hepatopatias tÓxicas

26
HEPATOPATIAS TÓXICAS DISCIPLINA SAÚDE E TRABALHO Profa. Carmen Fróes Asmus

Upload: driminas

Post on 22-Oct-2015

55 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: HEPATOPATIAS TÓXICAS

HEPATOPATIAS TÓXICAS

DISCIPLINA SAÚDE E TRABALHOProfa. Carmen Fróes Asmus

Page 2: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TOXICIDADE HEPÁTICA

• Hepatotoxinas naturais– produtos de plantas e minerais

• Produtos da indústria química ou farmacêutica

• Resíduos industriais

Page 3: HEPATOPATIAS TÓXICAS

LESÃO HEPÁTICA INDUZIDA POR QUÍMICOS

• Lesão citotóxica – Parênquima ► necrose, degeneração

gordurosa e cirrose.

• Lesão colestática– Alteração da secreção de bile e icterícia.

• Lesão mista

• Câncer

Page 4: HEPATOPATIAS TÓXICAS

LESÃO HEPÁTICA

• AGUDA• SUBAGUDA• CRÔNICA

Testes laboratoriais de rotina:– Baixa sensibilidade: falsos -

– Baixa especificidade: falsos +

Page 5: HEPATOPATIAS TÓXICAS

HEPATOTOXICIDADE

ABSORÇÃO HEPÁTICA DE TOXINAS

1. Ingestão, inalação (deglutição) ou produção por bactérias intestinais► sistema porta

2. Inalação de gases ou absorção dérmica► sistema arterial

Page 6: HEPATOPATIAS TÓXICAS

METABOLISMO HEPÁTICO DE XENOBIÓTICOS

• BIOTRANSFORMAÇÃO:– zona III do acino.

– Sistema citocromo P-450 oxidase.– Reações: fase I e fase II

• Fase I: oxidação, redução ou hidrólise.• Fase II: conjugação

• RESULTADOS:– Menor toxicidade;– Metabólito mais tóxico ► detoxificado;– Metabólito mais tóxico ► dano celular.

Page 7: HEPATOPATIAS TÓXICAS

HEPATOTOXICIDADE

PADRÕES MORFOLÓGICOS

• ESTEATOSE

• NECROSE

• COLESTASE

• FIBROSE / CIRROSE

• CÂNCER

APRESENTAÇÕES CLÍNICAS

• HEPATITE AGUDA E SUBAGUDA

• COLESTASE

• ESTEATOSE HEPÁTICA

• HEPATITE CRÔNICA

• CIRROSE HEPÁTICA

• CÂNCER

Page 8: HEPATOPATIAS TÓXICAS

PADRÕES MORFOLOGICOS

Page 9: HEPATOPATIAS TÓXICAS

ESTEATOSE

• Sinal precoce de hepatotoxicidade.• Exposição:

– Tetracloreto de carbono;

– Hidrocarbonetos aromáticos;– Hidrocarbonetos clorados;– Pesticidas;

– Fósforo.

Page 10: HEPATOPATIAS TÓXICAS

COLESTASE

• Alterações no fluxo biliar, permeabilidade, ou disfunção dos microfilamentos.

• Lesão da membrana ou imunológico.

• AGUDOS: ↑ fosfatase alcalina e bilirrubinas.

• Exposição:– Tolueno;– Paraquat.

Page 11: HEPATOPATIAS TÓXICAS

FIBROSE E CIRROSE

• Hepatite e uso crônico de etanol.• Exposição crônica a Tetracloreto de carbono.

• Fibrose precoce: solventes orgânicos –tricloroetileno e tricloroetano.

• Cirrose: arsênico, pesticidas, hidrocarbonetos, dimetilnitrosamina.

Page 12: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TUMORES

• Carcinoma:– Cloreto de vinila.

• Angiosarcoma:– Cloreto de vinila.

– Arsênico.– Sulfato de cobre.

Page 13: HEPATOPATIAS TÓXICAS

HEPATOTOXINAS

• Intrínsecas:– Dose e tempo dependentes;

– Reproduzível em animais experimentais;– Lesão específica em lóbulo hepático.

• Idiossincráticas:– Susceptibilidade;– Não reproduzível em animais experimentais;

– Esporádica - baixa incidência;– Lesão difusa

Page 14: HEPATOPATIAS TÓXICAS

HEPATOTOXINAS INTRÍNSECAS

• Mecanismo de lesão: direto ou indireto.• DIRETO: destruição da membrana

– Citotoxidade: necrose ou esteatose.– Tetracloreto de carbono, hidrocarbonetos

halogenados, fósforo.

• INDIRETO: alteração das vias bioquímicas ou fisiológicas.

– Citotoxidade: necrose ou esteatose.– Colestase: drogas.

– Etanol: indução do sistema citocromo P-450 ► ↑

toxicidade hepática de outros químicos.

Page 15: HEPATOPATIAS TÓXICAS

HEPATOTOXINAS IDIOSSINCRÁTICAS

• Mecanismo de lesão: hipersensibilidade ou metabólico.

• HIPERSENSIBILIDADE: – Período de sensibilização: 1 a 5 semanas;– Recorrência na re-exposição ao agente;– Sinais sistêmicos: febre, rash, eosinofilia ; – Evidências histológicas: infiltrado hepático

inflamatório granulomatoso ou rico em eosinófilos.

• METABÓLICO:– Defeito;– Lesão patológica variável.

Page 16: HEPATOPATIAS TÓXICAS

FATORES QUE AFETAM A HEPATOTOXICIDADE

• Modificação das reações da fase I: indução do sistema P-450:

– Etanol;

– Tricloroetano ; DDT; dioxinas; aldrin; HCH, etc.– Tabaco;– Estado nutricional: deficiência de cobre, cálcio,

ferro e zinco e de vitaminas (complexo B, tocoferol, ácido ascórbico) ► ↓.

– Idade: maior idade, maior toxicidade.

– Fatores genéticos

Page 17: HEPATOPATIAS TÓXICAS

HEPATOTOXINAS INDUSTRIAIS

• Dissulfeto de carbono;• Tetracloreto de carbono;• Clorofórmio;• Tricloroetano e tricloroetileno;• Tolueno;• Halotano;• Cloreto de metila;• Misturas de solventes: pintores;• Processos de limpeza a seco: percloroetileno

Page 18: HEPATOPATIAS TÓXICAS

AVALIAÇÃO CLÍNICA DA HEPATOTOXICIDADE

• ANAMNESE OCUPACIONAL• Exposições tóxicas ambientais: lazer,

domissanitários;• Uso de medicamentos; alcool; drogas.• História médica de outras doenças;• História familiar ou pessoal de alergia ou

hipersensibilidade a alimentos, cosméticos, medicação, etc.

• Excluir patologias de maior prevalência nos casos de toxicidade hepática aguda

Page 19: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TESTES HEPÁTICOS

1. NÍVEIS ENZIMÁTICOS• ALT (TGP), AST (TGO), DHL:

– Inespecíficas: coração, músculos, pulmão;– Estado nutricional, etanol, infecção.

– Relação AST/ALT : ↑ - doença hepática alcoólica– Relação ALT/AST : > 1.6 – tolueno.

• GGT– Específica– Etanol

Page 20: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TESTES HEPÁTICOS

1. NÍVEIS ENZIMÁTICOS• Fosfatase alcalina

– Função colestática– Osso

• Bilirrubinas (direta e indireta)– Função colestática

– ↑ : 5% da população– Alterações tardias ou infecção aguda

Page 21: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TESTES HEPÁTICOS

1. NÍVEIS ENZIMÁTICOS

• Indicam doença hepática aguda;• Não representam a função metabólica do

fígado;• Na subaguda ou crônica lesão hepática:

níveis transitoriamente elevados;• Baixa sensibilidade para detectar lesão

hepática precoce.

Page 22: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TESTES FUNCIONAIS:

Avaliação das funçoes:

1. Conjugação, captação e excreção dos compostos: Bilirrubinas, urobilinogênio, ácidos biliares.

2. Dano celular: AST/ALT/GGT/LD/ferritina, B12.3. Obstrução de fluxo biliar: FA/GGT.4. Síntese: albumina. TAP, TPP, proteínas

séricas.

Page 23: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TESTES HEPÁTICOS

2. TESTES FUNCIONAIS:• Doença precoce e subclínica;• Clearences: indocianina, aminopirina,

fenacetina, cafeina, antipirina, etc.• Ácidos biliares: “excreção hepática”.

Doença hepática devido a exposição tóxica crônica tende a apresentar mais fibrose e

evidência de lesão crônica

Page 24: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TESTES HEPÁTICOS

3. TESTES DE SÍNTESE HEPÁTICA:• Albumina, colesterol, protrombina,

transferrina, etc.;• Grande perda de parênquima.

4. ESTUDOS DE IMAGEM• RNM, TC, US: pouco úteis para screnning;• BIÓPSIA: sensível e específica.

– Indicação: anormalidade persistente quando da exposição a uma hepatotoxina.

Page 25: HEPATOPATIAS TÓXICAS

TESTES HEPÁTICOS

SCREENING PARA POPULAÇÕES EXPOSTAS

1. GGT, FA E ÁCIDOS BILIARES2. ENZIMAS, IMAGEM, SÍNTESE: afastar outros

diagnósticos

Page 26: HEPATOPATIAS TÓXICAS

PROBLEMA: Trabalhador com exposição crônica a baixas doses, com elevação de um ou mais marcadores hepáticos

• Esta anormalidade significa hepatopatia ?• Se existe patologia, é causada pelo

trabalho realizado ?• Qual a conduta em relação a permanência

do trabalhador na atividade ?