história da educação de bom jardim – maranhão

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História da educação de Bom Jardim – Maranhão Adilson Motta, 2015 O presente trabalho é resultado de um esforço, na busca de divulgar para comunidade bonjardinense, no que diz respeito á evolução e história da educação local. Para esse fim contamos com o apoio de pessoas que acompanharam o processo educativo do município desde sua fundação, passando pela sua emancipação que se deu no dia 30 de dezembro de 1966 até os dias atuais. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO A educação é responsável pela realização do individuo, permitindo-lhe explicitar suas realizações, compatibilizar–se com a realidade e nela atuar de forma responsável e eficiente. Desta maneira, todos e cada serão beneficiados, na medida em que o individuo realiza suas aspirações pessoais e sociais. O que toca no indivíduo toca no sistema social como um todo. Porque toca na família, que é célula mãe dessa sociedade, que toca no município, que toca no estado, que abrange o país. A educação como processo de desenvolvimento, é também um instrumento de mudança de comportamento do educando. Tendo em vista que cultura é o processo pelo qual o homem transforma a natureza, o meio social e sua existência. 10.2 AS PRIMEIRAS ESCOLAS EM BOM JARDIM Segundo informações prestadas pelas primeiras professoras de Bom Jardim, a primeira escola era denominada Escola Costa Fernandes Sobrinho, quando Bom Jardim ainda era distrito do município de Monção – MA, no ano de 1966. Esta escola tinha como diretora a senhora Laura Arrais. Um ano depois veio a professora Mariza Almeida Abreu, normalistas que assumiu a direção da escola. Trabalhavam também às professoras Antônia Cavalcante Gonzaga e Maria Almeida Bezerra. Após dois anos da fundação de Bom Jardim chegava aqui a SUDENE, que construí uma escola próxima ao aeroporto, a extinta Escola Estadual Unidade Integrada Bom Jardim, que ainda hoje os bonjardinenses a chamam de Colégio da Sudene.

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Page 1: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

História da educação de Bom Jardim – Maranhão

Adilson Motta, 2015

O presente trabalho é resultado de um esforço, na busca de divulgar para comunidade bonjardinense, no que diz respeito á evolução e história da

educação local. Para esse fim contamos com o apoio de pessoas que

acompanharam o processo educativo do município desde sua fundação, passando pela sua emancipação que se deu no dia 30 de dezembro de 1966

até os dias atuais.

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO

A educação é responsável pela realização do individuo, permitindo-lhe

explicitar suas realizações, compatibilizar–se com a realidade e nela atuar de forma responsável e eficiente. Desta maneira, todos e cada serão

beneficiados, na medida em que o individuo realiza suas aspirações pessoais

e sociais. O que toca no indivíduo toca no sistema social como um todo.

Porque toca na família, que é célula mãe dessa sociedade, que toca no município, que toca no estado, que abrange o país.

A educação como processo de desenvolvimento, é também um

instrumento de mudança de comportamento do educando. Tendo em vista que cultura é o processo pelo qual o homem transforma a natureza, o meio

social e sua existência.

10.2 AS PRIMEIRAS ESCOLAS EM BOM JARDIM

Segundo informações prestadas pelas primeiras professoras de Bom

Jardim, a primeira escola era denominada Escola Costa Fernandes Sobrinho, quando Bom Jardim ainda era distrito do município de Monção – MA, no ano

de 1966. Esta escola tinha como diretora a senhora Laura Arrais. Um ano

depois veio a professora Mariza Almeida Abreu, normalistas que assumiu a direção da escola. Trabalhavam também às professoras Antônia Cavalcante

Gonzaga e Maria Almeida Bezerra.

Após dois anos da fundação de Bom Jardim chegava aqui a SUDENE,

que construí uma escola próxima ao aeroporto, a extinta Escola Estadual Unidade Integrada Bom Jardim, que ainda hoje os bonjardinenses a chamam

de Colégio da Sudene.

Page 2: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Em 1968 foi implantado o projeto Bandeirante, objetivando

inicialmente suprir a falta de ginásio (hoje ensino fundamental) em cerca de 25% dos municípios maranhenses. Mas foi construído em 1970, sendo

denominado Colégio Governador José Sarney, que teve início suas atividades

em 1971, mantido em Convênio com a prefeitura de Bom Jardim. Passou a fazer parte do Projeto Bandeirante, ou seja, passando para o Estado em 1977.

Na época, existiam ainda escolas particulares leigas, sendo a mais

conhecida a Escola da professora Raimunda Bezerra, que era a professora

mais tradicional. O município possuiu escola pelo programa MOBRAL (Movimento

Brasileiro de Alfabetização), cujas escolas tinham como objetivo atender a

população na faixa etária de 15 a 30 anos de idade,. Sendo fundadas durante o governo militar, a metodologia de alfabetização aplicada era totalmente

desprovida do sentido critico e problematizador.

A cidade possuiu em 1983 colégios particulares de 2° Grau. Essas escolas foram extintas por falta de alunos em condições financeiras para

paragem seus estudos em nível de 2º Grau. Em vista dessa realidade, o

vereador João Franco Souza, levando em consideração o reduzido poder

aquisitivo de maioria das famílias de Bom Jardim, quase sem nenhuma possibilidade de custearem os estudos de seus filhos nas escolas particulares

de 2º grau existente na sede do município, deu entrada em Janeiro de 1985

a um requerimento na Câmara Municipal de Vereadores, solicitando a criação do ensino de 2º Grau mantido pela prefeitura, o qual foi aprovado por

unanimidade e logo encaminhado ao prefeito Municipal que era Adroaldo

Alves Matos. O 2º grau municipal iniciou no dia 04 de maio de 1985 no prédio

da Escola Municipal Ministro Ney Braga, mantido com os recursos próprios da prefeitura Municipal logo foi reconhecido pelo conselho Estadual de Educação,

através da Resolução nº. 398/85 que oferecia aos egressos do 1° grau as

habilitações: Magistério com habilitação até a 4ª série do 1º grau e o curso Técnico em Contabilidade.

No ano de 2000 o Estado assumiu o Ensino Médio. Percebe-se que a

cada ano, na zona urbana e rural a demanda populacional pelo ensino médio cresce numa constante.

Até 2002, o ensino médio era ministrado apenas na zona urbana,

deixando o jovem interiorano (rural) sem perspectiva. No ano de 2003, a

Gerência de Desenvolvimento Humano de Estado ampliou atendendo a demanda da população rural, sendo instalado o ensino médio através de

anexos nas seguintes localidades: Novo Carú e Rosário. Em 2004 em outros

povoados foi implantado o ensino médio: Novo Carú, Rosário, Rapadurinha, Cassimiro, Tirirical, Vila Bandeirante e aldeia dos Índios. Porém, havendo

“cortes” no orçamento do governo do Estado, este se obrigou a extinguir

escolas em pleno funcionamento (letivo), e o restante, baixou os salários dos professores contratados em mais de 60% do valor antes pago. Dos povoados

onde funcionava o ensino médio, só permaneceram Rosário, Novo Caru,

Cassimiro e Vila Bandeirante. Muitos jovens desta forma ficaram

impossibilitados de continuar o ensino médio por falta de vagas. Apesar dos avanços e do aumento do atendimento à demanda no que

toca o ensino médio, a escolha e seleção de professores para suprir as vagas

do quadro docente se processa precariamente, devido o atrelamento e a

Antiga Escola da Sudene abandonada servindo de abrigo para

famílias sem-teto.

Page 3: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

politização das decisões no que toca o destino da educação no Maranhão. As

escolhas eram realizadas através de transações artificiosas e políticas pelas quais eram articuladas a educação a nível Estadual. Tal fato se processa

quando o quadro docente por contrato é escolhido por “acordos” e

“negociatas” políticas. Recebendo o nome que todos os professores já conhecem “QI”; (Quem Indique) politicamente. Deixando os professores na

perspectiva de não acreditarem em títulos e competências. E sim procurarem

“dedo político” que “Indique”. Professores que tem formação em uma determinada área eram determinados pelo “Indique” a lecionar disciplinas

que não tem formação ou afinidade. Tal fato vinham a comprometer o padrão

qualidade, fazendo perpetuar os “indicadores sociais”, que vergonhosamente

são ostentamos para o Brasil e o mundo. “Alguns” politicamente tiravam proveito com isto, em prejuízo ao social, porque compromete o padrão

qualidade.

A nível municipal, com a criação do Programa FUNDEF (Fundo de manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do

Magistério), houve maior valorização ao professor. E o aumento de

implementos didáticos. Em Bom Jardim podemos citar um grande avanço na educação com o Convênio da Prefeitura Municipal com a Universidade Federal

do Maranhão, nos termos da Resolução nº. CT-07.003.020/2001, (na gestão

de Manoel Gralhada), sob a influncia e ação da deputada Malrinete Gralhada,

trazendo para Bom Jardim o Programa Especial de Formação de Professores para a Educação Básica - PROEB, que tem como principal objetivo à melhoria

da educação e a habilitação de professores a nível superior. Era um curso de

Licenciatura Plena. Num Total de 157, candidatos distribuídos nos 4 cursos: Letras, Matemática, Pedagogia e História.

A primeira Pedagoga do município foi a senhora Irene Alves Matos

Souza, que começou sua vida na educação do município em 1973, a qual, até

2004 esteve à frente da coordenação da educação. A primeira secretária de educação do município foi a senhora Mirene Antonia dos Anjos. De 2000 a

2004 esteve à frente da educação do município, como secretária, Cleuma

Santos Matos. De 2005 a meados de 2007 foi Antonio Otávio Oliveira sendo substituído por Rivelino.

Obs.: Em 2003 foi realizado a elaboração e votação do Plano Decenal

de Educação de Bom Jardim (2003/3013). No entanto, ainda não foi usado na coordenação de política educacional no município. E nem tão pouco

levantado como bandeira de política pública.

Escola Fernanda Sarney onde funcionou o curso da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) de 2001 a 2005 nas áreas de Letras, Matemática,

História e Pedagogia. E serviu de abertura para o PQD (Programa de

Qualificação Docente) em 2006 ministrados pela UEMA (Universidade Estadual do Maranhão).

Em 2006, a Secretaria de Educação na gestão de Rivelino mandou um projeto

para a câmara municipal o qual foi votado mudando o nome da escola

Page 4: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Fernanda Sarney para Edinare Feitosa – que era realmente de Bom Jardim e

conhecida pelos filhos da terra. E não produto de bajulações políticas para angariar projeto.

No ano de 2013, com a eleição de Beto/Lidiane Rocha, a Secretaria de

Educação ficou ao encargo da supervisora Rozana. Devido a demora de

início letivo das aulas na zona Rural (por conta do impasse entre Poder

Executivo e Legislativo, sob alegação de não aprovação dos projetos do

executivo de contratação tendo em vista os excedentes assegurados em Lei,

o que chocaria direitos), houve um grande número de transferência de alunos

para outras cidades vizinhas, cerca de 2.000 alunos foram transferidos. Um

certo desajuste instalado na casa criou um impasse entre Secretária de

Educação e a categoria Sindicalizada e demais professores (pois a mesma

era culpada de perseguir e tratar mal as pessoas), o que instalou um clima de

inimizade, a ponto de o sindicato mobilizar um abaixo assinado pela maioria

dos professores solicitando a remoção do posto da dita Secretária – que,

segundo agentes do sindicato, criava obstáculo ao diálogo que deveria

acontecer entre a categoria e o Poder Executivo (o que não foi atendido). Na

região da Miril, onde falta de tudo, - apesar de as aulas no município terem

começado em fevereiro, muitas encontravam-se sem professores, o que

comprometeu o índice de desempenho e aprendizagem dos alunos – sob o

risco de redução do IDEB municipal que acontece no respectivo ano. Num

clima de insatisfação e mesmo com uma atitude impopular, a secretária ficou

afastada por aproximadamente uma semana (com foguetaria e tudo mais pela

cidade), depois retornou, para o desagrado de uma grande parte que não a

via com bons olhos nem cativação: O retorno da que não foi, da supervisora

Rosana ao cargo de Secretária, aconteceu. Entretanto, um mês depois,

mediantes reclamações, insatisfação e um índice de rejeição acima de 90% -

o que era comprometedor a uma eleição que estava às portas a acontecer – o

Poder Executivo resolveu demití-la sumariamente (antes que o agravante se

tornasse maior, conforme expressava opinião pública) no comprometimento

a imagem política do governo municipal.

Um desajuste que ocorre, segundo se pode verificar, está no contraste entre

professores concursados e contratados: Ambos trabalham a mesma carga

horária (20h/2016) e, enquanto que o concursado recebe uma remuneração

de cerca de 2.000,00 reais, o professor contratado recebe cerca de 800 reais

– menos da metade, e sem direito de 13º salário, que segundo a lei, não é só

prerrogativa de concursados.

2013 - o ano perdido na educação em Bom Jardim

Mais de 2.000 alunos transferidos por falta de aula/professores, ou

funcionamento das escolas que demoravam, principalmente na zona

rural (onde se localiza o maior contingente de alunos no município);

Page 5: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Mais de 17 escolas fechadas;

Na região Miril/Novo Jardim/Antonio Conselheiro e outros, onde

moram cerca de 6.000 habitantes, 70% dos alunos ficaram fora de sala

de aula – pelo não início das aulas e falta de professores por inércia da

(in-)gestão sob pretexto de “briga político-partidária”. O significado

maior muitos dizem: incompetência política.

No dito ano letivo (2013), 70% dos alunos de 1º ao 5º ano, conforme

avaliação/SEMED (2013) da Rede Municipal, não sabem ler nem

escrever.

Apesar dos avanços, o município não possui uma proposta curricular de

ensino clara e definida (grade curricular de conteúdos), ainda não promove

formação continuada (bimestralmente) aos professores, apenas formação

inicial (que é generalista). E por não apresentar uma grade curricular de

conteúdos comum e específica às escolas, os conteúdos são definidos em

planejamento na “liberdade e autonomia” dos educadores, em conformidade

com os livros didáticos que chegam das editoras. Isto leva a existir, muitas

vezes, uma prática curricular muito pobre; que não leva em conta nem a

experiência trazida pelo próprio professor, , nem a trazida pelo aluno, ou

mesmo às características da comunidade em que a escola está inserida. Os

órgãos colegiados das escolas (Conselho escolar, Conselho de Classe e

Grêmios Estudantis) não apresentam muita evidência de atuação; não oferta

aula de reforço nas escolas como um todo, ou uma meta sistemática traçada,

mas no entanto, o Programa Mais Educação é usado para esta finalidade, o

qual funciona num certo desajuste. E por outro, o município não possui um

Fórum Municipal de Educação nem de caráter provisório, nem em caráter

permanente e legal que asseguraria viria o não “engavetamento” do Plano

Decenal de Educação – no qual estão traçadas as metas, estratégias, enfim a

vida dinâmica da educação no município.

O DESAFIO DAS ESCOLAS MULTISSERIADAS EM BOM

JARDIM – MA

Devido a existência de poucos alunos para compor salas em

determinados povoados, o município, assim como muitos municípios

brasileiros adotam o multiseriado, que na visão dos críticos, é o ensino

mutilado. Neste, a aula é composta de alunos de todas as séries do ensino

fundamental e o quadro negro é dividido na mesma aula assim como o tempo

para atender os alunos.

Page 6: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Um exemplo claro dessse modelo, segundo professor Antonio, é

verificado na escola do povoado São João do Turi, a 3 quilômetros do

povoado Sofia e a 1 quilômetro do povoado Turi dos Costas onde cada

povoado funcionada o multiseriado, ou seja: uma sala de educação infantil,

misturada com alunos de séries diversas – do 1º ao 5º ano, e cada qual sem

infraestrutura adequada de escola. Tudo se resolveria se a Secretaria

Municipal de Educação instituisse Escolas Polo que agregasse todas mais

distanciadas com poucos alunos. Para isto, é necessário um sistema de

transporte (nucleação) permanente na localidade (povoado) onde situa esssas

escola Polos para o transporte dos referidos alunos. Neste ponto de solução

surge um grande problema: Acessibilidade, cujo problema dar-se no período

do inverno, onde as estradas tornam-se intrafegáveis, sob risco de perda do

ano letivo dos alunos do campo. Acredita-se que a saída seria o município

fortalecer e dar prioridade em cuidar da infraestrutura (empiçarramento) das

vicinais que interligam os povoados com orçamento e projetos preistos em

caráter de permanência.

O fato é que muitos males assombram as escolas multisseriadas:

falta de infraestrutura, sobrecarga do professor, falta de material didático-

pedagógico (adequado), professores leigos (no assunto das multisséries e

suas metodologias), e muitas vezes, falta de Formação Continuada para a

operacionalização pedagógica do processo.

Em nível de Brasil, nas classes multisseriadas encontram-se cerca

de 60% dos estudantes do campo. Segundo o Censo Escolar 2009, existem

96,6 mil turmas do Ensino Fundamental nessa situação em todo país.

O Nordeste representa o maior contingente de escolas

multisseriadas, com 58%, seguido pela região Norte, com 24% região

Sudeste, com 11%, região Sul, com 5% e região Centro-Oeste, com 2%,

confirmando que essa organização escolar continua sendo uma realidade em

todas as regiões do país e deve ser contemplada com políticas educacionais

que realmente incluam e neguem a educação de qualidade social aos sujeitos

do campo.

O Estado do Maranhão, é o segundo com maior número de classes

multisseriadas, num total de 11.038, perdendo apenas para a Bahia, com

14.298 classes. (Fonte: MEC/INEP/Deed – Censo Escolar, 2012.)

O município de Bom Jardim, dentro desse universo não é diferente,

pois o mesmo, com um total de 103 escolas, das quais 09 encontram-se na

zona urbana, e 94 delas localizam-se na zona rural. Das quais em 88 dessas

escolas funcionam sob esta modalidade. O município possui um total de

10.595 alunos, dos quais, 4.121, que correspondem a 38,9% estão

matriculados em multisséries. Há um consensoentre os coordenadores de

que, ao se trabalhar/aprimorar as multisséries, consequentemente irá resultar

na melhoria do IDEB da Rede Municipal. No entanto, apesar de existir um

Programa do Governo Federal Voltado para atender a esta demanda, o

Page 7: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Município até 2015 não encontrava-se aderido, e funcionava sem parâmetro,

ou no estilo “normal” das classes seriadas.

Relatos da primeira pedagoga municipal que acompanhou de

1973 até os dias atuais o processo educativo em Bom Jardim

(Irene Matos)

“Em 1973, ano em que iniciou o segundo mandato de prefeito em Bom

Jardim como eleito Adroaldo Alves Matos havia na sede e no interior poucas

escolas municipais e duas estaduais (Escola da Sudene e Bandeirante). Naquela época a carência de professores formados em magistério era total.

O prefeito tinha que buscar estes profissionais em São Luís, os quais teriam

que trabalhar dia e noite. Durante o dia no primário a noite dando aulas nas séries do ginásio, todos com apenas o 3º ano do curso Magistério e alguns

com o 4º ano adicional. Os mesmo sem nenhuma especialidade teriam, que

ministrar aulas de matemática, Português, História , Geografia e os demais componentes curriculares do curso. Os alunos não tinham livros, as aulas

eram ditadas para os educandos copiarem; a metodologia eram tradicional

as avaliações mensais, a reprovação era bem acentuada assim como as

desistências. O tempo foi passando, novas eleições vieram, novos prefeitos eleitos e a educação continuava do mesmo jeito. Prefeitos só se preocupavam

em construir escolas sem equipamentos necessários, os professores saindo

do e entrando a cada prefeito eleito por causa da política. Saíam os de experiência e entravam sem experiência, prejudicando assim a aprendizagem

do alunado. O que mudou nos últimos anos foi a construção de novas escolas,

o número de alunos cresceu também. Os professores passaram a receber treinamentos com novas metodologias. O material didático começou a

aparecer nas escolas como lápis, borrachas, cadernos, papel e livros enviados

pelo MEC a todos os alunos da rede pública. Treinamentos e cursos para

formar professores como leigos cuja maioria era absoluta: treinamentos de PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) que capacitam para as novas

mudanças educacionais. Todas estas mudanças e melhorias se

fundamentam na criação do FUNDEF, a partir de 1996, onde o governo federal, priorizando a educação, liberava mais recursos para o setor.

Novos colégios foram construídos em Bom Jardim como o 2º grau

municipal que oferecia dois cursos: Magistério e Técnico em Contabilidades

que ajudou muito as famílias de pouca renda que não podiam tirar seus filhos como concludentes da 8ª série para estudarem fora do município. O município

hoje conta com muitos professores formados a nível superior que a principio

só contava com uma pedagoga habilitada em administração Escolar, professora Irene Alves Matos Souza que administrava o Ginásio Bandeirante,

o atual colégio Estadual C.E.E.F. Médio José Sarney.

Um avanço também no município foi a Educação de Jovem e Adultos implantada em 1986 pela professora Irene que era secretária de educação na

época. Atualmente o avanço é ainda maior, devido a implantação do PROEB

pela tão conceituada Universidade Federal (UFMA) aqui em Bom Jardim com

a finalidade de formar a nível superior os professores que trabalham na educação; também foi implantada as telesalas, existindo um número de

salas, sendo 10 na sede e 3 no interior, Além do programa de cunho do

governo Federal, como: Alfabetização Solidária e o Programa Vamos ler, que visam erradicar o analfabetismo do município.

Page 8: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Até então (2004), os professores trabalhavam sob a orientação da

pedagoga Irene e alguns supervisores. Processo esse, que deu continuidade no governo seguinte.

HISTÓRICO DO COLÉGIO BANDEIRANTE

O ginásio Bandeirante foi fundado em 1971 com o primário nos turnos matutinos e vespertinos. O ginásio no noturno. Tendo como primeira diretora

Sônia, e professoras: Olga, Conceição e Irací. Depois vieram Irene Matos,

Maria Lurdes, Jobenilde; secretário: Professor Eufrásio. A partir de 1977, (no mandato de Adroaldo), foi realizado sua

inauguração. Passou a funcionar como: Unidade Integrada Gov. José Sarney.

Em 2002, o ensino médio, antes mantido pelo município foi integrado a rede

estadual de Ensino Fundamental e Médio Governador José Sarney. Fonte: Direção Escolar / 2004 (Profº Firmino Viveiros dos Santos)

10.1 SITUAÇÃO POLÍTICO-EDUCACIONAL DOS ANOS 60 / 80

(E 2015) EM BOM JARDIM Os professores municipais eram admitidos através de portarias e

nomeações assinadas pelo prefeito.

Para que um professor fosse nomeado era necessário ser apresentado através de políticos ou representantes de povoados. O candidato era

submetido a uma prova escrita de Português em nível de 3ª série do 1º grau,

na qual eram consideradas a ortografia do professor, uma prova de matemática com as 4 operações fundamentais e outra de conhecimentos

gerais. 50% das questões eram sobre a cultura do município. Este teste só

era aplicado para professores leigos da zona rural. Passando por uma

entrevista para observar o desembaraço do candidato. Ao assumir o professor, o professor não assinava nenhum termo de compromisso,

chegando até às vezes a arrepender-se sem iniciar os trabalhos tendo em

vista os salários não compensarem. O salário pago aos professores era de acordo com o nível de instrução de cada classe estabelecida pelo Executivo

municipal que compreendia:

- Classe A: professores com instrução de 2ª a 4ª série do 1º grau completo;

- Classe B: com instrução de 1º grau completo;

Colégio Estadual Bandeirante

-Funciona Ensino Médio e

Fundamental mantido pelo

Estado.

Page 9: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

-Classe C: professores com magistério. Eram descontados dos seus

salários 8,5% para o INSS. Em consonância com a situação de pobreza e carência no município,

o professor tinha que usar apenas sua força de vontade, o quadro de giz e a

espoja para a transmissão de suas aulas sem contar com o apoio de material de didático. Os professores viviam uma realidade cruciante: sem assistência

pedagógica e sem livros para consultas para subsidiar seus conhecimentos,

sem nenhuma reciclagem oferecida pela secretaria de educação, enfim, sem material didático básico para a preparação de suas aulas.

O município, além das fontes de Recursos Federais oriundos do FUNDEB

possui também Programas complementares advindos do FNDE como suporte as demandas educacionais:

PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola (Recurso a ser gasto

pelos Gestores, Conselhos e Associação de Pais e Mestres das Escolas da Rede Municipal (Com conta específica de cada escola).

Mais Educação – ou Educação em Tempo Integral que funciona em

contra-turno dos horários nas escolas.

PAR – Plano de Ações Articuladas - é um instrumento de planejamento da

educação por um período de quatro anos. É um plano estratégico de caráter

plurianual e multidimensional que possibilita a conversão dos esforços e das ações

do Ministério da Educação, das Secretarias de Estado e Municípios, num

SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO. A elaboração do PAR é requisito

necessário para o recebimento de assistência técnica e financeira do MEC/FNDE,

de acordo com a Resolução/CD/FNDE nº 14 de 08 de junho de 2012.

Relação das Escolas Municipais de Bom Jardim - MA. Ano 2013

Escola Localidade N.º de Alunos

1 03 de Setembro Antonio Conselheiro 182

2 Adelaide Matos Pedra de Areia 15

3 Adroaldo Alves Matos Sede 355

4 Alexandre Costa Pov. Canaã 36

5 Almirante Barroso Pov. Altº da Sofia 09

6 Antº Carlos Bekman Tirirical 142

7 Antº. Palhano Silva Pov. Igarapé do Jardim 09

8 Antonio M. Gomes Pov. Igarapé Grande 10

9 Belarmino da Mata Faz. Espora de Aço PARALISADA

10 Boa Vista Pov Rio dos Bois PARALISADA

11 Boa Esperança Turi dos Costa 12

12 Bom Jesus Vl. Novo Jardim 83

13 Caminho do Saber Vl. São Francisco 11

14 Castelo Branco Cabeceira Brejão 33

15 Castro Alves Cassimiro 144

16 Cecília Meireles C. do Aristide (Bidulas) 47

Page 10: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

17 Cleuma S. de Matos Centro do Alfredo 11

18 Conceição Raposo Pov. Varig II 14

19 Coração de Jesus Pov. Chapada 35

20 Creche Adroaldo Sede 522

21 Danilo Furtado Córrego Genipapo PARALIZADA

22 Dep. Vieira da Silva Rapadura Velha 21

23 Deus é por nós Ass. B. Esperança (42) 59

24 Deus é Tudo Rio da Onça II 14

25 Dom Pedro I Barraca Lavada 42

26 Dom Pedro II Rapadurinha 73

27 Dom Valmir Palmeira Comprada 16

28 Dr. Antonio Dino Pov. Oscar 115

29

Dr. Antonio Muniz Alves Sede 257

30 Dr. Benedito A. Carvalho Vila Pimenta 188

31 Dr. J. Cláudio Moreira Igarapé dos Índios 152

32 Dr. Mário H. Simonsen Pov. Novo Caru 168

33 Dr. Nunes Freire Turizinho de Augusto 57

34 Duque de Caxias Igarapé das Trairás 82

35 Edson Lobão Brejo da Iuma

36 Ester de F. Ferraz Pov. Sapucaia 54

37 Eurico Gaspar Dutra Pov. Novo Caru 100

38 Francisca G de Brito Neves Santa Luz 223

39 Francisca Machado VI. Novo Jardim 23

40 Fé em Deus Lagoa da Sambra 14

41 Fernando de Noronha Zé Boeiro 48

42 Ferreira Gulart Vila Maranhão PARALISADA

43 Frei Antonio Sinibalde Sede 593

44 Frei Damião Pov. Galego 48

45 Frei H. de Coimbra Escada do Caru 50

46 Futuro da Vida Brejão Sunil 12

47 Getulio Vargas Três olhos D’água 98

48 Gonçalves Dias Rio Azul 83

49 Infância do Amor Varig Sapucaia 14

50 João Alberto Brejo dos Índios 14

51 José Procópio Pov.Tres Poderes 38

52 João Paulo II Vl. Bom Jesus 108

53 José Bonifácio São Pedro do Caru 97

54 Josué Montelo Centro Zaqueu 17

55 Juscelino Kubschek Córrego do Açaí 23

Page 11: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

56 Lago verde Pov. Mutum III 20

57 Leal Cruz Comunidade R. Verde 12

58 Leonel Brisola Vl. Bandeirante 18

59 Luis Rego C. do Nascimento 82

60 Machado de Assis Vl. Bandeirante 93

61 Malrinete Gralhada Pov. Tirirical 117

62 Manoel da Conceição Boa E. Água Preta 18

63 Manoel Lidio A. de Matos Portal Amazônia PARALISADA

64 Maria Socorro O. Oliveira Rio dos Bois 11

65 Mário Guiddi Vila Abreu 115

66 Marly André Barragem de Mutum 12

67 Mauzol Miguel de Sousa Pov. Altos Santos 14

68 Men de Sa Pov. Rosário 69

69 Monteiro Lobato Varig Água Preta 18

70 Nagib Haickel Pov. Km. 18 168

71 Ney Braga Sede 1094

72 Nossa Sª. Aparecida Vl. Cristalândia 169

73 Nossa Sª. de Fátima Jatobá Ferrado 16

74 Nossa Sª. dos Anjos Pov. João Bastião 19

75 Rosilda Martins Oliveira Sede 251

76 Novo Horizonte Pov. Bairro Cocal 24

77 Osvaldo Cruz Stº Ant. Arvoredo 96

78 Osvaldo de Andrade Pov. Três Irmãos PARALISADA

79 Otavio Z. de Oliveira Vl. Varig 45

80 Padre José de Anchieta Vl. Bandeirante 66

81 Padre Newton I. Pereira Fazenda Amazônia 12

82 Pedro Costa Sousa Índios dos Machados 08

83 Pedro Neiva de Santana Igarapé dos Índios 39

84 Primavera Faz São Jorge - Mutum I 16

85 Princesa Isabel Pov. Boa Vista 27

86 Profª. Dinare Feitosa Sede 825

87 Raimundo B. Duarte Neves São João do Turi 113

88 Raimundo Meireles Pinto Sede 193

89 Raimundo Nonato Pinheiro Novo Carú 147

90 Raimundo Rosa Pov. 17 de Outubro 05

91 Rosa Castro Brejo Social 70

92 Roseana Sarney Vl. Jacutinga 56

93 Rui Barbosa Pov. Água Branca 15

94 Ruth Cardoso Pov. Gurvia 114

95 Santa Clara Pov. Rosário 162

Page 12: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

96 Santa Maria Rio da Onça II 42

97 Santa Maria Bela Vista 136

98 Santa Rita de Cássia Vl. Aeroporto 86

99 Santa Tereza Asset. Rio Ubim 67

100 Santo Antonio Pov 60 33

101 Santo Antonio Pov. Alto Flecha 75

102 São Benedito Barro do Galego 78

103 São Francisco de Assis Vl. Pausada 82

104 São José Três Poderes (Brejinho) 23

105 São José Porto Seguro 32

106 São Miguel Pov. Barrote 55

107 São Pedro I Pov. Vl. Varig 404

108 São Raimundo Barraca Comprida 21

109 Tomé de Souza Pov. Poliana PARALISADA

110 Terra Livre Ass. Terra Livre 105

111 Vereador Antº F. Primo Sede 198

112 Vila Nova Ass. Vila Nova 39

113 Zeferino G. Pereira Nova Olinda 41

114 Zeferino G. Pereira Zé Boeiro 38

115 Pedreira Vital Vila União 21

116 Reino da Alegria Brejinho da Água Limpa

15

TOTAL GERAL DE ALUNOS

Ano 2013

10.327 ALUNOS

REGIÃO CARÚ 3.656 ALUNOS

REGIÃO MIRIL 2.412 ALUNOS

REGIÃO CARÚ E MIRIL 6.068 alunos

ZONA URBANA 4.259 alunos

Fonte: SEMED, 2013

Page 13: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

10.2 GRÁFICOS SITUACIONAIS DA EDUCAÇÃO DE BOM JARDIM

Evolução da matricula inicial do ensino fundamental da rede municipal –

1997-2013

Área

Rural

ano 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª a 4ª

6ª 7ª 8ªa 5ª a 8ª

1ª a 8ª

1997 3776 903 551 397 5229 45 31 23 169 5398

1998 4501 966 569 385 6421 46 18 13 198 6619

1999 5033 1401 768 477 7679 73 36 21 307 7986

2000 3745 1466 893 582 6686 132 66 26 645 7331

2001 3478 1435 1087 737 6737 270 100 53 930 7667

1997 708 426 234 168 1536 0 0 0 0 1536

1998 863 439 191 137 1630 0 0 0 70 1700

1999 830 579 264 175 1848 31 0 0 112 1960

2000 769 649 373 265 2056 179 76 54 521 2577

2001 636 521 494 281 1932 49 35 0 182 2114

Urbana

1997 4086 1329 785 565 6765 45 31 23 169 6934

1998 5364 1405 760 522 8051 46 18 13 268 8319

1999 5863 1980 1032 652 9557 104 36 21 419 9946

2000 4514 2115 1266 847 8742 311 142 80 1166 9908

2001 4114 1956 1581 1018 8667 319 135 53 1112 9781

Urbana

E Rural

2012 1ª a 4ª série: 4.675 5ª a 8ªsérie: 3.151

Fonte: Semed, 2007-2013

REDE MUNICIPAL - DISTRIBUIÇÃO DE MATRÍCULAS

Modalidade Urbano Rural Total

Creche 194 0 194

Pré-escola 578 1.047 1625

Ensino Fundamental inicial(1ª a 4ª) 1.966 5.132 7.098

Ensino Fundamental (anos finais: 5ª a 8ª) 993 1.525 2.516

Fonte: INEP, 2007.

Evolução: Matrículas / 2004 ANO Nº

Professores

Pré-

escolas

Ens.

Fund.

1ª / 4ª s.

Ens.

Fund.

5ª / 8ª

EJA

1ª /

EJA

5ª / 8ª

2004 124 418 8.387 1.388 376 714

Total geral de alunos: 11.283 (incluído pré-escolares)

2006 Nº alunos 1ª a 8ª série 9.616 alunos (só 1ª a 8ª série)

Fonte: secretária de Educação /Out. / 2004

Page 14: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

EVOLUÇÃO DA TAXA DE APROVAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL DA

REDE MUNICIPAL – 1997 – 2002 (%) ANO 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 1ªA4 5ª/8

ª TOTAL

1997 47,4% 68,2 74,4 85,9 74,2 72,4 90,9 85,2 59,1 78,4 59,6

1998 58,8% 64,5 73,1 66,7 56,8 83,7 75, 80 61,8 64,4 61,9

1999 65,8% 69,% 77,3 78,2 71,7 86,1 65,6 71,4 68,5 74,9 68,8

2000 70,1% 74,% 78,1 80,5 77,3 71,2 70,5 79,5 73,2 75 73,4

EVOLUÇÃO DA TAXA DE REPROVAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL

DA REDE MUNICIPAL 1997 / 2000 (%) ANO 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 1ªA4ª 5ªA8ª TOTAL

1997 31,7 10,8 6,6 4,1 Nd Nd Nd Nd 21,2 Nd. 20,6

1998 212 17,7 13,1 10,7 16,6 8,2 8,3 20% 19,0 14,7 18,9

1999 21,1 17,8 9,8 11,4 14,2 2,8 3,1 Nd. 18,5 9,6 18,9

2000 18,0 17,4 13,0 11,2 12,7 21,7 18,7 15,4% 16,6 16,1 16,5

2006

Taxa de reprovação de 1ª a 8ª série: 7,4%

EVOLUÇÃO DO ABANDONO NO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL 1997 – 2000

Ano

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 1ªA4ª 5ªA8ª TOTAL %

1997 20,9 21,0 19,0 10,1 25,8 27,6 9,1 - 19,7 21,6 19,8

1998 20,0 17,8 13,8 22,5 26,6 8,2 16,7 0- 19,2 20,9 19,2

1999 13,1 13,1 13,0 10,5 14,2 11,1 31,3 28,6 12,9 15,4 13,0

2000 11,9 8,6 8,0 8,4 10,0 7,1 10,8 5,1 10,2 9,0 10,1

2006 De 1ª a 8ª série 20,65%

No gráfico abaixo se observa que, além da evolução das matrículas, existe

também um elevadíssimo número de evasão no município, sendo apenas um

retalho do que é a realidade Maranhão afora. Lembrando que a taxa de transferência oscila entre 2 a 3%.

EVOLUÇÃO DA TAXA DE EVASÃO ESCOLAR EM BOM JARDIM

ANO 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª

1997 4.086.

1998 1.405

1999 1.032

2000 847

2001 605

2002 402

2003 379

2004 219

2005 214 FONTE: PLANO DECENAL DE EDUCAÇÃO DE BOM JARDIM/ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO /2004

De acordo com o gráfico acima, apenas 5,5% dos alunos da rede municipal

chegam a terminar o ensino fundamental, enquanto a média Nacional é de 42,9%. Isto significa exclusão social. Pois as pessoas sem estudo ou com

baixo nível de escolaridade, em sua maioria, vivem de bico e subemprego,

tal fato contribui para manter a situação de injustiça e controle social em que vivem muitos estados e municípios. Onde se abstraem premissas de que,

analfabetismo e pobreza são as maiores armas políticas).

O estudante rural de Bom Jardim é enormemente afetado nesse processo de

exclusão social frente ao “silêncio” ou omissão dos gestores (Executivos e

Page 15: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Legislativos). Pois na Zona Rural, onde se localiza 64,83% da população

municipal (que corresponde a 25.428 habitantes), apenas 170 alunos encontram-se matriculados cursando o Ensino Médio. Um contraste com a

Zona Urbana, onde se localiza 35,17% da população (que corresponde a

13.795 habitantes), com 1.399 alunos matriculados. Se o ensino Médio é uma responsabilidade do Estado, não significa que os gestores municipais devam

“cruzar os braços” – porque seus filhos estudam em escolas particulares e

têm de tudo e futuro garantido na sombra daqueles “desassistidos”. *Fonte: Dados auferidos na escola Bandeirantes, 12/2009. (Profº Firmino)

TAXA DE DISTORÇÃO IDADE SÉRIE (%) 1997/ BOM JARDIM

ANO ESTADUAL MUNICIPAL

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª TO 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 1997 - - - - - - - - - - - - - - - - - 1998 28

6 41,3

51,4

62, 6

79,5

73 75,6

73,4

64,8

83,4

94,0

90,1

90,4

85,3

85,7

93,3

100

1999 12, 1

41,7

49,5

44,1

75, 7

72,9

83,2

73,3

62,5

69 90,5

94,9

92,0

94,6

86,5

83,3

95,2

200 20, 4

37,3

25 42,0

62,9

68,9

68,6

77,3

51 68,4

86,5

91,3

94,3

95,6

95,8

90,1

93,8

2001 32, 8

42,4

31,5

52 70,4

71,5

76,4

69,9

64,5

66,5

80,6

88,4

90,5

92,4

92,2

92,9

86,8

2005 Média de 1ª a 8ª série (índice fornecido por Rivelino/Secretário de Educação, 2007)

31,72

Tabela 6: DESEMPENHO NA EDUCAÇÃO – 2012

Aprovação reprovação e abandono

Escolas localização Ensino fundamental

Aprovação Reprovados Abandono ou evasão

Municipal Rural

Urbana

80% 9% 11%

Total de alunos: 11.153

Fonte: SEMED, 2013

Segundo o IBGE no ano de 2010, 7.541 pessoas nunca frequentaram as escolas, 15.040

frequentaram antes do ano respectivo a pesquisa e hoje não frequentam mais, entretanto

16.468 pessoas frequentam as escolas são do total de 16.468, divididos nas respectivas

faixas etárias, conforme a Tabela abaixo:

80%

9%

11% RESULTADO FINAL – 2012

Taxa deaprovação

Taxa dereprovação

Page 16: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

QUADRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

CONTRATADOS 2015. Total: 191 FORMAÇÃO QUANTIDADE

ENSINO MÉDIO 57

MAGISTÉRIO 79

ENSINO SUPERIOR

COMPLETO

18

ENSINO SUPERIOR EM

ANDAMENTO

23

ESPECIALIZAÇÃO 14

MESTRADO 0

Fonte: SEMED, 2015.

Ensino Médio – evolução de matrículas de 1985 /

2006

Ano Total de alunos Nº de professores

1985 125 -----

1986 174 -----

1988 176 -----

1997 317 12

1998 386 ------

1999 410 10

2000 633 25

2001 703 29

2004 934 31

2006

2009

2012 2013

1.352

1569 11.153

1.424

-------------------------

-

Fonte: Secret. Educ../ e Escola Bandeirantes. Profº Firmino./2009/2013

Vale lembrar que em na zona rural, onde se concentra 65% da população do município, que corresponde a 22.750 habitantes (em 2006) existe apenas

247 alunos cursando o Ensino Médio. Isso significa abandono da juventude

nas políticas públicas educacionais e o passaporte para a exclusão social de

muitos jovens que residem no município. Em resumo: Está sendo negada educação ao povo bonjardinense e enterrando a cidadania de muitos

cidadãos. E apesar de tudo, existe um legislativo.

Page 17: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

AVALIAÇÃO DO ENEN – 2006

ENSINO MÉDIO, ESCOLAPÚBLICA

ESCOLA PÚBLICA

Nome da Escola

Brasil Maranhão Bom Jardim

Em Bom Jardim

CEEFM. – Gov. José

Sarney

42,622

36,8810

Escola Pública

Bom Jardim:

29,760

Em Santa Inês

Escolas da rede privada

52,842 46,829 Escola privada em

Santa Inês: 45,420

(Média de todas) Fonte: INEP, 11/2007.

Distribuição das Pessoas de 10 anos ou mais de Idade, por grupos de anos

de Estudos

Ano: 2006 Total Homens

Mulheres

Total (1) 100,0 100,0 100,0

Sem instrução e menos de 1 ano 10,2 10,2 10,1

1 a 3 anos 13,5 14,5 12,6

4 a 7 anos 30,8 31,7 30,0

8 a 10 anos 16,5 1, 16,4

11 anos a mais 28,9 26,9 30,8

Fonte: INEP, 2007-11-17

Taxa de escolarização líquida:

Bom Jardim: 69,8% (2006)

Brasil: 91% (2002 – Ensino Fundamental)

Ensino Médio: 4,2% ( Bom Jardim)

Brasil: 25% (Ensino Médio)

O Brasil precisa cuidar mais em termos de políticas públicas do ensino

médio. Os indicadores mais alarmantes estão no campo. Neste grande

contingente está a população jovens do país – que consequentemente, sofrem

e sofrerão a exclusão social causada pelo baixo nível de escolaridade e não-

qualificação profissional.

Page 18: História da Educação de Bom Jardim – Maranhão

Ideb 2009 Maranhão Nordeste Brasil

3,9 3,8 4,6

Bom Jardim IDEB 2009

Ano 2005 2009

Municipal 3,0 3,5

Público 3,0 3,5

Inep 2010.

Fonte: IBGE, cidades, 2001

Fonte: IBGE,

cidades, 2001

85%

6%9%

MODALIDADE GERAL DA EDUCAÇÃO EM BOM JARDIM

Municipal Fundamental

Estadual Fundamental

Estadual Médio

56%35%

9%

PRÉ-ESCOLAS EM BOM JARDDIM

Municipal

Privada

Estadual