história da literatura perspectiva universal

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Page 1: História da literatura perspectiva universal
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O que é a LITERATURA?

Larousse Cultural: s.f. (lat. litteratura). 1.Arte de escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. 2. Conjunto desses trabalhos pertencentes a um país, época, género, etc. (...); 6. Sonho, fantasia, irrealidade.

Arte da criação de trabalhos artísticos em prosa ou verso; ciência que estuda as produções artísticas escritas; conjunto de trabalhos que pautam um determinado assunto.

Literatura pode ser definida como a arte de criar e recriar textos, de compor ou estudar escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; o conjunto de produções literárias de um país ou de uma época; a carreira das letras.

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Optou-se por definir Literatura, em um sentido estrito, como sendo:

Toda forma de expressão, escrita ou oral, baseada na realidade e que se dá por meio da Imaginação.

É o conjunto das produções do intelecto humano, falada ou escrita, que

despertam o sentimento despertam o sentimento do belo pela perfeição da forma e pela excelência das

ideias. (não é a obra literária em toda a sua extensão, mas só a que é capaz de

provocar uma emoção).

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A História da Literatura é o estudo de toda a actividade literária toda a actividade literária desde os cantares mais simples até às concepções filosóficas mais profundas. Procura entender todas as modificações que a produção literária passou ao longo da evolução da sociedade.

É a maneira de ser, pensar e agir de um Povo, manifestada através da sua poesia e da sua prosa.

Para fazermos o seu estudo, a análise e compreensão dos textos literários são muito importantes, pois ajudam-nos a entender melhor o contexto histórico em que o texto foi escrito. Para tal, necessitamos de analisar movimentos literários movimentos literários e as relações que se estabelecem entre a História e a Literatura.

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INTRODUÇÃO

Na origem, a literatura de todos os povos foi oral.

A narrativa não começa com a escrita. No sentido restrito da escrita (literatura vem do latim "litteralittera", que quer dizer "letrasletras"), a literatura só se torna possível com a escrita, embora não tenha surgido com ela.

A literatura e a escrita, embora tenham conexões entre si, não são sinónimos. Os primeiros registos escritos da história da humanidade não são literatura.

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Fresco de uma casa de Herculano

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A Literatura surgiu nos primórdios da humanidade, quando o homem ainda desconhecia a escrita e vivia em tribos nómadas, à mercê das forças naturais que ele tentava entender através dos primeiros cultos religiosos.Lendas e canções eram transmitidas de forma oral através das gerações. Com o advento da escrita, as paredes das cavernas começaram a receber pinturas e desenhos simbólicos que passaram a registar a tradição oral. Mais tarde surgiriam novas formas para armazenar essas informações, como as tabuletas, óstracos, papiros e pergaminhostabuletas, óstracos, papiros e pergaminhos. Dessa maneira, as primeiras obras literárias conhecidas são registos escritos de composições oriundas de remota tradição oral.

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A maior parte da literatura ocidental antiga perdeu-se.

Cada uma das cinco civilizações mais antigas que se conhecem - Babilónia e Assíria, Egipto, Grécia, Roma e a cultura dos israelitas na Palestina - entrou em contacto com uma ou mais dentre as outras. Nas duas mais antigas, a assírio-babilónica, com suas tábuas de argila quebradas, e a egípcia, com seus rolos de papiro, não se encontra relação directa com a idade moderna.

Na Babilónia produziu-se o primeiro código completo de leis e dois épicos de mitos arquetípicos – o Gilgamesh e o Enuma Elish que vieram a ecoar e ter desdobramentos em terras bem distantes. O Egipto atiçou a imaginação dos gregos e romanos. Da cultura hebraica e dos seus primeiros manuscritos, veio a principal herança literária para o Ocidente - o Antigo Testamento da Bíblia.Antigo Testamento da Bíblia.

Essa literatura veio a influenciar profundamente a consciência ocidental por meio de traduções para as línguas vernáculas e para o latim. Até então, a ensimesmada espiritualidade do judaísmo mantivera-a afastada dos gregos e romanos.

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Embora influenciada pelos mitos religiosos da Mesopotâmia, da Anatólia e do Egipto, a

literatura grega não tem antecedentes directos e aparentemente criou-se a si mesma.

Nos gregos, os escritores romanos buscaram inspiração para seus temas, tratamento e

escolha de verso e métrica.

A chamada literatura clássica, que engloba toda a produção greco-romana entre os

séculos V a.C. e V d.C., vai influenciar toda a literatura do Ocidente.

Preservadas, transformadas, absorvidas pela tradição latina e difundidas pelo

cristianismo, as obras da Grécia antiga e de Roma foram transmitidas para as línguas

vernáculas da Europa e das regiões colonizadas pelos europeus.

Todos os géneros importantes de literatura Todos os géneros importantes de literatura - épica, lírica, tragédia, comédia, sátira,

história, biografia e prosa narrativa – foram criados pelos gregos e romanos, e as

evoluções posteriores são, na maioria, extensões secundárias.

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As primeiras obras da História que se tem informação são os dois poemas atribuídos a Homero : Ilíada e Odisseia.

Os dois poemas narram as aventuras do herói Ulisses e a Guerra de Tróia. Na Grécia Antiga os principais poetas foram: Píndaro, Safo e AnacreontePíndaro, Safo e Anacreonte. Esopo Esopo

fica conhecido por suas fábulas e HeródotoHeródoto, o primeiro historiador, por ter escrito a história da Grécia em seu tempo e dos países que visitou, entre eles o Egipto Antigo.

Séculos VIII a.C. a II a.C

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Séculos I a.C. a II d.C. : A literatura na História de Roma Antiga

Vários estilos que se praticam até hoje, como a sátira, são originários da civilização romana.

Entre os escritores romanos do século I a. C. podemos destacar: Lucrécio (A Natureza das Coisas); Catulo e Cícero.

A época de 44 a.C. a 18 d.C., durante o império de Augusto, corresponde uma intensa produção tanto em poesia lírica, com Horácio e Ovídio, quanto em poesia épica, com Virgílio autor de EneidaEneida.

A partir do ano 18, tem início o declínio da História do Império Romano, com as invasões germânicas. Neste período destacam-se os poetas Séneca, Perónio e Apuleio.

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Séculos III a X

Após a invasão dos bárbaros germânicos, a Europa se isola, forma-se o feudalismofeudalismo e a Igreja Católica começa a controlar a produção cultural.

A língua (latimlatim) e a civilização latina são preservadas pelos monges nos mosteirosmonges nos mosteiros. A partir do século X começam a surgir poemas, principalmente narrando guerras e

factos de heroísmo.

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Século XI : As Canções de Gesta e as Lendas Arturianas

É a época das Canções de Gesta, narrativas anónimas, de tradição oral, que contam aventuras de guerra vividas nos séculos VIII e IX , o período do Império Carolíngio. A mais conhecida é a Chanson de Roland Chanson de Roland (Canção de Rolando) surgida em 1100.

Quanto à prosa desenvolvida na Idade Média, destacam-se as novelas de cavalaria, como as que contam as aventuras em busca do Santo Graal busca do Santo Graal (Cálice Sagrado) e as lendas lendas do rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redondado rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda.

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Séculos XII a XIV: Poesia Trovadoresca

É o período histórico do trovadorismo e das poesias líricas palacianas. O amor impossível e platónico transforma o trovador num vassalo da mulher amada,

exemplo do amor cortêsamor cortês. Neste período, também foi comum o poema satírico, representado pelas cantigas de

escárnio (crítica indirecta) e de maldizer (crítica directa).

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Séculos XIV a XV : Humanismo

O homem passa a ser mais valorizado com o início do humanismo renascentista. A literatura mantém características religiosas, mas nela já se podem ver características

que serão desenvolvidas no Renascimento, como a retomada de ideais da cultura greco-romana.

Em Itália destaca-se: Dante Alighieri (Dante Alighieri (Divina Comédia)Divina Comédia), Giovanni Bocaccio e Francesco Petrarca. Petrarca.

Em Portugal, destaca-se o teatro de Gil Vicente autor de A Farsa de Inês Pereira.

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Século XVI : O classicismo na História

O classicismo tem como elemento principal o resgate de formas e valores da cultura clássica, ou seja greco-romana.

O mais importante poeta deste período histórico foi Luís de Camões que escreveu Os Lusíadas, narrando as aventuras marítimas da época dos descobrimentos.

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Século XVI : O classicismo na História

Destacam-se também os franceses François Rabelais e Michel de Montaigne.

Em Inglaterra, o poeta de maior sucesso foi William Shakespeare se destaca na poesia lírica e no teatro.

Em Espanha, Miguel de Cervantes faz uma sátira bem humorada das novelas de cavalaria e cria o personagem Dom Quixote e seu escudeiro, Sancho Pança, na famosa obra Dom Quixote de La ManchaDom Quixote de La Mancha.

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Século XVII

As ideias da Contra-Reforma marcaram profundamente esta época, principalmente nos países de tradição católica mais forte como, por exemplo, Espanha, Itália e Portugal.

Em França, a oratória sacra é representada por Jacques Bossuet que defendia a origem divina dos reis.

Em Espanha, destacam-se os poetas Luís de Gôngora e Francisco de Quevedo. Em Inglaterra, marca significativamente a poesia de John Donne e John Milton autor de

O Paraíso Perdido.

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Século XVIII: O Neoclassicismo

Época da valorização da razão e da ciência para se chegar ao conhecimento humano. Os filósofos iluministas fizeram duras críticas ao absolutismo.

Em França, podemos citar os filósofos Montesquieu, Voltaire, Denis Diderot e D'Alembert, os organizadores da EnciclopédiaEnciclopédia, e Jean-Jacques Rousseau.

Em Inglaterra, os poetas Alexander Pope, John Dryden, William Blake. Na prosa pode-se observar o pleno crescimento do romance.

Obras e autores deste período da História: Daniel Defoe autor de Robinson Crusoe; Jonathan Swift (As Viagens de Gulliver); Samuel Richardson (Pamela); Henry Fielding (Tom Jones);Laurence Sterne (Tristram Shandy).

Nessa época, os contos de As Mil e Uma Noites As Mil e Uma Noites aparecem na Europa em suas primeiras traduções.

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Século XIX (primeira metade) : O Romantismo

No Romantismo há uma valorização da liberdade de criaçãovalorização da liberdade de criação. A fantasia e o sentimento fantasia e o sentimento são muito valorizados, o que permite o surgimento de

obras de grande subjectivismogrande subjectivismo. Há também valorização dos aspectos ligados ao nacionalismo nacionalismo. Autores principais desta época: Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo

Castelo Branco, Giacomo Leopardi, James Fenimore Cooper, Edgard Allan Poe.

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Século XIX (segunda metade) : O Realismo

Movimento que mostra de forma crítica a realidade do mundo e suas contradições.O ser humano é retratado em suas qualidades e defeitos, muitas vezes vítimas de um sistema difícil de vencer.

Principais representantes: Gustave Flaubert autor de Madame Bovary, Charles Dickens (Oliver Twist ), Charlotte Brontë (Jane Eyre), Emily Brontë (O Monte dos Vendavais), Fiodor Dostoievski, Leon Tolstoi, Eça e Queirós, Cesário Verde, Antero de Quental e Émile Zola, Eugénio de Castro, Camilo Pessanha, Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire.

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Décadas de 1910 a 1930 : fugindo do tradicional

Os escritores deste momento da História vão negar e evitar as tipos formais e

tradicionais.

É uma época de revolução e busca de novos caminhos e novos formatos literários.

Principais escritores deste período: Ernest Hemingway, Gertrude Stein, William

Faulkner. S. Eliot, Virginia Woolf , James Joyce, Mário de Sá-Carneiro, Fernando

Pessoa, Cesar Vallejo, Pablo Neruda, Franz Kafka,Marcel Proust, Vladimir Maiakovski.

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Década 1940 : a fase pessimista

O pessimismo e o medo pessimismo e o medo gerados pela Segunda Guerra Mundial vai influenciar este

período.

O existencialismo de Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Albert Camus vão

influenciar os autores desta época.

Na Inglaterra, George Orwell faz uma amarga e triste profecia do futuro na obra

1984.

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Década de 1950: crítica ao consumismo

As obras desta época da História criticam os valores tradicionais e o consumismo

exagerado imposto pelo capitalismo, principalmente norte-americano.

O poeta Allen Ginsberg e o romancista Jack Kerouac são seus principais

representantes.

Henry Miller choca a crítica com sua apologia da liberdade sexual na obra Sexus,

Plexus, Nexus.

Na Rússia, Vladimir Nabokov faz sucesso com o romance Lolita.

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Décadas de 1960 e 1970

O realismo fantástico, como na ficção dos argentinos Jorge Luis Borges e Julio Cortázar.

Na obra do colombiano Gabriel García Márquez , Cem Anos de Solidão, misturam-se o realismo fantástico e o romance de carácter épico. São épicos também alguns dos livros da chilena Isabel Allende autora de A Casa do Espíritos. No Peru, Mário Vargas Llosa é o romancista que ganha prestígio internacional. No México destacam-se Juan Rulfo e Carlos Fuentes, no romance, e Octávio Paz, na poesia.

A literatura muda o foco do interesse pelas relações entre o homem e o mundo para uma crítica da natureza da própria ficção. Um dos mais importantes escritores a incorporar essa nova concepção é o italiano Ítalo Calvino.

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Final do Século XX: anos 80 e 90

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