história da igreja 2

39
História História eclesiástica II eclesiástica II Módulo I Módulo I

Upload: semnazarenovirtual

Post on 05-Nov-2014

2.444 views

Category:

Education


4 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: História da Igreja 2

História eclesiástica IIHistória eclesiástica IIMódulo IMódulo I

Page 2: História da Igreja 2

UNIDADE - I:

O MOVIMENTO DA REFORMA PROTESTANTE

Page 3: História da Igreja 2

Contexto da reforma

Não podemos pensar a reforma protestante como um evento isolado ou só de cunho religioso.

Ela na verdade reflete uma mudança de filosofia, teologia, de vida social e política de sua época.

A reforma recebeu influência de novos pensamentos e acontecimentos da chamada era moderna como:

Page 4: História da Igreja 2

Renascimento

Page 5: História da Igreja 2

O Renascimento foi um período que teve o seu inicio no século XIII e foi até meados do século XVII.

Assim, o renascimento agiu em uma profunda mudança política, social, religiosa, econômica, científica, acadêmica e econômica da Europa na transição do período medieval para o período chamado moderno.

Page 6: História da Igreja 2

Principais pensamentos do renascimento

1) A Terra não é o centro do universo, portanto o pensamento

mistico e religioso são mitos e devem ser rechaçados. 2) Antropocentrismo - O homem passa a ser o centro.

3) Racionalismo - Não mais a fé e sim a Razão.4) Individualismo – o homem não depende de

pensamentospré – formados, ele pode pensar livremente.

5) Otimismo6) Empirismo – Tudo deve ser provado cientificamente.

7) Cultura clássica – Busca seu embasamento no pensamento grego

Principalmente no pensamento de Platão.

Page 7: História da Igreja 2

8) Materialismo – valorização das riquezas, nascimento da burguesia.

9) Valorização da pesquisa cientifica – desenvolvimento da astronomia e da

medicina10) Hedonismo – Valorização dos prazeres da

vida e não um culto a morte e ao inferno como no pensamento medierval.

Page 8: História da Igreja 2

Acontecimentos sociais:

• “ Navegar é preciso, morrer não é preciso”Camões.

Page 9: História da Igreja 2

Acontecimentos sociais:

1) Revolução agrícola – invenção do arado puxado por bois e de moinhos movidos a água aumentaram as colheitas e

criaram a riqueza.2) Crescimento da Burguesia – Aumento do comércio e o

nascimento do mercantilismo.3) Queda de Constantinopla pelos Turcos.

4) Crescimento das cidades.5) Grandes navegações – Descobrimentos de Terras intra -

mar.6) Inicio da revolução industrial.

7) Tese de Copérnico – A Terra não é o centro do universo.8) Fortalecimento do absolutismo como forma de governo.

9) Crescimento do sentimento Nacionalista.10) Fim do feudalismo.

11) Invenção da imprensa por Gutenberg.

Page 10: História da Igreja 2

Na Idade media acreditava – se que

existia monstros marítimos e até que havia um terra com

homens com cabeça de cachorro.

Page 11: História da Igreja 2

Pensamento teológico pré – reforma.

Após a Queda de Roma em 476 d.C a Igreja Católica ganhou

poderes políticos e financeiros e se firmou não só como religião

única e dominante mas, também como máquina política e de

dominação de massas e para isto ela se valia de pensamentos

como:

Page 12: História da Igreja 2

1) Infabilidade papal.2) Uso de relíquias3) Culto a imagem4) A igreja é o único caminho de salvação5) Introdução de padroeiros e lugares de peregrinação6) Cobrança de indulgencias ( o homem poderia pagar parareceber perdão de pecados ou para garantir a salvação.)7) Instituição de dias Santos.8) A tradição e a bíblia são equivalentes.9) Crença no purgatório.10) Crença no limbo para as crianças.11) Instituição da “santa” inquisição.

Page 13: História da Igreja 2

Pré - reformadores

A partir do século XIII a igreja passou a receber muitas

críticas por parte de muitos pensadores e parte do clero

dentre eles destacamos:

Page 14: História da Igreja 2

São Francisco de Assis

Nascido em Assis em 1186, filho de um família abastada,

renunciou a riqueza para viver um a vida ascética.

Portanto, criticava o modelo de vida rica do clero,

apresentando que viver com Cristo era viver como Cristo, ou

seja, pobre.

Iniciou pregações ao ar livre e peregrinava pregando o amor a caridade e o amor a natureza.

Page 16: História da Igreja 2

John Huss ( 1369 – 1415)

Teólogo Tcheco, Huss sem dúvida fora um dos maiores críticos a teologia da Igreja Católica, onde se opunha o uso da prática da indulgencia, defendia o culto e a tradução da bíblia em língua nativa.

Fora excomungado, julgado e condenado a morte.

Page 17: História da Igreja 2

Excomungado em 1410, Condenado Excomungado em 1410, Condenado pelo Concílio de Constança, Huss foi pelo Concílio de Constança, Huss foi

queimado vivo em 1415.queimado vivo em 1415.

Page 18: História da Igreja 2

..

Jerônimo de Savanarola (1452 – 1498)

Monge Florentino, pregador eloqüente,rebelou – se contra a igreja e o governo Dos Médici, iniciando assim um governo

Independente onde deveriam reinaros princípios Cristãos.

Fora preso pelo papa e condenadoa morte por enforcamento.

Page 19: História da Igreja 2

Cogita-se que Leonardo da Vinci teria retratado Cogita-se que Leonardo da Vinci teria retratado SavonarolaSavonarola na sua famosa obra A Última Ceia no rosto de na sua famosa obra A Última Ceia no rosto de

Judas Iscariotes.Judas Iscariotes.

Page 20: História da Igreja 2

A Reforma Protestante

Page 21: História da Igreja 2

foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da publicação de suas Martinho Lutero, que, através da publicação de suas 95 teses95 teses, , protestouprotestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas.da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas.Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Escandinávia e algumas partes do Leste europeuLeste europeu, principalmente , principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Igreja Católica RomanaRomana foi o movimento conhecido como foi o movimento conhecido como Contra-ReformaContra-Reforma ou ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do OcidenteIgreja do Ocidente entre os entre os católicos romanoscatólicos romanos e os e os reformadosreformados ou ou protestantesprotestantes, originando o Protestantismo., originando o Protestantismo.

Page 22: História da Igreja 2

Reformadores

Page 23: História da Igreja 2

Martinho Lutero (1483 – 1546)

No cárcere, sentenciado pelo Papa a ser queimado vivo, John Huss disse:

“Podem matar o ganso( Huss em tcheco é ganso), mais daqui a cem anos

Deus levantará um cisne que não poderão queimar”Cisne é como era chamado o ainda infante Martinho Lutero.

Page 24: História da Igreja 2

Martinho Lutero (em alemão: Martin Luther; Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben,

18 de fevereiro de 1546) foi um sacerdote agostiniano e professor de teologia alemão

precursor da Reforma Protestante. Veementemente contestando a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou o

vendedor de indulgências Johann Tetzel com suas 95 Teses em 1517. Sua recusa em retirar

seus escritos a pedido do Papa Leão X em 1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de

Worms em 1521 resultou em sua excomunhão pelo papa e a condenação como um fora-da-lei

pelo imperador.

Page 25: História da Igreja 2

Fé de Lutero

Lutero propunha reformas na teologia da igreja, pois acreditava que esta estava se afastando dos

princípios das escrituras.

Dentre os pontos de mudança na teologia católica se destacam em

suas 95 teses alguns aspectos como:

Page 26: História da Igreja 2

1) Inefabilidade Papal

2) Culto a imagem e veneração das relíquias

3) A bíblia é a única regra de fé e prática.

4) O culto deveria ser praticado na língua nativa

5) Todos deveriam ter acesso a bíblia em sua língua nativa.

6) Criticava a cobrança da chamada indulgencia onde homens poderiam comprar a salvação da alma e conseguir anistia dos pecados cometidos.

7) A Igreja não é o meio de salvação.

Page 27: História da Igreja 2

Entre os pontos centrais do Entre os pontos centrais do pensamento de Lutero pensamento de Lutero

destaca – se:destaca – se: A salvação é só pela fé, só A salvação é só pela fé, só

pela graça, só pelas pela graça, só pelas escrituras.escrituras.

Page 28: História da Igreja 2

Mesmo criticando muitos dogmas católicos Lutero absorveu e

defendeu outros como a transubstanciação, ou seja, que no momento da Ceia o pão e o

vinho se tornam verdadeiramente o Corpo e

sangue de Cristo.

Page 29: História da Igreja 2

Sua autoridade como dispensador de indulgências foi concedida pelo Papa Leão X a fim de pregar por toda Alemanha. Em 1517, Tetzel tentava angariar - através das indulgências - doações em dinheiro para a construção da Basílica de S. Pedro e crê-se que Martinho Lutero se terá inspirado nele ao escrever as suas 95 teses.

João Tetzel ( 1465 — 1519)

Page 30: História da Igreja 2

João Calvino ( 1509 – 1564)

“Por meio da fé, Cristo nos é comunicado, através de quem chegamos a Deus, e através de quem usufruímos os

benefícios da adoção.”

Page 31: História da Igreja 2

foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma

Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de Protestantismo que ele

ensinou e viveu é conhecido por alguns pelo nome Calvinismo, mesmo se o próprio Calvino teria

repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem

sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes),

Inglaterra, Escócia e Estados Unidos da América.

Page 32: História da Igreja 2

T ULIP

A base da teologia calvinista é chamada de TULIP.

São cinco pontos que definem e sintetizam seu pensamento.

Page 33: História da Igreja 2

• Total Depravação• Unica e Incondicional eleição • Limitada Expiação• Irresistível Graça• Perseverança dos Santos

Page 34: História da Igreja 2

Felipe Melanchton

“Nas coisas essenciais unidade, nas secundárias tolerância, mais em tudo o amor.”

Page 35: História da Igreja 2

É considerado o primeiro sistemático da Reforma (Loci communes, 1521 - Posteriormente reeditado

com melhoramentos). Melanchthon publicou trabalhos não apenas na Teologia, mas também na Psicologia (De anima),

Física (escreveu um trabalho sobre o sistema solar proposto por Copérnico) e filosofia

(Philosophia moralis e vários outros comentários). Tudo isso contribui para que ele

tivesse um respaldo no meio universitário.

Page 36: História da Igreja 2

Vitral a Melanchton na Igreja Luterana de Hockenheim na Alemanha

Page 37: História da Igreja 2

Zwínglio (1484 – 1431)

“E, quanto à verdade, não podemos abandoná-la, mesmo que isso implique na perda de nossa vida, pois não vivemos para esta geração, nem para

servir aos príncipes, mas para o Senhor.”

Page 38: História da Igreja 2

• Ulrico Zuínglio, foi um teólogo suíço e principal líder da Reforma Protestante na Suíça.

• Zuínglio foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Independentemente de Martinho Lutero, que era doctor biblicus, Zuínglio chegou a conclusões semelhantes pelo estudo das escrituras do ponto de vista de um erudito humanista. Zuínglio não deixou uma igreja organizada, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas.

Page 39: História da Igreja 2