história das divindades

13
Nesta livro serão apresentadas algumas Divindades relacionadas ao Japão e à Doutrina Messiânica. Para uma melhor compreensão a respeito, devemos saber o seguinte: 1) Mikoto tem duas formas. A primeira corresponde ao ser humano mais elevado e normalmente coloca-se esse título após a morte. A segunda forma de Mikoto é colocada no ser humano, que, em vida, tinha posição e é hierarquicamente superior à primeira forma. Um exemplo dessa última forma é Susanoono Mikoto. Quando um deus nasce sob a forma humana, também usa Mikoto. 2) Ookami trata-se do Deus Supremo (Miroku Oomikami, Izunome-no-Ookami). 3) Kami é um deus comum. Para melhor entendimento, algumas explicações devem ser lidas conjuntamente, na medida em que elas se complementam, a saber: As Divindades Ushitora no Konkin Kunitokotati-no-Mikoto, Izunome-no-Ookami e Kanzeon Bossatsu; As divindades Izanagui e Izanami, Amaterassu Ookami e Sussanoo-no-Mikoto (para ler a história completa desses deuses. As divindades Ebissu e Daikoku Nota: com exceção das explicações das divindades Daikoku e Ebissu, todas as demais foram extraídas, na sua quase totalidade, dos Ensinamentos de Meishu-Sama.

Upload: emanuel-aquino-lopes

Post on 25-Nov-2015

259 views

Category:

Documents


14 download

TRANSCRIPT

  • Nesta livro sero apresentadas algumas Divindades relacionadas ao Japo e

    Doutrina Messinica. Para uma melhor compreenso a respeito, devemos saber o seguinte:

    1) Mikoto tem duas formas. A primeira corresponde ao ser humano mais elevado e

    normalmente coloca-se esse ttulo aps a morte. A segunda forma de Mikoto colocada no

    ser humano, que, em vida, tinha posio e hierarquicamente superior primeira forma. Um

    exemplo dessa ltima forma Susanoono Mikoto. Quando um deus nasce sob a forma

    humana, tambm usa Mikoto.

    2) Ookami trata-se do Deus Supremo (Miroku Oomikami, Izunome-no-Ookami).

    3) Kami um deus comum.

    Para melhor entendimento, algumas explicaes devem ser lidas conjuntamente, na medida

    em que elas se complementam, a saber:

    As Divindades Ushitora no Konkin Kunitokotati-no-Mikoto, Izunome-no-Ookami e Kanzeon

    Bossatsu;

    As divindades Izanagui e Izanami, Amaterassu Ookami e Sussanoo-no-Mikoto (para ler a

    histria completa desses deuses.

    As divindades Ebissu e Daikoku

    Nota: com exceo das explicaes das divindades Daikoku e Ebissu, todas as demais foram

    extradas, na sua quase totalidade, dos Ensinamentos de Meishu-Sama.

  • KANZEON BOSSATSU IZUNOME-NO-OOKAMI

    o Boddhisattwa da grande compaixo. Meishu-Sama tinha uma profunda e misteriosa relao com Kannon, que comeou a se manifestar atravs de Seu intermdio.

    Izunome-no-Ookami a essncia de Kannon. Para escapar perseguio do deus Sussanoo-no-Mikoto, Ele fugiu para a ndia, onde pregou o caminho da salvao com o nome de Kanjizai Bossatsu, influenciando enormemente o Prncipe Siddharta.

    KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO AMATERASSU OOKAMI

    Essa divindade , em essncia, a personificao de Ookunitokotati, o Deus Criador do Universo. Nasceu como ser humano, recebendo o nome de Kunitokotati-no-Mikoto. Kunitokotati uma divindade extremamente justa e reta, no permitindo, por isso, erro algum.

    A mais alta hierarquia divina, cultuada no Japo, Amaterassu Ookami, divindade tida como ancestral da famlia do Imperador. filha de Izanagui e Izanami-no-Mikoto.

  • IZANAGUI E IZANAMI-NO-MIKOTO SUSSANOO-NO-MIKOTO

    Izanagui e Izanami, a ltima das sete geraes de deuses, foram mandados pelas divindades celestiais para "completar e solidificar a terra deriva". Izanagui mergulhou o seu arpo do cu dentro do oceano e depois o retirou, e a gua salgada que dele pingou coagulou-se, formando a primeira ilha, Ono-goro-Jima.

    Sussanoo-no-Mikoto irmo de Amaterassu Ookami, sendo, portanto, filho de Izanagui e Izanami-no-Mikoto. Ao contrrio de sua irm, que foi designada para governar o Japo, Sussanoo foi designado para governar a Coria. Quando ele chegou no Japo, desembarcou no Sul, numa regio chamada Izumo no Kumi.

    EBISSU DAIKOKU

    Ebissu uma divindade masculina, sendo o deus da pesca e da boa sorte. Com sorriso e barba, Ebissu representado sempre com uma vara de pesca, smbolo de boa sorte, na mo direita, e um grande pargo vermelho (tai), que simboliza comemorao.

    Daikoku, tambm conhecido como Daikokuten, uma divindade masculina, sendo tambm o deus da fortuna, uma divindade domstica que traz boa sorte e prosperidade.

  • O DEUS KANZEON BOSSATSU

    Referi-me anteriormente afinidade de Kanzeon sob vrios aspectos. Como j

    afirmei, a razo pela qual Ele se tornou Kanzeon Bossatsu foi, sem dvida, a violncia e a

    presso do deus Sussanoo-no-Mikoto.

    O Deus Kanzeon Bossatsu

    Mas como ficou o trono do imperador depois da partida do deus Izunome Ookami?

    O imperador Amaterassu, irmo mais novo de Izunome Ookami, infelizmente, sem qualquer

    motivo, veio a falecer repentinamente. Assim, sem alternativa, a imperatriz Amaterassu foi

    indicada para ocupar o trono. por esse motivo que, ainda hoje, o deus Amaterassu Ookami,

    apesar de ser deus do Sol, venerado como deusa.

    Como j me reportei antes, Sussanoo-no-Mikoto ambicionava usurpar o poder e

    governar o Japo. Todavia, pela sua excessiva precipitao, no escolheu os meios para

    alcanar seus objetivos e implantou uma poltica de fora. Em conseqncia, o povo ficou

    numa situao catica, chegando a uma situao de total ingovernabilidade. Isso desagradou

    ao deus Izanagui-no-Mikoto, pai de Sussanoo-no-Mikoto, e a repreenso que este recebeu

    foi inevitvel. O comportamento de Sussanoo-no-Mikoto deveu-se igualmente ao fato de ser

    ele um deus de linhagem coreana. Como posteriormente ele no se arrependeu, continuando

    com o mesmo comportamento, sem alternativa, foi decidido que seria expulso do Japo. No

    Kojiki (registros de histrias antigas do Japo) consta o seguinte:

    "Devido ao seu mau comportamento e sua desastrosa administrao, o deus

    Sussanoo-no-Mikoto foi repreendido pelo deus Izanagui-no-Mikoto e mandado para o Mundo

    Espiritual. Como sua me, a deusa Izanami-no-Mikoto, encontrava-se l, ele planejou ficar

    com ela, em recluso, at ser perdoado. Antes de partir para o Mundo Espiritual, foi ao Cu

    despedir-se de sua irm mais velha, a deusa Amaterassu Ookami."

    Sobre isso, o Kojiki registra:

    O deus Sussanoo-no-Mikoto, fazendo estremecer as montanhas e rios, tentou subir

    ao Cu. Ao saber disso, a deusa Amaterassu Ookami ficou deveras assustada, desconfiando

    que seu irmo mais novo vinha para atac-la. Quando ele chegou ao Cu e se encontrou

    com a irm, sentiu algo de anormal no comportamento dela. Disse-lhe ento: 'Parece que

    voc, minha irm, est suspeitando de mim, mas no tenho nenhum pensamento vil. Sou

    inocente e vou-lhe apresentar uma prova' . Assim dizendo, desembainhou a espada e

    mergulhou-a na gua do poo Manai. Nesse momento nasceram trs deusas: Itikishima-

    Hime-no-Mikoto, Okitsu-Hime-no-Mikoto e Taguiri-Hime-no-Mikoto. Amaterassu Ookami

    retrucou: 'Eu tambm vou lhe mostrar a pureza do meu sentimento'. Dizendo isso, tirou o

    colar pendurado ao peito, sacudiu-o igualmente na gua. A nasceram cinco deuses

    masculinos: Ameno-Oshihomimi-no-Mikoto, Ameno-Hohi-no-Mikoto, Amatsu-Hikone-no-

    Mikoto, Ikutsu-Hikone-no-Mikoto e Kumano-Kussubi-no-Mikoto."

    Naturalmente, isso uma metfora. Na realidade, Sussanoo-no-Mikoto chamou

    suas trs filhas e Amaterassu Ookami, seus cinco vassalos. Os dois, tendo cinco homens e

    trs mulheres como testemunhas, tentaram firmar um compromisso. Esse compromisso tinha

    como ponto de referncia o lago Biwa-ko, situado em Oomi, na atual provncia de Shiga-ken,

    tambm denominado lago Shiga-no-ko ou, como me referi acima, Ama-no-Manai. A parte

    leste ficaria sob o domnio da deusa Amaterassu-Oomikami, e a parte oeste, sob o domnio

    do deus Sussanoo-no-Mikoto. Foi firmado, assim, o compromisso que, nos termos atuais,

    seria um tratado de paz. Esse compromisso conhecido pelo nome de Compromisso de

    Yassuga-Hara. Ainda hoje existe uma vila chamada Yassuga-hara, margem direita do lago

    Biwa, o que me leva a crer que o compromisso foi firmado nesse local.

    Durante um curto perodo, houve momentos de tranqilidade. Contudo, o deus

    Sussanoo-no-Mikoto, como sempre, no conseguia manter-se em recluso e, por esse

    motivo, teve sua expulso consumada.

  • Vou referir-me agora deusa Ryuuguu-no-Otohime (Princesa do Som do Palcio do

    Drago), conhecida h muito por todos. Para isso, torna-se necessrio retroceder um pouco

    no tempo.

    Havia cinco irmos, de sexo masculino e feminino, nascidos dos deuses Izanagui-

    no-Mikoto e Izanami-no-Mikoto. O primognito chamava-se Izunome-Tennoo; o segundo

    filho, Amaterassu-Tenno; o terceiro filho, Kan-Susanoo-no-Mikoto; a primognita,

    Wakahimeguimi-no-Mikoto, e a segunda filha, Hatsuwakahime-no-Mikoto.

    O deus Izanagui-no-Mikoto fez primeiro Izunome-Tenno governar o Japo. Depois,

    deu essa incumbncia ao imperador Amaterassu-Tenno e, a seguir, esposa deste, a

    imperatriz Amaterassu-Koogoo. Sussanoo-no-Mikoto, desde o incio, foi incumbido de

    governar a Coria. Destinaram-lhe, como esposa, naturalmente, uma princesa coreana.

    Como ela se tornou esposa do irmo, os irmos dele comearam a cham-la de Otooto-Hime

    (Princesa do Irmo Mais Novo). Abreviando ainda mais, passaram a cham-la de Oto-Hime

    (Princesa do Som). Antes, ela era chamada de Otome-Hime, talvez porque, no tempo de

    solteira, no nome coreano inclua, tambm, o ideograma arroz.

    Como foi exposto anteriormente, desde que seu marido saiu numa viagem sem

    destino, Otooto-Hime (Princesa do Irmo Mais Novo) ou Oto-Hime (Princesa do Som) teve,

    naturalmente, uma vida solitria. Assim, ela retornou logo Coria, sua ptria, e ali construiu

    um palcio magnfico, onde vivia com inmeras criadas.

    Nessa poca, um jovem chamado Tar, nascido no Japo na regio de Shinshu,

    que gostava muito de pescar, sempre ia para o alto-mar, saindo da praia situada nas

    imediaes de Hokuriku. Certo dia ele defrontou-se com uma grande tempestade e, com

    muito esforo, conseguiu se salvar, chegando a uma praia da Coria. Neste pas, os

    japoneses eram alvo da curiosidade de todos. Por esse motivo, lgico que Oto-Hime no

    podia deixar de convid-lo para ir ao seu palcio, onde a entrada de homens era vedada.

    Talvez por no suportar a solido, Oto-Hime, que na poca era como se fosse

    rainha, quando se encontrou com Tar, apaixonou-se primeira vista, por ele ser muito

    bonito. No conseguindo resistir, arranjou um pretexto para que o jovem pudesse

    permanecer no palcio. Sua paixo por Tar foi-se tornando cada vez mais ardente e, assim,

    ela ficava junto dele dia e noite. Um dia o povo tomou conhecimento disso. Como as crticas

    foram aumentando, a princesa viu-se forada a romper o romance. Enchendo uma caixa com

    maravilhosos tesouros, Oto-Hime deu-a de presente a Tar e providenciou que ele

    retornasse ao seu pas. Esta a famosa Tamate-bako (arca do tesouro). Dizem que quando

    Tar abriu essa caixa, seus cabelos ficaram brancos, mas essa histria deve ser inveno de

    algum.

    O sobrenome de Tar, Ura-shima (ilha de trs), talvez seja uma referncia Coria,

    pelo fato de ela estar situada "atrs" do Japo. Creio que esse sobrenome lhe foi colocado

    por um escritor de uma poca posterior. Quando Oto-Hime era como se fosse a rainha da

    Coria, tanto o Japo como a China foram dominados por esse pas e pode-se dizer que at

    a parte leste da ndia estava sob influncia coreana. Naturalmente, isso aconteceu porque

    Sussanoo-no-Mikoto, durante certo tempo, teve um poder grandioso, que se expressa pela

    frase "capaz de derrubar at mesmo uma ave voando". Alm do mais, a deusa Oto-Hime era

    uma mulher de personalidade forte, que suplantava at mesmo os homens.

    Justamente na poca em que encerrava sua Providncia na ndia e pretendia voltar

    ao Japo, Kanjizai Bossatsu chegou at ao sul da China. Sabendo que no Japo ainda

    pairava uma atmosfera de perigo, resolveu ficar naquela regio por algum tempo. Desde

    ento, passou a ser chamado de Kanzeon. Durante Sua estada na ndia, Ele ficara

    contemplando o mundo de Jizai-Ten, e por isso atribuiu a Si mesmo o nome Kanjizai. Desta

    vez ficou contemplando o mundo de Oto-Hime, razo pela qual denominou-Se Kanzeon.

    Lendo-se de trs para frente, o termo Kanzeon significa contemplar o mundo de Oto-

    Hime.

    Quando Kanzeon propagou os Seus Ensinamentos aos povos do sul da China,

    como era a atuao de um Bossatsu de elevada virtude, os povos vizinhos, sentindo uma

    espcie de amor filial por Ele, procuravam-No e reuniam-se Sua volta. Desde ento, a F

    Kannon finalmente se estendeu por toda a China. Entretanto, com idade avanada e tendo

    concludo Sua providncia, Kanzeon acabou falecendo naquele pas. O fato de, ainda hoje,

    toda a China, isto , a Manchria, a Monglia e at a regio do Tibete terem uma f

    inabalvel em Kannon, encerra um profundo significado, sobre o qual falarei gradativamente.

    lamentvel no ter restado no sul da China nenhum vestgio da passagem de

    Kannon. A razo disso que aquela regio foi assolada pela guerra vrias vezes, o que,

    inevitavelmente, fez desaparecerem esses vestgios.

    O DEUS IZUNOME-NO-OOKAMI

    No captulo anterior expliquei que Daijizai-ten (Mahsvara) era o Deus Supremo na

    poca em que o bramanismo era a religio predominante. Nessa poca, como j expliquei

    anteriormente, os deuses originrios do Japo dirigiram-se para a ndia e tornaram-se

    emanaes bdicas. A principal dessas emanaes bdicas o deus Izunome-no-Ookami,

    que na poca ocupava o grau supremo na hierarquia do panteo japons. Entretanto, nessa

    poca chegaram ao Japo os deuses coreanos capitaneados por Susanoo-no-Mikoto, que

    almejava derrubar Izunome-no-Ookami de Seu posto. Como Este no Se deixou derrubar

  • facilmente, redobraram as presses e as perseguies, que culminaram por ameaar Sua

    prpria vida.

    O Deus Izunome Ookami

    Renunciou Ele finalmente Sua posio e, iludindo Seus perseguidores atravs de

    uma mudana de forma, deixou secretamente o Japo, atravessou a China e refugiou-Se na

    ndia. Tomou ento o nome de Kanjizai Bossatsu e construiu um palcio cristalino numa

    montanha no muito alta de nome Potalaka, numa praia do sul da ndia, para l se

    estabelecer. Esse fato est relatado no sutra da Flor da Compaixo (Higue-kyoo), onde se l

    o seguinte: "Kanjizai Bossatsu est sentado em postura de meditao num assento

    inquebrantvel de ervas macias no alto do Monte Potalaka, cercado peIas vinte e oito

    deidades de Sua falange, pregando a Lei". Nessa poca, o Senhor Buda ainda era um

    menino chamado Zenzai Dooji.

    Teve ele a ocasio de ouvir essa pregao, que abalou profundamente seu corao,

    provocando uma transmutao; abandonou ele, ento, sua posio de Prncipe Herdeiro,

    deixando de ser o Prncipe Siddharta. Tomado por uma grande e firme resoluo, afastou-se

    ele do mundo profano que se mostrava bastante corrupto na poca, embrenhou-se sozinho

    no Monte Dandaka (Dantoku-zan) e sentou-se em meditao sobre uma pedra, debaixo da

    rvore Bo (tambm chamada tlia), mergulhando em profunda contemplao, com o objetivo

    de alcanar a Iluminao Suprema (anuttara-samyak-sambodhi). H muitas verses a

    propsito desse perodo de ascese, mas foi-me revelado que ele se estendeu por sete anos.

    Alcanado seu objetivo, deixou ele a montanha e, proclamando-se o Tathagata

    Sakyamuni (Shakyamuni Nyorai) , passou a pregar a Lei de Buda. Vemos, assim, que o

    verdadeiro fundador do budismo foi o deus japons Izunome-no-Ookami.

    Temos mais uma prova que no pode ser ignorada do fato do budismo ter se

    originado no Japo. Trata-se da Doutrina das Emanaes da Deidade Original (Honji

    Suijaku), freqentemente mencionada no budismo. Segundo minha interpretao, a

    expresso Honji (Sede da Deidade Original) refere-se ao Pas de Origem, isto , ao Japo. A

    expresso Suijaku, por sua vez, significa espalhar o rastro (das emanaes), ou pregar

    ensinamentos. Assim, a expresso tem o sentido oculto de que, nos tempos finais, o

    ensinamento budista deve ser espalhado por todo o Japo, sua ptria original, onde as Flores

    Bdicas florescero e produziro seus frutos.

    Temos de considerar agora o aspecto de Kanzeon Bossatsu. Seu ponto mais

    caracterstico est nos cabelos retos, brilhantes e totalmente negros, que so um atributo

    prprio dos japoneses. Contrastando com Ele, Sakyamuni e Amida apresentam uma

    carapinha ruiva totalmente diferente, o que atesta claramente que ambos os Budas eram

    hindus. Alm disso, a coroa, os colares e demais adereos de Kanzeon Bossatsu atestam

    Sua origem nobre e o vu que cobre Sua cabea mostra que Ele est Se ocultando.

    Alm disso, dentre os discpulos de Buda, destacava-se um de nome Hozoo

    Bossatsu. Ele se afastou do Senhor Buda por uns tempos e praticou um tipo diferente de

    ascese. Quando esta produziu seus frutos, ele visitou o senhor Buda e disse-lhe o seguinte:

    "Escolhi um lugar sagrado no Oeste da ndia onde constru o Mosteiro de Jetavana, dando-

    lhe o nome de Terra Pura da Suprema Alegria (Gokuraku Joodo, ou Paraso Purificado). Meu

    objetivo receber ali todos aqueles que, graas ao ensinamento do Senhor Buda, alcancem

    o Grau Bdico, isto , a condio de Iluminados. Eles se instalaro tranqilamente na Terra

    Pura da Suprema Alegria, tambm chamada a Terra Pura da Luz Serena (Jakko-joodo),

    passando toda a sua vida imersos no xtase da Alegria da Suprema Lei". Tal foi a promessa

    feita por ele. A expresso Luz Serena refere-se uma luz plida e triste, ou seja, luz da

    Lua. Entretanto, quando Hozoo Bossatsu passou para o outro plano de existncia, assumiu o

    nome bdico de Amida Nyorai, proporcionando a salvao a todos os seres viventes, no

    Mundo Espiritual. Isso quer dizer que neste mundo os seres so salvos por Sakyamuni, mas,

    no Mundo Espiritual, so eles salvos por Amida.

    Finalmente, Kanjizai Bossatsu mudou Seu nome para Kanzeon Bossatsu, que

    corresponde ao nome snscrito Avalokitesvara, que mais tarde foi traduzido, na China, pelo

  • sbio Kumarajyuu, por Kanzeon. Entretanto, nesse nome de Kanzeon se oculta um profundo

    mistrio, que passarei a explicar agora.

    A DEUSA DA MISERICRDIA E SEUS MIL BRAOS

    A Kwanyin de Mil Braos",

    O coregrafo chins Zhang Jigang criou uma coreografia para contemplar "A Deusa

    da Misericrdia com seus Mil Braos" ou "A Kwanyin de Mil Braos", da mitologia budista. A

    dana foi apresentada por 21 bailarinas que se posicionavam numa longa fila, criando para

    os espectadores uma fabulosa iluso de que era uma nica deusa com mltiplos braos e

    pernas.

    A inesquecvel apresentao de gala da Companhia de Arte Performtica Chinesa

    de Deficientes Fsicos foi apresentada ao vivo pelo canal de televiso China Central, em

    comemorao ao Ano Novo Chins. Estima-se que a audincia chegou a 1 bilho de

    espectadores.

    O mais impressionante o fato de todas as integrantes desta companhia de dana

    serem deficientes auditivas, ou seja, todas as bailarinas so surdas. O resultado foi um

    espetculo de ficar arrepiado e digno de aplausos.

    USHITORA NO KONJIN KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO

    O Deus justo

    Essa divindade , em essncia, a personificao de Ookunitokotati, o Deus Criador

    do Universo. Nasceu como ser humano, recebendo o nome de Kunitokotati-no-Mikoto.

    Desenho do Deus Kunitokotati, feito por Onisaburo Deguti, um dos lderes espirituais da Oomoto

    Na comemorao do dia do Setsubun, realizada em 3 de fevereiro, vrios templos

    xintostas e budistas jogam feijo torrado, clamando que a fortuna fique dentro e o demnio

    fora. O objetivo desse ritual evitar os infortnios provocados pelos espritos malignos.

    Entretanto, de acordo com Meishu-Sama, tal pensamento est incorreto. A entidade

    considerada demnio uma grandiosa e importantssima divindade chamada Ushitora no

    Konjin Kunitokotati-no-Mikoto, tambm conhecida como Ushitora no Kami.

    Kunitokotati uma divindade extremamente justa e reta, no permitindo, por isso,

    erro algum. H muitos anos, nasceu como ser humano. Aps a morte, tornou-se Enma Daio,

    o Grande Juiz dos mortos no Mundo Espiritual. Como visava salvao de todos os

    espritos, era muito rigoroso, eliminando-lhes as impurezas, tirando-os, dessa forma, do

  • inferno. Por ser extremamente justo e correto, sempre causou pavor a quem Dele se

    aproximava. Tanto que, conforme relatos de espritos em manifestaes, se algum mau olha

    pra Ele, sempre O v com o semblante carregado, demonstrando braveza; para os muitos

    perversos, Ele Se apresenta com os olhos brilhando assustadoramente, abre a boca at as

    orelhas, e, quando fala, cospe fogo. Ao contrrio, para os bondosos, aparece sereno e

    complacente, com uma expresso afvel, branda e afetuosa, mas sbria; o esprito,

    naturalmente, sente simpatia e respeito por Ele.

    Cada ser humano deve, por conseguinte, estar procurando melhorar sempre. Dessa

    forma, no haver necessidade de julgamento, nem trabalho, para Kunitokotati, que passar

    a viver como um Ministro da Justia demitido por falta de atividade.

    Depois de 500 anos, Enma Daio voltou ao Mundo Material como Kannon, na poca

    do budismo. Veio para atenuar, atravs da misericrdia, o sofrimento da humanidade durante

    a Era da Noite. A partir da, passou a realizar o trabalho de salvao com infinita misericrdia.

    Sem nunca fazer distino entre Bem e Mal, jamais censura os pecados de ningum. por

    essa razo, inclusive, que os seguidores de Kannon no devem criticar os erros dos outros.

    Caso o faam, estaro contrariando a vontade de Deus.

    No fim da Era do Dia anterior (fato ocorrido h 3.000 anos), chamada Tempo Divino,

    quem governava o mundo era a divindade Kunitokotati-no-Mikoto. Era to rigoroso e justo,

    que as outras divindades no O suportavam. Resolveram, por isso, afast-Lo do comando do

    mundo, para assim poderem viver como elas gostariam. Chefiadas por Amawakahiko-no-

    Kami, revoltaram-se e O prenderam. Seu esprito ficou confinado na direo do Nordeste,

    onde foi morto, aps ser torturado. S teria direito de retornar ao mundo fsico quando

    brotasse o feijo torrado. Como um fenmeno impossvel de acontecer, fica claro que a

    inteno de Amawakahiko era impedir para sempre a volta de Kunitokotati.

    Aps a rebelio, passou-se a falar do Cu de Jaku (Ama no Jaku), nome popular de

    Amawakahiko-no-Kami, uma personalidade bastante arrogante, revoltada contra tudo que

    havia sido determinado por Kunitokotati-no-Mikoto. Ao mesmo tempo, o povo passou a fugir

    da direo do Nordeste, por consider-la o Kimon (portal do demnio).

    No Ofudesaki, livro psicografado da Oomoto, est escrito que Kunitokotati-no-Mikoto

    vai aparecer no mundo material para julgar os vivos. Em outros textos, consta que, at este

    momento, protegeu a humanidade, permanecendo oculto, mas agora vai surgir diante dela,

    iniciando assim o julgamento no mundo fsico.

    Primeira manifestao

    Aps Seu esprito ter ficado 3.000 anos impedido de agir no plano material (tempo

    esse chamado de Mundo das Trevas), Ushitora no Konjin Kunitokotati-no-Mikoto manifestou-

    se, em 1892, atravs de Nao Deguchi, fundadora da Oomoto, gritando em altos brados que a

    flor de ume, de repente, se abria nas trs dimenses do Universo, pois havia chegado o

    tempo do Deus justo do Nordeste. Aos gritos, continuava anunciando estar surgindo um

    Mundo Divino, exatamente no momento em que brotava a flor de ume, e seria governado

    pelo pinheiro, simbolizando, ambos, (ume e pinheiro) o estabelecimento de uma vida estvel,

    sem perturbao, aps anos interminveis de confuses e incertezas.

    Depois dessas primeiras revelaes, Nao Deguchi foi levada pela polcia como

    louca, tendo ficado presa durante vinte ou trinta dias. Mesmo assim, teve incio, dessa forma,

    a religio Oomoto.

    SUNAO

    Conforme explicado, Ushitora ficou confinado na direo do Nordeste, aps uma

    revolta que atingiu a opinio pblica geral na poca, cujo chefe foi Amawakahiko-no-Kami.

    Essa divindade, o verdadeiro demnio do Cu, nada singelo, mas bastante prepotente,

    distorceu a verdade e imperou na mente e no corao de todos os seres humanos. Criou

    uma linha de pensamento invertida que dominou o mundo durante a Era da Noite. Da a

    razo de, ao ser transmitida, ou aconselhada, alguma nova doutrina que no esteja de

    acordo com os preceitos vigentes, as pessoas a rejeitarem de imediato ou, em outros casos,

    julgarem-se capazes de entend-la sem grandes explicaes. De modo especial entre os

    japoneses, tal hbito tornou-se comum. Na verdade, um indcio de que a maioria segue

    inconscientemente a linha da inverso da verdade.

    No Ofudesaki h uma recomendao sobre a grande importncia de se ter sunao

    (disponibilidade de aceitao, de obedincia). por esse motivo, por exemplo, que o povo

    americano possui poucos partidos polticos, cujo nmero no passa de 2 ou 3. Nesse

    aspecto, os japoneses so mais divergentes, criando oposio a tudo; eis porque no Japo

    existem muitas religies e um nmero bem maior de faces polticas.

    Quando, porm, analisado do ponto de vista espiritual, o povo japons apresenta

    maior elevao. Da o motivo pelo qual o pas est constantemente na mira dos jashin.

    A DEUSA DO SOL

    A mais alta hierarquia divina, cultuada no Japo, Amaterassu Ookami, divindade

    tida como ancestral da famlia do Imperador. Atualmente, ainda encontra-se presente, no

    Templo de Isse.

  • Amaterassu Ookami

    O Kojiki, antiga coletnea da mitologia e histria do Japo, faz meno a um casal

    de divindades, Izanagui e Izanami-no-Mikoto, que geraram uma filha chamada Amaterassu

    Ookami, e um filho, Sussanoo-no-Mikoto.

    Este ltimo foi designado para governar a Coria, e Amaterassu, o Japo. Da o

    motivo dela ser considerada ancestral dos imperadores.

    Meishu-Sama escreveu que a orao Amatsu Norito remonta a uma poca anterior

    de Jinmu, o primeiro Imperador do Japo. Foi escrita por um deus da linhagem de

    Amaterassu Ookami, adorado pelo cl Yamato, e por isso suas palavras possuem um esprito

    muito elevado e uma ao intensa, tendo o poder de purificar o Cu e a Terra.

    Vemos, assim, que a deusa Amaterassu tem, realmente, uma importantssima

    posio na hierarquia espiritual.

    Segundo a lenda, Amaterassu se retirou para uma caverna, depois que seu irmo

    Susanoo, o deus do mar, jogou um potro esfolado pela janela do quarto onde ela tecia.

    Quando ela desaparece, o mundo envolvido em trevas eternas, abrindo o caminho para

    que os deuses perversos (jashin) pratiquem o Mal e criem o caos. Assim, os deuses do Bem

    (seishin), na tentativa de retorno da ordem e da Luz, criaram uma estratgia para que

    Amaterassu, por curiosidade, sasse da caverna. Sua curiosidade que ouvira risos e achou

    estranho, pois no caos no haveria motivo de risos.

    Amaterassu Ookami na 1 Abertura da Porta da Rocha

    Ao sair, na 1 abertura do Portal Rocha do Cu, Amaterassu ofusca os deuses com

    a sua Luz. Os deuses do Mal tentaram tape-la usando um espelho, pois queriam que ela

    achasse que havia um deus mais brilhante do que ela. No entanto, os deuses do Bem, a fim

    de evitar que ela voltasse caverna, cercaram a sua entrada com cordas, as shimenawa,

    usadas hoje para mostrar que algo sagrado.

    Quando Amaterassu saiu da caverna, portava o colar, presente de seu pai Izanagui,

    quando incumbiu sua filha do Taka ama hara, ou Takamo no Hara, que seria o Governo dos

    Cus. Trazia tambm a espada que seria futuramente passada ao Imperador, seu

    descendente. Atualmente, esses objetos fazem parte das insgnias imperiais e se encontram

    no santurio de Atsuta, prximo a Nagia.

    A data de nascimento de Amaterassu, segundo Meishu-Sama, seria dia 15 de junho,

    quando o Sol nasce.

    OS ANCESTRAIS DO POVO JAPONS

    De acordo com a lenda, Izanagui e Izanami, a ltima das sete geraes de deuses,

    foram mandados pelas divindades celestiais para "completar a terra deriva". Izanagui

    mergulhou o seu arpo do cu dentro do oceano e depois o retirou, e a gua salgada que

  • dele pingou coagulou-se, formando a primeira Ilha, Ono-goro-jima. Os dois se tornaram,

    ento, marido e mulher, e deram luz s ilhas do Japo, bem como a vrios deuses, entre

    eles os do vento, das montanhas e do fogo.

    Os deuses criadores, Izanagui e Izanami-no-Mikoto

    Ao dar luz o deus do fogo, Izanami morre. Izanagui, aps cortar o deus do fogo em

    cinco pedaos, vai encontr-la no inferno. Izanami sente-se ofendida por ter sido seguida e

    ordena aos deuses que o persigam, mas ele escapa.

    Assim, ao parar, Izanagui lava o seu olho esquerdo, nascendo Amaterassu, a Deusa

    do Sol, e, quando lava o seu olho direito, nasce a Deusa da Lua. Acredita-se que a

    expresso lavar o olho refere-se ao ato de verter lgrimas pela tristeza da perda definitiva

    da amante Izanami.

    Existe uma frase no Kojiki que diz que a Coluna do Cu foi virada por ambos os

    deuses. Inicialmente, Izanami, a deusa esposa, virou no sentido anti-horrio e o mundo no

    foi bem. Havia falhado, girando a favor da cultura material (sendo, na opinio de Meishu-

    Sama, a razo dela ter ido ao Inferno). Izanagui a repreendeu e girou o mundo no sentido

    horrio. Girar no sentido anti-horrio colocar a matria diante do esprito e girar no sentido

    horrio o contrrio. Curar com o Johrei agir no sentido horrio, como Izanagui-no-Mikoto

    O irmo rebelde de Amaterassu

    Sussanoo-no-Mikoto irmo de Amaterassu Ookami, sendo, portanto, filho de

    Izanagui e Izanami-no-Mikoto. Ao contrrio de sua irm, que foi designada para governar o

    Japo, Sussanoo foi designado para governar a Coria.

    Sussanoo-no-Mikoto

    Falando ainda sobre a origem de Sussanoo-no-Mikoto, segundo o Kojiki, h trs

    geraes identificadas com o mesmo nome: Kansussanoo-no (pai), Haya-Susanoo-no (filho)

    e Takehaya-Sussanoo-no (neto). Aps essas geraes que nasceu Ookuninushi-no-Mikoto.

    Ele , tambm, o primeiro compositor de poemas waka, poemas caractersticos do

    Japo, cuja estrutura silbica 5-7 / 5-7 / 7.

    Sussanoo-no-Mikoto o ancestral da cultura material, dos judeus. Assim, pode-se

    dizer que o povo israelita filho de Sussanoo e ele corresponde ao povo judeu.

    EBISSU

    O Deus da Boa Sorte e da Pesca

    Origem: japonesa

    Nome Xint: Kotoshiro-nushi-no-Kami

    Ebissu uma divindade masculina, sendo o deus da pesca e da boa sorte. Com

    sorriso e barba, Ebissu representado sempre com uma vara de pesca, smbolo de boa

    sorte, na mo direita, e um grande pargo vermelho (tai), que simboliza comemorao

    (omede-tai), pendurado pela linha da vara, ou preso embaixo do brao esquerdo.

  • Ebissu, deus da boa sorte e da pesca

    s vezes tambm representado segurando um leque e muitas vezes est vestindo

    um chapu de duas pontas. Numa nao que aprecia muito peixe, no uma surpresa ele

    ser um dos mais populares dos sete deuses da felicidade (Shichi Fukujin).

    Hoje em dia ele simboliza no somente uma navegao segura e uma pesca

    abundante, mas tambm sucesso nos negcios atravs do trabalho honesto.

    Sobre a origem de Ebissu, existem duas histrias. A primeira que ele seria filho de

    Daikoku, sendo sempre representado junto a este. A outra, que est no Kojiki (antigos contos

    japoneses), diz que existe um deus chamado Hiruko. Hiruko nasceu de Izanagi-no-Mikoto e

    Izanami-no-Mikoto. Como ele havia nascido sem ossos, ele foi lanado no mar e l

    permaneceu at a idade de trs anos. De alguma forma ele conseguiu voltar para a terra,

    tendo sido cuidado por Ebissu Saburo, e Hiruko passou a ser considerado o deus Ebissu.

    Ele tambm considerado como deus do sol da manh, protetor dos fazendeiros de

    arroz e guardio da sade das crianas pequenas, assim como o deus Jizo.

    DAIKOKU

    O Deus da Fortuna

    Origem: indiana

    Mantra: On Makakyaraya Sowaka

    Daikoku, tambm conhecido como Daikokuten, uma divindade masculina, sendo

    tambm o deus da fortuna (abundncia), uma divindade domstica (familiar), que trs boa

    sorte e prosperidade. Daikoku aparece, normalmente, sobre fardos de arroz, vestido com um

    capuz, carregando uma grande sacola de tesouros sobre seus ombros e segurando um

    pequeno martelo de madeira mgico. Ele tambm a divindade da cozinha e o provedor da

    comida. Patrono dos artesos, fazendeiros e trabalhadores dos moinhos, alm dos homens

    de negcios, banqueiros e financistas. um dos Shichi Fukujin (Sete deuses da felicidade)

    Daikoku, deus da fortuna

    O martelo da sorte em sua mo direita (uchide nokozuchi) tem o mesmo sentido da

    cornucpia grega. Esse martelo de fartura, quando golpeado, pode magicamente criar

    qualquer coisa que for desejado. No Japo existem duas lendas. Uma diz que caem moedas

    quando Daikoku balana seu martelo. Outra diz que os desejos dos adeptos de Daikoku so

    realizados batendo-se um martelo de madeira simblico por trs vezes no cho e fazendo-se

    um desejo.

    Existem 6 formas, ou manifestaes, diferentes, de Daikoku:

    1) Makura Daikoku, forma comum com o martelo na flor de ltus;

    2) Ojikara Daikoku, com espada e Vajra

    3) Bika Daikoku, um sacerdote, com martelo na mo direita e uma espada de cabo

    de vajra na esquerda;

    4) Yasha Daikoku, com a Roda da Lei na sua mo direita;

    5) Shinda Daikoku, um garoto sentado com um cristal na sua mo esquerda;

    6) Mahakara Daikoku, uma mulher sentada, com um pequeno saco de arroz na sua

    cabea.

  • DO SITE TEMPLO LUZ DO ORIENTE

    O Ise Jingu, um santurio considerado o mais nobre do Japo, tido como a casa espiritual do povo japons. Esse local sagrado possui 125 Templos Xintostas, incluindo o Kotaijingu (Naiku), Templo Xintosta dedicado a Amatherasu Ookami, considerada a divindade ancestral da famlia imperial e tida como o "Deus Solar". A histria do Japo antigo fundamenta-se em aspectos mitolgicos, publicados no Kojiki (livro de mitologia mais antigo do Japo), que fazem referncia existncia de um casal de divindades: Izanagui e Izanami, que gerou filhos, uma menina, Amatherasu Ookami, e um menino, Kansusanoo no Mikoto. Kansusanoo foi designado governante da Coria, ao passo que o governo do Japo teria ficado a cargo de Amatherasu que, segundo consta, gerou um menino, denominado Hiruko no Mikoto. Mas, de acordo com os escritos de Meishu Sama publicados no livro Formao do Povo Japons do Ponto de Vista Espiritual, existe uma parte oculta dessa histria que no fica esclarecida no Kojiki, j que foi revelada a Meishu Sama pelo prprio Kannon. Trata-se da seguinte informao: Izanagui e Izanami teriam tido, na verdade, cinco filhos: o primognito seria Izunome no Ookami; o segundo filho, Amatherasu Sume Ookami; o terceiro seria uma mulher, Amatherasu Ookami; o quarto filho seria Tsukiyomi no Mikoto e o ltimo filho seria Kansusanoo no Mikoto. Outro fato relevante que tambm no consta nos escritos oficiais que, aps a invaso do Japo pela Coria, chefiada por Susanoo no Mikoto, Izunome no Ookami (Kanzeon Bosatsu) teria fugido para a ndia, onde foi o precursor do Budismo. Nesse local, recebe o nome de "Kannon" e, no Japo, ficou conhecido como Izunome no Kami.

    Entrada do Templo Ise Jingu complexo Xintosta composto por 125 Templos

    As rvores nos templos so tratadas com muito carinho e profissionais especializados

    Sobre Amatherasu Ookami, Meishu Sama escreveu o seguinte em um de seus Ensinamentos:

    "Com base na mitologia japonesa, sabe-se que a mais alta hierarquia divina cultuada no Japo Amatherasu Ookami, e at hoje existe a crena de que tal divindade ainda est presente, em esprito, no Templo de Ise. So vrias as verses existentes sobre Amatherasu Ookami, porm a mais confivel a seguinte: tal divindade teria permanecido em lugar denominado Tanba no Kuni Motoise, local de onde, h uns mil e cem anos, teria sido transferida para Yamada no Ise, localidade em que se encontraria at hoje. Segundo tal verso, quando a imagem de Amatherasu Ookami estava sendo carregada num palanquim por algumas pessoas para ser transferida do local onde se encontrava, tornou-se extremamente pesada, no exato momento em que deveria fazer a travessia do Rio Isuzu. E como no houve meios de conseguir continuar a transport-la, ficou decidido que ela deveria

  • permanecer no Templo de Tanba, local de onde foi feita a tentativa de se remov-la. Nessa ocasio, uma rocha de mais ou menos uns 10m

    2 teria cado beira do riacho que passa bem

    atrs do Templo de Isu, permanecendo sentada a at hoje. Justamente por isso, passou a ser conhecida por Gozaseki (a pedra que sentou), j que esse acontecimento, na poca, foi interpretado como o prprio desejo de Amatherasu Ookami em permanecer no Templo Tanba. Ao lado da rocha denominada Gozaseki, existe uma caverna relativamente grande, conhecida como Iwato. No ano passado, inclusive, por ocasio de uma visita que fiz a Motoise, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente essa pedra. (Meishu Sama) Entrada do local do Altar de Amatherasu Ookami. Estas escadas levam-nos ao portal que d acesso ao Templo de Amatherasu, o Deus Solar.

    Como pode observar, a construo bastante simples, apenas uma estrutura de madeira coberta com telhado de palha. Atrs desta construo tem um outro santurio, cercado por 5 colunas de madeira, onde est a imagem de Amatherasu Ookami, que na verdade um espelho.

    Uma caracterstica muito interessante que a cada 20 anos, toda a construo demolida e reconstruda em seguida, esse ritual ocorre desde o ano 690 d.C. A prxima renovao est

    prevista para 2013.

    Nesse santurio, a divindade a prpria natureza... As construes ficam em segundo plano. O destaque para natureza exuberante, que fala por si s.

    Aqui est mais um pequeno templo Xintosta que pertence ao complexo Ise Jingu, a construo de madeira suspensa e podemos observar a simplicidade de sua estrutura. O estilo do telhado se repete em todos os pequenos santurios desse local.

    Lago de carpas do complexo Ise Jingu: