hist habitao 01b
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Historia da Habitação CastelnouTRANSCRIPT
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Perodo Clssico:
nfase em questes estticas e busca de interiores belos e
luxuosos
Forte relao entre decorao e poder econmico
(smbolo de status) Valorizao de ornatos e
destaque do mobilirio (especializao crescente)
Integrao entre artes aplicadas e artes plsticas
Emprego de materiais naturais manipulados e tcnicas semi-
artesanais
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Perodo Moderno:
nfase em questes funcionais (valores utilitrios)
Busca de interiores puros e originais
Valorizao dos aspectos de higiene e conforto
Universalismo e anti- ornamentalismo
Materiais artificiais e tcnicas industriais
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Perodo Atual:
nfase em questes conceituais
Busca de interiores provocantes e criativos
Valorizao de aspectos particulares e culturais
Internacionalizao e valorizao profissional
Novas fontes de troca e inspirao artstica
Materiais e tecnologias mistas(experimentao)
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Interiorismo Antigo
O homem comeou a habitar cavernas quando abandonou a vida nmade, sendo que estes
abrigos naturais j demonstravam seu desejo de DECORAR (adornar; enfeitar) o ambiente natural e embelezar seu local de moradia.
Embora condicionado pelos recursos materiais de seu habitat e se adaptando a vrias
limitaes fsicas, cada povo desenvolveu determinados padres de vida diria que
evoluram at atingir altos nveis de sofisticao.
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As primeiras manifestaes de arte e decorao do
homem primitivo corresponderam s
PINTURAS RUPESTRES que possuam contedos simblicos e, ao mesmo
tempo, marcavam o prprio territrio, enfeitando o
ambiente e conferindo-lhes valores mgicos.
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As primeiras populaes que construram seus
abrigos, usaram os materiais que
encontravam ao seu redor, priorizando abrigo
e sobrevivncia.
As CHOAS eram simples construes
cnicas ou hemisfricas, feitas de galhos e folhas,
usadas apenas para dormir e guardar
ferramentas.
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At hoje sobrevivem povos primitivos, em
seus respectivos ambientes, margem de progressos materiais, e
seguindo a mesma rotina de geraes sucessivas
de ancestrais.
Vivendo a maior parte do tempo ao ar livre, suas
casas tm formatos variveis e espaos
unitrios, geralmente sem mobilirio e
baseados em relaes comunitrias. Povo !Kung
(Botswana)
Yanomamis (Amaznia)
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Tanto as PALAFITAS como as primeiras construes em madeira, pedra e argila j expressavam preocupaes estticas e de
agenciamento dos espaos interiores.
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Com diferenas na forma das plantas, nmero de cmodos e sistemas de
cobertura, as construes habitacionais primitivas possuam pouco moblia, j que funcionavam mais
como abrigos do que locais para intensa vida
domstica e social.
Trulli Iglu
Teepee
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Variando de lugar para lugar, essas CASAS
PRIMITIVAS possuam, em seus interiores, pedras
planas e polidas que serviam de leito e
assento, estando sua decorao restrita
presena de utenslios prticos e demais objetos para uso
cotidiano e comum.
Casa Neoltica em atal Hyk
(7000 aC., Anatolia)
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Estilo Mesopotmico
Expresso artstica dos povos que viviam na regio formada pelas bacias dos rios Tigres e
Eufrates, de 3000 at cerca de 1247 aC., rene as manifestaes dos sumerianos (Caldia), assrios
(Assria) e acdios (Acad).
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Os povos mesopotmicos
habitavam casas de barro, junco e
bambu, com ptio central, para o qual se abriam os demais
cmodos.
Empregava-se a argila crua (adobe)
nas paredes internas e a cozida (tijolos)
externamente, o que possibilitou paredes
verticais e em prumo.
1 Vestbulo
2 Sala
3 Sanitrio
4 Cozinha
5 Despensa
6 Escravos
7 Dormitrios
Casa sumria em Ur (2124-2016 a.C.)
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A arquitetura dos palcios babilnicos
era marcada pela monumentalidade e predominncia de
cheios sobre vazios, alm da simetria e policromia, assim como ocupao de grandes superfcies
construdas, com cobertura plana ou em estrutura abobadada.
Cidade-palcio de Khorsabad (Reconstituio:
721-705 aC)
Cidade da Babilnia (Reconstituio: 2000 aC)
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Enfatizando o tratamento das superfcies, a
decorao mesopotmica caracterizou-se por
grandes altos-relevos e ladrilhados, alm de frisos contnuos de
touros em cobre e outros motivos, sobrepostos a
um revestimento de cal e madreprola, com
rosetas e flores de gesso colorido, imitando
plantas.
Altos-relevos
Painis ladrilhados
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Predominava a temtica decorativa
representada por animais ferozes,
caadas, combates e deuses alados os Lamassi touros
monolticos e androcfalos, com cinco pernas para, conforme o ngulo,
parecerem parados ou em movimento.
Lamassi
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Fazia-se tambm o uso de frisos verticais,
painis e baixos-relevos de cermica esmaltada em cores (vermelho, branco e
preto).
Simples e pesado, o mobilirio
mesopotmico era escasso e feito
geralmente em cedro.
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Estilo Mesopotmico
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Estilo Egpcio
Expresso artstica da civilizao do nordeste africano, s margens do rio Nilo, teve 03 fases:
Antigo Imprio ou Era Menfita: 2650-2000 aC.
Mdio Imprio ou Era Clssica: 2000-1580 aC. (invases dos hicsos)
Novo Imprio: 1580-1085 aC. (invases dos romanos, at 30 aC.)
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Os antigos egpcios viviam em moradias simples de adobe e
troncos de palmeira, com alicerces em pedra e predomnio de cheios sobre vazios, inclusive com a substituio de janelas por zenitais.
As casas dos faras eram mais elaboradas,
realizadas em torno de uma ampla sala de
colunas, com entrada independente e precedida
de outro espao colunado.
Casa egpcia em Akhetaten (1375-1350 a.C.)
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Os interiores possuam uma decorao
policrmica e profusa, atravs do uso de
estaturia, figuras em afrescos, baixos-relevos e desenhos estilizados
em sulcos coloridos sobre granito (hierglifos).
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As colunas inspiradas em flores e plantas eram importantes
elementos decorativos, sendo as linhas que constituam
seus desenhos gravadas na pedra e
em seguida preenchidas de massa colorida, geralmente
com os tons puros das cores primrias.
Hrus (baixos- Relevos)
Coluna Lotiforme
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Estilo Egpcio
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Os mveis egpcios mais utilizados eram: as cadeiras, as mesas, as camas de noite e de
repouso, alm dos cofres e suas variantes.
A temtica decorativa era expressa atravs de
smbolos como a cruz egpcia, o sol alado (Rah), a serpente
alada (Uraeus) e o escaravelho sagrado
(Khepri).
Khepri
Mesa de jogos
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Feito em madeiras importadas, o mobilirio possua encaixes e cavilhas; ou usava vsceras de galinha como cola. Nos mveis de luxo, usava-se pastas cermicas vtreas, tiras de ouro, prata e marfim. Havia ainda tecidos, bordados ou no,
fixados com cravos de madeira, alm de almofadas de plumas.
Tabernculo
Cama funerria
Trono
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As CADEIRAS possuam 4 ps quadrangulares,
cilndricos ou em forma de patas de animal.
Havia pernas lisas ou com crculos gravados, alm de baixos-relevos e incrustaes, sendo o
assento geralmente cncavo,
apresentando-se em tecido com fibras
vegetais.
Poltronas
Banqueta
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Em geral, as arcas, os cofres e os sarcfagos
eram entalhados e pintados com desenhos geomtricos e tambm
estilizaes, cobertos s vezes de tecidos e folhas de metais
preciosos, com ps ou no. As tampas eram
retas ou curvas, variando sua estrutura,
em forma de telha.
Cabinet
Banqueta
Sarcfago
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Interiorismo Egpcio
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Estilo Persa
Expresso artstica do povo que vivia no
planalto que separa a bacia mesopotmica daquela do rio Indo,
tinha como principais cidades: Susa, Pasargada e
Perspolis, que dominavam os atuais territrios da Rssia,
Ir, Afeganisto e Turquia Asitica.
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Construes em alvenaria e abbadas, plataformas
elevadas e ornatos esculpidos, cujos motivos decorativos eram lees e
touros alados com cabeas humanas, baixos-relevos e
ladrilhos esmaltados.
Decorao modulada, com harmonia e proporo
construtiva, alm de grande esbeltez e policromia interna
e externa (emprego de losangos, tringulos e
espirais).
Perspolis (518-331 aC, atual Ir)
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No eram os mveis, leves e escassos, que davam a impresso de riqueza, mas os
tapetes, as cortinas, as almofadas e
sobretudo, a riqueza e preciosidade do
vasilhame que, com jias e cermicas decoradas, com estilizao de
animais e flores, constituam o
orgulho da Prsia. Tapete
Capitel Sassnico
Altos-relevos
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Na antiga Prsia, havia um alto grau de estilizao, o que promoveu vrios motivos
ornamentais, que variavam de regio para regio, devido a diferenas de flora e fauna.
Posteriormente, o estilo acabou alterando-se pela influncia muulmana.
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Estilo Persa
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Bibliografia
CORNOLDI, A. La arquitectura de la vivienda unifamiliar. Barcelona: Gustavo Gili, 1999.
KOCH, W. Dicionrio dos estilos arquitetnicos. So Paulo: Martins Fontes, 1994.
MALLALIEU, H. (Org.) Histria ilustrada das antiguidades. So Paulo: Nobel, 1999.
TESTA, N. Estilos bsicos em decorao. Rio de Janeiro: Ediouro, 1981.
OATES, P. B. Histria do mobilirio ocidental. Lisboa: Presena, 1991.
RYKWERT, J. A casa de Ado no paraso. So Paulo: Perspectiva, 2003.
2012-08-10T09:38:21-0300CASTELNOU