Conforme comentamos em item anterior (Conhecimentos prévios que devem ser

trabalhados pelo professor com o aluno), antes de iniciar este trabalho com os alunos

assista ao episódio quatro (A Era Vargas) da série História do Brasil por Boris Fausto para

reunir mais informações e aprimorar os seus conhecimentos acerca desse período da

história do Brasil.

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horas.

Nesta atividade solicita-se aos alunos que debatam sobre situações nas quais

pessoas variadas fazem uso da manipulação de palavras “com o objetivo de ganhar

popularidade para se manter no poder ou ganhar uma eleição”. Dessa forma, é importante

que você oriente seus alunos para que não apresentem exemplos de um único tipo, visto que

há uma tendência para se identificar a manipulação de palavras apenas com a fala de

políticos em busca de votos.

Embora essa situação seja um dos casos solicitados na atividade, não se deve centrar

atenção apenas nela, de forma que sejam percebidos os demais contextos em que o uso do

discurso persuasivo se dá de maneira a escamotear a realidade em nome de objetivos não

necessariamente coletivos, e sim de autopromoção pessoal ou de ideologias específicas.

Assim, exemplos que, além de políticos, citem também casos de lideranças sindicais,

religiosas, apresentadores de TV, campanhas publicitárias , devem ser valorizados sempre

que tais discursos possam ser classificados como meios para se manter algum tipo de poder.

Para ampliar seus conhecimentos sobre o período da Era Vargas você, professor, também

pode consultar as seguintes obras:

BERCITO, Sonia de Deus Rodrigues. Nos tempos de Getúlio — Da Revolução de 30 ao

fim do Estado Novo. São Paulo, Atual, 1990. (Col. História em Documentos).

FARIA, Antonio Augusto e BARROS, Luiz Edgard de. Getúlio Vargas e sua época. 7. ed.

São Paulo, Global, 1993.

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horas.

O Estado Novo e o trabalhismo

“Getúlio Vargas conjugou, com bastante sucesso, uma intensa repressão ao

movimento operárioo mesmo tempo em que criava um conjunto de leis, que representaram

certo avanço para os trabalhadores.

A institucionalização das relações entre Estado e a classe operária não se fez sem a

elaboração de uma ideologia, o ‘trabalhismo’.

Essa ideologia partia da mitificação da figura de Vargas, o ‘doador’ de toda a

legislação trabalhista […] Getúlio passava a ser conhecido como ‘o pai dos pobres’.

As leis trabalhistas dedicadas aos trabalhadores eram anunciadas nas comemorações

do “Dia do Trabalho.” FARIA, Antonio Augusto e BARROS, Luiz Edgard de. Getúlio

Vargas e sua época. 7. ed. São Paulo, Global, 1993. p. 51-52.

1ª aula:

1) Manobrar as palavras e as ações com o objetivo de ganhar popularidade para se manter

no poder ou ganhar uma eleição. Você conhece situações assim na sociedade brasileira

atual?

2) Consulte o seu professor e debata essas questões com seus colegas de classe.

2ª aula:

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horas.

3) A partir do que foi debatido, elaborem uma listagem das pessoas que, no entender da

maioria da classe, atualmente utilizam esse tipo de artimanha para se promover.

3ª aula:

4) Ao final, elaborem coletivamente uma relação com os itens que devem ser levados em

conta para desmascarar um demagogo e afixem essa listagem em painel e/ou mural situado

em local de grande circulação de pessoas em sua escola.

Questões para discussão

Existe neutralidade no trabalho do historiador?

Essa é uma questão que há muito suscita debates entre os historiadores. E embora

tenha ficado por tanto tempo restrita ao universo acadêmico, em tempos recentes passou a

ser introduzida também nos estudos de História no âmbito escolar.

Uma forma de se fazer essa discussão na escola de Ensino Fundamental e/ou Médio

é ampliando a questão da neutralidade para outro universo, que é o dos meios de

comunicação, visto que estes muitas vezes produzem parte das fontes que são utilizadas

pelo historiador, entre elas os jornais. Assim, a questão inicial pode ser refeita, passando a

ser formulada da seguinte maneira: existe neutralidade nos trabalhos dos profissionais dos

meios de comunicação em geral?

Uma maneira interessante de se processar essa discussão é a seleção de um

acontecimento visto pela ótica de diferentes reportagens de variados jornais. No Portal do

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horas.

Professor podem ser encontradas várias reportagens publicadas em jornais da cidade do Rio

de Janeiro e que fazem parte de um interessante levantamento realizado por João Marcos

Weguelin. Sob o título geral O Rio de Janeiro através dos jornais, essa coletânea mostra

diferentes acontecimentos da história brasileira. Cada um desses acontecimentos foi motivo

de reportagens em diferentes jornais na época em que ocorreram.

São recortes dessas matérias jornalísticas que estão ali agrupadas de forma a

permitir a confrontação por parte do leitor de diferentes tendências de análise presentes em

cada jornal. Têm-se, por exemplo, os seguintes casos:

Lei áurea – 1888 (matérias jornalísticas publicadas nos seguintes jornais: Gazeta da

Tarde, 15 de maio de 1888; Cidade do Rio, 18 de maio de 1888; Gazeta de Notícias, 14

de maio de 1888; Carbonário, 14 de maio de 1888; O Paiz, 14 de maio de 1888; Diário

de Notícias, 14 de maio de 1888).

Atentado contra D. Pedro II – 1889 (matérias jornalísticas publicadas nos seguintes jornais:

Novidades, 16 de julho de 1889; Diário do Commércio, 16 de julho de 1889; Diário do

Commércio, 17 de julho de 1889; República Brazileira, 16 de julho de 1889; República

Brazileira, 17 de julho de 1889; Cidade do Rio, 16 de julho de 1889; Gazeta da Tarde,

16 de julho de 1889).

Revolução de 1964 (matérias jornalísticas publicadas nos seguintes jornais: Jornal do

Brasil, 31 de março de 1964; Jornal do Brasil, 1 de abril de 1964; Correio da Manhã,

1 de abril de 1964; Diário de Notícias, 1 de abril de 1964; Diário de Notícias, 2 de abril

de 1964; Tribuna da Imprensa, 2 de abril de 1964; O Dia, 2 de abril de 1964; Diário

Carioca, 3 de abril de 1964).

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horas.

Essas matérias podem servir para que o professor monte atividades com seus alunos

acerca de vários acontecimentos marcantes da nossa História quando for trabalhar com os

períodos nos quais eles estiveram inseridos.

O trabalho com essas fontes pode permitir a percepção de que um acontecimento

pode ser analisado por diversas óticas, influenciando não só a opinião do leitor como

também a interpretação histórica posterior. A neutralidade, na verdade a impossibilidade de

se ter neutralidade, pode assim ser revelada (recorda-se da frase de Caetano Veloso que

citamos anteriormente? Isso mesmo! A vida “é sempre vista de viés”).

Além dos casos que citamos acima, também os acontecimentos listados a seguir

completam o acervo do trabalho de João Marcos Weguelin. Todos eles, não esqueçam,

também estão no Portal do Professor aguardando a sua visita.

Atentado contra Prudente de Moraes - 1897

Revolta dos marinheiros –1910

Golpe de 1937

Vargas deposto – 1945

Passeata dos cem mil – 1968

Seqüestro do embaixador americano – 1968

Consultor: Léo Stampacchio