histÓria da educaÇÃo brasileira: resgatando a · a leitura histórica ultrapassa o fixismo do...

19

Upload: lykhanh

Post on 05-Dec-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: RESGATANDO A HISTÓRIA DE UMA INSTITUIÇÃO ESCOLAR DO NORTE DO

PARANÁ.

Adálcia Canedo da Silva Nogueira1

Dr. José Carlos da Silva2

RESUMO

A pesquisa pretende realizar o resgate da história institucional do Colégio Estadual José Domingues da Costa – EFM localizado na cidade de Congonhinhas - PR. Trata-se de uma unidade educacional do ensino fundamental e médio de natureza pública. Os estudos de recuperação documental e reconstituição histórica de instituições escolares, embora recentes, alcançaram densa produção e legitimada identidade epistemológica na tradição investigativa da história da educação brasileira. Busca-se manejar os instrumentais próprios da pesquisa histórica de abordagem qualitativa, que consistem precipuamente em levantar documentos oficiais e registros institucionais para compor a temporalidade histórica e social registrando no marco situacional do Projeto Político Pedagógico. Espera-se que a pesquisa produza uma sistematização documental e uma interpretação sócio-histórica referencial sobre a trajetória da escola na produção da pesquisa historiográfica institucional.

Palavras-chaves: História da Educação; História das Instituições Escolares,

Organização de Acervo Histórico, Historiografia, História.

SUMMARY

The survey intends to undertake the rescue of the institutional history of the State College Jose Domingues da Costa – FSM in Congonhinhas-PR. this educational drive elementary and middle public nature. Documentary studies and recovery of historical reconstruction, although recent educational institutions, have dense production and legitimated identity epistemological tradition investigative history of 1Pedagoga da Rede Pública do Estado do Paraná. Docente na Universidade Estadual do Paraná. Mestranda UEL. Aluna regular do Programa de Mestrado da UEL. Professora PDE.2Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2009). Docente da Universidade Estadual do Norte do Norte do Paraná (UENP). Orientador do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional.

Brazilian education. Search-manage own instrumentals of historical research, qualitative approach, consisting mainly in raising institutional official documents and records to compose the historical and social temporality registering in landmark situational Teaching political project. It is expected that the research produces a systematic documentary and a socio-historical interpretation about the trajectory of referential school in historiographic institutional research output.

Keywords: History of education; History of School institutions, organization of acquis history, Historiography, history.

INTRODUÇÃO:

Este trabalho deriva-se do reconhecimento da incompletude existente no

Projeto político Pedagógico do Colégio Estadual José Domingues da Costa - EM

com relação à história instituição, e ainda com a constatação da particular carên-

cia de estudos nas Universidades do Norte Pioneiro que busquem desenvolver le-

vantamentos e produzir análises no campo da história da educação, notadamente

sobre a recente linha investigativa que se fundamenta na história das instituições

escolares.

A elaboração do presente projeto versa sobre a história do Colégio Esta-

dual José Domingues da Costa – Ensino Fundamental e Médio (EFM) desde o

período de sua criação buscando a sensibilização do colegiado quanto à relevân-

cia do registro histórico da vida institucional escolar como cultura organizacional e

social.

Quanto à delimitação temporal, a pesquisa circunscreve-se ao período da

criação da Escola Normal Regional, na década de 1960, situando a cessação

oficial dos cursos profissionalizantes na década de 1990 e finaliza com a oferta de

ensino na atualidade. Visa analisar os principais atos (no sentido de documento

escolar) e levantar documentos que registrem as experiências passadas, as

conseqüentes gestões para a estruturação da instituição de ensino e suas

transições institucionais de maneira que revivifiquem a memória histórica no

Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição.

Tendo em vista à dimensão da área de História da Educação a

investigação limita-se a linha específica e recente de pesquisa, a História das

2

Instituições Escolares que propõe-se a investigar documentos institucionais

buscando interpretar seu constructo histórico, situando-a sócio e culturalmente,

caracterizando sua identidade institucional no tempo a partir de fatos históricos

contextualizados.

Pretende-se uma pesquisa histórica de cunho qualitativo, e concepção

dialética, fundamentada pela revisão bibliográfica, buscando resgatar possíveis

documentos da instituição escolar que se constituam em fontes e que expresse

sua trajetória histórica, mapeando, localizando no tempo e no espaço e

registrando a organização institucional do Colégio Estadual José Domingues da

Costa – EFM de forma a compor o marco situacional Projeto Político Pedagógico

(PPP) do Colégio.

Posto que a natureza da educação seja complexa, supõe-se que estudar

a natureza cientifica da instituição escolar passa por indagar sua identidade

histórica, buscando entende-la na contemporaneidade recuperando fontes e

registrando sua história, compreendendo como foi político e socialmente

constituída, e assim também a base econômica que deu sustentação a sociedade

em que foi estabelecida.

É razoável clarificar que o aporte teórico no qual se embasa o trabalho é o

da História como prática social dos homens, e, por tanto, indubitavelmente nos

remete ao marco situacional do Projeto Político Pedagógico com a

intencionalidade de contextualizar a escola, seu projeto, de forma

intencionalmente possa produzir sujeitos que se sabendo históricos sejam aptos a

intervir e a interagir sócio, econômico, política e culturalmente na concretude de

suas vidas e da sociedade onde estão inseridos.

Nesta perspectiva, conhecer o histórico da instituição onde se estuda,

pressupõe ter noção dos embates que se travou para que se pudesse ter acesso

à educação formal, ao conhecimento elaborado e à liberdade de expressão, de

forma a que se valorize os bens que se possui, especialmente os bens culturais e,

por suposto, a construção da consciência histórica de professores e, por

conseguinte do alunado pode dar-lhes o sentido da escola enquanto patrimônio

cultural coletivo, espaço democrático e de humanização a ser preservado.

3

Pretende-se, na realização do intento, buscar arquivos no próprio Colégio,

no Núcleo Regional de Ensino (NRE), Atas da Câmara Municipal de Vereadores

de Congonhinhas, como fontes que possam delinear a identidade histórica da

instituição escolar, suplementando o Projeto Político Pedagógico Escolar. Não

encontrando, deve-se buscá-las junto à Secretaria Estadual da Educação do

Paraná.

Dessa forma, se buscará interpretar a realidade a partir da área própria da

pesquisa em educação, conforme afirmação de Saviani (1998) na obra História e

História da Educação, o Debate Teórico Metodológico atual.

[...] dada à historicidade do fenômeno educativo cujas origens coincidem com a origem do próprio homem, o debate historiográfico tem profundas implicações para a pesquisa educacional, vez que o significado da educação está intimamente entrelaçado ao significado da história (SAVIANI, 1998, p.11-12).

Reside aqui a especificidade desse projeto de intervenção no Colégio,

pois a proposta é pensar coletivamente a história da instituição escolar, todos,

portanto como sujeitos históricos, que não podem se isolar no contexto, cabendo

a equipe pedagógica o papel de articular a participação consciente dos diferentes

sujeitos no processo.

Propõe-se a buscar arquivos possivelmente existentes no próprio Colégio,

ou em instituições externas resgatando fontes que ao delinear a identidade

histórica da instituição expressem seu constructo histórico social, bem como sua

caracterização da institucional a partir da compreensão da história da educação

com o recorte da historia da instituição escolar.

Pretende-se situar valendo-se dos dois são os tipos basilares de estrutura

que uma unidade escolar possui: administrativa e pedagógica, visto que, a

primeira relaciona-se a gestão patrimonial praticamente considera os elementos

físicos e materiais como a arquitetura do prédio da escola e a sua apresentação,

incluindo-se ainda dependências escolares, mobiliário, distribuição das salas,

espaços livres, equipamentos, evidenciando-se a conservação e a limpeza.

E relativa à estrutura pedagógica, detém entre outras funções, a de

teoricamente, organizar as funções educativas para que a escola cumpra seu

papel social com qualidade, conservando sua memória pedagógica e institucional.

4

E que a organização de uma instituição ou unidade escolar voltada para fins

emancipatórios está em vinculá-la a uma trama de relações que se materializam

em suas representações.

Que cada vez mais, novos objetos de pesquisa têm sido inseridos na

historicidade da pesquisa em história da educação, e pode-se citar que esta é a

história das instituições escolares, de políticas educacionais, de documentos

institucionais, os documentos históricos, atas, fotografias antigas, das disciplinas

escolares, da cultura escolar, de métodos de ensino, da história de vida de

professores, de material didático, do padrão arquitetônico, do mobiliário, da

concepção espacial, os livros didáticos, fichas de individuais de alunos, e das

diretrizes pedagógicas e suas pressuposições políticas que guardam estreitas

relações e se constituem hoje em fidedignas fontes históricas.

Para possibilitar a análise, considerou-se ser necessária a reflexão

valendo-se da contribuição da histórica oral como relatos de professores, alunos

e funcionários que pertenceram a instituição escolar em diferentes periódos de

sua trajetória, que de legitimidade ao perfil da história da educação da Instituição

Escolar e suas contradições estruturais.

Neste sentido tomando-se por base argumentação de Boto (2003) ao

afirmar que: Definir a identidade da escola como instituição requer indagar dela seu projeto, mas requer como contraponto, interrogar também o meio social onde a Instituição se coloca: o que esperam da escola seus diferentes atores e seus contemporâneos [...] (BOTO, 2003, p.383).

Entre certezas e inquietudes vacância da pesquisa em Historia da Educa-

ção que concentre a investigação na história das instituições escolares propicia,

objetiva-se “escrever” a história do Colégio Estadual, José Domingues da Costa –

EM (Ensino Médio), resgatando o acervo documental basilar de criação e funcio-

namento dessa unidade escolar, seus contextos e razões. A Interpretação de tais

motivações se dará a partir da relação expressa pela natureza do método dialéti-

co.

Diante do exposto, propõe-se a investigação de: Qual a relação entre a

história documental da educação e a dimensão da história da educação que a

5

sociedade legitima? Quais seriam as principais fontes históricas conservadas pelo

Colégio?

Objetiva-se num aspecto amplo investigar a história da primeira escola

secundária oficial de Congonhinhas, Colégio Estadual José Domingues da Costa

– EM, inventariando as fontes histórias existentes referentes à criação,

funcionamento cessação dos Cursos profissionalizantes do Colégio organizando

um acervo documental, contribuindo assim com a reflexão àqueles que estão

envolvidos na pesquisa, sobretudo com a temática de reconstituição histórica de

instituições escolares na rede estadual de educação do Paraná, particularmente

na comunidade escolar.

E pragmaticamente objetiva-se levantar a documentação referente à

criação, autorização e funcionamento da instituição Escolar e a posterior

cessação dos Cursos profissionalizantes, escrevendo a história da instituição.

A ABORDAGEM TEÓRICA DA PESQUISA.

Intentar uma pesquisa histórica exige recuperar o percurso,

retrospectar, prospectar, entender que a história é feita de homens construídos

historicamente, que se movem, agem e se transformam, portanto, a história não

está pronta e acabada, é dinâmica. Os fatos históricos passados são

determinantes sobre as direções que esta história irá tomar, ela é necessária para

entendermos a realidade, porque a história constrói a realidade.

Delineou-se a intervenção na premissa da compreensão e

socialização entre os pares sobre a importância da leitura histórica, ou como

considera Gadotti (1982):

A leitura histórica ultrapassa o fixismo do sentido literal para nos introduzir em um trem em marcha que envolve um trem onde há pessoas que falam que fazem discursos, peritos que explicam o papel do condutor, como o trem corre sobe os trilhos, quantas pessoas podem viajar, s seguros, etc., um trem tem a sua história, um ponto de partida, um ponto de chegada, enfim, um trem que anda. Mas, tomar o trem, compreender o trem, explicá-lo não senão mais uma etapa do percurso. Para que o discurso nos atinja e torne possível outros trens, outros caminhos, outras possibilidades de ver as coisas, é preciso descer do trem e retomar todo discurso sobre o trem. A leitura histórica nos exige sair

6

dela mesma e ir além, procurar as origens. Ela nos faz descer, ir olhar por baixo (GADOTTI, 1982, p. 49).

Nesse sentido procura-se compreender o processo histórico

da criação desta instituição como memória e consolidação de um projeto para a

(con) formação de uma cultura local considerando-se que com esse desígnio foi

fundada como Curso Normal Regional Alfredo Andersen e, que fatores externos a

instituição escolar são um dos grandes responsáveis pelas defasagens na

qualidade em seu ensino ao longo dos anos na formação dos cidadãos

congonhenses, ou seja, tudo está interligado, constituindo as alternâncias que

estabelecem os direcionamentos da educação pública, e ao reconstituir sua

história muito poderá ser suscitado ou quiçá torne-se objeto para investigações e

desvelamentos em posteriores pesquisas no PDE.

Para que se efetive a proposição o referencial que dará

sustentação à questão proposta tomará por base o aporte da História com

particular endosso da história da educação no que concerne a seleção de fontes

que constituam um acervo e organize os documentos preservando a historia da

instituição escolar para as gerações futuras. Trata-se, portanto do empenho em

superar dificuldades teóricas como enuncia SAVIANI.

Deve-se, porém, reconhecer que os investigadores-educadores especializados na história da educação tem feito um grande esforço de sanar lacunas teóricas, adquirindo competência no âmbito historiográfico capaz de estabelecer um diálogo [...] com os historiadores. E, ao menos no Brasil, cabe frisar que esse diálogo tem se dado por iniciativa os educadores, num movimento que vai dos historiadores da educação para os, digamos assim, “historiadores de ofício. (SAVIANI, p.12).

A legitimidade da contribuição e intervenção proposta firma-se na reflexão

séria sobre o conteúdo da História da Instituição Escolar e não é possível

fragmentar a visão da história dicotomizando suas diferentes abordagens (história

da educação história das instituições escolares), visto que de acordo com

Dalarosa (1999) a história, sendo produto da ação do homem, é um processo, e

resulta das contradições das relações sociais que durante sua evolução,

transformam suas características.

No entanto a história oficial, elaborada de acordo com interesses

governamentais, sistematizadas e ensinada nas instituições escolares, não

7

possibilita uma análise de contexto, ou desvela as condições da concretude social

em cada momento histórico. Sendo o livro didático uma das fontes em nosso

campo de pesquisa, cabe então, refletir que homem esta se formando ou

simplesmente reproduzir essa abordagem da história sem questioná-la junto a

seus educandos.

Em razão disso, Dalarosa (1999) afirma que a função histórica da

educação é a socialização e a formação do ser para a vida em sociedade.

Partindo de sua reflexão, qual seria exatamente o papel da história da educação?

A História da educação tem a função e provocar esta reflexão, pois definir os fins educativos é definir ao mesmo tempo, a sociedade, a cultura, e o homem que se quer promover... O estudo da história deve possibilitar compreender as relações de poder e os mecanismos de exclusão que se produz em determinados contextos sociais, para poder alavancar mudanças que possibilitam a superação das condições de exclusão (DALAROSA,1999, p.47).

No caso deste trabalho, a imersão na Historia da Educação terá como

foco a História da Instituição de Ensino com a intencionalidade de produzir um do-

cumento da História do Colégio que é uma unidade escolar mantida pela Secreta-

ria Estadual de Educação do Paraná, reunindo e arquivando os documentos que

registram aspectos de sua história institucional estimulando nos pares o desenvol-

vimento da consciência histórica, a reflexão e discussão sobre o que se constitui-

ção de fontes no âmbito da Instituição escolar, os possíveis registros historiográfi-

cos e qual sua importância político e social para a comunidade escolar.

Por se tratarem de educadores das mais variadas formação considera-se

necessário socializar alguns conceitos básicos para que se possa compreender a

relevância de se produzir discursos históricos. Assim sendo, pretende-se não ape-

nas pensar coletivamente a importância do registro historiográfico a respeito da

instituição escolar, mas também, e principalmente, como servirá à reflexão históri-

ca sobre as políticas e os caminhos da educação no município de Congonhinhas.

Para a escrita da história da instituição escolar, parte-se do pressuposto de leitores não ingênuos, conscientes de que a História que se produz não é a mesma que se deu de fato; e que ao ser escrita referenda-se em fontes, porém não se isenta de interesses individuais, de classe, inseridos em determinado con-texto histórico.

[...] a história, em sua forma tradicional, se dispunha a ‘memorizar’ os monumentos do passado, transformá-los em documentos e fazer falarem

8

estes rastros que, por si mesmos, raramente são verbais, ou que dizem em silêncio coisa diversa do que dizem; em nossos dias, a história é o que transforma os documentos em monumentos e que desdobra, onde se decifravam rastros deixados pelos homens, onde se tentava reconhe-cer em profundidade o que tinha sido uma massa de elementos que de-vem ser isolados, agrupados, tornados pertinentes, inter-relacionados, organizados em conjuntos (FOUCAULT, 1995, p. 8).

Ciente disso e de que as fontes são produções humanas espontâneas ou

produzidas intencionalmente, por exigência ou não do interesse e do objeto de

pesquisa é que se elegeu como sujeitos oficialmente autorizados para refletir so-

bre a Historia, aqueles e aquelas que estarão envolvidos na dinâmica deste traba-

lho investigativo. A realização ad formulação e intervenção no registro da história

escrita, a pesquisadora. A rigor podem-se dizer educadores empenhados em pre-

servar e [...] compreender o seu passado que é o nosso presente (SAVIANI, 2006,

p.31).

Assim, se se pretende investigar a instituição escolar e produzir sua

historiografia faz-se necessário uma breve incursão sobre o que tem sido a

tradição da História ao logo do tempo: factual privilegiando datas, fatos, e

pseudos heróis, excluindo do contexto sujeitos históricos como a mulher, o negro,

a criança, a classe popular. A filosofia subjacente que permeia a história e revela

contextos e sujeitos, o qual é negado pela história oficial, desvela uma prática

comum nos diferentes níveis da educação brasileira: a História não contextualiza

o fato histórico e, portanto põe em questão a seriedade científica que todo

historiador deve ter ao fazer História

Ao se considerar Hobsbawm (2002) constata-se que a reflexão implica o

desvelamento de pelo menos três tipos de problemas: em primeira instancia usos

e abusos da História, tanto na própria História quanto na política. Aqui remetemos

a referida importância da questão para outras áreas/disciplinas do conhecimento,

sobretudo a área das ciências sociais, legitimando-a ou refutando-a.

Em segunda instância, inclui levantamentos e avaliações críticas da

várias tendências e de modernismos em História. Para tanto há que se

contextualizar o passado na trajetória de historiadores e pesquisadores, além de

intervir em debates de questões específicas do presente.

9

E em terceira instancia, dizem respeito ao aspecto ético, político e

epistemológico que todo historiador enfrenta ao se defrontar com a interpretação

histórica. A maneira pela qual a História é escrita traz as marcas antecedentes:

convenções e experiências acumuladas pelo sujeito que a produz.

A partir dessa argumentação referencia-se o registro da História somado

à questão de que é compreendendo o passado que se pode dar sentido ao

presente e projetar o futuro, e, essa retomada pode ser menos subjetiva quando

ao se realizar a interpretação das variações do passado o historiador se utilizar o

recurso mais rigoroso da ciência. Há que se discernir ainda ao interpretar o

passado, a história oficial e os pressupostos da história subjacente.

Neste aspecto Catani (2007) propõe analisar percursos e desafios da

pesquisa e do ensino de história e que tais diferenças próprias a um campo do

conhecimento perfazem o nascimento de novos saberes. Sinaliza uma concepção

de História como ciência que investiga, conhece e expõem as ações dos homens

no passado, ações racionais por eles praticadas como sujeitos sociais, elementos

da macro esfera com a qual interagem e não apenas relato factual, ainda eu

sistemático.

Sem abandonar o diálogo com as fontes, Catani (2007) propõe intuir,

argumentar e exercer desempenho crítico, entendendo que criticar exige

competência, requer proficiência em muitos saberes e que para tanto o estudo, a

pesquisa, a coleta de informações precisa ser ampla. É necessário buscar grande

número de autores conceituados quanto à metodologia de pesquisa em história,

aprofundando igualmente estudos sobre a análise qualitativa de textos, sem

perder de vista o que já se conquistou na área e que merece ser preservado,

rememorado e interpretado.

Considerando-se que a pesquisa deve fundamentar o ensino em

determinada área, a pesquisa em História da Educação, constitui-se uma área

consideravelmente jovem e sua inclusão no currículo de formação docente data

de 1930. A discussão sobre sua importância e contribuição na área do magistério

Curso de Pedagogia ganha importância com os trabalhos desenvolvidos no grupo

10

da Anped3 e na criação do Grupo de Pesquisa Histedbr4 que tem

contemporaneamente reconhecimento nacional e internacionalmente.

Até meados da década de 90 a História da Educação estava circunscrita

a pós-graduação Scrictu Sensu5 de grandes universidades e sua discussão no

currículo do Curso de Pedagogia, em grande porcentagem de faculdades isoladas

perfazia a lógica da obrigatoriedade ou não no currículo, sem se considerar seu

aporte teórico como ciência do conhecimento. E relativo aos Cursos de Formação

Docente em nível médio, portanto, havia carência de profissionais com aporte

teórico metodológico para o ensino na Disciplina, decorrente disso, não se formou

no cidadão a consciência histórica.

Estudar a História da Educação no contexto geral para se observar a

concomitância entre suas crises e do sistema social é hoje fundamento da

educação dos cursos de licenciatura e de pedagogia, pois às questões da

educação são inerentes a pesquisa histórica e a função social da educação

escolar e a reflexão sobre a natureza e a função da educação institucional na

contemporaneidade. Neste sentido importa afirmar que não há neutralidade em

educação, sob o desafio de provocar ou não mudança num contexto socialmente

condicionado.

Somando-se as questões educacionais mais amplas e aos novos

horizontes da pesquisa histórica, Fonseca (2007) propõe refletir sobre o ensino da

história no século XXI em busca de entender o tempo como história viva. Para

ela, esta tarefa obriga propostas diversificadas e, por vezes, divergentes, que

exigem o exercício da escolha por professores e alunos. Sugere considerar que

existem problemas políticos e sociais no campo do ensino de história. E a reflexão

aqui contida propõe considerar o significado escolar do conhecimento histórico e

a formação da consciência histórica dos alunos e professores e a transformação a

escola.

3Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação4Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação - Sediado na Faculdade de Educação da UNICAMP – SP, tem articulado desde 1986 a participação de grupos de pesquisa área de História da Educação em várias instituições de ensino superior, públicas e privadas do país.5Scrictu Sensu - Expressão latina que quer dizer “em sentido restrito”. Relativamente aos cursos de pós-graduação, a expressão aplica-se aos de mestrado, doutorado e pós-doutorado.

11

Na passagem para o século XXI começou-se a atribuir maior valor a

cultura escolar, ou seja, o conjunto de conhecimentos formais ou saberes, no

entorno da prática de ensino Fonseca (2002), e neste aspecto, a pesquisa em

educação em sua multiplicidade permeia as reflexões sobre os projetos definidos

na área da História das Instituições Escolares se considera que a validade das

diferentes abordagens na atividade investigativa em história da educação,

próprias de um campo do conhecimento científico que fertiliza o nascimento de

novos saberes.

Em toda a esfera de conhecimentos sistematizados por Fonseca (2002),

os espaços de pesquisa em História consideram experiências práticas de ensino

e pesquisa que se referem ao campo do trabalho docente. Pensar de maneira

critica sobre a multiplicidade das abordagens teóricas, técnicas e políticas como

elemento articulador em relação a um conhecimento de história, a análise da

problemática da cultura material e documental como referência de estudo e as

representações nas condições de experiências sociais que não se opõe ao real

uma vez que existe como prática humana ativa, e que é sem sombra de dúvida,

extensivo a área da História da Educação.

Considerados os pressupostos da filosofia da história como conceitos

subjacentes à ação do ensino e da pesquisa essa investigação ainda nos reporta

a Charlot (2007), ao postular que tão importante como saber o que se estuda é

saber como se estuda, ou seja, a organização dos conteúdos metodológicos não

tem um fim em si mesmo. Precisam estar voltados para as relações com o saber

escolar, com o objetivo final de atender o aluno de classes populares.

A partir de seu postulado, considerando-se a pesquisa como processo

sistematizado de estudo e aprofundamento, é desafio de aprendizado e leva a

construção da identidade, assim é pertinente também à questão da pesquisa em

Historia da Educação e em História das Instituições Escolares na medida em que

contextualiza e desvela o projeto social do entorno onde se insere a escola e sua

comunidade escolar.

Tomando-se por base o aspecto sócio cultural a instituição escolar e a

impossibilidade da neutralidade, há que se relacionar e elementos do modelo

econômico, e da sociedade que afetaram diretamente a política educacional e

12

consequentemente a identidade histórica da escola; sua práxis político,

pedagógica e social.

Trata-se aqui do reconhecimento de uma intrínseca relação entre os

interesses que movem as relações econômicas, e as especificas diretrizes que

regem a escola, a sociedade e a cultura como derivação. Neste sentido, nosso

pressuposto histórico contempla o pensamento de Gramsci (1987) de que as

relações econômicas históricas sociais e da cultura engendram os diversos

processos de formação de interesses do estado e da sociedade capitalista dos

quais se originam a matriz da escola, e, portanto, de como o Colégio Estadual

José Domingues da Costa - EM desenvolveu ou não um projeto sócio educativo

para classe popular que dela depende.

Em face do ponto de vista de Manacorda (1989) de que o econômico, o

político e pedagógico são dimensões indissociáveis, e que a história da escola

pública, desde sua gênese nas sociedades divididas em classes, surge como

privilégio reservado aos jovens das classes mais abastados, considera-se

necessário à observação e descrição da trajetória histórica da respectiva

instituição escolar que teve sempre a tradição de curso profissionalizante, a priori

de formação docente: foi criada como Normal Regional, depois Normal Colegial.

Posteriormente, criou-se em período alternado o Técnico em Contabilidade mais

tarde reformulado como Auxiliar de Contabilidade. Somente a partir da Gestão

Lerner6 passou a Educação Geral e atualmente a Ensino Médio e Fundamental.

Nosso ponto de partida é o reconhecimento da dinâmica própria da prática social:

como esta instituição escolar foi criada, como foi historicamente constituída, sua

relação com a sociedade congonhinhense e qual seu lastro para a população.

E finalmente, consideramos nos apropriar de um referencial teórico-meto-

dológico sólido e específico da Historiografia da Educação, e da História das Insti-

tuições Escolares, pautando-nos pelos referenciais de Lombardi e Nascimento

(2004), de Sanfelice (2006), Saviani e Nascimento (2007) e toda a produção do

Histedbr para o tema com a dimensão de recorte regional, para reconhecimento

dos marcos cronológico e as motivações ideológicas e políticas da organização

6 Governador do Estado do Paraná Jaime Lerner na Gestão (1995-1998) e segunda gestão (1999-2002).

13

de uma Instituição Escolar de formação profissionalizante no município de Congo-

nhinhas.

Para tanto, faz-se necessário selecionar estabelecer critérios para a sele-

ção das fontes trabalho este sempre parcial e político, tal qual a História em seu

aspecto mais amplo, sempre política, sempre parcial. No entanto, o caráter parcial

do trabalho de seleção de critérios e dessas fontes pode ocorrer de maneira auto-

ritária ou democrática.

Autoritária se o trabalho for compreendido com ênfase no aspecto buro-

crática, direcionado a partir do diretor da escola e desenvolvido por um grupo res-

trito de indivíduos; democrática se compreendida como instrumentalização para

que a comunidade escolar apreenda a realidade e as políticas de ensino vigentes

a educação escolar em diferentes períodos históricos.

Considerando-se a relevância da reflexão critica no que concerne aos

processos históricos, postula-se que todo projeto de historia da instituição escolar,

incluindo ai a escolha das fontes a serem examinadas, assim também a organiza-

ção dos registros e a socialização com a comunidade escolar devem ocorrer de

forma democrática.

Como sujeitos histórico e importante inserir-se também como participes

na reflexão da micro historia, eis por tanto a necessidade de se investigar e histo-

riografar as instituições escolares, não como uma demanda burocrática, mas

como resgate do patrimônio e perspectiva de intervenção e transformação na coti-

dianidade institucional, com base nas fontes históricas:

No caso da história, evidentemente não se poderia falar em fontes natu-rais já que todas as fontes históricas, por definição, são construídas, isto é, são produções humanas [...] Além disso, é preciso considerar que, a rigor, a palavra fonte é usada em história com sentido analógico.As fon-tes estão na origem, constituem o ponto de partida, a base, o ponto de apoio da construção historiográfica que é a reconstrução, no plano do conhecimento, do objeto histórico estudado. Assim, as fontes históricas não são a fonte da história, ou seja, não é delas que brota e flui a histó-ria. Elas, enquanto registros, enquanto testemunhos dos atos históricos são a fonte do nosso conhecimento histórico, isto é, é delas que brota, é nelas que se apóia o conhecimento que produzimos a respeito da histó-ria (SAVIANI, 2006, p. 29).

Ao se pretender escrever a história de uma instituição escolar, há de se

compreender que este registro historiográfico não será de uma historia estática,

visto que a Historia esta em constante movimento. O processo é dinâmico e conti-

14

nuara seu curso após esta historiografia, mas principalmente porque esta escrita

terá uma intencionalidade contextualizada ao momento histórico em que foi pro-

duzida e aos interesses desse tempo histórico, interesses estes que provavelmen-

te também serão outros em outros tempos. Portanto o que se propõe efetivamen-

te Uma proposta de intervenção é a constituição de um acervo que se reúna e

preserve de forma adequada documentos que constituam fontes próprias e que

relatem a história da unidade de ensino. Que este acervo documental seja cons-

truído democraticamente pela equipe composta por pedagogos e docentes do Co-

légio que aderindo o projeto defina os critérios de seleção das fontes. E, ainda,

que este acervo seja pensado coletivamente, reunindo as diferentes vozes dos

sujeitos entretecidos na pesquisa e no cotidiano escolar. Na sequencia, será ela-

borada a historia escrita da Instituição que possa estar acessível à comunidade

escolar através do marco situacional do seu PPP.

A Pesquisa não tem intenção, ou a pretensão de desvelar todos os elementos envolvidos na criação da referida escola. Buscaremos evidenciar alguns expostos. Contudo, cabe salientar que descobrir ou revelar dados não significa um trabalho de coligir dados com uma visão de história estática, factual, míope. A esse respeito Buffa e Nosella (1996) advertem para o seguinte:

[...] é preciso dizer que tudo isso (fontes históricas, leituras, etc.) não é suficiente para se escrever uma história. Sem questões e hipóteses definidas, sem uma determinada orientação teórica, os dados empíricos amontoam-se confusamente e não revelam seu significado profundo. (BUFFA E NOSELLA 1996, p.115)

Buffa (2002) considera que pesquisar uma instituição escolar é uma forma

de estudar a filosofia e história da educação brasileira porque as instituições estão

impregnadas de valores e as políticas educacionais deixam marcas na escola.

Se os estudos realizados forem exitosos, é possível superar a visão dico-

tômica, os opostos entre o particular e o universal, o específico e o geral, o con-

creto e o conceito, a história e a filosofia. Também no estudo da instituição esco-

lar estaria à possibilidade para superação de trabalhos teóricos que estão distan-

tes do chão da escola e os trabalhos mergulhados no cotidiano empírico, porque

lá está presente a filosofia educacional da sociedade que criou e a tal instituição

escolar.

Propõe um tripé metodológico para o estudo da história das instituições:

princípios teórico-metodológicos, categorias de análise e como trabalhar com as

15

fontes de pesquisa que além de documentos, relatórios, livros de matrícula, pro-

gramas das disciplinas e fotografias existentes na escola, também supõem con-

sulta à legislação, jornais de época, literatura pertinente e entrevistas com atuais

ou ex-professores, diretores e alunos da escola.

Entre os princípios teórico-metodológicos se destacam a relação entre tra-

balho e educação, estudar o particular (a instituição) como expressão do desen-

volvimento geral isto é, descrever o particular, explicitando suas relações com o

contexto econômico, político, social e cultura, dialeticamente relacionados. Fazer

uma história que não seja apenas factual nem descritiva, mas interpretar os fatos

estudados em função de uma concepção filosófica.

Quanto às categorias de análise, Buffa (2002) propõe:

Investigar o processo de criação e de instalação da escola, a caracteri-zação e a utilização do espaço físico (os elementos arquitetônicos do prédio, sua implantação no terreno, seu entorno e acabamento), o espa-ço de poder (diretoria, secretaria, sala dos professores), a seleção de conteúdos escolares, os professores, a legislação, as normas e a admi-nistração da escola. Estas categorias permitem traçar um retrato da es-cola com seus atores, aspectos de sua organização, seu cotidiano, seus rituais, sua cultura e seu significado para aquela sociedade. (BUFFA, 2002, p.27).

Decorrente da opção de pesquisa se escolheu buscar investigar a

organização de fontes históricas, a possibilidade de manejo de novas fontes

historiográficas e a legitimação de novos desafios a partir dos interesses das

amplas camadas sócio excluídas, como nos ensina ainda SAVIANI, Trata-se de

desarticular dos interesses dominantes aqueles elementos que estão articulados

em torno deles, mas não são inerentes à ideologia dominante e rearticulá-los em

torno dos interesses dos dominados (SAVIANI, 1982: 10 -11).

Pretende-se concluir essa pesquisa com a sistematizção e registro das

fontes históricas documentais, compreendendo como documento, qualquer

objeto, ou conhecimento de base materialmente fixada, que explique, informe,

reconstitua, demonstre, confirme, cientificamente algum fato ou acontecimento,

disponibilizando registro da história escrito como acervo documental e

suplementação do Projeto Político Pedagógico da Instituição Escolar disponível

para consulta do colegiado e comunidade escolar.

16

REFERENCIAS

ARENDT, Hannah. Entre o Passado e o Futuro. Perspectiva. São Paulo, 2007.

BUFFA, E. História e Filosofia das Instituições Escolares. Estudo Dois. In: Novos Temas em História da Educação Brasileira. Instituições Escolares e Educação na Imprensa. ARAÚJO, J.C.S.; GATTI JR, D. (Orgs.). Campinas: Autores Associados, 2002.

CATANI, Denise Bárbara. Escrever-se e comparar-se, mapear e apropriar-se: questões da pesquisa em história da educação. In: GATTI JUNIOR, Décio, PINTASSILGO, Joaquim. Percursos e desafios da pesquisa e do ensino de História da Educação. Uberlândia: EDUFU, 2007.

CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000.

DALAROSA,Angelo, Anotações à questão: Para que estudar História da Educação? In: LOMBARD, José Claudinei (org) Pesquisa em Educação: História, filosofia e temas transversais. Campinas, SP: AUtorsa Associados:HSITEDBR, Caçador. SC: UnC, 1999.

FONSECA, Selva Guimarães. (et al) Ensinar História no século XXI: em busca do tempo entendido. Campinas: Papirus, 2007.

Foucault, Michel. A Arqueologia do Saber. 4ª ed. Rio de Janeiro: ForenseUniversitária, 1995.

GADOTTI, Moacir. A educação contra a educação. Rio de janeiro:paz e Terra:1982.

GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética da História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1989.

HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

LOMBARDI, José Claudine; NASCIMENTO, Maria Isabel Moura (Org.). Fontes, história e historiografia da educação. Campinas, SP: Autores Associados: 2004.

MANACORDA, Mario Alighiero. História da Educação: da Antigüidade aos nossos Dias. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1989.

NÓVOA, Antonio. Para uma análise das instituições escolares.As organizações escolares em análise, 2ª ed., Lisboa, Publicações D.Quixote, 1995.

17

NOSELLA, P; BUFFA, E. Shola Mater: a antiga Escola Normal de São Carlos. São Carlos: EDUFSCar, 1996. XXX p.

NOSELLA, Paolo e BUFFA, Ester. As pesquisas sobre instituições escolares: Ba-lanço Crítico.In: Histedbr, navegando na história. Disponível em: www.histebr.fa-e.unicamp.br. Consulta realizada em 08/04/2011.

Pinscky, Carla Bassanezi, Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2010.

SANFELICE, José Luis. História, instituições escolares e gestores educacionais. História da Educação Brasileira On-Line, Campinas, SP. no. especial, p. 20-27, ago., 2006.

SAVIANI, Dermeval. História e História da Educação, o Debate Teórico-Metodológico Atual. Autores Associados: Grupo de Estudos e Pesquisas: História, Sociedade e Educação, 1998.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1982.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações. 9ª ed., Campinas, São Paulo: Autores associados, 2008.

SAVIANI, Dermeval. Instituições escolares no Brasil. Conceito e reconstituição histórica. In: NASCIMENTO, Maria Isabel Moura et al. (Org.). Instituições escolares no Brasil: conceito e reconstituição histórica. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.

SAVIANI, Dermeval. Breves Considerações sobre fontes para a História da Educação. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p. 28-35, ago. 2006 - ISSN: 1676-2584.

TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução á pesquisa em ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 2010.

VEIGA, Ilma Passos A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. 3.ed. Campinas: Papirus, 1995.

18