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B O L E T I ME P I D E M I O L Ó G I C O
HEPATITES VIRAIS
ano I nº 01
© 2010. Ministério da SaúdeÉ permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Expediente
Boletim Epidemiológico – Hepatites ViraisAno I - nº 1
Tiragem: ISSN: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de DST, Aids e Hepatites ViraisSAF SUL Trecho 2Bloco F - Torre I - Ed. Premium - Andar Auditório - sala 4CEP 70070-600 - Brasília - DFTelefone: (61) 3306-7001
Disque Saúde - 0800 61 1997e-mail: [email protected]: www.aids.gov.br
Unidade de Informação e Vigilância – UIV
Coordenação:Gerson Fernando Mendes Pereira
Equipe técnica:Alessandro Ricardo Caruso da Cunha Edivaldo Luiz dos Santos Ivonette Santiago de AlmeidaJuliana Machado GivisiezLuana da Silva CarvalhoMárcia de Cantuária TauilMarcos Cleuton de OliveiraMaria Bernadete Rocha MoreiraRonaldo de Almeida CoelhoSandro Magno Costa PereiraSilvano Barbosa de OliveiraThiago Rodrigues de Amorim
Equipe de apoio:Adriani Ferreira dos SantosEmília Ramos do Valle
Autores:Alessandro Ricardo Caruso da Cunha Gerson Fernando Mendes Pereira Juliana Machado GivisiezRonaldo de Almeida CoelhoSandro Magno Costa PereiraSilvano Barbosa de OliveiraThiago Rodrigues de Amorim
Colaboradores: Fernando José Cezimbra FaracoMárcia de Cantuária TauilMaria Bernadete Rocha MoreiraRicardo Gadelha de AbreuSilvânia Suely Caribe de Araújo Andrade
Projeto Gráfico, Diagramação:Marcos Cleuton de Oliveira
Apresentação ...................................................................................................................................................... 01 Introdução ............................................................................................................................................................ 02 Hepatite A ........................................................................................................................................................... 03
Gráfi co 1A - Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 hab.) segundo região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009 ................................................................................................. 04Gráfi co 2A - Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 hab.) segundo sexo por ano de notifi cação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2009 ................................................................................... 04Gráfi co 3A - Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2009 ........................................................................................................................................... 05
Tabela IA - Casos de etiologia vírus A (número e taxa de incidência por 100.000 hab.) segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 ........................................................................... 06Tabela IB - Casos confi rmados de hepatite A (número e taxa de incidência por 100.000 hab.) segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .......................................................... 07Tabela II - Casos confi rmados de hepatite A (número e taxa de incidência por 100.000 hab.) e razão de sexos segundo ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .............................................................................. 08Tabela III - Casos confi rmados de hepatite A (número e taxa de incidência por 100.000 hab.) segundo sexo e faixa etária por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .......................................................................... 09Tabela IV - Casos confi rmados de hepatite A (número e percentual) segundo raça/cor por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .................................................................................................................................. 10Tabela V - Casos confi rmados de hepatite A (número e taxa de incidência por 100.000 hab.) em menores de 13 anos de idade segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .............. 11
Figura A - Taxa de incidência de hepatite A por UF de residência. Brasil, 2009 ......................................................... 12
Hepatite B ............................................................................................................................................................ 13 Gráfi co 1B - Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009 .................................................................................................. 14Gráfi co 2B - Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo sexo por ano de notifi cação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2009 ..................................................................................................... 15Gráfi co 3B - Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2009 .......................................................................................................................................... 15Gráfi co 4B - Casos confi rmados de hepatite B segundo forma clínica. Brasil,1999 a 2009 ............................................. 16Gráfi co 5B - Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo a defi nição da provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009 .............................................17Gráfi co 6B - Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009 .......................................................................... 17
Tabela IA - Casos notifi cados com anti-HBc total reagente (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 ........................................ 18Tabela IB - Casos confi rmados de hepatite B (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 ............................................................... 19Tabela II - Casos confi rmados de hepatite B (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) e razão de sexos segundo ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .......................................................................... 20Tabela III - Casos confi rmados de hepatite B (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) segundo sexo e faixa etária por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .......................................................................... 21Tabela IV - Casos confi rmados de hepatite B (número e percentual) segundo raça/cor por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .................................................................................................................................. 22Tabela V - Casos confi rmados de hepatite B (número e percentual) segundo anos de escolaridade por sexo e ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .................................................................................................. 23Tabela VI - Casos confi rmados de hepatite B (número e percentual) segundo forma clínica e faixa etária. Brasil, 1999-2009 .................................................................................................................................. 24Tabela VII - Casos confi rmados de hepatite B (número e percentual) segundo a provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 ................................................................................. 25Tabela VIII - Casos confi rmados de hepatite B (número e taxa de detecção por 1.000 nascidos vivos) em gestantes segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .......................................... 26Tabela IX - Casos confi rmados de hepatite B (número e percentual) em gestantes segundo variáveis selecionadas e ano de notifi cação. Brasil, 1999-2009 .................................................................................................. 27
Figura B - Taxa de detecção de hepatite B por UF de residência. Brasil, 2009 ........................................................... 28
Sumário
Hepatite C ............................................................................................................................................................ 29 Gráfico 1C - Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 hab.) segundo região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2009 ................................................................................................... 30Gráfico 2C - Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 hab.) segundo sexo por ano de notificação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2009 .................................................................................... 30Gráfico 3C - Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2009 .......................................................................................................................................... 31Gráfico 4C - Distribuição percentual dos casos de hepatite C segundo definição da provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2009 ................................................................................................. 32Gráfico 5C - Distribuição percentual dos casos de hepatite C segundo provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2009 ..................................................................................... 32
Tabela IA - Casos notificados com anti-HCV reagente (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) segundo UF e região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ........................................................ 33Tabela IB - Casos confirmados de hepatite C (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) segundo UF e região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ............................................................. 34Tabela II - Casos confirmados de hepatite C (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) e razão de sexos segundo ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ........................................................................................ 35 Tabela III - Casos confirmados de hepatite C (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) segundo sexo e faixa etária por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ............................................................................ 36Tabela IV - Casos confirmados de hepatite C (número e percentual) segundo raça/cor e ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ................................................................................................................ 37Tabela V - Casos confirmados de hepatite C (número e percentual) segundo anos de escolaridade por sexo e ano de notificação. Brasil, 1999-2009 .................................................................................................. 38Tabela VI - Casos confirmados de hepatite C (número e percentual) segundo forma clínica por faixa etária. Brasil, 1999-2009 .................................................................................................................................. 39Tabela VII - Casos confirmados de hepatite C (número e percentual) segundo a provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ................................................................................. 40
Figura C - Taxa de detecção de hepatite C por UF de residência, Brasil, 2009 ............................................................ 41
Hepatite D ........................................................................................................................................................... 43 Gráfico 1D - Casos confirmados de hepatite D segundo região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2009 ................................................................................................................................ 44Gráfico 2D - Casos confirmados de hepatite D segundo forma clínica. Brasil,1999 a 2009 ................................................... 44
Tabela I - Casos confirmados de hepatite D segundo UF e região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ................................................................................................................................... 45Tabela II - Casos confirmados de hepatite D segundo sexo e razão de sexos por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ................................................................................................................................. 46Tabela III - Casos confirmados de hepatite D segundo faixa etária por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ................................................................................................................................. 47Tabela IV - Casos confirmados de hepatite D (número e percentual) segundo raça/cor por sexo. Brasil, 1999-2009 ...... 48Tabela V - Casos confirmados de hepatite D (número e percentual) segundo forma clínica. Brasil, 1999-2009 ................................................................................................................................. 48
Figura D - Número de casos de hepatite D por UF de residência, Brasil, 1999 a 2009 ............................................... 49
Hepatite E ............................................................................................................................................................. 51
Tabela I - Casos confirmados de hepatite E, segundo UF e região de residência, por ano de notificação. Brasil, 1999-2009 ................................................................................................................................. 52
Figura E - Número de casos de hepatite E por UF de residência. Brasil, 1999 a 2009 ............................................... 53
Óbitos ..................................................................................................................................................................... 55
Tabela I - Óbitos por hepatites virais, segundo causa básica por região e UF de residência. Brasil, 1999-2009 ................................................................................................................................. 56
Figura F - Óbitos por hepatites virais por UF de residência. Brasil, 1999 a 2009 ....................................................... 57
Nota Técnica ........................................................................................................................................................ 58
Procedimentos para preparação da base de dados deste boletim ................................................................................. 58 Indicadores epidemiológicos e operacionais para o monitoramento das hepatites virais ................................................. 60
1
O Brasil, reconhecendo a magnitude das hepatites virais no país e no mundo, apresentou à Organização Mundial da Saúde (OMS), durante a 63ª Assembleia Mundial da Saúde realizada em 2010, uma proposta de reconhecimento do impacto desses agravos. Foi aprovada, portanto, uma resolução que estabeleceu o dia 28 de julho como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.
Ainda em 2009, o Programa Nacional para Prevenção e o Controle das Hepatites Virais foi integrado ao Departamento de DST e Aids, que passou a ser chamado de Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Em sinergia com as ações de enfrentamento das DST e aids, busca-se implementar as atividades que visem à prevenção e ao controle das hepatites virais no Brasil. Nesse contexto, foi lançado o documento “Hepatites Virais: desafi os para o período de 2011-2012” que fi rma o compromisso político com a saúde da população sob risco bem como dos portadores das hepatites virais crônicas B, C e D.
Considerando-se a vigilância epidemiológica como componente fundamental dos programas de prevenção e controle de doenças e com o intuito de consolidar uma estratégia de comunicação da informação epidemiológica referente às hepatites virais no país, apresenta-se o Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais. Nele estão descritos os casos dessas doenças notifi cados e confi rmados, a partir dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação (SINAN) e os óbitos declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
O Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais terá periodicidade anual e seu objetivo principal consiste no monitoramento dessas doenças em todos os estados e regiões do país a partir de indicadores epidemiológicos atualizados, contribuindo, dessa forma, para a defi nição de políticas públicas de enfrentamento das hepatites virais e para o fortalecimento da vigilância epidemiológica.
Apresentação
2
Introdução
Nesta publicação apresentam-se análises descritivas dos casos de hepatites virais notifi cados e confi rmados no Brasil, obtidos no SINAN. A análise desses dados requer a compreensão das especifi cidades de cada uma dessas doenças, considerando os diferentes agentes etiológicos, as formas de transmissão, os padrões de ocorrência e os aspectos dos testes empregados para o diagnóstico.
A partir do ano de 1996, as hepatites virais foram incluídas na Lista de Doenças de Notifi cação Compulsória no país. Desde então, a coleta de dados sobre a ocorrência dessas doenças passou a compor as ações de vigilância epidemiológica.
Os dados deste boletim foram organizados com base no ano de notificação, isto é, o momento em que o caso tornou-se conhecido no sistema de vigilância, independentemente da data do diagnóstico. Priorizou-se a série temporal de casos compreendida entre os anos de 1999 a 2009, uma vez que os dados obtidos nos primeiros anos de utilização do SINAN para hepatites virais demonstraram-se pouco expressivos. Além disso, retratou-se a ocorrência dos casos, segundo local de residência, por unidades federadas, regiões e para o Brasil.
As análises foram divididas em blocos, particu-larizando cada hepatite viral. À exceção das tabelas IA dos blocos de hepatites A, B e C, as demais tabelas e os gráfi cos foram construídos com base no critério de caso confi rmado normatizado pelo Ministério da Saúde. Sendo assim, as hepatites A e E admitem que o caso seja
confi rmado por dois critérios: o clínico-epidemiológico e o laboratorial. Para as hepatites B, C e D, apenas o critério de confi rmação laboratorial é admitido, devendo tais casos apresentar marcadores sorológicos específi cos ou de biologia molecular.
No que concerne aos óbitos, foram listadas suas frequências considerando somente a causa básica, de acordo com a Classifi cação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) em sua décima revisão.
Nas séries temporais, os casos foram distribuídos segundo as unidades federadas (UF), regiões e para o Brasil, calculando-se para cada estrato as respectivas taxas de incidência e detecção.
Tabelas e gráfi cos contendo os casos em relação ao sexo, bem como a razão masculino/feminino, podem ser visualizadas no boletim. Outras representações tabulares tais como faixa etária, raça/cor, escolaridade e provável fonte/mecanismos de infecção foram postas de acordo com a relevância para cada uma das hepatites virais.
Para as hepatites D e E, devido ao menor número de casos comparados às demais, as tabelas por Unidade Federada incluem apenas números absolutos.
Ao fi nal do boletim, encontra-se anexa a relação de indicadores epidemiológicos e operacionais para o monitoramento das hepatites virais, com sua metodologia de cálculo, utilidade e fonte de dados. Consta, ainda, uma Nota Técnica com os procedimentos empregados na preparação da base de dados.
Hep
atite
ACaso confirmado
Hepatite A
• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente anti-HAV IgM reagente.
• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente vínculo epidemiológico com caso confirmado (anti-HAV IgM reagente) de hepatite A.
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Ano de notificação
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Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Gráfi co 1A - Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 hab.) segundo região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009. População: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Gráfi co 2A - Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 hab.) segundo sexo por ano de notifi cação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2009
FONTE: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009. População: cstimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Ano de notificação
Taxa
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Masculino Feminino Razão de sexos
Com base na classifi cação etiológica, a tabela IA exibe os casos notifi cados e classifi cados como vírus A, totalizando 179.522 registros de 1999 a 2009. Incluem-se, nestes, casos confi rmados por critério laboratorial, ou clínico-epidemiológico, bem como as cicatrizes sorológicas e as possíveis inconsistências.
A tabela IB foi construída com os casos confi rmados de hepatite A, e nesta estão presentes o número e as respectivas taxas de incidência por 100 mil habitantes. No período de 1999 a 2009, foram confi rmados 124.687 casos, distribuídos de forma bastante heterogênea tanto ao longo dos anos, quanto nas diferentes regiões do país. Dentre estas, a Região Nordeste concentrou o maior número de casos confi rmados na série histórica, com 38.429 (30,8%) notifi cações, seguida pelas Regiões Norte 28.110 casos (22,5%), Sul 22.199 casos (17,8%), Sudeste 19.882 casos
(15,9%) e Centro-Oeste 15.976 casos (12,8%). Quanto às taxas de incidência, observou-se crescimento no país de 1999 a 2005. Nesse último ano, a taxa observada foi de 11,9 por 100 mil habitantes, caindo, em 2009, para 5,4. As Regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas em 2009, sendo 16,5 e 10,1, respectivamente. Observa-se, para todas as regiões, queda nas taxas nos últimos anos do período (gráfi co 1A).
A tabela II e o gráfi co 2A mostram os casos confi rmados de hepatite A e as respectivas taxas de incidência por 100 mil habitantes segundo sexo e razão de sexos. De 1999 a 2009 foram notifi cados 65.804 casos de hepatite A em indivíduos do sexo masculino e 58.812 do sexo feminino. Nota-se que há pouca diferença de ocorrência de casos entre os sexos, mantendo-se a razão M:F entre 1,2:1 e 1,1:1 ao longo do período.
5
Gráfi co 3A - Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009. População: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites
As taxas de incidência por 100 mil habitantes e os casos confi rmados de hepatite A, segundo sexo e faixa etária, podem ser contemplados na tabela III e no gráfi co 3A. Observa-se que os indivíduos menores de 13 anos de idade de ambos os sexos representam o grupo com maior ocorrência de casos.
A tabela IV apresenta os casos confi rmados (número e percentual) de hepatite A segundo raça/cor. A análise dos dados por ano de notifi cação apresenta limitações devido ao alto percentual de ignorados, embora esse número tenha-se reduzido de forma acentuada de 1999 a 2009, passando de 94,5% para 13,4%. No último ano da série, observa-se uma maior proporção de casos de hepatite A entre indivíduos da raça/cor parda (58,6%) seguidos da branca (34,0%).
Para melhor analisar a ocorrência de casos nas crianças nas diferentes regiões e UF, efetuou-se um recorte nessa população, que é a de maior incidência do agravo. Sendo assim, os dados dispostos na tabela V se relacionam aos casos confi rmados de hepatite A (número e taxa de incidência por 100 mil habitantes) em indivíduos menores de 13 anos de idade. Do total de casos confi rmados de hepatite A no país (124.687 registros), 88.533 (71,0%) são observados em indivíduos dessa faixa etária. Em 2009, a taxa de incidência observada nesses indivíduos foi de 16,5 por 100 mil habitantes. Considerando-se as regiões do país, a Norte apresentou a taxa mais elevada nesse mesmo ano (41,0) e, na sequência, encontram-se a Região Centro-Oeste (32,8), a Nordeste (20,3), a Sul (13,3) e, por fi m, a Região Sudeste, com 5,0 casos por 100 mil habitantes.
0,7
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Hepatite
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12
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FONTES: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31/12/2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Hep
atite
BCaso confirmado
Hepatite B
• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente um ou mais dos marcadores sorológicos reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite B conforme listado abaixo:
- HBsAg reagente; - Anti-HBc IgM reagente;
- HBeAg reagente;- DNA do VHB detectável
14
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Hepatite
BNa tabela IA verifi cam-se o número de casos e a taxa
de detecção por 100 mil habitantes, nos quais o anticorpo contra o antígeno central do vírus da hepatite B (anti-HBc) total foi reagente. Esse marcador mostra a dimensão dos indivíduos que tiveram contato com o vírus, por estar presente tanto na fase aguda quanto crônica da doença, bem como naqueles que eliminaram a infecção tornando-se imunes. No Brasil, os casos notifi cados que possuíam o referido marcador reagente aumentaram de forma importante no decorrer dos anos, passando de 311, em 1999, para 28.603, em 2009. No período, foram notifi cados um total de 157.351 casos que atendiam essa condição.
A tabela IB apresenta os casos confi rmados de infecção pelo vírus da hepatite B (VHB), os quais apresentaram pelo menos um dos marcadores sorológicos específi cos reagentes: o antígeno de superfície do VHB (HBsAg) ou o antígeno ‘e’ do VHB (HBeAg) ou o anticorpo contra o antígeno central do VHB da classe IgM (anti-HBc IgM). Observa-se um aumento no número de casos confi rmados no país no decorrer dos anos, que passaram de 473, em 1999, para 14.601, em 2009, resultando em um total de 96.044 casos da doença no país. Desse total,
67,3% (64.634) ocorreram nas Regiões Sudeste e Sul. Esta última manteve, de 2002 a 2008, as maiores taxas de detecção variando entre 8,4 e 15,6 casos por 100 mil habitantes. No ano de 2009, a taxa observada no país foi de 7,6, representando cinco vezes mais do que a taxa registrada no ano de 2001. A Região Nordeste apresentou a menor taxa de detecção, no ano de 2009 (gráfi co 1B).
De acordo com a distribuição por sexo, o maior número de casos acumulados de hepatite B ocorreu no sexo masculino (52.226). A razão de sexos ao longo dos anos reduziu-se quase à metade, de 2,0:1 no ano de 1999, para 1,2:1, em 2009. Ainda assim, as taxas de detecção entre os homens foram maiores, destacando-se a taxa de 2009, de 8,4 casos para cada 100 mil habitantes (tabela II e gráfi co 2B).
Os adultos jovens na faixa etária compreendida entre 20 e 39 anos correspondem a 53% (50.945) dos casos de hepatite B confi rmados no país. Em 2009, as taxas de detecção foram maiores no sexo feminino entre 20 e 29 anos, e, a partir dessa idade, são os homens que passam a deter as maiores taxas, conforme descrito na tabela III e gráfi co 3B.
Gráfi co 1B - Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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15
Gráfi co 2B - Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo sexo por ano de notifi cação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Gráfi co 3B - Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Hepatite
BA tabela IV traz os casos confi rmados (número e
percentual) de hepatite B segundo raça/cor. A análise dos dados apresenta limitações devido ao alto percentual de ignorados, embora este tenha-se reduzido de forma acentuada a partir de 2001. No último ano da série observa-se uma maior proporção de casos de hepatite B entre indivíduos da raça/cor branca (54,3%) seguidos de pardos (34,0%).
Quanto à escolaridade, 39,1% dos indivíduos diagnosticados com hepatite B possuem de 0 a 7 anos de estudo de acordo com a tabela V.
Em relação à forma clínica da doença apresentada no momento da notifi cação, a hepatite B crônica prevalece em todas as faixas etárias superiores a 13 anos (tabela VI). Nas crianças menores de cinco anos, os casos agudos e crônicos coexistem em percentuais semelhantes, em torno de 50%. Maiores proporções de casos agudos são observados na faixa de 5 a 12 anos. As formas fulminantes aparecem em todas as idades, não ultrapassando 0,5% dos casos (tabela VI e gráfi co 4B).
As prováveis fontes/mecanismos de infecção inerentes à hepatite B são apresentadas na tabela VII e nos gráfi cos 5B e 6B. Os casos nos quais essa informação foi ignorada ou deixada em branco chegam a 62,5%, o que torna imprecisa qualquer inferência a respeito e reforça a necessidade de melhoria da qualidade desse
dado na investigação epidemiológica. A despeito disso, a via de transmissão sexual comparece em 17,6% do total de casos confi rmados no período de 1999 a 2009. Em 2009, um discreto acréscimo pode ser visualizado nessa provável fonte de infecção cuja proporção foi de 20,8%.
Dentre os casos de hepatite B, um importante destaque deve ser dado às gestantes, devido à possibilidade da transmissão vertical e da existência de medidas efetivas de prevenção da infecção no recém-nascido. No período analisado, 11.281 gestantes foram notifi cadas como casos confi rmados de hepatite B. O número de casos aumentou de 1999 a 2006, conforme pode ser visualizado na tabela VIII. A maioria das gestantes encontra-se na faixa etária entre 20 e 29 anos (51,0%), possui escolaridade que varia entre 4 e 11 anos de estudo (64,7%) e é da raça/cor branca (55,8%), de acordo com a tabela IX. Em 2009, foram 1.556 casos e a taxa de detecção para o Brasil foi de 0,5 por mil nascidos vivos. Nesse mesmo ano, a Região Centro-Oeste mostrou a maior taxa de detecção, com 1,5 casos de gestantes com hepatite B por mil nascidos vivos. Na sequência, encontram-se as Regiões Sul (1,2) e Norte (0,8). Entre os estados, as maiores taxas de detecção de gestantes infectadas pelo VHB foram identifi cadas no Acre (3,8) e Mato Grosso (3,1).
Gráfi co 4B - Casos confi rmados de hepatite B segundo forma clínica. Brasil,1999 a 2009
FONTE: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Aguda Crônica Fulminante Inconclusivo Ignorado
17
Gráfi co 5B - Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo a defi nição da provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTE: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Gráfi co 6B - Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTE: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Hepatite
B Figura B - Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) por UF de residência. Brasil, 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31/12/2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009); EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Hepatite C
• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente anti-HCV reagente e HCV-RNA detectável.
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30
A tabela IA apresenta os casos notifi cados que tiveram teste sorológico reagente para o anticorpo contra o vírus da hepatite C (anti-HCV). Com esse marcador observam-se os indivíduos que foram expostos ao vírus em algum momento da vida. No período de 1999 a 2009 foram notifi cados no Brasil 132.950 casos nessa condição.
A tabela IB apresenta dados sobre os casos confi rmados de hepatite C segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. Tais casos possuem tanto o anti-HCV quanto o HCV-RNA reagentes. No período de 1999 a 2009, foram confi rmados no Brasil 60.908 casos de hepatite C e a taxa de detecção observada em
2009 foi de 5,1 casos por 100 mil habitantes. A taxa de detecção dos casos confi rmados apresentou pouca variação nos últimos três anos para o país. A Região Sudeste apresentou o maior número de casos (6.620) e a maior taxa de detecção (8,2), em 2009 (gráfi co 1C). Dos estados brasileiros, o Acre exibe a maior taxa em 2009: 22,7 casos por 100 mil habitantes.
De 1999 a 2009, foram confi rmados 37.147 casos de hepatite C no sexo masculino e 23.748 casos no sexo feminino (tabela II e gráfi co 2C). Observa-se que a razão de sexos (M:F) passou de 2,2:1, em 1999, para 1,5:1, em 2009.
Gráfi co 1C - Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 hab.) segundo região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Gráfi co 2C - Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 hab.) segundo sexo por ano de notifi cação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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A tabela III apresenta os casos de hepatite C confi rmados, segundo sexo e faixa etária. De 1999 a 2009, observa-se que, do total de casos confi rmados no sexo masculino, a maior proporção, 35%, encontra-se na faixa etária de 40 a 49 anos de idade. Para o sexo feminino, a faixa etária de 40 a 59 anos de idade representa 50% dos casos. Com relação às taxas de detecção, para ambos os sexos, as maiores taxas, em 2008 e 2009, estão na faixa etária de 50 a 59 anos (gráfi co 3C).
A análise dos dados da tabela IV mostra que a raça/cor branca, no ano de 2009, correspondeu a 69,2% dos casos. Ressalta-se que há uma diminuição no percentual de casos ignorados em relação à raça/cor a partir de 2001.
A tabela V apresenta dados sobre escolaridade. Observa-se que, em 2009, tanto os homens quanto as mulheres com 8 a 11 anos de estudo representaram a maior proporção dos casos confi rmados de hepatite C.
Em relação às formas clínicas dos casos confi rmados, a tabela VI mostra que os maiores percentuais são da forma crônica da doença, com mais de 95% nas faixas etárias acima de 13 anos.
A tabela VII e os gráfi cos 4C e 5C apresentam as prováveis fontes/mecanismos de infecção dos casos confi rmados de hepatite C. Apesar do alto percentual de ignorados (43%), observa-se que as maiores proporções de casos estão relacionadas ao uso de drogas (18%), à transfusão de sangue e/ou hemoderivados (16%) e à transmissão sexual (9%).
Gráfi co 3C - Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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32
Gráfi co 5C - Distribuição percentual dos casos de hepatite C segundo provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Ano de notificação
Uso de drogas Transfusional Sexual Transmissão vertical
Acidente de trabalho Hemodiálise Domiciliar Outros
Gráfi co 4C - Distribuição percentual dos casos de hepatite C segundo defi nição da provável fonte/ mecanismo de infecção por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTES: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Provável fonte de infecção definida Provável fonte de infecção ignorada/em branco
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Figura C - Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 hab.) por UF de residência. Brasil, 2009
FONTES: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31/12/2009; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009).EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg reagentes e um ou mais dos marcadores sorológicos conforme listado abaixo:
Anti-HDV total reagente; Anti-HDV IgM reagente.
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D
44
A tabela I apresenta dados sobre os casos confi rmados de hepatite D, segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. No período de 1999 a 2009, foram confi rmados no Brasil 1.605 casos de hepatite D, sendo que 77% destes encontram-se na Região Norte (gráfi co 1D). Destaca-se que nos estados do Acre e do Amazonas foram confi rmados 1.038 casos no período.
De 1999 a 2009, foram confi rmados 966 casos de hepatite D no sexo masculino e 639 casos no sexo feminino. Observa-se que a razão de sexos (M:F), em 2009, foi de 1,5:1 (tabela II).
A tabela III apresenta os casos de hepatite D confi rmados, segundo a faixa etária por ano de
notifi cação. De 1999 a 2009, observa-se que, do total de casos confi rmados, a maior proporção dos casos, 16%, encontra-se na faixa etária de 40 a 49 anos de idade e metade dos casos estão concentrados em indivíduos menores de 30 anos.
Observa-se na tabela IV que a maior proporção de casos de hepatite D encontra-se entre os indivíduos da raça/cor parda em ambos os sexos.
Em relação à forma clínica dos casos confi rmados, a tabela V mostra que a hepatite D crônica é a forma clínica de maior proporção, correspondendo a 67,6% dos casos acumulados de 1999 a 2009 (gráfi co 2D).
Gráfi co 1D - Casos confi rmados de hepatite D segundo região de residência por ano de notifi cação. Brasil, 1999 a 2009
FONTE: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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Ano de notificação
Núm
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Brasil Norte Demais regiões
Gráfi co 2D - Casos confi rmados de hepatite D segundo forma clínica. Brasil,1999 a 2009
FONTE: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31 de dezembro de 2009. Dados preliminares para 2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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49
Figura D - Número de casos de hepatite D por UF de residência, Brasil, 1999 a 2009
Fonte: SINAN/SVS/MS; casos notifi cados no SINAN até 31/12/2009.EXECUÇÃO: Departamento ds DST, Aids e Hepatites Virais.
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• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente vínculo epidemiológico com caso confirmado (anti-HEV IgM reagente) de hepatite E.
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52
A tabela I apresenta dados sobre os casos confi rmados de hepatite E, segundo UF e região de residência por ano de notifi cação. No período de 1999 a 2009, foram confi rmados no Brasil 810 casos de hepatite E. A Região
Sudeste apresentou o maior número de casos ao longo da série histórica, um total de 426 casos (53%). Dos estados brasileiros, São Paulo apresentou a maior proporção dos casos acumulados de 1999 a 2009 (41%).
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Figura E - Número de casos de hepatite E por UF de residência. Brasil, 1999 a 2009
Fonte: SINAN/SVS/MS; casos notificados no SINAN até 31/12/2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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56
Óbitos por hepatites virais
Os óbitos declarados no SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) tendo como causa básica as hepatites virais, no período de 1999 a 2009, estão apresentados na tabela I.
Nesse período foram registrados 20.073 óbitos, a maioria dos quais ocorreu na Região Sudeste, isto é, 11.031 (55%). A hepatite C foi responsável por 70% dos registros (14.076).
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Figura F - Óbitos por hepatites virais por UF de residência. Brasil, 1999 a 2009
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade-SIM/DASIS/MS; dados preliminares para 2009.EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
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1. Adequação das variáveis:
Considerando que os dados das hepatites virais estão em duas plataformas do Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação (SINAN), a Windows e a NET, e que algumas variáveis sofreram alterações, foram realizados os seguintes procedimentos para a unifi cação dos bancos de dados:
1.1. Gestante - conversão das categorias da versão NET para Windows: às categorias 1º, 2º, 3º trimestres de gestação e idade gestacional ignorada foi atribuída a categoria 1 (sim); a categoria 5 (não) passou para 2 (não); e mantiveram-se as categorias 6 (não se aplica) e 9 (ignorado).
1.2. Escolaridade - conversão das categorias da versão NET para Windows: na versão NET a variável representa a escolaridade categorizada de acordo com a série escolar, enquanto na versão Windows, a mesma é categorizada segundo anos de estudo. Aplicou-se a seguinte adaptação: a categoria 0 (analfabeto) mudou para 1 (nenhuma); a 1 (1ª a 4ª série) mudou para 2 (1 a 3 anos); às categorias 2 e 3, referentes à 4ª série completa e à 5ª a 8ª série incompleta, atribuiu-se 3 (4 a 7 anos); às categorias 4, 5 e 6, referentes ao ensino fundamental completo, ensino médio incompleto e completo, atribuiu-se 4 (8 a 11 anos); às categorias 7 e 8, referentes ao ensino superior incompleto e completo, atribuiu-se 5 (12 anos e mais); a categoria 10 (não se aplica) mudou para 6 (não se aplica); e, por fi m, manteve-se a categoria 9 (ignorado).
1.3. Classifi cação fi nal - conversão das categorias da versão Windows para NET: as categorias 1 e 4, referentes à confi rmação clínico-laboratorial e laboratorial, respectivamente, foram agrupadas sob a categoria 1 (confi rmação laboratorial); a categoria 5 (inconclusivo) mudou para 8 (inconclusivo); e mantiveram-se os valores 2 e 3, referentes à confi rmação clínico-epidemiológica e caso descartado, respectivamente.
1.4. Forma clínica - conversão das categorias da versão Windows para NET: as categorias 2, 4 e 5, referentes à forma crônica, portador assintomático e infecção assintomática foram agrupadas sob a categoria 2 (forma crônica/portador assintomático); a categoria 8, apesar de não estar na fi cha de investigação epidemiológica, aparece quando se realiza a tabulação de dados, sendo redefi nida para 9 (ignorado).
1.5. Classifi cação etiológica - conversão das categorias da versão Windows para NET: a categoria 1 (vírus B) mudou para 02; a 2 (vírus C) mudou
para 03; a 3 (vírus B e C) mudou para 06; a 4 (vírus B e D) mudou para 04; a categoria 5 (outras hepatites virais) para 50; a 6 (vírus A) para 01; a 7 (vírus A/B ou A/C) mudou para 50 (outras hepatites virais); a 8 (vírus E) mudou para 05; e, as categorias 9 (ignorado – versão Windows) e 09 (não se aplica – versão NET) foram reunidas na categoria 99 (ignorado).
1.6. Provável fonte/mecanismo de infecção - adequação das categorias da versão Windows para NET: as categorias 1 (sexual), 2 (transfusional), 3 (uso de drogas injetáveis), 4 (vertical), 5 (acidente de trabalho), 7 (domiciliar) e 8 (tratamento cirúrgico/dentário) foram mantidas; a categoria 6, referente à categoria outro, mudou para 12; a categoria 9, referente à categoria ignorado, mudou para 99. Na versão NET, as categorias tratamento cirúrgico e tratamento dentário estão separadas e na versão Windows, juntas em uma mesma categoria; sendo assim, as duas foram agrupadas. Para as hepatites B e C, a provável fonte/mecanismo de infecção, tratamento cirúrgico/dentário, pessoa/pessoa e alimento/água contaminada foram incluídas na categoria outros.
2. Defi nição de casos:
Os métodos de tabulação foram empregados com base na defi nição de caso específi ca para cada hepatite viral, de acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde 2009. Os procedimentos realizados estão listados a seguir:
2.1. Casos confi rmados de hepatite A - casos que apresentaram uma das duas situações: confi rmação laboratorial (marcador sorológico anti-HAV IgM reagente); classifi cação fi nal clínico-epidemiológica e classifi cação etiológica vírus A.
2.2. Casos confi rmados de hepatite B - casos que apresentaram ao menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg. Embora no Guia de Vigilância Epidemiológica o HBV-DNA seja um dos exames que confi rmam o caso, ele não consta na Ficha de Investigação Epidemiológica e, portanto, não foi considerado.
2.3. Casos confi rmados de hepatite C - casos que apresentaram marcadores sorológicos reagentes: anti-HCV e HCV-RNA.
2.4. Casos confi rmados de hepatite D - casos que atendem aos critérios de defi nição de caso
Nota técnica – Procedimentos para a preparação da base de dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais.
59
confi rmado de hepatite B conforme descrito no item 2.2 e, ainda, um dos marcadores sorológicos reagentes, anti-HDV total ou anti-HDV IgM.
2.5. Casos confi rmados de hepatite E - casos que
apresentaram uma das duas situações: confi rmação laboratorial (marcador sorológico anti-HEV IgM reagente); classifi cação fi nal clínico-epidemiológica e classifi cação etiológica vírus E.Uma vez defi nidos os casos de hepatites virais, procedeu-se ao ajuste da forma clínica e classifi cação etiológica para as hepatites A e E. Os registros confi rmados que não estavam classifi cados como hepatite fulminante foram reclassifi cados como forma aguda. Os demais registros foram mantidos em suas respectivas categorias.
Para a classifi cação fi nal, os registros que atendiam aos critérios com base no marcador sorológico e que não estavam devidamente classifi cados como laboratorial foram reclassifi cados como tal.
3. Defi nição de variáveis:
Algumas variáveis foram defi nidas para a execução das tabulações. São elas:
3.1. Ano de notifi cação: extraído pela data de notifi cação.
3.2. Idade: calculada a partir da subtração da data dos primeiros sintomas pela data de nascimento. Para os registros que não possuíam data dos primeiros sintomas ou data de nascimento, ou que possuíam data dos primeiros sintomas superior à data de nascimento, a informação da idade presente na fi cha foi considerada.
3.3. Faixa etária: são ignorados/em branco os registros que não apresentaram o campo idade preenchido e/ou aqueles que possuíam idade superior a 98 anos. Para as gestantes, foram consideradas como idade ignorada aquelas que não apresentaram idade defi nida, idade inferior a 10 anos e/ou superior a 98 anos.
3.4. UF de residência: extraída com base na variável município de residência.
3.5. Região de residência: extraída com base na variável município de residência.
4. Defi nição de variáveis para tabulação de óbitos:
Para a base de dados dos óbitos foram defi nidas algumas variáveis:
4.1. Ano do óbito: extraído pela data do óbito.
4.2. UF de residência: extraída com base na variável município de residência.
4.3. Região de residência: extraída com base na variável município de residência.
4.4. Óbito: as causas de óbito apresentadas neste
boletim derivam da causa básica. Essas causas foram agrupadas da seguinte maneira:
4.4.1. Óbito por hepatite A: causa básica B 15.0 (hepatite A com coma hepático) ou B 15.9 (hepatite A sem coma hepático).
4.4.2. Óbito por hepatite B: causa básica B 16.2 (hepatite aguda B sem agente delta, com coma hepático), ou B 16.9 (hepatite aguda B sem agente delta e sem coma hepático), ou B 18.1 (hepatite crônica viral B sem agente delta).
4.4.3. Óbito por hepatite C: causa básica B 17.1 (hepatite aguda C) ou B 18.2 (hepatite viral crônica C).
4.4.4. Óbito por hepatite D: causa básica B 16.0 (hepatite aguda B com agente delta – coinfecção – com coma hepático) ou B 16.1 (hepatite aguda B com agente delta – coinfecção – sem coma hepático) ou B 17.0 (superinfecção delta aguda de portador de hepatite B) ou B 18.0 (hepatite viral crônica B com agente delta).
4.4.5. Óbito por hepatite E: causa básica B 17.2 (hepatite aguda E).
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DST·AIDSHEPATITES VIRAIS