história da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento

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Page 1: História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento
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José Marques José Marques

da Silva da Silva (Arq.)(Arq.)

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Ao longo da primeira metade do

século XIX, o território português

assistiu a uma série de profundas

mutações, fortalecida pela

implementação do regime liberal em

1834. Estas transformações tiveram,

no entanto, graves repercussões ao

nível do património edificado,

incluindo a própria azulejaria,

justamente por ter sido

maioritariamente encomendada e

utilizada por representantes do clero

e da velha aristocracia.

Page 5: História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento

A partir desta altura, o azulejo

continuou a ser integrado na

arquitectura, embora parte

significativa do denominado "azulejo

artístico" passasse a ser substituído

pelo "azulejo industrial", mais

simples e, na maioria das vezes,

aplicado no acabamento de fachadas

de prédios de rendimento urbano de

perfil burguês, naquela que se

transformaria numa das tradições

mais características e peculiares da

prática azulejar portuguesa.

Page 6: História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento

E apesar de algumas fábricas terem

encerrado as suas portas logo nos

primeiros decénios de oitocentos,

terá sido o regresso de emigrantes

enriquecidos em terras brasileiras

que possibilitou a reactivação de

antigos centros produtivos.

Jorge Colaço, Estação de S. Bento

Page 7: História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento

Foi o que sucedeu no Porto, com

Massarelos e Miragaia. Mas este

retorno abriu de igual modo caminho

à fundação de outras unidades, a

exemplo da fábrica do Carvalhinho e

das Devesas.

Fábrica do Carvalhinho

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O século XIX trouxe, porém, ao

território português uma outra

realidade. O lançamento de troços de

caminhos de ferro estreitou

paragens, gentes e culturas, num

circuito mundial ditado pelos novos e

crescentes interesses económicos.

Estação Ferroviária do Rossio, 1886

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É neste preciso contexto que se insere a

"Estação dos Caminhos de Ferro de São Bento",

localizada no coração da cidade, na Praça de

Almeida Garrett.

Page 11: História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento

Erigido no século XVI para acolher o

convento das freiras beneditinas de

São Bento de Ave Maria, o edifício foi

sujeito a três tipos de intervenção,

tendo D. Carlos I (1863- 1908)

lançado a primeira pedra para o

actual imóvel em 1900, numa altura

em que o convento se apresentava

bastante degradado, razão pela qual

fora entretanto demolido, depois de

ter sido destruído por um incêndio

em 1783 e reconstruído no início do

século seguinte.

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Contemporânea do Porto

Erigido no século XVI para acolher o

convento das freiras beneditinas de

São Bento de Ave Maria, o edifício foi

sujeito a três tipos de intervenção,

tendo D. Carlos I (1863- 1908)

lançado a primeira pedra para o

actual imóvel em 1900, numa altura

em que o convento se apresentava

bastante degradado, razão pela qual

fora entretanto demolido, depois de

ter sido destruído por um incêndio

em 1783 e reconstruído no início do

século seguinte.

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No início do século XVI, mais

precisamente em 1518, o rei D.

Manuel I, que no ano anterior

outorgara foral ao Porto, mandou

construir à custa de sua fazenda, o

Mosteiro da Avé Maria ou da

Encarnação das monjas de São Bento,

dentro dos muros da cidade, no local

chamado das Hortas do Bispo ou da

Cividade.

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Desejando o rei que os Mosteiros das

Religiosas se transferissem dos

montes para as cidades, neste foram

recolhidas as monjas dos Mosteiros

de Rio Tinto, Vila Cova, Tarouquela e

Tuías, no dia 6 de Janeiro de 1535. No

século XVI recebeu algumas freiras

de um extinto mosteiro em Macieira

de Sarnes (Oliveira de Azeméis).

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Foi a sua primeira abadessa D. Maria

de Melo, monja de Arouca e, ao

mesmo tempo, regedora do Mosteiro

de Tarouquela.

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Vários testemunhos referem-se ao

Real Convento como uma maravilha

em decoração e magnificência,

deduzindo-se ter predominado

inicialmente o estilo manuelino. .

Cortejo no ano de 1894 no Largo de São

Bento (actual Praça de Almeida Garrett),

com antigo Mosteiro de São Bento de Avé

Maria à direita.

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Deduz-se, pois foram muitas as

alterações e aditamentos qua a igreja

e o convento sofreram durante os

anos, a última motivada por um

incêndio em 1783, que ao tempo da

demolição apenas restava um arco

manuelino da traça primitiva.

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Contemporânea do Porto

Com a afirmação do Liberalismo no

início do século XIX, este regime,

depois de extintas as ordens

religiosas, confiscou os seus bens por

decretos de 1832 e 1834,

determinando que estes passassem

para o Estado após a morte da última

religiosa.

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Contemporânea do Porto

No caso do Mosteiro da Avé Maria,

esta terá falecido em 1892, ficando as

instalações devolutas. Contam-se

várias histórias de que, em certas

noites, ainda é possível ouvir as rezas

da monja a ecoar pelos corredores

das alas da estação!

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A demolição dos claustros

inicia-se cerca de 1894 e a da

igreja processa-se entre

Outubro de 1900 e Outubro de

1901. As ossadas das monjas

foram recolhidas numa

catacumba mandada construir

no cemitério do Prado do

Repouso pela Câmara Municipal

do Porto, em 1894.

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Muito do seu espólio perdeu-se por

altura da demolição, incluindo uma

grande variedade de azulejos-tapete,

alguns dos quais foram recolhidos

por Rocha Peixoto . O que resta do

espólio pode apreciar-se no Museu

do Seminário do Porto (talha), na

Igreja de São João das Caldas em

Vizela (retábulo-mor da igreja), Paço

de S. Cipriano em Guimarães

(azulejos do claustro), no Museu

Nacional de Arte Antiga em Lisboa

(báculo da Abadessa) e no Mosteiro

de Singeverga em Roriz

.

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AS FREGUESIAS do AS FREGUESIAS do

distrito do porto nas distrito do porto nas

memórias memórias paroquiais de paroquiais de

17581758

http://repositorium.sduhttp://repositorium.sdu

m.uminho.pt/bitstream/1m.uminho.pt/bitstream/1

822/11886/1/PORTO%2822/11886/1/PORTO%2

0Livro%20das%20Mem0Livro%20das%20Mem

%20Paroq.pdf%20Paroq.pdf

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A expAnsão A expAnsão

(sub)urbAnA no porto (sub)urbAnA no porto

românticoromântico..

http://www.iscet.pt/siteshttp://www.iscet.pt/sites

/default/files/PercursosI/default/files/PercursosI

deias/N3_4/Revista2011deias/N3_4/Revista2011

2012Tur_0.pdf2012Tur_0.pdf

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Subsídios para o estudo Subsídios para o estudo

da iconografia e da iconografia e

urbanismo da cidade do urbanismo da cidade do

PortoPorto

http://ler.letras.up.pt/uphttp://ler.letras.up.pt/up

loads/ficheiros/6537.pdfloads/ficheiros/6537.pdf

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Livraria Manuel dos Livraria Manuel dos

SAntosSAntos

http://www.livrariamanuhttp://www.livrariamanu

elsantos.com/ctemasgp.elsantos.com/ctemasgp.

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