histerossalpingografia
TRANSCRIPT
HISTEROSSALPINGOGRAFIA
Tecnólogo em Radiologia Alex E. Ribeiro
Introdução
A histerossalpingografia é um exame realizado
por intermédio de uma injeção de contraste
no colo uterino, com o objetivo de opacificar o
útero e as trompas uterinas, avaliando com
isto, a arquitetura interna do trato reprodutivo
feminino.
Nomes alternativos
Histerograma
Uterossalpingografia
Uterotubografia
Histórico
1909 – Nemenow sugerir a introdução de uma solução
de Lugol no interior da cavidade uterina para
se obter uma imagem radiográfica do órgão.
1920 – Rubin faz o teste de insuflação das trompas.
1933 – Utilização de uma das primeiras substâncias
aquosas radiopacas, o Skiodan, por Molinengo.
Anatomia do sistema reprodutor feminino
Anatomia do sistema reprodutor feminino
Anatomia do sistema reprodutor feminino
Tipo Designação Função
Gônodas ou glândulas sexuais
Ovários Produção de oócitos e de hormonas.
Trompas de falópio Condução dos óvulos ao útero:
Local da fecundação.
Vias genitais Útero Alojamento e desenvolvimento do novo ser até o seu nascimento.
Vagina Recepção dos espermatozóides durante a cópula.
Fisiologia sistema reprodutor feminino
Meios de contraste utilizados na atualidade
Hypaque – iodado.
Omnipaque – não-iodado.
Preparo
Tomar na véspera, após o jantar, 2 comprimidos
de Ducolax e comparecer no dia do exame com
no mínimo 4 horas de jejum.
Técnica utilizada
Inicia-se com uma radiografia simples da pelve em antero-posterior, seguida pela anti-sepsia do trato genital externo, com posterior introdução do espéculo para visibilização do colo e anti-sepsia interna.
O anti-séptico utilizado é o iodofor aquoso.
Especulo
Kit para histerossalpingografia com pinça Pozi
Após a anti-sepsia, faz-se a fixação do lábio superior do colo uterino com uma pinça Pozi. Utiliza-se uma seringa de vidro de 20 ml conectada a uma cânula para a injeção do meio de contraste.
Realiza-se a injeção do contraste simultanea-mente a leve tração do colo uterino, iniciando-se , geralmente, com 15 a 20 ml de contraste.
São realizadas então, cinco radiografias, que podem ou não ser orientadas pela radioscopia. A primeira é feita em antero-posterior, quando há enchimento do útero com contraste: a segunda quando as trompas se opacificam, e em seguida são realizadas tomadas em obliquas posterior direita e esquerda. A ultima tomada e realizada 10 minuto depois de retirado o material.
Técnica utilizada
Patologias demonstradas
Avaliação de obstrução tubária, má formação congênita
do útero, tumores uterinos, presença de corpo estranho,
sinéquias uterinas, pólipos e processos inflamatórios.
Realizada também para averiguação de infertilidade
primaria e secundária.
Sinéquia Uterina Sinéquia Uterina
Sinéquias
Pólipo glandular Parede anterior Pólipo cervical
do útero
Parede posterior Pólipo fibroso Pólipo cístico
do útero
Pólipos
O que se sente durante o exame
A sensação é muito semelhante à do exame de Papanicolau. Depois
do procedimento, pode-se apresentar cólicas semelhantes às cólicas
menstruais, e também pode sentir um pouco de dor se o contraste
extravasar para a cavidade abdominal.
Imagens
Imagem em AP com enchimento do útero
Imagens
Imagem em AP com enchimento do útero e tubas uterinas.
Imagens
Imagem em obliqua posterior direita
Imagens
Imagem com útero e trompas totalmente contrastados
Imagens
Prova de Cotte
Imagens
O contraste saiu do útero mas não das trompas, o que indica uma obstrução tubária.
Imagens
Hidrossalpinge bilateral com obstrução tubária
Imagens
Salpingite ístimica nodosa bilateral
Achados Histeroscopia HSG Ultra-sonografia
Resultados normais
51 = 63,7 % 44 = 55,0 % 67 = 83,0 %
Resultados anormais
27 = 36,3 % 36 = 45,0 % 5 = 6,3 %
Comparação da acurácia entre HSG e ultra-sonografia
(histeroscopia – padrão ouro)
Achados Histeroscopia HSG Ultra-sonografia
Alteração de forma 11 = 13,7 % 12 = 15,0 % 8 = 20,0 %
Sinéquias 17 = 21,3 % 16 = 20,0 % 5 = 6,3 %
Pólipos 1 = 1,3 % 7 = 8,7 % Não detectou
Comparação da acurácia entre HSG e ultra-sonografia
(histeroscopia – padrão ouro)
Dose Analógico Digital
Dose de entrada (mGy) 14.6 2.5
Dose no ovário (mGy) 3.4 0.5
Comparação de emissão de radiação entre aparelhos analógicos e digitais
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
Dose equivalente
mSv
Localização
Mão esquerd
a
Mão direita
Cristal
ino
Tireóide p
or cim
a do protet
or
Tireóide p
or baix
o do protetor
Dose equivalente incidente no profissional
Méd
ico 1
Méd
ico 2
Méd
ico 3
Méd
ico 4
Médico
Produto Kerma, área médio X médico responsável pelo exame
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Pro
duto
ker
ma,
áre
a m
édio
– c
Gy
– cm
2
Referencias bibliográficas
• Patient dosimetry in hyterosalpingograpy: a comparative study
A. C. M. Gregan, D. Peach, J. M. McHugo
The British Journal of Radiology – 1998
• Estimativa de esposição à radiação de pacientes e trabalhadores em histerossalpingografia
Dias Rodrigues, B. B.; Canevaro, L.V.; Maurício, C. L. P.
Trabalho apresentado no XXXIV Congresso Brasileiro de Fisica Médica – 2005
• http://cevesp.com.brimagens/histero
Site do centro de Vídeo-endoscopia de São Paulo
Retirado dia 30/10/2006
Referencias bibliográficas
• Acurácia diagnóstica da histerossalpingografia e da ultra-sonografia para avaliação de doenças da cavidade uterina em pacientes com aborto recorrente.
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – 2004
• http://www.unifesp.br/grupos/rhumana
• Atlas de Anatomia Humana Sobotta – Volume 2
Editora Guanabara Koogan
21a Edição - 2000
Questões
1 – Qual a finalidade da histerossalpingografia?
Opacificar o útero e as trompas uterinas com o objetivo de avaliar a arquitetura interna do trato reprodutor feminino.
2 – Quais as indicações para a realização da histerossalpingografia?
Avaliar patologias como sinéquias, pólipos, processos inflamatórios, obstrução tubária, má formação congênita, tumores, corpo estranho e infertilidade.
Questões
3 – Qual a o tipo de contraste utilizado na histerossalpingografia e a quantidade?
Pode-se utilizar o contraste iodado Hypaque ou o não-iodado Omnipaque, e a quantidade utilizada pode variar de 3 a 20 ml dependendo da anatomia da paciente e método de realização do médico.
4 – Qual a quantidade padrão de radiografias obtidas em um exame de histerossalpingografia e quais são os posicionamentos?
São realizadas cinco radiografias, radiografia piloto em AP, AP após enchimento do útero, obliquas posterior direita e esquerda e prova de Cotte.