hep aula3-antiguidade oriental-grega-romana.07-03-2012

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Aula 3 07/03/2012 Antiguidades: oriental, grega e romana Prof.ª Esp. Elisa Maria Gomide [email protected] / (62)9149-8300

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Aula 3 – 07/03/2012Antiguidades: oriental, grega e romana

Prof.ª Esp. Elisa Maria Gomide

[email protected] / (62)9149-8300

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Antiguidades: orientais

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Egípcios, fenícios, gregos, mesopotâmicos, hebreus, chineses,

japoneses e outros grupos humanos colaboraram para a construção

de modelos e agências de formas da tradição oriental que têm uma

dimensão de longa duração na humanidade.

Com o surgimento das civilizações, promovido pelo desenvolvimento da

agricultura e da possibilidade de sedentarização, da fixação dos homens

e mulheres nas terras próximas aos rios – Nilo, tigre e Eufrates, por

exemplo –, a educação foi assumindo formas mais elaboradas e

incorporando novas funções. Não era ela mérito de um povo só, mas

fruto do intercâmbio entre diversas sociedades que coexistiam: nômades,

ex-nômades e comerciais.

A História da Educação Oriental se

estruturou entre dois mil a dois mil

e quinhentos anos, numa região

que consideramos o berço de toda

a civilização.

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Mas afinal, a quem coube a educação nestas civilizações?

Para os hebreus todas as atividades significativas eram desenvolvidas em

torno do templo;

já nos Zigurates mesopotâmicos, além de lugar de culto aos deuses,

estocavam-se alimentos, fazia-se ciência (observação dos astros).

A partir destes dois exemplos, observamos que a vida, girava em torno do

templo.

A Educação era tida como uma atividade sagrada, isto é, prodígio dos

deuses. E os grupos sacerdotais eram seus guardiões. Eram eles os

intérpretes dos mitos, os detentores da tradição e os que cuidavam da

tradição ideológica e da concepção do mundo oriental antigo.

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Não é a toa que os mitos

tiveram uma função

eminentemente educativa entre

estes povos. Neles, a natureza

aparecia divinizada e todas

as explicações para a

realidade e os fenômenos

passavam pelo sagrado.

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Antiguidades: orientais

Na Assíria, os sacerdotes eram depositários da formação

escolar.

No Egito todo o saber era ministrado no templo e o Faraó,

senhor de todo conhecimento, era quem indicavam a quem

caberia educar.

Ler e escrever era um prestígio, coisa de homens próximos

de Deus, seus interpretes ou deuses por si mesmos.

Assim, as primeiras escolas institucionalizadas,

enquanto espaços de transmissão dos saberes,

restringiam-se às classes dirigentes. Ao povo sobrava a

educação informal, fruto da experiência e transmitida de pai

para filho. A tradição oral lhes pertencia, não por opção.

Os tipos de educação no Oriente refletiam a

estratificação social.

Em poucas palavras foram estas as soluções educacionais

deste período histórico: divididas por classes sociais,

ligadas ao sagrado e ao primado do saber literário.4

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Antiguidades: orientais

Da História de tempos e espaços distantes não nos

separamos, pelo menos das ideais que ainda hoje

parecem atuais. Somos herdeiros da cultura de povos que

na terra viveram antes de nós, não para reproduzi-la, mas

para resignificá-la e a partir dela criar novas formas de

compreender e de viver no mundo. São elas a base da

civilização. A nós cabe, quem sabe, a construção criativa

de novas propostas de educação.

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Educação Grega e a Paidéia

Na educação grega, de acordo com

Aranha (1996), "(...) as explicações

predominantemente religiosas são

substituídas pelo uso da razão

autônoma, da inteligência crítica e

pela atuação da personalidade

livre, capaz de estabelecer uma lei

humana e não mais divina".

Surge a necessidade de elaborar

teoricamente o ideal da formação,

não do herói, submetido ao destino,

mas do cidadão.

O cidadão = não será mais o

depositário do saber da

comunidade, mas aquele que

elabora a cultura da cidade. Não

está preso ao passado, mas é

capaz de projetar o futuro.

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O termo Paidéia

+ Foi criado por volta do século V a.C.

+ Inicialmente significava apenas: criação dos meninos (pais, paidós,

“criança”).

A Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia.

* Paiagogos significa literalmente aquele que conduz a criança

(agogôs, “que conduz”): o escravo que conduz a criança à escola.

O termo pedagogia se amplia, adquirindo o sentido de teoria sobre a

educação.

Os gregos, ao discutir os fins da Paidéia, esboçam as primeiras linhas

conscientes da ação pedagógica.

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Nasce a filosofia

+ Filosofia: milagre grego?

- Passagem do pensamento mítico para o racional e filosófico: O surgimento da

filosofia na Grécia não é um salto realizado por um povo privilegiado, mas a

culminância de um processo que se fez ao longo de milênios e para a qual

concorreram as novidades introduzidas na época arcaica.

+ A escrita:

- Proporciona a possibilidade de maior abstração, que tende a modificar a

estrutura do pensamento ao propiciar o distanciamento do vivido, o confronto das

idéias, a retomada do relato escrito; Surge como exigência de rigor e clareza,

estimulando o espírito crítico

+ A lei escrita:

- A justiça, antes submetida à arbitrariedade dos reis ou da interpretação da

vontade divina, volta-se para a discussão, adquirindo um caráter

humano. Fundamento para a democracia nascente.

+ A polis:

- Está centralizada na ágora (praça pública), onde se discutem os problemas de

interesse comum;

- Constitui-se com a autonomia da palavra (da argumentação).

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Educação

(...) A expressão da individualidade por meio do debate engendra a política,

libertando o homem dos desígnios divinos, para que ele próprio possa tecer

seu destino na praça pública. (ARANHA, 1996, p. 42).

A formação integral

+ A educação grega era centrada na formação integral (corpo e

espírito). Apesar, conforme a época, fosse enfatizado o preparo

esportivo ou intelectual.

+ Quando não existia a escrita, a educação era ministrada pela própria

família, conforme a tradição religiosa.

+ Com o aparecimento da aristocracia dos senhores de terras, de

formação guerreira, os jovens da elite eram confiados aos preceptores.

+ As escolas apareceram com o advento das polis. No período

clássico, sobretudo em Atenas, a instituição escolar já se encontrava

estabelecida.

+ A escola ainda permanecia elitizada, atendendo aos jovens de

famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes

enriquecidos.9

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Homero, educador da Grécia

+ A educação na época da aristocracia guerreira

visava a formação cortês do nobre. (Influência das

epopéias de Homero que relatam as ações dos

deuses e transmitem os costumes, a língua, os

valores éticos e estéticos).

+ O guerreiro era formado para a virtude: sentido de

força e coragem, atributos do guerreiro “belo e bom”,

aos quais se acrescentam a prudência, a lealdade, a

hospitalidade, a honra, a glória e o desafio à morte.

+ A criança nobre permanecia em casa até os sete

anos, quando era enviada aos palácios de outros

nobres a fim de aprender, como escudeiro, o ideal

cavalheiresco.

+ Eram contratados preceptores que davam uma

formação integral baseada no afeto e no exemplo.

+ No período arcaico e na época clássica, continuou

a prevalecer a influência cultural das epopéias na

educação.10

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Educação espartana

+ Após a fase homérica, ao contrário das demais cidades

gregas, continua a valorizar as atividades guerreiras e a

desenvolver uma educação severa, voltada para a formação

militar.

+ Século IX a.C. O legislador Licurgo organizou o Estado e a

educação: de início, os costumes não eram tão rudes e o

preparo militar era intercalado com a formação esportiva e

musical; depois, quando Esparta derrotou Atenas, o rigor da

educação passou a se assemelhar à vida de quartel.

+ Cuidados com o corpo começaram com uma política de

eugenia = prática de melhoramento da espécie: recomendação

de abandonar as crianças deficientes ou frágeis demais e

procurar fortalecer as mulheres para gerarem filhos robustos e

sadios.

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Educação ateniense

+ Ao lado dos cuidados com a educação física, destacava-se a

formação intelectual, para que melhor se pudesse participar dos

destinos da cidade.

+ Final do século VI a.C. - apareceram formas simples de escolas. O

Estado demonstrava algum interesse a respeito, mas o ensino não se

tornara obrigatório nem gratuito.

+ A educação se iniciava aos sete anos. As meninas permaneciam no

gineceu (parte da casa onde as mulheres se dedicavam aos afazeres

domésticos). Os meninos desligavam-se da autoridade materna e eram

iniciados na alfabetização, na educação física e musical.

+ Acompanhado por um escravo (o pedagogo), o menino dirigia-se à

palestra, onde praticava exercícios físicos. Sob a orientação do

pedótriba (instrutor físico), era iniciado em corrida, salto, lançamento de

disco, de dardo e em luta (cinco modalidades do pentato). A educação

física não se reduzia à mera destreza corporal, mas vinha

acompanhada pela orientação moral e estética.

+ A educação musical também era valorizada - o pedagogo levava a

criança ao citarista (professor de cítara). Cultivava-se também o canto

coral, a declamação de poesias, geralmente acompanhada por

instrumentos musicais.12

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Educação espartana

A preocupação com a formação integral se expressa na frase de

Platão: “Eles [os mestres de música] familiarizaram as almas dos

meninos com o ritmo e a harmonia, de modo que possam crescer na

gentileza, em graça e harmonia, e tornarem-se úteis em palavras e

ações”. (ARANHA, 1996, p.52)

+ Sócrates, Platão e Aristóteles ministraram na educação superior.

Sócrates se reunia informalmente na praça pública,

Platão utilizava um dos ginásios de Atenas (a Academia),

Aristóteles ensinava em outro ginásio (o Liceu).

+ Não há uma preocupação com o ensino profissional, pois os ofícios

deveriam ser aprendidos no próprio mundo do trabalho. Uma exceção

é a medicina, profissão altamente considerada entre os gregos.

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Atividades - segundo capítulo do PLT – p.41-77.

Responda às seguintes questões propostas no PLT:

- Página 55: questões 2 (d), 3, 4 (a questão 4 será para a

próxima aula, pois demanda pesquisa)

- Página 82: questões 1, 2, 5, e 6

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