hipertensÃo pulmonar persistente neonatal maria esther jurfest ceccon
TRANSCRIPT
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE NEONATALNEONATAL
Maria Esther Jurfest CecconMaria Esther Jurfest Ceccon
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
CONCEITO:CONCEITO:
Síndrome associada a várias doenças cárdio-Síndrome associada a várias doenças cárdio-pulmonares caracterizada por hipertensão vascular pulmonares caracterizada por hipertensão vascular pulmonar e alteração na vaso-reatividade levando a pulmonar e alteração na vaso-reatividade levando a “shunt” D-E através do FO e/ou CA, pouco responsiva a “shunt” D-E através do FO e/ou CA, pouco responsiva a oxigenioterapiaoxigenioterapia
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
INCIDÊNCIAINCIDÊNCIA
1,9: 1000 nascidos vivos 1,9: 1000 nascidos vivos (NICHD, 2000)(NICHD, 2000)
12 centros americanos: prevalência de 0,43-6,82/1000NV12 centros americanos: prevalência de 0,43-6,82/1000NV
predomínio em recém-nascidos de termo ou pós-termopredomínio em recém-nascidos de termo ou pós-termo
1 a 4% das admissões na UTIN tem HPPN como 1 a 4% das admissões na UTIN tem HPPN como diagnóstico principal diagnóstico principal
MORTALIDADEMORTALIDADE
40%40%
IO> 40: Mortalidade de 80%IO> 40: Mortalidade de 80%
BATLET et al., 1985BATLET et al., 1985
CLASSIFICAÇÃO DA HPPN SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO DA HPPN SEGUNDO GEGGEL; REID, 1984GEGGEL; REID, 1984
HPPN
NÚMERO NORMAL NÚMERO NORMAL DE ARTERIAS PULMDE ARTERIAS PULM
NÚMERO DIMINUIDONÚMERO DIMINUIDODE ARTÉRIAS PULM.DE ARTÉRIAS PULM.
VASCULATURAVASCULATURANORMALNORMAL
VASCULATURAVASCULATURAMUSCULARIZADAMUSCULARIZADA
IMATURIDADEIMATURIDADEMÁ ADAPTAÇÃOMÁ ADAPTAÇÃO
POR ASFIXIA AGUDAPOR ASFIXIA AGUDA
MÁ ADAPTAÇÃOMÁ ADAPTAÇÃOPOR ASFIXIA POR ASFIXIA
CRÔNICACRÔNICA
MALFORMAÇÃOMALFORMAÇÃOPRIMÁRIAPRIMÁRIA
ETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO FUNCIONALETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO FUNCIONAL
Mecanismo: resposta à hipoxemia e acidemiaMecanismo: resposta à hipoxemia e acidemia
• Doenças associadas: Doenças associadas: – Asf. perinatal graveAsf. perinatal grave– Síndrome de aspiração de mecônioSíndrome de aspiração de mecônio– Sepse, pneum. por strep. BSepse, pneum. por strep. B– DMHDMH– Depressão SNCDepressão SNC– HipotermiaHipotermia– HipoglicemiaHipoglicemia
• Prognóstico: bom, reversívelPrognóstico: bom, reversível
VASOCONSTRIÇÃO PULMONARVASOCONSTRIÇÃO PULMONAR
GEGGEL; REID, 1984GEGGEL; REID, 1984
ETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO ANATÔMICAETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO ANATÔMICAREMODELAÇÃO DAS ARTERÍOLAS PULMONARESREMODELAÇÃO DAS ARTERÍOLAS PULMONARES
Mecanismo: resposta à hipoxemia crônica ou hiperfluxoMecanismo: resposta à hipoxemia crônica ou hiperfluxopulmonarpulmonar
• Doenças associadas: Doenças associadas:
– sofrimento fetal crônicosofrimento fetal crônico– Fechamento precoce do canal art: Fechamento precoce do canal art: drogas maternas: AAS, antiinflam.drogas maternas: AAS, antiinflam.– Cardiopatia: vent. único, fístula a-v.Cardiopatia: vent. único, fístula a-v.
• Prognóstico: ruim, lesão estruturalPrognóstico: ruim, lesão estrutural
Mecanismo: hipoplasia de alvéolos e vasosMecanismo: hipoplasia de alvéolos e vasos
• Doenças associadas: Doenças associadas:
– Hérnia diafragmáticaHérnia diafragmática– Derrame pulmonarDerrame pulmonar– Síndrome de potterSíndrome de potter– Displasia alvéolo capilar (1981)Displasia alvéolo capilar (1981)
• Prognóstico: ruim, lesão estrutural Prognóstico: ruim, lesão estrutural
ETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO ANATÔMICAETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO ANATÔMICADIM. LEITO VASCULAR PULMONARDIM. LEITO VASCULAR PULMONAR
• Doenças associadas: Doenças associadas:
– PolicitemiaPolicitemia– Hipertensão venosa pulmonarHipertensão venosa pulmonar– Coartação da aortaCoartação da aorta
• Prognóstico: bom, reversível, dependendo da causa Prognóstico: bom, reversível, dependendo da causa
ETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO FUNCIONALETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO FUNCIONALOBST. FUNCIONAL DO FLUXO SANGÜÍNEOOBST. FUNCIONAL DO FLUXO SANGÜÍNEO
PARK et al., 1998:PARK et al., 1998:
• Relato de caso:Relato de caso: RN com HPPN grave, portador RN com HPPN grave, portador
de citomegalia congênita, com necessidade de de citomegalia congênita, com necessidade de
utilização de óxido nítrico e VAF.utilização de óxido nítrico e VAF.
• HPPN:HPPN: doença pulmonar, devido à pneumonite doença pulmonar, devido à pneumonite
causada pelo citomegaloviruscausada pelo citomegalovirus
ETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO FUNCIONALETIOPATOGENIA: ALTERAÇÃO FUNCIONAL
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
WALSH-SUKYS-2000WALSH-SUKYS-2000- CONDIÇÕES ASSOCIADAS A HPPN- CONDIÇÕES ASSOCIADAS A HPPN
1- SAM 1- SAM 41%41%
2- Idiopática 2- Idiopática 17%17%
3- Pneumonia 3- Pneumonia 14%14%
4- SDR 4- SDR 13%13%
5- Pneumonia e/ou SDR 5- Pneumonia e/ou SDR 14%14%
6- Hernia diafragmática 6- Hernia diafragmática 10%10%
7- Hipoplasia pulmonar 7- Hipoplasia pulmonar 4% 4%
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
• RN termo ou próximo do termoRN termo ou próximo do termo
• Antecedente de asfixia perinatalAntecedente de asfixia perinatal
• Sinais clínicos:Sinais clínicos:– Desconforto respiratório, taquipneia,Desconforto respiratório, taquipneia,– Cianose progressiva desprop. Ao compr. Pulmonar, Cianose progressiva desprop. Ao compr. Pulmonar, – Labilidade de oxigenação, principalmente à manipulação Labilidade de oxigenação, principalmente à manipulação
– Cardiovascular :Cardiovascular :• ausculta nl ou estalido sistólico,ausculta nl ou estalido sistólico,• B2 hiperfonéticaB2 hiperfonética• Sopro sistólico em FTSopro sistólico em FT
KINSELLA; ABMAN, 1995KINSELLA; ABMAN, 1995
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
• Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial– Doença de parenq. pulmonar graveDoença de parenq. pulmonar grave– Cardiopatia congênitaCardiopatia congênita
EM TODO RN COM SUSPEITA DE HPPN REALIZAR:EM TODO RN COM SUSPEITA DE HPPN REALIZAR:• RX de tórax: pode não se observar alterações RX de tórax: pode não se observar alterações
características, nos casos graves características, nos casos graves hipofluxo pulmonar, hipofluxo pulmonar, 2rio à vasoconstrição arterial pulmonar2rio à vasoconstrição arterial pulmonar
• Gradiente pré e pós ductal: não muito útil para o Gradiente pré e pós ductal: não muito útil para o diagnóstico, mas útil para analisar resposta á intervenção.diagnóstico, mas útil para analisar resposta á intervenção.
Gasometria: PaO2 pré-ductal > 20 mmHg do que o pós-Gasometria: PaO2 pré-ductal > 20 mmHg do que o pós-ductal sugere “shunt” pelo D-E pelo C.A.ductal sugere “shunt” pelo D-E pelo C.A.
• Calcular índice de oxigenação Calcular índice de oxigenação
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
HAMMERMAN et al., 1989HAMMERMAN et al., 1989
ÍNDICE DE OXIGENAÇÃOÍNDICE DE OXIGENAÇÃO
MAP x FIO2 x 100
PO2 pós-ductal
MAP =(PIPxTinsp.) + (PEEP x T Exp.)
(Tinsp + T exp)
IO=
• Instalar 2 oxímetros de pulso, colocando um sensor Instalar 2 oxímetros de pulso, colocando um sensor na extremidade pré-ductal e o outro no pós-ductal.na extremidade pré-ductal e o outro no pós-ductal.
• Se a SatOSe a SatO22 pré-ductal for maior que a pós-ductal em pré-ductal for maior que a pós-ductal em
5%: suspeitar de shunt D5%: suspeitar de shunt DE pelo CAE pelo CA• Para ajuste ventilatório valorizar o valor indicado na Para ajuste ventilatório valorizar o valor indicado na
oximetria pré-ductal, procurar mante-lo entre 93 e oximetria pré-ductal, procurar mante-lo entre 93 e 95%.95%.
• Para avaliar a terapia com vasodilatadores (tolazolina Para avaliar a terapia com vasodilatadores (tolazolina ou óxido nítrico), monitorar a oximetria pós-ductalou óxido nítrico), monitorar a oximetria pós-ductal
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
• Confirmar a HPPN através da ecocardiografia Confirmar a HPPN através da ecocardiografia bidimensional com Doppler colorido: padrão ouro bidimensional com Doppler colorido: padrão ouro no diagnóstico: no diagnóstico: Analisar os seguintes parâmetros:Analisar os seguintes parâmetros:Pressão média da artéria pulmonar Pressão média da artéria pulmonar
(nl: 18 A 20 mmHg) (nl: 18 A 20 mmHg)Estimar a pressão sistólica do VDEstimar a pressão sistólica do VDDocumentar a presença do “shunt” Documentar a presença do “shunt”
direita-esquerda ou bidirecional através do direita-esquerda ou bidirecional através do forame oval e/ou canal arterialforame oval e/ou canal arterial
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
CUIDADOS GERAISCUIDADOS GERAIS• Manipulação mínima do RNManipulação mínima do RN• Cateterização da arteria umbilicalCateterização da arteria umbilical
• CORREÇÃO DAS CAUSAS BÁSICASCORREÇÃO DAS CAUSAS BÁSICAS
– POLICITEMIAPOLICITEMIA
– HIPOGLICEMIAHIPOGLICEMIA
– HIPOTERMIAHIPOTERMIA
– ACIDOSE METABÓLICAACIDOSE METABÓLICA
– HIPOTENSÃO ARTERIALHIPOTENSÃO ARTERIAL
TERAPÊUTICATERAPÊUTICA
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTOESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
• Oxigenação adequada: PaOOxigenação adequada: PaO22 de 80 a 100 mmHg de 80 a 100 mmHg
inicialmente e 50 a 60 mmHg depois de estabilizado;inicialmente e 50 a 60 mmHg depois de estabilizado;
• Hiperventilação discreta: PaCOHiperventilação discreta: PaCO22 de 30 a 35 mmHg de 30 a 35 mmHg
inicialmente e evitar exposição prolongada;inicialmente e evitar exposição prolongada;• pH: evitar acidose, alcalose metabólica discreta;pH: evitar acidose, alcalose metabólica discreta;• Ventilação de alta frequência ou Ventilação mandatória Ventilação de alta frequência ou Ventilação mandatória
intermitenteintermitente
KINSELLA; ABMAN, 1995KINSELLA; ABMAN, 1995
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
WALSH-SUKYS-2000WALSH-SUKYS-2000TRATAMENTOSTRATAMENTOS
1- Oxigênio 100%1- Oxigênio 100%
2-Ventilação mecânica 95%2-Ventilação mecânica 95%
3-Hiperventilação 66%3-Hiperventilação 66%
4-Alcalinização 75%4-Alcalinização 75%
5-Sedação 94%5-Sedação 94%
6-Relaxantes musculares6-Relaxantes musculares
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
• TratamentoTratamento analgesia e sedaçãoanalgesia e sedação Universalmente recomendadoUniversalmente recomendado
• FentanylFentanyl® ® ataque : 5ataque : 5g/Kg/ EV., g/Kg/ EV.,
manutenção: 2 a 4 manutenção: 2 a 4 g/Kg/h EV.g/Kg/h EV.• DormonidDormonid® ® ataque: 0,15 mg/kg EV, em 5 minutosataque: 0,15 mg/kg EV, em 5 minutos
manutenção: 0,01 a 0,06mg/Kg/horamanutenção: 0,01 a 0,06mg/Kg/hora
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
• TratamentoTratamento
Alcalose: a RVP é inversamente proporcional ao Alcalose: a RVP é inversamente proporcional ao pH sérico; a paCOpH sérico; a paCO22 não é responsável pela não é responsável pela
redução da RVP redução da RVP abandono da hiperventilação abandono da hiperventilação mecânica em prol da infusão contínua de Bic. mecânica em prol da infusão contínua de Bic. Na (mínimos efeitos colaterais, limite máximo de Na (mínimos efeitos colaterais, limite máximo de PaCOPaCO22: 60 mmHg): 60 mmHg)
KINSELLA, 1999KINSELLA, 1999
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
TratamentoTratamento
• Surfactante: a sua deficiência contribui para Surfactante: a sua deficiência contribui para a complacência pulmonar e atelectasia em a complacência pulmonar e atelectasia em alguns pacientes.alguns pacientes.
• 7 pacientes com HPPN: fosfolipídeos no 7 pacientes com HPPN: fosfolipídeos no aspirado traqueal foram semelhantes àqueles aspirado traqueal foram semelhantes àqueles encontrados em RN com SDR.encontrados em RN com SDR.
WALSH; STORK, 2001WALSH; STORK, 2001
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
TratamentoTratamentoVasodilatadores Vasodilatadores
tolazolina: (Priscolina) vasodilatador sistêmico, tolazolina: (Priscolina) vasodilatador sistêmico, que atua na vascularização pulmonar diminuindo que atua na vascularização pulmonar diminuindo a resistência vascular pulmonar. a resistência vascular pulmonar.dose de ataque: 1 mg/Kg/dose, EV, em 10 min.dose de ataque: 1 mg/Kg/dose, EV, em 10 min.manutenção:0,25 mg/Kg/hora, EV, infusão contínuamanutenção:0,25 mg/Kg/hora, EV, infusão contínua
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
TratamentoEfeitos colaterais: hipotensão arterial, sangramento gástrico, alcalose metabólica hipoclorêmica e IRACritérios de inclusão: RN em VM, com HPPN confirmada pelo ecocardiograma cujo IO esteja entre 15 e 20.Critérios de exclusão: RN com hipotensão arterial, IRA, com débito urinário < a 1ml/Kg hora, distúrbios hemorrágicos.
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
TratamentoDevido ao efeito sistêmico da Tolazolina sempreassociar droga vasoativas:Dopamina: de 2 até 8 µg/Kg/min.Dobutamina: 5 até 15 µg/Kg/min.Monitorizar: hemograma com plaquetas, função renal, sangramentos.
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
TratamentoTratamento
A tolazolina foi usada inicialmente por Goetzman, et al. A tolazolina foi usada inicialmente por Goetzman, et al. em 1976 e a partir desta data foi utilizada em 1976 e a partir desta data foi utilizada extensamente em estudos experimentais e em extensamente em estudos experimentais e em humanos, porém devido a seus efeitos colaterais, seu humanos, porém devido a seus efeitos colaterais, seu uso se tornou muito limitadouso se tornou muito limitado
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
Tratamento
ÓXIDO NITRICO:
• FURCHGOTT; ZAWADZKI (1980) • Vasodilatador endógeno: fator relaxante do endotélio
• IGNARRO (1987) • Identificou a molécula, mediador endógeno de múltiplos processos
fisiológicos, incluíndo regulação do tônus muscular. produzido no endotélio pulmonar
Oxigênio+ arginina citrulina + NONOS
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
OXIDO NÍTRICOOXIDO NÍTRICO• Os efeitos fisiológicos do óxido nítrico Os efeitos fisiológicos do óxido nítrico ROBERTS; ROBERTS;
KINSELLA em 1992.KINSELLA em 1992.• É um gás que se difunde pela musculatura lisa do É um gás que se difunde pela musculatura lisa do
endotélio vascular pulmonar endotélio vascular pulmonar o nivel intracelular de o nivel intracelular de GMP cíclico: dilatando a vasculaturaGMP cíclico: dilatando a vasculatura
• O NO na corrente sanguínea: se liga rapidamente à Hb: O NO na corrente sanguínea: se liga rapidamente à Hb: metahemoglobina, sendo inativado:efeito exclusivo no metahemoglobina, sendo inativado:efeito exclusivo no pulmão.pulmão.
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDODO RECÉM-NASCIDO
OXIDO NÍTRICO- TOXICIDADEOXIDO NÍTRICO- TOXICIDADE
• Lesão pulmonar pelo NOLesão pulmonar pelo NO22
• metahemoglobinemia (azul de metileno 0,1-0,2 metahemoglobinemia (azul de metileno 0,1-0,2 mg/Kg/dose da solução a 1% EV lento em 5 min.)mg/Kg/dose da solução a 1% EV lento em 5 min.)
• anti-adesividade e anti-agregação plaquetáriaanti-adesividade e anti-agregação plaquetária
CARLO, 1999CARLO, 1999
PARÂMETROS DE INDICAÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICOPARÂMETROS DE INDICAÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO
• RN RN 34 sem. gestação; peso 34 sem. gestação; peso 1.500g 1.500g
• POPO22 pós ductal pós ductal 55 mmHg em 2 medidas 55 mmHg em 2 medidas
consecutivas em ventilação mecânica com FiOconsecutivas em ventilação mecânica com FiO22 = 100% = 100%
• Índice de oxigenação (I.O.) Índice de oxigenação (I.O.) 25 25
• Consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais Consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis legaisou responsáveis legais
SKIMMING et. al., 1997, KINSELLA, 1999; LOPEZ,1999SKIMMING et. al., 1997, KINSELLA, 1999; LOPEZ,1999
PARÂMETROS DE EXCLUSÃOPARÂMETROS DE EXCLUSÃO
• RN com idade gestacional < 34 semanasRN com idade gestacional < 34 semanas
• Evidência clínica de sangramento ativoEvidência clínica de sangramento ativo
• Plaquetas em número menor a 70.000 mmPlaquetas em número menor a 70.000 mm33
• Ultrassonagrafia de crânio mostrando hemorragiaUltrassonagrafia de crânio mostrando hemorragia
TRATAMENTO CONVENCIONAL PRÉVIOTRATAMENTO CONVENCIONAL PRÉVIO
• AlcalinizaçãoAlcalinização
• SurfactanteSurfactante
• TolazolinaTolazolina
• Sedação
• Dopamina
• Dobutamina
UTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃO
• Iniciar com 20 ppm de NO, 30 min. Iniciar com 20 ppm de NO, 30 min. após após avaliação clínica laboratorial avaliação clínica laboratorial
• ResponsivosResponsivos
Quando houver um aumento da PaOQuando houver um aumento da PaO22 20mmHg em 20mmHg em
relação a PaOrelação a PaO22 previa dentro de 30 a 60 minutos após o previa dentro de 30 a 60 minutos após o
inicio da ventilação com NOinicio da ventilação com NO
Se não houver resposta isto é, se o aumento da PaOSe não houver resposta isto é, se o aumento da PaO22 for for
menor que 10 mmHg, parar 15 minutos, aumentar até 40 menor que 10 mmHg, parar 15 minutos, aumentar até 40 ppm no máximo, se não houver resposta, suspender.ppm no máximo, se não houver resposta, suspender.
UTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃO
• Se houver resposta ao NO com 20 ppm, ajustar os parâmetros Se houver resposta ao NO com 20 ppm, ajustar os parâmetros ventilatórios na seguinte sequência:ventilatórios na seguinte sequência:
Se Pinsp >35 cmHSe Pinsp >35 cmH22O: diminuir gradativamente até 30. O: diminuir gradativamente até 30. A seguir diminuir a FiO A seguir diminuir a FiO22 de 5 em 5% por vez até chegar a de 5 em 5% por vez até chegar a 70%.70%.
Se paciente estável: manter NO por 12 horas e iniciar Se paciente estável: manter NO por 12 horas e iniciar diminuição de 5 em 5ppm a cada 4 horas até no mínimo diminuição de 5 em 5ppm a cada 4 horas até no mínimo 5ppm.5ppm.
Continuar dimimuindo a FiO2 a cada hora até 40%. Se Continuar dimimuindo a FiO2 a cada hora até 40%. Se possivel diminuir a Pinsp até 20: observar expansibilidadepossivel diminuir a Pinsp até 20: observar expansibilidade
Se paciente permanecer estável por 24 horas nas condições Se paciente permanecer estável por 24 horas nas condições citadas, suspender o NOcitadas, suspender o NO
ADMINISTRAÇÃO DE NOADMINISTRAÇÃO DE NO
Parâmetros ventilatórios e gasométricos antes e após administração do NOParâmetros ventilatórios e gasométricos antes e após administração do NO
30’ 6 horas 12 horas 18 horas 24 horas
MONITORIZAÇÃOMONITORIZAÇÃO
• Dosagem de metahemoglobina deve ser feita a Dosagem de metahemoglobina deve ser feita a cada 24 h. E até 24 h após suspensão do NO. cada 24 h. E até 24 h após suspensão do NO. Suspender o NO caso suba acima de 7%.Suspender o NO caso suba acima de 7%.
• Valor normal = 1.0 a 2.0%Valor normal = 1.0 a 2.0%
• NONO22 manter abaixo de 2 ppm - suspender com nível manter abaixo de 2 ppm - suspender com nível
5 ppm, entre 2-5ppm, 5 ppm, entre 2-5ppm, NO pela metade NO pela metade
• USC antes e 24 h após o término do tratamentoUSC antes e 24 h após o término do tratamento
• RX tórax antes e após o NO RX tórax antes e após o NO
OXIDO NÍTRICOOXIDO NÍTRICO
• 40% dos RN com HPP respondem bem ao óxido nítrico 40% dos RN com HPP respondem bem ao óxido nítrico e ventilação convencional.e ventilação convencional.
• 65% dos RN com HPP respondem bem ao óxido nítrico 65% dos RN com HPP respondem bem ao óxido nítrico e ventilação de alta freqüência: maior recrutamento e ventilação de alta freqüência: maior recrutamento alveolaralveolar
• 1/3 dos RN tem uma resposta parcial e ficam 1/3 dos RN tem uma resposta parcial e ficam dependentes de NO (5ppm), por vezes, mais de uma dependentes de NO (5ppm), por vezes, mais de uma semanasemana
WALSH; STORK, 2001WALSH; STORK, 2001
VENTILAÇÃO DE ALTA FREQUÊNCIAVENTILAÇÃO DE ALTA FREQUÊNCIA
• Indicada na HPPN quando o RN está em uso de Indicada na HPPN quando o RN está em uso de ventilação convencional e óxido nítrico ainda em ventilação convencional e óxido nítrico ainda em 20 ppm e mantém uma PaO20 ppm e mantém uma PaO22 < a 50 mmHg e IO>25. < a 50 mmHg e IO>25.
Apesar de alguns trabalhos isolados indicando benefício deste Apesar de alguns trabalhos isolados indicando benefício deste tratamento na HPPN, não existe nenhum trabalho randomizado tratamento na HPPN, não existe nenhum trabalho randomizado ou ensaios clínicos que mostrem melhora significativa como ou ensaios clínicos que mostrem melhora significativa como
diminuição da mortalidade ou da necessidade de ECMOdiminuição da mortalidade ou da necessidade de ECMO
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTEHIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE
• TratamentoTratamento
ECMO (Oxigenação extracorpórea ECMO (Oxigenação extracorpórea através de membrana)através de membrana)
índice de sobrevida de 82% em pac. com índice de sobrevida de 82% em pac. com índice de mortalidade considerado superior a índice de mortalidade considerado superior a 80%. 80%.
SHUMAKER; BAUMGART, 2001SHUMAKER; BAUMGART, 2001
CRITÉRIOS CRITÉRIOS CASOS (%)CASOS (%)• Índice de oxigenação (40) Índice de oxigenação (40) 27,627,6• Resposta inadequada Resposta inadequada 27,327,3
ao tratamentoao tratamento• Deterioração aguda Deterioração aguda 22,422,4• Gradiente alvéolo-arterial de O2Gradiente alvéolo-arterial de O2
• (A-aO(A-aO22) 620 mmHg ) 620 mmHg 14,8 14,8
• Parada ou falência cardíaca Parada ou falência cardíaca 2,8 2,8• Barotrauma Barotrauma 2,2 2,2• Outros Outros 2,9 2,9
CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO DE ECMO NO PERÍODO NEONATAL
ECMO Registry Report of the Extracorporeal Life Support Organization, Jan 1995.
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA ECMO POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA ECMO
COMPLICAÇÃO CASOS (%)
• Coágulos no circuito 24
• Problemas com os catéteres 11
• Ar no circuito 6
• Falência do oxigenador 5
• Rachaduras em conectores 3
• Disfunção da bomba 2
• Ruptura de tubo 1
• Disfunção do trocador de calor 1
• Disfunção do hemofiltro 1
• Outras 10ECMO Registry Report of the Extracorporeal Life Support Organization, jan 1995.ECMO Registry Report of the Extracorporeal Life Support Organization, jan 1995.
ECMO NO PERÍODO NEONATALSEQÜELAS
• Infarto cerebral direitoInfarto cerebral direito
• Anormalidades motoras esquerdasAnormalidades motoras esquerdas
• Convulsões focais esquerdasConvulsões focais esquerdas
• Alterações EEGAlterações EEG
• Hemorragia intra-cranianaHemorragia intra-craniana
ECMO EM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA NEONATAL (RESULTADOS POR DIAGNÓSTICO)
Diagnóstico Casos Sobrevida (%)Diagnóstico Casos Sobrevida (%)
SAM SAM 4860 4860 94 94
HDC HDC 2899 2899 58 58
DMH DMH 1240 1240 84 84
HPPN HPPN 1882 1882 82 82
SEPSE/PNEUMO SEPSE/PNEUMO 1611 1611 76 76
NIANIA
PNEUMOTÓRAX PNEUMOTÓRAX 62 62 66 66
OUTROS OUTROS 641 641 75 75
TOTAL TOTAL 13708 8013708 80
SAM: Síndrome de aspiração meconial, HDC: hérnia diafragmática congênita, DMH:doença das membranas hialinas, HPPN hipertensão pulmonar primária neonatal. Neonatal ECMO Registry (Elso), USA, 1980-1998.
ESTADO ATUAL DOS TRATAMENTOS DA HPPNESTADO ATUAL DOS TRATAMENTOS DA HPPN
EFICÁCIA EFICÁCIA COMPROVADA NÃO COMPROVADACOMPROVADA NÃO COMPROVADA• Hipervent. Hipervent. XX• Vent. convencional Vent. convencional XX• Alcalinização Alcalinização XX• Vasodilatadores EV Vasodilatadores EV XX• Surfactante *Surfactante *• Vent. alta freq. Vent. alta freq. X X• Óxido nítrico Óxido nítrico XX• ECMO ECMO XX
*Diminuiu necessidade de ECMO, porém não a mortalidade nem a duração da VM*Diminuiu necessidade de ECMO, porém não a mortalidade nem a duração da VM