história da igreja sud em belo horizonte

83
1 Registro Histórico da Igreja em Belo Horizonte – MG Em 1938 a Igreja é organizada em Belo Horizonte ainda como grupo, contando com a ajuda de missionários, norte americanos. Em 26 de novembro de 1939 o elder Orson Pratt Arnold e W. Richard Nelson abrem oficialmente o primeiro distrito missionário em Belo Horizonte sob a direção do Presidente da Missão Brasileira, John Alden Bowers. Começam o trabalho missionário. Em 15 de dezembro de 1940 chegam mais dois elderes Myrl B. Hymas e Wayne H. Johnson, para ajudar no trabalho missionário. Missionários em Belo Horizonte em Maio de 1940. Da esquerda para a direita: 1.Élder Ross T.Christensen 2.Elder W. Richard Nelson3. Élder Wayne H.Jonhson.4.Élder Myrl B.Hymas. Dois dias depois, em 17 de dezembro realizam a primeira Escola Dominical e Reunião Sacramental. Em abril o elder Johnson é transferido para o distrito do Rio de Janeiro e chega para substituí-lo o elder Ross T. Christensen . Em 27 de abril o elder Arnold é substituído pelo elder George Amberbauer como presidente do distrito.

Upload: rosangela-aparecida-batista

Post on 24-Jul-2015

1.238 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

1

Registro Histórico da Igreja em

Belo Horizonte – MG

Em 1938 a Igreja é organizada em Belo Horizonte ainda como grupo,

contando com a ajuda de missionários, norte americanos.

Em 26 de novembro de 1939 o elder Orson Pratt Arnold e W. Richard Nelson abrem oficialmente o primeiro distrito missionário em Belo Horizonte sob a direção do Presidente da Missão Brasileira, John Alden Bowers. Começam o trabalho missionário.

Em 15 de dezembro de 1940 chegam mais dois elderes Myrl B. Hymas e Wayne H. Johnson, para ajudar no trabalho missionário.

Missionários em Belo Horizonte em Maio de 1940. Da esquerda para a direita:

1.Élder Ross T.Christensen

2.Elder W. Richard Nelson3. Élder Wayne H.Jonhson.4.Élder Myrl B.Hymas.

Dois dias depois, em 17 de dezembro realizam a primeira Escola Dominical e Reunião Sacramental.

• Em abril o elder Johnson é transferido para o distrito do Rio de Janeiro e chega para substituí-lo o elder Ross T. Christensen .

• Em 27 de abril o elder Arnold é substituído pelo elder George Amberbauer como presidente do distrito.

Page 2: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

2

• Em junho de 1940 o elder W. Richard Nelson é transferido para Piracicaba e o elder Brigham G. Holdbrook vem substituí-lo.

Em 25 de junho de 1940 o elder Hal R. Johnson chega para ser o companheiro júnior do elder Christensen. Elder Mirl Hymas é transferido para São Paulo . Vinte e oito anos depois o elder Hal R. Johnson (1968) voltaria como presidente da Missão Brasileira do Norte.

Setembro de 1940 Os Missionários fazem contato com a primeira família SUD de Belo Horizonte.

Em pé, da esquerda para direita:

1- Johann Müller , batizado em Hamburgo, na Alemanha; 2-Elder Hal Roscoe Jonhson; 3- Erhardt Hanke casado com Eva Hanke , pais de Manfred Hanke; 4 - Élder Ross T.Christensen; 5 - Élder Brigham A. Hoolbrook.

Sentadas:

6 – Eva Hanke , Filha de Johann Müller , ao lado do pequeno Manfred; 7 - Christina Magdalena Müller ao lado de

uma criança da vizinhança.

Em 16 de setembro de 1941 começou oficialmente a Mutual nesta

cidade. As oficiais chamadas foram as seguintes: Mr. Oley Coachman como presidente, Srta. Dorothy Hoffay como primeira conselheira e Adelia Kotter como segunda conselheira.

Em outubro deste mesmo ano chega um novo missionário, elder Finn B. Paulsen para ser o companheiro do elder Ellis Packer. Trinta e sete anos depois (1978) o elder Paulsen seria chamado para ser o primeiro presidente do Templo de São Paulo.

Page 3: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

3

No dia 16 de junho de 1942 realizou-se o primeiro batismo na

cidade: Moema Guahyba de Carvalho. O batismo foi realizado pelo

elder Ellis R. Packer.) (encontramos um relato dessa irmã na Liahona de novembro de 1980 – notícias locais – pg. 10)

Os missionários mudaram-se da rua Baia, 919 para um local

melhor situado na rua Espírito Santo, 330. Em 13 de novembro de 1942 ocorreu a primeira reunião realizada ali.

No período da 2ª. Guerra Mundial, os missionários são retirados

do país e a Igreja fechou. Com o retorno dos missionários, a

Igreja é novamente organizada no ano de 1951 .

Em 04 de junho de 1951 Os elderes Kenneth McBride and Kim Wood reabrem o distrito de Belo Horizonte.

Em 12 de julho de 1951 chegam mais dois missionários, elder Con L.

Tylor e Cleo Jordan, perfazendo um total de quatro missionários na cidade. (ver A Gaivota março de 1948 – rumo dos ramos pg. 71)

Elder Tylor e Wood começam a ensinar ingles no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos.

Em 04 de outubro de 1952 temos o registro de batismo da irmã Irene Amaral de Lima, como uma das pioneiras, batizada pelo élder

George G. Miller e confirmada membro da Igreja pelo élder Roy A.McClellan. O atestado de batismo e confirmação está

assinado pelo então, presidente da Missão Brasileira, Rulon Howells.

Atestado de Batismo e confirmação em 1952

Page 4: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

4

Aberttura da terra – Rua Levindo Lopes

Presidente Beck, Rulon B. Haacke-

Supervisor de construção, Walter Rocha

Cardoso e Augusto Batista Moura

No ano de 1959 é organizado o 1º. Ramo em Belo Horizonte. O ramo de Belo Horizonte (unidade pequena) estava localizado em casa

alugada à rua Cláudio Manoel, 925.

Mais tarde essa unidade mudou-se para a rua Rio Grande do Sul, 1040 e posteriormente para a rua Sergipe, 1942. Neste início, a

congregação era formada por apenas 11 membros locais.

Os batismos eram realizados na piscina do Clube Atlético Mineiro,

localizado na Av. Olegário Maciel. Os líderes eram os próprios missionários.

Batismo realizado em 1942 Batismo de uma jovem em 1942

Em janeiro de 1963 a igreja adquiriu um terreno, situado na rua Levindo Lopes, 214. Nesta época a irmã Francelina Amaral do Vale, mãe da

irmã Irene, acima citada, presidia a organização da Sociedade de Socorro.

A partir dessa época, beneficiando-se da

experiência adquirida pela liderança, membros locais são mais frequentemente chamados a liderar como Presidentes de ramos e de distrito.

Inicia-se a construção da primeira capela na cidade, na rua Levindo Lopes (período aproximado

de um ano) , em 1964, está concluída. Dentre outros que ajudaram na construção da capela citam-se os nomes de Antonio Matos, Ladslau Prokop, Nestal Pereira , Arlindo Monteiro, Itamar Braga, Carlos Alberto

Silva.

Page 5: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

5

O terreno na época custou 50 mil dólares, muitos ajudavam na construção durante o dia e a noite: em média 6 homens e 2 mulheres

ajudavam preparando as

refeições.

Foto das máquinas limpando o terreno Foto dos trabalhadores da construção

Em 20 de dezembro de 1964 é dedicada a Capela da Rua Levindo Lopes, 214 com o nome de Ramo de Belo Horizonte, depois Bandeirantes.

Foto da capela em Belo Horizonte Elder Bartlett

Em 28 de outubro de 1965 é realizado o primeiro casamento nesta

capela. O irmão Cláudio Bueno (que serviu como missionário de construção) casa-se com Albertina Bueno. O casamento é realizado

pelo Élder Clarens Moon, então Presidente da Missão de Construção.

Em 1966 o Élder Bartlett é o presidente do ramo com Walter Cardoso

e Ladslau como conselheiros.

Em 1967 José Soares torna-se o Presidente do Distrito.

Page 6: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

6

Os presidentes de ramo estão abaixo relacionados :

• Walter Rocha Cardoso (1960 -1962)

• Augusto Batista de Moura (1962-1963)

• Arlindo Ângelo Monteiro (1963-1966)

• Ladislau Prokop (1966),

• Élder Sidney Stark Cheff (1966)

• Élder Bartlett (1966)

O fato de haver três presidentes no ano de 1966 foi por um

problema de auditoria pedido pelo Pres. Ladislaw e não atendido pelo conselheiro do presidente da Missão, Hélio da Rocha Camargo. Foi chamado então o Presidente José Soares em 1967.

Em 08 de fevereiro de 1970 o Ramo Belo Horizonte é dividido, ficando assim organizado :

• Ramo Belo Horizonte com Presidente Cláudio Inéas Bueno (1974

a 1976) como presidente.

• Ramo Floresta com Robert Taylor como presidente.

Cada um dos ramos contava com frequência média de 80 pessoas.

É reorganizado o Distrito de Belo Horizonte que passa a envolver as unidades de Juiz de Fora e os dois ramos de Belo Horizonte.

Em 1972 a unidade de Juiz de Fora é desvinculada do Distrito de Belo Horizonte. Este adquire maior autonomia com a criação de uma terceira unidade.

Em 1972 é chamada nova liderança para o distrito presidido por Edson Lopes e em 1974 Cláudio Bueno o substitui.

Page 7: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

7

Na presidência do Distrito sucedem-se:

1. Walter Rocha Cardoso até 1966

2. Intervalo sem organização de distrito devido a problemas

administrativos,

3. Edson José Martins Lopes – 1972 a 1974

4. Cláudio Inéas Bueno – 1974 a 1976

5. Nelson Reed – 1976

6. Heclelino Martins Gonzales – 1976 a 1977

7. Lincoln Porto de Queiroz – 1978

8. Ernani Teixeira – 25.03.1979 a 15.02.1981

Em 12 de dezembro de 1976 numa Conferência Distrital cria-se uma nova unidade. A partir de então as unidades denominam-se: Liberdade,

Barroca, Floresta e Pampulha.

Em 15 de fevereiro de 1981 é organizada a primeira estaca - Estaca Belo Horizonte, sediada à rua Levindo Lopes. A estaca é formada por 4 alas na área urbana e 4 ramos em outros municípios da

Grande Região Metropolitana. A reunião para organização da estaca é presidida pelo Élder James E. Faust, membro do Quorum dos Doze

Apóstolos. Ernani Teixeira é chamado como presidente da Estaca, tendo como conselheiros Luiz Henrique Andrade de Miranda e Edson

Lopes (ver Liahona entre maio de junho de 1981 – pg. 01).

Em 18 de agosto de 1985 é dedicada a segunda capela situada à rua Alexandre Tourinho, no Bairro Sagrada Família.

Em 22 de fevereiro de 1986 é dedicada a terceira capela situada à rua Junquilhos, no Prado.

Em 01 de julho de 1988 é criada a Missão Brasil Belo Horizonte, tendo como presidente Nivio Varela Alcover.

Page 8: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

8

Em 08 de abril de 1990, sob a liderança do presidente da estaca, Edson José M. Lopes e com a presença do Presidente da Missão, Nivio

Varela Alcover, criam-se mais dois distritos: Contagem e Sete Lagoas. (ver liahona nov.1980 pg. 03 notícias locais). O Distrito de Contagem fica constituído com Evandro C. Parada como presidente e Distrito de Sete Lagoas com José Epaminondas Gonçalves como

presidente.

Em 06 de junho de 1993 foi organizada a Estaca Contagem, sendo chamados para presidí-la Evandro C. Parada como presidente, Osvaldo Pereira Cruz e Edson Donizete G. Ribeiro como primeiro e

segundo conselheiros respectivamente.(ver Liahona set. 1993 notícias locais pg. 03)

Em 12 de dezembro de 1993 – Na reunião presidida pelo Élder Harold G. Hillan é organizada uma nova estaca a partir da Estaca Belo Horizonte.

• Estaca Belo Horizonte Oeste com Rodrigo de Lima e Myrrha como presidente. As unidades que compõem a Estaca são as seguintes: Alas Pampulha, Pedro II, Barroca, e os ramos

Progresso, Ribeirão das Neves, Venda Nova, Aeroporto, Alvorada, Gutierrez, Lagoa e Nova Gameleira. (liahona março 1994 pg. 03)

• Estaca Belo Horizonte tem como presidente Maurício Ferreira Leite. A estaca é formada pelas seguintes unidades: Alas Bandeirantes, Brasil, Conselheiro Lafaiete, Floresta,

Liberdade, Pompéia, Queluz, União, e dos ramos Brasília e Sabará. (liahona março de 1994 – notícias locais pg. 04)

Em 01 de julho de 1994 - é criada a Missão Belo Horizonte Leste, com Thomas P. Smith como presidente, dividindo Minas Gerais em duas frentes de trabalho.

• Em 03 de setembro de 2000 foi criada a estaca Belo Horizonte Pampulha, com Rodrigo de Lima e Myrrha como presidente.

Page 9: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

9

• Foram criadas mais 5 estacas no estado de Minas Gerais até o

ano de 2009, perfazendo um total de 9 estacas.

Os Primeiros Membros

(Levantamento realizado por Alessandra Choairy)

Irene Lima - O 7º. Membro filiado à Igreja em Belo Horizonte. Ela foi entrevistada em 2004 pelo irmão Ricardo Choairy Coelho, um ano

antes de seu falecimento, quando deixou o seguinte registro:

“Dois missionários estiveram em sua casa, sem que ela se convertesse a Igreja. Somente doze anos mais tarde, em fevereiro de 1952 recebeu

novamente a visita dos missionários. Batizou-se em 04 de outubro de 1952. Lembrou-se também de mais 6 pessoas que já eram membros

da igreja na localidade: irmã Cotinha (falecida na década de 60); uma irmã que tinha muitos gatos, residente na Av. Getúlio Vargas; irmã

Hank que era alemã e tinha um filho; um outro rapaz do qual não se lembrava do nome ‘que era ótimo mas acabou se casando fora da Igreja

e perdendo o contato’; irmão José Domingos e irmão Mário Rebola.

Acrescentou sua própria mãe, Francelina, e sua irmã Zulma Amaral de Andrade, que veio a ser a primeira missionária de proselitismo do

Distrito de Belo Horizonte”.

Uma breve pesquisa realizada indica nomes anteriores à década de 70 que ainda fazem parte da memória dos mais antigos. Desculpando-nos pela involuntária exclusão de alguns, citamos:

• Anete e Janete Lima (1958),

• Ângelo Perilo e esposa Rute e filhos (1960),

• Arlingo Angelo Monteiro, e esposa Sonia Machado e os filhos

Alexandre, Alexia, Anderson, Alacy (1962),

• Augusta Herna Correa e filha Luiza e Maria Balbina (25.03.62),

• Augusto Batista de Moura e família (pais de Albertina) (1961),

Page 10: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

10

• Carnot e Silvia Mendes (1960),

• Cláudio Inéas Bueno e esposa Albertina Moura Bueno (1950),

• Daniel Laguardia e família (1960),

• Emanuel da Costa Pereira e Sada e família (1968),

• Helena Arosteguy e filhos:Sueli, Wilson e Marta Grécia (batizados

em 26.06.1957),

• Itamar Braga e esposa Irene M.Braga e filhos, Ivani, Ilcéia, Iremar e Isael (1961),

• José Nestal Lelis Pereira e esposa Penha e filhos (1960),

• Ladislau Prokop e Dioceli e filhos (1962),

• Lídia e filhos: Íris, Amauri e Marli .

• Lucina e filhos (1962),

• Maria Godim (1960),

• Almiro Carvalho e Manoela Carvalho e filhos: Maria Luiza e Paulo

Roberto (1969).

• Maria Luiza Carvalho Lopes e família posteriormente (1969),

• Newton Rodart Coelho e esposa Maria de Jesus e filhos, Alessandra, Ricardo e Carla (29.12.69),

• Rage Saliba e Elade (1967),

• Rubens e sua prima Gláucia (1964),

• Sérgio Lopes e esposa Darley e filhos (1963),

• Terezinha Araujo e filhos,

• Walter Rocha Cardoso e família (1950).

Page 11: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

11

Relatos de Pioneiros

Milton Pereira

“Fui batizado no ramo de Belo Horizonte que era presidido pelo Élder Carlos Garcia, missionário natural de Califórnia. Eu residia então, no bairro Gameleira. O ramo

funcionava na rua Rio Grande do Sul, 1040.

Fui batizado em 24 de julho de 1960, pelo Élder Jeffrey R. Matsen e confirmado pelo

Élder Blen Flinders Talbot, ajudado pelo Élder Matsen. Declaro que todas as bênçãos

pronunciadas na ocasião estão sendo cumpridas.

Fui ordenado diácono por Walter Rocha Cardoso, então presidente do

Ramo Belo Horizonte, que então pertencia ao Distrito de Juiz de Fora.

Havia 18 membros frequentadores nesta época . O ramo pertencia a

Missão Brasileira. Nesta época fui designado como Coordenador da Escola dominial deste ramo que tinha a Sister Bak como professora.

Meu primeiro serviço na Igreja foi distribuir o sacramento nas reuniões sacramentais do ramo, que contava então, como 25 membros.

Nos primeiros dias como membro da Igreja prestei meu primeiro

testemunho na sala de aula da Escola Dominical dizendo que sentia que a Inteligência de Deus estava presente na classe e que fazia portanto uma grande diferença nos ensinamentos recebidos. Em meu segundo testemunho falei que as religiões usavam o Novo Testamento

para ensinamentos, desprezando o Velho Testamento, quando

Page 12: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

12

precisávamos tanto de um como de outro, fazendo este muita falta na aplicação dos ensinamentos. Em meu terceiro testemunho falei sobre a

providência de Deus em salvar os israelitas no Egito, quando na passagem pelo mar. Disse que não sabia o que seria da verdadeira

religião se eles não tivessem conseguido e que seria sempre grato pela providência divina.

Fui ordenado mestre pelo irmão Walter Rocha Cardoso em 26 de maio de 1963. Nesta época a capela funcionava na rua Sergipe e o ramo era presidido pelo irmão Augusto Batista de Moura.

Fui ordenado sacerdote pelo Presidente Osvaldo Magalhães Dias na capela da rua Levindo Lopes. Nesta capela participei, em 1964, das obras de marcenaria e carpintaria para assoalhos, quadra de voleibol, esquadrias e o hall da varanda e também no trabalho de alvenaria.

Depois ocorreu a divisão do ramo Belo Horizonte e foi criado o ramo

Belo Horizonte I e ramo Belo Horizonte II (Ramo Floresta).

Fui ordenado Élder por Walter Crocce, segundo conselheiro da Missão

Brasil Rio de Janeiro, em 01 de dezembro de 1974. Nesta época era membro do Ramo Belo Horizonte III que funcionava na rua Aimorés.

Após o retorno do Ramo Belo Horizonte III para a rua Levindo Lopes, fui

chamado para ser segundo conselheiro do Presidente João Teixeira Filho. Neste período tinha como grandes companheiros, o irmão José de

Arimatéia Barros e o Élder Kochinaga, apelidado de “Japonês”.

A seguir fui chamado como presidente do Quorum de élderes do ramo Barroca e julgo ter feito importantes trabalhos entre todos os membros e ter criado muita amizade e união.

Após o falecimento do presidente João Teixeira, fui designado, em janeiro de 1979, pelo Presidente Ernani Teixeira do Distrito de Belo Horizonte, o presidente do ramo. Presidi essa unidade por quatorze

meses. Tinha como presidente do quorum, o irmão Manuel Figueira Rodrigues, como secretário do quórum, Manuel Rosa Tibães. Como

Page 13: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

13

conselheiros do ramo, os irmãos Geraldo dos Reis da Silva e Oswaldo Barreto de Oliveira.

Muitos batismos aconteceram. Mudamos o ramo para a rua Pedra

Bonita, 1088, Bairro Barroca. Promovemos a compra de quase tudo que precisávamos para funcionar como um ramo, inclusive bebedouro,

mesas, púlpito, bancos, cadeiras e quadro, hinários e bandejas.

Os relatórios financeiros foram rigorosamente pontuais. Minha alegria

era o trabalho do irmão Ilton de Souza Castro no serviço de conferir os relatórios como secretário financeiro. Ele fazia, porém este serviço no

local onde trabalhava, pois estava afastado da Igreja, apesar de sua família frequentá-la assiduamente.

O quórum de élderes funcionou com esforço. A Sociedade de Socorro

teve muito êxito. A Organização das Moças não funcionou muito bem, mas tínhamos um grupo formidável de rapazes: David William Pereira,

Joubert Paim Diniz, Paulo Sérgio de Assis Teixeira, Adriano de Castro, Concórdio Pereira de Souza, Carlos Roberto Camargos, Wanderley Reis

da Silva, Wandick R. do Carmo e Luiz Vanderlei Sales.

A capela estava sempre muito arrumada com o trabalho destes jovens,

pois não tínhamos zeladores. As moças e as irmãs também auxiliavam neste trabalho. O irmão Geraldo dos Reis da Silva era o meu braço

direito em tudo. Muitas bênçãos patriarcais foram tiradas pelos membros, várias caravanas ao Templo de São Paulo, muitas elevações

no Sacerdócio, ficando a casa muito pequena para os membros do ramo.

O Distrito foi elevado a Estaca e o ramo tornou-se a Ala Barroca,

quando fui desobrigado como presidente do ramo.

Fui ordenado Sumo-sacerdote pelo Presidente Luiz Henrique Andrade de Miranda, primeiro conselheiro da Estaca e depois designado primeiro conselheiro do bispado, com os bispos Geraldo Reis e João

Márcio.

Page 14: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

14

Fui designado líder de Genealogia e temos realizado muitas coisas boas neste cargo, como os cursos dominicais e preparação para o templo.

Tive grandes ensinamentos e grande alegria com as irmãs Wanda Noronha e Ana Carolina de Almeida como professoras, com uma boa

supervisão do sumo conselho da estaca.

Espero ainda, poder fazer uma obra completa”.

Obs.: O irmão Milton Pereira casou-se com a irmã Aurora Cândida

Pereira (27.07.l956) e faleceu em 23.03.1990.

Rute Damasio Perillo

(Depoimento prestado em 30.ll.2008 para o casal historiador

– Elder e Sister Lopes).

Nasci em 29 de março de 1933. Casei-me com

Angelo Perilo. Tivemos 4 filhos. Estamos na igreja há 48 anos.

Fomos batizados em Belo Horizonte em 1960.

Nosso batismo: Duas missionárias bateram em nossa porta uma noite e queriam nos ensinar sobre o evangelho. Meu marido acreditava em

Deus e tinha sido durante toda a vida mais ou menos presbiteriano.

Eu não acreditava em nada, em coisa nenhuma, era completamente descrente, não acreditava nem mesmo na existência de Deus, portanto

não tinha muito interesse em aprender sobre religião.Mas meu marido mandou que elas entrassem e começou a fluir entre nós uma grande

amizade e daí cada dia que elas nos visitavam nos ensinavam uma coisa.

Eu tinha já lido o Livro de Mórmon duas vezes porque eu sou muito interessada em leitura, em história, principalmente de povos e o Livro de Mórmon com suas histórias me prendeu muito apesar de que a parte religiosa passou direto sem que eu nem percebesse que tinha religião

naquilo.

Page 15: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

15

Então, um certo dia, uma certa tarde, eram mais ou menos 5 horas da tarde, quando eu estava no quarto, eu já tinha nesta ocasião dois

filhos, Raul com dois anos e o Tadeu recém nascido. O Tadeu estava no berço e eu fui trocar a fralda; então no momento em que eu me

abaixei no berço (antes eu fazia sempre uma oração) “eu quero saber se Deus existe, e se ele existe eu quero saber sobre esta igreja”. Nesta

tarde eu ouvi uma voz que dizia: Deus existe e esta é a Igreja verdadeira.

Neste momento eu caí sem forças no chão, não sei quanto tempo eu fiquei caída, não sei o que me derrubou, só sei que os dois meninos

que estavam no quarto não fizeram nem um som, ficaram quietinhos, eu pude então meditar sobre aquilo que eu havia escutado e eu chorei muito porque meu coração estava amargurado por ter passado tantos anos sem acreditar em Deus e agora eu sabia que ele existia. Eu tinha

27 anos.

Mais tarde as sisteres chegaram e falaram com a gente assim: “Sábado vai ter um batismo na Igreja, eu acho que vocês tem progredido

bastante no conhecimento do evangelho, vocês estão prontos para ser batizados?”

Meu marido falou:- Eu não estou, ainda faltam duas coisas para eu acertar.( Ele ainda fumava,ainda tomava café e também domingo ia sempre para o futebol). “E você, Rute, você está pronta?”

Eu falei: De todo o meu coração, estou pronta, sister, pode me levar para o batismo. Meu marido ficou espantadíssimo porque eu não tinha contado para ele o me tinha acontecido, eu não sabia me expressar acerca daquilo, eu não tinha palavras para dizer o que eu

havia sentido, nem o que tinha me acontecido exatamente.

Sei que no proximo sábado, no dia 30 de abril de 1960, fui batizada. E aí eu comecei a fazer força com meu marido para ver se ele também se

afiliava à Igreja. Então, no fim do mês, quando ele recebeu o ordenado dele, ele falou assim comigo: “Já paguei todas as minhas despesas”. E

eu perguntei: “ Já pagou o dízimo?” E ele “Que dízimo?” E eu “ O

Page 16: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

16

dízimo que a gente tem que pagar na Igreja?” E ele “Mas eu não sei o que é que isso, que dízimo é esse, eu não sou da Igreja”. E eu falei com

ele assim:” Você não é da Igreja mas eu sou, então eu quero o meu dízimo pago”.

Foi uma das coisas que eu sempre fiz questão: O nosso dízimo pago

religiosamente. E foi uma benção muito grande nas nossas vidas pois nunca tivemos necessidades de coisa nenhuma, de pedir dinheiro emprestado, sempre tivemos nossa casa, coisas que nós precisávamos, os quatro meninos estudaram na faculdade, o neto que criamos desde pequenininho também estudou na faculdade.

Fizemos missão (86-87) no templo de São Paulo. Meu marido, eu e meu filho Daniel saímos para a missão juntos . Ele para missão de proselitismo e nós para a missão no templo.

A conversão de Ângelo foi a seguinte: Eu e a sister ficávamos sempre

insistindo: “Por que você não aceita a Igreja, qual é o seu problema?” Aí ele disse que a mãe dele havia ensinado que na Igreja de Cristo não

podia ter dança e que nós dançávamos na Igreja, então ele não podia aceitar esta igreja como se fosse a verdadeira. Mas eu fui conversando

com ele, insistindo com ele, até que finalmente ele aceitou. Ele foi batizado em 22 de maio do mesmo ano.

Daí prá frente aconteceram muitas coisas interessantes na nossa vida.

Em agosto teve uma conferência na cidade e meu marido foi chamado 1º. conselheiro do presidente do ramo. Foi a primeira vez que teve um ramo com presidência brasileira.

Em dezembro daquele mesmo ano, meu marido foi transferido pelo

banco no qual trabalhava para Brasília e fomos para lá no início do ano de 1961. Lá nasceu nosso terceiro filho, Angelo Bueno Perillo Jr. Vivemos em Brasília por 4 anos e meio.

Com relação a Igreja nesta cidade foi o seguinte. Não tinha capela, só tinha uma sobreloja alugada e os membros que tinham lá tinham vindo

Page 17: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

17

de São Paulo e Curitiba; eram 3 famílias: Ciro Ludgero da Silva, com esposa e duas filhas e outras. Não tinha havido nenhum batismo lá.

Algumas pessoas foram batizadas em Brasília. Meu marido foi o

primeiro presidente do ramo, foi mandado pelo Presidente Bangerter que o designou quando ficou sabendo que íamos morar em Brasília.

Mandou também na época dois missionários. Começamos o ramo, abriu com a gente lá, na Av. W3.

O imão Ciro Ludgero da Silva era o 1º. conselheiro e o irmão Guido o 2º. Conselheiro. Nós moramos em Brasília durante 4 anos e meio.

Depois mudamos para Niterói. Quando mudamos havia cerca de 30 pessoas frequentando o ramo de Brasília.

Jason G. Souza, um irmão muito firme com sua esposa Lindamir, que

tinha se mudado para Brasília tornou-se o presidente no lugar do Angelo.

Quando fomos para Niterói encontramos um ramo pequeno, bem

pequeno, com pessoas que não se falavam, não se gostavam, viviam de cara amarrada uns com os outros e nós achamos que aquele ramo não

estava bom. Meu marido foi chamado como conselheiro do distrito e frequentava as reuniões às quintas- feiras, noite, no distrito.

O presidente do Distrito, irmão João Dias, chamou-o para ser o

presidente do ramo de Niterói, mas o outro ainda não tinha saído, né. Bem, meu marido não queria aceitar o chamado para não criar um problema maior com o outro que havia lá, irmão Cirley. Foi em 1965. Então o Cirley apresentou um pedido de dispensa do cargo porque ia morar em Cabo Frio, ele era do exército, e ia morar lá mas queria ser

desobrigado dalí a um mês. Mas ele foi desobrigado no próximo domingo. Esse Cirley era uma pessoa muito engraçada porque continuou com as chaves da capela e do escritório. Então todo domingo, quando nós chegávamos cedo na capela, ele já estava lá,

sentado no escritório e ele sabia de tudo que acontecia na cidade, entre os membros da Igreja.

Page 18: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

18

Aquele ramo vivia numa contínua briga, ninguém tinha cargo a não ser o presidente do ramo e a esposa dele que era a presidente da Sociedade

de Socorro. Então meu marido chamou todo mundo no bispado, reuniu todo mundo e falou com as pessoas: “Ou vocês resolvem o

problema ou então eu não quero ninguém mais aqui, vocês podem ir embora e não voltar mais”. Na hora que ele falou isso, todo mundo

começou a chorar, se abraçar e resolveram os problemas e acabou a desavença no ramo. Fizemos uns amigos verdadeiramente fortes, o Serafim, O Ari, o Amauri, e a família Lopes.

Foi nessa época que Daniel nasceu. Em 1967, meu caçulinha que veio

como uma bênção porque o médico havia dito que eu não podia ter mais filhos. Quando eu engravidei, eu falei “tirar não vai de jeito nenhum, eu vou com essa gravidez até o fim”. Meu filho nasceu bem, cresceu bem, hoje é forte e ativo na Igreja. Dos meus quatro filhos,

dois fizeram missão de tempo integral. Tenho dois filhos que mudaram para os E.U.A. e moram lá.

Ficamos morando em Niterói por 5 anos, quando o banco onde meu

marido trabalhava nos transferiu para Sete Lagoas.

O ramo em Sete Lagoas foi iniciado em 06 de abril de 1972, em nossa casa.

Durante esses dois anos frequentávamos as reuniões em Belo Horizonte, onde meu marido era o Presidente do Distrito. Todos os

domingos saíamos às 5 horas da manhã de Sete Lagoas e vínhamos para as reuniões em Belo Horizonte (porque meu marido só andava a 30 km. por hora).

História do Pneu – (narrada pelo Daniel Perillo) ‘Teve um dia que eles

sairam de casa pela manhã e o pneu estava furado.

Meu pai falou que ia até o borracheiro consertar o pneu. Mas mamãe

disse “ Meu bem, muito tempo que a gente vai, nunca aconteceu, hoje é

domingo, não é dia para ir no borracheiro”. Aí, ele falou :“o Espírito tá me

falando para consertar o pneu”. Consertaram o pneu.

Page 19: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

19

Já na ida no meio do caminho furou o segundo pneu. Ele trocou o pneu

e falou: “Vou consertar no borracheiro” e mamãe respondeu: “ Mas já

aconteceu a segunda vez, não vai acontecer de novo, hoje é domingo não

é dia de fazer isso. E ele respondeu: “O Espírito tá me falando prá

consertar o pneu”.

Consertaram o pneu, foram, assistiram a reunião e quando iam pegar o

carro, o terceiro pneu estava furado também. Trocaram o pneu e antes de

seguir viagem, mamãe perguntou: “Vai consertar no borracheiro”? “Não,

não vou consertar”. “Por que” e sua resposta foi: “O Espírito não me

disse nada!”

E voltaram para casa em segurança sem mais nenhum pneu furado.

Em Sete Lagoas meu marido conversava com todas as pessoas que

entravam no banco, conhecia todo mundo, falava com todo mundo, chamava para ir a Igreja. Muita gente foi batizada, apesar de muitos

não terem permanecido ativos. Foi o presidente do ramo em Sete Lagoas.

Em 1975 fomos transferidos para Brasília mais uma vez e meu

marido foi chamado para ser presidente do distrito permancendo nesse chamado até a nossa vinda definitiva para Belo Horizonte em 1980.

Eu gostaria muito de contar a História da Igreja em Brasília.

Quando nós chegamos em Brasília dessa segunda vez, ainda não tinha capela. Eles continuavam a realizar reuniões naquela sobreloja e lugares similares. Então nós ficamos sabendo que a NOVACAP dava

terrenos para escolas e igrejas desde que o responsável assinasse um termo dizendo que ia construir o edifício dentro de 3 anos. Então, o

Angelo ia com o irmão Guido todas as semanas assistir a reunião do conselho da NOVACAP, esperando ser contemplado. Já haviam enviado

todos os papéis exigidos por eles, inclusive um milhão de cruzeiros depositados no banco no número da caixa da NOVACAP.

Page 20: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

20

Como eles iam todas as semanas reparavam que havia uma pilha bem grande ( mais de um metro de altura) de requerimentos . Uma

noite meu marido falou para o irmão Guido: “Vamos ajoelhar aqui e fazer uma oração”. Eles se ajoelharam na entrada do edifício onde

funcionava o escritório da Novacap. Oraram e pediram que tudo corresse bem aquele dia, pois já havia mais de 2 anos que estavam

esperando e não tinha jeito de sair. Saiam contemplações principalmente para colégios e igrejas católicas.

Mas nesse dia depois que oraram aconteceu algo realmente extraordinário. O presidente do conselho falou o seguinte: “Hoje não

vamos fazer como de costume, ou seja, tirar uma petição aleatoriamente ( eles sorteavam duas todas as semanas). Vamos escolher uma que tenha todos os dados preenchidos, que todos os papéis estejam perfeitos e o dinheiro depositado”.

A única que tinha todos os dados perfeitos foi A Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias. Foi dado um terreno para a Igreja.

Na hora de darem o terreno, este tinha que ser escolhido por um membro da NOVACAP. Havia terrenos pequenos e outros maiores. A

priori ofereceu-se um terreno pequeno para a igreja. Meu marido salientou que precisava de um terreno grande, explicando que a igreja tinha quadras, estacionamento, área de batismo, recreação e que se houvesse alguma desistência dos terrenos maiores que lhe fosse

avisado, então. Havia um rapaz medindo aquele desenho plano da cidade com uma régua e disse: Espera aí, não vai embora ainda não, eu estou vendo uma possibilidade, olhou bem e viu o nome de uma igreja que ocupava dois terrenos . Havia um de 30 x 50 na W5 que estava livre. Então deram esse terreno para a Igreja. O relato a

seguir é do Daniel Perillo:

Tem duas coisas que eu gostaria de acrescentar nesta história: Naquele

dia, a secretária da NOVACAP não estava lá. Havia uma outra

secretária no lugar. A secretária titular sempre tirava a pasta da Igreja e

escondia porque ela não gostava da igreja. Mas no dia em que eles

Page 21: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

21

oraram, esta outra secretária viu a pasta e comentou:“esta pasta está

aqui há muito tempo” e colocou a pasta em cima da pilha e foi a pasta

que eles abriram e que estava tudo perfeito. O interessante desta

história é que eles tinham que pedir para passar um trator no terreno

para começar a construção da capela e era uma coisa complicada para

conseguir. Mas apareceu um trator que foi lá para limpar o terreno da

loja maçônica, ao lado, e limpou o terreno da Igreja por engano.

Quando perceberam o ocorrido , o terreno da Igreja já tinha sido limpado

completamente.O terreno foi todo limpo pelo trator da prefeitura que

estava prometido aos maçons.

Três dias depois o presidente Beck mandou três missionários de construção que ficaram hospedados em nossa casa e começaram a comprar materiais e em poucos dias já tinham comprado todos os materiais. Construiram primeiro uma casinha para eles ficarem e

depois começamos a construir a capela. Na construção da capela fazíamos um grupo no sábado de manhã, com intervalo para almoço.

Cada uma das irmãs levava comida e todos participávamos. Depois tinha o segundo turno de construção, então, trabalhamos bastante

mesmo. Eu até recebi um prêmio porque fui a que deu maior número de horas na construção da capela. Em 10 meses a capela já estava

pronta.

Lá era muito forte o ramo. Todo mundo frequentava, todo mundo trabalhava bastante.

Nós ficamos em Brasília por 6 anos. Em 1980 Ângelo se aposentou pelo banco.

Mudamos para Belo Horizonte, para nosso apartamento e ficamos

definitivamente.

Os cargos que ocupei foram:

- Professsora dos membros antigos (ramo de Belo Horizonte)

Tinha apenas 15 dias de batismo e fiquei pensando: “como vou dar

aula, nunca dei uma aula na minha vida nem em lugar nenhum” A

Page 22: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

22

sister, que era a professora, me ajudou e disse que eu seguisse o manual, as referências na Bíblia e no Livro de Mórmon e citasse

durante a aula. Eu estudei tanto durante a semana que decorei a aula e no domingo cheguei lá na frente e a transmiti em 5 minutos. Então,

eu falei “e agora”? Agora eu tenho que começar de novo.

Então, comecei a aula novamente da primeira página, fui esticando, esticando, até que completei os 45 minutos.

- Tive 9 cargos em Niterói: Nunca fui presidente de nada, eu dava aulas, gostava de dar aula; eu lia muito. Eu li o Livro de Mormon uma vez

por semana, durante muitos anos. Lia 130 páginas por dia, principalmente à noite quando não tinha sono. Li o Livro de Mórmon de capa a capa de quatro a cinco vezes por mês, lia D&C Ensinamentos de Brigham Young e outros livros.

Gostava muito de dar aulas na Sociedade de Socorro, na Primária, na

Escola Dominical Jr.

Eu gostaria de prestar meu testemunho que eu tenho certeza absoluta

da veracidade da Igreja. Que Deus existe, Ele é o Pai de Jesus Cristo, nosso pai espiritual e nós vivemos num mundo da pré existência onde

nossos espíritos foram preparados para habitar esta terra e tivéssemos conhecimento de todas as coisas, e viemos com o véu do esquecimento.

Eu sei que fui escolhida para ser um membro da Igreja lá na pré-existência e que eu tenho certeza da veracidade da Igreja e tudo o que

eu mais desejo na vida é chegar ao reino celestial e habitar junto com os santos e viver para a eternidade junto com minha família e todas as pessoas que amei nesta terra, que nós possamos ter a felicidade eterna lá com o Pai Celestial, com Jesus Cristo, com todos os membros da

Igreja que forem fiéis aqui nesta terra. Presto esse testemunho em nome de Jesus Cristo, Amém.

Page 23: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

23

Maria Balbina Correia de Queiroz

(entrevista em novembro/2008 para o casal historiador –

Elder e Sister Lopes)

Meu nome é Maria Balbina Correia de Queiroz, todo mundo me conhece por Bina, meu nome foi escolhido pelo meu pai, o nome da minha

avó, nome é uma coisa que a gente carrega a vida inteira.

Conheci a igreja com o método antigo de

proselitismo, o bater de porta em porta. Nessa época, Belo Horizonte tinha muito poucos edifícios e o primeiro foi em

frente a minha casa. Morei numa casinha, no Bairro de Lurdes, éramos somente duas filhas e meus pais. Os missionários bateram em nossa porta e pediram para ensinar. Minha mãe não podia atendê-los pois eram 10 horas da manhã e ela estava fazendo almoço. Os

missionários eram americanos e disseram que voltariam mais tarde. Eu tinha 17 anos.

Naquele tempo os missionários não batizavam assim rapidamente, meu pai rosnou um pouco para os missionários mas como ele era muito

curioso, meu era antiquário, português, minha mãe emigrante alemã. Meu pai era muito mais velho do que minha mãe. Meu pai não era

bravo, nunca me bateu, nem nada. Meu pai disse que nunca trairia a religião de seus ancestrais, nunca trairia os pais. Os missionários

começaram a ir lá em casa, e eu achei ótimo porque eles eram muito bonitos, americanos, eram uma novidade na minha vida. Eu já tinha

conhecido alemães, tchecos. A loja de meu pai era assim uma espécie de ponto de estrangeiros. Conheci franceses, eles ficavam hospedados lá em casa, mas americanos eu não tinha conhecido ainda. Quando vi aqueles americanos bonitos, grandões, pensei: “Vou arrumar um

marido aqui”. Minha irmã era mais taciturna, séria, gostava muito de ficar lendo , ficou olhando assim de canto.

Page 24: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

24

Bem, os missionários voltaram, minha mãe recebeu-os, mas eu não ficava ali na sala escutando as lições . Eles deram o Livro de Mórmon

para minha mãe e falaram que eu tinha que ler. Naquele tempo não se batizava ninguem, se não tivesse lido o Livro de Mórmon inteirinho,

bem explicadinho. Isso foi em 1960.

Ficaram meses e meses. Naquele tempo fazia parte do proselitismo, tocar violão, cantar, fazer panquecas, os missionários comerem, meu pai também participando. A comida estava sempre envolvida.

Houve um envolvimento total entre nós e os missionários. Elder Robert

Watson foi o chodó da minha mãe. Ele tinha 23 anos e era muito pobre. Ele não tinha guarda chuva, o companheiro, sim. Naquele tempo os missionários traziam o dinheiro que eles tinham não havia ninguem dando dinheiro, ajudando a pagar o aluguel, nem nada. Eles tinham

que pagar tudo. O guarda chuva do elder Watson tinha muita goteira, era muito engraçado. A igreja era muito pertinho, eu ia de bicicleta

levar torta de maçã para eles, um dia eles deixaram uma torta embaixo do púlpito, encheu de formiga, mas eles cataram as formigas e

comeram assim mesmo. Tinham muito apetite, próprio da idade. O elder Watson ficou nessa área por sete meses.

Era um dia lindo de fevereiro quando senti que devia me batizar. Minha mãe estava no terraço e eu falei do meu sentimento de me batizar “naquela igreja dos americanos”. Então minha mãe me

explicou que eu não tinha ouvido nenhuma palestra, só ficava fazendo coisa de comer, tocando violão, quando eles estavam ensinando. Resolvi falar com o elder Watson que me confirmou que eu precisava ouvir as palestras, enfim estar preparada. Ele não chegou propriamente a me dar todas as lições.

Naquele mesmo dia em que tomei a decisão do batismo chegou uma

revista que assinávamos em espanhol “LIFE” e havia um artigo falando muito sobre a poligamia, fiquei muito assustada, mas o élder explicou

e acabei entendendo.

Page 25: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

25

Meu pai não deu consentimento para me batizar. Então, quando fiz 18 anos, saí de casa, pelos fundos, com uma muda de roupa embaixo do

braço. Eu me batizei com um vestido branco de linho godê, na piscina do Clube Atlético Mineiro, em 1961. Naquele dia batizou-se também a

irmã Ermelinda, mais umas cinco pessoas.

Depois de um tempo minha irmã também se batizou. Minha mãe não podia se batizar porque meu pai não dava consentimento. Então aconteceu uma coisa inédita. Veio uma autorização especial (a pedido do élder) assinada por David O. McKay que mamãe podia se batizar. Minha mãe se batizou (mais de um ano depois) e ficamos muito

firmes. Dediquei-me muito a Igreja, lá na rua Sergipe, estava no céu de tanta felicidade, participava de tudo, de teatro, disso, daquilo enfim.

Participava de tudo que a A.M.M. fazia, limpava a capela, voltavamos a

pé para casa, trocávamos de roupa e íamos todos para o cinema . A gente tinha uma vida muito alegre, muito divertida, muito boa.

Numa ocasião houve uma festa junina, e eu tocava acordeon para o

pessoal dançar. Minha irmã era parceira de um rapaz chama Lincoln e sem maiores explicações ela não queria dançar mais com ele. Aí minha

mãe veio falar comigo: Coitadinho do Lin, sua irmã largou ele lá sozinho e ele não tem com quem dançar, porque todo mundo já está com par. Vai você, e eu “eu não posso, mãe, eu estou tocando o acordeón . Eu não tinha nada com o Lin.

Bem, havia um tcheco na igreja (já falecido) que tocava o acordeón maravilhosamente bem , mas ele era um chato de galocha, só tocava quando dava na telha dele e eu fui lá supliquei, expliquei, “toca Ladislau, toca Ladislau”. Ele tocou, a festa ficou até melhor. Eu fui

dançar com o Lin. Dancei muitos anos e depois “dançei”. Casei-me com Lincoln Porto de Queiroz. Ele se batizou e se tornou o primeiro bispo

de Belo Horizonte por 3 anos. Tivemos seis filhos.

Quando me batizei na Igreja fui direto trabalhar com crianças. Fiquei uns 20 anos trabalhando na Primária. Fui por mais de 10 anos

Presidente da Primária de ala e da Estaca. Fui presidente das moças,

Page 26: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

26

fui líder das moças da estaca, dei muita aula no Seminário e no Instituto de Religião.

Hoje sou divorciada por decisão do meu marido.

Arlindo Angelo Monteiro

(entrevista em novembro/2008 para o casal historiador –

Elder e Sister Lopes)

Eu estou fazendo uma gravação na minha residência no dia primeiro de dezembro de 2008.

Sou casado pela segunda vez com Ivone Monteiro. Tenho 4 filhos do primeiro casamento,

todos esses quatro filhos fizeram missão. Atualmente um deles, é o Presidente de Estaca e o outro conselheiro .

Batizei-me em 22 de novembro de 1962 em Belo Horizonte, quando naquela época tínhamos apenas uma casa alugada, um ramo

funcionando. Depois de oito meses de batismo fui chamado para ser o presidente de ramo. Trabalhei com o Presidente Walter da Rocha Cardoso, que era o presidente de distrito na época, viajamos bastante para reuniões da Igreja. Fiquei fora de Belo Horizonte de 1969 até

1973.Morei em outros estados em função do meu trabalho . Voltei em 1973 para Belo Horizonte quando fui chamado para ser Presidente de

ramo novamente. Nesta época já estávamos dividindo, ramo Floresta, ramo Barroca e ramo Pampulha.

Minha vida na igreja é uma vida de muito trabalho, muitas bênçãos.

Fiz administração de Empresa e numa época precisei passar quatro meses no Rio de Janeiro, e viajava todo final de semana para Belo

Horizonte para dirigir as reuniões. No domingo à noite voltava para o trabalho.

Em 1981 fui chamado para ser o presidente de ramo de Sete Lagoas. Ia para lá tos os fins de semana. Isso tudo foi muito gratificante porque

Page 27: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

27

pude criar meus quatro filhos, no evangelho – fizeram 2 no nordeste, 1 no sul e a filh no Rio.

Fui batizado pelo elder Anderson em 1962, (um dos meus filhos

chama-se Anderson em homenagem a ele) e no ano 2000 estava residindo com Guarapari e pude me reencontrar com ele que era o

Presidente da Missão Rio de Janeiro Norte.

Meu testemunho é muito forte. Ocupei vários cargos, Presidente de

Ramo, Bispo, Membro do Sumo Conselho, em todos os chamados me dediquei bastante e procurei fazer o melhor. Acho que a Igreja

demorou um pouco para se desenvolver em Minas Gerais. Em 1969 fui morar em Recife e quando retornei encontrei a mesma coisa que havia deixado em Belo Horizonte: uma capela recém construída com um ramo funcionando. Em 1972 eu nãi sei até quando o senhor vai me deixar

por aqui, meu último filho vai para a missão e pretendo fazer uma missão no templo.

Como conheci a Igreja: Morava em Belo Horizonte, bairro Calafates e o

missionário Anderson com seu companheiro, foram visitar uma irmã que estava inativa, mas não conseguiu sucesso e perguntou a ela, se

conhecia alguma família que pudesse visitar. Ela então me indicou. Eu havia mudado para lá recentemente. Tinha 32 anos, era casado com a primeira esposa. Não recebi os missionários com muito bom gosto (pois estava cansado e queria descansar). Nesta mesma semana apareceu

um casal batista para me visitar também. As visitas eram realizadas em dias alternados. Na minha família há somente 5 pastores batistas.

Então eu disse para o casal batista que eu agradecia mas tinha me decidido me batizar na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos

Dias. Ele não gostou e quando meu pai soube do meu batismo ele fez uma carta me esculhambando, mencionando sobre a poligamia. Eu

nunca respondi a carta dele.

Mais tarde ele mudou para Belo Horizonte. Em uma dessas reuniões que fazemos de três em três anos, meu pai pediu a palavra e disse à

familia que meus filhos eram seus melhores netos e que eu já estaria

Page 28: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

28

salvo (ele era pastor da igreja batista). Eu fiquei satisfeito por ele estar com um conceito diferente da igreja.

Meu pai morreu há cerca de 8 anos, minha mãe há seis anos e hoje eu

sou patriarca de uma família de 158 pessoas. Eu acho que se minha missãonão foi muito boa, pelo menos estou com a consciencia tranquila

eu procurei fazer o melhor, não só como membro de uma família, membro da igreja, até hoje não conheço nenhum membro da igreja que não me aceite como membro da igreja e isso para mim é muito importante e uma parte de meu dever aqui está cumprida.

Eu gostaria da falar agora sobre o meu testemunho . Tive muitas experiências dolorosas na igreja, de provações, de desafios, o primeiro o pior deles foi o da minha primeira esposa que não quis casar comigo no templo e porisso não pude selar todos os filhos, mas um dia eu terei,

pois permaneci fiel e meus filhos também. Eu tenho tido o privilégio de receber algumas revelações para mim como líder da igreja e para minha

família. Revelações muito especiais, muito pessoal, são revelações espirituais que se deve guardar para si. Não tenho nenhuma dúvida de

que o profeta Joseph Smith foi chamado pelo Pai e pelo Filho para restaurar a igreja sobre a face da terra. Tenho forte testemunho de

nossos profetas, nossa liderança, de que o Senhor vive e é o nosso Salvador, não tenho como negar isso em nenhuma época de minha vida, porque as revelações que já recebi, as bênçãos que já recebi não me permitem. Sei que Deus é o Senhor de tudo e de todos e seu filho

Jesus Cristo que está me ajudando e sempre me ajudou na condução da minha família e que Deus possa continuar usando sua misericórdia

para nos abençoar até o dia do juízo final. Eu oro para que o profeta Monson possa continuar usando seu tempo, seu talento, seu exemplo

para toda a Igreja. Deixo meu testemunho em nome de Jesus Cristo. Amém.

Page 29: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

29

Maria de Jesus Choairy Coelho(entrevista em novembro/2008 para o

casal historiador – Elder e Sister Lopes)

Meu nome é Maria de Jesus Choairy Coelho, mais conhecida como Pininha.

Sou filha de Karin Miguel Choairy e Filomena Correia Choairy. Somos uma

família de nove irmãos, com minha mãe e mais três irmãos, filhos de meu pai.

Eu conheci a igreja em 1969 de uma forma sui generis. Eu e meu marido estávamos conversando a respeito de dar uma orientação

religiosa para nós e nossos filhos e nós procuramos lugares, igreja, várias congregações aonde a gente se sentisse melhor. Como nós não

achamos nada, quando jovem frequentei a igreja batista, então sugeri que frequentássemos a igreja batista. E dez minutos depois dessa sugestão bateram à nossa porta. Eram dois rapazes e nós os convidamos a entrar. Eles não podiam entrar, marcaram um outro dia

eles só fizeram uma pesquisa, eles estavam trabalhando para ver se a gente tinha linhagem na nossa família e como não tínhamos eles

voltaram.

Começamos a receber as palestras, dos élderes em 1969. Eu estava com problemas de stress e fiquei internada no hospital durante quase

um mês e meio e durante este período as irmãs da Sociedade de Socorro toda a semana iam me visitar e algumas vezes eu ia assistir as reuniões da Sociedade de Socorro na Capela (só tinha a capela da rua Levindo Lopes). Diante dessa amizade demonstrada pelas irmãs,

desse amor, me incentivou muito a entrar para a Igreja. Mas antes de ir para o hospital os missionários me deram uma bênção e eu fiz um jejum, como diz em D&C 9: 7,9. Eu senti aquele ardor no coração e eu tive um testemunho de que essa igreja era realmente verdadeira.

Maria de Jesus Choairy Coelho ao lado

esquerdo de Sister Lopes Historiadora da

Área Brasil em outubro de 2008

Page 30: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

30

Quando saí do hospital já tinham dois outros missionários: Élder Walker e Backiman. Eles que nos batizaram. Recebemos o restante das

palestras e fomos batizados, eu e meu marido, no Ramo de Belo Horizonte, com 25 anos, e posteriormente meus filhos foram sendo

batizados à medida que faziam oito anos. A irmã Maria Luiza Lopes foi batizada no mesmo dia. Foi a grande diferença na nossa vida,

principalmente na minha.

Frutos do meu batismo: No velho testamento fala que teríamos alegria na nossa posteridade. Eu sou um testemunho vivo dessas coisas que o Senhor falou. Os meus filhos todos foram bem criados dentro do

evangelho, todos tem princípios ativos em suas vidas. Tenho apenas um filho que não está ativo no evangelho, mas semente está plantada. Minha filha mais velha serve uma missão com o marido, Missão Santa Maria no Rio Grande do Sul. O segundo filho é conselheiro na

presidência da minha estaca. A terceira filha é presidente da Sociedade Socorro da ala que pertence. A quarta filha mora nos Estados Unidos e

está frequentando a Igreja. Me preocupa bastante ela estar longe há 15 anos mas ela tem viva em sua vida os ensinamentos que teve de

casa. Meu quinto filho é o que está inativo há 14 anos e meu filho mais novo trabalha no Ramo Bentin. Vejo não só os meus filhos, mas meus

netos seguindo essa crença em Deus e em Jesus Cristo e isso me dá grande alegria porque todos os meus netos frequentam a Igreja. Minha mãe se batizou depois de muita insistência . Os missionários que passavam aqui em Belo Horizonte eu mandava à casa dela em Brasília.

E um dia ela aceitou o evangelho, cinco anos após meu batismo. Ela serviu duas missões no templo de São Paulo. A minha mãe é um

legado belíssimo que temos em nossa família, de abnegação, de perdão, de trabalho, de serviços, um exemplo que muitas famílias gostariam de

ter e às vezes não tem e nós somos muito felizes porisso.

Eu já tive quase todos os cargos. Professora, Presidente da Primária, Presidente das Moças, Presidente da Sociedade de Socorro.

Eu quero compartilhar com os irmãos o testemunho forte e poderoso que eu tenho quanto à veracidade desse evangelho, quanto a

Page 31: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

31

existência de Deus, nosso Pai que é cheio de bondade e misericórdia e de Jesus Cristo, o poder do sacerdócio, e muitas vezes eu fui

privilegiada com o poder do sacerdócio. Recentemente eu fui curada por esse poder e pela minha fé, por confiar no Senhor. Nós devemos

confiar Nele que tudo sairá da melhor forma possível . Eu estava com um diagnóstico de câncer em várias partes do corpo, fiz exame e não

deu absolutamente nada. Eu tenho certeza que foi o Senhor que me curou. O poder do sacerdócio é algo que devemos respeitar e nós devemos usar quando precisarmos, que é o poder de Deus aqui na terra.

Eu sei que o profeta Joseph Smith foi um profeta do Senhor e hoje nós temos o presidente Monson, que nos fala as coisas que o Senhor espera que façamos. Que nós possamos ser fortes instrumentos em suas mãos, é o meu testemunho em nome de Jesus Cristo. Amém.

Claudio Bueno (entrevista em

novembro/2008 para o casal historiador – Elder e Sister Lopes)

Conheci a igreja em 1958, numa cidade

que fica entre Piracicaba e Campinas, locais aonde haviam ramos da Igreja.

Os missionários viajavam entre essas

cidades e passaram por dentro duma cidadezinha chamada Santa Bárbara D’Oeste. O ônibus no qual eles viajavam quebrou (na rua da

minha casa). Aí o motorista pediu que eles aguardassem pois levaria duas horas para consertar. Aí, a dupla de missionários sem ter o que fazer começaram a fazer “pesquisa”. Eles então desceram a rua da minha casa, eu morava na penúltima casa. Eles desceram conversando

com as pessoas (eles eram ruivos, queimados do sol, com aqueles olhos bem azuis, o pessoal achava que eram dois E.Ts. – marcianos). Eles

foram descendo e as pessoas foram repelindo os missionários, quando chegaram na frente da minha casa começou a chover. Quando começou

Page 32: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

32

a chover eles entraram na varanda da minha casa, minha mãe ouviu o som dos sapatos nos ladrinhos da casa, ela abriu a porta e os recebeu e

viemos a conhecer a Igreja. Eles começaram a ensinar, eu comecei a viajar com os missionários para Piracicaba aos sábados e dormir com

os missionários na capela para assistir as reuniões de domingos. Fui o primeiro membro da cidade. Tinha 19 anos, idade da missão.

Eu vim de uma família de alcóolatra e achei que a Igreja era uma grande oportunidade de eu fugir disso . Eu pedi para ser missionário. Telefonei para o Pres. Bangerter para ele me chamar como missionário para que eu pudesse sair. Houve um problema com a Guerra da Coréia,

não me lembro bem, os missionários americanos começaram a ir embora começaram a fechar as capelas, fechou Goiania, fechou Uberaba, Uberlândia e foram fechando. Então fui chamado para missão.

Fui batizado lá no Rio Piracicaba e minha vida mudou. Nesta época eu

estava pronto para casar, tinha noiva e os acessórios. Mas ela falou para eu escolher entre ela e a Igreja.

Eu escolhi a Igreja e reforçou aquele sentimento de ir para a missão. Fui missionário junto com o élder Cardon e Dickison Caullen.

Eu era jogador de futebol, eles aos domingos iam no campo lá, eu jogando, sabendo que estava quebrando o dia do Senhor olhava na arquibancada e lá estava o Cardon ele ficava olhando assim , à noite eu

ia para a reunião e ficamos com três membros na cidade de Santa Barbara (até fechar) eu, meu irmão .... O élder Cardon brincava, me elogiava muito, mas ao invés de ele pedir para eu parar o elogio dele me incentivava a continuar até que um dia eu resolvi parar, fiz meu último jogo, despedi de todo mundo. Peguei um ônibus para São Paulo

(03.01.1963) que eu me ofereci para ser missionário. A casa da missão era na Pça. Itália. Comecei a trabalhar na construção da capela de

Santo Amaro, e por sequência Santana, Perdizes, Belo Horizonte, Brasília e depois em 1972, capela do Jardim Botânico.

Page 33: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

33

O irmão Condon Vidal com a esposa era minha família lá em Santo Amaro (lavavam minha roupa e eu almoçava aos domingos com eles).

Reinhold Kraft era o presidente de ramo na época.

Quando eu vim para Belo Horizonte o pai da jovem que viria a ser minha esposa era o presidente do ramo (também almoçava aos

domingos e então conheci a filha que viria a ser minha esposa).

Quando fui para Brasília transferido, eu escrevi para ela, que se ela

quisesse me esperar eu voltaria quando terminasse a missão e me casava com ela.

Terminei a missão com o Clarence Moon em Brasília ( lá fiz Anápolis, Goiania), voltei quase no término da capela de Brasília, namorei por 2 ou 3 meses, aproveitei o término da construção da capela de Belo

Horizonte e o meu foi o primeiro casamento ali realizado . Atualmente eu sou o membro mais velho que tem aqui na região (acho que no

estado) acredito.

A última capela que trabalhei como construtor foi Jardim Botânico.

Eu olhava uma capela construindo em Cascadura e outra em reforma em Niterói. Minha vida foi sempre dentro de obra mesmo. Na igreja

como funcionário trabalhei de 1972 a 1974.

Casei com Albertina Bueno, tivemos 2 filhos, netos e em 2006 fui chamado como Patriarca da Estaca Belo Horizonte Oeste.

(fotos da construção da capela de Brasília)

Page 34: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

34

Sueli Balena Leal

(entrevista em novembro/2008 para o casal historiador –

Elder e Sister Lopes)

Meu nome é Sueli Balena Leal e eu fui

batizada em 16.06.1957. Na época tinha 11 pessoas na capela da ramo Liberdade, na rua Cláudio Manoel, 925, ainda existe essa casa

lá. Nessa época o apóstolo Kimball veio aqui. Fui batizada na época do Presidente McKay.

Havia a irmã Irene Lima, pres. da Soc. Socorro que fez um trabalho muito importante Foi no

tempo que havia um hiato na Igreja (quando os missionários tiveram que sair do país), ela tinha um carinho muito

grande com as pessoas, fazia reuniões muito bem elaboradas para não deixar o grupo de desfazer. Foi um trabalho muito grande. Na época os missionários vinham de São Paulo, ficavam uma temporada aqui e contactava as pessoas batendo na porta.

Eu tinha 12 anos quando fui batizada. Minha mãe estava visitando

minha tia, sua irmã, e era 10 horas da manhã, quando bateram em sua porta. Minha tia pediu que minha mãe atendesse a porta, pois estava

na hora de aprontar o almoço. Minha mãe assim o fez. Recebeu-os e começaram a conversar. Minha mãe explicou que não morava ali, que

era a casa de sua irmã, estava apenas de visita mas disse “tenho uma

pergunta muito interessante para fazer a voces. Eu sou católica, passei 19 anos numa escola interna católica. Então, eu tenho uma grande

dúvida, e se vocês me responderem isso, talvez eu me interesse pelo

assunto que vocês tem a me dizer”.

O assunto era sobre a Trindade. Presumo que os missionários devem ter ficado muito felizes, porque eles tinham a resposta e minha mãe

Page 35: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

35

pesquisou durante seis meses, então iam visitá-la todas as vezes que vinham a Belo Horizonte, dar as palestras até que um dia, ela estava

até grávida, foi batizada em maio. O nome dela era Helena Balena Arotegue, sobrinha do professor Alfredo Balena que foi um dos

fundadores da Escola de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, foi 23 anos professor, catedrático, diretor.

A família foi criada na Igreja e desde então eu tenho me deliciado, até hoje, eu leio muito sobre as doutrinas da Igreja, são 51 anos que ainda aprendo muito. Criei minha família na Igreja, apesar de meu marido não ser da Igreja mas consegui mantê-los na Igreja. Tenho 4 filhos.

Meus dois filhos homens são dignos portadores do Sacerdócio e estou muito feliz por ter perserverado e resistido por tantos anos praticamente sozinha.

Meu pai não era batizado, meu marido também não, havia muita oposição, tive uma tarefa muito árdua para manter minha família na

Igreja.

Hoje estou muito feliz por conhecer a verdade. Meu testemunho é que Deus vive e que tudo o que aprendi e tudo o que sou eu devo ao que

aprendi na Igreja. Este testemunho que eu tenho e presto.

Morei no sul do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo. Lá no

sul do Pará era uma aldeia indígena dos carajás, aprendi um pouco da língua, foi interessante conhecer os lamanitas. Conheci na Ilha do

Bananal os tapirapês, foram experiências interessantes, mas sempre que morei perto de uma capela estive presente e ativa.

Page 36: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

36

Osvaldo Magalhães Dias

Osvaldo Magalhães Dias nasceu em 11 de março de 1923 em Alto Rio

Doce – MG. Meus pais são Aristides de Oliveira Dias e Maria Magalhães

Dias.

O irmão Osvado conheceu a igreja

através do Livro de Mórmon dado pelos missionários, um deles chamado Gabriel

Kemeny . Tive um sentimento ao ler o livro de Mórmon “a voz que fala nesse livro é uma

voz que eu já conheço”. Quando fui convidado a dar o testemunho na capela, fez

sentindo o Espírito muito grande, dessa forma foi batizado em 29 de agosto de 1970 pelo elder Briant A. Buckwalter no Ramo Floresta- Belo Horizonte.

Sou casado com Eveline Teodora Rietra. Ela foi uma aluna minha de

Geografia, em Ouro Preto. O pai dela foi meu professor de ingles.

Eu estudei engenharia em Ouro Preto e me graduei em 1950 e tive

uma família no Rio de Janeiro que foi mal sucedida e eu levei dois filhos para os meus pais criarem.

Fui para Venezuela e por lá morei 5 anos depois voltei a convite do

diretor da Escola de Minas para ser professor. Fiz concurso para professor catedrático em 12.01.1966 e lecionei na escola de Minas de

Ouro Preto por 30 anos. Dava aula de Estabilidade das Construções e Concreto Armado. É Doutor de Ciências Físicas e Matemática.

Na volta para Ouro Preto, (fevereiro de 1961) da Venezuela . Um dia fui procurar um conterrâneo lá num lugar chamado Fundo de Ouro Preto

onde havia uma igreja. Vi uma moça na janela da casa. Olhei prá lá e perguntei se ali morava o professor Henrique e como ele estava. Ela me

Osvaldo Magalhães (terno claro)

foi convertidoapos esta esposição.

Page 37: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

37

respondeu que ele havia tido um acidente de moto. Eu perguntei se era grave, ela disse que não e me perguntou se eu queria visitá-lo. Fui

visitá-lo, quando voltei ela ficou muito gentil comigo, e toda vez que ela passava na rua, eu falava “minha brilhante aluna” e ela ria. Acabou que

nos casamos. Tivemos que nos casar em Montevidéu em 18. 02.1964 . Mais tarde regularizei a situação aqui no Brasil e nós nos casamos em

comunhão de bens.

Quanto aos filhos somente dois filhos nasceram depois que nos filiamos a Igreja. Um deles é o Aloisio e o Osvaldo Henrique. (depois de 1970)

Os filhos se firmaram devido ao seu testemunho pois ele afirma “Eu ouvi a voz do Senhor”.

De todos os nossos filhos, três fizeram missão. Campinas, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Todos esses filhos casaram-se com membros da

igreja, mas minha filha casou-se com um não membro, médico, ela é firme e os filhos também, tenho outra filha não ativa e um filho mais

velho que é completamente intativo. Ele tem um fundo religioso e esperança de que um dia ele vai voltar, pois estamos deixando nosso

exemplo.

Estamos na Igreja e aconteceu um fato extraordinário comigo. Eu era

do ramo Floresta. E houve uma conferência e o Presidente Oakes da Missão Brasil Norte. No dia 04.09.1971 havia duas escolas

dominicais.Ramo Floresta e Belo Horizonte. Começou o canto do Ramo de Belo Horizonte e eu senti um forte desejo de assistir a reunião daquele ramo. Na hora do sacramento eu fiz uma contrição e pedi ao Senhor que lavasse minha alma de toda a mágoa, de todo o rancor

para tomar o sacramento condignamente e eu ouvi a voz do Senhor por três vezes. É dificil falar sobre isso, pois eu fiquei preocupado que as

pessoas ao meu lado estivessem ouvindo. A voz dizia: Osvaldo apascenta as minhas ovelhas, repetidas três vezes. Eu fiquei

transtornado. Cheguei em casa e falei com minha esposa assim: “Evelina, domingo que vem vai ter uma conferência distrital aqui

Page 38: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

38

Você sabe quem vai ser o presidente do ramo de Belo Horizonte ? Vai ser eu. Eu recebi um chamado do Senhor. Você não fala prá ninguém”.

Aí aconteceu: Eu era um Conselheiro. Então, o Presidente do Distrito, estava doente e não foi à reunião, o outro conselheiro não apareceu e o

presidente Oakes mandou que eu prestasse um testemunho . Eu tinha lido em casa o livro ... capítulo 15, de cor eu citei grande parte do

capítulo 15 ele falou comigo assim: Olha, vem cá, quando você estava falando eu recebi uma revelação “diante de você está o seu presidente de ramo”. Então fui presidente do ramo por 3 anos e a frequência mais que dobrou, foi dividido e saiu o Ramo da Barroca.

Eu estava viajando muito porque lecionava em Ouro Preto três dias por semana e lecionava em Belo Horizonte, e como presidente do ramo e o ramo crescendo e o irmão Edson Martins Lopes era o presidente do distrito, ele começou a me atuar muito fortemente “precisa entrevistar

os jovens, controlar os jovens todo mês” e eu me dei conta de que eu não estava cumprindo tudo exatamente.Então eu disse a ele “Vai haver

a conferência do distrito e se quiserem me desobrigar eu aceito, porque eu não estou fazendo tudo com exatidão”. Aí fui desobrigado.

E essa é minha história na Igreja.

No mais tenho permanecido esse tempo , nunca saí da Igreja porque houve descontentamento, porque houve isso , porque houve aquilo, nunca me afastei. Eu realmente adquiri um testemunho da Igreja.

O começo meu na Igreja foi o seguinte: Eu morava na rua Caratinga, na entrada da garagem, em dois apartamentos no térreo. Um dia eu estava consertando uma boneca da minha filha e a porta de garagem estava aberta, eu vi dois missionários na janela e um falou comigo, se

podia dar uma mensagem da igreja de Jesus Cristo. Eu falei: “Existe essa Igreja?”. Ele falou: “Existe”. Abri a porta e convidei-o a entrar.

Mostrei-lhe a minha Bíblia, disse que fazia pesquisa e que sempre me

interessei por esse assunto, era um professor, e se ele tinha um livro da Igreja (porque eu tinha nascido católico e não tinha mudado porque

não tinha encontrado nada de novo) poderia trazê-lo que eu o leria.

Page 39: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

39

Ele me prometeu que no domingo seguinte ele ia trazer o livro e de fato, levou –me o Livro de Mórmon e eu comecei a lê-lo. Assim que comecei a

ler, senti que aquela pessoa que fala no Livro de Mórmon, era uma voz que eu já conhecia . Não sei como conhecia, se era de sonho ou de

alguma outra forma.

Eu falei isso com o missionário que se chamava Gabriel Kemeny. Eu lhe disse: “Olha a voz que fala nesse livro é um voz que eu já conheço”.

Então a cada visita dos missionários eu falava muita coisa do livro, pois guardava muita coisa de memória. Eles me chamaram para ir lá na

Igreja, um dia, para prestar testemunho. Reunimo-nos na capela da Levindo Lopes, e prestei meu testemunho para os misssionários e os visitantes que estavam lá. Senti o espírito muito forte, e depois disso recebi as palestras e fui batizado. Na primeira reunião de testemunhos,

também prestei novamente meu testemunho. Eu realmente tenho um testemunho da Igreja e os meus filhos se firmaram porcausa do

testemunho que eu compartilhei .

Eu ouvi a voz do Senhor. E foi fácil aceitar tudo o que aconteceu no Livro de Mórmon, o que está escrito, foi muito fácil porque eu tive

muitas experiênciais espirituais na Igreja de muitas vezes eu sentir as coisas antes de acontecer.

Tive nestes 37 anos de Igreja, é claro houve muitos momentos de contratempo na minha vida, mas eu sempre estive firme na Igreja e ela

(minha esposa Alina, ) hoje é mais, é mais cuidadosa e diligente na Igreja, no tocante ao jejum, oração, Alina está sempre lendo o livro da Igreja, tem um testemunho muito forte.

Alina tem uma experiência com um nosso filho que tinha se afastado. Ela conta a experiência com suas próprias palavras:

“Meu filho, com 16 a 17 anos se afastou da Igreja porcausa dos amigos. Todo fim de semana ele ia prá bailes com os colegas. Fiquei muito

preocupada porque ele não tinha hora de chegar em casa, comecei fazer jejum prá ele.

Page 40: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

40

Jejuava todo domingo, para ele voltar para Igreja. Passou um ano, dois anos, continuei jejuando. Quando chegou no final do segundo ano

(véspera de Natal), meu filho me disse; ‘Amanhã a senhora me chama , que eu quero ir à Igreja. Mas eu achei que era só porque era véspera de

Natal, todo mundo gosta ir, enfim pensei nisso. Aí ele foi.

Na hora da Escola Dominical, meu marido que era o Presidente chamou-o para fazer oração. Nesse momento eu já senti uma coisa dentro de mim, que ele estava voltando para a Igreja. Como de fato, no domingo seguinte, ele pediu-me para chamar de novo para ir à Igreja. Então senti que meu jejum estava começando a funcionar

Meu filho pediu para falar com o bispo (Paulo Jorge). Pediu uma entrevista e expressou o desejo de fazer uma missão. O bispo então aconselhou meu marido a deixa-lo ir para a missão, do contrário ele

voltaria aos amigos. Aí ele foi. Aloisio foi para Recife, fez uma ótima missão, voltou da missão uma outra pessoa.

A Igreja me ajudou muito na educação dos filhos, e ao meu marido

ajudou-o a se tornar mais calmo, mais ameno, mais tranquilo.

Meu marido gosta de tudo direitinho, tudo no horário certo”. (entrevista em novembro/2008 para o casal historiador – Elder e Sister Lopes)

Anete Maria Lima Lisboa

Janeiro de 1961, a família Lima composta de seis membros: Sr. Oscar Lima, Maria do Carmo Vidigal Lopes Lima, Olga Maria Lima, Anete Maria Lima,

Janete Maria Lima e Wagner Antonio Lima, recebem a visita dos missionários, sendo um deles, Elder Jeffrey

Robert Matsen, passam a pertencer ao ramo em Belo Horizonte, onde encontravam-se mais ou menos 12 membros, sendo o

presidente do ramo, o irmão Walter da Rocha Cardoso.

Page 41: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

41

Ao recebermos as palestras, nos ajoelhávamos a pedido dos missionários, e realmente uma nuvem de paz, segurança e alegria se

punha e permanece.

Passou o tempo e eu, Anete, com 16 anos permaneci na Igreja, me casei com Armando Emílio de Lisboa e tivemos seis filhos, sendo que o

segundo, Armando E. Lisboa Jr., veio a falecer com um ano e 26 dias, Alexia Maria Lima Lisboa, Alexander Emílio Lima Lisboa, Alessando Emílio Lima Lisboa e Alan Emílio Lima Lisboa e Alessandra Maria Lima Lisboa. Desses filhos, quatro serviram Missão.

Todos permanecem firmes, casados no templo, servem na Igreja com muito amor e responsabilidade.

Já cursaram faculdade e pós graduação.

Eu, Anete terminei uma faculdade de Pedagogia em 2004, e uma pós graduação na Universidade Católica de Minas Gerais, em Criminologia

em 2006.

Todos nós ainda vamos estudar muito, pois é isso que aprendemos na Igreja.

Meu bispo é meu filho caçula.

Meu querido esposo já é falecido. Era um homem de extrema capacidade e visão e, muito honesto em seus negócios, dando-me uma vida confortável e uma dedicação total ao lar e filhos, o que digo que é responsável pelo sucesso de todos os filhos e nosso selamento, hoje em

dia, apesar de vivermos sem ele aqui na terra, na verdade não existe tempo nem espaço, não é assim?

Nossa vida profissional embora com qualificações diversas, temos

papel variado na Empresa de Refrigeração e um espaço para eventos, eu e três filhos, minhas duas filhas têm outras atividades bem

sucedidas.

Page 42: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

42

Pois bem, tive a oportunidade de abençoar meus sobrinhos que convieram comigo e com as idas na Igreja e convívios todos são membros, casados no templo e servem na Igreja com responsabilidade e amor.

Todos em cargo de liderança, assim como meus filhos e um sobrinho

que é bispo em outra unidade.

Com uma enorme surpresa, recebi em 2005 um dos elderes que me

batizou, Elder Matsen, hoje um advogado na Califórnia.

Somamos sessenta e três pessoas, sendo já a 4ª. geração na Igreja. Sem contar os familiares dos cônjuges que entraram na família.

Assim sendo, realmente sou parte da história da igreja em Belo Horizonte.

É encantador sermos famílias seladas e ver de 12 membros em Belo Horizonte, sermos hoje, tantas alas e estacas.

Como membro da igreja já há 47 anos, podendo contar os dias ou melhor os domingos que não estive presente, isto me dá uma enorme

satisfação. Sei que tenho muito que aprender e fazer, mas tudo isso já é um bom começo.

Servimos em vários cargos na Igreja, com muita qualificação e um bom conhecimento do Evangelho.

Ir a cada domingo com meus filhos e sobrinhos na Igreja era uma

bênção, uma alegria, fazer as reuniões familiares, era um avanço a cada dia nesses 47 anos de Igreja, os domingos nunca foram iguais.

Reuniões de testemunho, discursos, conferências, estudo de escrituras principalmente as Liahonas, equilibra-nos. E rompemos a cada dia o

véu que nos cobre. É magnifíco termos um profeta que nos guia e seus doze apóstolos. Isso é fantástico.

Espero sinceramente, que meus desendentes permaneçam firmes na

Igreja, que é a Igreja de Jesus Cristo S.U.D. dirigida por ele e,

Page 43: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

43

abençoando-nos sempre com seu incomparável amor e misericórdia. Quando nos esforçamos para fazer a vontade do Senhor, nosso campo

de escolha e a paz crescem.( entrevista em novembro/2008 para o casal historiador

– Elder e Sister Lopes)

Edson José Martins Lopes

Meu primeiro contato com a igreja foi por volta de 1959, quando eu morava em Juiz de Fora. Minha mãe tinha uma pensão na rua Antonio

Dias, 330, bem perto da Igreja e duas missionárias vieram morar conosco. Não falaram sobre a Igreja e me lembro delas vagamento.

Depois nos mudamos para a rua Espírito Santo, 427 e a capela era na mesma rua, no número 473. Dois élderes vieram morar em nossa casa e comecei a assistir a algumas reuniões com eles, especialmente a Primaria, pois eu tinha 11 anos.

Antes de ser batizado, pela exiguidade de membros, fui chamado como secretário da AMM aos 12 anos. Basicamente, frequentávamos as

reuniões da AMM, eu, o Antonio Tadeu Batista, que hoje mora em Jacarepaguá, no Rio e alguns outros jovens, entre eles

esporadicamente os filhos do irmão Oswaldo, que tinha uma lavanderia.

Aos 13 anos recebi autorização de meus pais para ser batizado, apesar

de minha mãe na época, por ser metodista, expressar constantemente suas discordâncias doutrinárias, especialmente em relação a um

profeta e revelações. Apesar disso, ela me preparou espiritualmente para o evangelho. Quatro meses depois, minha irmã de 9 anos, Ceres

Mara Toledo Lopes, foi batizada. Os missionários que me batizaram foram os élderes Michael Files e David P. Laws.

Fui crescendo na Igreja, aprendendo e absorvendo os ensinamentos. Participamos de uma conferência dos jovens em São Paulo que foi

Page 44: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

44

marcante. A hospedagem foi no parque da Água Branca, mas me lembro pouco do restante.

Três anos depois, aos 16 anos de idade, mudei-me com a minha família

para Belo Horizonte, em busca de melhores perspectivas de trabalho e estudo.

A capela era na rua Levindo Lopes, 214, onde é até hoje. Eu era bem atuante, presidente da escola dominical, da AMM, nos esportes, etc.

Servi o exército no CPOR aos 20 anos. Trabalhei como radialista e professor de inglês.

Aos 21 anos conheci Maria Luiza, que se tornou minha esposa e namorada eterna. Tivemos um belo idílio que culminou como nosso casamento em 29 de dezembro de 1972.

Antes disso viajei para os EUA como convidado do governo americano por 45 dias.

Fui chamado como Presidente do Distrito de Belo Horizonte aos 21

anos de idade e ainda solteiro, tal era a escassez de líderes locais. Por esse motivo não servi em uma missão de tempo integral.

Recebi minha bênção patriarcal no Rio de Janeiro, na capela de

Andaraí, das mãos do patriarca Walmir Silva. Ele prometeu, entre outras coisas, que eu seria “protegido dos perigos”.

Na volta para Belo Horizonte, em nosso carro, tivemos a prova disso. O carro estava com um problema – gastamos um tanque de combustível

do Rio a Petrópolis, o que era um absurdo. Reabastecemos e seguimos depois de uns reparos em Duque de Caxias, mas ao chegar a Juiz de

Fora, paramos no sinal de um cruzamento com a via férrea, mas não passou trem. Foi apenas a parada suficiente para o motorista do carro de trás ver que estava caindo gasolina do motor aos borbotões. O risco de incêndio era grande, mas com essa descoberta, que jamais seria feita

com o carro desligado, foi evitado.

Page 45: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

45

Formei-me na faculdade de Letras de UFMG em 13 de dezembro de 1972, pouco antes do meu casamento.

Depois disso, servi como presidente do distrito, presidente de ramo,

presidente de distrito de novo, conselheiro na primeira estaca (presidente Ernani Teixeira, 1º. Conselheiro Luiz Henrique de Miranda e

eu, como segundo) por 7 anos. Depois fui chamado como presidente da estaca Belo Horizonte, servindo por 6 anos e meio. Nossa estaca chegou a ter 17 unidades, de Lafaiete ao sul até Sete Lagoas ao norte.

Quando fui desobrigado da estaca, fui chamado como presidente do

quorum de élderes da ala e depois de mudar-me para a Ala Pampulha, ocupei o mesmo cargo lá também.

Fui também líder da obra e depois fui chamado para presidir a Missão

Brasil Maceió, de 1999 a 2002 e deixamos lá muitos amigos. Foi uma época maravilhosa, a melhor de nossa vida.

Depois ao voltar a Ala Pampulha, fui chamado como patriarca da estaca, tendo servido por dois anos, até me mudar para São Paulo para

ocupar o cargo de gerente da tradução da área. Moramos por um ano na Vila Sonia, onde fui líder da obra e assessor da presidência da área

para história da família.

Servi também como oficiante do templo de São Paulo por cerca de dois anos. Depois fomos para a Ala Ferreira, onde fui líder de grupo dos

sumo sacerdotes e agora conselheiro do bispado.

Temos agora 5 filhos e 7 netos, com mais um a caminho.

Tenho um testemunho do evangelho restaurado, do Livro de Mórmon,

de Jesus Cristo como nosso Salvador e Redentor, de que Joseph Smith foi um profeta de Deus, assim como sei que os profetas que presidiram desde 1961, quando fui batizado, foram e são profetas, videntes e reveladores, O evangelho tem feito toda a diferença em minha vida e na

de minha família.

Page 46: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

46

Maria Luiza Carvalho Lopes

Minha mãe era florista lá em Belo Horizonte e foi através desta profissão que ela veio a conhecer a Igreja.

Um dia, uma senhora foi a nossa casa fazer uma encomenda de uma flor e falou com ela a respeito da Igreja. O nome dela é Maria da Penha

Pereira. A gente tem um carinho muito especial pela família dela. Ela perguntou se os missionários podiam ir a nossa casa. Minha mãe falou que podia, no entanto, quando os elderes chegaram, minha mãe mandou dizer que não estava em casa e eles foram embora. Alguns

dias depois eles voltaram. Eu me lembro de ter falado com a mamãe: “Você sempre nos ensinou a sermos honestos e agora voce fica

mandando a gente mentir que você não está em casa. Se você não quer falar com estes rapazes, fala que não quer e dispensa eles, mas não fica

falando que você não está em casa”. Minha mãe então concordou em recebê-los. Realmente eles entraram em nossa casa e nunca mais

sairam de nossas vidas.

Meus pais começaram a ter as palestras missionárias, mas eu estudava numa faculdade à noite e nunca estava presente nos dias das palestras

e eu também não estava à procura de uma igreja. Meus pais acharam que eu não ia me interessar em ouvir as palestras e muito menos me

batizar na Igreja.

Os elderes que começaram a ensinar as palestras para os meus pais

eram chamados na época “mormonários”, eles cantavam, tinham um

Page 47: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

47

conjunto, quem batizou meu pais foi o élder Groshman. Os meus pais se batizaram sem falar nada comigo. Eles se batizaram em novembro de

1969, meu pai, Almiro José Carvalho, minha mãe, Manoela Junqueira Carvalho, e meu irmão Paulo Roberto Junqueira de Carvalho, então

com 12 anos de idade.

Alguns dias depois, na hora do almoço meu pai comentou sobre o batismo e eu fiquei muito admirada deles terem se batizado sem me convidar para ir assistir ao batismo e mesmo sem falar comigo. Alguns dias depois eu estava na casa de uma amiga fazendo um trabalho da faculdade. Era um domingo e de repente eu senti um desejo de ir

embora daquela casa. Minha amiga não entendeu pois ainda não havíamos terminado o trabalho. Mas eu fui embora mesmo sem terminar o trabalho. Eu fui para minha casa e quando eu cheguei lá eles não estavam. Eu sabia que eles estavam na Igreja.

Eu me aprontei, peguei um ônibus e fui para a capela. Era lá na rua

Levindo Lopes, 214. Foi engraçado porque eu senti um desejo enorme de ir para a igreja naquele momento. Quando eu entrei na igreja, eu

entrei assim muito desconfiada de tudo. Era a primeira vez que eu estava indo, não conhecia ninguém e logo encontrei com a minha mãe.

Interessante que quando eu cheguei na Igreja, tinha um rapaz que era o recepcionista naquele dia. Ele me cumprimentou, sentei num banco, um outro rapaz veio, me ofereceu um hinário, me ensinou como seguia os hinos. Tempos depois fui descobrir quem era aquele rapaz que

estava de recepcionista naquele dia.

Uma semana antes deste acontecimento, eu estava indo para a faculdade e vi num ponto de ônibus um rapaz muito bonito. Vestia uma farda de CPOR, tinha olhos verdes e realmente eu falo que eu senti

como se tivesse ouvido os “sinos tocarem”. Mas quando eu vi esse rapaz eu pensei comigo “nunca mais eu vou encontrar esse rapaz” , nem de

ve-lo mais. Então nessa primeira vez que eu fui à Igreja aquele rapaz do ponto de ônibus era o recepcionista da capela. Algum tempo

depois,viemos a nos casar em 1972.

Page 48: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

48

Meu batismo na Igreja foi com muita ajuda do irmão Nestal, o marido daquela senhora que falou com mamãe sobre a Igreja pela primeira

vez. Eu tinha muitas dúvidas e ele me ajudou muito. Porisso que a gente tem um carinho muito grande pela família do Nestal.

Eu me batizei na igreja no dia 29 de dezembro de 1969, vinte anos após

meu nascimento. Quando eu me batizei eu já entrei para a Sociedade de Socorro. Alguns meses depois eu fui chamada como presidente de A.M.M. Em 1970 tive um chamado para fazer uma missão de curto prazo. Fui chamada pelo presidente Johson.

Os élderes que me batizaram eram muitos pacientes porque eu era uma pessoa que tinha muitas dúvidas, muitas coisas eram bem diferentes para mim de tudo aquilo que eu já tinha ouvido em matéria de religião.

Eu nunca tinha ouvido falar em profeta, em revelação, sacerdócio que eram tão diferentes para mim naquela época.

Na época em que eu me batizei nosso presidente de ramo era o irmão Robert Taylor e foi uma pessoa que ajudou muito a minha família e

temos um carinho muito grande por eles. A gente tinha várias atividades de teatro, dança, música, atividades de qualidade. Parece

que a gente era até profissional. Às vezes a gente até achava que os programas que fazíamos era até melhores dos apresentados na

Broadway, modéstia parte. Nós éramos realmente muito bons naquilo que a gente fazia.

Meu casamento foi realizado em 29 de dezembro de 1972.Foi o presidente Cláudio Bueno que fez o nosso casamento. Na época ele estava trabalhando como missionário de construção no Rio de Janeiro,

onde ele estava construindo uma capela e foi dado para nós uma autorização para ele efetuar nosso casamento pois éramos muito

amigos da sua família. Houve realmente uma surpresa no nosso casamento. Os jovens da ala, sob regência da irmã Exposito formaram

coral dos jovens :os rapazes de camisa rosa, calça azul e gravata azul, as moças de vestido branco . Os elderes também fizeram um coral.

Tudo foi feito às escondidas, foi realmente uma surpresa para nós.

Page 49: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

49

Nós tivemos grande ajuda da família Braga. Não só nas coisas da igreja mas nas coisas comuns do dia a dia. Recebi minha bênção patriarcal

com o patriarca Walmir Silva no Rio de Janeiro porque nós ainda não tínhamos uma estaca em Belo Horizonte.

Meu selamento foi feito quando eu já estava esperando minha quarta

filha.

Realmente a Igreja tem sido uma bênção na minha vida. Às vezes eu

fico imaginando o que seria minha vida sem a Igreja. Eu vejo que tudo o que eu sou, tudo o que eu consegui até hoje na minha vida foi porcausa

do evangelho.

A obra missionária tem um papel muito importante na nossa vida. O meu irmão, Paulo Carvalho, foi missionário em Portugal. Os meus dois

filhos foram missionários também.

Marcelo fez missão em Idaho e o Nando fez missão em Manaus com o presidente Verta. Eu tive aquele chamado de missionária de curto prazo, mas o Edson não teve oportunidade de fazer missão quando

jovem. A gente era solteiro ainda quando ele foi chamado para ser o presidente de distrito de Belo Horizonte. Mas depois tivemos a

oportunidade de cumprir uma missão, quando meu marido foi chamado para ser o presidente da missão Brasil Maceió (1999-2002).

Eu ocupei vários cargos na Igreja: presidente da A.M.M., presidente da

Primária, várias vezes como conselheira da Sociedade de Socorro. Isto me dá uma alegria muito grande, porque quando a gente está servindo ao Senhor a gente está crescendo, está recebendo muitas recompensas na nossa vida.

Hoje nós temos três filhos casados no templo, bons líderes da Igreja. Tenho a Kelly, casada com o presidente da estaca Brasília Norte, em Belo Horizonte, a Raquel conselheira da primária, que ainda não é casada, a Rebeca que é conselheira das moças da estaca em Belo

Horizonte e em São Paulo, o Marcelo, que é líder dos rapazes da ala que frequenta e secretário na Presidência da Área.

Page 50: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

50

Realmete o Senhor tem me abençoado muito e eu sou imensamente grata pelo privilégio de ser membro da Igreja, sou imensamente grata

pelo Profeta Joseph Smith. Eu realmente sei que Joseph Smith é um profeta de Deus que ele teve aquela visão como teve todas as

considerações que ele recebeu durante toda sua vida.

Sou imensamente grata pelo privilégio de ser casada com o Edson, de estarmos lutando para ser uma família eterna. Realmente espero que eu consiga esta meta de ter minha família eternamente.

Sou muito grata pelo esforço que minha mãe teve durante toda a vida

dela de ser membro fiel e digno.

Meu pai era um homem muito simples, mas todos os cargos que ele ocupou, ele o fez com muita seriedade e com muito carinho. Desde o

primeiro dia que ele se batizou na Igreja ele tomou sobre si a incumbência de levar o pão do sacramento. Todo sábado ele arrumava

com todo o carinho, tirava as cascas do pão, cortava direitinho enrolava num guardanapo, colocava num saquinho plástico e levava todo

domingo, desde o primeiro dia que se batizou na igreja. No primeiro domingo depois que ele faleceu, ninguém tinha providenciado o pão do

sacramento. E os meninos tiveram que sair e comprar o pão na padaria da esquina.

Sou imensamente grata pela minha mãe ter deixado os elderes entrarem em casa.

O evangelho não modificou só a minha vida, mas a minha existência toda e a da minha família. Eu espero ser digna de tantas bênçãos que tenho recebido do Senhor.

Page 51: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

51

Relatório Fotográfico Membros capela da rua Sergipe (foto à direita)

Foto 1 – Élder Orson Pratt Arnold que serviu em Belo Horizonte de 27 de Novembro de 1939 a 21 de Abril de

1940. Ele e o Élder W. Richard Jonhson abriram oficialmente o primeiro distrito missionário de Belo Horizonte

sob a direção do Presidente da Missão Brasileira , John Alden Bowers.

Page 52: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

52

Foto 2 – Foto enviada por Manfred Hanke.

Missionários em Belo Horizonte em Maio de 1940. Da esquerda para a direita:

1.Élder Ross T.Christensen

2.Elder W. Richard Nelson

3. Élder Wayne H.Jonhson.

4.Élder Myrl B.Hymas.

Fotos 2-B e 2-c Elder McBride e Elder Wood que reabriram o ramo de Belo Horizonte em 4-6-1951

Page 53: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

53

Foto 3 – Esta foto e as informações foram enviadas por Manfred Hanke .

Setembro de 1940 Os Missionários fazem contato com a primeira família SUD de Belo Horizonte.

Local: um terreno situado a Rua Jacarina 346 – Bairro Padre Eustáquio.

Ao fundo a silhueta da Serra do Curral, patrimônio artístico e ecológico de Belo Horizonte.

Em pé, da esquerda para direita:

2- Johann Müller , batizado em Hamburgo, na Alemanha. 3- Elder Hal Roscoe Jonhson. 4- Erhardt Hanke casado com Eva Hanke , pais de Manfred Hanke.

4 - Élder Ross T.Christensen.

5 - Élder Brigham A. Hoolbrook.

Sentadas:

6 – Eva Hanke , Filha de Johann Müller , ao lado do pequeno Manfred.

7 - Christina Magdalena Müller ao lado de uma criança da vizinhança.

Page 54: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

54

Christina Magdalena nasceu na Alemanha em 1887 e casou com Johann Müller em 6 de Outubro de 1906. Ela foi

batizada em 24 de Maio de 1919 e Eva foi batizada em 29 de Fevereiro de 1920 em Hamburgo, na Alemanha. A

Família Müller imigrou para o Brasil, vindo a residir na Colônia Agrícola de Bom Despacho – MG. Foi lá que Eva

conheceu e casou com Erhardt Hanke, que posteriormente veio trabalhar em Belo Horizonte. Christina conheceu

pessoalmente o Presidente Howells quando este servia como missionário na Missão Germânica . Ela solicitou por

carta escrita, a presença de missionários em Belo Horizonte.

Foto 4 – Foto enviada por Manfred Hanke.

Local desconhecido

Data: Novembro de 1952

Da Esquerda para a direita:

1 – Manfred Hanke, primeiro jovem a receber o Sacerdócio Aarônico em Minas Gerais no dia 15 de Março de 1953.

2 - Élder Dale W. Wilcox.

3 - Élder Gaylord M. McCallson.

4 - Sister Lia Di Paula, provavelmente a primeira brasileira a servir em Belo Horizonte.

5 - Elder Lawrence Darton que segura o futuro jantar entre as mãos.

6 - Sister Leone Peterson.

Page 55: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

55

Foto 5 – foto enviada por Manfred Hanke

Casa Alugada a Rua Rio Grande do Sul - Bairro Santo Agostinho ( não confundir com a casa situada no número

1040).

Data : Março de 1953

Élderes da Foto: Elder Gaylord McCallson, Elder Lawrence J.Darton, Elder Dale W.Wilcox.

Relação dos primeiros batismos do Ramo de Belo Horizonte, conforme lista enviada por Fred Hanke:

1. 16 de Junho de 1942 – Moema Guahyba de Carvalho, o primeiro batismo em MG.

2. 4 de Outubro de 1942 – Cláudia Portícia Silva.

3. 21 de Janeiro de 1943 – Maria Gomes Pereira.

4. 24 de Fevereiro de 1952 – Clotilde Isabel de Carvalho.

5. 24 de Fevereiro de 1952 – José Domingos do Carmo, o primeiro batismo masculino.

6. 5 de Outubro de 1952 – Irene Amaral de Lima.

7. 7 de Dezembro de 1952 – Manfred Hanke.

8. 5 de Abril de 1953 – Edith Hanke, irmã de Manfred Hanke.

9. 1953 Zulma Amaral de Lima.

Estes são, provavelmente, os 9 membros mencionados no Ramo de Belo Horizonte

conforme Tabela Estatística que apresenta o crescimento da Missão Brasileira de 1953 a 1957 publicado na revista

A Liahona.

Page 56: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

56

Foto 6 – Foto enviada por Manfred Hanke

Batismo de Edith Hanke em 5 de Abril de 1953.

Testemunhando: o Elder Gale. Batismo realizado pelo Elder Darton.

Desconhecemos o lugar do batismo, mas provavelmente trata-se de uma piscina do América Futebol Clube

localizado no Bairro de Santa Efigênia em Belo Horizonte.

Page 57: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

57

Imagem A – Relatório Histórico com o contrato de aluguel da Casa situada a Rua Cláudio Manuel 925. As irmãs Zulma

Amaral de Lima e Irene Amaral de Lima avalizaram o contrato nesta data e a Irmã Francelina Amaral do Valle foi

mencionada como testemunha.

Imagem B. Fachada da casa utilizada pelo Ramo de Belo Horizonte no período de 1956-1960.

Está situada no Bairro Funcionários, próximo ao Palácio do Governo Estadual.

Atualmente é sede de uma empresa de contabilidade.

Fonte: Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

Page 58: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

58

Pesquisa realizada por David William Pereira.

Foto 7-A 1957 – Residência da Família Hanke.

Os Élderes Sutton ( a esquerda ) e Tetraut ( a direita ) cumprimentam a Irma Eva Hanke e a Irmã Edith Hanke sob a

cuidadosa vigilância de Erhardt Hanke. A Irmã Eva Hanke foi chamada para ser a primeira Presidente de Socorro do Ramo

de Belo Horizonte em 8 de Fevereiro de 1953 até sua mudança para os EUA em Outubro de 1958.

Foto 7-B de Edith Hanke

Page 59: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

59

FAMÍLIA GONDIM

Foto 8 – Aurino Brazileiro Gondim Foto 9 – Maria Augusta de Paula

Foto 10.

Foto de 1960 , em frente a casa utilizada pelo Ramo de Belo Horizonte na

Rua Rio Grande do Sul 1040.

Este casal não teve filhos, mas o Irmão e a Irmã Gondim apoiaram

grandemente o proselitismo e os missionários entre 1957 e 1961.

Aurino Brazileiro Gondim foi batizado em 30 de Junho de 1956 e faleceu

em 10 de novembro de 1961.

A Irmã Gondim foi batizada no primeiro semestre de 1957, estando ativa

na igreja por mais de 30 anos.

Page 60: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

60

MÁRIO DA SILVA RÉBULA

Foto 11 Foto 12

Mário da Silva Rébulla foi batizado em 11 de Agosto de 1956

Ele foi ordenado élder em 20 de Maio de 1962.

Faleceu solteiro, na década de 80.

Page 61: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

61

FAMÍLIA AROSTEGUY

Foto 13 – Foto de Suelly Maciel Arosteguy em frente a residência da família. Década de 50.

Da Esquerda para a direita:

1. Leonardo Maciel Arosteguy ,

2 . Suelly Maciel Arosteguy ,

3 . Helena Balena Arosteguy,

4. Vera Maciel Arosteguy.

A Família foi batizada em 26 de Junho de 1957

Suelly é membro ativa da Ala Bandeirantes, Estaca Belo Horizonte Brasil.

Page 62: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

62

FAMÍLIA MENDES TEIXEIRA

Foto 14 – Foto de Sílvia Mendes por ocasião do seu casamento civil em Novembro de 1958

A Irmã Sílvia Mendes foi batizada em 5 de Julho de 1958.

Casou com Carnot de Paiva Teixeira em Novembro de 1958.

Apesar de não serem convertidos, a Família Paiva Teixeira participou de diversas atividades do Ramo nos anos de 1958-

1959.

A Irmã Sílvia veste um lindo vestido branco e segura a bolsa ao lado do seu esposo.

Atrás da esquerda para a direita: cunhado e cunhada, os pais de Carnot e uma parente.

Carnot de Paiva Teixeira batizou em 1965 e vivem atualmente em Carrancas – MG.

A Irmã continua sendo uma pioneira, como membro do Ramo de São João Del-Rey.

Os filhos e netos deste casal são membros ativos da cidade de Contagem na qual moram desde a organização do

primeiro ramo em 1979.

Page 63: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

63

FAMÍLIA CARDOSO

Foto 15

Batismo de Walter Rocha Cardoso ( situado á esquerda ) em 21 de

fevereiro de 1959 na Casa da Missão Brasileira situada na rua Itapeva, 376 ,

em São Paulo.

O Irmão Walter foi o primeiro a ser ordenado élder, presidente de ramo,

presidente de distrito e o primeiro membro de Belo Horizonte a receber o

endowment e a benção patriarcal, sendo selado a sua esposa no Templo de

Los Angeles, Califórnia.

Foto 16 - Família Cardoso no Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte. Década de 60.

O Irmão Walter é casado com a Irmã Denise Moratti Cardoso. Da esquerda para a direita, os filhos do casal: Mercy,

Márcio e Marcelo Moratti Cardoso. Nesta época, o Irmão Cardoso era o presidente do Distrito de Juiz de Fora.

MEMBROS DO RAMO DE BELO HORIZONTE EM 1959

Page 64: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

64

Casa da Rua Claúdio Manoel 925

Foto 17 – Fotografia de Walter Rocha Cardoso

Esta fotografia foi tirada pela Sister Marilyn Stanley

Foto 17-A Foto 17-B Foto 17-C

Zulma A. de Lima Irene Amaral de Lima Francelina A.do Valle

ATIVIDADE DO RAMO DE BELO HORIZONTE EM 1959

Page 65: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

65

Local : um sítio situado em Raposos -MG

A foto foi totalmente recuperada por Rafael Felipe Silva Pereira

Foto 18

Famílias que participaram desta atividade:

1 - Família Arosteguy.

2 - Família Teixeira.

3 - Família Morais.

4 - Família Cardoso.

5 - Diversos não-membros

Raposos sempre foi um local de passeio para os moradores da capital mineira, que

chegam a esta localidade através de viagem ferroviária passando pela histórica cidade de

Sabará. É uma localidade de paisagens serranas e cachoeiras que são muito visitados pela

juventude belo-horizontina. Este passeio foi organizado pelo Irmão Walter Rocha Cardoso a

convite de um amigo seu que era proprietário do sítio.

Page 66: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

66

Foto 19 – Élder Carlos Juan Garcia

Foto 20 – Élder Jeffrey R. Matsen

FAMÍLIA PEREIRA ( Milton Pereira )

Page 67: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

67

Foto 20 – Milton e Aurora Cândida Pereira no Centro de Belo Horizonte – 1958

Atividade Natalina na casa do Irmão Yoshinaga – Dezembro de 1962

Foto 21 – O bebê que segura a bandeirola é Rubens Pereira, carregado pela Irmã Aurora ao lado de Milton Pereira e

acima de Austen Pereira. Acima e a direita de Milton, o segundo presidente de Ramo – Augusto B.de Moura e ao

lado deste, o Irmão Yoshinaga. Mais de trinta membros participaram desta festa natalina patrocinada pelo

senhorYoshinaga.

FAMÍLIA FERREIRA

Page 68: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

68

Foto 22 –

Edil Ferreira e Noemia Reder , pais de João Batista Reder Ferreira.

Década de 1950 em Belo Horizonte, MG.

FAMÍLIA LIMA

Page 69: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

69

Foto 23 Janete, Oscar e Wagner Lima Foto 24 – Maria do Carmo Vidigal .

Batizados em 14 de Janeiro de 1961 Ela foi batizada neste mesmo dia.

Foto 25 - Olga Maria Lima Foto 26 - Janete (a esquerda) e

Batizada em 27 de Novembro de 1960. Anete Maria Lima Lisboa (direita)

Apresentou a Igreja para seus familiares, que participaram ativamente dos

mas perdeu contato com a Igreja ao mudar programas SUD na década de 60.

para os EUA onde conheceu seu futuro Fotos no jardim da casa – 1962

esposo, Alencar Jesus Silva.

FAMÍLIA LÉLIS PEREIRA

Page 70: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

70

Foto 27 – José Nestal Lelis Pereira Foto 28 – Maria da Penha Ferreira

Foto 29 Jane Lélis Foto 30 Cristina Lélis Foto 31 Emílio Lélis Foto 32 Jalile LéliS

Foto 33 – Cantídio Lélis

FAMÍLIA PROKOP

Page 71: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

71

Foto 34 – Ladislaw Prokop foi batizado em 19 de Novembro de 1961 e faleceu em 26 de Abril de 1996. Ele

participou ativamente da liderança do ramo e na liderança do sacerdócio no ramo de Belo Horizonte durante a

década de 60.

Foto 99 - Irmã Dióscelis Prokop , esposa de Ladislaw Prokop. Ela

também participou ativamente em diversos cargos de liderança da

Igreja no Ramo de Belo Horizonte até meados de 1974-1975.

Page 72: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

72

FAMÍLIA NOCE

Foto 35 – Batismo de Márcia Noce em março de 1961, em área rural próxima a BH.

Os élderes do ramo, da esquerda para a direita: Élder Merckley, Walter Rocha Cardoso - presidente

do Ramo de Belo Horizonte e Élder Howart. As irmãs batizadas, da esquerda para a direita: Olga Twardlowska,

Míriam Noce e Márcia Noce com 13 anos de idade.

A Irmã Márcia Noce é membro ativa da Ala Floresta, Estaca Belo Horizonte Brasil. Ela participou

intensamente das atividades da AMM, de escotismo, nos Corais

e nos programas locais de proselitismo do ramo e do distrito de Belo Horizonte durante todo o período que

antecedeu a organização da Estaca.

Foto 98 ( fora de sequência ) – Da esquerda para a direita: Albertina de Moura Bueno, Angela Gonzales ,

Aletéia Gonzales (no colo), Márcia Noce, Ilcéia de Moura Braga e Cristine Assis. A Irmã Alessandra Choairy

Coelho está de costa, mas veste igualmente a roupa padrão do coral do Distrito de Belo Horizonte. A foto é de

1979, em frente a capela de Belo Horizonte.

FAMÍLIA MOURA

Page 73: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

73

Foto 36

Foto 37

FAMÍLIA CORRÊA

Page 74: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

74

Foto 38 - Irmã Augusta Erna Corrêa

Foto 39 - Irmã Luíza Corrêa Jonhson.

Foto 40 – Irmã Bina, Maria Balbina Corrêa.

PASSEIO DO RAMO DE BELO HORIZONTE

Page 75: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

75

Julho de 1961

Foto 41

Foto 42

Page 76: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

76

Imagem C – Fachada da casa utilizada pelo Ramo de Belo Horizonte de 1961 a 1964.

Foi esta casa que o Ramo utilizou enquanto era construída a primeira capela de Belo Horizonte.

Foto 43 - Novembro de 1961 - A Família Braga no Jardim da casa do Ramo de BH.

Da esquerda para a direita : Carlos Leite de Mattos, Ilcéia Braga, Ivani Braga, Carlos Oliveira e Silva , Irene ,

Isael e Itamar Braga. Os bebês são Carlos e Cibele .

Page 77: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

77

FAMÍLIA BRAGA

Foto 44 – Local : Rua Sergipe 1492 – Segundo Semestre de 1964

Page 78: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

78

FAMÍLIA MONTEIRO

Foto 45 – Arlindo Angelo Monteiro Foto 46 – Sonia Maria Machado

Foto 47 – Alexandre Machado Monteiro, Foto 48 – Arlindo Monteiro e Filhos:

Anderson Machado Monteiro e Aléxia no Aléxia, Anderson e Alexandre. O Irmão

Parque Municipal de Belo Horizonte – 1964. Monteiro foi o segundo presidente do

Ramo de Belo Horizonte. Foto de 1965.

Page 79: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

79

CONFERÊNCIA DO DISTRITO DE JUIZ DE FORA

11 de Fevereiro de 1962

Foto 49 – Sede do Ramo e do Distrito de Juiz de Fora – Foto ampliada da casa

Fonte: A LIAHONA

Page 80: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

80

CONFERÊNCIA DO DISTRITO DE JUIZ DE FORA - 1962

Foto 50

Foto 51 Foto 52

Page 81: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

81

CONSTRUÇÃO DA CAPELA DO RAMO DE BELO HORIZONTE

Fotos Principais

Foto 53 Foto 54

Foto 55 Foto 56

Foto 57 Foto 58

Page 82: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

82

Page 83: História da Igreja SUD em Belo Horizonte

ERROR: stackunderflow

OFFENDING COMMAND: ~

STACK: