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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO 4.º Bimestre 2012

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    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO

    SUBSECRETARIA DE ENSINO

    COORDENADORIA DE EDUCAO

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    PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO

    SUBSECRETARIA DE ENSINO

    COORDENADORIA DE EDUCAO

    COORDENADORIA TCNICA

    ILMAR ROHLOFF DE MATTOS CONSULTORIA

    ROBERTO ANUNCIAO ANTUNES

    ORGANIZAO

    JOS DA SILVA SILVEIRA TERESA CRISTINA DA SILVA

    ELABORAO

    CARLA DA ROCHA FARIA LEILA CUNHA DE OLIVEIRA

    SIMONE CARDOZO VITAL DA SILVA REVISO

    LETICIA CARVALHO MONTEIRO

    MARIA PAULA SANTOS DE OLIVEIRA DIAGRAMAO

    BEATRIZ ALVES DOS SANTOS

    MARIA DE FTIMA CUNHA DESIGN GRFICO

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    Querido aluno,

    Neste ltimo bimestre, vamos estudar as transformaes pelas quais o mundo contemporneo passou desde o fim da Segunda Guerra.

    Vamos ver como ficaram as regies colonizadas na sia e frica, aps o processo de descolonizao.

    Por fim, vamos estudar as transformaes por que nosso pas tem passado do perodo ps-45, at os dias de hoje.

    Quando dizemos hoje, no entanto, no estamos dizendo que nosso caderno terminar, obrigatoriamente, na anlise dos ltimos acontecimentos de 2012.

    Nosso objetivo que voc tenha a possibilidade de, a partir dos instrumentos de estudo j utilizados, aplic-los na anlise dos acontecimentos do tempo presente.

    No devemos ter a preocupao de esgotar todos os assuntos. A Histria dinmica e pode se modificar por diferentes condies.

    O importante que, ao chegarmos ao ltimo bimestre, trilhamos um caminho que, esperamos, tenha sido agradvel, instigante e enriquecedor. Lembre-se, no entanto, do que voc um agente importante da Histria!

    Que nos caminhos que voc ainda percorrer no Ensino Mdio e, posteriormente, na universidade, nunca perca de vista essa dimenso: voc faz a Histria, quer queira ou no; participando ou se mantendo margem, sua atitude ter, sempre, uma consequncia sobre sua prpria histria de vida.

    Pense nisso! Bom trabalho e boa sorte em sua caminhada!

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    -Vamos lembrar algumas coisas que voc pode ter esquecido. No 1. bimestre, vimos que os continentes africano e asitico foram ocupados por algumas potncias europeias. Esta ocupao gerou disputas entre as potncias e tambm problemas internos entre diferentes grupos tnicos, principalmente na frica. Reflexos dessa situao podem ser observados ainda hoje em vrios pases dessa regio

    1) Quais os motivos que levaram as potncias europeias a expandirem seu territrio na sia e frica a partir do sculo XIX ? _________________________________ _________________________________ _________________________________

    COLONIALISMO: Ato de ocupao, explorao comercial e administrao de territrios na Amrica, sia e frica por Estados europeus (chamados de metrpoles) entre os sculos XV e XIX.

    IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO: A partir do sculo XIX, os pases europeus passam a investir tambm na formao de consumidores para os seus produtos industrializados, exportao de capitais e importao de matrias-primas para as indstrias nas metrpoles. Nessa poca, o centro da explorao colonial passa da Amrica para a frica e a sia. O imperialismo pode ser tambm denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanas com o regime em curso entre os sculos XV e XIX, o colonialismo.

    portalsaofrancisco.com.br

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    2) A charge chama-se Garimpeiros. Qual o trabalho de um garimpeiro?

    ________________________________________________________________________________________________

    3) Segundo a charge que continente foi garimpado? Por qu?

    ________________________________________________________________________________________________

    4) Quais os responsveis pelo garimpo no continente africano? Como a charge mostra isso?

    ________________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________________

    5) Essa charge nos mostra algum aspecto do Imperialismo? Qual?

    ________________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________________ 5

    Observe a ilustrao a seguir:

    1) Pesquise num planisfrio e identifique o nome dos continentes representados na ilustrao. Coloque o nmero correspondente a cada um deles:

    Garimpeiros

    Amrica: regio da Amrica do Norte

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    1 2 3 4

    frica

    Europa

    sia

    Amrica: regio da Amrica do Sul

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    DESCOLONIZAO: Palavra inicialmente empregada em ingls descolonization no incio dos anos 1950 para designar o desmanche dos imprios coloniais europeus. Alm da independncia poltica, o termo sugere o fim da situao colonial e a passagem do poder dos colonos para a liderana dos pases colonizados. Mesmo depois dos processos de independncia, principalmente na frica, a dominao das antigas metrpoles sobre suas ex-colnias continuou a existir e, por vezes, assumindo novas formas.

    AS LUTAS CONTRA AS METRPOLES

    Aps 1945, primeiro na sia e depois na frica, ocorreram os processos de emancipao dos imprios coloniais europeus. A maioria das independncias foi negociada, mas algumas provocaram guerras coloniais, agravadas pela Guerra Fria, pois as antigas colnias dividiam-se entre as influncias capitalista e socialista.

    MARCOS CRONOLGICOS DO PROCESSO DE DESCOLONIZAO

    Ano Acontecimentos

    1947 Fim da dominao britnica sobre a ndia. Criao da Unio Indiana e do Paquisto

    1948 Independncia do Ceilo (atual Sri Lanka) e da Birmnia (atual Niamar)

    1949 Independncia da Indonsia

    1951 e 1956 Lbia (1951), Tunsia, Marrocos e Sudo (1956)

    1955 Conferncia Afro-Asitica de Bandung, na Indonsia

    1957 Independncia da Costa do Ouro (atual Gana) e Conferncia Afro-asitica no Cairo

    1960 Independncia de dezessete Estados na frica

    1961 Incio das guerras de libertao das colnias portuguesas na frica. Independncia da frica do Sul e Serra Leoa (1961)

    1962 Independncia de Ruanda e Burundi e da Arglia

    1963 e 1964 Independncia da frica Oriental Britnica (atual Qunia) em 1963 e Zmbia, Malaui e Tanznia (1964)

    1974 e 1975 Independncia das colnias portuguesas Moambique e Angola

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    O processo de descolonizao na frica

    Em geral, podemos separar o processo de descolonizao africano em dois tipos. Aquelas regies que no tinham nenhum produto estratgico (cobre, ouro, diamantes ou petrleo) conseguiram facilmente sua autonomia, obtendo-a por meio da negociao pacfica. E, ao contrrio, nas que tinham um daqueles produtos, considerados estratgicos pela metrpole, explorados por grandes corporaes, a situao foi diferente (caso do petrleo na Arglia e do cobre no Congo Belga). Nelas, os colonialistas resistiram aos movimentos de independncia, ocorrendo movimentos de guerrilhas e luta armada para expuls-los.

    1947- ndia 1957- Gana 1958- Guin 1960- Camares, Togo, Senegal, Mali, Costa do Marfim, Daom, Alto Volta, Nger, Rep. Central Africana, Congo Brazzaville, Gabo, Chade, Madagascar, Mauritnia. 1961- Congo

    1962 - Ruanda e Burundi

    1974 - Moambique

    1975 - Angola,

    Guin-Bissau, Cabo Verde

    Libria Egito

    Etipia

    Em 1955, foi realizada, na Indonsia, a Conferncia de Bandung onde 29 ex-colnias se declararam no alinhadas aos Estados Unidos ou Unio Sovitica. Esta Conferncia formulou dez princpios, dos quais destacamos os seguintes: Respeito soberania e integridade das novas naes independentes. Direito de cada nao se defender s ou coletivamente. Absteno de recorrer a acordos que tenham em vista servir aos interesses particulares de uma grande potncia. Respeito pelos compromissos internacionais.

    Colnias que conquistaram independncia com negociao:

    Independncia alcanada por meio de guerras de libertao Independentes antes de 1945

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    Conferncia de Bandung (1955)

    Para muitos historiadores, a Conferncia de Bandung destacou muito mais a realidade da Guerra Fria, em torno da rivalidade dos Estados Unidos e da Unio Sovitica. A questo da autonomia dos novos estados independentes ficou como que em segundo plano, sempre circunscrita quela realidade (a disputa poltica entre as duas potncias).

    Consequentemente, a afirmao da identidade dos povos africanos e asiticos e a busca pela legitimidade de um desenvolvimento prprio e autnomo, teve um caminho difcil.

    Dificuldades africanas

    Na medida em que, em toda a histria da frica anterior ao domnio europeu, desconhecia-se a existncia de estados-nacionais, segundo a concepo clssica (unidade, homogeneidade e delimitao de territrio), entende-se a enorme dificuldade encontrada pelas elites africanas em constitu-los em seus pases. Existiam, anteriormente na frica, imprios, dinastias, governantes, milhares de pequenos chefes e grupos tribais, mas em nenhuma parte foram encontrados Estados Nacionais. O que havia era uma grande diviso poltica e social, resultado da existncia de uma infinidade de etnias, de tribos, muitas inimigas entre si, de grupos lingusticos diferentes (s no Zaire existem mais de 40 lnguas).

    Cena do filme Hotel Ruanda

    O fim do colonialismo, seguido da independncia, provocou, em muitos casos, o ressurgimento de antigos dios tribais, provocando violentas guerras civis (como as da Nigria, do Congo e, mais recentemente, as de Angola, de Moambique, de Ruanda, de Burundi, de Serra Leoa e da Libria).

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    Atividades: 1) Por que ocorreram diferentes movimentos de libertao do domnio colonial em um mesmo continente como a frica? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Enumere algumas dificuldades, particularmente ocorridas no continente africano, na constituio dos novos pases recm-libertos do domnio colonial. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) A reunio de grupos tnicos diversos, com lnguas diferentes e muitas vezes rivais entre si em um mesmo pas pode ser apontada como a nica causa dos problemas econmicos e sociais que ocorreram e ainda ocorrem na frica? Justifique sua resposta. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Em Sobrevivi para Contar, escrito em forma de depoimento ao jornalista Steve Erwin, Immacule Ilibagiza, uma sobrevivente do genocdio em Ruanda, ocorrido em 1994, quando mais de um milho de pessoas foram mortas em apenas cem dias, conta sobre como conseguiu sobreviver emocionalmente ao massacre de sua famlia em Ruanda.

    Vale a pena ler este livro!

    Leia o livro, veja o filme e converse com o seu Professor e com seus colegas sobre as questes relevantes apresentadas.

    Hotel Ruanda conta-nos a histria verdica de Paul Rusesabagina, um homem que, em 1994, conseguiu evitar o genocdio de mais de 1200 tutsis durante a guerra civil, ao conceder-lhes abrigo no hotel que dirigia na capital de Kigali. No cenrio dessas indescritveis aes, um homem promete proteger a famlia que ama, acabando por encontrar a coragem para salvar milhares de refugiados.

    Vale a pena assistir a este filme!

    fotoselivros.com.br

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    A frica do Sul foi teve a presena colonizadora da Holanda e da Inglaterra. Tornou-se independente antes da Segunda Guerra Mundial, recebendo o nome de Repblica da frica do Sul. Porm, o poder poltico e econmico ficou ainda controlado pelas elites brancas, de origem europeia, at 1944. A permanncia do domnio europeu foi responsvel pela criao de um regime de segregao racial chamado de apartheid. Durante anos, na frica do Sul, a populao esteve dividida por um regime segregacionista, onde os brancos possuam todos os privilgios e os negros ficavam confinados em bairros pobres, que no possuam nenhuma infraestrutura para viverem com dignidade.

    Todas as imagens do site http://espressostalinist.wordpress.com/

    Caso 1: A frica do Sul e o Apartheid

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    O movimento contra a segregao racial, na frica do Sul, foi liderado por Nelson Mandela. De 1964 a 1976, o movimento cresceu e ganhou notoriedade internacional. Ainda em 1964, Mandela foi preso, condenado priso perptua, mas libertado em 1990. Neste ano, o Congresso Nacional Africano (o CNA) recuperou sua legalidade e a Constituio sofreu mudanas em relao s leis segregacionistas. Em 1993, o Prmio Nobel da Paz foi dado a Nelson Mandela, por sua atuao no processo de luta contra o apartheid. Finalmente, em 1994, foram realizadas as primeiras eleies com a participao dos negros na frica do Sul. Nelson Mandela foi eleito presidente.

    http://t0.gstatic.com/im

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    (*)Citado por John Carlin em seu livro Invictus Conquistando o Inimigo. Nele, o autor mostra como, atravs da Copa do Mundo de rgbi, Mandela consegue unir o pas com o slogan - um time, um pas.

    Vale a pena ler o livro e assistir ao filme.

    O apartheid um genocdio moral no com campos de concentrao (como vimos na Segunda Guerra), mas com o

    extermnio insidioso da autoestima das pessoas.(*) Nelson Mandela

    http://1re.metodista.org.br

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    Como j falamos no incio desta unidade, a luta pela independncia da ndia teve incio ainda no incio do sculo XX. A principal liderana desta luta poltica foi Mohandas Gandhi, chamado de Mahatma (Grande Alma) Gandhi. Gandhi liderou uma luta com uma estratgia diferente dos demais embates polticos pregava a no-violncia e a resistncia pacfica. Gandhi defendia o fim do colonialismo e uma ndia independente com a unio de hindus e muulmanos. Aps quase trinta anos de luta, finalmente, em 1947, o governo ingls reconheceu a independncia da ndia. Porm, os muulmanos se organizaram em um outro estado o Paquisto . Em 1948, Gandhi foi assassinado por um radical hindu, que no aprovava a tolerncia para com os muulmanos.

    Caso 2: A ndia e a Resistncia Pacfica

    Marcha do povo hindu no movimento pela libertao da ndia.

    Mohandas Mahatma Gandhi, discursando para o povo.

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    Gandhi, assim como outros ativistas polticos e lderes humanistas, foi morto pela falta de tolerncia com as diferenas, to presente ainda hoje... 1) Em seu caderno, escreva uma pequena composio sobre o tema INTOLERNCIA. Convide seu colega para realizar a atividade com voc. Ao final da tarefa, combine com seu Professor e apresente seu texto para os colegas. 2) Que tal promover uma campanha pela paz em sua turma, escola ou comunidade? Escolha frases do Pensamentos de Ghandi e elabore cartazes com imagens e textos divulgando essa ideia to importante e necessria no mundo atual.

    Alguns pensamentos de Ghandi Temos de nos tornar na mudana que queremos ver. O futuro depender daquilo que fazemos no presente. A no-violncia e a covardia no combinam. Posso imaginar um homem armado at os dentes, que no fundo um covarde. A posse de armas insinua um elemento de medo, se no mesmo de covardia. No existe um caminho para a paz . A Paz o caminho. Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hbitos. Mantenha seus hbitos positivos, porque seus hbitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores tornam-se seu destino.

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    http://pensador.uol.com.br

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    Leia a carta com ateno: Porto Alegre, 28/03/45. Querido filho, Acabamos de receber sua carta de 26/2/45. Com ansioso esprito continuo a esperar o fim da guerra, para que voc possa retornar ao nosso meio e ao nosso afeto. As ltimas notcias da Europa do a impresso de que dentro de 90 dias a Alemanha de Hitler entregar os pontos. Como j deve saber, vamos voltar aqui ao regime democrtico, esperando-se que as eleies para o novo presidente da Repblica se realizem at setembro de modo que a posse do presidente da Repblica se d em novembro. H at agora dois candidatos: pela oposio, o brigadeiro do ar, Eduardo Gomes; pelas foras situacionistas o General Eurico Dutra. Mas h uma terceira corrente de opinio que prefere um terceiro a ttulo de conciliao. Ningum prev com segurana o que suceder Quantos aos nossos, todos bem. (...) Sem mais no momento, seu pai amigo, Jos.

    A carta acima transcrita foi escrita pelo Sr. Jos Barcellos ao seu filho, Hugo Barcellos. Hugo, ento um jovem de 22 anos, tinha sido mandado para a frente de batalha na Segunda Guerra Mundial, como sargento do Batalho de Enfermagem. Era estudante universitrio. Seu pai passa a lhe mandar cartas falando da situao poltica do Brasil durante a Guerra.

    A POLTICA BRASILEIRA NO PS- 2. GUERRA

    Arquivo pessoal Prof.Fabio M.Barcellos

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    Voc j escreveu alguma carta? Hoje em dia comum utilizarmos outras formas de comunicao escrita. So as

    mensagens via celular, facebook, e-mail... As cartas esto cada vez mais em desuso.

    No entanto, existe um mtodo de se trabalhar em Histria: a carta utilizada como fonte. a Histria das Missivas (cartas).

    um campo muito interessante, pois revela como as pessoas da poca pensavam sobre determinados assuntos. Existem coisas que no so faladas, mas

    so escritas.

    Aps a leitura do documento, com a ajuda do Professor, faa um pequeno resumo dos ltimos aspectos estudados em Histria do Brasil, no ltimo bimestre e que esto presentes na carta de Jos. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Agora, responda: 1) Em que contexto (perodo) a carta foi escrita e fala sobre o qu? __________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Quem escreve a carta? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

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    A CRISE DO ESTADO NOVO: A DEPOSIO DE VARGAS

    Sabemos que a Segunda Guerra envolveu diferentes foras: de um lado os Aliados Inglaterra, Frana e, a partir de 1941, Unio Sovitica e Estados Unidos. Do outro, o Eixo liderados pelo nazifascismo da Itlia e Alemanha.

    Somente em 1942, aps muitas presses, o governo de

    Vargas declarou-se em guerra contra a Alemanha e a Itlia. Mas a campanha popular em defesa da democracia logo comeou a atingir o prprio regime que, contrariando os discursos do presidente, mantinha suas caractersticas autoritrias.

    Getlio, percebendo que acabaria perdendo apoio de

    diferentes grupos, procurou atrair a simpatia dos trabalhadores promulgando a Consolidao das Leis do Trabalho em 1943.

    No entanto, a oposio ao regime s crescia. Neste mesmo

    ano de 1943, um grupo de mineiros composto por pessoas de diferentes setores profissionais liberais (advogados, jornalistas, intelectuais, professores, mdicos), banqueiros e industriais, lanou um manifesto. Este documento tornou-se conhecido como MANIFESTO DOS MINEIROS. Entre as principais reivindicaes, o manifesto exigia: o direito do voto; habeas-corpus; garantias das liberdades democrticas para os cidados.

    Glossrio: habeas-corpus - recurso jurdico que permite a uma pessoa, acusada de cometer algum crime, poder responder ao processo em liberdade.

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    1) Quem o personagem principal da charge?

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    2) Em sua opinio, por que Getlio afirma que no existe (...)governo mais popular que o seu?

    ______________________________________________________________________________________________

    3) Por que o espelho insinua que o governo de Vargas no democrtico ?

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    A DEPOSIO DE VARGAS MANIFESTO DOS MINEIROS

    Reproduzimos abaixo uma parte do MANIFESTO DOS MINEIROS. Leia este documento atentamente, reflita e responda s questes propostas.

    1) Destaque um fator que tenha contribudo para a crise do Estado Novo. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Que grupo social compunha a oposio ao Estado Novo, destacado no texto? O que defendiam? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ...Para que a liberdade e a democracia (fossem) restitudas aos povos, (defendem): Primeiro: a legalidade democrtica como garantia da completa liberdade de expresso do pensamento, da liberdade de culto, da segurana contra o temor da violncia e do direito a uma existncia digna. Segundo: o sistema de governo eleito pelo povo, mediante sufrgio universal, direto e secreto. Terceiro: s o pleno exerccio da soberania popular, em todas as naes, torna possvel a paz. O Congresso (de escritores) considera urgente a necessidade de ajustar-se a organizao poltica do Brasil aos princpios aqui enunciados, que so aqueles pelos quais se batem as Foras Armadas do Brasil e das Naes Unidas.

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    O QUEREMISMO

    O movimento retratado acima chamado de QUEREMISMO. Ele recebeu este nome porque, apesar da crise do Estado Novo, havia ainda parte da populao que apoiava a permanncia de Getlio Vargas. 1) Descreva o que voc v na imagem acima.

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    2) Por que a populao est fazendo a manifestao? ___________________________________________________________________________________________ 3) A que perodo histrico (que estamos estudando) a imagem est relacionada ? ___________________________________________________________________________________________ 4) Apesar de diversos grupos sociais se colocarem contra a manuteno de Vargas no poder, as pessoas da foto aparecem com cartazes de apoio a sua permanncia. Destaque da imagem uma razo que justifique a permanncia de Vargas. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Mas o que foi o QUEREMISMO?

    No incio do ano de 1945, quando os

    partidos comeavam a lanar suas propagandas polticas, um grupo de

    adeptos de Vargas organizou um movimento para adiar as eleies

    presidenciais. Este grupo defendia a ideia de que a redemocratizao poderia

    ser feita sob a liderana de Vargas. Eram apoiados por burocratas do

    Estado e sindicalistas de agremiaes reconhecidas pelo governo.

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    A RENNCIA

    Mesmo com o movimento queremista Vargas estava cada vez mais isolado.

    No incio de 1945, o presidente decretou o Ato Adicional n 9 (que uma lei complementar Constituio) e estabeleceu um prazo de noventa dias para a realizao de eleies em todos os nveis: presidente, governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores.

    Assim, os partidos polticos que se encontravam na ilegalidade, como o PCB( Partido Comunista Brasileiro), voltaram a se organizar e outros foram formados. Dentre esses, podemos citar: O PSD (Partido Social Democrata) fundado por setores oligrquicos, mas que tambm recebia o apoio de setores da burguesia industrial e comercial. Vargas tambm esteve presente na formao do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) reunia dirigentes sindicais getulistas, membros da burocracia do Estado e pequenos proprietrios. Grupos de democratas liberais, banqueiros, industriais e at socialistas formaram a UDN (Unio Democrtica Nacional) O desejo do restabelecimento da ordem democrtica era grande.

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    O GOVERNO DUTRA E A REDEMOCRATIZAO

    Diante da fora do movimento, a UDN (Unio Democrtica Nacional) apelou para o Ministro da Guerra, Gis Monteiro, que conseguiu adeso da Marinha e da Aeronutica, para depor o presidente Getlio Vargas. Este no resistiu e decidiu retirar-se para a sua cidade, So Borja, no Rio Grande do Sul. importante ressaltar que esta foi uma retirada estratgica pois, mesmo afastado, Getlio continuou interferindo nas eleies e na poltica nacional.

    O apoio pblico de Getlio Vargas candidatura do General Eurico Gaspar Dutra (que tinha sido Ministro da Guerra no Estado Novo) foi fundamental para a vitria deste nas eleies.

    Os deputados e senadores eleitos formaram uma nova Assembleia Constituinte, pois restituda a ordem democrtica, seria necessrio organizar um novo conjunto de leis para o pas, uma nova Constituio.

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    O GOVERNO DUTRA E A REDEMOCRATIZAO

    Eleito pela coligao PTB PSD, o General Eurico Gaspar

    Dutra assumiu a presidncia com a responsabilidade de promover o

    processo de redemocratizao do pas.

    Em 18 de setembro de 1946, uma nova Constituio foi

    promulgada em nosso pas. Esta foi a quinta Constituio do pas e a

    quarta do regime republicano.

    Podemos destacar como suas principais determinaes:

    mandato presidencial de cinco anos; sufrgio universal voto secreto e direto para maiores de 18 anos, com exceo de analfabetos, soldados e cabos;

    direito liberdade de opinio e de pensamento (mas ainda havia censura a espetculos e a diverses pblicas);

    diviso em trs poderes (Executivo, Legislativo e Judicirio); relativa autonomia dos Estados e restabelecimento do Senado e da

    Cmara de Deputados;

    incorporao da CLT Consolidao das Leis Trabalhistas.

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    GOVERNO DUTRA CARACTERSTICAS

    Logo no incio de seu governo, Dutra teve que enfrentar muitas greves e o governo federal no s fez interveno em vrios sindicatos, como tambm, motivado pela poltica internacional, fechou o Partido Comunista Brasileiro e cassou o mandato dos deputados comunistas.

    Alm disso, seguindo a nova configurao internacional, de alinhamento com os Estados Unidos, em tempos de Guerra Fria, o governo tambm rompeu relaes diplomticas com a Unio Sovitica.

    DUTRA - POLTICA E ECONOMIA

    Dutra mudou tambm o rumo que Vargas dera economia com a poltica de valorizao da indstria de base (metalurgia, siderurgia, indstria qumica etc.). Pressionado pela grande burguesia comercial importadora, adotou o liberalismo econmico, abrindo o pas livre importao de mercadorias.

    Houve um gasto exorbitante das reservas nacionais com compra de produtos norte-americanos considerados suprfluos, causando uma paralisao no processo de industrializao brasileiro. Em consequncia, o Brasil sofreu o esgotamento de suas divisas. A indstria nacional, que j era incipiente, ficou seriamente prejudicada e muitas fbricas faliram. O governo percebeu que precisava mudar sua poltica e, antes de terminar o mandato, Dutra estabeleceu um controle sobre as importaes, restringindo a entrada de produtos estrangeiros no pas. 1) Determine as principais caractersticas da Constituio de 1946.

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Explique a razo do rompimento das relaes entre Brasil e Unio Sovitica. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    A VOLTA DE VARGAS: Bota o retrato do velho outra vez...

    Em 1950, quando terminava o governo de Dutra, a questo da sucesso presidencial se colocava novamente. A abertura ao capital estrangeiro limitava a ao do Estado e dificultava o crescimento industrial de setores da

    economia nacional. Setores da burguesia fabril, idelogos do nacionalismo e grupos das classes mdias urbanas desejavam a volta de Getlio Vargas.

    De uma forma geral, o ex-presidente contava com o apoio quase unnime da populao brasileira, graas a sua imagem de benfeitor ou pai dos pobres.

    A UDN, que j se assumia como um partido das classes dominantes, lanou a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes.

    Por sua vez, Getlio contava com o apoio do PTB e do PSD. As Foras Armadas, embora no apoiassem a candidatura de Vargas, no lhe colocaram nenhum obstculo. A vitria de Geg apelido afetuoso dado a Getlio por seus seguidores foi tranquila, com 48, 7% dos votos.

    1) A que perodo histrico a charge se refere? ______________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Explique por que alguns setores da sociedade brasileira defendiam a volta de Getlio Vargas. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    O segundo governo de Getlio Vargas realizou-se no momento em que os pases capitalistas se reorganizavam, dentro da lgica de ps-45 (lembre das caractersticas da Guerra Fria), tendo como centro os Estados Unidos.

    Ora, a poltica econmica empreendida por Getlio Vargas era marcadamente nacionalista, chocando-se com os interesses norte-americanos.

    A mais significativa deciso de Vargas, neste perodo, foi a nacionalizao do petrleo, com a criao da Petrobrs, que estabeleceu o monoplio estatal do petrleo.

    Aos poucos, comeava a se desenhar uma forte oposio ao governo, materializada, sobretudo, na UDN (Unio Democrtica Nacional). Vale lembrar que este partido representava os interesses de parte do empresariado e de banqueiros grupos, portanto, identificados com os interesses do capital estrangeiro, do capitalismo internacional. Vai, assim, se constituir enquanto a mais forte corrente de oposio ao governo de Vargas. Criticava as nacionalizaes do governo, defendendo o fim da interveno estatal.

    Leia o trecho abaixo, com ateno: Para a UDN, a indstria e a agricultura

    deveriam desenvolver-se livremente, de acordo com as foras do mercado, alm de valorizar o capital estrangeiro, atribuindo-lhe o papel de suprir as dificuldades naturais do pas. Quanto poltica externa, o partido, ao lado das correntes das Foras Armadas, era o maior defensor do alinhamento com o bloco ocidental, liderado na Guerra Fria pelos Estados Unidos.

    (CARPI, Francisco) Relacione a Campanha do petrleo nosso com a oposio da UDN poltica econmica realizada por Vargas, em seu segundo governo. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    portaldoprofessor.com

    O NACIONALISMO E O REFORO DO SINDICALISMO NO SEGUNDO GOVERNO DE VARGAS (1951-54)

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    SEGUNDO GOVERNO VARGAS: CRISE FINAL

    Paralelamente poltica econmica nacionalista, Getlio Vargas concedeu especial ateno ao movimento trabalhista, procurando apoiar-se na grande massa popular para sustentar o seu programa econmico.

    As oposies cresceram mais ainda com a nomeao de Joo Goulart para o Ministrio do Trabalho, em princpios de 1953.

    Goulart, como partidrio da poltica trabalhista de Getlio, props um aumento de 100% no salrio mnimo.

    A oposio fez grande presso e o presidente acabou por demitir o ministro.

    Porm, para no admitir que estava ficando extremamente isolado no poder, acabou por conceder o aumento.

    Vargas enfrentava o crescimento da oposio dos conservadores, que foi ganhando um carter cada vez mais violento com a participao de Carlos Lacerda, proprietrio do jornal Tribuna da Imprensa.

    Na campanha antigetulista, Lacerda procurou identificar o segundo governo Vargas com o retorno ao Estado Novo.

    Por outro lado, as presses norte-americanas, sobretudo das empresas petrolferas, criavam dificuldades cada vez maiores para Vargas.

    A luta chegou ao auge em meados de 1954, quando o jornalista Carlos Lacerda sofreu um atentado que resultou na morte de um oficial da Aeronutica, o major Rubens Vaz. O envolvimento de pessoas que faziam parte da segurana pessoal do Presidente Vargas fez a situao ficar insustentvel.

    Getlio se viu isolado, abandonado. Sua deposio, mais uma vez, era certa.

    No entanto,

    Vargas decidiu por uma sada

    estratgica diferente: aps escrever uma

    carta-testamento, se suicidou.

    Mais uma vez, as foras e os interesses

    contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim.

    No me acusam, insultam; no me combatem, caluniam-me e no me do o

    direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ao, para que eu no continue a

    defender , como sempre defendi, o povo e, principalmente, os humildes.

    Iniciei o trabalho de libertao e instaurei o regime de liberdade social.

    Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braos do povo. (...)

    Se as aves de rapina querem o sangue de algum, eu ofereo em holocausto a minha

    vida. Nada receio. (...) E SAIO DA VIDA PARA ENTRAR NA

    HISTRIA.

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    O SEGUNDO GOVERNO VARGAS Principais caractersticas

    A partir do que voc aprendeu, elabore um texto em que estejam presentes os principais aspectos do Segundo Governo de Getlio Vargas. Observe com ateno o quadro acima e, na prxima pgina, procure seguir as orientaes sugeridas para a elaborao do seu texto. Combine com o seu Professor a realizao em equipe dessa atividade. Bom trabalho!

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    Produo de texto

    ORIENTAES GERAIS:

    Seu texto deve conter as seguintes informaes: quais foram os grupos sociais que defendiam a volta de Getlio Vargas; que razes estes grupos tiveram para defender a volta de Getlio; qual o significado desta volta; quais os aspectos marcantes da poltica interna e externa de Getlio Vargas em seu segundo governo; as razes de seu desgaste; o significado de seu suicdio.

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    A SUCESSO: DE VARGAS A JK

    Aps o suicdio de Vargas, sucederam-se trs presidentes Caf Filho, Carlos Luiz e Nereu Ramos at as eleies de 1956. A vitria foi da herana getulista: Juscelino Kubitschek de Oliveira JK venceu, apoiado pelo PSD e pelo PTB. As foras antigetulista a UDN reagiram ascenso de Juscelino e tentaram impedir sua posse, que foi garantida pelo golpe preventivo do General Henrique Teixeira Lott, ento Ministro da Guerra. No dia 1. de fevereiro, Juscelino Kubitschek tomou posse com seu vice, Joo Goulart.

    O governo de Juscelino Kubitschek se iniciou sob a sombra da oposio udenista. O jurista Abelardo Jurema afirmava que:

    Vargas comandava, do tmulo, os acontecimentos; tudo passou sob sua batuta imaterial(...). A vingana do morto se fazia sentir, dia a dia, ms a ms, at que Juscelino Kubitschek assume, levantando de novo, de fato, e de direito, a bandeira PSD-PTB, sob a gide da imagem de Vargas.

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    O GOVERNO JK (1956-1960)

    O governo, sob a liderana de Juscelino Kubitschek, entendia que o Estado deveria coordenar um programa econmico que tinha, como principal objetivo, o desenvolvimento do pas.

    No entanto, afirmava tambm que este programa no s deveria utilizar, como incentivar a entrada do capital estrangeiro em nosso pas.

    Esta poltica ficou conhecida como Nacional

    Desenvolvimentismo. O projeto tinha, como base, um Plano de Metas,

    cuja prioridade era o crescimento industrial. O Plano possua 31 metas que buscavam o desenvolvimento atravs dos seguintes setores:

    Energia Transporte Alimentao Educao Construo civil Expanso do parque industrial

    Assim, o Estado brasileiro, durante o perodo de

    1956 a 1960, iniciou uma poltica econmica de importao de tecnologias para produtos farmacuticos, automveis, mquinas, produtos qumicos.

    Abria tambm, cada vez mais, terreno para a entrada do capital estrangeiro, atravs de emprstimos cada vez maiores. Completava este programa econmico, a garantia que o governo dava para as empresas estrangeiras do envio de imensas remessas do lucro obtido no pas para o exterior.

    educadorbrasilescola.com

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    GOVERNO JK: 50 anos em 5

    O governo de JK havia prometido, em sua campanha, promover em cinco anos, o maior processo de desenvolvimento econmico jamais visto no pas.

    Era fazer 50 anos em 5. O clima era de certa euforia pela nova capacidade produtiva do pas. No entanto, devemos nos perguntar: Qual foi o custo disso? Ser que, de fato, podemos dizer que todo o pas realmente se desenvolveu?

    CONSEQUNCIAS

    Aumento da inflao. Perda do poder de compra do salrio mnimo.

    Assim, ao realizar uma poltica que

    beneficiou sobretudo as camadas mdias e altas do pas, nas eleies de 1960, Juscelino no conseguiu fazer seu sucessor.

    A vitria foi de Jnio Quadros e da UDN.

    Charge faz crtica poltica industrial de JK, jornal ltima Hora,15 de dezembro de 1956.

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    A SUCESSO DE JK GOVERNO JNIO QUADROS VAMOS VARRER A CORRUPO

    Em 1961, Jnio Quadros assumiu a Presidncia da Repblica. Jnio foi o tpico poltico populista. Seu mtodo poltico de ao consistia no contato corpo a corpo com a massa de eleitores.

    O smbolo de sua campanha foi uma vassoura. Com ela nas mos, dizia que varreria a corrupo que se alastrava pelo pas.

    Carismtico, falava a linguagem que o povo queria ouvir.

    Jnio, em poucos meses, perdeu boa parte de sua base parlamentar no Congresso Nacional. Partido que o apoiava, a UDN, o abandonou.

    Sob muitas crticas contra o seu governo, a 25 de agosto de 1961, em um bilhete manuscrito dirigido ao Congresso Nacional, anunciou sua renncia Presidncia da Repblica.

    Caractersticas gerais

    Podemos dizer que, tanto em relao economia, quanto em relao poltica, o governo de Jnio Quadros foi uma sucesso de equvocos.

    Tentou seguir a orientao dos setores desenvolvimentistas, mas a inflao, que j era grande no governo anterior, s aumentava.

    Para tentar contornar parte da situao, fez mais emprstimos e, assim, a dvida externa aumentou.

    No campo poltico, tentou estabelecer uma poltica externa independente da proposta ditada pelo bloco imperialista (EUA).

    No entanto, sua falta de habilidade o levou ao isolamento poltico.

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    NOVA SOMBRA DE GETLIO? A CONTURBADA POSSE DE JOO GOULART

    Com a renncia de Jnio Quadros, assumiu a Presidncia do Brasil Joo Goulart, o popular Jango. Desenvolvendo uma poltica populista de massas, Jango em meados de 1963, enviou ao Congresso Nacional o programa de Reformas de Base, com projetos de reforma agrria, tributria, urbana, bancria e educacional. Ainda em 1963, Jango aprovou o Estatuto do Trabalhador Rural (direitos trabalhistas no campo), apoiou a fundao da Confederao dos Trabalhadores Agrcolas (CONTAG) e sancionou a lei que estabelecia o 13 salrio.

    A poltica populista de Jango desagradou setores importantes da elite brasileira, principalmente a classe empresarial e a classe militar.

    O empresariado, governadores dos estados, como Carlos Lacerda (Guanabara, atual Rio de Janeiro) e Ademar de Barros (So Paulo), partidos polticos, como o PSD e a UDN, eram contra Jango e sua poltica populista. Estavam interessados em afast-lo do governo.

    Devido ao contexto da GUERRA FRIA, o Estado Maior das Foras Armadas do Brasil, o EMFA e a embaixada dos Estados Unidos, tambm, encontravam-se contra Jango.

    Com o apoio do governo norte-americano, havia a possibilidade de um golpe de Estado no pas.

    Em 31 de maro de 1964, com a movimentao de tropas militares, de Minas Gerais em direo ao Rio de Janeiro, comeava o golpe militar que perduraria no Brasil at 1985.

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    O CONTEXTO DO GOLPE MILITAR E SUA CONSOLIDAO

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    As diferentes dimenses do Golpe Militar

    O estabelecimento do regime militar no Brasil contou com o apoio de diferentes segmentos da sociedade brasileira: proprietrios de terra industriais burguesia ligada ao capital internacional camada mdia urbana

    Estes segmentos viam nas Reformas de Base propostas pelo governo Joo Goulart, uma ameaa democracia.

    Em 1. de abril de 1964, o presidente da Cmara Federal, Ranieri Mazzilli, foi nomeado presidente, estando frente de uma junta militar que conduziu o processo de eleio de um novo presidente pelo Congresso, atravs do Ato Institucional n. 1 (AI-1), a 15 de abril de 1964.

    Este Ato permitia ao Presidente suspender os direitos polticos de qualquer cidado por dez anos, cassar mandatos de parlamentares e decretar ESTADO DE STIO (quando o governo passa a ter poderes excepcionais e suspende as garantias constitucionais dos cidados).

    Vamos ver se voc entendeu? 1) Quais os grupos sociais que apoiaram o golpe militar ocorrido em 31 de maro de 1964? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Por que esses grupos apoiaram os militares? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    O GOLPE MILITAR E O GOVERNO GENERAL CASTELO BRANCO (1964 a 1967)

    Desde o incio, o regime militar adotou, como principal orientao, a Doutrina da Segurana Nacional. O principal objetivo era combater qualquer tipo de aproximao com o bloco socialista (Lembre-se da Guerra Fria!).

    Estabeleceu uma poltica de alinhamento com os Estados Unidos e rompeu relaes diplomticas com Cuba.

    Poltica econmica realizou medidas impopulares como o aumento dos impostos e a compresso dos salrios, com o intuito de aumentar a arrecadao.

    Como resultado, nas eleies de 1965, a oposio venceu em vrios estados.

    A reao do governo foi decretar outro Ato Institucional o n. 2 (AI-2). Por este Ato, o governo extinguiu os partidos polticos que havia neste perodo e deu permisso para a existncia de apenas dois (bipartidarismo): A Aliana Renovadora Nacional (ARENA) que era a base de apoio ao governo; O Movimento Democrtico Brasileiro (MDB) a oposio consentida.

    Para realizar seus projetos e exercer um controle cada vez maior da situao poltica, os governos militares lanaram mo de Atos Institucionais. Inicialmente, eles foram fazendo as mudanas mais emergenciais para os militares, at conseguirem aprovar (outorgar) uma nova Constituio.

    Em 1966, o Marechal Castelo Branco estabeleceu eleies indiretas para governadores de estados, atravs do Ato Institucional n. 3 (AI-3).

    No ano seguinte, houve uma resistncia s cassaes de mandatos polticos. Estas manifestaes resultaram no fechamento do Congresso. Quando este foi reaberto, em maro de 1967, os senadores e deputados foram praticamente obrigados a aprovar uma nova Constituio, elaborada por juristas que apoiavam o governo.

    Esta Constituio ampliava os poderes do Presidente da Repblica, ou seja, centralizava ainda mais o poder poltico.

    Entre outras decises, a nova Constituinte incluiu a LEI DE IMPRENSA que estabelecia a censura aos meios de comunicao.

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    A partir do ano de 1967, as manifestaes vieram de diferentes grupos: estudantes, trabalhadores, intelectuais, artistas.

    O Governo decreta, ento, o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968:

    O AI-5 permitia ao Presidente: fechar o Congresso Nacional; criar leis; intervir nos estados e municpios; decretar estado de stio e suspender o direito de habeas corpus aos acusados de crimes contra a segurana nacional.

    Arthur da Costa e Silva governou nosso pas de

    maro de 1967 a 31 de agosto de 1969. Seu governo marcou o incio de um processo

    bastante delicado da Histria do Brasil. Como j dissemos, a partir do golpe militar de

    1964, o governo passou a perseguir duramente os opositores ao regime, visto que as manifestaes contrrias estavam ficando cada vez maiores e se espalhavam pelo pas.

    educadorbrasilescola.com Complete: (se desejar, releia as pginas anteriores). Estado de stio quando o governo ______________________________________e todos os direitos das pessoas so _____________________. Habeas-corpus: expresso que vem do latim e representa o direito__________________________________________.

    GOVERNO MARECHAL COSTA E SILVA (1967-1969)

    Capa da revista Fatos e Fotos, de 25/03/1967, anunciando a posse de Costa e Silva

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    GOVERNO GENERAL EMLIO GARRASTAZU MDICI (1969-1974)

    Logo aps ter decretado o AI-5, o Presidente Costa e Silva teve que se afastar do poder em razo de graves problemas de sade.

    Na poca, o Vice-Presidente era o poltico mineiro Pedro Aleixo. Porm, ao invs de ele substituir o presidente, uma junta militar, formada pelos ministros da Guerra, da Marinha e da Aeronutica, ocupou o poder, at outubro de 1969, quando tomou posse um novo presidente, o General Emlio Garrastazu Mdici, governando o pas at 1974.

    O governo do General Mdici foi considerado o perodo mais severo da ditadura militar, durante o qual as reaes contra o regime aumentaram, ao mesmo tempo em que cresciam os centros de tortura e represso. No sem razo, esse perodo ficou conhecido como ANOS DE CHUMBO.

    http://ditaduramilitar1903.blogspot.com

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    Junta militar que assumiu o governo e deu posse ao General Emlio Garrastazu Mdici

    Se o governo Costa e Silva representou o endurecimento do regime, como dissemos, o Governo Mdici foi palco do momento de maior confronto e represso s manifestaes contra a ditadura militar.

    http://ditaduramilitar1903.blogspot.com

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    Exposio na estao de trem de So Leopoldo

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    1) Alegando defender a democracia, os militares, entre os anos de 1964 e 1969, promulgaram 17 Atos Institucionais. Escreva o que estabeleciam o AI-1, o AI-2, o AI-3 e o AI-5. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 2) Selecione trs medidas tomadas pelos militares atravs de Atos Institucionais que voc classificaria como antidemocrticas. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 3) Por que o perodo do governo do General Mdici recebeu o nome de anos de chumbo? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 4) Observe a imagem abaixo e responda:

    a) Que relao pode ser feita entre essa imagem e o perodo da ditadura militar? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ b) Que tipo de liberdade ou de direito essa imagem parece proibir? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ c) Identifique uma situao em que a cena mostrada na imagem ainda pode acontecer. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________

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    O OUTRO LADO DA HISTRIA

    Enquanto os militares se organizavam junto ao empresariado para combater queles que tinham uma orientao poltica diferente, uma parcela da populao, por sua vez, se organizava como podia para resistir represso.

    Como j dissemos, professores, jornalistas, estudantes, religiosos e mesmo militares que no concordavam com o regime, foram perseguidos, presos e torturados neste perodo.

    Em decorrncia disto, vimos que a cultura teve uma forma muito particular de mostrar sua resistncia. Foram criados jornais e grupos de teatro. Os Festivais da Cano foram instrumentos utilizados pela resistncia ao regime.

    Geraldo Vandr

    Passeata dos cem mil contra o Regime Militar / Rio de Janeiro - 28 de maio de 1968

    oesquema.com

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    w.sti.br.inter.net

    A certeza na frente, a Histria na mo, ainda fazem da flor seu mais forte refro.

    Caminhando e cantando e seguindo a cano E acreditam nas flores Vencendo o canho.

    Pesquise sobre obras de artistas que fizeram oposio ao regime militar na msica, peas teatrais e artes visuais. Selecionados os artistas, pesquise vdeos e imagens, na internet, com essas obras. Apresente para seus colegas.

    Sugesto de sites para pesquisa: http://youtube.com , http://letras.mus.br/caetano-veloso/43867/ http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br

    Trecho da msica Pra no dizer que no falei de flores composta por

    Geraldo Vandr, em 1968, e apresentada no III

    Festival Internacional da Cano.

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    NEM S DE REPRESSO VIVE UM GOVERNO... A FORA DA PROPAGANDA

    A censura controlava as informaes, direcionando o que seria transmitido atravs dos meios de comunicao.

    O interesse do regime militar era divulgar a imagem do pas pela sua natureza exuberante, por uma economia em ascenso e como vitorioso no esporte. Para tal, utilizou-se de propagandas de cunho nacionalista.

    A satisfao da populao brasileira, pela vitria da seleo de futebol na Copa de 1970, foi utilizada pelo regime militar para tirar o foco da sociedade do clima repressivo pelo qual o pas passava (brasileiros perseguidos, presos e torturados pela ditadura militar).

    A msica Pra frente, Brasil! (carro-chefe da seleo do Brasil na Copa de 1970) e slogans como Brasil: Ame-o ou deixe-o e Ningum mais segura este pas, transmitidos, na poca, pelos meios de comunicao, foram associados vitria no futebol e ao crescimento na rea econmica.

    A seleo brasileira de futebol conquista o tricampeonato na Copa do Mundo do Mxico.

    Presidente Mdici recebe a taa do capito da seleo brasileira de futebol.

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    newserrado.com

    Brasilescola.com

    Pel artilheiro da Copa de 1970 considerado o melhor atleta do sculo XX.

    Delfim Neto, na poca Ministro da Fazenda, foi responsvel pelo chamado milagre econmico. No perodo de 1963 a 1973, o pas cresceu cerca de 10% ao ano e a inflao permaneceu relativamente baixa. Apesar disso, para conservar a taxa de crescimento, os salrios eram mantidos baixos. Consequentemente, no houve aumento no poder aquisitivo da maioria dos trabalhadores, fazendo-os no perceberem o milagre.

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    GOVERNO GENERAL ERNESTO GEISEL (1974 1979)

    Com a chegada do General Ernesto Geisel no poder (1974 a 1979) e com vrios problemas na economia, o regime comeou a dar sinais de enfraquecimento.

    Este fato est relacionado a uma questo de ordem internacional: a crise econmica, provocada pelo conflito de 1973, entre rabes e judeus, que triplicou o preo do barril do petrleo. O nosso pas importava quase todo o petrleo que utilizava. O Produto Interno Bruto (PIB) comeou a entrar em declnio e a inflao voltou a crescer, aumentando o desemprego e a misria no pas, o milagre econmico dava sinais de queda.

    brasilescola.com

    Politicamente, o General Ernesto Geisel era favorvel a que os militares retornassem ao seu espao original - os quartis. Como representante da linha mais moderada entre os militares, Geisel iniciou o que chamou de abertura lenta, gradual e segura.

    J os setores de oposio ao regime defendiam a abertura e a anistia ampla, geral e irrestrita.

    Observe a charge do cartunista Jaguar. Que crtica o autor est fazendo? _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

    clippingsetaro.blogspot.com

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    1) Preencha o quadro comparativo, abaixo, entre o governo do General Mdici e o do General Geisel. O quadro tem, como referncia: a) a situao econmica; b) a situao poltica; c) a situao social.

    2) Em sua opinio, qual a diferena entre abertura poltica lenta, gradual e segura como queriam os militares para uma ampla, geral e irrestrita, como queria a oposio aos militares? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________

    Quadro Comparativo GOVERNO MDICI GOVERNO GEISEL

    Situao econmica

    Situao poltica

    Situao social

    Observe a charge do artista Ziraldo. Que crtica ele faz propaganda do governo Brasil: ame-o ou deixe-o?

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    historiaintegrada.blogspot.com

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    Em 15 de maro de 1979, foi empossado, na presidncia da Repblica, o General Joo Batista de Figueiredo. Seu governo durou 6 anos e encerrou um perodo de autoritarismo no Brasil, pondo fim ditadura militar.

    Em seu governo, o Congresso aprovou uma lei (vide imagem abaixo) cujo Artigo 1 concedia anistia a todos quantos no perodo de 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes polticos ou conexos (ligados) a esses.

    http://sti.br.inter.net

    O general Joo Batista Figueiredo ( direita), desce a rampa do Palcio do Planalto ao lado do ex-presidente Ernesto Geisel, durante a cerimnia de posse, em Braslia.

    Foi uma lei importante? Sim, mas muito polmica, porque concedia anistia (perdo) aos dois lados aos acusados de cometer crimes contra a segurana nacional e aos agentes do governo que cometeram crimes, ou seja, aos agentes de segurana que haviam prendido, torturado e assassinado quem era contra o regime militar.

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    w.jblog.com

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    Jornal do Brasil 28 de agosto de 1979

    Outra medida liberalizante foi o restabelecimento do pluripartidarismo (existncia de vrios partidos polticos). Desapareceram Arena e MDB, dando lugar a seis novos partidos.

    GOVERNO GENERAL JOO BATISTA DE FIGUEIREDO (1979 1985)

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    Segundo o historiador Jos Murilo de Carvalho, nesse perodo, novos partidos polticos surgiram e outros se reorganizaram.

    Observe o esquema:

    ARENA PDS Partido Democrtico Social

    MDB PMDB Partido do Movimento Democrtico Brasileiro

    PP Partido Popular

    PTB Partido Trabalhista Brasileiro

    PDT Partido Democrtico Trabalhista

    PT Partido dos Trabalhadores

    Novos partidos

    Nas eleies de 1982, o PDS venceu na maioria dos municpios e estados, mas os outros partidos de oposio elegeram governadores em estados importantes como Rio de Janeiro, So Paulo, Minas Gerais, Paran e Par, alm de forte presena no Congresso Nacional, fragilizando a base poltica do Governo Figueiredo.

    http://butecodoedu.files.wordpres

    Capa da revista Veja - 24 de novembro de 1982 - mostrando os novos governadores eleitos: Franco Montoro PMDB SP e Leonel Brizola PDT RJ.

    1) Em sua opinio, quais foram os avanos polticos acontecidos durante o governo do General Figueiredo? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 2) Por que a Lei de Anistia, aprovada pelo Congresso no Governo Figueiredo, gerou polmicas? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________

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    A anistia e os novos partidos foram vitrias importantes para a retomada da democracia. Mas, ainda faltava um passo muito importante para esse retorno eleies diretas para presidente da Repblica.

    A campanha comeou tmida, pois as manifestaes contrrias ao regime eram punidas severamente. Em 1983, um deputado do PMDB de Mato Grosso, chamado Dante de Oliveira, props, no Congresso, uma emenda constitucional permitindo que o povo votasse em eleies diretas para presidente.

    A ideia se espalhou pelo pas, os comcios comearam a acontecer e atrair milhares de pessoas era a campanha das Diretas j! Nos comcios, alm de polticos, intelectuais e artistas, participavam das manifestaes atraindo cada vez mais pessoas que no s pediam a aprovao da emenda pelo Congresso, mas tambm protestavam contra a inflao alta, o desemprego e a falta de liberdade.

    http://1.bp.blogspot.com

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    DIRETAS J - RIO DE JANEIRO DIRETAS J - SO PAULO

    Desenho do cartunista Henrique de Souza Filho - Henfil

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    Apesar das manifestaes, a emenda Dante de Oliveira foi rejeitada pelo Congresso o prximo Presidente da Repblica no seria escolhido pelo povo, mas por um grupo de polticos, o chamado Colgio Eleitoral.

    Essa eleio, pelo Colgio Eleitoral, ocorreu em janeiro de 1985. A chapa formada por Tancredo Neves e Jos Sarney, de oposio ao regime militar, foi vitoriosa contra Paulo Maluf do PDS. Era o fim de 21 anos de ditadura militar.

    Durante sua campanha, Tancredo Neves conclamava o regime democrtico, uma nova repblica, mas no pde ver seu sonho realizado. Acometido de uma enfermidade, morreu no dia 21 de abril de 1985, sem ter tomado posse.

    Coube, ento, a Jos Sarney, que tomou posse como vice-presidente eleito, governar interinamente o pas e, depois, assumir o cargo de presidente, em carter definitivo.

    blog.brasilacademico.com

    50anos.jornalnh.com.br

    blogdacomunicacao.com

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    http://oglobo.globo.com/

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    Jos Sarney, ao assumir o cargo de presidente da Repblica, enfrentou srios problemas econmicos que vinham se acumulando desde a dcada de 1970. A taxa anual de inflao j andava em torno de 220% ao ano, o desemprego era grande e a dvida externa brasileira era uma das maiores do mundo.

    Veja algumas medidas adotadas poca para solucionar problemas econmicos e sociais do pas:

    restabelecimento das eleies diretas para prefeituras das capitais do estado; criao de um ministrio para cuidar da reforma agrria; de 1987 a 1988, rene-se a Assembleia Nacional Constituinte, com a promulgao da nova Constituio Brasileira em 5 de outubro de 1988; implantao de uma reforma monetria popularmente conhecida como Plano Cruzado.

    veja.abril.com.br

    As medidas mexeram com a economia do pas, criando mecanismos de reajuste de salrio, congelamento de preos e controle da inflao. Grande parte dos brasileiros tratou de se aliar ao governo. Foi nessa poca que surgiram os fiscais do Sarney, pessoas dispostas a anotar preos, fiscalizar e denunciar abusos de preo no comrcio e na prestao de servios. Nos anos seguintes, a inflao acelerou. Embora, outros planos econmicos tenham sido elaborados e substitudos, no final de seu governo, a inflao j batia o recorde de 2.750% ao ano.

    Campanha FISCAL DO SARNEY

    1) O que faziam os fiscais do Sarney? ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 2) Qual a importncia da Campanha das Diretas J para o restabelecimento da democracia no Brasil? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________

    O GOVERNO JOS SARNEY

    digestivocultural.com

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    Depois de 29 anos, os brasileiros elegem diretamente seu primeiro presidente.

    O GOVERNO FERNANDO COLLOR DE MELLO

    Fernando Collor de Mello disputou as eleies do segundo turno com o ex-metalrgico e deputado federal Luiz Incio Lula da Silva.

    Collor, do pequeno partido PRN (Partido da Reconstruo Nacional), recebeu apoio de muitos partidos polticos e pde contar tambm com uma ajuda muito grande, tanto da imprensa, de um modo geral, quanto da televiso, em particular, desde a poca de sua campanha at os primeiros meses de seu governo.

    Collor foi apresentado ao pblico com uma imagem moderna: caador de marajs, protetor de descamisados e dos ps-descalos, presidente moderno, desportista ecltico, intelectual.

    http://1.bp.blogspot.com

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    http://www.idadecerta.com.br

    O culto boa imagem de Collor no iria demorar muito, pois o presidente conseguiu desencantar os grupos que o apoiavam na mdia, na economia e, sobretudo, entre a populao.

    1) Que tipo de mensagem Fernando Collor quis passar aos eleitores com os diversos personagens que ele apresentava publicamente?

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    http://1.bp.blogspot.com

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    1. Lanamento do Plano Collor, anunciado como a nica sada para acabar com a inflao. 2. Bloqueio de, aproximadamente, 85 bilhes de dlares, dos saldos das cadernetas de poupana, das contas

    correntes e das aplicaes. Os poupadores brasileiros s poderiam retirar, dos bancos, o mximo de 50 mil cruzeiros, o restante seria devolvido em um prazo de 18 meses, em 12 parcelas mensais.

    3. Queda abrupta da produo industrial e das vendas no comrcio. 4. Aumento do desemprego e aumento da inflao. 5. Denncia de escndalos no governo feitas pelo irmo do presidente, Pedro Collor. 6. Queda da popularidade do presidente. 7. Movimento dos caras-pintadas, exigindo o impeachment (impedimento) presidencial de Collor.

    Com a renncia de Collor, Itamar Franco, vice-presidente, assumiu a presidncia da Repblica, permanecendo no cargo at 1994. Foi um governo caracterizado pela busca do equilbrio poltico e econmico, aps a crise do governo Collor. O Plano Real, de estabilizao econmica, foi o grande marco de seu governo, que fez o pas retomar o caminho do desenvolvimento, abalado por seu antecessor. O sucesso do Plano Real, fez Itamar Franco eleger um de seus ministros, Fernando Henrique Cardoso, o novo presidente do Brasil.

    Veja algumas medidas adotadas pelo Presidente Collor e os fatos marcantes que levaram crise em seu governo:

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    Itamar Franco

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    GOVERNO ITAMAR FRANCO

    Diante da presso popular e das denncias de corrupo, a Cmara dos Deputados acabou aprovando a abertura do processo de impedimento do presidente, que foi julgado e aprovado pela maioria dos parlamentares, em 29 de dezembro de 1992. Apesar de ter renunciado, Collor teve seus direitos polticos suspensos por 8 anos.

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    GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO ww

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    SEGUNDO MANDATO (1999 2002)

    Fernando Henrique Cardoso

    Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleio, tornando-se candidato outra vez presidncia da repblica, tendo Lula como seu principal adversrio. O Plano Real e o controle da inflao continuou sendo sua principal propaganda poltica, o que o favoreceu em mais uma vitria nas urnas, conseguindo, portanto, a sua reeleio.

    No primeiro mandato, FHC (como ficou conhecido) deu continuidade ao processo de reformas com a finalidade de evitar a volta da inflao, procurando deixar a economia estvel. Durante seu mandado ocorreu a privatizao de vrias estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de minerao e siderurgia), a Telebrs (empresa de telecomunicaes) alm de rodovias, portos e empresas de energia eltrica.

    No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do Brasil. Neste mandato, ocorreram algumas reformas no setor da Educao, sendo aprovadas no ano de 1996 a Lei de Diretrizes e Bases para a Educao (LDB), e, posteriormente, foram criados os Parmetros Curriculares para o Ensino Bsico. Ao final do seu segundo mandato (2002), somando oito (8) anos no poder, FHC conseguiu controlar a inflao brasileira. FHC deixou a presidncia no dia 1 de janeiro de 2003, e quem assumiu foi Luiz Incio Lula da Silva.

    PRIMEIRO MANDATO (1995 1998) http:.portalsaofrancisco.com

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    GOVERNO DILMA ROUSSEFF (2011 A 2014) Dilma Rousseff, poltica brasileira e atual presidente do Brasil. Durante o governo do ex-presidente Luiz Incio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministrio de Minas e Energia, e posteriormente, da Casa Civil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar Presidncia da Repblica na eleio presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado no Brasil.

    Dilma Rousseff

    brasilescola.com

    GOVERNO LUIZ INCIO LULA DA SILVA (2002-2010)

    http://ww

    w.m

    idianews.com

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    Poltica Social: criao do Ministrio Extraordinrio de Segurana Alimentar e Combate Fome; Programa Fome Zero; ampliao do Programa Bolsa Famlia, criado no governo de Fernando Henrique Cardoso.

    O governo do presidente Luiz Incio teve dois mandatos. Destacaremos as duas frentes principais de atuao:

    a manuteno da estabilidade econmica; as polticas sociais.

    Em seus dois mandatos, seu governo buscou:

    resgatar a confiana dos investidores e, para isso, baixou a taxa de juros e realizou intervenes no mercado financeiro, com o objetivo de baixar o valor do dlar; restabelecer o crescimento industrial; manter a inflao sob controle.

    Em seu governo, os ndices econmicos melhoraram e a taxa de emprego aumentou.

    Luiz Incio Lula da Silva

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    DECLARAO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resoluo 217

    da Assemblia Geral das Naes Unidas em 10 de dezembro de 1948 Prembulo Considerando que o reconhecimento da dignidade, inerente a todos os membros da famlia humana e de seus direitos iguais e inalienveis, o fundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos brbaros que ultrajaram a conscincia da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crena e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspirao do homem comum, (...) A Assembleia Geral proclama: (...) Artigo III Toda pessoa tem direito vida, liberdade e segurana pessoal. Artigo V Ningum ser submetido tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Artigo VII Todos so iguais perante a lei e tm direito, sem qualquer distino, a igual proteo da lei. Todos tm direito a igual proteo contra qualquer discriminao que viole a presente Declarao e contra qualquer incitamento a tal discriminao. Artigo IX Ningum ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo XX 1. Toda pessoa tem direito liberdade de reunio e associao pacficas. 2. Ningum pode ser obrigado a fazer parte de uma associao. Fonte:http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

    O Brasil um dos pases signatrios da Declarao Universal dos Direitos Humanos. Isto significa que um representante do governo brasileiro assinou esse documento em 1948, comprometendo-se, em nome do povo e do governo do Brasil, a cumprir as determinaes constantes do referido texto. Esse documento composto de 30 artigos. Em seu prembulo (parte introdutria de um documento) so apresentados sete considerandos, ou justificativas sobre a importncia do tema abordado nessa declarao.

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    Releia os dois considerandos e os cinco artigos extrados da Declarao Universal e responda:

    1) Como os pases signatrios (isto , os que assinaram) da Declarao devem considerar o desprezo e o desrespeito aos direitos humanos? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 2) Que aspectos relativos aos direitos humanos esto contemplados nos artigos destacados? Cite alguns. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Leia o que est registrado na Constituio Federal aprovada em 1988. CONSTITUIO DE 1988 - CAPTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio; II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei; III - ningum ser submetido tortura nem a tratamento desumano ou degradante. http://www.planalto.gov.br/ccivil 3) Que relao voc observa entre esse artigo da Constituio de 1988 e a Declarao Universal dos Direitos Humanos de 1948? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Voc acha que esses direitos j esto plenamente incorporados vida de todo povo brasileiro? Justifique sua resposta. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________

    Pesquise, no dicionrio, algumas palavras para melhor entendimento do texto: inalienvel - ___________________________________________________________________________________ ultrajaram (ultrajar) - ____________________________________________________________________________ aspirao - ___________________________________________________________________________________ degradante - __________________________________________________________________________________ arbitrariamente - _______________________________________________________________________________

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