história de um menino

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História de um menino Toda vez que viajava pela estrada de ouro fino De longe eu avistava um menor fumando um fino Que corria abria a porteira depois vinha me pedindo Dinheiro pra comprar pão , claro que estava mentindo. Quando a raiva se esquentava e a poeira ia baixando Eu jogava uma moeda ele saia pulando Obrigado boiadeiro que deus lhe ajude bastante E saia na fissura pra encontrar o traficante Nos caminhos desta vida muito mal eu encontrei Mas esse foi um sacana o pior que eu o ajudei Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei Vendo a porteira fechada e o drogado não avistei. Apeei da caminhonete num ranchinho beira chão Vi uma mulher chorando quis saber qual a razão Fazendeiro veio tarde,meu filhinho veja só Roubou as nossas coisas e vendeu pra compra pó. Lá pra bandas de Ouro Fino cuidando da minha pastagem Quando passo na porteira até vejo a sua imagem O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem Ter que lembrar do moleque que fez a maior viagem A mesma casa vazia do pensamento não sai Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais Nem que ele me encha o saco e venha correndo atrás Moeda pra viciado prometo que não vou dar mais.

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História de um meninoToda vez que viajava pela estrada de ouro finoDe longe eu avistava um menor fumando um finoQue corria abria a porteira depois vinha me pedindoDinheiro pra comprar pão , claro que estava mentindo.

Quando a raiva se esquentava e a poeira ia baixandoEu jogava uma moeda ele saia pulandoObrigado boiadeiro que deus lhe ajude bastanteE saia na fissura pra encontrar o traficante

Nos caminhos desta vida muito mal eu encontreiMas esse foi um sacana o pior que eu o ajudei

Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei Vendo a porteira fechada e o drogado não avistei.

Apeei da caminhonete num ranchinho beira chãoVi uma mulher chorando quis saber qual a razãoFazendeiro veio tarde,meu filhinho veja sóRoubou as nossas coisas e vendeu pra compra pó.

Lá pra bandas de Ouro Fino cuidando da minha pastagemQuando passo na porteira até vejo a sua imagemO seu rangido tão triste mais parece uma mensagemTer que lembrar do moleque que fez a maior viagem

A mesma casa vazia do pensamento não saiEu já fiz um juramento que não esqueço jamaisNem que ele me encha o saco e venha correndo atrás Moeda pra viciado prometo que não vou dar mais.